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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O papel do Orientador Educacional frente às mudanças do século XXI. Por: Roberta Lima Ennes Orientador Professora: Flávia Cavalcanti Magé – Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O papel do Orientador Educacional frente às mudanças

do século XXI.

Por: Roberta Lima Ennes

Orientador

Professora: Flávia Cavalcanti

Magé – Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O papel do Orientador Educacional frente às mudanças

do século XXI.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Orientação Educacional

Pedagógica.

Por: Roberta Lima Ennes

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AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar que me deu

todos os dias tudo àquilo que necessito

para continuar minha caminhada, ao

meu marido, Gustavo, que soube

compreender a minha ausência e aos

meus familiares e amigos que estão

sempre ao meu lado me incentivando e

me ajudando.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho ao meu marido que

está sempre ao meu lado me ajudando e

me dando forças para continuar

conquistando metas e realizando sonhos.

Amo você!

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“É a disposição das velas e não a força da ventania que

determina o caminho a seguir”.

(Heloísa Luck)

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RESUMO

Este trabalho buscou analisar a postura dos Orientadores Educacionais

diante das transformações do século XXI. O estudo visa apresentar algumas

reflexões acerca das mudanças no meio social e industrial, abordando o

conceito da incorporação do uso de novas ferramentas educacionais no

ambiente escolar, o incentivo da participação da família e o planejamento de

atividades que favoreçam a formação integral do aluno.

Acreditamos que este estudo possibilitará a reflexão por parte dos

Orientadores Educacionais sobre o nosso papel de ajudar os educandos a

entenderem melhor esse nosso século, marcado por tantas mudanças,

proporcionando caminhos possíveis de transformações de mudanças também

no ambiente escolar, a partir de uma participação coletiva e de um projeto de

planejamento participativo de todos os responsáveis pela educação.

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METODOLOGIA

Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre o papel dos Orientadores

Educacionais no meio de tantas mudanças que esse novo século vem

trazendo, que tem acarretado problemas que afetam o processo de ensino-

aprendizagem.

Pretendemos mostrar que o trabalho da Orientação Educacional é

essencial nas escolas nos dias atuais. Optou-se por uma pesquisa bibliográfica

com abordagem de caráter coletivo. Dentre os autores pesquisados, destacam-

se: Heloísa Luck, Mírian Grinspun, Olívia Porto e Regina Leite.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................10

CAPÍTULO I - Conhecendo um pouco a função do Orientador

Pedagógico no decorrer da história ............................................12

1.1 – Breve panorama sobre a história da profissão através da leis...............12

1.2 – As funções do Orientador Pedagógico no Ambiente Escolar.................15

CAPÍTULO II - O desafios do século XXI para o Orientador

Educacional Pedagógico..............................................................17

2.1 – Os desafios do século XXI.......................................................................17

2.2 – Ausência dos pais no ambiente Escolar..................................................19

2.3 – A ausência dos pais gera indisciplina......................................................20

2.4 – Pais omissos às limitações dos filhos......................................................21

CAPÍTULO III – A Orientação Educacional ,hoje, nas escolas......23

3.1 – O momento histórico................................................................................23

3.2 – A orientação no desenvolvimento do aluno.............................................24

3.3 – A orientação no trabalho com a família...................................................28

3.4 – Orientando professores ao uso de novas tecnologias.............................29

3.5 – A importância de planejar........................................................................30

CONCLUSÃO...............................................................................33

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................33

ÍNDICE..........................................................................................35

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FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................37

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INTRODUÇÃO

O verbo orientar de acordo com dicionário significa determinar ou

estabelecer a posição de um lugar a qual se quer chegar, significa guiar, dirigir,

indicar o rumo. Dessa forma podemos perceber a importância que tem a

Orientação Educacional para o meio escolar e também para a sociedade, pois

representa uma tomada de consciência em relação à realidade do educando e

à complexidade de vida social.

Dentro da dimensão da Orientação Educacional, neste estudo,

teremos como foco as ações da O.E. no segundo segmento do Ensino

Fundamental, que tem por umas das finalidades o desenvolvimento da

capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e

habilidades e a formação de atitudes e valores (art. 32 da LDB).

O momento em que estamos vivendo, está sendo marcado por

mudanças. Mudanças de paradigmas, mudanças culturais, sócio-econômicas e

de valores, que implicam necessariamente em uma readaptação do indivíduo

em seu meio. Frente a tantas mudanças, que não deixam de interferir no afeto

e no comportamento, o indivíduo tem sentido os efeitos desses impactos.

E para acrescentar mais detalhes no estudo realizado citaremos obras

já conhecidas e autores já conceituados como, Regina Leite (Uma orientação

educacional nova para uma nova escola – 1995), Olívia Porto (Orientação

Educacional: teoria, prática e ação – 2009), Mírian Grinspun (A Orientação

Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola – 2011) entre

outros que nos ajudarão a refletir sobre o tema.

O trabalho formulado não tem a pretensão e o objetivo de esgotar o

assunto escolhido, mas sim o de fazer com que os profissionais da área de

Educação pensem no mesmo e na sua importância para os dias atuais. Para

isso, o tema foi dividido em três capítulos onde no primeiro veremos a história

e a função de um Orientador Educacional no decorrer da história na formação

do educando como cidadão integrante de uma sociedade. No segundo,

identificaremos alguns desafios desse novo século que devemos encarar

enquanto profissionais especializados para ajudarmos na formação do nosso

docente enquanto cidadão capaz de transformar sua realidade. No terceiro

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iremos sugerir algumas tarefas que devemos fazer com os alunos nas escolas

para tentarmos superar os obstáculos que nos impedem de alcançar nossos

objetivos enquanto Orientadores Educacionais. E ao final, chegaremos a

algumas conclusões que pretendem responder ao problema, bem como atingir

o objetivo do trabalho realizado.

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CAPÍTULO I

Conhecendo um pouco a função do Orientador

Pedagógico no decorrer da história.

A orientação educacional manteve sempre estreita relação com as

tendências pedagógicas, sendo seu trabalho desenvolvido de acordo com o

que se esperava nas diversas concepções. Assim como a educação, a

orientação está inserida num contexto sociocultural, político e econômico que a

caracteriza de uma forma única e específica no momento histórico de sua

análise.

