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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM IMPLANTAÇÃO DE AUTOMAÇÃO DE ESTOQUES EM PEQUENOS NEGÓCIOS COMO VANTAGEM COMPETITIVA Por: Elaine Silva Ramos Orientador: Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

IMPLANTAÇÃO DE AUTOMAÇÃO DE ESTOQUES EM PEQUENOS NEGÓCIOS COMO VANTAGEM COMPETITIVA

Por: Elaine Silva Ramos

Orientador: Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

IMPLANTAÇÃO DE AUTOMAÇÃO DE ESTOQUES EM PEQUENOS NEGÓCIOS COMO VANTAGEM

COMPETITIVA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Engenharia da

Produção.

Por: Elaine Silva Ramos

3

AGRADECIMENTOS

Os meus sinceros agradecimentos

aos professores e a

todas aquelas pessoas

que de forma direta ou

indireta contribuíram para

a minha formação e para

o crescimento pessoal.

4

DEDICATÓRIA

Aos amigos e parentes

pelo apoio e

constante incentivo

ao longo de todo o

curso.

5

RESUMO

O projeto apresenta as características, vantagens e desvantagens das principais ferramentas de gestão que apoiam o processo de automação de estoque, ressaltando a importância da logística como vantagem competitiva diante da globalização e do aumento da concorrência no cenário empresarial. Logo, realizou-se um estudo de caso a fim de verificar a viabilidade de implantação dessas ferramentas no mini-mercado Progresso no qual sugeriu-se soluções para reverter o defasado cenário apresentado. Palavras-chave: automação; estoque; logística

6

7

METODOLOGIA

A monografia apresentada baseia-se no método de estudo de

campo, pesquisa em livros, revistas, sobre o problema que as empresas

enfrentam para o controle de estoques. O estudo foi feito em um Mini-Mercado

na qual os produtos eram desperdiçados devido ao não gerenciamento ideal da

logística.

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

08

CAPÍTULO I A IMPORTÂNCIA DA AUTOMAÇÃO DE ESTOQUE E DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) COMO VANTAGEM COMPETITIVA

10

CAPÍTULO II SISTEMAS DE APOIO AO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

27

CAPÍTULO III APLICAÇÃO DA AUTOMAÇÃO DE ESTOQUES EM PEQUENOS NEGÓCIOS (MINI-MERCADO PROGRESSO)

38

CONCLUSÃO 57 BILIOGRAFIA CONSULTADA 59 ANEXO 60 LISTA DE SIGLAS 61 ÍNDICE 62 FOLHA DE AVALIAÇÃO 64

8

INTRODUÇÃO

“O tempo cessou, o espaço desapareceu. Nós agora vivemos numa aldeia

global tudo acontece simultaneamente.” (Marshal McLuhan, 1967, p.156).

Estas palavras podem ser comparadas com a atual

interdependência da comunidade mundial. É precisamente essa

interdependência que nos obriga a considerar os mercados sob um ponto de

vista global na hora de traçar as estratégias de produção, distribuição e

logísticas das empresas.

Diante desse cenário, foi identificada a necessidade de implantar

ferramentas que auxiliem na identificação e no posicionamento no que tange a

tendências do mercado, entendimento do perfil dos clientes, bem como os

aspectos fundamentais da oferta, compra e demanda.

É importante não só ajustar a estrutura de gestão da empresa como

também entender os fatores que determinam essas mudanças, sob o risco de

perder oportunidades de negócios uma vez que tende a atuar de forma reativa.

Devido a isso, foram realizadas visitas no estabelecimento que

contribuíram para análise das práticas existentes no mini-mercado Progresso,

em que ocorre a ausência de controle logístico, administrativo e financeiros

contribuindo para redução da lucratividade do estabelecimento.

No desenvolvimento do projeto foram apresentadas possíveis

soluções que proporcionem maior eficiência na gestão do varejo. No capítulo 1,

mencionamos a importância da automação de estoque e da tecnologia da

informação (TI) como vantagem competitiva, mostrando a importância do

sistema de controle por automação fazendo uso do acelerado crescimento da

TI.

No capítulo seguinte, foi abordada a automação, onde para

maximizar a eficiência e eficácia operacional são utilizadas algumas

ferramentas, tais como o código de barras e RFID – identificação por rádio

freqüência, apresentando suas características e objetivos.

Os sistemas de apoio ao gerenciamento de estoques foram

abordados no capítulo 3, definindo a importância do estoque gerenciado pelo

9

fornecedor (VMI) e da resposta eficiente ao consumidor (ECR) em que foi

revelada a relevância da utilização da administração por categorias.

No último capítulo foi realizado o estudo de caso verificando a

viabilidade de implantação da automação de estoques no Mini-Mercado

Progresso a fim de mostrar seu cenário atual na qual foram identificados

gargalos e propor possíveis soluções.

O mundo atual muda constantemente e demanda das empresas

flexibilidade e agilidade. Mais do que nunca a tecnologia de informação e a

logística constituem fatores chave para o sucesso empresarial.

10

CAPÍTULO I

A IMPORTÂNCIA DA AUTOMAÇÃO DE ESTOQUE E DA

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) COMO

VANTAGEM COMPETITIVA

Um controle de estoque lucrativo permite colocar a disposição do

cliente, seja ele um varejista ou o próprio consumidor final, o produto desejado

no momento adequado, mas para isso, faz-se necessário um bom sistema de

controle por automação.

Este controle aliado a um preço melhor do que o da concorrência

deixa o cliente satisfeito de forma a fazer com que ele busque esta empresa

em uma próxima compra.

A fim de reduzir estoques, os clientes procuram fazer pedidos

cada vez menores e com maior freqüência, forçando o estoque para trás na

cadeia de suprimentos.

Ao trabalhar com níveis de estoque mais baixos, os clientes

demandam menores tempos de resposta de seus fornecedores, aumentando a

pressão por agilidade nos centros de distribuição, que passam a ter menor

tempo entre o recebimento do pedido e sua expedição, resultando em ciclos de

pedido mais curtos.

A redução dos estoques potencializam os impactos, uma vez que

os pedidos recebidos incompletos ou errados tem grande probabilidade de

levar à falta de produtos e a perdas de venda, tornando praticamente zero a

tolerância dos clientes a erros dos distribuidores. E, como agravante,

considerando que os pedidos tornam-se menores, de maior freqüência, o custo

para corrigir os erros é muito maior.

A fim de facilitar e aprimorar a automação de estoques surge a

Tecnologia da informação podendo ser definida em duas diferentes

abordagens. Uma consiste em uma abordagens sistêmica e gerencial de

informação, tendo como seu objetivo a integração da cadeia de suprimentos. E

11

outra apenas pela utilização da informática apresentando uma rede de

computadores, contendo sistemas operacionais que alimentam administração

com dados relevantes possibilitando a tomada de decisão.

Logo a TI contribui para fornecer informações para os níveis funcionais abaixo:

Figura 1: Importância da TI na logística (Hector Aguilar, 1987, p.56).

A TI esta se desenvolvendo em ritmo acelerado, impactando na

velocidade e aumento da capacidade de armazenagem de informação

contribuindo para redução de custos e espaços físicos. Uma vez que a TI

prossegue em seu desenvolvimento continuo, simultaneamente vão surgindo

inúmeras inovações que influenciam os processos logísticos possibilitando o

aprimoramento de cada tarefa satisfazendo a qualquer necessidade do

mercado.

Ao longo do projeto serão apresentadas algumas tecnologias que

podem ser implementadas na logística como diferencial estratégico. Para que a

empresa possa adquirir essa TI em seus sistemas é necessário profissionais

qualificados no assunto em que apresentam maior conhecimento do sistema,

minimizando desta forma possíveis erros.

A tecnologia da informação vem contribuindo para que logística se

torne mais eficiente e efetiva na geração de valor para empresa, destacando-se

como um diferencial no mercado atual. Sua evolução é devido as exigências do

mundo moderno ocasionado pelo aumento das complexidades das operações.

12

Sendo assim a TI se tornou um recurso essencial para as empresas modernas,

uma vez que contribuem positivamente nos planejamentos, execução e

controle de estoque gerando aassim, vantagem competitiva no mercado.

1.1 - Automação

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, um número

crescente de empresas vem adotando a automação de estoques para facilitar o

gerenciamento da cadeia de suprimentos. O resultado: maior eficiência

operacional, melhor controle dos processos e produtos e redução de custos

antes despendidos com estoques desnecessários e perdas. A seguir alguns

exemplos deste tipo de tecnologia.

1.2 - Códigos de barras

O esforço na obtenção de sistemas de informação mais eficazes tem

encontrado diversos obstáculos, como a dificuldade em alimentar os

computadores com dados, tarefa delegada à digitação, extremamente

operacional e que apresenta o grande inconveniente de estar sujeita a erros.

