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Universidade de Brasília Universidade de Brasília Faculdade de Educação Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Departamento de Métodos e Técnicas Técnicas Educação em Geografia Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Período: 2º/2009 Brasília, Agosto de 2009 Brasília, Agosto de 2009

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Page 1: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

Universidade de BrasíliaUniversidade de BrasíliaFaculdade de EducaçãoFaculdade de Educação

Departamento de Métodos e Departamento de Métodos e TécnicasTécnicas

Educação em GeografiaEducação em GeografiaProfessor: Nilton GoulartProfessor: Nilton Goulart

Período: 2º/2009Período: 2º/2009

Brasília, Agosto de 2009Brasília, Agosto de 2009

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Programa de CursoPrograma de Curso O processo de O processo de formaçãoformação de professores de professores

para os para os anos iniciaisanos iniciais de escolarização de escolarização demanda demanda conhecimentos específicosconhecimentos específicos sobre determinadas ciências. sobre determinadas ciências.

Nesse sentido, a disciplina “Educação Nesse sentido, a disciplina “Educação em Geografia” objetiva proporcionar em Geografia” objetiva proporcionar fundamentação teórica consistente e fundamentação teórica consistente e atualizada sobre a Ciência Geográfica atualizada sobre a Ciência Geográfica no contexto escolar, a fim de:no contexto escolar, a fim de:

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Programa de CursoPrograma de Curso

Contribuir para o Contribuir para o desenvolvimento integraldesenvolvimento integral do do educandoeducando por meio dessa disciplina; por meio dessa disciplina;

Subsidiar a práticaSubsidiar a prática docente na área de docente na área de Geografia.Geografia.Para isso, esta disciplina desdobra-se em Para isso, esta disciplina desdobra-se em módulos subsequentes e inter-relacionados.módulos subsequentes e inter-relacionados.

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Programa de CursoPrograma de CursoNo primeiro analisa-se No primeiro analisa-se referencial teórico referencial teórico

mínimomínimo sobre ciência geográfica, no intuito de sobre ciência geográfica, no intuito de permitir ao futuro professor saber o que é permitir ao futuro professor saber o que é Geografia e para que serve essa ciência.Geografia e para que serve essa ciência.

Posteriormente, são analisadas as Posteriormente, são analisadas as especificidades do ensino em Geografiaespecificidades do ensino em Geografia, em , em nível fundamental.nível fundamental.

Por fim, o terceiro módulo refere-se à Por fim, o terceiro módulo refere-se à elaboração de uma proposta de ensinoelaboração de uma proposta de ensino, , ampara nos conceitos e idéias desenvolvidas ampara nos conceitos e idéias desenvolvidas na disciplina.na disciplina.

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O que é Geografia?O que é Geografia?A geografia nasceu do anseio do A geografia nasceu do anseio do homem em conhecer e registrar o homem em conhecer e registrar o espaço.espaço.

O conhecimento geográfico era O conhecimento geográfico era eminentemente prático, empírico, eminentemente prático, empírico, limitava-se a catalogar e cartografar limitava-se a catalogar e cartografar nomes de lugares.nomes de lugares.

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O que é Geografia?O que é Geografia? Gregos;Gregos; Romanos;Romanos; BabilôniosBabilônios Árabes;Árabes;

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O que é Geografia?O que é Geografia?

Durante muito tempo à geografia Durante muito tempo à geografia fica a mercê de outras ciências não fica a mercê de outras ciências não sendo encarada como uma ciência sendo encarada como uma ciência autônoma justamente por apresentar autônoma justamente por apresentar um campo vasto de estudo, por estar um campo vasto de estudo, por estar atrelada por a varias ciências sejam atrelada por a varias ciências sejam elas naturais ou humanas, e por não elas naturais ou humanas, e por não apresentar um objeto de estudo apresentar um objeto de estudo defino.defino.

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O que é Geografia?O que é Geografia?Daí decorre uma discussão de não Daí decorre uma discussão de não pode – se definir a geografia como pode – se definir a geografia como uma ciência humana ou natural. uma ciência humana ou natural.

Essa tamanha interdisciplinaridade da Essa tamanha interdisciplinaridade da geografia faz com que a mesma não geografia faz com que a mesma não apresente uma identidade concreta e apresente uma identidade concreta e tornando dificílimo então definir qual tornando dificílimo então definir qual o objeto e o objetivo de estudo da o objeto e o objetivo de estudo da mesma.  mesma.  

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O que é Geografia?O que é Geografia?

Com a chegada do séc. XVIII a geografia Com a chegada do séc. XVIII a geografia e a própria ciência como um todo tende e a própria ciência como um todo tende a concentrar seus objetos de estudo, a a concentrar seus objetos de estudo, a acumulação de conhecimentos ao longo acumulação de conhecimentos ao longo do tempo, começa a propiciar a união do do tempo, começa a propiciar a união do pensamento geográfico. pensamento geográfico.

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O que é Geografia?O que é Geografia?

O holandês Bernad Varnius, foi um dos O holandês Bernad Varnius, foi um dos propulsores da ciência geográfica, em propulsores da ciência geográfica, em seu livro intitulado Geografia Geral, ele seu livro intitulado Geografia Geral, ele tenta unir a Geografia Geral, a física, a tenta unir a Geografia Geral, a física, a matemática, astronomia, descrevendo matemática, astronomia, descrevendo fenômenos e mostrando as relações de fenômenos e mostrando as relações de causa e efeito. causa e efeito.

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O que é O que é Geografia?Geografia?

Para algumas pessoas, a Geografia é:Para algumas pessoas, a Geografia é: A descrição da Terra;A descrição da Terra;O estudo da paisagem;O estudo da paisagem;O estuda das regiões;O estuda das regiões;

O estudo das relações entre o homem O estudo das relações entre o homem

e o meio.e o meio.

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Objeto de EstudoObjeto de Estudo

Modernamente aModernamente a    Geografia é definidaGeografia é definida como o como o

estudo das relações entre o espaço e as sociedades. estudo das relações entre o espaço e as sociedades. Daí a necessidade,  hoje experimentada pelo Daí a necessidade,  hoje experimentada pelo

geógrafo, de recorrer a outras ciências como à geógrafo, de recorrer a outras ciências como à

Geologia, Oceanografia, Meteorologia,  Ecologia, Geologia, Oceanografia, Meteorologia,  Ecologia,

matemática , estatística , bem como também às matemática , estatística , bem como também às

Ciências Sociais, tais como a Economia, Sociologia, Ciências Sociais, tais como a Economia, Sociologia,

História e Política. História e Política.

Page 13: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

O que é Geografia?O que é Geografia?O reconhecimento da Geografia como O reconhecimento da Geografia como Ciência acontece com os alemães Ciência acontece com os alemães Alexandre Humbolt e Karl Ritter.Alexandre Humbolt e Karl Ritter.

É importante frisar que, os que o uso É importante frisar que, os que o uso dos conhecimentos geográficos dos conhecimentos geográficos variaram com a necessidade e variaram com a necessidade e evolução cultural dos povos que deles evolução cultural dos povos que deles usufruíam.   usufruíam.   

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O que é Geografia?O que é Geografia?Humbolt era botânico Humbolt era botânico e viajante, percorreu e viajante, percorreu vários lugares do vários lugares do mundo, fazendo mundo, fazendo descrições das mais descrições das mais diversas paisagens diversas paisagens que via, formulou o que via, formulou o primeiro conceito de primeiro conceito de clima, estudou as clima, estudou as correntes marítimas, correntes marítimas, a flora e a fauna. a flora e a fauna.

Alexandre Humbolt

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O que é Geografia?O que é Geografia?Já Ritter era Já Ritter era historiador, historiador, desenvolveu seus desenvolveu seus estudos mais voltados estudos mais voltados à didática da à didática da geografia, procurou geografia, procurou estuda as relações estuda as relações entre sociedade e entre sociedade e natureza, realizando natureza, realizando a chamada a chamada Geografia Geografia ComparadaComparada. .

Karl Ritter

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O que é Geografia?O que é Geografia?

Embora não fazendo escola, Humbolt Embora não fazendo escola, Humbolt e Ritter foram mestres dos principais e Ritter foram mestres dos principais geógrafos a partir de seu tempo, geógrafos a partir de seu tempo, como Ratzel e La Blache.                   como Ratzel e La Blache.                   

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O que é Geografia?O que é Geografia?O geólogo alemão O geólogo alemão Friedrich Ratzel escreveu Friedrich Ratzel escreveu trabalhos pioneiros em trabalhos pioneiros em geografia humana e geografia humana e política. Criador da política. Criador da antropogeografia, o antropogeografia, o geógrafo e etnógrafo geógrafo e etnógrafo alemão é autor do ensaio alemão é autor do ensaio tido como ponto de partida tido como ponto de partida da geopolítica, no qual da geopolítica, no qual introduziu o conceito de introduziu o conceito de espaço vital e Estado espaço vital e Estado NaçãoNação. Posteriormente, . Posteriormente, essa noção foi distorcida essa noção foi distorcida pelo nazismo para pelo nazismo para justificar suas pretensões justificar suas pretensões expansionistas. expansionistas.

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O que é Geografia?O que é Geografia?Para Ratzel, a função do Estado é expandir e Para Ratzel, a função do Estado é expandir e defender o espaço territorial nacional, e, além defender o espaço territorial nacional, e, além disso, Ratzel conceituava que as fronteiras disso, Ratzel conceituava que as fronteiras nacionais são móveis, pois são determinadas nacionais são móveis, pois são determinadas pela capacidade político-militar de ampliá-las e pela capacidade político-militar de ampliá-las e de as manter.de as manter.As idéias de Ratzel levaram ainda os geógrafos a As idéias de Ratzel levaram ainda os geógrafos a se preocuparem com os problemas de povo, se preocuparem com os problemas de povo, raça, Estado, localização dos estados em relação raça, Estado, localização dos estados em relação aos oceanos e mares, conduzindo-os à Geografia aos oceanos e mares, conduzindo-os à Geografia Política e fornecendo as bases para o Política e fornecendo as bases para o surgimento de Geopolítica. surgimento de Geopolítica.

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O que é Geografia?O que é Geografia?O determinismo foi uma teoria reducionista do O determinismo foi uma teoria reducionista do pensamento do alemão pensamento do alemão FriedrichFriedrich RatzelRatzel, que , que dizia que o meio influencia, mas não que dizia que o meio influencia, mas não que determinava o homem. E muito provavelmente determinava o homem. E muito provavelmente esta teoria tenha sido criada por políticos e esta teoria tenha sido criada por políticos e militares de uma classe hegemônica-dominante-militares de uma classe hegemônica-dominante-européia para justificar a exploração em suas européia para justificar a exploração em suas colônias. Tanto que para os geógrafos mais colônias. Tanto que para os geógrafos mais esclarecidos, o possibilismo de Vidal de La esclarecidos, o possibilismo de Vidal de La Blache (teoria que vem a dizer que o homem Blache (teoria que vem a dizer que o homem tem a possibilidade de intervir no meio), seria tem a possibilidade de intervir no meio), seria na verdade um complementação, uma na verdade um complementação, uma continuação da teoria de Ratzel e não uma continuação da teoria de Ratzel e não uma oposição, como a maioria enxerga e ensina, de oposição, como a maioria enxerga e ensina, de forma simplista. forma simplista.

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O que é Geografia?O que é Geografia?O determinismo foi uma teoria O determinismo foi uma teoria reducionista do pensamento de Ratzel, reducionista do pensamento de Ratzel, que dizia que o meio influencia, mas que dizia que o meio influencia, mas não que determinava o homem. E não que determinava o homem. E muito provavelmente esta teoria tenha muito provavelmente esta teoria tenha sido criada por políticos e militares de sido criada por políticos e militares de uma classe hegemônica-dominante-uma classe hegemônica-dominante-européia para justificar a exploração européia para justificar a exploração em suas colônias. em suas colônias.