1.1 – Breve panorama sobre a história da profissão através das

leis.

Desde do início da humanidade, a vida em grupo necessitou da ajuda

de um líder para orientar o caminho a seguir, seja na família, na sociedade, em

grupos religiosos etc. Portanto a presença de um orientador esteve, está e

estará sempre presente durante todo o desenvolvimento do ser humano.

A orientação educacional sistemática surge com a industrialização, onde

a mesma necessita de mão de obra qualificada para o trabalho, mão de obra

esta que necessitava de um mínimo de escolaridade básica para saber ler,

fazer cálculos que até então eram atividades diferentes do sistema agrário.

No final do século XIX e início do século XX, a orientação surge nos

Estados Unidos com o objetivo primeiro de orientar os estudantes para uma

escolha profissional adequada à inserção no mercado de trabalho, isto é, como

direcionamento para a orientação profissional. Porém com o desenvolvimento

da ação, notou-se a necessidade de orientar os alunos em outros aspectos, a

preparação para a vida pessoal e social.

Logo no início do século XX, deu-se uma ampliação natural no campo da Orientação, obedecendo à necessidade de assistir o educando no desenvolvimento de todas as suas estruturas – física, mental, moral, social, estética, científica, política e religiosa. (Schmidt Pereira,1974)

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Podemos assim perceber que no início da ação da orientação

educacional a preocupação não estava voltada para o desenvolvimento do

aluno, mas, sim com a sua formação profissional.

A aplicação da orientação americana transcende fronteiras atingindo e

influenciando outros países, como o Brasil, onde em 1931 tem sua primeira

incursão no processo educativo por meio de Lourenço Filho, no estado de São

Paulo. Perceba que esse é o estado com mais indústrias e por isso

necessitava de mais mão de obra, visto que o mesmo estava passando por

crises e mudanças na economia.

Podemos perceber isso também na citação abaixo:

A Orientação Educacional surge, então, na década de vinte (1924), período marcado por constantes agitações, que refletem a insatisfação generalizada com a situação econômica do país. A política econômica deste período assentava-se na produção e no comércio de café. (Regina Leite, 1995, pág.12)

O objetivo maior deste “serviço” educacional era guiar o indivíduo para

uma escolha profissional, uma espécie de correlato que hoje concebemos

como Orientação Vocacional.

A expressão “Orientação Educacional”, foi empregada para designar um

serviço auxiliar da escola (visão simplista e pouco acadêmica), surgiu, pela

primeira vez na legislação federal, no Decreto 4.073/42.

A formulação mais precisa aparece na Lei Orgânica do Ensino

Secundário no Decreto 4.424/42 onde abrange a necessidade da

contextualidade pedagógica, a cooperação dos professores, no sentido da boa

execução por parte dos alunos em sua vida escolar.

A lei 5.564/64 aponta o desenvolvimento integral e harmonioso da

personalidade do educando, preparando-o para exercer as opções básicas, já

na lei 5.568 a formação do orientador educacional deve abranger

conhecimentos em áreas humanas. Vale ressaltar que as leis, são elaboradas

por uma minoria nem sempre envolvida com as questões e sem participação

efetiva dos entes envolvidos.

Como observamos os períodos pelos quais passou a orientação

educacional ao longo do desenvolvimento da Educação no Brasil nos mostra a

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estreita relação entre o momento histórico e a caracterização da orientação

educacional, de acordo com Mírian Grinspun podemos dividi-lo da seguinte

forma:

▪ Período implementador: (1920-1941), caracterizou-se pelo surgimento das

ideias sobre orientação educacional num maior nível, ideias e ações voltadas

para a orientação profissional, a implementação do primeiro serviço do gênero

em escolas da rede de ensino.

▪ Período institucional: (1942-1960), subdivide-se em dois períodos:

funcional (1942-1960) - assim denominado porque nele foram determinadas

as funções da orientação educacional e a quem se destinava.

instrumental (1951-1960), evidenciou o apoio que a orientação recebeu dos

órgãos governamentais, com a busca por uma melhor definição e

caracterização daquela época.

▪ Período transformador: (1961 – 1970), denominado por três fatos que nele

aconteceram, marcando uma tentativa de transformar o que existia: Lei 4.024,

Lei 5.564 e a criação da Federação Nacional de Orientadores Educacionais

(1969), Curso de Pedagogia oferecendo diferentes habilitações, entre elas a

orientação educacional.

▪ Período disciplinador: (1971-1980), momentos significativos da escola,

publicação da Lei 5.692/71 (LDB anterior a vigente), que em seu artigo 10º

determinou a obrigatoriedade da orientação educacional nas escolas de

Primeiro e Segundo graus.

▪ Período questionador: (1980-1990), marcado por histórias que configuraram

uma nova sociedade, questionando-se tudo, ou quase tudo que estava em

vigor.

▪ Período orientador: (1991-atual), chega ao presente, uma vez que os

acontecimentos tendem cada vez mais a direcionar a orientação, no sentido de

torná-la mais atuante e significativa, devendo agir em três pontos, de forma

integrada: a objetividade, a subjetividade e a criatividade, dando à disciplina

uma interpretação e utilização mais apropriada ao momento presente.

Ao analisarmos a história da profissão do O.E. percebemos que o seu

papel educacional é o de ajudar o aluno a se conhecer melhor, conhecer o

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outro e o meio no qual ele está inserido, por isso o mesmo deve estar

teoricamente em constante transformação para alcançar os objetivos

propostos. Conforme Grinspun (2002, pág.29) nos afirma “o principal papel da

Orientação será ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica, e a

escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. Isso significa

ajudar nosso aluno por inteiro”.

1.2- As funções do Orientador Pedagógico no Ambiente

Escolar.

Como vimos no tópico acima a dimensão sócio-histórico do nosso país

afetou e afeta fortemente no ambiente escolar. Por isso podemos perceber que

a postura que os orientadores tomaram no decorrer de sua história está

relacionada, em grande parte, as atividades que os alunos deveriam

desenvolver dentro da sociedade de acordo com os interesses do contexto

histórico da época.

A função do Orientador Educacional se caracterizou desde um processo

terapêutico, devido ás influências da psicologia, em que o aspecto principal era

o ajustamento do aluno à sociedade e à família, até a função preventiva.

