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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO ESTRATÉGIA DE VENDAS E LIDERANÇA Por: Célio de Oliveira Viégas Orientador Prof. Luiz Claudio Lopes Alves D. Sc. Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO ESTRATÉGIA

DE VENDAS E LIDERANÇA

Por: Célio de Oliveira Viégas

Orientador

Prof. Luiz Claudio Lopes Alves D. Sc.

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO ESTRATÉGIA

DE VENDAS E LIDERANÇA

Apresentação de manografia ao Intituto A Vez

do Mestre – Universidade Candido Mendes

como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão Estratégica de

Vendas e Negociações.

Por: Célio de Oliveira Viégas

3

AGRADECIMENTOS

Aos professores, amigos de turma e minha

família pelo apoio e força.

4

DEDICATÓRIA Dedico à todos que me incentivaram a

conclusão da minha Pós-Graduação.

5

RESUMO Este trabalho tem como objeto de estudo a Inteligência Emocional como Estratégia

de Liderança, entendendo que é uma forma de lidar com a equipe de trabalho

usando a emoção, sem deixar-se dominar por ela, criando um ambiente agradável e

liderando em conjunto. O estudo é uma revisão bibliográfica, procurando utilizar

autores especializados no tema, mas que retratem idéias contrárias como as de

Judith Mair. O artigo pretende trilhar seu desenvolvimento no sentido de tirar dúvidas

sobre as estratégias que devem ser adotadas pelos líderes no sentido de aplicar a

inteligência emocional em prol da melhoria de sua gestão. Dessa forma pode-se

concluir que as emoções fazem parte do ser humano e das empresas e que separar

as emoções do ambiente empresarial não é possível, o que o funcionário tem a fazer

é aprender a gerenciar e dosar bem as suas medidas, especialmente se está numa

posição de liderança. Na forma de objetivos específicos, que serão desenvolvidos

durante a realização do texto, observa-se a definição de inteligência emocional, uma

análise das competências gerenciais controladas pela inteligência emocional, assim

como uma discussão dos benefícios para a empresa que consegue que seus líderes

utilizem a inteligência emocional em suas gestões, além de uma pequena discussão,

no estudo de caso, sobre idéias colhidas do livro “Chega de Oba Oba” de Judith

Mair.

PALAVRAS-CHAVE: Inteligência Emocional; Liderança; Estratégia.

6

METODOLOGIA Extrai respostas sobre o trabalho no meu dia a dia, e em livros sobre o assunto.

Estou no ramo de vendas há 20 anos, aprendendo todo dia à lidar com diversos

tipos de pessoas. Hoje ocupo o cargo de Coordenador de Vendas da Matte Leão,

lidero uma equipe de 07 vendedores atendendo o AS e Distribuidores.

Busquei informações em livros de:

- Fernanda Gonçalves – Inteligência Emocional – 1996

- Kets de Vries – 1997

- Peter Drucker – 1997

- Kotler – 2000

- Bennis e Nanus – 1998

- Judith Mair – Chega de Oba Oba – 2005

- Robert Tannenbaum – 1986

- Moscovici – Desenvolvimento Organizacional – 1989

Aceitar pessoas como elas são; saber abordar, das atenção sem descriminar

pessoas; confiar nos outros; agir; ter atitude; e relacionamento são habilidades de

um bom líder no ato da negociação.

7

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – A inteligência emocional e seus conceitos 10

CAPÍTULO II – Liderança 18

CAPÍTULO III – Liderança x Chefia 26

CAPÍTULO IV – Estudo de caso 31

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA 38

ÍNDICE 39

8

INTRODUÇÃO

Há diferentes tipos de liderança e de profissionalismo. Só alguns envolvem a

inteligência emocional. Muita gente tem um bom desempenho profissional ou

capacidade de liderança sem ter qualquer traço de inteligência emocional. O que

não procede é a idéia muito generalizada de o gestor com inteligência emocional

tem de ser artificialmente otimista, aparentar ativismo e dar ares de que não duvida,

não hesita, nem erra.

A autoconfiança é, muitas vezes, uma máscara da arrogância intelectual e do

total desconhecimento da complexidade da realidade e o gestor que pretende

trabalhar com inteligência emocional deve evitar este tipo de atitude.

Inspirar as pessoas a pensar, a discutir idéias, a propor novas alternativas

para sair do lugar comum, mesmo parecendo uma loucura para a grande maioria é

muito válido como ação estratégica do líder. É dessa ousadia que surge a

transgressão, uma das maiores riquezas do homem de negócios. O novo, a nova

idéia, somente poderá surgir e vir à tona, se a ela for dada uma oportunidade. E é

nesse despertar, na liberdade de expressão, isento do medo de perder o emprego,

das pressões econômicas, que o profissional se sente propício para expor seus

pensamentos e sentimentos.

Assim, entendendo que o líder precisa perceber como é cada funcionário seu,

como reage, quais suas expectativas na empresa e de vida, é que se coloca como

importante a união das competências gerenciais tradicionais com a inteligência

emocional, de maneira que se consiga uma harmonia proveitosa para o trabalho,

sem, no entanto, deixar que as emoções tomem conta de suas atitudes. Tanto a

raiva, como a admiração em excesso, a vingança e outros sentimentos correlatos,

são prejudiciais para o bom desenvolvimento das questões empresariais,

especialmente, quando se trata de relacionamento entre líder e liderado.

A expressão “inteligência emocional” data desde 1990, apesar de ter seu

conceito um pouco desvirtuado quando ganhou no mercado o sentido de “fórmula

mágica” para o sucesso, atualmente retoma sua posição de ser a capacidade de

9

absorver e expressar a emoção junto com o pensamento, compreendendo-a de

forma a conseguir controlá-la dentro de si e dos outros. É a inteligência emocional

que motiva o indivíduo a buscar seu propósito e seu potencial único, ativando as

inspirações e valores mais profundos. As emoções fazem parte do ser humano e

das empresas também, já que estas são geridas por seres humanos. Assim, separar

as emoções do ambiente empresarial não é possível, o que o funcionário tem a fazer

é aprender a gerenciar e dosar bem as suas medidas seja ele um líder ou não.

Seguindo essa linha de raciocínio, este estudo pretende trilhar seu

desenvolvimento para responder ao seguinte questionamento: Quais as estratégias

que devem ser adotadas pelos líderes no sentido de aplicar a inteligência emocional

em prol da melhoria de sua gestão?

Para a resolução de um problema é exigido que se tenham objetivos claros e

definidos, assim este estudo tem como objetivo geral analisar as possíveis

estratégias de um líder para aplicar a inteligência emocional na sua gestão. Como

objetivos específicos, que serão desenvolvidos durante a realização do texto, o

estudo propõe-se a definir inteligência emocional, fazer uma análise das

competências gerenciais controladas pela inteligência emocional e discutir os

benefícios para a empresa que consegue que seus líderes utilizem a inteligência

emocional em suas gestões.