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O que é Geografia?O que é Geografia?

A geografia evoluiu de maneira a atender A geografia evoluiu de maneira a atender a expectativas da época. A chamada a expectativas da época. A chamada Geografia Tradicional, a primeira a ser Geografia Tradicional, a primeira a ser utilizada no sistema de escolar, surgiu na utilizada no sistema de escolar, surgiu na Prússia, num período político onde se Prússia, num período político onde se buscava a unificação de vários estados buscava a unificação de vários estados em uma única nação, hoje atual em uma única nação, hoje atual Alemanha (Unificação Alemã)             Alemanha (Unificação Alemã)             

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O que é Geografia?O que é Geografia?Vidal de Vidal de La BlacheLa Blache, o , o PossibilismoPossibilismo

Para La Blache, um Para La Blache, um Estado deve planejar a Estado deve planejar a apropriação de espaço apropriação de espaço geográfico geográfico considerando e considerando e conhecendo todas as conhecendo todas as características naturais características naturais e humanas de seu e humanas de seu território.território.

Page 23: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

O que é Geografia?O que é Geografia?Suas idéias dizem que Suas idéias dizem que qualquer Estado soberano qualquer Estado soberano possui possibilidadespossui possibilidades para alcançar um nível de para alcançar um nível de desenvolvimento desenvolvimento econômico, social, econômico, social, tecnológico e polítco a tecnológico e polítco a ponto de melhoria ponto de melhoria satisfatoriamente a vida satisfatoriamente a vida do seu povo ou da sua do seu povo ou da sua nação. Portanto, cabe ao nação. Portanto, cabe ao Estado impor seu poder Estado impor seu poder sobre o território. sobre o território.

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O que é Geografia?O que é Geografia?Essa sistematização ocorreu de maneira Essa sistematização ocorreu de maneira concomitante com a Revolução Industrial concomitante com a Revolução Industrial (Consolidação do Capitalismo)(Consolidação do Capitalismo)Nações européias buscam formar seus Nações européias buscam formar seus movimentos imperialistas, esse momento movimentos imperialistas, esse momento propiciou a criação de uma geografia propiciou a criação de uma geografia voltada a divulgar uma imagem do interior voltada a divulgar uma imagem do interior da nação, o uso do patriotismo-nacionalismo, da nação, o uso do patriotismo-nacionalismo, com a finalidade de unificar antes das terras com a finalidade de unificar antes das terras os povos, de formar um cidadão soldado que os povos, de formar um cidadão soldado que defendesse sua pátria acima de tudo defendesse sua pátria acima de tudo

Page 25: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

O que é Geografia?O que é Geografia?

A Geografia Regional representou a A Geografia Regional representou a reafirmação de que os aspectos reafirmação de que os aspectos próprios da Geografia eram o espaço próprios da Geografia eram o espaço e os lugares. Os geógrafos regionais e os lugares. Os geógrafos regionais dedicaram-se à recolha de dedicaram-se à recolha de informação descritiva sobre lugares, informação descritiva sobre lugares, bem como aos métodos mais bem como aos métodos mais adequados para dividir a Terra em adequados para dividir a Terra em regiões. regiões.

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O que é Geografia?O que é Geografia?A Geografia RegionalA Geografia RegionalAs bases filosóficas foram desenvolvidas por As bases filosóficas foram desenvolvidas por Vidal de Vidal de LaLa BlacheBlache e e Richard Richard HartshorneHartshorne Para Vidal vê a região como uma determinada Para Vidal vê a região como uma determinada paisagem, onde os gêneros de vida paisagem, onde os gêneros de vida determinam a condição e a homogeneidade de determinam a condição e a homogeneidade de uma região, Hartshorne não utilizava o termo uma região, Hartshorne não utilizava o termo região: para ele os espaços eram divididos em região: para ele os espaços eram divididos em classes de área, nas quais os elementos mais classes de área, nas quais os elementos mais homogêneos determinariam cada classe, e homogêneos determinariam cada classe, e assim as descontinuidades destes trariam as assim as descontinuidades destes trariam as divisões das áreas. E este ficou conhecido divisões das áreas. E este ficou conhecido como método regional. como método regional.

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A Ciência GeográficaA Ciência Geográfica A relação homem-natureza: A relação homem-natureza:

Demandas e necessidades;Demandas e necessidades; Geração de Conhecimento para Geração de Conhecimento para

aproveitar esses recursos: Relação aproveitar esses recursos: Relação Sujeito-Objeto;Sujeito-Objeto;

Sujeito: Homem;Sujeito: Homem; Objeto: Elementos Físicos, Objeto: Elementos Físicos,

Biológicos e/ou Humanos;Biológicos e/ou Humanos;

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A Ciência GeográficaA Ciência Geográfica Essa relação sujeito x objeto é de Essa relação sujeito x objeto é de

conhecer, compreender, apropriar e conhecer, compreender, apropriar e transformar;transformar;

Da percepção se constituiu a ciência;Da percepção se constituiu a ciência; Caminhou-se do empírico ao Caminhou-se do empírico ao

científico – século XVI e XVII.científico – século XVI e XVII. Sistematização do Pensamento Sistematização do Pensamento

Científico;Científico;

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A Ciência GeográficaA Ciência Geográfica Com o avanço da técnica Com o avanço da técnica

surgiram os ramos e surgiram os ramos e especificidades;especificidades;

Ciências Formais;Ciências Formais; Ciências Factuais – GeografiaCiências Factuais – Geografia

Ciências NaturaisCiências Naturais Ciências SociaisCiências Sociais

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A Ciência GeográficaA Ciência Geográfica Geografia: Ciência Social que trabalha Geografia: Ciência Social que trabalha

com elementos naturais e sociais;com elementos naturais e sociais; Dicotomia Geografia Física e Humana;Dicotomia Geografia Física e Humana; Quatro campos gerais de estudo:Quatro campos gerais de estudo:

Geografia Regional;Geografia Regional;Geografia Geral;Geografia Geral;Geografia HumanaGeografia HumanaGeografia FísicaGeografia Física

Page 31: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

A Ciência GeográficaA Ciência Geográfica Geografia: Ciência Social que trabalha Geografia: Ciência Social que trabalha

com elementos naturais e sociais;com elementos naturais e sociais; Dicotomia Geografia Física e Humana;Dicotomia Geografia Física e Humana; Quatro campos gerais de estudo:Quatro campos gerais de estudo:

Geografia Regional: Regiões Únicas e Geografia Regional: Regiões Únicas e peculiares;peculiares;Geografia Geral: Modelos Gerais que Geografia Geral: Modelos Gerais que se se apliquem ao todo geográfico;apliquem ao todo geográfico;Geografia Humana;Geografia Humana;Geografia Física;Geografia Física;

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A Ciência GeográficaA Ciência Geográfica

Geografia

História

EconomiaHidrologia

Biologia

Política

Física

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A Ciência GeográficaA Ciência Geográfica

Homem NaturezaGeografia

Espaço Geográfico

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A Sistematização do A Sistematização do Pensamento GeográficoPensamento Geográfico

Vimos alguns pensadores que contribuiram Vimos alguns pensadores que contribuiram para a Geografia se estruturar como ciência. para a Geografia se estruturar como ciência. Vamos conhecer alguns princípios:Vamos conhecer alguns princípios:

Ratzel: Extensão – estabelecer limites;Ratzel: Extensão – estabelecer limites; Ritter: Geografia Geral – comparação de Ritter: Geografia Geral – comparação de

áreas;áreas; Humbolt: Causalidade – Causas e Humbolt: Causalidade – Causas e

Consequências;Consequências; La Blache: Geografia Regional, ciência La Blache: Geografia Regional, ciência

imparcial;imparcial;

Page 35: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

A Sistematização do A Sistematização do Pensamento GeográficoPensamento Geográfico

Eram princípios verdadeiros e Eram princípios verdadeiros e definitivos de uma Geografia definitivos de uma Geografia Tradicional no afã de dar logo que Tradicional no afã de dar logo que possível à Geografia status científico possível à Geografia status científico definitivo;definitivo;

Atendimendo às demandas do Atendimendo às demandas do capitalismo nascente;capitalismo nascente;

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A Sistematização do A Sistematização do Pensamento GeográficoPensamento Geográfico

Influencia do Influencia do Positivismo, de Positivismo, de Augusto ComteAugusto Comte Uma doutrina Uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises social e moral Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). Revolução Francesa (1789-1799).

Page 37: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

A Sistematização do A Sistematização do Pensamento GeográficoPensamento Geográfico

Em linhas gerais, ele propõe à Em linhas gerais, ele propõe à existência humana valores existência humana valores completamente humanos, afastando completamente humanos, afastando radicalmente a teologia e a metafísica. radicalmente a teologia e a metafísica. Assim, o Positivismo associa uma Assim, o Positivismo associa uma interpretação das ciências e uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma classificação do conhecimento a uma ética humana radical, desenvolvida na ética humana radical, desenvolvida na segunda fase da carreira de Comte. segunda fase da carreira de Comte.

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A Sistematização do A Sistematização do Pensamento GeográficoPensamento Geográfico

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A Sistematização do A Sistematização do Pensamento GeográficoPensamento Geográfico

Nesse momento histórico a geografia Nesse momento histórico a geografia era estática, regida por leis e descritiva;era estática, regida por leis e descritiva;

Isolava a Geografia dos conflitos sociais Isolava a Geografia dos conflitos sociais e via sociedade regida por leis e via sociedade regida por leis imutáveis;imutáveis;

Posições Políticas, conflitos ou valores Posições Políticas, conflitos ou valores morais contaminariam o pensamento morais contaminariam o pensamento geográfico e o pesquisador deveria geográfico e o pesquisador deveria evitar isso para ser objetivo;evitar isso para ser objetivo;

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Século XX Grandes MudançasSéculo XX Grandes Mudanças 1950 / 1970– Declínio da Geografia 1950 / 1970– Declínio da Geografia

Tradicional - Renovação da Tradicional - Renovação da GeografiaGeografia

Page 41: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Vamos entender as razões do Vamos entender as razões do declínio...declínio...

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Page 43: Universidade de Brasília Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnicas Educação em Geografia Professor: Nilton Goulart Período: 2º/2009 Brasília,

A Geografia ContemporâneaA Geografia ContemporâneaPrimeira Guerra MundialPrimeira Guerra Mundial

A guerra ocorreu entre a Tríplice A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, Entente (liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) que Estados Unidos (a partir de 1917) que derrotou a Tríplice Aliança (liderada pelo derrotou a Tríplice Aliança (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano), e Húngaro e Império Turco-Otomano), e causou o colapso de quatro impérios e causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente. político da Europa e do Médio Oriente.

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A Geografia ContemporâneaA Geografia ContemporâneaSegunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial

Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial (1939– (1939–1945) opôs os Aliados às Potências 1945) opôs os Aliados às Potências do Eixo, tendo sido o conflito que do Eixo, tendo sido o conflito que causou mais vítimas em toda a causou mais vítimas em toda a história da Humanidade. As história da Humanidade. As principais potências aliadas eram a principais potências aliadas eram a China, a França, a Grã-Bretanha, a China, a França, a Grã-Bretanha, a União Soviética e os Estados Unidos. União Soviética e os Estados Unidos.

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A Geografia ContemporâneaA Geografia ContemporâneaSegunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial

O Brasil se integrou aos Aliados em O Brasil se integrou aos Aliados em 1943. A Alemanha, a Itália e o Japão, 1943. A Alemanha, a Itália e o Japão, por sua vez, perfaziam as forças do por sua vez, perfaziam as forças do Eixo. Muitos outros países participaram Eixo. Muitos outros países participaram na guerra, quer porque se juntaram a na guerra, quer porque se juntaram a um dos lados, quer porque foram um dos lados, quer porque foram invadidos, ou por haver participado de invadidos, ou por haver participado de conflitos laterais. conflitos laterais.