Podemos assim observar que todos os esforços dos orientadores

educacionais estavam e estão voltados para o pleno desenvolvimento dos

alunos. De todas as suas atribuições, o de aconselhamento foi considerado

durante um longo período como a ação mais importante. Essa afirmação se

baseia nas pesquisas feitas por diversos autores conhecedores do assunto,

prova disso é o que nos diz Luck (2008) na citação a seguir:

A Orientação Educacional vê o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos físicos, mental, emocional, social, moral, estético, político, educacional e vocacional. (pág.65)

A orientação assim entendida, era vista como uma atividade de

aconselhamento, que se preocupava com o desenvolvimento pleno do aluno

como um ser único que deveria ser orientado a pensar, discutir, dialogar e a

construir seu conhecimento enquanto cidadão.

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Hoje não podemos deixar de destacar uma das funções mais importante

do O.E. que é o de agente mediador das relações, um agente capaz de

promover a interação de todos os profissionais da escola, formando um grupo

mais forte e comprometido com a educação. Tendo formado esse grupo essa

interação também alcançará uma relação mais favorável entre educador-

educando e aluno-aluno tendo assim um grupo integrado e cooperativo na

escola; e a dimensão técnica manifestada pelo conhecimento do educador em

relação aos conteúdos e técnicas de sua área de trabalho, pela sua

capacidade de planejamento e previsão, pela sua atitude, pela preocupação

em relacionar conteúdo e metodologia à realidade de vida do aluno,

selecionando conteúdos e metodologias que sejam de interesse ao ambiente

escolar.

Não podemos também nos esquecer da relação do O.E. com a família

do educando, onde o mesmo tem a função de orientar os pais na tarefa

educativa, esclarecendo e ajudando os mesmos para que tenham uma postura

correta em relação aos estudos dos filhos, identificando algumas influências

familiares que estejam prejudicando o desempenho escolar do aluno na escola

e atuar junto à família sobre elas para que as mesmas possam ser ajustadas.

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Capítulo II

Os desafios do século XXI para o Orientador

Educacional Pedagógico

O século XXI caracteriza-se pelo século do conhecimento ou das

comunicações. Estamos frente a uma nova ordem de coisas, onde o real e o

virtual estão sempre presente no nosso dia a dia.

No meio de tantas mudanças, cabe ao Orientador Educacional a

responsabilidade de proporcionar situações dentro da escola que valorizem

essas novas tecnologias sem abandonar os valores que norteiam a

convivência social e os conteúdos necessários ao currículo escolar.

2.1– Os desafios educacionais do século XXI.

Vários são os desafios que estamos vivendo dentro das escolas. Com o

avanço da tecnologia surgiram outros problemas que até então eram

desconhecidos pelos Orientadores Educacionais.

Os alunos do século XXI não são os mesmos de antigamente, mas a

nossa forma de transmitir conteúdos continua sendo a mesma, como nos

afirma Olívia Porto (2009, pág.102) “a Escola atual encontra-se ainda muito

distante da realidade”.

Muitos professores se recusam a inovar e planejar suas aulas com o

auxílio de ferramentas importantíssimas e que são de interesse dos alunos,

como o uso do computador e da internet. Os mesmos acreditam que a

utilização dessas ferramentas não é o suficiente para atingir e alcançar os

objetivos propostos pela educação. Mas na verdade, eles se recusam a usar

porque muitas vezes não sabem manusear os instrumentos tecnológicos

corretamente, por isso não fazem de suas aulas um momento de interação

com a realidade de seus educandos. Veja o que nos diz Olívia Porto sobre

esse assunto:

Entre esses fatores, encontra-se ainda o desespero do professor, constituindo-se em um elemento “dificultador” do processo de construção do conhecimento, acabando por interferir, consequentemente, na sua aprendizagem. (2009, pág.103)

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Com base nisso temos logo de “cara” um dos grandes desafios

educacionais desse século: alunos mais informados que os professores. O que

fazer então?

Cabe ao Orientador Educacional trabalhar em primeiro lugar com toda

sua equipe docente, levando a mesma a refletir sobre o seu papel dentro da

sala de aula e também de se conscientizar da necessidade de atualização

frente às mudanças que o mundo nos oferece, pois não atingiremos nossos

alunos usando técnicas do século XX.

Outro desafio que estamos enfrentando com o surgimento das novas

tecnologias é a perda de valores.

Nossos alunos podem se conectar e falar com quem quiser e em

qualquer lugar do mundo, porém não há contato físico, aproximação, logo isso

está ocasionando adolescentes e jovens egoístas e sem “amor” uns pelos

outros, gerando assim muitos problemas de violência dentro das escolas.

Precisamos promover situações que envolvam relacionamentos e a partir

dessas situações trabalhar sobre temas importantes como solidariedade,

união, trabalho em equipe, etc. temas esses que futuramente serão de grande

importância em suas vidas profissionais.

Antigamente a escola era um lugar onde os alunos iam para aprender as

coisas, hoje, essas coisas que foram aprendidas nas escolas, são aprendidas

em toda parte: na Tv, na internet, etc. e até de maneira mais atraente, com

cores, imagens e sons. Então cabe ao orientador fazer da escola um espaço

de reflexão desses conhecimentos adquiridos, cabe também a ele fazer da

escola um lugar onde as pessoas aprendam a se relacionar e solucionar

problemas, como nos sugere Grinspun (2011):

A Orientação Educacional, então, em face deste mundo que vivemos, tem um papel preponderante, se ela ajudar, em especial, o aluno a perguntar, a pesquisar e a criar – PPC. (pág.190)

“Perguntar, isto é, fazer com que o aluno realize muitas perguntas,

provocando-os, instigando-os a pensar, como forma permanente de buscar o

saber e nele ampliar os seus conhecimentos”. (Grinspun, 2001,pág. 190) É

assim que teremos uma educação de qualidade, quando colocarmos nossos

alunos como agentes responsáveis na busca do seu conhecimento.