10

CAPÍTULO I

A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E SEUS CONCEITOS

De acordo com Gonçalves (2007), a teoria da Inteligência Emocional vem

despertando o interesse de muitos autores, psicólogos e estudiosos que vêm

acumulando um grande acervo de mais teorias e hipóteses a respeito do assunto.

Tendo como base estes estudos, pode-se definir a Inteligência Emocional como a

capacidade que alguns indivíduos têm de se relacionarem de forma certa e positiva

com as pessoas, mesmo nas adversidades; de terem persistência na busca de

objetivos; e caracteriza a maneira como os indivíduos lidam com suas próprias

emoções e com as emoções dos indivíduos ao seu redor.

Esta capacidade implica algumas características tais como: autoconsciência,

motivação, persistência, empatia e entendimento e ainda engloba características

sociais tais como persuasão, cooperação, negociações e liderança. Assim definida a

Inteligência Emocional, pode-se dizer que os indivíduos que se conhecem a si

mesmos e aos indivíduos que os cercam têm maior possibilidade de liderar de

maneira eficiente gerando resultados, ou seja, sendo também eficazes.

O modelo de inteligência emocional foi desenvolvido a partir de um estudo

realizado por Daniel Goleman (1996), psicólogo americano e Ph.D. pela

Universidade de Harvard. Resumidamente, caracteriza a forma de se lidar com as

nossas próprias emoções e com as das pessoas ao nosso redor, entre outras

habilidades. A proposta de Goleman (1996) deve sua origem à uma pesquisa

anterior sobre as Inteligências Múltiplas iniciada, na década de 80, pelo Dr. Howard

Gardner. (GONÇALVES, 2007)

Segundo Sabbi (2007, p.1)

Expressar a emoção não era visto como algo inteligente. Por muito tempo, acreditou-se no QI (Quociente de Inteligência) como a única medida válida, sendo esta determinada geneticamente e sem condições de ser modificada. Hoje, esse enfoque mudou bastante e passou a ter um papel preponderante até mesmo no trabalho.

11

Continua o autor explicando que atualmente, a inteligência emocional também

marca presença desde o processo seletivo, sobretudo no caso de líderes e gestores.

O conhecimento dos próprios pontos fracos e fortes e o uso disso são instrumentos

para se superar muitos desafios. A intuição e a criatividade estão muito valorizadas,

pois através delas um executivo pode pressentir os próximos movimentos e

tendências do mercado.

A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si

mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções

para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas,

ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento em

objetivos de interesses comuns.

Goleman (1996) mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de

habilidades:

1) Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele

ocorre.

2) Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos

3) Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo

4) Reconhecimento de emoções em outras pessoas.

5) Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.

As três primeiras referem-se à Inteligência Intra-Pessoal. As duas últimas, a

Inteligência Inter-Pessoal. Assim, para Goleman (1996), inteligência inter-pessoal é

a habilidade de entender outras pessoas.

1) Organização de Grupos: é a habilidade essencial da liderança, que envolve

iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, habilidade de obter do grupo o

reconhecimento da liderança, a cooperação espontânea.

2) Negociação de Soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo

conflitos.

3) Empatia - Sintonia Pessoal: é a capacidade de, identificando e entendendo

os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma apropriada de

forma a canalizá-los ao interesse comum.

12

4) Sensibilidade Social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e

motivos das pessoas.

Já a inteligência intra-pessoal, é a mesma habilidade, só que voltada para si

mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e

usá-lo de forma efetiva e construtiva.

Segundo Cooper (2002), a Inteligência Emocional pode ser alcançada por

meio de treino e esforço, mas isso requer persistência. Como em um primeiro

momento é preciso reconhecer a necessidade de mudança e desenvolvimento, o

que muitas vezes não é fácil, porque é preciso admitir que existam deficiências.

Além disso, é necessário identificar exatamente o que se quer alcançar, sendo um

melhor ouvinte ou controlando seu temperamento.

Cooper (2002, p. 10) pondera que:

[...] nossa performance na vida é determinada não apenas pela inteligência racional denominada QI, mas principalmente pela emocional denominada IE. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a IE – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a IE aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre ambas.

Para Cooper (2002), a chave da liderança está nos domínios da Inteligência

Emocional, não do Quociente de Inteligência. Liderança requer habilidades para

persuadir e inspirar, enfatizar e articular sentimentos. Muitos indícios atestam que as

pessoas emocionalmente competentes, que conhecem e lidam bem com os próprios

sentimentos e com o de outras pessoas, levam vantagem em qualquer campo da

vida, assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política

organizacional.

1.1 Tipos de inteligência

De acordo com Cooper (2002), o psicólogo Howard Gardner da Universidade

de Harward, nos Estados Unidos, propõe “uma visão pluralista da mente” ampliando

o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades. Para ele,

inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados

13

em um ambiente cultural ou comunitário. Assim, ele propõe uma nova visão da

inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se interpenetram, pois

sempre envolve-se mais de uma habilidade na solução de problemas.

Embora existam predominâncias, as inteligências se integram:

• Inteligência Verbal ou Lingüística: habilidade para lidar criativamente com as

palavras.

• Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas

envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio

dedutivo.

• Inteligência Cinestésica Corporal: capacidade de usar o próprio corpo de

maneiras diferentes e hábeis.

• Inteligência Espacial: noção de espaço e direção.

• Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa.

• Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira

de como aceitar e conviver com o outro.

• Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo,

autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor

de seus projetos. É a inteligência da auto-estima.

Howard Gardner, citado por Cooper (2002), afirmava que todos nascem com

o potencial das várias inteligências. A partir das relações com o ambiente, aspectos

culturais e outros fatores, algumas inteligências se desenvolvem mais, ao passo que

se deixam de aprimorar outras.

Nos anos 90, Goleman (1996) afirmava que ninguém tem menos que 9

inteligências. Além das 7 citadas por Gardner, Goleman acrescenta mais duas:

Inteligência Pictográfica: habilidade que a pessoa tem de transmitir uma mensagem

pelo desenho que faz.

Inteligência Naturalista: capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente

natural.

14

1.2 A importância das emoções

Conforme esclarece Hill (2007), as emoções são importantes para diversas

situações na vida do ser humano, especialmente, quando se trata de relacionamento

no trabalho. Assim, resumindo suas idéias, tem-se que:

Para a sobrevivência, o que se observa é que as emoções foram

desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de evolução. Como

resultado, as emoções possuem o potencial de servir ao ser humano como um

sofisticado e delicado sistema interno de orientação. As emoções alertam quando as

necessidades humanas naturais não são encontradas.

Nas questões ligadas à tomadas de decisão, observa-se que as emoções são

uma fonte valiosa da informação. As emoções ajudam a tomar decisões.