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A Geografia ContemporâneaA Geografia ContemporâneaSegunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial

Bipolarização Mundial:Bipolarização Mundial:

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

A A Guerra FriaGuerra Fria foi a designação foi a designação atribuída ao conflito político-atribuída ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). da União Soviética (1991).

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Norte-americanos e soviéticos Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. e econômica durante esse período.

Se um governo socialista fosse Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano Mundo, o governo norte-americano entendia como uma ameaça à sua entendia como uma ameaça à sua soberania; se um movimento popular soberania; se um movimento popular combatesse um governo aliado aos combatesse um governo aliado aos EUA, logo receberia apoio soviético. EUA, logo receberia apoio soviético.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

A A Organização das Nações Organização das Nações UnidasUnidas ( (ONUONU) foi fundada ) foi fundada oficialmente a 24 de Outubro de oficialmente a 24 de Outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia, 1945 em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o fim da por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Segunda Guerra Mundial.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

A A Organização das Nações Organização das Nações UnidasUnidas ( (ONUONU) foi fundada ) foi fundada oficialmente a 24 de Outubro de oficialmente a 24 de Outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia, 1945 em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o fim da por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Segunda Guerra Mundial.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Colônias em 1945Colônias em 1945

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Conferência de BandungConferência de Bandung

Foi a primeira conferência a falar e a Foi a primeira conferência a falar e a afirmar que o imperialismo e o racismo afirmar que o imperialismo e o racismo são crimes. Deram a idéia de criar o são crimes. Deram a idéia de criar o Tribunal da Descolonização, para julgar os Tribunal da Descolonização, para julgar os culpados desse grotesco crime contra a culpados desse grotesco crime contra a humanidade, Imperialismo, mas a idéia foi humanidade, Imperialismo, mas a idéia foi abafada pelos países centrais. abafada pelos países centrais.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Advento capitalismo monopolistaAdvento capitalismo monopolista Aumento da competitividade – Aumento da competitividade –

Solidificação do Modelo Fordista de Solidificação do Modelo Fordista de ProduçãoProdução

American WayAmerican Way FMIFMI BIRDBIRD Plano MarshallPlano Marshall

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Chegada do capitalismo monopolista Chegada do capitalismo monopolista nos países subdesenvolvidosnos países subdesenvolvidos

AgronegócioAgronegócio Desemprego no campoDesemprego no campo Fortalecimento da importância das Fortalecimento da importância das

cidadescidades

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

A Geografia Tradicional não estava A Geografia Tradicional não estava preparada para explicar situações tão preparada para explicar situações tão complexas;complexas;

Uma visão regional não respondia aos Uma visão regional não respondia aos anseios dessa economia mundializada;anseios dessa economia mundializada;

Crise na Geografia;Crise na Geografia; Surgimento de várias correntes não Surgimento de várias correntes não

unificadas;unificadas;

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Geografia Teórico Quantitativa ou Geografia Teórico Quantitativa ou Nova Geografia???Nova Geografia???

Modelos matemático e estatístico;Modelos matemático e estatístico; Influencia Neopositivsta;Influencia Neopositivsta; Necessidade de responder ao Necessidade de responder ao

capitalismo monopolista;capitalismo monopolista;

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Geografia da PercepçãoGeografia da Percepção Valorizam a construção subjetiva da Valorizam a construção subjetiva da

noção de espaço perceptivo. noção de espaço perceptivo. Inter-relações com a psicologia de Inter-relações com a psicologia de

massas e psicanálise, entre outras áreas, massas e psicanálise, entre outras áreas, garantiram uma multidisciplinalidade garantiram uma multidisciplinalidade desses estudos na (re)construção de desses estudos na (re)construção de conceitos como horizonte geográfico, conceitos como horizonte geográfico, (percepção do) lugar, sociabilidade e (percepção do) lugar, sociabilidade e percepção do espaço percepção do espaço

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Geografia EcológicaGeografia Ecológica Na onda do movimento Na onda do movimento

ambientalista mundialambientalista mundial Resposta à destruição do Resposta à destruição do

capitalismo monopolista;capitalismo monopolista; Contribuição de pessoas de distintas Contribuição de pessoas de distintas

correntes;correntes;

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Os geógrafos passaram a ter Os geógrafos passaram a ter preocupação maior com a preocupação maior com a problemática social,considerando problemática social,considerando que o desenvolvimento industrial que o desenvolvimento industrial passou a exercer grande impacto passou a exercer grande impacto sobre a natureza e a sociedade, sobre a natureza e a sociedade, degradando e dilapidando os degradando e dilapidando os recursos naturais; recursos naturais;

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Os geógrafos passaram a ter Os geógrafos passaram a ter preocupação maior com a preocupação maior com a problemática social,considerando problemática social,considerando que o desenvolvimento industrial que o desenvolvimento industrial passou a exercer grande impacto passou a exercer grande impacto sobre a natureza e a sociedade, sobre a natureza e a sociedade, degradando e dilapidando os degradando e dilapidando os recursos naturais; recursos naturais;

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

A Geografia Crítica (ou radical) A Geografia Crítica (ou radical)

Não apresenta uniformidade de Não apresenta uniformidade de pensamento, não forma propriamente pensamento, não forma propriamente uma escola. Costuma-se catologar neste uma escola. Costuma-se catologar neste grupo geógrafos que se conscientizaram grupo geógrafos que se conscientizaram da existência de problemas muito graves da existência de problemas muito graves na sociedade em que vivem.na sociedade em que vivem.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

A Geografia Crítica (ou radical) A Geografia Crítica (ou radical)

Compreenderam que toda a Geografia, Compreenderam que toda a Geografia, tanto a tradicional, quanto a Quantitativa tanto a tradicional, quanto a Quantitativa e a da Percepção, embora apregoando de e a da Percepção, embora apregoando de neutras, tem um sério compromisso com o neutras, tem um sério compromisso com o status quo, com a sociedade de classe. A status quo, com a sociedade de classe. A neutralidade científica apregoada é uma neutralidade científica apregoada é uma forma de esconder os compromissos forma de esconder os compromissos políticos e sociais.políticos e sociais.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

A Geografia Crítica (ou radical) A Geografia Crítica (ou radical)

São chamados de radicais pois tomam uma atitude São chamados de radicais pois tomam uma atitude que, ao que, ao

analisar as injustiças sociais e os bloqueios e um analisar as injustiças sociais e os bloqueios e um desenvolvimento social, vão às raízes, às causas desenvolvimento social, vão às raízes, às causas verdadeiras verdadeiras

destes problemas; e de críticos por assumirem os seus destes problemas; e de críticos por assumirem os seus compromissos ideológicos, sem procurarem se compromissos ideológicos, sem procurarem se

esconder sob esconder sob falsa neutralidade. falsa neutralidade.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Neste grupo, observam-se grandes Neste grupo, observam-se grandes subdivisões, como a corrente formada subdivisões, como a corrente formada por geógrafos não marxistas, mas por geógrafos não marxistas, mas comprometidos com reformas sociais, comprometidos com reformas sociais, geógrafos com geógrafos com formação anarquista, com suas críticas à formação anarquista, com suas críticas à sociedade burguesa e defendem uma sociedade burguesa e defendem uma evolução libertária, e os geógrafos de evolução libertária, e os geógrafos de formação marxista. formação marxista.

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A Geografia A Geografia ContemporâneaContemporânea

Neste grupo, observam-se grandes Neste grupo, observam-se grandes subdivisões, como a corrente formada subdivisões, como a corrente formada por geógrafos não marxistas, mas por geógrafos não marxistas, mas comprometidos com reformas sociais, comprometidos com reformas sociais, geógrafos com geógrafos com formação anarquista, com suas críticas à formação anarquista, com suas críticas à sociedade burguesa e defendem uma sociedade burguesa e defendem uma evolução libertária, e os geógrafos de evolução libertária, e os geógrafos de formação marxista. formação marxista.

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Ensino de Geografia no 1º Ensino de Geografia no 1º Grau e Ciências Geográfica Grau e Ciências Geográfica

no Brasil: no Brasil: Um descompassoUm descompasso

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Ensino em Geografia no Ensino em Geografia no BrasilBrasil

Geografia Científica Geografia Escolar

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Ensino em Geografia no Ensino em Geografia no BrasilBrasil

Geografia Científica

Geografia Escolar

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Para entender esse Para entender esse fenômenos fenômenos

precisamos voltar a precisamos voltar a uma passado uma passado

recente do Brasil...recente do Brasil...

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A fase de A fase de sintoniasintonia

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A Geografia nas Primeiras A Geografia nas Primeiras Faculdades no BrasilFaculdades no Brasil

Brasil ImpérioBrasil Império Vinculada à Engenharia Civil

Engenheiros Engenheiros GeógrafosGeógrafos

Agrimensura e Agrimensura e CartografiaCartografia

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Brasil, década de 30.Brasil, década de 30.Governo de Getúlio VargasGoverno de Getúlio Vargas

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Brasil, década de 30.Brasil, década de 30.Governo de Getúlio VargasGoverno de Getúlio Vargas

Uma Geografia de origem francesaUma Geografia de origem francesa

Consoante aos propósitos do Estado BrasileiroConsoante aos propósitos do Estado Brasileiro

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Alguns Paradigmas da Alguns Paradigmas da GeografiaGeografia

Determinismo Geográfico

Possibilismo Geográfico

Método Regional

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Modelo Agrário Importador Urbano Industrial

Grandes Transformações Territoriais

Ação Promotora do EstadoAção Promotora do EstadoAgente da Organização EspacialAgente da Organização Espacial

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Unidade NacionalUnidade Nacional

CentralizaçãoCentralizaçãoIntervenção DiretaIntervenção Direta

na Economiana Economia

Estado ForteEstado Forte

1930 - 1945

Estado Ratzeliano: Coesão Interna para fins de controle do Território

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A Questão NacionalA Questão NacionalEstado Mecenas do Mundo Econômico Estado Mecenas do Mundo Econômico

e Culturale Cultural

Debates e aprofundamento do conhecimento Debates e aprofundamento do conhecimento e construção da cultura nacionale construção da cultura nacional

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Exemplos:Exemplos: Ministério da Educação e Saúde em 1930;Ministério da Educação e Saúde em 1930; Ministério do Trabalho, Indústria e Ministério do Trabalho, Indústria e

Comércio em 1930;Comércio em 1930; Instituto Nacional de Pedagogia, em Instituto Nacional de Pedagogia, em

1935;1935; Serviço de Patrimônio Histórico e Serviço de Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional, em 1937;Artístico Nacional, em 1937; Instituto Brasileiro de Geografia e Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, em 1938;Estatística, em 1938;

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GeografiaGeografiaInstrumentação do Estado Instrumentação do Estado

- gerência e controle do território -- gerência e controle do território -

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A Mudança na Geografia A Mudança na Geografia BrasileiraBrasileira

À Convite de Vargas chegaram À Convite de Vargas chegaram as missões Francesasas missões Francesas

Pierre DeffontainesPierre Deffontaines Lucien Febvre

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A Mudança na Geografia A Mudança na Geografia BrasileiraBrasileira

História Geografia

Organização Econômica e Social do Brasil

O Quadro Natural Comandava a Organização das Atividades Humanas

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A Mudança na Geografia A Mudança na Geografia BrasileiraBrasileira

Primeiro Governo VargasGraduação em Geografia

A Escola segue a mesma linha – Construção da Identidade Nacional -

Descrição dos Fatores Físicos Omissão Intencional da Efervescência Social

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A Fase da DesintoniaA Fase da Desintonia

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Vargas deixou um legado que se seguiu até meados da Vargas deixou um legado que se seguiu até meados da década de 70, década de 70, o sentimento de Integração Nacional

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O Processo de industrialização e O Processo de industrialização e modernização a Economia modernização a Economia concentrados no centro sul do país concentrados no centro sul do país legitimavam esse discurso de legitimavam esse discurso de integração nacional já que tintegração nacional já que tinhamos um território marcado pela fragmentação interna.