A codificação de materiais tomou um grande impulso com a

introdução de novas tecnologias que permitiram o reconhecimento ótico de

caracteres, em substituição à digitação de código dos itens.

Assim, o aperfeiçoamento da alimentação de dados que se tornou

necessária deu origem ao código de barras, sistema onde as informações são

gravadas oticamente em materiais e com tintas variadas sob a forma de um

símbolo composto por barras paralelas de larguras e espaçamentos variados.

O dígito verificador tem por finalidade verificar se a leitura dos

números representados por barras verticais está correta. Para isso, ele é

calculado a partir de um conjunto de operações matemáticas realizadas com os

números representados pelas barras, que identificam o prefixo, a empresa e o

produto propriamente dito.

O resultado final dos cálculos é um número que é comparado ao

dígito verificador. Caso a comparação não resulte em sucesso, ou seja o dígito

13

verificador não for igual ao resultado das operações matemáticas realizadas

com os demais números, o leitor de código de barras rejeita a sua leitura.

Existem equipamentos projetados especialmente para fazer o

controle de qualidade das barras que, normalmente, é realizado pela gráfica

responsável pela impressão das embalagens, em que são inseridos os códigos

de barras.

O código de barras está sendo largamente utilizado, pois pode ser

usado para aprimorar qualquer processo que envolva controle de mercadorias

e, por suas próprias características, o sistema é ideal para operações com

grande número de itens, tornando-se a ferramenta adequada e racional de

gerenciamento de estoque.

No Brasil, a introdução e o gerenciamento do uso e da aplicação

de códigos de barras têm a supervisão da EAN Brasil – Associação Brasileira

de Automação Comercial, criada pelo Decreto 90.095/84 e Portaria 143 do

Ministério de Indústria e Comércio. O Brasil, diante do citado decreto, passou a

adotar o sistema EAN.

1.2.1- Tipos de Código

Existem vários tipos de código de barras e a seleção de qual será

usado varia de acordo com a necessidade de aplicação.

Os códigos de barras padronizados incluem os símbolos EAN/UPC,

GS1 DataBar (RSS), GS1-128, ITF-14, Data Matrix e Componente Composto.

- EAN/UPC (EAN-13, UPC-12 e EAN-8)

Utilizados nos Pontos de venda (PDVs) de varejo, são projetados

para ambiente de leitura que requer rapidez e eficiência. Quando usados nos

PDVs e em operações logísticas, podem ser impressos em tamanho maior do

que o tamanho “nominal” para ajustar-se ao processo de leitura de ambientes

logísticos.

14

Fonte: http://www.eanbrasil.org.br/

- GS1 DataBarTM (RSS)

É um conjunto de símbolos, alguns dos quais podem ser lidos por

leitores nos pontos de venda (PDVs) de varejo. Mesmo sendo menor que

EAN/UPC, além de todos os atributos, pode carregar informações adicionais

como números de série e números do lote e da data de durabilidade máxima.

Fonte: http://www.eanbrasil.org.br/

- GS1-128

Anteriormente chamados de UCC/EAN-128, os códigos de barras

GS1-128 podem carregar todos os atributos, mas não podem ser usados para

identificar itens que passam pelos PDVs.

Fonte: http://www.eanbrasil.org.br/

15

- ITF-14

Os códigos de barras ITF-14 podem ser impressos diretamente em

papelão ondulado, mas não podem ser usados para identificar itens que

passam pelos PDVs.

Fonte: http://www.eanbrasil.org.br/

- GS1 DataMatrix

Este é o único símbolo de “matrix 2D” especificado pela GS1 que está se tornando o símbolo de

escolha na área da saúde. Como o Gs1 DataMatrix exige leitores baseados em câmera, atualmente ele é especificado

para itens da saúde que não passam pelos PDVs e pela marcação direta em peças.

Fonte: http://www.eanbrasil.org.br/

- Componente Composto

Este é o único símbolo “2D linear”. É chamado componente porque é

o único usado como um código código de barras linear, como o GS1-128 ou o

GS1 DataBar(RSS).

Fonte: http://www.eanbrasil.org.br/

16

1.2.2- A decodificação

A leitura do código demanda a utilização de equipamentos

específicos que variam conforme características do produto e do negócio.

- Leitores:

A função principal de um leitor de códigos de barras (ou scanner) é

“ler” a imagem representada pelo código de barras e captar a informação

contida no mesmo. O scanner mede a ausência e a presença de luz (barras

pretas e espaços brancos) convertendo essa informação em sinais elétricos.

- Decodificadores:

O decodificador transforma os sinais elétricos para a linguagem

binária (Zero e um) que ao ser reconhecida pelo computador será comparada

com as informações previamente registradas no banco de dados.

1.2.3- Normas de padronização

O controle de qualidade do código de barras é essencial uma vez

que as barras existentes nos códigos possuem uma série de informações e sua

impressão deverá ser de boa qualidade. Isso significa que as barras têm

larguras apropriadas e definidas de acordo com normas específicas. Existem

equipamentos projetados especialmente para fazer o controle de qualidade das

barras que, normalmente, é realizado pela gráfica responsável pela impressão

das embalagens, em que são inseridos os códigos de barras.

17

Exemplo de distribuição de código de Barras Linear –

(Fonte: http://www.eanbrasil.com.br)

1.2.4- Vantagens

O código de barras oferece inúmeras vantagens dentre elas:

- Para a Indústria:

• Conhecimento exato do comportamento de cada produto;

• Estabelecimento de uma linguagem comum com os clientes;

• Organização interna, mediante a codificação de embalagens de

despacho e da matéria-prima;

• Controle de inventários e do estoque, expedição de mercadorias;

• Aproximação do consumidor ao produto (merchandising);

• Possibilita o uso de ferramentas baseadas nas informações coletadas;

• Decodificação rápida do símbolo, gerando informações instantâneas;

- Para o Comércio:

• Otimiza o controle de estoque;

• Aumenta a eficiência no ponto de venda: elimina erros de digitação,

diminui o tempo das filas;

• Otimiza a gestão de preços e de crédito;

• Obtém informações confiáveis para uma melhor negociação;

• Vende mais com maior lucro;

• Atende às mudanças rápidas dos hábitos de consumo;

• Melhora o serviço ao cliente;

- Para o Consumidor:

18

• Cupom fiscal detalhado;

• Passagem rápida pelo check-out;

• Eliminação de erros de digitação em sua compra;

• Preço correto nas gôndolas e no check-out;

• Linhas de produtos à venda de composição mais adequada ao perfil da

clientela.

• Melhores serviços;

Quando associado ao sistema EAN.UCC os benefícios adicionais da

utilização do código são:

• Padrão utilizado internacionalmente em 90 países;

• Cada identificação de mercadoria é única no mundo;

• Linguagem comum no intercâmbio de informações entre parceiros

comerciais;

• Padronização nas exportações;

• Estabelece linguagem comum com fornecedores;

• Possibilita a utilização do Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI);

1.2.5- Desvantagens

• Dependente da conservação das mercadorias e equipamentos.

• Qualidade diretamente associada às características do material em que

foi impressa (Falhas em caso de humidade, embalagens que reflitam a

luz ou fundos muito escuros).

• Não recomendável para ambientes hostis.

1.2.6- Aplicações

Embora estejamos acostumados a ver os códigos de barras nos

produtos que compramos, atualmente eles abrangem quase todo tipo de

atividade humana, tanto na industria e instituições educativas quanto no

19

governo, na medicina, nas seguradoras, entre outros, pois constituem uma

ferramenta fundamental para o manuseio eficiente dos dados facilitando a

tomada de decisão.

O próximo passo na tecnologia de código de barras é o lançamento

do RSS cuja adoção oficial foi anunciada para o dia 1º de janeiro de 2010. O

RSS (até 15 vezes menor que código tradicional) permitira codificar produtos

pequenos, o que alem de trazer as vantagens do código de barras para setores

até agora limitados ou impedidos de utilizar esta tecnologia constitui um

aprendizado para a futura adoção do EPC – Código Eletrônico de Produto,

padrão de identificação que utiliza a tecnologia de RFID para transmissão de

informações.

1.3- RFID – IDENTIFICAÇÃO POR RADIO FREQÜÊNCIA

Nascida durante a II guerra mundial para usos militares, atualmente

a tecnologia RFID pode ser utilizada em diversas áreas.

A necessidade de captar informações de produtos em movimento

incentivou a utilização desta tecnologia em processos produtivos, mas a

tecnologia de radiofreqüência é vantajosa também em ambientes insalubres ou

hostis que impedem a utilização do tradicional código de barras.