Quanto ao ajuste de limites, observa-se que quando a pessoa sente-se

incomodada com o comportamento de uma outra pessoa, as emoções alertam. Se o

homem aprender a confiar, mas emoções e sensações isto ajudará a ajustar os

limites que são necessários para proteger a saúde física e mental. (HILL, 2007)

Ainda de acordo com Hill (2007), na área da comunicação, observa-se que as

emoções ajudam a comunicar com os outros. As expressões faciais, por exemplo,

podem demonstrar uma grande quantidade de emoções. Com o olhar, pode-se

sinalizar que se está precisando de ajuda. Se o indivíduo for também verbalmente

hábil, juntamente com nossas expressões tem-se uma possibilidade maior de melhor

expressar as emoções.

Por fim, na área da união, observa-se que as emoções são talvez a maior

fonte potencial capaz de unir todos os membros da espécie humana. Claramente, as

diferenças religiosas, cultural e política não permitem isto, apesar dar emoções

serem “universais”.

15

1.3 Inteligência emocional no trabalho

Segundo Gonçalves (2007), diante da nova realidade competitiva e do

crescente nível de exigência do mercado de trabalho atual, torna-se inevitável a

aplicação da inteligência emocional para a obtenção da satisfação pessoal no

trabalho.

A inteligência emocional tem importância fundamental na atividade laborativa,

e dela dependem muito o sucesso e a sobrevivência de uma pessoa no mercado

profissional. As emoções quando são adequadamente controladas permitem uma

boa produtividade, um bom relacionamento e bem-estar, e são também capazes de

gerar mais lealdade e compromisso com o trabalho.

De acordo com Gonçalves (2007), a orientação moderna para o sucesso

profissional pressupõe que os indivíduos saibam criar condições onde se sintam

seguros, motivados, satisfeitos e confortáveis para enfrentar os desafios requeridos

por suas realizações pessoais frente ao mesmo. A inteligência emocional está

relacionada com o uso inteligente das emoções, inclusive nos aspectos relacionados

ao trabalho. Afinal, para efetuá-lo, uma pessoa é envolvida em todos os seus

aspectos, inclusive psicológicos. Dessa maneira, as emoções inevitavelmente

interferem na maneira do indivíduo executá-lo, contribuindo tanto para a satisfação

quanto para a insatisfação. São muitas as situações em que a inteligência emocional

pode ser aplicada no trabalho, como desde as resoluções de problemas

operacionais, até o atrito de opiniões diversas durante uma reunião com o líder.

Esta inteligência aplicada às atividades laborativas é fundamental para a

realização pessoal e profissional, uma vez que a falta da capacidade para lidar com

as próprias emoções pode destruir vidas e acabar com carreiras profissionais. A

realização e a satisfação no trabalho são alguns dos principais fatores geradores

dos sentimentos de felicidade e bem-estar.

Controlar as emoções significa algo bastante diferente de sufocá-las, pois se

compreendendo o contexto emocional que se está inserido o indivíduo pode colocar

16

em ação o controle de suas emoções a seu favor, de forma a provocar a satisfação

pessoal no desenvolvimento das suas atividades profissionais.

Ainda de acordo com Gonçalves (2007), manter-se consciente dos próprios

sentimentos, permanecendo atento ao que se está sentindo, também é uma aptidão

emocional básica que auxilia o desenvolvimento da integridade e leva a pessoa a

descobrir satisfação no trabalho. Igualmente importante é saber sintonizar-se com os

sentimentos daqueles com quem se relaciona no ambiente profissional, uma vez

que, se não for capaz de avaliar a qualidade e intensidade dos próprios sentimentos,

a pessoa não poderá definir até que ponto esses sentimentos o estão a influenciar e

aos que estão à sua volta. Além do mais, estando consciente do próprio estado

emocional poderá também estar em sintonia com o estado emocional daqueles que

o cercam, interagindo assim eficazmente com eles.

O conhecimento da inteligência emocional no trabalho é de grande relevância

para as exigências do mercado atual, afinal parece que está existindo, de fato, uma

mudança social e estrutural aos níveis dos valores no ambiente de trabalho,

implicando na própria maneira de se trabalhar, e isto incluiu o indivíduo com suas

realizações e satisfações pessoais. Acrescento ainda, que a inteligência emocional

demonstra que o ser humano é o verdadeiro diferencial no mercado profissional, e

para que ele possa utilizar todo o seu talento interno, as emoções precisam ter um

espaço garantido, através de seu uso inteligente. (GONÇALVES, 2007).

De acordo com o autor, a satisfação no trabalho não possui um caminho

único para ser alcançado, mas tem que existir a necessidade humana de cada um

desvendar seu conceito particular de satisfação e descobrir posturas e escolhas que

resultem em satisfação no trabalho. Entretanto, o uso da inteligência emocional

favorece a satisfação pessoal do individuo no trabalho, no sentido de que o uso

inteligente das emoções trabalha como um suporte para uma interação entre a vida

psíquica e o próprio sistema de valor dos indivíduos em relação ao mesmo,

evidenciando a integração entre o estado psicológico do trabalhador e a sua

satisfação no ambiente de trabalho.

17

Entretanto, a valorização do fator humano, apesar de ser uma tendência, não

é um consenso. Mair (2005) dá a sua visão sobre o assunto, o que leva, segundo

ela, à mesmice. Longe do consenso, a valorização do profissional, o fator humano

de competitividade tem seus defensores e seus críticos. Há uma corrente de

pensamento que prega que “trabalho não é para ser divertido” e que o verdadeiro

fator de competitividade é o conhecimento, que nem todos possuem, não existindo,

então, a necessidade de programas nesse sentido.

Diz a autora: “Não acreditem quando em uma entrevista de emprego,

disserem 'aqui todos se divertem'. Isso é mentira”. Porém, ela não é uma voz

destoante da mudança que a sociedade passa. Ao defender, por exemplo, o fim da

jornada extra de trabalho, a autora alerta para o fato de que podem existir pessoas

que se aproveitam dessa valorização para ficar mais tempo sem fazer nada. Por

outro lado, as empresas podem se ver tentadas a tomar conta do tempo livre das

pessoas, já que fornecem diversão no horário de trabalho. Mair (2005) não admite

conversas pessoais entre funcionários por mais de cinco minutos. Seu lema é: “Na

hora do trabalho, trabalhe. Na hora da diversão, divirta-se”.

18

CAPÍTULO II

LIDERANÇA

Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar

dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por

outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas, exercidas num

determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vista à

obtenção de determinados objetivos específicos. As funções de liderança incluem,

portanto, todas as atividades de influência de pessoas, ou seja, que geram a

motivação necessária para por em prática o propósito definido pela estratégia e

estruturado nas funções executivas.

Kets de Vries (1997) enfatiza que, na literatura organizacional sobre liderança,

existem definições ilimitadas, incontáveis artigos e polêmicas e que a maioria dos

pesquisadores concorda com alguns traços comuns, como sendo importantes para

os líderes. Estes são: consciência, energia, inteligência, domínio, autocontrole,

sociabilidade, abertura a experiências, conhecimento da relevância de tarefas e

estabilidade emocional.