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A Geografia no Governo A Geografia no Governo MilitarMilitar

Com o advento do Golpe Militar de Com o advento do Golpe Militar de 1964 o discurso da integração 1964 o discurso da integração permanece, mas tem uma nova matriz:permanece, mas tem uma nova matriz:

O Desenvolvimentismo Buscava o reordenamento territorial

integrando regiões periféricas ao centro, a um custo sócioambiental muito alto.

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A Geografia no Governo A Geografia no Governo MilitarMilitar

Exploração Intensa de Recursos Naturais

Alicerce na Indústria e exportação de matérias primas e energia

Desigualdade Social

Concentração de Renda

Aumento da Dívida Externa

Êxodo Rural

Crescimento Desordenado dos Centros Urbanos

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No início dos anos 70, quando o Brasil vivia o período da ditadura militar e a falsa impressão do “milagre econômico”, Médici, empolgado com o arranque da economia, criou um projeto faraônico: a transamazônica. A rodovia deveria ser pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as regiões Norte e Nordeste do Brasil, além do Peru e do Equador.

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Esse desenvolvimentismo ocorre entre a crise e a reestruturação da economia do mundo.

Fordismo GlobalizaçãoEra da Informação

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Novas Relações Espaço-Tempo

Maior Velocidade nas alterações e mudança sociais e relações de poder

Os Fluxos Financeiros, Mercantis e Informacionais superam os Estados e as Fronterias

Criação de um Mercado Único Mundial

Relações diretas entre fluxos financeiros sem mediação Estatal

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Local Global Fragmentação dos Territórios

Seria então o Estado necessário?

É justamente essa velocidade e volatilidade que fazem do Estado um ente presente, já que os territórios adotam novas tecnologias e se valorizam diferencialmente.

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Como esse dinamismo, surge a Geografia críticapara analisar esse novo momento do mundo

Entretanto, aqui está a desintonia.

O Discurso da Geografia Escolar está defasado, não o da produção científica destinada ao Ensino, mas a prática docente.

Produção Científica em Geografia

Prática Docente

Por quê?

Má formação crônica de nossos docentes

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Identificando um Identificando um Problema RealProblema Real

A Geografia no ensino fundamental A Geografia no ensino fundamental estende-se da 1º a 8º série.estende-se da 1º a 8º série.

Constata-se que são cobrados entendimentos e conceitos sobre a realidade que ela não temcondição de assimilar dada sua vivência restrita.

Compreender o espaço em sua totalidade, em suas múltiplas dimensões é uma habilidade a serdesenvolvida.

Os conteúdos nesse nível escolar devem promover a habilidade de percepção espacial.

“Cada lugar, é ao mesmo tempo objeto de uma razão global e de uma razão local, convivendo dialéticamente” Santos, 1996

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Qual é o lugar da geografia nas séries iniciais?

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Criar condições para que a criança leia o

“espaço vivido”

Processo que se inicia quando a criança

reconhece os lugares, identifica paisagens.

Para tanto, ela precisa saber olhar, observar,

descrever, registrar e analisar.

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A Situação:

um ensino tradicional e professores igualmente

tradicionais, trabalhando com conteúdos

alheios ao mundo da vida!

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O Desafio:

Exercitar a prática de fazer a leitura do mundo!

Pode-se dizer que isso nasce com a criança.

Desde que a criança nasce, os seus contatos com o

mundo, seja por intermédio da mãe, seja pelo esforço

da própria criança, buscam a conquista de um espaço.

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Ao caminhar, correr, brincar, ela está

interagindo com um espaço que também é

social, está ampliando o seu mundo e

reconhecendo a complexidade dele.

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A noção de espaço que a criança desenvolve não

é um processo natural e aleatório e sim

construída socialmente.

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A capacidade de percepção e a possibilidade de

sua representação é um desafio que motiva a

criança a desencadear a procura, a aprender a ser

curiosa, para entender o que acontece ao seu redor.

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O importante é poder trabalhar, no momento

da alfabetização, com a capacidade de ler o

espaço, com o saber ler a aparência das

paisagens e desenvolver a capacidade de ler os

significados que elas expressam.

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Exemplo:

“Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos

de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder

público para discutir a poluição dos riachos e dos

córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações,

os lixões e os riscos que oferecem à saúde das pessoas?”

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Exemplo:

“Por que não aproveitar as épocas de frio, calor,

os dias chuvosos ou ensolarados para se falar do

clima, das nuvens ou de manifestações da

natureza?

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Exemplo:

“Ao se trabalhar com a divisão regional

brasileira, porque não os alunos pesquisarem de

que estados ou regiões são seus pais ou avós? A

partir do que for apresentado pelos alunos,

pode-se trabalhar com significado a temática.

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É a partir de tais problemas que devem ser

feitas a leitura, a representação, e que deve ser

instigada a curiosidade para avançar na

investigação e compreender o que ocorre.

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E a partir de situações do cotidiano, trabalhar

com os conceitos envolvidos – no caso, rio,

riacho, córrego, lençol freático, lixo, poluição,

degradação ambiental, degradação urbana,

cidade, riscos ambientais.

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Prática:

1) Elenque algumas situações do seu cotidiano, de sua

vizinhança, de sua cidade.

2) Quais elementos, fatores ou forças você idenfica

atuando em sua localidade?

3) Se você fosse dar uma aula em sua cidade, qual tema

você abordaria?

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Sem dúvida, é partindo do lugar, considerando

a realidade concreta do espaço vivido que se

contrói a educação espacial.

É no cotidiano da própria vivência que as coisas

vão acontecendo e, assim, configurando o

espaço, dando feição ao lugar.

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“não é apenas um quadro de vida, mas um espaço

vivido, isto é, de experiência sempre renovada, o

que permite, ao mesmo tempo, a reavaliação das

heranças e a indagação sobre o presente e o

futuro. A existência naquele espaço exerce um

papel revelador sobre o mundo” (Santos, 2000)

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“Os lugares, são, pois, o mundo, que eles

reproduzem de modos específicos, individuais,

diversos. Eles são singulares, mas também são

globais, manifestações da totalidade-mundo,

da qual são formas particulares” (Santos,

2000)

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Do ponto de vista da geografia, esta é a

perspectiva para se estudar o espaço: olhando

em volta, percebendo o que existe, sabendo

analisar as paisagens como o momento

instantâneo de uma história que vai

acontecendo.

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Nesse processo de aprender a ler, lendo o

espaço, não há uma regra, um método

estabelecido a priori, nem a possibilidade de

elencar técnicas capazes de dar conta de

cumprir o exigido.

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“Não se espera que uma criança de sete anos possa compreender toda a complexidade das relações do mundo com o seu lugar de convívio e vice-versa. No entanto, privá-las de estabelecer hipóteses, observar, descrever, representar e construir suas explicações é uma prática que não condiz mais com o mundo atual e uma Educação voltada para a cidadania.” (Straforini, 2001)

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““O Olhar Espacial”O Olhar Espacial”

Desenvolver o olhar espacial, portanto, é

construir um método que possa dar conta de

fazer a leitura da vida que estamos vivendo, a

partir do que pode ser percebido no espaço

construído.

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““O Olhar Espacial”O Olhar Espacial”

Ao ler o espaço, a criança estará lendo a sua

própria história, representada concretamente

pelo que resulta das forças sociais e,

particularmente, pela vivência de seus

antepassados e dos grupos com os quais

convive atualmente.

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““A Leitura da Paisagem”A Leitura da Paisagem”Fazer a leitura da paisagem pode ser uma forma

interessante de desvendar a história do espaço

considerado, quer dizer, a história das pessoas que

ali vivem. O que a paisagem mostra é o resultado

do que aconteceu ali. A materialização do ocorrido

transforma em visível, perceptível o acontecido.

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““Desenho Livre: Visões do Espaço”Desenho Livre: Visões do Espaço”ObservarObservar detalhadamente sua casa, uma paisagem detalhadamente sua casa, uma paisagem

significativa ou o caminho conhecido, desenvolvendo significativa ou o caminho conhecido, desenvolvendo

um um olhar mais aguçadoolhar mais aguçado à forma como as pessoas à forma como as pessoas

vivem, moram e trabalham.vivem, moram e trabalham.

Perceber que o Perceber que o arranjo espacialarranjo espacial, a distribuição das , a distribuição das

pessoas, dos objetos, do trabalho, é uma conseqüência pessoas, dos objetos, do trabalho, é uma conseqüência

da opção - dinâmica passível de modificações - dos da opção - dinâmica passível de modificações - dos

sistema de vida - político econômico, social, histórico) sistema de vida - político econômico, social, histórico)

da sociedade.da sociedade.

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Objetivos:Objetivos: Evocar a experiência espacial vivida;Evocar a experiência espacial vivida; Observar nos desenhos propostos os “arranjos” espaciais Observar nos desenhos propostos os “arranjos” espaciais

e a dinâmica que ai se processa em diferentes momentos;e a dinâmica que ai se processa em diferentes momentos; Comparar o local retratado no desenho com outros locais Comparar o local retratado no desenho com outros locais

e desenhos e daí perceber os distintos modos de vida dos e desenhos e daí perceber os distintos modos de vida dos

lugares;lugares;

““Desenho Livre: Visões do Espaço”Desenho Livre: Visões do Espaço”

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Objetivos:Objetivos: Descrever nos diferentes desenhos, as atividades, o Descrever nos diferentes desenhos, as atividades, o

trabalho realizado;trabalho realizado; Perceber que o espaço é construído pelas Perceber que o espaço é construído pelas

sociedades e que este inclui elementos da natureza, sociedades e que este inclui elementos da natureza,

como relevo, rios, animais, vegetação, dia e noite, como relevo, rios, animais, vegetação, dia e noite,

sol, chuva, vento, frio, calor, cheiros perfumes...sol, chuva, vento, frio, calor, cheiros perfumes...

““Desenho Livre: Visões do Espaço”Desenho Livre: Visões do Espaço”

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Conceitos Trabalhados:Conceitos Trabalhados: Proporção, escala (noção), orientação Proporção, escala (noção), orientação

espacial, lateralidade, pontos de espacial, lateralidade, pontos de

referência, ângulo de visão, referência, ângulo de visão,

detalhamento espacial, legenda;detalhamento espacial, legenda;

““Desenho Livre: Visões do Espaço”Desenho Livre: Visões do Espaço”

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Com esta atividade o professor poderá analisar, Com esta atividade o professor poderá analisar,

agrupar os desenhos quanto aos detalhes agrupar os desenhos quanto aos detalhes

observados, quanto ao ângulo de visão, quanto à observados, quanto ao ângulo de visão, quanto à

proporcionalidade, quanto à orientação e proporcionalidade, quanto à orientação e

distribuição espacial dos elementos observados, distribuição espacial dos elementos observados,

quanto ao ponto de referência, quanto à visão quanto ao ponto de referência, quanto à visão

que o aluno tem da paisagem.que o aluno tem da paisagem.