1.3.1- Características

A tecnologia RFID utiliza etiquetas eletrônicas dotadas de um

microchip - também chamadas Etiquetas inteligentes - que são colocadas nos

produtos. Utilizando uma resistência de metal ou carbono como antena o

produto pode ser rastreado por ondas de radiofreqüência ao longo de toda a

cadeia. As Etiquetas Inteligentes respondem a sinais de radio enviados por

transmissores, sendo capazes de armazenar dados e fornecer informações já

cadastradas no que tange a sua localização e identificação.

20

Figura 2 – Comunicação com dispositivo RFID –

(Fonte: http://www.projetoderedes.com.br)

Os sinais enviados pelo microchip são transferidos pela antena para

leitoras especiais onde serão filtrados e repassados para diversos sistemas

dentro da companhia onde serão processados. Dessa forma é possível obter

em tempo real informações como preço, validade, nível de estoque dos

produtos entre outros. Para maior segurança estas informações podem ser

ainda criptografadas e atualizadas remotamente.

Figura 3 - Processamento RFID –

(Fonte: http://www.projetoderedes.com.br)

Seguem abaixo os componentes da tecnologia RFID:

a) Transponder

21

O Transponder (ou RF Tag) é um chip encapsulado que guarda na

sua memória as informações do produto. Ele pode ser encontrado em diversos

formatos (cartões, pastilhas, argolas) encapsulado em diversos materiais

(plástico, vidro, epóxi, etc).

Os Tags estão classificados em duas categorias: Ativos e Passivos.

Os primeiros são alimentados por uma bateria interna e permitem processos de

escrita e leitura, mais funcionais e duráveis que os passivos porém com custo

mais elevado. Os Tags Passivos são do tipo só leitura (read only), trabalham

sem bateria, alimentados pelas ondas eletromagnéticas emitidas pelo leitor,

recomendados para distâncias curtas com capacidade de armazenamento que

varia entre 64 bits e 8 kilobits.

b) Antena

E o componente encarregado de ativar o Tag para possibilitar o

envio e/ou troca de informações. Seja de leitura ou escrita este processo é feito

através de um sinal de radio. A antena esta diretamente ligada ao tag ou

transponder por isso algumas vezes é considerada parte do mesmo.

Fabricadas em diversos tamanhos e formatos, as antenas podem

possuir configurações e características variadas de acordo com cada tipo de

aplicação.

c) Transceiver / Leitor

O leitor é o equipamento que emite freqüências de rádio que são

dispersas em diversos sentidos no espaço, dependendo da potencia de saída e

da freqüência de rádio utilizada estas ondas podem abranger alguns

centímetros ou até alguns metros. O campo eletromagnético criado pelo leitor

(radiofreqüência) alimenta o Transponder e este por sua vez, responde ao leitor

com o conteúdo de sua memória. No caso dos Tag ativos o leitor/gravador se

encarrega de inserir as novas informações no chip.

22

Encontra-se aqui um dos principais diferenciais da RFID em relação

ao código de barras, uma vez que não e necessário o contato visual para

realizar a leitura, o equipamento pode ler através de diversos materiais como

papel, cimento, plástico, madeira, vidro etc. Se o Tag estiver na área de

cobertura da antena, o campo magnético é detectado pelo leitor, que decodifica

os dados contidos no Tag dando seguimento ao processamento dos mesmos.

De acordo com a faixa de freqüência em que operam os sistemas

RFID podem ser classificados em:

Sistemas de Baixa Freqüência: trabalham na faixa de 30KHz a

500KHz e servem para leitura de curta distância, com baixo custo operacional

estes sistemas podem ser utilizados em controles de acesso, identificação e

rastreabilidade de produtos, entre outros.

Sistemas de Alta Freqüência: Operam nas faixas de 850MHz a

950MHz e de 2,4GHz a 2,5GHz, servem para leitura em média e longa

distâncias e leituras a alta velocidade, utilizados em veículos e para coleta

automática de dados.

1.3.2- Implantação

"Ao planejar a implantação de RFID, você tem que pensar no antes e no

depois” (Brad Tewksbury, 1999, p.38), diretor de desenvolvimento de negócios da

Oracle para RFID. Ele recomenda que antes de entrar na onda da RFID seja

feito todo um planejamento do ambiente físico para instalação adequada dos

equipamentos.

Muitas questões precisam ser resolvidas antes da implantação como

a definição do local adequado para instalação dos leitores, os produtos em que

serão fixadas as etiquetas e a escolha da freqüência de rádio que será utilizada

para a aplicação. A partir daí começa a fase mais complicada e dispendiosa

que é a integração da nova tecnologia com os sistemas corporativos,

processos de negócios e a mudança organizacional.

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Os potenciais benefícios da RFDI vão desde a eliminação de

operações manuais até a redução de produtos contrabandeados, dependendo

do negócio e do planejamento feito para o uso da RFDI. Os benefícios variam.

1.3.3- Vantagens

• Eliminação de erros de escrita e leitura de dados

• Coleta de dados de forma mais rápida e automática

• Redução de tempo de processamento de dados e maior segurança

• Garantia de funcionamento em ambientes hostis (lugares úmidos,

molhados, sujos, corrosivos, altas temperaturas, baixas temperaturas,

vibração, choques)

• Operação sem contato e sem necessidade de campo visual

• Grande variedade de formatos e tamanhos

• Durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização

• Contagem instantânea de estoque, facilitando os sistemas empresariais

de inventário.

• Melhoria no reabastecimento com eliminação de itens faltantes e

aqueles com validade vencida

• Prevenção de roubos e falsificação de mercadorias

• Maior eficiência no recebimento

• Maior eficiência na expedição

• Maior controle dos paletes

• Minimização dos erros na entrega e de utilização da logística reversa

• Redução de Mão – de - Obra: decorrente da diminuição do tempo para

execução das tarefas (recebimento, expedição e picking) e da

eliminação de tempo de conferência feita pelo sistema sem interferência

humana.

• Controle de Tempo de Processos e Identificação de Gargalos:

Estipulando um tempo padrão entre uma leitura e outra, pode-se ter

idéia do giro e do tempo que cada produto esta levando em cada

processo, ou até mesmo parado. Desta forma, é possível descobrir

24

gargalos, identificar produtos parados há muito tempo e melhor fazer o

controle do estoque.

A figura abaixo mostra os benefícios da tecnologis RFID segundo a Accenture:

Figura 4 – Benefícios da tecnologia RFID –

(Fonte: http://www.accenture.com.br)

1.3.4- Desvantagens

• Um dos principais obstáculos para o aumento da aplicação comercial

desta tecnologia é o seu custo que continua sendo elevado se

comparado com os sistemas de código de barras.

• Dado que a implementação desta tecnologia não se limita ao microchip

anexado ao produto (por trás da estrutura estão antenas, leitoras,

ferramentas de filtragem das informações e sistemas de comunicação) o

aumento de custos pode representar aumento de preços ou diminuição

de margem nos produtos.

• A operação através de RFID é baseada em campos magnéticos, a

existência de metal pode interferir negativamente no desempenho desta

tecnologia. Entretanto, encapsulamentos especiais podem contornar o

problema, possibilitando a identificação de automóveis, vagões de trens

e contêineres.

25

• Possibilidade de monitoração do produto depois da compra, constituindo

uma invasão da privacidade dos clientes. Existem técnicas de bloqueio

das etiquetas, porém representam custos elevados para as empresas.

• Não existe ainda padronização das freqüências utilizadas para que os

produtos possam ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme.

A tabela abaixo apresenta um comparativo entre a Identificação por radio

frequência (RFID) e o Código de barras:

Características RFID Código de Barras

Resistência Mecânica Alta Baixa

Formatos Variados Etiquetas

Exige Contato Visual Não Sim

Vida Útil Alta Baixa

Possibilidade de Escrita Sim Não

Leitura Simultânea Sim Não

Dados Armazenados Alta Baixa

Funções Adicionais Sim Não

Segurança Alta Baixa

Custo Inicial Médio (Caindo) Baixo

Custo de Manutenção Baixo Alto

Reutilização Sim Não

Tabela 1 – Comparativa entre código de barras e tecnologia RFID -

(Fonte: http://www.altaseg.com)

1.3.5- Barreiras e Desafios

26

Sem duvida a tecnologia RFID traz inúmeras vantagens para as

empresas, mas, por ser uma tecnologia relativamente nova traz também

inúmeros desafios para a indústria, não só do ponto de vista tecnológico, mas

principalmente do ponto de vista cultural e social. Dentre eles:

• Necessidade de rever os processos de gerenciamento de estoques

• Mudança cultural no que tange ao compartilhamento de informações

(varejo e indústria)

• Comprometimento de toda a organização com o projeto

• Possibilidade de resistência aos novos processos

• Necessidade de Treinamento

• Integração entre os sistemas corporativos existentes

• Confiabilidade dos sistemas de informação

• Back up em caso problema

• Investimentos em equipamentos, software, leitores, etc.