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Outro desafio que temos que enfrentar é a ausência das famílias no

ambiente escolar. Muitas famílias hoje pensam que a tarefa de educar é da

escola, isso não é verdade. Precisamos esclarecer aos pais através de

palestras e reuniões, que a tarefa de educar é deles e a escola é o

complemento dessa educação, por tanto, para que haja uma educação de

qualidade é preciso parceria. O O.E. precisa construir uma relação entre escola

e família para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para

que o educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa

quanto na escola.

2.2 - Ausência dos pais no ambiente escolar

A ausência dos pais no ambiente escolar afeta o desenvolvimento do

aluno de tal maneira que é necessário desde já conscientizá-los da sua

importância em participar ativamente no processo de ensino aprendizagem.

Hoje grande parte dos responsáveis alega que não conseguem

participar de maneira ativa desse processo de desenvolvimento dos seus

filhos, por dois motivos: a falta de conhecimento das disciplinas ministradas e a

falta de tempo.

Quanto à primeira acredito que nós, Orientadores Educacionais,

podemos incentivar os pais a voltarem para a escola. Hoje existe o EJA

(Educação de jovens e adultos) que em 1 ano e ½ proporciona o ensino médio

às pessoas que não tiveram oportunidade de cursá-lo no período adequado,

fazendo com que esses pais se tornem mais atualizados e facilitando muito a

compreensão das disciplinas que os filhos aprendem diariamente.

Em relação ao segundo, sabemos que muitas vezes não é fácil

encontrar um tempo necessário no trabalho para comparecer à escola, mas se

pelo menos uma vez por bimestre eles fizerem uma força, eles terão a

oportunidade de mostrar aos filhos sua preocupação com eles e com seus

estudos.

Agindo de maneira consciente e presente os pais estarão investindo na

educação, pois o retorno será a satisfação do adolescente e sua autoestima

melhorada.

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O que acontece hoje é que muitos pais não se sentem parte da escola

ou não sentem a necessidade de participar da vida escolar dos filhos. Esses

pais desconhecem os riscos da falta de diálogo e comunicação na relação de

pais e filhos.

Precisamos desenvolver nos responsáveis a necessidade de atuar de

maneira ativa na vida escolar dos seus filhos, pois acredito que a junção

dessas duas peças, fortalecerá o processo de ensino aprendizagem, como nos

diz Olívia Porto na citação a seguir:

... a aprendizagem é resultante apenas de uma atividade individual, basicamente intrapessoal. Aquilo que o aluno realiza hoje com a ajuda dos demais estará realizando sozinho amanhã. (2009, pág.124)

2.3 – A ausência dos pais gera indisciplina.

Em uma era na qual homem e mulher trabalham fora e em que, quando

estão em casa, continuam a ser torpedeados por demandas diversas via

celular ou internet, sobra cada vez menos tempo para os filhos. Acuados, pai e

mãe acabam jogando a responsabilidade pela educação sobre a escola, por

sua vez sobrecarregada e desnorteada diante de crianças que chegam sem ter

recebido noções de limites da família.

Existe um vácuo. Os pais têm se omitido bastante e estão terceirizando a

educação dos filhos. Dizem que ela é função da escola, e a escola responde

que é função dos pais. É um grande impasse.

Diante de desafios que surgem a cada dia com a velocidade dos avanços

tecnológicos, os pais estão colocados diante de uma tarefa espinhosa: a de

reaprender seu papel. Isso significa reconhecer que uma parcela muito

expressiva da formação de seus filhos é responsabilidade deles e não pode

ser transferida. Como educadores, cabe a eles assumir funções como

estabelecer regras, passar valores e dizer “não”.

Essa falta de tempo com os filhos tem gerado um grande problema dentro

das nossas escolas: a indisciplina. Os alunos não conseguem respeitar regras

e pessoas, pois não estão sendo educados dentro de suas casas a agirem

assim. A falta de regras e limites vão explodir dentro das salas de aula.

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Hoje muitas crianças tem uma criação autoritária, estão acostumadas a

“apanhar” por motivos banais, gerando assim pessoas que não conseguem

viver bem em um ambiente democrático. Tem ainda crianças com liberdade

excessiva, que são cheias de mimos, que não conseguem obedecer a regras e

sentem-se frustradas quando não é o centro das atenções. A maior parte dos

nossos alunos vêm de lares desestruturados, são filhos de pais separados, ou

de pais omissos, por isso apresentam na escola comportamentos inadequados

e às vezes agressivos.

Outro fator responsável pela indisciplina é a falta de valorização da escola

por parte dos pais, que não participam e nem apoiam as atitudes que muitas

vezes são tomadas pelo corpo docente, dando sempre a razão aos filhos sem

nem ao menos procurar saber o que realmente aconteceu.

Precisamos valorizar o diálogo entre pais, filhos e educadores para que

juntos atuem sobre esse problema e levem os jovens a entenderem que o

respeito às regras é essencial na vida social de todos os indivíduos. Caso isso

não aconteça a indisciplina continuará presente nas escolas prejudicando o

progresso, a aprendizagem e as relações interpessoais dos nossos

educandos.

De acordo com isso, veja o que nos diz Míriam Grinspun (2011):

... para a Orientação, o cotidiano escolar é a arte de ouvir e de saber agir para melhor se disponibilizar para o outro e para instituição, (pág.65)

2.4 – Pais omissos às limitações de seus filhos.

Como podemos perceber são muitos os problemas educacionais desse

novo século, e outro que não poderíamos deixar de mencionar é a dificuldade

que muitos pais têm em aceitar e trabalhar as limitações dos seus filhos.

Estamos na era da inclusão, mas muitos responsáveis ainda não sabem o

que realmente isso significa, e acreditam que a escola é o lugar de resolução

de todos os problemas, o que não é verdade. Precisamos sim incluir, mas

precisamos da ajuda de profissionais especializados para cada tipo de

limitação. Mas percebemos que ao pedirmos a ajuda sobre isso aos pais,

muitos não aceitam ou acham que estamos “rotulando” ou “discriminando”

seus filhos.

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Muitos são os problemas comportamentais e intelectuais que afetam

nossos alunos, e ao detectarmos tal problema não conseguimos a parceria que

haveria de acontecer por parte dos responsáveis, pois sabemos que em alguns

casos há a necessidade de procurar por um profissional da área para trabalhar

sobre o problema observado por nós.

