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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE PETRÓLEO Por: Rebeca Silva dos Santos Rodrigues Orientador Profª. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE PETRÓLEO

Por: Rebeca Silva dos Santos Rodrigues

Orientador

Profª. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE PETRÓLEO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada do curso de Gestão Empresarial como

requisito para aprovação.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, meu esposo, parentes e

amigos que me apoiaram e me

incentivaram durante o longo deste

curso.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meu esposo e

meus pais que sempre torceram pelo meu

sucesso.

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RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo identificar o tipo de abordagem

utilizado na implementação do Sistema Integrado de Gestão SAP R/3 em

determinada empresa e também toda a estrutura montada para dar suporte a

este tipo de implementação.

A pesquisa bibliográfica contribuiu na demonstração dos principais

conceitos referentes ao tema, além de características, benefícios e dificuldades

na adoção de um Sistema Integrado de Gestão. Os principais referenciais

utilizados foram as obras de Colangelo Filho (2001), O´Brien (2007) e Caiçara

Junior (2008).

A pesquisa de campo foi realizada no município do Rio de Janeiro em

determinada empresa do segmento de Petróleo. As conclusões mostraram que

a Empresa X implementou o Sistema Integrado de Gestão SAP R/3 utilizando

a abordagem por fases, onde os módulos são implantados em etapas, e que

permaneceu com muitos sistemas legados em funcionamento mesmo após

concluir toda a implementação do Sistema Integrado de Gestão SAP R/3.

Palavras-chave: Sistema Integrado de Gestão, SAP R/3,

implementação, implantação.

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METODOLOGIA

Para elaboração da presente pesquisa, foi utilizado como embasamento

metodológico a obra de Vergara (2004), que qualifica dois aspectos: quanto

aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins – trata-se de uma pesquisa descritiva, pois tem como

objetivo descrever a implantação de um Sistema Integrado de Gestão; e

explicativa, pois se propõe identificar a importância de cada variável envolvida

durante a implantação.

Quanto aos meios – foi levada a efeito uma pesquisa bibliográfica e uma

pesquisa de campo. Bibliográfica, para fundamentação teóricometodológica foi

realizada uma investigação sobre os Sistemas Integrados de Gestão. A

pesquisa de campo teve como objetivo coletar dados primários na empresa X.

Para o desenvolvimento da pesquisa os dados foram coletados por

meio de:

a. pesquisa bibliográfica em livros, revistas técnicas e artigos de

jornais referente aos Sistemas Integrados de Gestão, com

informações pertinentes ao sistema SAP R/3, além de sites da

internet afim de enriquecer a coleta de dados. Teve como objetivo

reunir informações para embasamento do estudo, permitindo

assim maior compreensão sobre o tema, bem como facilitando a

observação dos elementos que foram estudados;

b. pesquisa de campo sob forma de pesquisa documental e estudo

de caso com o objetivo de identificar o tipo de abordagem

utilizado durante a implantação do Sistema Integrado de Gestão

SAP R/3 na empresa X.

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Segundo Vergara (2004), o tratamento de dados qualitativamente é a

apresentação estruturada dos dados coletados. Portanto, a abordagem

utilizada no estudo de caso através da pesquisa documental foi qualitativa.

Dessa forma permitiu maior adequação de investigação ao objeto de estudo e

contribuiu para compreensão dos fenômenos observados durante a pesquisa

de campo.

Por motivos de segurança da informação, o nome da organização onde

foi realizada a pesquisa de campo (“in loco”) na obtenção dos dados e

informações, foi trocada por nome fictício. Cabe ressaltar que é uma empresa

que atua no setor de petróleo.

A amostra estudada é não probabilística, onde não se utilizou

procedimentos estatísticos. Foi por meio de acessibilidade devido à facilidade

de acesso à empresa X.

De acordo com Vergara (2004), os sujeitos são aqueles que fornecem

os dados para a pesquisa. Desta forma, o sujeito da pesquisa foi a empresa X

localizada no Centro da cidade do Rio de Janeiro.