Cartwright e Zander, citados por Minicucci (1997), afirmam que “a liderança é

vista como a realização de atos que auxiliam o grupo a atingir seus resultados

preferidos”. Tais ações devem estar focadas na promoção do estabelecimento dos

objetivos do grupo, melhoria da qualidade de interação entre os membros, na

coesão do grupo e no compartilhamento dos recursos disponíveis.

Peter Drucker (1997, p.17) ressalta que:

Em crise não há liderança partilhada, quando o barco está afundando o capitão não pode convocar uma reunião para ouvir as pessoas, tem de dar ordens. Esse é o segredo da liderança partilhada: saber em que situações deve agir como chefe e em que situações atuar como parceiro.

Para ele “a tarefa do líder é desenvolver líderes”, pois toda empresa necessita

deles, ainda que muitas negligenciem o seu desenvolvimento.

19

No modelo de liderança de Mair (2005), a hierarquia e o autoritarismo são

necessários para dar forma e medida ao trabalho, virtude que os modernos

conceitos de liderança, em casos extremos, estariam eliminando. Diz a autora em

forma de crítica que: “As hierarquias se tornaram o bicho-papão de algumas

corporações. Ninguém mais dá ordens claras e detalhadas. Isso deixou um vácuo

onde se encontram empregados e chefes desorientados”.

Porém, os especialistas em liderança cansam de repetir que termos como

"gestão participativa” e “autonomia” não são sinônimos de negligência ou desleixo com

os subordinados. Ao delegar uma tarefa o líder precisa não só definir a meta com

clareza, mas também mostrar algumas alternativas para se chegar até ela.

2.1 O papel da liderança

Hoje, se vive em um mundo onde as teorias, regras, normas e regulamentos

alteram-se de tal maneira que precisamos rapidamente de adaptar-nos à realidade

sob pena de ficarmos obsoletos em termos de conhecimentos que possam ser

aplicados à realidade. De acordo com Kotler (2000, p.28):

O que fica claro é que o ambiente cada vez mais rápido e competitivo que enfrentamos no século XXI vai requerer mais liderança de mais pessoas para fazer as empresas prosperarem. (...) Mais mudança requer mais liderança, o que é difícil oferecer se não for possível especificar com clareza qual é o elemento que falta. (...) Não consigo conceber como este ritmo se reduzirá o que tem muitas implicações para a questão da liderança... Liderar, por sua vez, é lidar com a mudança.

Para Bennis e Nanus (1988), “a presença do líder é importante para a eficácia

das organizações, para as freqüentes turbulências e mudanças do ambiente e para

a integridade das instituições”. Exercer a autoridade pode ser suficiente em épocas

de estabilidade, mas para um ambiente em constante transformação é preciso haver

a liderança, pois ela é a força incentivadora e direcionadora que torna possível o

desenvolvimento e a permanência das organizações nesse contexto.

O cenário atual exige uma liderança capaz de se moldar rapidamente através

do posicionamento do líder diante das situações e exige seguidores mais ativos e

responsáveis perante as atividades do cotidiano. Segundo Bennis (1996), as

20

principais características que os líderes possuem são: visão sistêmica, paixão,

integridade (auto-conhecimento, sinceridade e maturidade), curiosidade e audácia.

A primeira habilidade: visão sistêmica corresponde a ter muito claro “o que se

quer” e “aonde chegar”, tanto no nível profissional como pessoal. Dessa forma os

líderes encontram forças para persistirem diante das vicissitudes da vida e são

capazes de estabelecer a missão organizacional, para que as pessoas tenham

clareza dos propósitos e dos objetivos da empresa de curto e longo prazo. O

segundo ponto básico para o desenvolvimento da liderança diz respeito à paixão.

Todo líder ama o que faz, coloca em seus empreendimentos uma dedicação

baseada na paixão pelo que está fazendo. Dessa forma consegue estabelecer uma

relação de esperança e inspiração que traduz um entusiasmo empolgante entre os

colaboradores.

Já a integridade, é a essência para haver a confiança, habilidade fundamental

para que ocorra o comprometimento dos colaboradores. A integridade depende de

três características essenciais. A primeira, está ligada ao auto-conhecimento que o

líder dispõe perante si mesmo, sendo capaz de reconhecer com humildade seus

pontos fortes e a desenvolver. A segunda é a sinceridade, chave para o auto-

conhecimento necessário para que o líder conheça a si mesmo. A terceira

característica, a maturidade, é importante para que o líder exerça seu papel com

base nas experiências passadas como colaborador e também mantenha um

aprendizado contínuo com as experiências adquiridas no âmbito pessoal e

profissional. Finalmente as duas últimas habilidades são: a curiosidade e a audácia.

O líder procura o melhoramento contínuo, o aprimoramento, está sempre disposto a

correr riscos, experimentar, tentar coisas novas, gosta de aprender com as

adversidades e faz disso um aprendizado. (BENNIS, 1996)

Bennis e Nanus (1988) descrevem cinco habilidades primordiais que noventa

líderes entrevistados, em uma pesquisa apresentaram:

• A capacidade de aceitar as pessoas como elas são – não como você gostaria

que fossem.

• A capacidade de abordar relacionamentos e problemas em termos do

presente e não do passado.

21

• A capacidade de tratar os que estão perto de você com a mesma atenção

cordial que você concede a estranhos e a pessoas que conhece casualmente.

• A capacidade de confiar nos outros, mesmo quando o risco parece grande.

• A capacidade de agir sem a aprovação e o reconhecimento constante dos

outros.

O homem tem modificado o ambiente em que vive e recebe o refluxo de sua

ação como um problema de adaptação contínua às mudanças ambientais e de

ajustamento às outras pessoas, grupos e sociedade em geral o gerente que vê

outros como pessoas, e não apenas como instrumento de produção, passa a exercer

função educativa que permite o desenvolvimento dos subordinados como pessoas.

(MOSCOVICI, 1989)

Em todos os setores da vida, pessoal, social ou profissional, as pessoas

necessitam de estímulos como ponto de partida para as ações cotidianas, de

motivos que agreguem valor e de uma direção que mostre os caminhos para que a

ação se concretize. O líder tem como finalidade ser esse guia, mentor e facilitador

do desenvolvimento das pessoas. É quem dá vida e razão de ser para as pessoas

por meio do significado, da visão e da confiança.

Toda organização se baseia em um conjunto de significados partilhados que

constituem a sua filosofia empresarial. Para Bennis e Nanus (1988), o líder possui a

capacidade de influenciar e organizar significado para as pessoas da organização. A

liderança através do significado tem como finalidade criar uma comunidade de

aprendizagem que torna a organização mais eficaz. O líder também tem o papel de

ser o agente de mudanças e para isso ele deve trabalhar a arquitetura social da

empresa, seguindo critérios de maturidade e de bom senso, pois nem todos

visualizam a necessidade de mudanças e geralmente o nível estratégico mantém-se

apático diante dessa realidade. O líder é um arquiteto social efetivo na medida em

que administra significados, é aquele que compreende a organização, modela as

regras novas e vigentes e traduz tudo isso em um novo significado, que é aprendido

através da visão e da comunicação.