• Mudança de embalagem

• Coexistência entre novas tecnologias (smart tag), tecnologias atuais

(código de barras), empresa e parceiros.

• Atender aos requisitos da legislação da indústria;

• Criação de Catálogos Eletrônicos padronizados

• Novas Regulamentações em relação às freqüências (Anatel, Anvisa,

Cetesb).

• Questões ambientais: Como reciclar, descartar?

• Seleção da informação a ser disponibilizada na colaboração com

parceiros

• Relacionamentos Sindicais (no caso de redução de mão- de- obra)

• Nível de colaboração entre parceiros

• Falta de padrões

• Potenciais conflitos com o direito do consumidor (privacidade).

27

CAPÍTULO II

SISTAMAS DE APOIO AO GERENCIAMENTO DE

ESTOQUES

Quando se encomendam quantidades maiores, eleva-se o estoque

médio, juntamente com o custo de mantê-lo. Manter um estoque custa os juros

do capital empregado mais as despesas da própria manutenção física.

Portanto, para reduzir o custo de sua manutenção, deve-se simplesmente

encomendar aos fornecedores entregas menores e mais freqüentes.

2.1- Estoques gerenciados pelo fornecedor – VMI

VMI (do inglês: Vendor Management Inventory) ou Estoque

gerenciado pelo Fornecedor é uma técnica para otimização de programas de

suprimentos. Nela, contrario ao modelo tradicional, é o fornecedor quem decide

o melhor momento para fornecimento de materiais e a quantidade a ser

fornecida para os seus clientes. Desta forma o Fornecedor se torna

responsável pelo planejamento e administração dos níveis de estoque do seu

cliente no momento certo.

2.1.1- Características

A transferencia de informações entre o cliente e o fornecedor,

possibilitando maior agilidade no recebimento e entrega de informações do

inventário é devido a tecnologia EDI (Electronic Data Interchange).

É essencial que o fornecedor e o cliente estejam devidamente

alinhados, ocasionando uma aliança estratégica. Cabe ao fornecedor o

monitoramento dos níveis de estoque do cliente, sendo responsável pela a

requisição de compra dos produtos necessários. No entanto para que isso

ocorra de forma efetiva é preciso a existência de parâmetros previamente

acordados entre ambas as partes.

28

Essa ferramenta é uma das soluções para promover uma gestão

interativa dos processos de compras, vendas e logísticos, proporcionando

melhor relacionamento com os parceiros e visão completa dos negócios.

2.1.2- Implantação

Por se tratar de uma ferramenta que requer alto custo de

investimento impactando diretamente na reposição de materiais, deve-se

atentar a alguns pontos importantes para que a implementação transcorra de

forma mais eficaz. Obter a aceitação de funcionários é uma das etapas de

implantação Logo é necessário que seja informado claramente aos funcionários

diretos e indiretos os beneficio e seus respectivos objetivos do programa,

garantindo que compreensão por parte destes seja realizada.

Os fornecedores e clientes devem ter seus arquivos sincronizados

para garantir que o sistema esteja alinhado nas duas extremidades. Isto inclui

atualização de arquivos codificação de partes Importante também que o EDI

seja testado inúmeras vezes para tenha certeza que as informações estejam

sendo transmitidas corretamente. Podendo-se realizar simulações com itens

variados em diferentes categorias para garantir que as quantidades de estoque

do cliente estejam sendo repassadas exatamente iguais para o fornecedor.

2.1.3- Barreiras e desafios

• Existência de diversos padrões para troca de dados.

• Resistência por parte dos funcionários.

• Definição clara das medidas a serem tomadas em caso de erros no

processo.

29

2.1.4- Fatores críticos de sucesso

• Credibilidade entre parceiros

• Comprometimento das gerências e diretorias com o projeto.

• Aceitação dos colaboradores.

• Sincronia das informações

• Integração de dados e sistemas

2.1.5- Benefícios

Essa ferramenta proporciona inúmeros benefícios e riscos, no

entanto para se alavancar os benefícios, é necessário, como em qualquer

programa que as atividades sejam corretamente planejadas, executadas e

liberadas.

Os benefícios referente aos clientes corresponde na maior

estabilidade na gestão do estoque contribuindo desta forma para a redução de

falta de materiais elevando juntamente o nível do serviço. Essa ferramenta

também possibilita a diminuição dos custos de emissão e processamento de

pedido.

No entanto para os fornecedores, VMI contribui para a redução de

incertezas na previsão da demanda, uma vez que possui informações

minuciosas do consumidor. A captação dessas informações é importante para

o fornecedor, pois esta também facilitam a incorporação de promoções no

inventario favorecendo assim para a redução nos custo de transporte.

Quando se trata de benefícios fornecedor/cliente pode-se citar

redução nas falhas de comunicação reforçando as parcerias entre as

empresas, contribuindo para redução do lead time na cadeia de abastecimento.

Consequentemente proporcionando melhor atendimento ao cliente final, uma

vez que terá melhor disponibilidade do material em inventário, logo maior

satisfação e fidelização por parte do cliente.

30

VMI pode apresenta certos riscos quando é implementada, já que

é considerada uma ferramenta complexa. Sendo assim deve-se proceder com

cautela em algumas situações. É necessário realizar teste com o sistema de

EDI para verificar a confiabilidade dos dados. Importante também é a

comunicação com os funcionários envolvidos nas duas empresas, garantindo a

aceitação e entendimento dos objetivos da ferramenta de ambas as partes. E

no caso de Falta de Inventário ou excesso, deve-se existir regras claras para

casos nos quais sobre ou falte material, e quando o comprador quer mudar os

níveis de inventário.

Ratificando que as empresas devem considerar o tempo com chave

mestre nesse processo, pois VMI envolve um tempo de aprendizado

considerável. Logo as empresas envolvidas devem ter isto claro e aceitar a

curva de aprendizagem.

2.2 - ECR – Resposta Eficiente ao Consumidor

O ECR (Efficient Consumer Response) não é um sistema e nem

uma técnica, ele constitui na verdade um modelo estratégico de negócios que

implica num novo relacionamento entre os elos da cadeia de suprimento

baseado no trabalho conjunto e coordenado.

Nascido nos Estados unidos a meados de 1992 este conjunto de

praticas tem como objetivo integrar todos os processos logísticos e comerciais

ao longo da cadeia de suprimentos de forma a obter um ganho total maior do

que a soma do obtido por cada componente de forma isolada.

Observando as condições em que os mercados estão imersos e

segundo o trabalho desenvolvido pela Direção nacional de Alimentos da

Argentina, para que a resposta eficiente ao consumidor se sustente é

necessário prover valor ao consumidor para manter a lucratividade do negócio.

O valor ao consumidor é conquistado a partir de melhores preços, maior

variedade, melhor disposição e qualidade dos produtos. Para que isso se torne

possível é necessário que a indústria consiga economias por meio de

melhorias de eficiência, reduzindo custos que não agregam valor, giro mais

31

rápido de estoque, melhor nível de inventário e perda de produtos reduzida,

minimizando a ineficiência ao longo da cadeia.

O ECR passa-se de um esquema “push” no qual se força a entrada

dos produtos aos canais comerciais para um esquema “pull” respondendo à

demanda real do consumidor de forma a reduzir os custos operacionais totais e

principalmente maximizar a satisfação do cliente.

Através do ECR a empresa visa prover os produtos e serviços que o

consumidor realmente quer reduzir o estoque, eliminar transações no papel e

modernizar o fluxo do produto. A implantação do ECR constitui uma mudança organizacional e implica repensar todo o negócio. O

sucesso da mesma, além de uma mudança de cultura, demanda uma associação do tipo “ganha-ganha” entre os elos

da cadeia assim como a adoção de diversas tecnologias que viabilizem a troca de informações e o aproveitamento das

mesmas.

2.2.1- Benefícios

Na administração da cadeia de suprimento:

• Maior fluxo de produtos e menor inventario

• Maior nível de serviço de provedores

• Confiança e colaboração entre os parceiros comerciais

• Otimização do tempo de compradores e vendedores

• Minimização da flutuação no cronograma de produção

• Redução de custos operacionais (mão de obra despeça administrativas,

distribuição armazenagem, dentre outros).