Por se tratar de uma pesquisa de campo, os dados demonstrados

apresentam as seguintes limitações:

a) a pesquisa abrange apenas a empresa X. Logo, os resultados obtidos

não podem ser generalizados a outras empresas do mesmo segmento;

b) outro fator limitante está relacionado ao tamanho da empresa X. Sua

distribuição espacial em várias unidades dificultou a obtenção de informações

a respeito do assunto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO 1 - Sistema Integrado de Gestão 10

CAPÍTULO 2 - O Projeto Beta 23

CAPÍTULO 3 – Prática Gerencial 30

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

ÍNDICE 38

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INTRODUÇÃO

O trabalho tem como foco identificar o tipo de abordagem utilizado

durante a implantação do Sistema Integrado de Gestão SAP R/3 na empresa X

sem comparar com o tipo de abordagem utilizado por outras empresas que

atuam no mesmo segmento ou em segmentos diferentes.

Temos hoje no mercado os Sistemas Integrados de Gestão que foram

desenvolvidos para estruturar, organizar e otimizar todas essas informações.

Um desses sistemas é conhecido como SAP R/3 e será abordado nesse

trabalho. Estima-se que mais de 97.000 clientes utilizem o Sistema Integrado

de Gestão SAP R/3, uma quantidade nada desprezível e que faz com que a

empresa SAP seja líder em software de gestão empresarial (Disponível em:

http://www.sap.com/brazil/index.epx. Acesso em: 01 out 2011). Sendo assim,

pesquisar o trabalho detalhando a implantação do Sistema Integrado de

Gestão SAP R/3 é de suma importância, visto que muitas empresas adotaram

esse sistema para auxiliá-los na administração de suas organizações. Esse

trabalho serve de base para que outras empresas possam decidir pela

implantação do Sistema Integrado de Gestão SAP R/3 e caso decidam

implantar esse sistema, poderão utilizar os mesmos métodos abordados nesse

trabalho ou ainda desenvolver seus próprios métodos levando em

consideração toda essa abordagem.

A pesquisa pretende descrever toda a estrutura adotada durante a

implantação do Sistema Integrado de Gestão SAP R/3, bem como identificar

qual a abordagem utilizada. Esse trabalho serve de base para auxiliar outras

empresas na tomada de decisão sobre a implantação ou não do Sistema

Integrado de Gestão SAP R/3 em suas organizações.

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CAPÍTULO 1

SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO

1.1. Introdução

A pesquisa bibliográfica levada a efeito foi desenvolvida com base no

material já elaborado e publicado, constituído de livros de diversos autores,

artigos de jornais, revistas técnicas, e sites de entidades na Internet.

Esta pesquisa bibliográfica teve como objetivos principais: identificar o

estado da arte e fazer uma ampla revisão bibliográfica, adquirindo o maior

número de informações sobre o assunto e selecionando os trabalhos mais

relevantes. As informações a seguir dizem respeito ao Histórico e a empresa

SAP (Disponível em http://www.sap.com/brazil/about/historico/index.epx

Acesso em: 01 out 2011) foram integralmente retirados do site sem qualquer

alteração de conteúdo.

1.2. Histórico

Fundada em 1972, a SAP é líder reconhecida em inovação e

crescimento. Atualmente, conta com locais de desenvolvimento e vendas em

mais de 50 países em todo mundo e tem presença marcante em diversas

bolsas de valores, inclusive na Bolsa de Valores de Frankfurt e na NYSE sob a

denominação “SAP”.

1.3. A empresa SAP

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Em 1972, cinco ex-empregados da IBM — Dietmar Hopp,

Hans-Werner Hector, Hasso Plattner, Klaus Tschira e

Claus Wellenreuther — lançaram uma empresa chamada

Systems Applications and Products in Data Processing

(Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de

Dados) em Mannheim, Alemanha. Sua visão: desenvolver

um software aplicativo padrão para processos de

negócios em tempo real.

Um ano depois, o primeiro aplicativo de contabilidade

financeira estava pronto, formando a base para o

contínuo desenvolvimento de outros componentes de

software para aquilo que mais tarde veio a ser conhecido

como sistema “R/1”. O “R” é a primeira letra de “real-time

data processing” (processamento de dados em tempo

real).

Perto do fim da década, o exame exaustivo do banco de

dados IBM da SAP e do sistema de controle de diálogo

levam ao nascimento do SAP R/2.

Na década de 80, a SAP se muda para o primeiro prédio

da empresa na Max-Planck-Strasse, num parque

industrial de Walldorf, perto de Heidelberg. Nossa área de

desenvolvimento de software e seus 50 terminais ficam

agora sob um mesmo teto. Cinquenta dentre as 100

maiores indústrias alemãs já são clientes da SAP.