22

No entanto, as habilidades de liderança é que vão permitir com que as

reestruturações aconteçam e sejam implementadas, pois o líder deve possuir a

habilidade de traduzir o propósito da organização, por meio da visão, mobilizando as

pessoas da organização para ação. A liderança é imprescindível nas organizações

desde que ela lance as pessoas para a ação, converta seguidores em líderes e

promova as mudanças necessárias. Converter seguidores em líderes nada mais é

do que se preocupar com a sucessão da liderança, ou seja, um bom líder sabe que

não é perpétuo.

Thompson e sua equipe (1993) desenvolveram um instrumento, denominado

o Inventário de Liderança Visionária (ILV), que avalia oito dimensões básicas da

liderança autenticamente eficaz, a saber:

• Disposição à Aprendizagem: A paixão pela busca de novos conhecimentos

para o aperfeiçoamento individual e coletivo.

• Auto-conhecimento: Forte senso de individualidade; tranqüilidade diante das

próprias virtudes e fraquezas.

• Base de Valores: Crença firme em valores humanistas; grande integridade

pessoal.

• Visão: Capacidade de enxergar, além do que ‘é’, o que ‘poderia ser'; forte senso

de determinação.

• transmissão de Valores: O compromisso de estabelecer uma base de valores

humanistas na organização.

• Transmissão da Visão: O compromisso de unir a organização em torno de

uma visão do futuro que seja comum a todos.

• Capacitação: Fé nas pessoas e em sua capacidade; o compromisso de

extrair dos outros o que eles têm de melhor.

• Sensibilidade Organizacional: compreensão do comportamento humano e

de como influenciar as pessoas; diplomacia.

2.2 As dimensões da liderança

O comportamento é visto como uma função ou resultado da interação da

personalidade com o ambiente. Para Hersey e Blanchard (1986) o líder não pode

usar apenas um estilo de liderança, uma única forma de influenciar o desempenho

23

das pessoas. Ele precisa utilizar vários estilos de liderança, de acordo com as

necessidades dos seus colaboradores. Assim, acredita-se que não existe um só

para a gestão das pessoas. A idéia é que os líderes devem adaptar seu estilo de

liderança ao nível de desenvolvimento dos empregados em cada tarefa. Um estilo

de liderança adequado para um empregado novo e inexperiente provavelmente não

dará certo com uma pessoa experiente.

Dessa forma, a liderança situacional é baseada na abordagem contingencial

que se concentra no comportamento dos seguidores, pois reflete o pensamento de

que são os seguidores que aceitam ou rejeitam os líderes. Independentemente do

que o líder faça, a eficácia depende das ações dos seus seguidores. Isto é uma

dimensão importante que em geral é subestimada na maioria das teorias da

liderança.

Para os autores, esta dimensão está fundamentada na relação entre:

1) o grau de direção e de controle (comportamento diretivo): consiste em

explicar exatamente e em detalhes o papel a ser desempenhado pelo empregado;

dizer claramente o que fazer, como fazer, onde fazê-lo, quando fazê-lo e

supervisionar atentamente o seu desempenho. Pode ser sintetizado em três

palavras: estrutura, controle e supervisão;

2) o grau de apoio e estímulo (comportamento de apoio): que um líder provê e

consiste em escutar, dar apoio e estimulo, facilitar a interação e influenciar o

empregado a participar da tomada de decisão. Pode ser sintetizado em três

palavras: elogiar, ouvir e facilitar.

3) a competência e o empenho (nível de desenvolvimento do empregado)

consiste em conhecer o trabalho e as habilidades que o empregado possui e a sua

motivação e confiança. A competência é determinada com base no conhecimento e

na habilidade do empregado na atividade a que realiza e pode ser adquirida

mediante treinamento, experiência e educação. O comprometimento é a combinação

de confiança e motivação, é a medida da segurança da pessoa em si mesma, isto é,

a sensação de ser capaz de desempenhar bem uma tarefa sem supervisão. A

motivação é o grau de interesse e o entusiasmo da pessoa em fazer bem feito um

trabalho, no entanto, é importante lembrar-se que o nível de desenvolvimento está

especificamente vinculado à tarefa a ser executada.

24

Portanto, os fatores que interagem no estilo de liderança a ser adotado pelo

líder são: a intensidade da supervisão que o líder exerce em relação à competência

dos empregados para desempenhar tarefas e funções e atingir os objetivos e a

intensidade do apoio que o líder proporciona aos empregados em relação ao

comprometimento dos empregados para desempenhar tarefas e funções e atingir os

objetivos. Os quatro estilos básicos de liderança são: Direção, Treinamento, Apoio e

Delegação.

De acordo com Hersey e Blanchard (1986), para que o líder adote os estilos

em sintonia com o grau de competência e comprometimento é necessário possuir

flexibilidade para transitar pelos diversos estilos. Diagnosticar os níveis de

desenvolvimento das pessoas e das equipes é um exercício permanente, que exige

estudo e treinamento contínuo dos profissionais que exercem liderança. Assim, a

liderança situacional é um instrumento que serve para ajudar as pessoas a

compartilhar expectativas no seu ambiente, de modo que possam gradativamente

aprender a supervisionar seu próprio comportamento e tornar as pessoas

responsáveis e automotivadas. Líderes que atuam num patamar mais elevado de

consciência consideram que a essência da vida da empresa está nas pessoas, na

sua força criadora e na sua capacidade de fazer acontecer. Isso equivale a ver as

pessoas como seres integrais e únicos.

Porém, Mair (2005, p.116) discorda quando afirma que: “o espírito de equipe

leva os funcionários a pensar que outra pessoa fará o trabalho no lugar deles”. Outro

mal dos grupos, aponta a autora, é a necessidade de se obter consenso. “Todos

buscam o acordo em uma reunião. E é claro que há sempre opiniões boas e ruins.

Aí se perde tempo tentando selecionar as boas idéias ou aprimorar as ruins. No

final, o resultado é meramente comum”. Para a autora, as equipes não passam de

desculpa para a falta de visão e de uma estrutura interna nas organizações, que

ficam incapazes de passar instruções claras para os funcionários.

Entretanto, o estilo de liderança coercitiva de Mair (2005) tem suas

vantagens, uma pesquisa de Goleman (1996) mostra que os líderes coercitivos - que

distribuem ordens e exigem obediência imediata - são brilhantes para arrancar

25

empresas de situações de crise. O problema é que eles também instauram um clima

negativo na companhia ao adotar uma postura mais ríspida.