““Desenho Livre: Visões do Espaço”Desenho Livre: Visões do Espaço”

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Crianças e a Noção de EspaçoCrianças e a Noção de Espaço A Noção de Espaço passa por níveis próprios A Noção de Espaço passa por níveis próprios

na evolução geral da criança;na evolução geral da criança;

Vivido Percebido Concebido

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Crianças e a Noção de EspaçoCrianças e a Noção de Espaço A Vivência do EspaçoA Vivência do Espaço O espaço físico é vivenciado através do O espaço físico é vivenciado através do

movimento e do deslocamento;movimento e do deslocamento; Trajeto Casa-Escola;Trajeto Casa-Escola; Idas ao mercadoIdas ao mercado Brincadeiras no pátio, quintal e vizinhanças;Brincadeiras no pátio, quintal e vizinhanças; A criança percorre, delimita e o organiza segundo A criança percorre, delimita e o organiza segundo

seus interesses.seus interesses.

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Crianças e a Noção de EspaçoCrianças e a Noção de Espaço

A Percepção do EspaçoA Percepção do Espaço O espaço passa a ser percebido quando não O espaço passa a ser percebido quando não

precisa mais ser experimentado fisicamente;precisa mais ser experimentado fisicamente; Lembrar do trajeto Escola-Casa;Lembrar do trajeto Escola-Casa; Ao observar uma foto, distinguir distâncias e Ao observar uma foto, distinguir distâncias e

localizar objetos;localizar objetos; Análise do espaço passa a ser feita pela Análise do espaço passa a ser feita pela

observação;observação;

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Crianças e a Noção de EspaçoCrianças e a Noção de Espaço

A Concepção do EspaçoA Concepção do Espaço

Estabelecer relações espaciais entre elementos Estabelecer relações espaciais entre elementos apenas através de sua representação;apenas através de sua representação;

Ex: Capacidade de raciocinar sobre uma área Ex: Capacidade de raciocinar sobre uma área retratada em um mapa;retratada em um mapa;

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Crianças e a Noção de EspaçoCrianças e a Noção de Espaço

Construção da Noção de EspaçoConstrução da Noção de Espaço

Localização e deslocamento de elementos Localização e deslocamento de elementos são definidos a partir da própria posição são definidos a partir da própria posição da criança;da criança;

Estender os conceitos adquiridos, Estender os conceitos adquiridos, localizando elementos em espaços mais localizando elementos em espaços mais distantes;distantes;

Representação Gráfica: CartografiaRepresentação Gráfica: Cartografia

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Crianças e a Noção de Crianças e a Noção de EspaçoEspaço

Espaço Ocupado por seu corpo;Espaço Ocupado por seu corpo; Localização de Objetos no Espaço;Localização de Objetos no Espaço; Posições Relativas dos Objetos no Posições Relativas dos Objetos no

EspaçoEspaço Deslocamento e Orientação;Deslocamento e Orientação; Distância, Medidas e Esquematização Distância, Medidas e Esquematização

do Espaçodo Espaço

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A Tomada de Consciência A Tomada de Consciência do Espaço Corporaldo Espaço Corporal

A partir do nascimento: contato físico, A partir do nascimento: contato físico, amamentação, toque: Processo de amamentação, toque: Processo de aprendizagem do espaço;aprendizagem do espaço;

Registros dos referenciais de lados e partes Registros dos referenciais de lados e partes do corpo, bases para os referenciais do corpo, bases para os referenciais espaciais;espaciais;

Esquema Corporal: Conhecimento Imediato Esquema Corporal: Conhecimento Imediato do corpo em função da inter-relação das do corpo em função da inter-relação das partes e de sua relação com o espaço e com partes e de sua relação com o espaço e com os objetos;os objetos;

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A Tomada de Consciência A Tomada de Consciência do Espaço Corporaldo Espaço Corporal

É um processo que vai do nascimento É um processo que vai do nascimento até a adolescência;até a adolescência;

Amadurecimento do sistema nervoso;Amadurecimento do sistema nervoso; Relação Eu-Mundo;Relação Eu-Mundo; Lateralização: Predomínio de um lado Lateralização: Predomínio de um lado

do corpo;do corpo;

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A Tomada de Consciência A Tomada de Consciência do Espaço Corporaldo Espaço Corporal

Corpo Olhos Mente

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Qual a percepção de Espaço Qual a percepção de Espaço Geográfico?Geográfico?

Ensino Tradicional, estudo do:Ensino Tradicional, estudo do: bairro, da localidade e do município;bairro, da localidade e do município; Estados;Estados; Brasil;Brasil;

Usam-se mapas para concretizar os Usam-se mapas para concretizar os espaços, demandando abstrações que espaços, demandando abstrações que nem sempre são realizadas pelas nem sempre são realizadas pelas crianças.crianças.

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Qual a percepção de Espaço Qual a percepção de Espaço Geográfico?Geográfico?

Entretanto, essa representação ocorre na Entretanto, essa representação ocorre na esfera macro, negligenciando o local, o esfera macro, negligenciando o local, o cotidiano.cotidiano.

Representações dos Estados, Regiões e PaísesRepresentações dos Estados, Regiões e PaísesE os bairros, a vizinhança e a cidade?E os bairros, a vizinhança e a cidade?

Realidade dinâmica e múltipla aos olhos da Realidade dinâmica e múltipla aos olhos da criançacriança

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Qual a percepção de Espaço Qual a percepção de Espaço Geográfico?Geográfico?

Algumas perguntas importantes:Algumas perguntas importantes:Conhecemos o espaço em que a Conhecemos o espaço em que a

criança se locomove?criança se locomove?Sabemos interpretar as informações Sabemos interpretar as informações

sobre esse espaço?sobre esse espaço?Nosso aluno já consegui passar da Nosso aluno já consegui passar da

percepção para a concepção?percepção para a concepção?Ele consegue compreender um mapa Ele consegue compreender um mapa

ou uma maquete?ou uma maquete?

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Qual a percepção de Espaço Qual a percepção de Espaço Geográfico?Geográfico?

Esse lapso na aprendizagem, por vezes Esse lapso na aprendizagem, por vezes inconsciente, aliena o aluno de se inconsciente, aliena o aluno de se próprio espaço, nega sua realidade...próprio espaço, nega sua realidade...

Com isso não estaríamos criando Com isso não estaríamos criando condições para o não questionamento condições para o não questionamento das raízes de uma organização espacial das raízes de uma organização espacial discriminatória brasileira?discriminatória brasileira?

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

Entre as linguagens gráficas encontram-se Entre as linguagens gráficas encontram-se o mapa e o desenho. o mapa e o desenho. Este é espontâneo nas atividades das Este é espontâneo nas atividades das crianças, desde bem pequenas. crianças, desde bem pequenas. Aquele resulta de séculos de acumulação Aquele resulta de séculos de acumulação de conhecimentos e do desenvolvimento de conhecimentos e do desenvolvimento de técnicas cartográficas.de técnicas cartográficas.Quando pensamos em ambos como Quando pensamos em ambos como linguagenslinguagens podemos estabelecer paralelo podemos estabelecer paralelo interessante entre eles, no ensino. interessante entre eles, no ensino.

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

Para as crianças, desenhar é brincar. “A Para as crianças, desenhar é brincar. “A criança desenha para se divertir”, disse criança desenha para se divertir”, disse Luquet. Luquet.

Os primeiros desenhos são feitos pelo Os primeiros desenhos são feitos pelo prazer de riscar, de explorar as prazer de riscar, de explorar as possibilidades do material (lápis de cor, possibilidades do material (lápis de cor, giz de cera, caneta hidrográfica), para giz de cera, caneta hidrográfica), para produzir efeitos interessantes no papel. produzir efeitos interessantes no papel.

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

Quando a criança percebe que grafismos Quando a criança percebe que grafismos podem significar coisas, inaugura uma nova podem significar coisas, inaugura uma nova fase, que Luquet denominou fase, que Luquet denominou incapacidade incapacidade sintéticasintética, na qual ainda predominam rabiscos , na qual ainda predominam rabiscos que são associados a objetos do mundo real, que são associados a objetos do mundo real, porém o mesmo rabisco, conforme o porém o mesmo rabisco, conforme o momento, pode representar diversos objetos. momento, pode representar diversos objetos.

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

As crianças vão desenvolvendo grafismos As crianças vão desenvolvendo grafismos mais elaborados, diferenciando formas mais elaborados, diferenciando formas retilíneas e curvilíneas, porém não retilíneas e curvilíneas, porém não integram elementos no desenho para integram elementos no desenho para compor figuras ou cenas, os elementos compor figuras ou cenas, os elementos permanecem apenas permanecem apenas justapostosjustapostos. .

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

Essa justaposição atende à necessidade de Essa justaposição atende à necessidade de registrar as explicações sobre o desenho, registrar as explicações sobre o desenho, antes feitas oralmente. antes feitas oralmente.

Podemos, talvez, considerar essas Podemos, talvez, considerar essas explicações como forma de estabelecer uma explicações como forma de estabelecer uma ligação entre os elementos. ligação entre os elementos.

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

Desenho e escrita evoluem por caminhos Desenho e escrita evoluem por caminhos paralelos na construção do conhecimento paralelos na construção do conhecimento pela criança.pela criança.

Quando a criança percebe que seus rabiscos Quando a criança percebe que seus rabiscos servem para servem para apresentarapresentar objetos e que é ela objetos e que é ela quem estabelece a relação entre o desenho e quem estabelece a relação entre o desenho e o objeto, inicia-se a construção de um amplo o objeto, inicia-se a construção de um amplo sistema gráfico.sistema gráfico.

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

““pode-se ir além dos estágios do desenho pode-se ir além dos estágios do desenho infantil, e analisá-lo como expressão de infantil, e analisá-lo como expressão de uma linguagem, da qual a criança se uma linguagem, da qual a criança se apropria ao tornar visíveis suas apropria ao tornar visíveis suas impressões, socializando suas impressões, socializando suas experiências” (Almeida, 200, p. 27). experiências” (Almeida, 200, p. 27).

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

Quanto à relação entre os elementos no Quanto à relação entre os elementos no espaço, os desenhos infantis apresentam, espaço, os desenhos infantis apresentam, inicialmente, objetos isolados, onde inicialmente, objetos isolados, onde estando no mesmo campo visual, estando no mesmo campo visual, configura-se uma tentativa de configura-se uma tentativa de estabelecer relação entre eles. estabelecer relação entre eles.

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A Cartografia na Sala de A Cartografia na Sala de AulaAula

uma casa e flores sobre o solo acima aparecem nuvens e o Sol

A cena está estruturada no papel a partir de uma linha de base

Casa com flores (André, 5 anos e 10 meses)

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Luquet chamou de Luquet chamou de realismo intelectualrealismo intelectual a fase em que não incluem apenas os a fase em que não incluem apenas os objetos que podem ver, mas também objetos que podem ver, mas também aquilo que elas sabem que existe. aquilo que elas sabem que existe.

Aparecem formas peculiares de Aparecem formas peculiares de perspectiva comoperspectiva como mistura de pontos de mistura de pontos de vistavista e e justaposição espacial e justaposição espacial e temporaltemporal. .

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

São comuns desenhos com São comuns desenhos com transparênciastransparências, como o exemplo a , como o exemplo a seguir, onde aparece a casa, com seguir, onde aparece a casa, com objetos, a mãe e a criança, o cachorro objetos, a mãe e a criança, o cachorro e o gato; do lado externo, o papai está e o gato; do lado externo, o papai está caminhando para o trabalho. caminhando para o trabalho.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

No exemplo aparece a casa, com objetos, a mãe e a No exemplo aparece a casa, com objetos, a mãe e a criança, o cachorro e o gato; do lado externo, o papai está criança, o cachorro e o gato; do lado externo, o papai está caminhando para o trabalho. caminhando para o trabalho.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Os Os rebatimentosrebatimentos dizem respeito à dizem respeito à representação de elementos de um plano representação de elementos de um plano sobre outro, geralmente do plano vertical sobre outro, geralmente do plano vertical sobre o horizontal. sobre o horizontal.