Somos profissionais da educação e não da saúde. Não podemos dar

diagnósticos, apenas orientar aos pais sobre suposta causa e assim pedir uma

avaliação médica para comprovar tal “problema” e assim trabalharmos com o

mesmo.

Hoje, muitos pais não aceitam nosso “alerta” e não procuram a ajuda

necessária, o que reflete em um grande problema, a criança não consegue

aprender por ter um tipo de limitação não aceita por seus pais, e assim não

sendo tratado como deveria.

O que fazer então? Quando isso acontece precisamos fazer alguma coisa,

não podemos ficar de braços cruzados vendo nossos alunos serem

prejudicados por negligência dos pais. Devemos fazer reuniões com os

mesmos, convidar profissionais médicos para irem até à escola para esclarecer

dúvidas e assim tentar mostrar aos pais a necessidade de procurarem ajuda

que favorecerão seus filhos.

Nosso papel é o de conscientizar os responsáveis que a tarefa de cuidar

da criança em primeiro lugar é deles, e a escola complementa tal cuidado.

Vários são os desafios, e com esses desafios surgem outros como a

evasão escolar, repetência etc. Porém acreditamos que se trabalharmos com a

base que são os professores, alunos e famílias todos esses problemas

poderão ser amenizados e resolvidos, mas para isso acontecer é preciso de

muito trabalho da parte do orientador e comprometimento de toda equipe

pedagógica como nos afirma Olívia Porto (2009) “o trabalho do orientador

educacional deve ser atrelado a toda equipe escolar”. (pág. 129)

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Capítulo III

A Orientação Educacional, hoje, nas escolas.

A orientação educacional busca os meios necessários para que a escola

cumpra seu papel de ensinar/educar com base em seu projeto político-

pedagógico, promovendo as condições básicas para a formação da cidadania

dos alunos. O Orientador Educacional da atualidade é aquele que discute as

questões da cultura escolar promovendo meio/estratégias para que sua

realidade não se cristalize em verdades intransponíveis, mas se articule com

prováveis verdades vividas no dia a dia da organização escolar.

A Escola, hoje, tem um papel bem mais complexo do que antes, pois ela

tem que educar com as novas tendências pedagógicas, que muitas vezes não

são aceitas pelo corpo docente, e também deve ensinar usando em seu favor

a mídia, pois sabemos que atualmente é uma forte influência social,

principalmente para os jovens.

Não podemos falar do papel da Orientação Educacional de hoje sem

antes falarmos um pouco sobre o momento em que estamos vivendo.

3.1 – O momento histórico.

O século XXI está sendo marcado pelas mudanças. Mudanças em todas

as áreas, econômicas, políticas e sociais. Os avanços tecnológicos, científicos

e a globalização que estão contribuindo para essas mudanças e junto com

essas mudanças estão surgindo problemas que eram desconhecidos, ou

pouco trabalhados dentro das escolas pelos Orientadores Educacionais.

O surgimento das novas tecnologias, como a internet, o celular, etc. tem

feito um caos na formação social dos indivíduos, pois hoje estamos tendo

problemas como a ausência de valores, a violência, a falta de interesse pelos

estudos e muitos outros que afetam diretamente nossos jovens e adolescentes

e consequentemente sua formação educacional.

Hoje as máquinas são responsáveis por grande parte da produção e o

indivíduo virou escravo das mesmas, pois muitas vezes operam sobre elas,

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mas não conseguem operar sobre as suas próprias vidas por não saberem

pensar para agir e sim agir por agir.

A velocidade de transformação é tanta que nós, cidadãos, não estamos

sabendo como viver com tantas transformações. Na verdade estamos perdidos

com as mudanças.

O que fazer então com os nossos alunos no meio de tantas descobertas

e mudanças? Como agir? Essas são perguntas que devem estar presente no

nosso trabalho. Para responder tais perguntas concordei com o que diz Mirian

Grisnpun:

É fato a necessidade da Orientação nas escolas porque é ela que vai permitir avançar – junto com os professores- num conteúdo que possibilite ir além dos conhecimentos programados no currículo da escola, atingindo um currículo que esteja comprometido com a construção do sujeito/aluno na formação da sua cidadania. (pág. 176, 2011)

O que percebemos aqui é que o primordial hoje não é ensinar com as

novas tendências, uma nova postura, mas sim o de ajudar nossos alunos a

analisar, pensar e refletir para agir e progredir com um novo saber. (Grinspun)

3.2 – A orientação no desenvolvimento do aluno.

Sabemos que a função da educação é ensinar, porém hoje essa tarefa

vem agregada com a responsabilidade de educar o aluno de forma integral, tal

postura deixa de ser pertinente, pois o aluno é um ser complexo que

desenvolve todos os aspectos de sua personalidade (afetivo, social, sexual,

etc.) simultaneamente com o intelectual. Nós, O.E., não podemos

desconsiderar tais aspectos, pois problemas ou dificuldades nessas áreas

poderão afetar o rendimento escolar do aluno.

Precisamos estar atentos com essa problemática para lidarmos com

elas, e ao percebermos que algumas situações fogem ao nosso alcance

devemos estabelecer contatos com médicos, psicólogos, fonoaudiólogos... e

também com os pais e professores para ajudarmos o aluno a superar tal

dificuldade.

Antigamente o Orientador Educacional estava sempre preocupado com

os alunos-problemas, hoje nosso foco é diferente. Devemos orientar todos os

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alunos sobre as doenças, drogas, higiene, gravidez, AIDS e sobre a ausência

de valores morais, pois é através da prevenção que conseguiremos diminuir

tais situações negativas que atingi muitos jovens e adolescentes nos dias

atuais.

Uma das questões mais difíceis de orientar nas escolas atuais é a

questão sexual, pois alguns pais aceitam e acreditam que é função da escola

ensinar sobre isso e outros discordam, daí a necessidade do O.E. procurar, em

primeiro lugar, conhecer as expectativas da escola e dos pais a respeito desse

assunto, sempre com muita cautela e ética, para só depois planejar tais

estratégias para trabalhar com tal assunto.