26

CAPÍTULO III

LIDERANÇA ×××× CHEFIA

A globalização trouxe consigo uma competitividade acirrada e para sobreviver

às transformações exigidas pelo mercado, as empresas precisam constantemente

buscar a excelência. Para se adaptar aos tempos modernos é necessário uma nova

forma de se pensar os negócios, o trabalho em equipe e a liderança. Neste contexto,

o papel do líder é de um facilitador de processos, que gera resultados para o

negócio.

Segundo Ziemer (1996), o líder deve ser criativo, rápido e eficaz. Estimular

seus subordinados, tornando-os críticos, exigentes e ávidos por uma participação

maior no processo. O chefe, pessoa autoritária, centralizadora e temida, perde

espaço para um novo profissional, respeitado por sua equipe, que encoraja, motiva,

desenvolve e acima de tudo compartilha dúvidas e soluções. Entre as características

do novo líder estão a capacidade de conectar os outros entre si e de horizontalizar

as decisões. Além disso, deve ter senso crítico, estar atento às mudanças do mundo

e da tecnologia e principalmente com o lado humano dos negócios. Dois aspectos

são importantes: Funções e Estilos de Liderança

1) Funções de Liderança: Para um grupo trabalhar com eficácia, este

precisaria de uma pessoa ou de um líder que realizasse duas funções principais:

função de solucionar problemas e de manutenção do grupo ou função social. Um

indivíduo com capacidade para desempenhar ambas as funções tem obviamente

capacidade para ser um líder eficaz.

2) Estilo de Liderança: Estilo Orientado para a tarefa - realizar o trabalho é

mais importante que a satisfação pessoal do subordinado. Estilo orientado para os

empregados - tentam motivá-los para que as tarefas sejam realizadas da melhor

maneira, aperfeiçoando a produtividade. Buscam relações amigáveis.

Tennenbaum & Schmidt (1986) consideram que antes do administrador

escolher um estilo de administração, deve considerar três conjuntos de forças:

27

Forças presentes no gerente: o estilo de liderar será influenciado por seu

passado, seus conhecimentos, seus valores e sua experiência.

Forças presentes no subordinado: se o administrador notar que seus

subordinados têm conhecimento, valor e experiência, nesse caso deve delegar, caso

contrário, deve dar-lhes condições para que atinjam as metas. A administração deve

ser feita com a participação deles.

Forças presentes na situação: O administrador deve ter em mente o estilo

de atuação de sua organização; se o grupo de trabalho é bom; qual o tempo

necessário para definir seu estilo de trabalho; em que ambiente a organização está

inserida.

Para os autores, um outro ponto importante quando se fala em liderança é a

relação entre rotatividade e estilo. Quanto mais orientado para a tarefa, maior é a

rotatividade - os líderes neste caso estão determinados a cumprirem suas tarefas e

quem não se adaptar deve ser substituído. Quanto maior a orientação para o

subordinado, menor a rotatividade, nesse caso, o líder dá tempo para que o

subordinado se adapte à sua forma de atuação, diminuindo a rotatividade.

Entretanto, não existe uma maneira melhor ou pior de avaliar a eficácia de um líder.

Esta pode ser medida muitas vezes pela situação e não pelo estilo. Um resultado

imediato dos estudos sobre a liderança é que a mesma não pode se orientar-se

somente para a tarefa ou para o subordinado. Cabe ao administrador preocupar-se e

dar atenção especial às duas dimensões da liderança.

3.1 A liderança e a contingência

Ziemer (1996) acredita que, uma vez que nenhum estilo de liderança é

eficiente em todos as situações, a boa liderança depende de fatores contingenciais.

Essa forma de liderança baseia-se na busca, por parte dos pesquisadores, de

fatores que identifiquem as “situações” em que a eficiência de um determinado estilo

de liderança é afetado. Uma vez que nenhum estilo de liderança é eficiente em

todas os aspectos, a liderança vai depender de muitas variáveis.

28

A abordagem contingencial é um conjunto de teorias resultantes da busca dos

pesquisadores como Tannenbaum & Schmidt (1986), sendo os principais focos de

concentração destas teorias:

1) A personalidade, as experiências passadas e as expectativas do líder -

são itens que vão afetar em muito a eficiência ou eficácia do líder, vão afetar o estilo

de liderança do administrador.

2) As expectativas e o comportamento do superior - os superiores afetam

o comportamento dos administradores de nível mais baixo por obterem uma fonte de

poder da recompensa (bônus, promoções), além disso, também, os administradores

de nível médio se referenciam muito com os superiores buscando comportamentos

compatíveis com o estilo de liderança do chefe. O jovem líder ou administrador pode

até ter seu próprio estilo de liderança, mas procurará adaptá-lo ao do seu superior

imediato.

3) Exigência da tarefa - o estilo de liderança será afetado de acordo com a

natureza da tarefa. Se a tarefa for muito precisa e/ou formalizada, o estilo

provavelmente deverá ser orientado para tarefa, e vice-versa.

4) Expectativas e comportamentos dos pares - o administrador pode

influenciar ou ser influenciado também pelo estilo do outro administrador. Como ele

vê seu par, sua forma de administrar.

5) Comportamento do subordinado - a escolha do estilo de liderança será

diretamente proporcional à capacidade de conhecimento dos subordinados. Estilo

mais participativo, com delegação de tarefas só poderá ser usado em níveis mais

altos de competência e conhecimento por parte do subordinado.

6) Cultura e políticas organizacionais - como o próprio nome diz, a cultura e

a política da organização é que vão determinar o estilo de liderança a ser adotado.

3.2 Liderança situacional

Esta teoria afirma que o estilo de liderança mais eficaz varia de acordo com a

“maturidade” dos subordinados. Maturidade foi definida não como idade ou

estabilidade emocional, mas sim como desejo de realização, disposição para aceitar

responsabilidades e experiência. Os objetivos e o conhecimento dos subordinados

são fundamentais para a liderança eficaz. (ZIEMER, 1996).

29

Para Tannenbaum & Schmidt (1986), o relacionamento entre um

administrador e subordinado passa por quatro fases, uma espécie de ciclo de vida.

1) Alta orientação para tarefa e baixa para relacionamento - os

subordinados devem, nesta fase, ser muito bem instruídos em suas tarefas, regras e

procedimentos da organização. Cabe ao gerente o direcionamento do subordinado,

evitando a ansiedade e confusão por parte do novo subordinado.

2) Alta orientação para tarefa e mediano relacionamento - o apoio do

gerente é ainda fundamental nesta fase. O subordinado ainda é capaz de aceitar

toda a responsabilidade cabendo ao gerente encorajá-lo, iniciando gradativamente

uma mudança no relacionamento

3) Alta orientação para o relacionamento e mediana tarefa - nesta fase,

com o apoio do gerente na fase anterior, cresceu a maturidade do subordinado, está

motivado, buscando mais responsabilidades. O gerente agora poderá diminuir

gradativamente o direcionamento à tarefa.

4) Baixa orientação ao relacionamento e baixa à tarefa - os subordinados

esperam mais um relacionamento direcionador por parte do gerente, estão por conta

própria.