Na administração da demanda:

• Aumento nas vendas

• Maior rentabilidade do espaço de vendas

• Promoções eficientes

32

• Maior disponibilidade e sortido de produtos

• Menores preços

• Produtos mais frescos e em melhor estado

• Vendas ajustadas à demanda

• Maior satisfação do consumidor

2.2.2- As quatro estratégias do ECR

O ECR trabalha com quatro estratégias básicas:

Do ponto de vista comercial:

A primeira estratégia, Introdução e Lançamentos eficientes de

produtos, possibilita maximizar a eficácia do desenvolvimento e introdução de

novos produtos. Essa estratégia tem como objetivo otimizar os investimentos

realizados no desenvolvimento e lançamento de produtos, contribuindo para

diminuição de custos através da identificação real da necessidade do

consumidor. Nessa estratégia, os varejista e os produtores se reúnem para

analisar as tendências de consumo, aproveitando para fazer pesquisas

conjuntamente identificando as oportunidades.

A segunda estratégia, Sortimento eficiente na loja contribui para

melhorar a produtividade dos estoques e do espaço da loja na interface com o

consumidor, otimizando o uso do espaço local e das gôndolas oferecendo ao

consumidor os produtos que eles realmente demandam. Através dele é

possível aumentar as vendas e maximizar a margem por metro quadrado,

garantindo que o produto desejado estará disponível para o consumidor final. A

principal ferramenta do sortimento eficiente é o gerenciamento de categorias.

Promover produtos realizando promoções eficientes é a terceira

estrategia do ECR. Esta maximiza a eficiência de todo o sistema de promoção

para cliente e consumidor esboçando a necessidade de definir novas formas de

promoção que garantam um enorme impacto sobre o consumidor, sem gerar

33

despesas adicionais e maximizando o retorno, simplificando desta forma, os

acordos promocionais e, para parceiros do ECR, negociar preços denominados

descontos contínuos.

Do ponto de vista logístico:

A quarta última estratégia é a Reposição eficiente de produtos. Seu

objetivo principal é otimizar tempo e custo no sistema de reposição, suprindo

os custo da cadeia que não agregam valor ao produto. Se os produtores e

distribuidores não trabalham coordenados, acaba-se criando custos inúteis. A

reposição eficiente permite que os produtores e distribuidores melhorem sua

previsão de demanda, planos de reposição, transporte de mercadorias, gestão

de promoções, ou seja, reposição eficiente nada mais é do que prover o

produto certo, na hora certa, no lugar certo na quantidade correta e da forma

mais eficiente possível. Para tal é necessário garantir um fluxo de informações

único, confiável e no tempo adequado ao longo da cadeia, visando aumento

nas vendas por redução de produtos faltantes, redução no estoque e redução

de custos de manuseio, transporte e armazenagem de produtos.

2.2.3- Componentes chaves do ECR

Ordenamento assistido por computador (CAO)

Consiste na geração de pedidos em tempo real através da baixa no

sistema no momento da venda. Permite redução de estoque, redução do ciclo

de pedido e adequada disponibilidade de produtos nas prateleiras entre outros.

Intercambio eletrônico de dados (EDI)

Ferramenta eletrônica eficiente que permite a transmissão

automática de dados entre os sistemas dos parceiros comerciais. Possibilita o

controle da produção, compra e solicitações de entrega, possibilitando uma

resposta rápida a demanda e redução dos estoques.

Fluxo de distribuição:

34

Garante a movimentação constante do produto do provedor à

prateleira, reduzindo o tempo de estoque. A metodologia de trabalho Cross-

docking viabiliza este fluxo: a mercadoria é recebida num centro de distribuição

ou deposito e nele é preparada imediatamente para ser despachada evitando

assim estocagens intermediarias e reduzindo o tempo de entrega das

mercadorias.

Custeio baseado em atividades (ABC)

Este método contábil permite medir os custos associados a um

produto atribuindo um custo para cada atividade que compõe o processo

logístico. Dessa forma e possível obter economias de tempo e de dinheiro

identificando e eliminando aquelas atividades que não agregam valor.

Reabastecimento continuo:

Os produtos são entregues com base no nível do estoque diário

evitando o excesso de estoque ou a obsolescência do mesmo.

Entregas diretas no ponto de venda:

As mercadorias vão diretamente para o ponto de venda sem que

passem pelo centro de distribuição. Recomendável para produtos perecíveis,

muito frágeis, de alta rotação ou de pouco peso e grande volume.

2.2.4- Implementação

A implementação da ferramenta ECR pode ser realizada em três

níveis. O primeiro nível consiste em criar um clima de mudança. Deve-se

consciencializar todos os funcionários da relevância do ECR no alcance dos

objectivos da empresa. Isto requer comunicação e educação assim como

novas medidas de performance e sistemas de recompensa. É necessário

também verificar infra-estrutura tecnológica da empresa, analisando o estado

tecnológico existente identificando se os sistemas deverão ser alterados ou até

mesmo substituídos. Nesse nível, é essencial que os procedimentos

35

administrativos e de controle sejam reavaliados, uma vez que ECR envolve a

reengenharia dos processos interiores, excluindo aqueles que não trazem valor

ao produto/serviço.

Assim que as empresas estiverem preparadas interiormente para

aceitar o ECR, pode-se seguir para o segundo nível de implementação. Esse

nível requer maior intensidade de relacionamento entre seus sócios comerciais,

contribuindo para otimização na cadeia de abastecimento e do Category

Management. Sendo assim, é necessário identificar os parceiros adequados,

considerando seus respectivos Know-how, infra estrutura tecnologica...É

necessário também instaurar confiança entre os parceiros pois a ela é

essencial para a incorporação dos processos e ações.

E por ultimo o terceiro nível, que considera a incorporação integral

da cadeia do ECR. Nesse nível a empresa já esta compartilhando informações,

reavaliando as suas responsabilidades e alterando o sistema físico para

melhorar a eficiência da cadeia. No entanto, para a incorporação total, é

necessário que a criação de graus de confiança e estabilidade para que toda a

ferramenta esteja alinhada, devendo-se reavaliar as funcionalidades,

realocando as responsabilidades, reconhecendo quais são as pessoas que

devem ser responsáveis por determinados processos e atividades. Nesse nível

é essencial que compartilhamento de informações entre os parceiros esteja

ocorrendo de forma produtiva, eficiente e eficazes havendo confiança mutua

entre os parceiros comerciais. Essa confiança só existe quando as empresas

acreditam que os ganhos são compartilhados, após esse entendimento pode-

se dizer que o ECR esta implementado no estabelecimento.

Fatores críticos de sucesso na implementação do ECR:

36

• Comprometimento de todos os níveis da organização e em especial um

forte apoio da alta gerencia da companhia para viabilizar a mudança

cultural que demanda este modelo de negócios.

• Visão de serviço ao consumidor. Cliente como foco do trabalho da

companhia.

• Desenvolver associações “ganha-ganha” de longo prazo com clientes e

parceiros estratégicos.

Sem dúvida a implementação do ECR constitui um grande desafio

para as empresas. O maior custo para a empresa não esta na implementação

do código de barras nem do EDI nem de qualquer outra tecnologia, mas na

mudança organizacional que este processo demanda, na reeducação das

pessoas e na criação de novos relacionamentos dentro e fora da companhia.

2.3- Category Management – Administração por categorias

Para garantir o sucesso nas estratégias comerciais do ECR será

necessário que a empresa classifique os seus produtos em categorias que

serão administradas como unidades estratégicas de negocio. Fazem parte de

uma mesma categoria aqueles produtos que o consumidor percebe como inter-

relacionados na satisfação das suas necessidades.

A grande diferença entre o Category Management e o enfoque

tradicional de gestão é que ao invés de dividir a empresa em departamentos

como compras, vendas, marketing etc, a empresa estará dividida em

categorias e cada uma delas terá uma estratégia diferenciada de forma a

maximizar os seus resultados. Embora a estratégia varie de categoria em

categoria deve existir um alinhamento da mesma com a estratégia central da

empresa.

As categorias são determinadas pelo próprio consumidor e não

necessariamente obedecem a distribuição do mix de produtos do fabricante,

37

por isso se faz necessário conhecer as características do cliente e o

comportamento de consumo:

• Quais os grupos de consumidores

• Qual a natureza do consumidor

• Por que ele vai às compras

• Porque ele compra

• Em que momento acontece a decisão de compra

• Quando e quanto compra

• Quais os fatores que influenciam a sua decisão

Ao falarmos dos motivos que levam o consumidor ate o ponto de

venda podemos citar:

Categorias de compra de rotina: Compras habituais que não

requerem de muita motivação, associadas ao tipo de consumo e freqüência da

compra.

Categorias de Impulso: Para compras não premeditadas ou

racionais, que obedecem a um impulso ou decisão espontânea.

Categorias de complemento: Relacionadas à variedade de produtos

visando complementar uma compra efetuada.