Giacaglia & Penteada aclara tal afirmação trazendo o seguinte, "[...] grande parte dos pais até desejaria que a escola se incumbisse totalmente dessa tarefa, reconhecendo o próprio despreparo devido ou a falta de informações, ou a falta de tempo ou, ainda por dificuldades em com essas temáticas." Situações que geram nos pais sensação desconfortáveis em tratar o assunto com seus filhos. (pág.113, 2006)

A Orientação Educacional tem como objetivo principal oportunizar ao

educando o seu desenvolvimento pleno, por meio de ações planejadas,

dinâmicas, contínuas sistematizadas e contextualizadas aos diversos

elementos que exercem influência em sua formação: intelectual, físico, social,

moral, emocional estético, político, educacional e vocacional, estando

integrada ao currículo pleno da escola. Sua linha de atuação está

fundamentada na LDB 9.394/96, no seu Art. 2º. Onde traz o seguinte texto: “A

educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade

e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Sob esta premissa, compete a Orientação Educacional Escolar orientar

o educando na tomada de consciência sobre seus valores, potenciais e

dificuldades, dando-lhes oportunidade de auto avaliar-se, contribuindo para

que o educando compreenda a si próprio (atitudes, interesses, habilidades,

grau de maturidade física, mental e social), para que tenha condições de fazer

escolhas mais adequadas e apropriadas, a convivência intra e interpessoal,

assumindo responsabilidades para uma vida mais produtiva e feliz.

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A Orientação Educacional é o processo que orienta, assiste e coordena

a ação dos elementos significativos da escola, família e comunidade, com

relação aos aspectos afetivo-emocionais dos alunos, com vistas a promover o

atendimento de suas necessidades de desenvolvimento como, pessoa, de

forma equilibrada.

A essência da Orientação Educacional está imbricada de forma

unilateral no processo educacional, portanto na formação integral do individuo.

Ao buscarmos o conceito etimológico de Educação, encontraremos

explicitamente os objetivos da Orientação. Uma vez que nos vocábulos latinos

educare temos o guiar, nortear, orientar o indivíduo, e em educere, o buscar

potencialidades do individuo no sentido de fazê-las vir de dentro para fora.

Nesse sentido identificamos uma estreita relação da Orientação com a

educação como um todo.

A Orientação tem um papel preponderante em tal construção, ajudando

o aluno a se ver, ver o outro e ver o mundo, através de olhares múltiplos do

conhecimento, da afetividade e do próprio sentido da vida.

Diante de uma sociedade marcada pela violência, e de uma escola que

muitas vezes acaba também refletindo violência uma vez que é formada por

agentes sociais, o Orientador Educacional tem muito a contribuir com a

dinâmica escolar uma vez que sua visão essencialmente humanista visualiza o

ser humano na sua totalidade. Ter consciência da importância desse olhar

permite ao sujeito que está sendo formado a possibilidade de perceber-se

como um indivíduo humanizado, capaz de operar mudanças em si mesmo,

reinterpretando a realidade de forma crítica e intervindo de forma adequada no

meio social no qual está inserido.

Integrada com a Direção, Coordenação Pedagógica e Docente, a

Orientação Educacional deverá ser um processo cooperativo em busca da

humanização do Currículo Pleno da escola, uma vez que não podemos falar

em educação para valores humanos, numa perspectiva escolar sem um

currículo humanizado e reduzido a técnicas conteúdistas.

Partindo deste pressuposto busca despertar no aluno a visão do mundo

em que vivemos mostrar seus problemas, discutir a realidade e dar a cada

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educando a oportunidade de falar, de debater os problemas de sua

comunidade e de sua escola. Uma vez que escola deve ser, sobretudo um

local de diálogo, de surgimento de dúvidas, de formação de ideias e de

exercício pleno da cidadania.

A Orientação Educacional busca o desenvolvimento de uma educação

inovadora que não só informe e transmita, mas que forme e renove; que

permita aos estudantes tomar consciência da realidade do seu tempo e do seu

meio; que favoreça o florescimento da personalidade; que forme na

autodisciplina, no respeito aos demais e na solidariedade social e que inspire a

renovação e estimule a criatividade. Para esse fim o Orientador abordará

mediante uma ação problematizadora, contextualizada, coletiva e

interdisciplinar temas como: Identidade, Autoestima, Autoconceito,

Autoconfiança, Visão destemida do futuro, Querer-ser, Projeto de vida, Sentido

de vida, Autodeterminação, Auto realização, Plenitude humana, numa

perspectiva preventiva, contextualizará temáticas que podem ser

potencializadoras de futuros conflitos. Para tanto o Orientador Educacional

deverá integrar as suas metas e ações ao planejamento do professor, bem

como poderá problematizar as temáticas mediante sessões coletivas e rodas

de conversas e debates em salas de aulas. O Orientador poderá fazer uso de

filmes, fabulas leitura de textos, depoimentos da comunidade, no sentido de

enriquecer seu trabalho.

Devendo também discutir gestão de conflitos do dia a dia, os chamados

conteúdos atitudinais. Nesses encontros, são tratados os problemas que

interferem na aprendizagem do grupo e colocam em risco a qualidade da

convivência. As brigas do intervalo, o descuido com os espaços coletivos e o

desrespeito entre os alunos são alguns dos assuntos que devem ser inseridos

nessas discussões.

A escola atual necessita de nova atitude, diante de uma nova

sociedade, sociedade esta, onde evidência um acentuado avanço tecnológico

e um grande retrocesso no que se refere aos valores humanos.

Na sociedade atual não cabe mais um modelo de educação focado

somente no desenvolvimento profissional e na obtenção de instrumentação

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técnica, mas na promoção do desenvolvimento emocional, moral e espiritual.

Neste sentido O Orientador Educacional se torna um indispensável profissional

na dinâmica escolar, uma vez que seu trabalho quando efetivo contribui para

uma sociedade, onde cada pessoa harmônico na sua individualidade

contribuirá para a harmonia social.

3.3 – A orientação no trabalho com a família. Com as transformações do nosso século, muitos pais não sabem o que

fazer ou como fazer que seus filhos sejam alunos mais comprometidos com os

estudos. Acabam deixando de lado o diálogo, a ajuda, a participação nos

estudos com seus filhos, deixam de exigir boas notas por motivo de trabalho.