3.3 Principais lideres da história

De acordo com Ziemer (1996), causas políticas e filosóficas sempre foram e

continuarão sendo o berço das grandes lideranças e para estes a História

invariavelmente guarda um lugar especial, independentemente do mérito ou dos

resultados de sua campanha. Heróis, todos eles tinham, em maior ou menor grau,

apoiados ou não em alguma técnica de difusão de suas mensagens, qualidades

inatas: carisma, capacidade de convencimento e poder de aglutinar pessoas com

determinado objetivo. Moisés, por exemplo, foi o grande líder do povo judeu; Cristo

também o foi para os cristãos; Mahatma Gandhi para o povo indiano.

Fora dessas áreas é difícil encontrar motivação para toda uma nação, um

povo ou mesmo uma comunidade. Não se quer dizer que não há líderes em outros

campos, há sim e muitos, mas seu papel se confunde com o do mestre, em virtude

30

de atuarem em áreas em que cada proposta, cada tese pode ser cientificamente

comprovada e não há o que se questionar.

Esta capacidade de convencer e de aglutinar pessoas, de motivá-las com

determinado objetivo, passou a ser vista com outros olhos há alguns anos. Primeiro

nos esportes coletivos em que a figura do líder influía diretamente no desempenho

do time; depois em equipes cujo trabalho necessitasse agilidade e por fim em

praticamente todo tipo de atividade que demandasse trabalho em grupo,

substituindo o antigo gerente ou supervisor. Assim a obediência e o medo de

represálias de quem tinha o direito sobre a vida ou a morte deram lugar ao respeito

conquistado e à confiança na capacidade.

Para Ziemer (1996), essa mudança significativa na qualidade da relação entre

as pessoas em uma organização passou a determinar também o grau de

envolvimento dessas pessoas com a organização e em última análise no

desempenho desta em relação à concorrência. Ou seja, a capacidade de liderança

dos chefes nas organizações é hoje tão ou mais importante do que o conhecimento

técnico que eles detêm, especialmente em períodos de mudanças. Pode parecer

temerário tal prognóstico, mas o raciocínio que o fundamenta é cristalino: o melhor

projeto técnico em geral fica no papel quando não há uma liderança capaz de

implementá-lo.

31

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO

Informações colhidas no livro de Judith Mair “Chega de Oba-Oba!” da Editora

Martins Fontes, ano 2005.

A Agência de Publicidade e Designer Mair und Andere foi fundada em

Colônia, Alemanha, no ano 2000, pela publicitária Judith Mair e mais duas sócias.

Na administração de sua Agência, principalmente nas relações com os recursos

humanos, a publicitária lançou um conjunto de idéias contra alguns dos dogmas da

gestão de recursos humanos. Judith Mair defende a volta de valores rígidos, de

disciplina e austeridade numa era em que as empresas parecem ter trazido a alma

do trabalhador para o ambiente de trabalho.

Em sua agência de publicidade, a executiva alemã criou regras que refletem

sua concepção de trabalho e das relações humanas nos ambientes organizacionais.

Estas regras são entregues aos funcionários quando de sua admissão. Seguem

abaixo algumas delas:

Sobre horários:

• O expediente de trabalho vai de segunda a sexta, das 9h às 17:30h. Às 18:0h

todos os funcionários já devem ter deixado o escritório.

• O intervalo de almoço é limitado à meia hora: nesse período, deve-se providenciar

um substituto

• Não se deve levar trabalho para casa

• Nos fins de semana e feriados, o escritório, por princípio, não abre.

Sobre comportamento no trabalho:

• Os colegas de trabalho devem se tratar formalmente, pelo sobrenome.

• O clima de convivência deve ser educado, amável e cordial, porém pouco informal.

• Ninguém precisa ser simpático, funcionário de mau humor pode ser tolerado,

desde que não interfira no trabalho.

32

• Os funcionários devem evitar risadas: o ambiente de trabalho não deve ser um

lugar divertido.

Sobre comunicação e distrações:

• Conversas que não tenham a ver com o trabalho devem se resumir a no máximo

cinco minutos, problemas particulares devem ser deixados de lado no período de

trabalho.

• Os celulares devem permanecer desligados no escritório.

• A resposta a e-mails particulares deve ficar restrita aos intervalos.

• As reuniões devem ser curtas e objetivas: os assuntos tratados devem ser

estritamente profissionais. Às segundas feiras pela manhã, todos os funcionários e

superiores se reúnem para que sejam dadas as coordenadas da semana, ou seja,

quem executa o quê. As metas são traçadas nessa reunião, como também são

demonstrados os resultados alcançados.

Sobre controle e padronização:

• Sempre que possível, devem-se usar uniformes.

• Todo funcionário tem seu lugar fixo de trabalho e todas as mesas devem estar em

ordem no final do expediente.

Para ela, nada disso é incompatível com criatividade e produtividade. Com

tais medidas, Judith Mair espera melhorar a qualidade de vida de seus funcionários

e fazer sua agência prosperar. O rigor, a disciplina e o fim da diversão estimulariam

os empregados a dedicarem as horas de trabalho unicamente ao trabalho - o que

significa dizer que lhes sobraria mais tempo livre após o expediente. A publicitária

parece querer acabar com alguns conceitos já consagrados no mundo dos negócios.

Processos como horizontalização, jornada flexível e gestão de equipes estão

derrubando as barreiras entre a vida privada e a profissional. Para Mair (2005), as

pessoas estão desorientadas com a falta de hierarquia. Ficam constantemente

preocupadas com as pendências da empresa e, por isso, sofrem cada vez mais de

depressão, estresse e doenças cardiovasculares.

Para a publicitária, nem sempre o trabalho em equipe é o mais adequado

para as organizações. Da mesma forma, é errado pensar que somente um líder

33

bem-humorado e carismático pode fazer uma companhia crescer, ou que o horário

de trabalho flexível é sempre benéfico para os funcionários e para sua produtividade.

Programas de relacionamento interno realizados nos fins de semana,

reuniões agendadas para depois do expediente, jantares com clientes, para Mair

(2005), tudo isso contribui para que cada vez menos a pessoa saiba separar sua

vida pessoal da profissional. Segundo a autora, a confusão entre vida pessoal e

trabalho, provocada pela mentalidade americana é a principal causa da onda de

estresse mundo afora; a razão de viver das pessoas não está no âmbito do trabalho.

O que a autora pretende é que as pessoas guardem sua alegria de viver para a

família, os amigos, os trabalhos comunitários e possam, assim, ser mais objetivas e

eficazes no trabalho.