Desenhar objetos em um mesmo campo Desenhar objetos em um mesmo campo visual, mas sob pontos de vista diferentes, visual, mas sob pontos de vista diferentes, é um recurso muito usado pelas crianças é um recurso muito usado pelas crianças para apresentar no espaço gráfico para apresentar no espaço gráfico (bidimensional) uma situação observada no (bidimensional) uma situação observada no espaço real (tridimensional). espaço real (tridimensional).

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Na figura a criança apresenta o prédio visto de frente, o pátio visto de cima e justaposto ao prédio. No pátio, desenhou crianças e outros objetos rebatidos.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

O desenho do quarteirão onde um menino mora. As ruas aparecem sob o ponto de vista de cima, todas as casas sob o ponto de vista frontal.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Apesar da mistura de pontos de Apesar da mistura de pontos de vista, seu autor manteve as mesmas vista, seu autor manteve as mesmas relações espaciais para todos os relações espaciais para todos os objetos: as casas estão alinhadas objetos: as casas estão alinhadas com a calçada e rebatidas sobre o com a calçada e rebatidas sobre o plano das quadras, sem rotação, de plano das quadras, sem rotação, de maneira que algumas aparecem de maneira que algumas aparecem de lado ou de ponta-cabeça.lado ou de ponta-cabeça.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Há proporção entre o tamanho das Há proporção entre o tamanho das casas, apesar de estarem grandes em casas, apesar de estarem grandes em relação ao tamanho das quadras. relação ao tamanho das quadras.

Este desenho se aproxima de um Este desenho se aproxima de um mapa, o que caracteriza o mapa, o que caracteriza o realismo realismo visualvisual, quando há mais cuidado com , quando há mais cuidado com as perspectivas, proporções, medidas as perspectivas, proporções, medidas e distâncias.      e distâncias.     

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Nos exemplos, indicamos como o espaço Nos exemplos, indicamos como o espaço aparece – na relação entre os elementos aparece – na relação entre os elementos de um mesmo objeto e na relação entre de um mesmo objeto e na relação entre objetos em um mesmo campo visual –, objetos em um mesmo campo visual –, como reflexo das concepções da como reflexo das concepções da criança, não apenas sobre o real, mas criança, não apenas sobre o real, mas sobre como apresentá-lo graficamente.sobre como apresentá-lo graficamente.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Refletem, portanto, diferentes formas Refletem, portanto, diferentes formas de de linguagem gráficalinguagem gráfica, elaboradas a , elaboradas a partir de conceitos que as crianças partir de conceitos que as crianças constroem a esse respeito. Queremos constroem a esse respeito. Queremos ir um pouco mais adiante, nesta ir um pouco mais adiante, nesta tentativa de estabelecer paralelos tentativa de estabelecer paralelos entre o desenho infantil e os mapas. entre o desenho infantil e os mapas.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Outras perguntas levam a pensar em atributos Outras perguntas levam a pensar em atributos relacionados aos mapas, como: relacionados aos mapas, como:

Localização e distância:Localização e distância:

No desenho, que elementos estão mais No desenho, que elementos estão mais próximos de sua casa (e longe da escola)?próximos de sua casa (e longe da escola)?Que elementos estão a meia distância?Que elementos estão a meia distância?E, que elementos estão mais próximos da E, que elementos estão mais próximos da escola (e longe de sua casa)?escola (e longe de sua casa)?

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Outras perguntas levam a pensar em atributos Outras perguntas levam a pensar em atributos relacionados aos mapas, como: relacionados aos mapas, como:

Escala:Escala: Quais os maiores elementos que Quais os maiores elementos que aparecem em seu desenho? (cinema, escola, aparecem em seu desenho? (cinema, escola, igreja) igreja) Que elementos têm um tamanho médio? Que elementos têm um tamanho médio? (casas, garagens) (casas, garagens) Que elementos são pequenos? (banca de Que elementos são pequenos? (banca de jornal).jornal).

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Outras perguntas levam a pensar em Outras perguntas levam a pensar em atributos relacionados aos mapas, como: atributos relacionados aos mapas, como:

Ponto de vista:Ponto de vista: Como você faria para Como você faria para desenhar as casas, a escola, etc. vistos desenhar as casas, a escola, etc. vistos de cima, como se você estivesse vendo-os de cima, como se você estivesse vendo-os de um avião?de um avião?

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Para se trabalhar a cartografia em Para se trabalhar a cartografia em sala, os alunos precisam:sala, os alunos precisam:questões significativas a “resolver”, questões significativas a “resolver”, pensar, observar, colher informações, pensar, observar, colher informações, estudar conhecimentos já produzidos, estudar conhecimentos já produzidos, discutir, propor interpretações... discutir, propor interpretações...

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Atividade 1: O Desenho Livre na EscolaAtividade 1: O Desenho Livre na Escola

Pode-se iniciar essa atividade propondo Pode-se iniciar essa atividade propondo aos alunos uma reflexão sobre o que aos alunos uma reflexão sobre o que acontece na escola ou na sala de aula, acontece na escola ou na sala de aula, sobre seus diversos significados - para sobre seus diversos significados - para professores e alunos - e também a respeito professores e alunos - e também a respeito de sua organização. de sua organização.

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Com o desenho livre podemos trabalhar:Com o desenho livre podemos trabalhar:

Particularidades de seu autor:Particularidades de seu autor:Afetos;Afetos;Modo de observar os objetos;Modo de observar os objetos;Maneira de se servir da linguagem: Maneira de se servir da linguagem: Ponto de vista, uso de projeções ou cores. Ponto de vista, uso de projeções ou cores.

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Escola

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Trajeto Casa-Escola

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Uma discussão com as crianças levanta Uma discussão com as crianças levanta questionamentos que as leva a perceber que os questionamentos que as leva a perceber que os desenhos podem ter finalidades mais específicas: desenhos podem ter finalidades mais específicas:

O desenho que você fez serve para indicar como O desenho que você fez serve para indicar como chegar em sua casa? chegar em sua casa? Um colega que não saiba onde você mora pode Um colega que não saiba onde você mora pode usar o desenho que você fez para ir da escola para usar o desenho que você fez para ir da escola para sua casa?sua casa?O caminho que você faz para vir de sua casa para O caminho que você faz para vir de sua casa para a escola é o mesmo para ir da escola para sua a escola é o mesmo para ir da escola para sua casa?casa? “ “

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Cartografia na Sala de Cartografia na Sala de AulaAula

Sala de Aula

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Os alunos escolheram seus lugares na Os alunos escolheram seus lugares na sala? sala? O que influiu nessa escolha?O que influiu nessa escolha?Eles conseguem localizar seus lugares Eles conseguem localizar seus lugares na sala?na sala?Como indicariam, para alguém de outra Como indicariam, para alguém de outra classe, onde se sentam? classe, onde se sentam?

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Com isso trabalhamos sistemas de Com isso trabalhamos sistemas de localização, apresentados pelos próprios localização, apresentados pelos próprios alunos.alunos.

Alguém se localiza “no fundo da sala”, Alguém se localiza “no fundo da sala”, outro, “na frente, à direita”, um terceiro, outro, “na frente, à direita”, um terceiro, “na quarta carteira da primeira fila”“na quarta carteira da primeira fila”

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““Na frente, à direita” Na frente, à direita” O que é a frente da sala?O que é a frente da sala?Como se determina o que é a frente dos Como se determina o que é a frente dos objetos?objetos?

““Na quarta carteira da primeira fila” Na quarta carteira da primeira fila”

Indica um sistema coordenado de ordenação Indica um sistema coordenado de ordenação de filas e carteiras, semelhante ao de linhas e de filas e carteiras, semelhante ao de linhas e colunas, ou dos paralelos e meridianos de um colunas, ou dos paralelos e meridianos de um mapa. mapa.

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É interessante que os próprios alunos É interessante que os próprios alunos apresentem/expliquem seus desenhos e façam apresentem/expliquem seus desenhos e façam comparações. comparações.

Todos desenharam a sala a partir de um mesmo Todos desenharam a sala a partir de um mesmo ponto de vista?ponto de vista?O que é ponto de vista?O que é ponto de vista?Todos desenharam os mesmos objetos da sala?Todos desenharam os mesmos objetos da sala?Como ficou a localização dos objetos?Como ficou a localização dos objetos?Os desenhos têm a mesma quantidade de Os desenhos têm a mesma quantidade de carteiras da sala?carteiras da sala?Será essa igualdade sempre necessária ou Será essa igualdade sempre necessária ou depende da finalidade do desenho?depende da finalidade do desenho?

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Algum objeto deixou de aparecer nos Algum objeto deixou de aparecer nos desenhos? Por quê? desenhos? Por quê? Alguém desenhou algum símbolo Alguém desenhou algum símbolo diferente? diferente? Exemplo: Alunos desenhem um coração Exemplo: Alunos desenhem um coração sobre a mesa do professor. sobre a mesa do professor. Alguém deu título ao desenho? Alguém deu título ao desenho? Quais as dificuldades enfrentadas no Quais as dificuldades enfrentadas no desenho da sala de aula? desenho da sala de aula?

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Atividade 2: Construção de Maquete:Atividade 2: Construção de Maquete:Construir, em pequenos grupos, uma Construir, em pequenos grupos, uma maquete da sala de aula, com a localização maquete da sala de aula, com a localização de seus elementos, é um desafio que as de seus elementos, é um desafio que as crianças geralmente abraçam com muita crianças geralmente abraçam com muita atenção e prazer.atenção e prazer.

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A diversidade de material talvez A diversidade de material talvez estimule a criatividade, facilitando o estimule a criatividade, facilitando o aparecimento de soluções bem aparecimento de soluções bem diferentes, que são discutidas durante diferentes, que são discutidas durante a apresentação dos trabalhos dos a apresentação dos trabalhos dos grupos.grupos.

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A maquete ainda permite experiências que A maquete ainda permite experiências que envolvem questões de ponto de vista e envolvem questões de ponto de vista e projeção:projeção:

O que acontece se mudarmos de posição a O que acontece se mudarmos de posição a maquete?maquete?Os alunos vêem algumas coisas, mas não Os alunos vêem algumas coisas, mas não conseguem enxergar outras. Por que isso conseguem enxergar outras. Por que isso acontece? acontece? Existe algum ponto de vista de onde seja Existe algum ponto de vista de onde seja possível observar, ao mesmo tempo, todos possível observar, ao mesmo tempo, todos os objetos e seus diversos lados? os objetos e seus diversos lados?

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Atividade 3: Construção de um Atividade 3: Construção de um Croqui da Sala de AulaCroqui da Sala de Aula

Cobrindo a maquete com plástico incolor Cobrindo a maquete com plástico incolor transparente (ou papel celofane), transparente (ou papel celofane), olhando cada objeto exatamente de cima olhando cada objeto exatamente de cima (ponto de vista vertical) e copiando seus (ponto de vista vertical) e copiando seus contornos (incluindo aí as paredes), contornos (incluindo aí as paredes), consegue-se uma planta da maquete consegue-se uma planta da maquete (por conseqüência, da sala de aula). (por conseqüência, da sala de aula). Os objetos foram projetados sobre o Os objetos foram projetados sobre o plástico de uma mesma maneira, o que plástico de uma mesma maneira, o que resultou num único ponto de vista. resultou num único ponto de vista.

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Atividade 4: Construção de uma Atividade 4: Construção de uma Planta da Sala de AulaPlanta da Sala de Aula

A construção de uma planta em A construção de uma planta em escala da sala de aula exige que os escala da sala de aula exige que os comprimentos de todos os elementos comprimentos de todos os elementos da sala sejam reduzidos um mesmo da sala sejam reduzidos um mesmo número de vezes. número de vezes.