Pensam que o poder dar aos seus filhos o que querem é importante para o seu

relacionamento familiar e até mesmo para o seu desenvolvimento, usam o

argumento que querem dar ao filho tudo o que não puderam ter, mas

esquecem de que os filhos necessitam é de atenção e diálogo.

Como sabemos é de nossa responsabilidade orientar os pais sobre o

seu papel de parceiro da escola, eles precisam conhecer os objetivos

propostos pelo corpo docente para assim valorizar e nos ajudar na tarefa de

educar. E para isso acontecer, precisamos mostrar qual é o papel do

Orientador Educacional e buscar a consciência de que este profissional se

pauta pela relação família-escola-comunidade, que busca fazer da escola um

lugar onde os alunos sintam prazer de estar, um porto seguro num mundo

inseguro e de interação com seu mundo particular e assim valorizar mais os

seus estudos.

É importante chamar a família no ambiente escolar não para reclamar

ou falar dos problemas dos seus filhos, é necessário envolve-los nos eventos

escolares, nas decisões e até mesmo ouvindo sugestões e críticas. Temos

então que somar esforços, conhecimentos e desejos entre os membros da

comunidade escolar, desenvolver projetos, buscar recursos, ações coletivas,

desenvolver a autonomia social e financeira dos seus e não nos restringirmos a

professores encaminhando alunos por questões disciplinares e praticamente

exigindo uma postura disciplinar ou presença de pais, fazendo de conta que

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ensinam e os alunos que aprendem. Nosso trabalho é muito mais que isso, é

apresentar alternativas, ouvir, discutir e agir junto ao seu espaço num desejo

de transformação da realidade, não apenas em sala de aula para conforto de

alguns, mas de toda comunidade, interagindo e valorizando cada indivíduo

dentro e fora da escola.

Falamos muito hoje sobre democracia, socialização e nos nossos

objetivos temos como meta formar cidadãos mais democráticos preocupados

com o meio ambiente, porém muitas vezes não praticamos tais coisas.

Acredito que com atividades que envolvam todos os responsáveis estamos não

só falando, mas mostrando aos nossos educandos que para vivermos bem é

preciso parceria.

A democracia que tanto falamos hoje não é novidade, muitos já

defendiam tal prática dentro das escolas, como podemos perceber no que diz

Freire em um dos seus livros:

A solidariedade social e política de que precisamos para construir a sociedade menos feia e menos arestosa, em que podemos ser mais nós mesmos, tem na formação democrática uma prática de real importância. (pág.47, 1997)

Como podemos perceber, não podemos trabalhar sozinhos, é essencial

envolvermos todos os responsáveis (pais e professores) na tarefa de construir

uma sociedade mais justa e democrática. Se almejamos tal coisa precisamos

desde já abraçar nosso aluno como um todo, conviver com ele, com sua

família, conhecer a realidade política e as ações sociais para transformar

nossa sociedade.

3.4 – Orientando professores ao uso de novas tecnologias.

Falamos muito de mídias e tecnologias como mudanças e

transformações do nosso século e como a educação está a quem dessas

inovações.

Mas como separar modismos de inovações, como aproveitar na nossa

área de O.E. o que tem sido tão atraente para nossos alunos?

Em primeiro lugar modismo é algo que aparece e não fica, como uma

cor de verão, um tipo de corte de cabelo, etc. Mas as inovações, como o

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evento da internet, a telefonia celular, os vários meios digitais precisam ser

usadas pelos nossos professores e por toda a equipe escolar como

ferramentas a favor da formação do aluno.

Se for uma inovação positiva precisamos aderir, caso contrário estará

atrasado socialmente.

Professores precisam ser orientados, conscientizados que “quem para

de aprender hoje para de ensinar amanhã”. Portanto são eles que precisam

“desaprender” como nos diz um grande apaixonado pela educação:

É muito mais difícil desaprender o aprendido do que aprender uma coisa nova. O aprendido se agarra na gente de uma forma terrível e é o aprendido que impede que eu aprenda uma coisa de maneira diferente. Então, é preciso desaprender o aprendido... É preciso ter olho novo para ver as coisas velhas de maneira diferente. (Rubens Alves, extraído do site da internet)

É necessário hoje a incorporação nos planejamentos novas ferramentas

como as mídias atuais, não podemos ficar na era do “cuspe e giz”, isso já

passou, o tempo é outro, os alunos são outros. É importante sim valorizarmos

tudo o que foi bom, mas não é para pararmos no tempo, como nos diz Freire.

Precisamos estar abertos às coisas novas para só então inovar no nosso

trabalho escolar.

Aulas mais motivadas e motivadoras para alunos mais interessados a

“aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros,

aprender a ser” (definidos como os quatro pilares da educação para o século

XXI no relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação

para o século XXI). Só serão assim se toda a equipe escolar estiver

empenhada em atualizar-se em ter uma formação continuada para tanto.

3.5 – A importância de planejar.

Todas as atividades que devemos realizar hoje citadas nos tópicos

anteriores são importantíssimas, mas não podemos fazer nada se antes não

planejarmos, pois caso contrário voltaremos no erro do passado, onde muito

se fazia e de nada adiantava. Luck nos fala sobre isso:

Durante a década de 80, o sentido da Educação e da Orientação Educacional foi questionada, a tal ponto que grande parte das obras publicadas na área evidenciaram um resultado muito maior de menosprezo ao papel da escola como agente

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de Educação e de estabelecimento da anti-Orientação Educacional do que de explicitar sua natureza e configurar as possibilidades de sua orientação. (pág.17, 2008)

Quando se falava em anti-Orientação significa uma visão negativa a

tudo o que o orientador educacional fazia, ou seja, o seu descrédito.

O planejamento é uma metodologia gerencial que permite estabelecer

uma direção a ser seguida de forma organizada e objetivada para alcançar fins

de maior e melhor maneira com a realidade.

A escola, instituição social delegada da família, deve estar

comprometida com a promoção do desenvolvimento humano e com o

atendimento das necessidades da sociedade. Assim, o seu processo de

gestão deve ter uma visão global e uma ação local, visando à inserção

contextualizada do aluno, em todas as suas dimensões, no mundo moderno,

de forma autônoma e participativa. Para isso, precisa repensar a sua função

institucional, considerando-se os aspectos éticos, políticos, culturais, científicos

e tecnológicos atuais, através de um currículo e de ações que realmente

considerem os novos paradigmas da educação.