38

CAPÍTULO III

APLICAÇÃO DA AUTOMAÇÃO DE ESTOQUES EM

PEQUENOS NEGÓCIOS (MINI-MERCADO PROGRESS0)

3.1- Definição e Característica do Negócio

O mini mercado Progresso é um dos responsáveis pela venda de

produtos de gêneros alimentícios e artigos de higiene, limpeza e beleza, frios,

carne, pães, hotifruti, artigos para cozinha, bebidas, congelados, água mineral

e gás de cozinha. Atualmente pertencente há mais de 1 ano aos proprietários

Washington Luiz Barata de Morais e Maria das Graças Conceição de Morais

O mercado por ser o único estabelecimento da área que vende a

maior diversidade de produtos e por se localizar na rua principal da cidade de

Gebara, apresenta em média a visita de 150 clientes por dia. O minimercado

aceita cartões de credito, cheques e vende fiado para algumas pessoas que

são de confiança do dono do estabelecimento. O minimercado é procurado

pelos clientes para pequenas e grandes compras, uma vez que disponibiliza

cestas ou carrinhos para o carregamento das mercadorias no mercado

Progresso.

O cliente que compra nesse mercado, possui alguns benefícios

comparados com os mercados concorrentes nas proximidades, como entrega

em domicilio de botijões de gás de cozinha e mercadorias independente do

valor da compra. Outro beneficio, é que alguns produtos podem se solicitados

por telefone para serem entregues à domicilio. O horário de funcionamento

ocorre das 08:00hs até 19:00hs de Segunda a Sábado e de 08:00 até 14:00hs

aos Domingos, sendo que nos feriados o funcionamento ocorre até 12:00hs.

A estrutura de funcionários do mercado é composta por dois

funcionários que são responsáveis pela reposição e organização dos produtos,

um funcionário responsável pela entrega a domicilio e limpeza do

estabelecimento e um funcionário que trabalha no caixa, responsável pela

contabilização das mercadorias. O micro empresário Washington Luiz é

39

responsável pelo recebimento e compras de mercadorias nos fornecedores. A

carga horária dos funcionários é aproximadamente há 8 horas diárias, com

direito a uma folga por semana. Todos os funcionários recebem um salário

mínimo (R$ 465,00) com exceção do funcionário que trabalha no caixa que

recebe 10% a mais que os outros funcionários (R$ 511,50). O mercado

Progresso também paga hora extra para todos os funcionários caso haja uma

maior demanda no mercado.

3.1.1- O Mini-Mercado Progresso

Figura 5 – Entrada do Mini – Mercado.

(Fonte: Mini – Mercado Progresso, Elaine, 2011).

Figura 6 – Divisão de legumes e verduras.

(Fonte: Mini – Mercado Progresso, Elaine, 2011).

40

Figura 7 – Prateleiras e divisão dos biscoitos.

(Fonte: Mini – Mercado Progresso, Elaine, 2011).

Figura 8 – Divisão dos produtos perecíveis.

(Fonte: Mini – Mercado Progresso, Elaine, 2011).

41

Figura 9 – Armazenamento de Bebidas.

(Fonte: Mini – Mercado Progresso, Elaine, 2011).

Figura 10 – Caixa registradora.

(Fonte: Mini – Mercado Progresso, Elaine, 2011).

42

3.1.2- Localização

O mini mercado Progresso está situado na Avenida 01 lote 1714

quadra 02 – cidade Gebara, bairro Itambi e município de Itaboraí.

Figura 11- Endereço (Mapa) localização do mercado Progresso.

(Fonte: http://www.googlemaps.com)

Figura 12 - Endereço (Satélite) localização do mercado Progresso.

(Fonte: http://www.googlemaps.com)

43

3.1.3- Problemas

O mini-mercado não possui estoque, e sua reposição de

mercadorias é realizada conforme a necessidade e a falta de mercadorias.

Toda segunda-feira e quarta-feira, o micro empresário, se desloca até a Central

de Abastecimento (CEASA), com o intuito de realizar compras referente a área

de hortifruti. O reposicionamento referente as demais mercadorias é realizado

com visitas semanais de diversos fornecedores no estabelecimento Progresso.

O pagamento das compras de mercadorias pelo micro empresário,

são efetuadas com o seu cartão de crédito pessoal a vista. Sendo assim,

somente no final do mês ele consegue verificar seu verdadeiro lucro, uma vez

que ocorre o pagamento dos funcionários, aluguel do estabelecimento, água,

luz e telefone. Onde ele adquiriu todas as informações necessárias para

diminuir sua receita das despesas referente ao mês, tendo assim o

conhecimento de seu lucro líquido. Por essa informação só ser obtida no final

do mês, impossibilita muita das vezes que o micro empresário crie maneiras

para o melhorar o seu orçamento final, cabendo somente a ele a aceitação do

seu déficit ou superávit. No entanto, não há histórico em que tenha ocorrido

déficit nesses aproximadamente um ano em que o Washington Luiz é o

proprietário do mercado Progresso.

O mini-mercado não possui nenhuma tecnologia referente a

segurança, controle de entrada e saída de mercadorias e reposição de

estoque. O estabelecimento não possui câmeras internas e nenhum alternativa

que garanta segurança contra roubos e furtos. No entanto o estabelecimento

nunca sofreu nenhuma tentativa de assalto em todo histórico do

estabelecimento. E sistemas tecnológicos referentes a controle de estoque,

nunca foi analisado pelo micro empresário a necessidade de implantação no

seu mercado.

44

3.1.4- Desafios

• Reduzir custos e ineficiência

• Aumentar a visibilidade geral por toda a cadeia de suprimentos

• Estabelecer procedimentos de responsabilidade e medidas para

fornecedores

• Evitar Perdas

• Reduzir Desperdícios

3.2- Perdas e Desperdícios

Por não possuir estoque, o mini-mercado Progresso apresenta perda

de vendas por falta de produtos. É necessário estabelecer quantidades

mínimas de estoque para cada produto, que será variável e proporcional ao

nível de serviços de seu fornecedor. Quando se atinge esse patamar mínimo

deve-se acionar o ressuprimento.

A reposição de mercadoria é realizada conforme saída. Este é um

tipo de perda por não planejamento. Muitos fornecedores tem controle da

venda física de seus produtos, em sua loja. Havendo um clima de parceria

séria, pode-se montar a reposição em conjunto, com base nestas informações,

no período do mês e no estoque existente.

Por não serem realizados controles de entrada e saída, a empresa

não consegue identificar a que preço tinha comprado este item no momento

que ele sai. Este é um tipo de perda bastante considerável, pois com a

variação de preços, resultará em variação do lucro.

Por não possuir câmeras ou qualquer mecanismo anti-furto, o mini-

mercado pode ser alvo de pequenos furtos que não serão percebidos, visto que

não há um controle do que está saindo da empresa.

Outra ferramenta não utilizada é o leitor de código de barras, que

auxilia no controle de entrada e saída, além de agilizar a venda dos produtos.

45

Desperdícios no varejo são inevitáveis, mas podem ser reduzidos e

controlados por meio da adoção de serviços especializados e utilização de

software que auxiliam na gestão do estoque.

3.3- Soluções

A implementação da tecnologia de Informação e dos Sistemas de

automação de estoques irá trazer um retorno sobre o investimento quase que

imediatamente.

Uma pesquisa do Yankee Group sobre infraestrutura de TI em

pequenas e médias empresas (SMB) mostra que hardware recebe a maior

parte dos investimentos do setor. O levantamento, feito em 2005 com 195

entrevistados, indica que cerca de 46% dos recursos das companhias foram

dedicados à área, sendo que em organizações muito pequenas o percentual foi

de 38%.

Em seguida, a categoria de software de infra-estrutura recebeu 15%

dos investimentos das pequenas empresas e 18% no caso de companhias

ainda menores. Software de aplicações de negócios consumiu 13% dos

aportes de pequenos clientes e 14% dos muito pequenos.

Por fim, a área de serviços de TI teve a menor representatividade

dentro dos gastos de ambos os grupos. Enquanto pequenos negócios

apostaram apenas 6% de seu orçamento na categoria, organizações, ou seja,

para o Mini-Mercado vamos investir nas aplicações Software e implementação

de Hardware integrado ao Sistema de Automação Comercial e os Serviços de

TI.

3.4- Sistema de Automação Comercial

O sistema de automação comercial é um sistema que integra um

conjunto de ferramentas para a administração do negócio. Deve ser feita a

implantação de um software completo voltado para o gerenciamento de micro-

46

empresas do ramo de comércio varejista. É de suma importacia que o mesmo

seja totalmente integrado, permitindo que o lojista opte por uma única solução

que atenda todas suas necessidades.

O módulo de controle financeiro do sistema de automação

comercial deve ser bastante abrangente. Possuindo um moderno controle de

contas integrado com as operações de compra e venda, controle de fluxo de

caixa, com operações de movimentação financeira, planos de contas,

balancetes, controle de extrato bancário, vendas (normal e consignada),

controle de caixa, cheques, fornecedores, controle de débitos de clientes,

inventário, despesas e preços.