Na opinião de Mair (2005), a jornada flexível serviria apenas para camuflar o

fato de que as pessoas estão trabalhando mais do que deveriam. Mair alega que a

flexibilização, além de acabar com milhares de empregos, impõe aos funcionários

uma rotina que se transforma em escravidão. Os países da Europa têm se esforçado

para reduzir os períodos de trabalho na indústria, flexibilizando-os, e assim abrir

novos empregos. Porém Mona Gagnon, doutora da Universidade de Montreal e uma

das mais respeitadas pesquisadoras das relações de trabalho do mundo concorda

com ela A maior parte dos levantamentos que Mona faz sobre esse assunto no

Canadá levam à mesma conclusão, segundo ela, com ou sem jornada fixa, os

quadros de gerência e de chão de fábrica estão cada vez mais ocupados. No Brasil,

no entanto, é comum as que empresas se utilizem do horário flexível para manter as

pessoas trabalhando em casa e também, para se livrarem de alguns encargos

sociais e trabalhistas.

Mair proíbe que os subordinados levem tarefas para casa ou permaneçam na

empresa depois do expediente habitual. Diga-se que essa postura é bastante

semelhante à dos especialistas em gestão do tempo, que aconselham executivos a

dedicar horas de trabalho somente ao trabalho e aproveitar o tempo livre apenas

para lazer ou para capacitação. Com esta norma ela está mandando os empregados

serem felizes em casa, e não na empresa. Ela aconselha que as pessoas evitem

34

encarar o trabalho como uma fonte de prazer ou felicidade - ímpeto que, segundo

Mair (2005), acaba quase sempre em frustração.

A publicitária adota normas como “ninguém é obrigado a ser engraçado,

galante ou divertido” ou “toleram-se empregados de mau humor e que não gostem

muito de falar, desde que isso não prejudique o andamento do serviço”. Está claro

que a intenção é impedir que o funcionário crie uma relação muito afetiva e pessoal

com a organização. Relação que muitos especialistas também desaconselham. Não

se deve glamourizar o trabalho, muitas pessoas ao fazerem isso, transformam a

empresa em parte de sua identidade pessoal. É evidente que existem maneiras bem

menos radicais de evitar a “glamourização do trabalho” e seus efeitos; em vez de

proibir o bom humor pode-se, por exemplo, ministrar um programa que ensine os

funcionários a gerir o seu tempo.

Para Mair (2005) que defende o autoritarismo no ambiente empresarial é

necessário dar “forma e medida” ao trabalho, virtude que os modernos conceitos de

liderança, em casos extremos, estariam eliminando. “As hierarquias se tornaram o

bicho-papão de algumas corporações. Ninguém mais dá ordens claras e detalhadas.

Isso deixou um vácuo onde se encontram empregados e chefes desorientados”

(MAIR, 2005, p. 75). Ao delegar uma tarefa, o líder precisa não só definir a meta

com clareza, mas também mostrar algumas alternativas para se chegar até ela.

Mesmo assim, deve deixar o funcionário à vontade para que percorra seu próprio

caminho.

Para Mair (2005), a motivação é importante, pois motivado, é muito mais fácil

o funcionário trabalhar. Porém a longo prazo a pessoa não deve estar só motivada,

mas satisfeita. Ela não acredita no efeito de incentivos empresariais, não importa se

são financeiros ou festas na empresa. Para a publicitária, os programas voltados a

funcionários são artificiais e a verdadeira motivação é o próprio trabalho.

Mair (2005) afirma que o que se percebe hoje é que é a personalidade que é

avaliada na empresa e não as qualificações e a experiência profissional trocou-se o

QI pelo QE.

35

É preciso ficar atento aos títulos, pois atualmente tudo é mobilidade, flexibilidade,

criatividade, equipe. Parece que não importam mais a competência e os

conhecimentos. O diferencial transforma-se em uniformidade.

36

CONCLUSÃO

As empresas têm emoções, pois são feitas de uma matéria-prima viva que

são os humanos. Entender as emoções, saber expressá-las, potenciá-las como

ferramenta do pensamento, e saber geri-las, é a razão de ser da inteligência

emocional.

Acredita-se que o que Mair (2005) pretende, é colocar as coisas em seu

devido lugar, face ao sensacionalismo que a popularização do tema gerou desde

1995, quando as consultorias de RH ajudaram o psicólogo Daniel Goleman, a

transformar o tema em mais uma receita de gestão com a promessa de um

“quociente emocional” que poderia substituir o “quociente de inteligência”.

Numa época em que se valoriza a contribuição da equipe em detrimento da

dos indivíduos, e em que a disseminação rápida de inovações torna mais difícil

manter diferenciais perante a concorrência, autores, como Goleman (1996)

defendem que a competência emocional nos líderes pode ser uma das poucas

vantagens competitivas realmente duradouras.

Há diferentes tipos de liderança e de profissionalismo. Só alguns envolvem a

inteligência emocional. Muita gente tem um bom desempenho profissional ou

capacidade de liderança sem ter qualquer indício de inteligência emocional, o que se

contesta é a idéia muito generalizada de que o gestor com inteligência emocional

tem de ser artificialmente otimista, aparentar ativismo e dar ares de que não duvida,

não hesita, nem erra. A autoconfiança é, muitas vezes, uma máscara da arrogância

intelectual e do total desconhecimento da complexidade da realidade.

A liderança requer habilidades para persuadir e inspirar, enfatizar e articular

sentimentos. Muitos indícios atestam que as pessoas emocionalmente competentes,

que conhecem e lidam bem com seus sentimentos e com o de outras pessoas,

levam vantagem em qualquer campo da vida, assimilando as regras que regem o

sucesso na política organizacional.

37

Claro que não se deseja o retorno das condições de trabalho de tinta anos

atrás, porém, como atesta Mair (2005), o que se tem visto é a tentativa de trazer

corações e mentes, corpos e almas para o ambiente de trabalho, o que pode estar

causando efeito inverso ao pretendido. E não apenas do ponto de vista da invasão

da vida privada e do abuso psíquico dos indivíduos, até mesmo do ponto de vista da

funcionalidade de algumas práticas de gestão de recursos que são exageradas e

decepcionantes.

Assim, mesmo que não se concorde com as soluções propostas por Mair

(2005), não há como negar o mérito de suas críticas. Porém, sabe-se também, que

existem casos de empresas que adotaram a técnica de flexibilização da jornada de

trabalho, de gestão de equipes e com elas obtiveram excelentes resultados, para

elas e para seus funcionários, pois o método não foi criado para diminuir o trabalho,

e sim para distribuí-lo de forma mais saudável e adequada às necessidades das

pessoas.

38

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ZIEMER, Roberto. Mitos organizacionais: o poder invisível na vida das empresas.

São Paulo: Atlas, 1996.

39

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 8

CAPI´TULO I – A inteligência emocional e seus conceitos 10

1.1 Tipos de Inteligência

1.2 A Importância das Emoções

1.3 A Inteligência emocional no trabalho

CAPÍTULO II – Liderança 18

2.1 O papel da liderança

2.2 As dimensões da liderança

CAPÍTULO III – Liderança x Chefia 26

3.1 Liderança e a contingência

3.2 Liderança situacional

3.3 Principais lideres da história

CAPÍTULO IV – Estudo de caso 31

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA 38

ÍNDICE 39