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Trabalhando Escalas:Trabalhando Escalas:

O primeiro passo é medir o comprimento do O primeiro passo é medir o comprimento do lado maior da sala, para isso basta esticar o lado maior da sala, para isso basta esticar o barbante junto à parede e cortá-lo. barbante junto à parede e cortá-lo. Dobra-se o barbante ao meio, ou seja, o Dobra-se o barbante ao meio, ou seja, o comprimento da parede é reduzido duas comprimento da parede é reduzido duas vezes (dividido por dois).vezes (dividido por dois).

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Trabalhando Escalas:Trabalhando Escalas:

Novamente, dobra-se o barbante ao Novamente, dobra-se o barbante ao meio: ele fica dividido em quatro partes meio: ele fica dividido em quatro partes iguais, o que significa que o iguais, o que significa que o comprimento da parede é reduzido comprimento da parede é reduzido quatro vezes (dividido por quatro). quatro vezes (dividido por quatro).

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O processo continua, até que o O processo continua, até que o barbante caiba na folha de papel pardo barbante caiba na folha de papel pardo ou cartolina. Então, risca-se o ou cartolina. Então, risca-se o comprimento final do barbante nessa comprimento final do barbante nessa folha e verifica-se a redução. folha e verifica-se a redução.

Os comprimentos das outras paredes e Os comprimentos das outras paredes e de elementos da sala (carteiras, portas, de elementos da sala (carteiras, portas, lousa, janelas, etc.) devem ser lousa, janelas, etc.) devem ser reduzidos esse mesmo número de reduzidos esse mesmo número de vezes, sempre usando barbante.vezes, sempre usando barbante.

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O trabalho precisa ser conjunto, com O trabalho precisa ser conjunto, com professor e alunos em permanente diálogo, professor e alunos em permanente diálogo, que envolve, a cada passo, questões como: que envolve, a cada passo, questões como:

Em quantas partes iguais o barbante foi Em quantas partes iguais o barbante foi

dividido? dividido?

O que aconteceu com o comprimento O que aconteceu com o comprimento

original da parede?original da parede?

É possível voltar ao comprimento original?É possível voltar ao comprimento original?

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Por outro lado, lembremos a questão Por outro lado, lembremos a questão central que acompanha a planta em central que acompanha a planta em escala: escala:

““por que reduzir todos os por que reduzir todos os comprimentos um mesmo número de comprimentos um mesmo número de

vezes?”vezes?”

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Além de estudar desenho, maquete e Além de estudar desenho, maquete e plantas separadamente, é plantas separadamente, é fundamental compará-las, destacando fundamental compará-las, destacando as características de cada uma, as características de cada uma, refletindo sobre suas semelhanças, refletindo sobre suas semelhanças, diferenças, situações e com que diferenças, situações e com que objetivos são produzidas.objetivos são produzidas.

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Exemplos de perguntas:Exemplos de perguntas:

Desenho, maquete e planta “reduzem” as Desenho, maquete e planta “reduzem” as medidas da sala? medidas da sala? De que modo?De que modo?É possível construir uma maquete em É possível construir uma maquete em escala?escala?Desenho, maquete e plantas precisam de Desenho, maquete e plantas precisam de título e legenda? Que ponto de vista é título e legenda? Que ponto de vista é assumido em cada uma das representações? assumido em cada uma das representações? Num mesmo desenho “aparece” apenas um Num mesmo desenho “aparece” apenas um ponto de vista?ponto de vista?

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No desenho da sala, os alunos trabalham No desenho da sala, os alunos trabalham com redução e manutenção das com redução e manutenção das proporções, correspondência entre proporções, correspondência entre localização dos objetos na sala e no localização dos objetos na sala e no desenho, escolha do ponto de vista e uso desenho, escolha do ponto de vista e uso de símbolos.de símbolos.

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Outro desafio dessa atividade é terem Outro desafio dessa atividade é terem apenas as duas dimensões do papel para apenas as duas dimensões do papel para representar as três dimensões da sala de representar as três dimensões da sala de aula. aula. Para fazer a planta da maquete, os Para fazer a planta da maquete, os alunos não enfrentam “problemas” de alunos não enfrentam “problemas” de redução, localização, nem escolha do redução, localização, nem escolha do ponto de vista. Eles experimentam, ponto de vista. Eles experimentam, basicamente, a realização de uma basicamente, a realização de uma projeção. projeção.

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Atividade 5: Redução e Escala com Atividade 5: Redução e Escala com GlobosGlobos

Na linha da redução e proporção, os alunos Na linha da redução e proporção, os alunos podem ficar curiosos a respeito de um globo podem ficar curiosos a respeito de um globo terrestre que viram numa sala da escola. terrestre que viram numa sala da escola. Pode-se então tratar de redução, do modo Pode-se então tratar de redução, do modo como os vários elementos do espaço como os vários elementos do espaço aparecem reduzidos e representados no aparecem reduzidos e representados no globo.globo.

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Atividade 6: Conhecendo as ruas e a Atividade 6: Conhecendo as ruas e a nossa casa:nossa casa:

Ruas e casas: Oposição Ruas e casas: Oposição Complementar.Complementar.

A rua é mais que uma simples A rua é mais que uma simples passagem diante de um conjunto de passagem diante de um conjunto de residências;residências;

É nossa casa, a dos vizinhos, a É nossa casa, a dos vizinhos, a padaria, a praça – nosso cotidianopadaria, a praça – nosso cotidiano

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Atividade 6: Conhecendo as ruas e a Atividade 6: Conhecendo as ruas e a nossa casa:nossa casa:

É espaço aberto, público onde a vida É espaço aberto, público onde a vida coletiva se desenvolve;coletiva se desenvolve;

É lugar do movimento, dos evento É lugar do movimento, dos evento imprevisíveis, das brincadeiras.imprevisíveis, das brincadeiras.

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Atividade 6: Conhecendo as ruas e a Atividade 6: Conhecendo as ruas e a nossa casa:nossa casa:

A casa: Espaço Protegido – Separado A casa: Espaço Protegido – Separado da Rua.da Rua.

Fortes Relações Afetivas, laços Fortes Relações Afetivas, laços sanguíneos e parentescos.sanguíneos e parentescos.

Socialização Primária da Criança;Socialização Primária da Criança; Casa e Família: SinônimosCasa e Família: Sinônimos

Eu gosto de minha casa e gosto de minha família

Moro eu, meu pai, a mulher do meu pai e os filhos dela...

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Atividade 6: Conhecendo as ruas e a Atividade 6: Conhecendo as ruas e a nossa casa:nossa casa:

A casa: Espaço Protegido – Separado A casa: Espaço Protegido – Separado da Rua.da Rua.

Fortes Relações Afetivas, laços Fortes Relações Afetivas, laços sanguíneos e parentescos.sanguíneos e parentescos.

Socialização Primária da Criança;Socialização Primária da Criança; Casa e Família: SinônimosCasa e Família: Sinônimos

Eu gosto de minha casa e gosto de minha família

Moro eu, meu pai, a mulher do meu pai e os filhos dela...

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Relações Espaciais:Relações Espaciais:

Topológicas ElementaresTopológicas ElementaresEuclidianasEuclidianasProjetivasProjetivas

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Relações Espaciais Relações Espaciais Topológicas ElementaresTopológicas Elementares

Base para a gênese de relações Base para a gênese de relações espaciais mais complexas;espaciais mais complexas;

Relação de Vizinhança:Relação de Vizinhança: Os objetos são perceptíveis no Os objetos são perceptíveis no

mesmo plano, próximos, contíguos, mesmo plano, próximos, contíguos, mas separados;mas separados;

A percepção de separação aumenta A percepção de separação aumenta com a idade;com a idade;

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Relações Espaciais Relações Espaciais Topológicas ElementaresTopológicas Elementares

Não são referenciais precisos de Não são referenciais precisos de localização, mas a base para o localização, mas a base para o trabalho com o Espaço Geográfico;trabalho com o Espaço Geográfico;

A localização geográfica constrói-se à A localização geográfica constrói-se à medida que o sujeito estabelece medida que o sujeito estabelece relações de vizinhança, separação, relações de vizinhança, separação, ordem, envolvimento e continuidade;ordem, envolvimento e continuidade;

Estabelecer relações entre o novo e o Estabelecer relações entre o novo e o conhecidoconhecido

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Relações Espaciais Relações Espaciais Topológicas ElementaresTopológicas Elementares

Relação de Ordem ou de Sucessão;Relação de Ordem ou de Sucessão; Relação de Envolvimento, percepção Relação de Envolvimento, percepção

de cada elemento e sua relação com de cada elemento e sua relação com os demais;os demais;

Podem ser vistos em uma, duas ou Podem ser vistos em uma, duas ou três dimensões;três dimensões;

Relação de Continuidade: O Espaço é Relação de Continuidade: O Espaço é contínuo e não possibilita ausência.contínuo e não possibilita ausência.

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Relações Espaciais Relações Espaciais Topológicas ElementaresTopológicas Elementares

Relações Espaciais que se Relações Espaciais que se estabelecem no espaço próximo:estabelecem no espaço próximo:

Dentro;Dentro; Fora;Fora; Ao lado;Ao lado; Na frente;Na frente; Atrás;Atrás; Perto;Perto; Longe.Longe.

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Descentralização e Descentralização e ReversibilidadeReversibilidade

Pensamento Intuitivo:Pensamento Intuitivo: Aparência dos Fenômenos – O que a Aparência dos Fenômenos – O que a

criança criança percebepercebe sobre o que está sobre o que está acontecendo;acontecendo;

Na construção do Espaço ela se dá Na construção do Espaço ela se dá conta que seu juízo sobre a conta que seu juízo sobre a localização dos objetos, tendo a si localização dos objetos, tendo a si como referencial não é mais eficiente;como referencial não é mais eficiente;

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Descentralização e Descentralização e ReversibilidadeReversibilidade

A criança que usava o próprio corpo A criança que usava o próprio corpo como referencial, agora busca outros como referencial, agora busca outros referenciais – Processo de referenciais – Processo de Descentralização;Descentralização;

Inicia-se a considerar outro elementos Inicia-se a considerar outro elementos para a localização espacial e não para a localização espacial e não apenas mais sua percepção ou apenas mais sua percepção ou intuição;intuição;

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Descentralização e Descentralização e ReversibilidadeReversibilidade

A descentralização ocorre da análise:A descentralização ocorre da análise: do espaço ocupado pela criança para a do espaço ocupado pela criança para a

análise do espaço ocupado do objeto análise do espaço ocupado do objeto exterior;exterior;

da posição dos objetos com relação a ela, à da posição dos objetos com relação a ela, à análise dos objetos com relação a outros análise dos objetos com relação a outros objetos;objetos;

da posição dos objetos com relação a ela, da posição dos objetos com relação a ela, para a análise do movimento dos objetos com para a análise do movimento dos objetos com relação a um ponto de referência objetivo.relação a um ponto de referência objetivo.

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Descentralização e Descentralização e ReversibilidadeReversibilidade

A criança avança de um esquema de A criança avança de um esquema de projeção corporal à medida que projeção corporal à medida que percebe que os objetos possuem percebe que os objetos possuem parte e lados e que servem como parte e lados e que servem como referências, seguindo-se para referências, seguindo-se para espaços mais amplos;espaços mais amplos;

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Relações Espaciais Relações Espaciais EuclidianasEuclidianas

Compreendem a noção de distância, Compreendem a noção de distância, área e equivalência entre as figuras, área e equivalência entre as figuras, e relacionam-se também com a e relacionam-se também com a equivalência entre o real e a equivalência entre o real e a representação – desenvolver esse representação – desenvolver esse pensamento auxilia no entendimento pensamento auxilia no entendimento das noções de escala e proporção e das noções de escala e proporção e de igualdade matemática. de igualdade matemática.