O sistema de automação comercial também irá registrar as

vendas com cheque pré-datado, crediário, crédito de devolução, cartão de

crédito e débito, totalizando as vendas do dia ou de qualquer período, inclusive

por caixa.

3.5- Controle de Estoque

O sistema de automação comercial deve controlar o estoque e

informar os produtos mais vendidos e a necessidade de reposição do estoque,

emitindo aviso ao usuário sobre vencimentos de pagamentos e recebimentos

em andamento.

Para acompanhamento de suas vendas, estoques, lucros e

atendimento, o sistema produz relatórios e estatísticas gráficas que podem ser

exportadas para processadores de textos como Excel e HTML.

3.5.1- Controle de Usuários por Níveis de Acesso

E para tornar as transações operadas pelo programa mais seguras,

o sistema permite o controle de usuários por níveis de acesso, desta forma o

próprio usuário configura suas preferências, podendo controlar inclusive o

acesso do seu funcionário às telas do sistema, e os registros que foram

computados, ou seja, o sitema informa qual funcionário finalizou a compra das

mercadorias do cliente no Mercado Progresso.

47

3.6- Implementação de Hardware

A área de informática da pequena empresa não tem visão

estratégica da utilização de hardware para a produção de informações. A

situação fica mais complexa, ao saber que a pequena empresa (Mercado

Progresso) não desenvolveu um Plano de Metas que a oriente para o futuro de

um, dois ou três anos.

Dessa forma, fica mais difícil a produção de informações seja o

maior objetivo de uma área de informática moderna. Neste sentido, é

fundamental o estabelecimento de um Plano Diretor de Informática (PDI), mas

somente depois de desenvolvido o Plano de Metas, dentro do qual a

informática agiria como apoio do planejamento estratégico da micro-empresa.

A estratégia de PDI tem como missão básica o apoio, por meio do

processamento eletrônico de dados, de cada segmento do Plano de Metas,

produzindo informações gerenciais com qualidade, atendidos os quesitos de

custo e prazo. Outro ajuste, igualmente necessário, é fazer com que cada

usuário do sistema informatizado entenda seu sistema não apenas de forma

isolada e independente, mas de maneira integrada.

Uma estratégia para a pequena empresa, que até o momento não

tive contato com as novas tecnologias de informação, ficou dividida em duas

etapas:

a) Familiarizar-se com a tecnologia de computadores, adquirindo

microcomputadores que possam ajudar nas funções essenciais da empresa.

b) Analisar as metas da empresa e suas esferas essenciais para

aplicar tecnologias de informação, nas esferas essenciais dos resultados

pretendidos.

Com o tempo, o Mini-mercado terá visão realista da maneira como

os dados fluem na sua empresa e idéia aproximada de quais são as

prioridades, analisando os impactos dos resultados sobre a produtividade. Não

48

importa qual a tecnologia escolhida: esta deve ser flexível e adaptar-se ao

desenvolvimento da organização.

As vantagens que a implementação de Hardware ligada a TI traz

para a pequena empresa podem ser dividias em três grupos.

a) Menores custos: a informática, quando bem utilizada, reduz os

custos da empresa, porque agiliza e possibilita maior segurança e

confiabilidade nos processos, rotinas e controles administrativos; simplifica as

tarefas burocráticas; reduz os erros e praticamente elimina a repetição do

trabalho.

b) Maior produtividade: possibilita que as pessoas produzam mais,

em menos tempo, com menor dispêndio de recursos; permite aproveitar melhor

a capacidade produtiva da empresa com o planejamento e o controle da

produção; armazena e localiza imediatamente informações fundamentais para

os negócios; agiliza os processos de tomada de decisões em relação a preços,

estoques, compras e vendas, entre outros.

c) Maior qualidade: a qualidade dos produtos e serviços é

melhorada, pois as tecnologias de informação ajudam a manter o padrão dos

produtos dentro das especificações estabelecidas; proporciona melhores

condições de trabalho para os empregados; reduz esforços com a burocracia

para concentrá-los nas atividades fins da empresa.

3.7-Aplicação de Software Personalizado

Na prestação desse serviço o consultor levantará todos os pontos

sobre o sistema que o minimercado deseja, para alcançar um objetivo que

resolva todas as tarefas, encontrando a melhor solução sistêmica. Sempre em

conjunto com a equipe de sua empresa, garantindo a maior aderência possível

à sua realidade e necessidade. Os resultados são produtos de qualidade,

entregues no prazo e que atendem às reais necessidades dos usuários.

49

A consultoria deverá auxiliá-lo em todas as fases do projeto,

incluindo especificação do sistema, definição de estratégias, planejamento

tecnológico, avaliação de tecnologia e de metodologias, treinamento e

acompanhamento pós-implementação com upgrade futuro através do contrato

de manutenção oferecido em algumas modalidades com diferentes tipos de

atendimento.

Preocupados em garantir o máximo de aproveitamento,

sintonizando sua equipe com as novas tecnologias e atingindo a produtividade

esperada, maximizando o seu investimento em software, oferecemos um

programa de treinamento de altíssimo nível, elaborados a partir de um

diagnóstico preciso das carências de sua equipe, permitindo que os conceitos e

exemplos abordados estejam totalmente alinhados com o seu objetivo final. Na

prática, isso significa que a capacitação é desenvolvida exclusivamente para o

cliente, levando em consideração o perfil, o tamanho e a maneira de trabalhar

de cada equipe.

3.7.1- Etapas do Processo

Os processos de desenvolvimento consistem em 8 pontos:

1. Consultoria

2. Especificação

3. Análise

4. Projeto

5. Desenvolvimento

6. Testes

7. Implantação/ integração

8. Manutenção/ suporte

50

3.7.2- Programa e Características

O Software que estamos implementando possui as seguintes

características:

- Cadastro de clientes;

- Sistema de entrega;

- Venda rápida com emissão de cupom fiscal;

- Financeiro;

- Controle de Estoques;

- Caixa Rápido;

Figura 13 – Software aplicado para pequenos negócios.

(Fonte: http://www.ciadosoftware.com.br/)

51

Figura 14 – Caixa registradora para controle das compras.

(Fonte: http://www.ciadosoftware.com.br/)

Figura 15 – Sistema de controle de Estoques.

(Fonte: http://www.ciadosoftware.com.br/)

52

Figura 16 – Sistema de Controle de Contas a Pagar.

(Fonte: http://www.ciadosoftware.com.br/)

Figura 17 – Sistema de Controle de Fornecedores.

(Fonte: http://www.ciadosoftware.com.br/)

53

3.7.3- Custo Total das Aplicações

Foram mensurados atráves de algumas pesquisas de mercado, os

custos totais das aplicações iniciais na qual o Mini-mercado deverá realizar

com objetivo de obter um melhor controle em sua atomação de estoques.

Seguem abaixo a quantidade e os valores identificados:

Tabela 2 – Custos de Hardware e Software –

(Fonte: http://www.ciadosoftware.com.br)

• Sistema de Controle e Segurança

04 Mini-câmeras

04 Caixas de Dome

04 Fontes de alimentação

01 Rolo de cabo manga 3 vias para 100 metros, mais conectores

Placa de 30 frames.

54

Figura 18 – Kit CFTV -01. (Fonte: http://www.phdseg.com.br/)

• 3 Microprocessadores para caixa, fornecedor, controle de estoque e

back-up

Figura 19 – Micro-Computador. (Fonte: http://www.Jornale.com)

• 2 Sistemas de Leitura de Código de Barras

Figura 20 – Leitor de código de barras Laser.

(Fonte: http://www.HardStand.com.br)

55

• 2 Aplicações do programa Software para Gerenciador do Mini-mercado

Figura 21 – Software Mercado (PDV).

(Fonte: http://www.ciadosoftware.com.br/)

3.8- Resultados

Com a aplicação de ferramentas para automação de estoques a

empresa, integra-se facilmente com os seus servidores, PCs, rede e

armazenamentos existentes e os torna mais eficientes. minimiza as exigências

de gerenciamento de armazenamento.

Ao aplicar esses serviços, a TI pode responder as novas exigências

das empresas com maior rapidez e com custos de capital muito mais baixo.

Redução drasticamente dos custos operacionais dos aplicativos, e

torna a infra-estrutura atual mais eficiente e a empresa mais ágil. Os sócios do

setor concordam que agora é a hora certa mudar da disponibilização estática

de aplicativos para a entrega dinâmica dos resultados finais positivos.