E quem pode e deve reformar essa escola, senão os seus agentes

educadores? Dentre esses agentes há os com especial responsabilidade: que

somos nós Orientadores Educacionais Pedagógicos, que, compartilhando com

a direção, um processo de gerenciamento, têm como função mediar os

objetivos escolares e os resultados, ligando o pensar e o fazer; orientando,

subsidiando a equipe: planejando, executando, avaliando e (re) propondo

ações para atingir as metas, compartilhadas e pretendidas.

Veja o que nos fala mais uma vez a Luck sobre isso:

Planejar a Orientação Educacional implica delinear o seu sentido, os seus rumos, a sua abrangência e as perspectivas de sua atualização. Vale dizer que esse planejamento envolve, antes de tudo, uma visão global sobre a natureza da Educação, da Orientação Educacional e de suas possibilidades de ação. (pág.17, 2008)

De nada adianta as boas ideias não estiverem ações que as ponham

em práticas.

Quando planeja sua ação, além de se tornar mais eficiente, o Orientador

Educacional pode também avaliar sua prática e refletir sobre sua intervenção

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no processo de ensino aprendizagem, buscando modificar os pontos nos quais

tais medidas se fizerem necessárias.

Devemos no início do ano letivo estar com propostas planejadas para

apresentar ao corpo docente o direcionamento que pretendemos tomar e as

atividades que realizaremos. Dentro dessa prática devemos promover

atividades que favoreçam a atividade individual e integral do aluno tais como:

* Ajudar a escola a organizar e promover propostas pedagógicas;

* Elaborar projetos extraclasses;

* Organizar passeios educacionais e culturais;

* Projetos que incentivem a prática da leitura;

* Atividades que envolvam a comunidade;

* Palestras educativas;

* Atendimentos individuais e coletivos;

* Atendimento aos responsáveis.

O plano não é um molde rígido ao qual está submetido o trabalho do

SOE, mas um caminho que possibilita mudança de rumo, como fruto das

reavaliações que forem ocorrendo durante o ano letivo.

E, finalmente através do plano anual de ações, a comunidade escolar

poderá conhecer e avaliar a atuação do Serviço de Orientação Educacional

oferecendo suporte para um feedback realista que servirá de base para

mudanças e reestruturações futuras.

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CONCLUSÃO

As mudanças que o nosso século vem trazendo foram alterando o modo

de vida e o comportamento das pessoas. Com o presente trabalho vimos que

na escola isso não foi diferente.

Acreditamos que com esse estudo muitos questionamentos foram

respondidos e algumas sugestões foram válidas para acrescentar na tarefa

dos Orientadores Educacionais.

Porém o tema não para por aqui, ao pesquisarmos, percebemos que

muitas outras novidades aparecerão e a escola não pode ficar de portas

fechadas repassando as técnicas do século XX.

Somos profissionais da Educação é precisamos sempre estar

informados, atualizados, cooperando com o corpo docente, trabalhando com

reflexões e de forma harmoniosa para só então propor mudanças. Mudanças

na forma de pensar e agir.

O grande desafio educacional do século XXI é envolver todos os

responsáveis pela educação fazendo-os com que sejam um facilitador no

acesso das informações. Precisamos ser amigos que auxiliam os jovens e

adolescentes a conhecer o mundo e seus problemas, seus fatos, suas

injustiças com liberdade de expressão e, consequentemente, de ação.

Não podemos deixar nunca de aprender, precisamos acreditar e pensar

como Freire “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me

adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo

sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não

apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.

Devemos agir sempre de forma consciente e planejada para termos

uma sociedade mais justa e consciente.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Alves, Rubens, Frases e Citações, site da internet,

WWW.projetospedagogicosdinamicos.kit.net, 2012.

Freire, Paulo, Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática

educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997. (Coleção Leitura)

Giacaglia, L.R.A & Penteado, W.M.A. Orientação Educacional na prática,

princípios, técnicas, instrumentos. São Paulo Thonson Learning,2006.

Grinspun, Mírian P.S.Z., A orientação educacional: conflitos e paradigmas para

a escola, São Paulo, Cortez, 2011.

Leite, Regina Garcia e Eny Marisa Maia, Uma orientação educacional nova

para uma nova escola, São Paulo, Loyola, 1995.

Luck, Heloísa, Planejamento em Orientação Educacional, Petrópolis, Vozes,

2008.

Porto, Olívia, Orientação educacional:teoria, prática e ação, Rio de

Janeiro:Wak, 2009.

Schimidt, Maria Junqueira Pereira, Educar para a responsabilidade, Agir, 1974.

Site, www.wikipedia.org, Quatro Pilares da Educação, 2012.

Site, www.wikipedia.org, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

2012.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO.....................................................................2

AGRADECIMENTO.....................................................................3

DEDICATÓRIA............................................................................4

RESUMO....................................................................................5

METODOLOGIA .........................................................................7

SUMÁRIO...................................................................................8

INTRODUÇÃO...........................................................................10

CAPÍTULO I - Conhecendo um pouco a função do Orientador

Pedagógico no decorrer da história ............................................12

1.3 – Breve panorama sobre a história da profissão através da leis...............12

1.4 – As funções do Orientador Pedagógico no Ambiente Escolar.................15

CAPÍTULO II - O desafios do século XXI para o Orientador

Educacional Pedagógico..............................................................17

2.1 – Os desafios do século XXI.......................................................................17

2.2 – Ausência dos pais no ambiente Escolar..................................................19

2.3 – A ausência dos pais gera indisciplina......................................................20

2.4 – Pais omissos às limitações dos filhos......................................................21

CAPÍTULO III – A Orientação Educacional ,hoje, nas escolas......23

3.1 – O momento histórico................................................................................23

3.2 – A orientação no desenvolvimento do aluno.............................................24

3.3 – A orientação no trabalho com a família...................................................28

3.4 – Orientando professores ao uso de novas tecnologias.............................29

3.5 – A importância de planejar........................................................................30

CONCLUSÃO...............................................................................33

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................33

ÍNDICE..........................................................................................35

FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................37