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Relações Espaciais Relações Espaciais EuclidianasEuclidianas

Surgimento da noção de Surgimento da noção de coordenadas que situam os objetos coordenadas que situam os objetos uns em relação aos outros e uns em relação aos outros e englobam o lugar do objeto e seu englobam o lugar do objeto e seu deslocamento em uma mesma deslocamento em uma mesma estrutura. estrutura.

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Relações Espaciais Relações Espaciais EuclidianasEuclidianas

O uso de um sistema de coordenadas O uso de um sistema de coordenadas é uma abstração na construção do é uma abstração na construção do espaço a nível psicológico. espaço a nível psicológico.

Implica-se na construção e Implica-se na construção e conservação de conceitos de:conservação de conceitos de: Distancia;Distancia; Comprimento; Comprimento; Superfície;Superfície; Medida de comprimento.Medida de comprimento.

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Operações Infralógicas- Operações Infralógicas- Construção do EspaçoConstrução do Espaço

Adição e subtração de elementos;Adição e subtração de elementos; Posição e deslocamento;Posição e deslocamento; Reciprocidade de referências;Reciprocidade de referências; Encaixes de intervalos de elementos;Encaixes de intervalos de elementos; Multiplicação de elementos e relações;Multiplicação de elementos e relações;

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

A Noção de PerspectivaA Noção de Perspectiva

É também um processo, já que a criança É também um processo, já que a criança permanece durante muito tempo sem permanece durante muito tempo sem separar o mundo em que vive de sua separar o mundo em que vive de sua representação.representação.

Ex: quando a criança começa a desenhar um Ex: quando a criança começa a desenhar um objeto, ela não consegue distinguir entre objeto, ela não consegue distinguir entre sua imagem real no mundo de sua imagem sua imagem real no mundo de sua imagem gráfica gráfica

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Relações Espaciais Relações Espaciais ProjetivasProjetivas

A Perspectiva:A Perspectiva:

Alteração qualitativa na concepção Alteração qualitativa na concepção espacial na criança, que passa a espacial na criança, que passa a conservar a posição dos objetos e a conservar a posição dos objetos e a alterar o ponto de vista.alterar o ponto de vista.

Noções de Reta e equivalência de figuras.Noções de Reta e equivalência de figuras.

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Relações Espaciais Relações Espaciais ProjetivasProjetivas

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Relações Espaciais Relações Espaciais ProjetivasProjetivas

A Questão da Lateralidade:A Questão da Lateralidade:

É outra processo onde inicialmente a É outra processo onde inicialmente a criança só consegue diferenciar apenas o criança só consegue diferenciar apenas o que se encontra à sua direita e à sua que se encontra à sua direita e à sua esquerda e passa para uma visão de esquerda e passa para uma visão de direita e esquerda de outros objetos, com direita e esquerda de outros objetos, com outros referenciais.outros referenciais.

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

Quando pensamos na construção da Quando pensamos na construção da espacialidade devemos considerar espacialidade devemos considerar categorias:categorias:

A interioridade refere-se às noções de A interioridade refere-se às noções de dentro”,  “para dentro”,  “no interior”.dentro”,  “para dentro”,  “no interior”.

A exterioridade refere-se às noções de “fora A exterioridade refere-se às noções de “fora de”, “para fora”, “no exterior”.de”, “para fora”, “no exterior”.

A delimitação, decorrente das duas A delimitação, decorrente das duas anteriores, refere-se à “extremidade”, anteriores, refere-se à “extremidade”, “limite”, “periferia”, “perimetral”, “ao “limite”, “periferia”, “perimetral”, “ao longo de”, “ao redor de”.longo de”, “ao redor de”.

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

Na construção do Espaço geográfico podem Na construção do Espaço geográfico podem ser aplicadas:ser aplicadas:

A interioridade: quando uma área esta A interioridade: quando uma área esta dentro de outra, ou quando há inclusão.dentro de outra, ou quando há inclusão.

  A exterioridade: quando uma área é A exterioridade: quando uma área é exterior á outra.exterior á outra.

A intersecção: quando há uma parte comum A intersecção: quando há uma parte comum a ambas as áreas.a ambas as áreas.

A continuidade: quando as áreas são A continuidade: quando as áreas são limítrofes, tangenciais.limítrofes, tangenciais.

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

Exemplo:Exemplo: no estudo de uma área de ocupação no estudo de uma área de ocupação

urbana, os alunos verão distinguir o urbana, os alunos verão distinguir o que é uma área urbana (casas, ruas, que é uma área urbana (casas, ruas, estabelecimentos industriais, estabelecimentos industriais, comerciais, depósitos...) comerciais, depósitos...)

e o que esta dentro desta área, e e o que esta dentro desta área, e deverão distingui-la do que não é área deverão distingui-la do que não é área urbana, o que está fora dela (sítios, urbana, o que está fora dela (sítios, áreas de reflorestamento, estradas...).áreas de reflorestamento, estradas...).

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

A confrontação dessas áreas delimita-as. A confrontação dessas áreas delimita-as. Mesmo que a periferia urbana não Mesmo que a periferia urbana não corresponda a uma linha de fronteira, a corresponda a uma linha de fronteira, a partir da qual se separe o que é, do que partir da qual se separe o que é, do que não é urbano, ela se apresenta com não é urbano, ela se apresenta com características próprias de uma área de características próprias de uma área de transição, podendo ser formada por transição, podendo ser formada por casas populares, ou chácaras casas populares, ou chácaras residenciais, ou áreas de deposito de residenciais, ou áreas de deposito de lixo.lixo.

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

Na analise geográfica essas Na analise geográfica essas categorias são auxiliam nos estudos categorias são auxiliam nos estudos de caráter regional, de processos de de caráter regional, de processos de regionalização de áreas de influencia, regionalização de áreas de influencia, de ocupação e organização espacial. de ocupação e organização espacial.

É preciso criar na criança os hábitos É preciso criar na criança os hábitos de discernir, analisar e reconhecer as de discernir, analisar e reconhecer as partes de um todo. E isso deve iniciar partes de um todo. E isso deve iniciar no primeiro grau.no primeiro grau.

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

As categorias levam às categorias de As categorias levam às categorias de distancia, proximidade e distancia, proximidade e distanciamento.distanciamento.

A concepção de distancias e A concepção de distancias e intervalos é realizada passando do intervalos é realizada passando do qualitativo (perto, longe) para o qualitativo (perto, longe) para o quantitativo, que pressupõe a quantitativo, que pressupõe a medida expressa numericamente. medida expressa numericamente.

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Perspectivas, Coordenadas Perspectivas, Coordenadas e Categorias Espaciais e Categorias Espaciais

No sentido  da descentralização No sentido  da descentralização quanto à categoria de quanto à categoria de distanciamento o professor deve distanciamento o professor deve levar o aluno a estabelecer relações levar o aluno a estabelecer relações com um ponto de referencia. E com um ponto de referencia. E quanto á medida, deve estabelecer quanto á medida, deve estabelecer relações com uma unidade métrica.relações com uma unidade métrica.

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

1º Ciclo 1º à 4º série1º Ciclo 1º à 4º série

Sociedade Natureza

Espaço Geográfico

Paisagem Local

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

1º Ciclo 1º à 4º série1º Ciclo 1º à 4º série

Paisagem Local eRelação com outras

Paisagens

Físico

Cultural Político

Econômico

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

1º Ciclo 1º à 4º série1º Ciclo 1º à 4º série Sistematizar o conhecimento do Sistematizar o conhecimento do

lugar, para dar significado.lugar, para dar significado. Observar;Observar; Descrever;Descrever; Representar;Representar; Construir explicações Construir explicações

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

1º Ciclo 1º à 4º série1º Ciclo 1º à 4º série Imagem como representação Imagem como representação

também pode estar presente.também pode estar presente. Uso do desenho para as noções de Uso do desenho para as noções de

proporção, distância e direção, proporção, distância e direção, fundamentais para a compreensão e fundamentais para a compreensão e uso da linguagem cartográfica.uso da linguagem cartográfica.

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino FundamentalFundamental

reconhecer, na paisagem local e no reconhecer, na paisagem local e no lugar em que se encontram inseridos, lugar em que se encontram inseridos, as diferentes manifestações da as diferentes manifestações da natureza e a apropriação e natureza e a apropriação e transformação dela pela ação de sua transformação dela pela ação de sua coletividade, de seu grupo social;coletividade, de seu grupo social;

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Objetivos do Primeiro Ciclo do Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino FundamentalEnsino Fundamental

conhecer e comparar a presença da conhecer e comparar a presença da natureza, expressa na paisagem natureza, expressa na paisagem local, com as manifestações da local, com as manifestações da natureza presentes em outras natureza presentes em outras paisagens;paisagens;

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino FundamentalFundamental

reconhecer semelhanças e diferenças nos reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais se modos que diferentes grupos sociais se apropriam da natureza e a transformam, apropriam da natureza e a transformam, identificando suas determinações nas identificando suas determinações nas relações de trabalho, nos hábitos relações de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas formas de se expressar e cotidianos, nas formas de se expressar e no lazer;no lazer;

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Objetivos do Primeiro Ciclo do Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino FundamentalEnsino Fundamental

saber utilizar a observação e a saber utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou descrição na leitura direta ou indireta da paisagem, sobretudo indireta da paisagem, sobretudo através de ilustrações e da através de ilustrações e da linguagem oral;linguagem oral;

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Objetivos do Primeiro Ciclo do Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino FundamentalEnsino Fundamental

saber utilizar a observação e a saber utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou descrição na leitura direta ou indireta da paisagem, sobretudo indireta da paisagem, sobretudo através de ilustrações e da através de ilustrações e da linguagem oral;linguagem oral;

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Objetivos do Primeiro Ciclo do Objetivos do Primeiro Ciclo do Ensino FundamentalEnsino Fundamental

reconhecer, no seu cotidiano, os reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de referenciais espaciais de localização, orientação e distância localização, orientação e distância de modo a deslocar-se com de modo a deslocar-se com autonomia e representar os lugares autonomia e representar os lugares onde vivem e se relacionam;onde vivem e se relacionam;

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Critérios de AvaliaçãoCritérios de Avaliação

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Avalia-se o quanto o aluno se Avalia-se o quanto o aluno se apropriou da idéia de apropriou da idéia de interdependência entre a sociedade interdependência entre a sociedade e a natureza e se reconhece e a natureza e se reconhece aspectos dessa relação na paisagem aspectos dessa relação na paisagem local e no lugar em que se encontra local e no lugar em que se encontra inserido.inserido.

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Avaliar se o aluno é capaz de distinguir, Avaliar se o aluno é capaz de distinguir, através da observação e da descrição, através da observação e da descrição, alguns aspectos naturais e culturais da alguns aspectos naturais e culturais da paisagem, percebendo nela elementos paisagem, percebendo nela elementos que expressam a multiplicidade de que expressam a multiplicidade de tempos e espaços que a compõe. Se é tempos e espaços que a compõe. Se é capaz também de comparar algumas das capaz também de comparar algumas das diferenças e semelhanças existentes diferenças e semelhanças existentes entre diferentes paisagens. entre diferentes paisagens.

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Parâmetros Curriculares Parâmetros Curriculares NacionaisNacionais

Com este critério avalia-se se o aluno Com este critério avalia-se se o aluno sabe utilizar elementos da linguagem sabe utilizar elementos da linguagem cartográfica como um sistema de cartográfica como um sistema de representação que possui convenções e representação que possui convenções e funções específicas, tais como cor, funções específicas, tais como cor, símbolos, relações de direção e símbolos, relações de direção e orientação, função de representar o orientação, função de representar o espaço e suas características, delimitar espaço e suas características, delimitar as relações de vizinhança.as relações de vizinhança.