É importante considerar que, os dois fatores de êxito mais altos,

apontados pela Micro-empresa, foram à percepção da necessidade pelos

usuários e o apoio da cúpula administrativa. Mesmo tendo ocorrido a

resistência, os resistentes, após a implantação da TI, perceberam a sua

importância nos processos, aumentando a capacidade de trabalho, levando a

empresa a robustecer a sua competitividade. O mesmo pode-se se dizer da

56

cúpula administrativa; apesar de a maioria das empresas pequenas ainda

considerar a TI como custo e não como vantagem competitiva, O mini-mercado

Progresso apoia a implantação da TI, percebendo que não haveria outra

maneira de permanecer no negócio a não ser melhorar seus controles

gerenciais e aumentar a produtividade.

57

CONCLUSÃO

A globalização demanda das empresas maior agilidade, flexibilidade

e eficiência principalmente no que tange a integração com os componentes da

cadeia de suprimentos e ao gerenciamento dos custos.

Diante do atual cenário competitivo no Brasil, é necessário que o

varejo esteja alinhado com as tecnologias existente no mercado. Fechar os

olhos e deixar seus concorrentes passarem a sua frente com novas tecnologias

de produção, vendas, informação e logística, é o mesmo que decretar a

falência da empresa.

Com a utilização da tecnologia, a logística amplia o seu papel dentro

da empresa, e se torna cada vez mais estratégica otimizando o relacionamento

com os seus fornecedores através de transações mais rápidas,

compartilhamento de informações e diminuição da burocracia e oferecendo aos

seus clientes produtos de qualidade a custos acessíveis e com prazos de

entrega cada vez menores.

A implantação de ferramentas de Tecnologia da Informação, sejam

para qualquer área, não se restringe à compra de um sistema, mas requer o

envolvimento de toda a empresa, acarretando numa mudança da cultura

organizacional e na reformulação dos seus processos.

O uso dessa tecnologia propicia uma redefinição do funcionamento

das relações B2B e B2C, assim como surgimento de novas empresas atuando

como intermediários eletrônicos e modificando a estrutura do Supply chain.

Ao longo dos anos a logística associada ao uso da tecnologia da

informação e a colaboração entre os elos da cadeia se tornou uma vantagem

competitiva para muitas empresas. A perspectiva e que num cenário de

negócios cada vez mais competitivo estas praticas passem a ser uma

necessidade para a sobrevivência das empresas.

Após a análise do mini-mercado Progresso, foi constatado que as

implantações das tecnologias contribuirão para o desenvolvimento do

estabelecimento.

A utilização de câmeras de segurança, leitores de códigos de barras,

hardware e software específicos para gestão de estoques são algumas das

58

ferramentas propostas com o objetivo de obter um controle administrativo e

financeiro eficaz, evitar perdas e consequentemente aumentar a lucratividade.

Essas sugestões são consideradas como vantagens competitivas

diante de um mercado altamente concorrido. Logo, essas questões deverão ser

apresentadas para o micro empresário para que ele possa determinar se suas

expectativas de crescimento estão dentro do planejamento de mercado,

podendo desta forma aplicar o projeto em seu estabelecimento.

Sendo assim, conforme citado no início do projeto: “O tempo cessou,

o espaço desapareceu. Nós agora vivemos numa aldeia global, tudo acontece

simultaneamente.” (Marshal McLuhan, 1967, p.156), pode-se afirmar que mudanças

referentes ao setor logístico deixaram de ser um mito e passaram a ser uma

grande fonte de competitividade, sendo recomendável que todo micro-

empresário sempre esteja alinhado com as grandes mudanças de cada setor,

pois a logística esta sempre em processo de modernização.

59

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ACURA, Technologies. Identificação por Rádio Frequência – RFID, 2011.

ANANDARAJAN, M; IGBARIA, M.; ANAKWE, U. P. It acceptance in a less

developed country: a motivational factor perspective. International Journal of

Information Management, n.22, p.47-65, 2002.

GONCALVES BERNARDO, Claudio. A tecnologia RFID e os benefícios da

etiqueta inteligente para os negócios, 2008.

GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de materiais. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2004.

GS1,Brasil. Código de Barras, 2011.

MOURA, Benjamim do Carmo - Logística: conceitos e tendências. Vila Nova de

Famalicão: Edições Centro Atlântico, 2006.

SANTOS PINHEIRO, Jose Mauricio. RFID - Identificação por

Radiofrequência, 1996.

SAVIANI, J. R. Repensando as pequenas e médias empresas: como

adequar os processos de administração aos novos conceitos de modernidade.

São Paulo: Makron Books, 1995.

WANKE, Peter. Aspectos Econômicos e Tecnológicos das Cadeias de

Suprimento e Suas Implicações Gerenciais, 1998.

WANKE, Peter. Aspectos Econômicos e Tecnológicos das Cadeias de

Suprimento e Suas Implicações Gerenciais, 1993.

WANKE, Peter. Efficient Consumer Response (ECR), 2007.

60

ANEXO

INTERNET

http://www.eanbrasil.org.br/

Conheça as tecnologias portadoras de dados, existentes para transporte das informações entre bancos de dados e sistemas de informação em todo mundo. O Sistema GS1 faz uso de algumas delas, listadas aqui com informações detalhadas. Data Carriers / Portadores de Dados Códigos de Barras Lineares e Bidimensionais Os códigos de barras são utilizados para representar uma numeração (identificação) atribuída a produtos, unidades logísticas, localizações, ativos fixos e retornáveis, documentos, contêineres, cargas e serviços facilitando a captura de dados através de leitores (scanners) e coletores de código de barras, propiciando a automação de processos trazendo eficiência, maior controle e confiabilidade para a empresa. A GS1 padroniza e gerencia um conjunto de códigos de barras destinados a diversas aplicações. Veja mais no detalhamento. Tag RFID A identificação por radiofreqüência (Radio Frequency Identification) utiliza um microchip menor que 1mm2 envolto em uma antena que pode variar de tamanho de alguns milimetros à alguns centímetros. Este tipo de portador de dados permite a captura dos dados sem a necessidade de visada direta, ou seja o produtos pode conter o microchip num local não visível ao olho humano.

61

LISTA DE SIGLAS

TI - Tecnologia da Informação

RFID - Radio Frequency Identification

VMI - Vendor Managed Inventory

ECR - Efficient Consumer Response

EAN - Europe Article Number

EDI - Electronic Data Interchange

EPC - Electronic Product Code

62

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO

08

CAPÍTULO I

A IMPORTÂNCIA DA AUTOMAÇÃO DE ESTOQUE E DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

(TI) COMO VANTAGEM COMPETITIVA

10

1.1 – Automação 12

1.2 - Códigos de barras 12 1.2.1 - Tipos de Código 13 1.2.2 - A decodificação 16 1.2.3 - Normas de padronização 16 1.2.4 – Vantagens 17 1.2.5 – Desvantagens 18 1.2.6 – Aplicações 19 1.3 - RFID – IDENTIFICAÇÃO POR RADIO FREQÜÊNCIA 19

1.3.1 – Características 19

1.3.2 – Implantação 22

1.3.3 – Vantagens 23

1.3.4 – Desvantagens 24

1.3.5 - Barreiras e Desafios 26

CAPÍTULO II

SISTEMAS DE APOIO AO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

27

2.1- Estoques gerenciado pelo fornecedor – VMI 27

2.1.1 – Características 27

2.1.2 – Implantação 28

2.1.3 – Barreiras e desafios 28

63

2.1.4 – Fatores críticos de sucesso 29

2.1.5 – Benefícios 29

2.2 - ECR – Resposta Eficiente ao Consumidor 30

2.2.1 – Benefícios 31

2.2.2 – As quatro estratégias do ECR 32

2.2.3 - Componentes chaves do ECR 33

2.2.4 – Implementação 34

2.3 - Category Management– Administração por categorias 36

CAPÍTULO III APLICAÇÃO DA AUTOMAÇÃO DE ESTOQUES EM PEQUENOS NEGÓCIOS (MINI-MERCADO PROGRESSO)

38

3.1 - Definição e Característica do Negócio 38

3.1.1 - O Mini-Mercado Progresso 39

3.1.2 - Localização 42

3.1.3 – Problemas 43

3.1.4 – Desafios 44

3.2 - Perdas e Desperdícios 44

3.3 – Soluções 45

3.4 - Sistema de Automação Comercial 45

3.5 - Controle de Estoque 46

3.5.1 – Controle de Usuários por Níveis de Acesso 46

3.6 - Implementação de Hardware 47

3.7- Aplicação de Software Personalizado 48

3.7.1 – Etapas do Processo 49

3.7.2 – Programa e Características 50

3.7.3 – Custo Total das Aplicações 53

3.8 – Resultados 55

CONCLUSÃO 57

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 59

ANEXO 60

LISTA DE SIGLAS 61

ÍNDICE 62

64

FOLHA DE AVALIAÇÃO