O sistema SAP R/2 mantém o alto nível de estabilidade

das gerações anteriores do programa. Pensando nos

seus clientes multinacionais, a SAP desenha o SAP R/2

para lidar com diferentes idiomas e moedas. Com essa

funcionalidade e outras inovações no SAP R/2, a SAP

cresce rapidamente.

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No meio da década, a SAP inaugura na Áustria sua

primeira organização de vendas fora da Alemanha. A

empresa expõe pela primeira vez na CeBIT, feira de

informática em Hanover, Alemanha. A receita alcança DM

100 milhões (cerca de US$ 52 milhões), mais cedo do

que se imaginava.

Em agosto de 1988, a SAP GmbH se transforma em SAP

AG. A partir de 4 de novembro, 1,2 milhões de ações

passam a ser negociadas nas bolsas de Frankfurt e

Stuttgart.

A manager magazine, renomada revista de negócios da

Alemanha, escolhe a SAP como sua Empresa do Ano –

uma distinção que receberíamos mais duas vezes dentro

de poucos anos.

Com a abertura de subsidiárias na Dinamarca, Suécia,

Itália e Estados Unidos, a expansão internacional da SAP

toma um forte impulso.

Na década de 90, o SAP R/3 é apresentado ao mercado.

O conceito cliente-servidor, a aparência uniforme de suas

interfaces gráficas, o uso consistente de bancos de dados

relacionais e a capacidade de ser executado em

computadores de diferentes fornecedores resultam em

aprovação geral. Com o SAP R/3, a SAP mergulha numa

nova geração de software empresarial – da computação

em mainframes à arquitetura de três camadas de banco

de dados, aplicativo e interface de usuário. Até hoje, a

arquitetura cliente-servidor é o padrão da indústria de

software.

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Um crescente número de subsidiárias são criadas longe

de Walldorf. A subsidiária brasileira é aberta em 1995,

compartilhando o sucesso do grupo. Um novo Centro de

Vendas e Desenvolvimento em Walldorf abre oficialmente

suas portas, simbolizando o sucesso global da empresa.

Em nosso vigésimo ano, nosso negócio fora da Alemanha

passa de 50% do total de vendas pela primeira vez.

Em 1996, a companhia ganhou 1.089 novos clientes do

SAP R/3. No final do ano, o SAP R/3 estava instalado em

mais de 9.000 sistemas no mundo todo.

A SAP celebrou seu aniversário de 25 anos em 1997

empregando cerca de 12.900 pessoas. Continuamos a

fortalecer nosso foco nas segmentos de mercado e a

construir mais e mais soluções para indústrias

específicas. Henning Kagermann se torna Co-Presidente

e CEO da SAP AG junto com Hasso Platner. Em 3 de

agosto de 1998, as letras S-A-P aparecem pela primeira

vez no pregão da bolsa de valores de Nova York (New

York Stock Exchange - NYSE), a maior do mundo.

Perto do final da década, Hasso Plattner, Co-Fundador,

Co-Presidente e CEO, anuncia a estratégia mySAP.com,

descortinando uma nova direção para a empresa e para

nosso portfólio de produtos. O mySAP.com une soluções

de comércio eletrônico com aplicativos ERP já existentes,

usando tecnologia Web “state-of-the-art”.

Nos anos 2000, com a Internet, o usuário passou a ser o

foco dos aplicativos. A SAP desenvolve o SAP Workplace

e pavimenta o caminho para a ideia de um portal

corporativo e acesso à informação de acordo com o perfil

do usuário.

Atualmente, a SAP é o terceiro maior fornecedor

independente de software do mundo.

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1.4. A Evolução dos Sistemas Integrados de Gestão –

Enterprise Resource Planning (ERP)

Os Sistemas Integrados de Gestão (ERP) nasceram a partir de uma

série de conceitos de gestão e evoluções tecnológicas. Nas décadas de 1950

e 1960 o foco era em Administração de estoques, já na década de 1970

apareceu o Planejamento das Necessidades de Materiais - Material

Requeriment Planning (MRP), que programava o planejamento de uso de

matérias primas e as fases produtivas. Na década de 1980, o MRP evoluiu

para o Planejamento dos Recursos de Manufatura - Manufacturing Resource

Planning (MRP II) que agregou ao antecessor as necessidades dos demais

recursos produtivos, como centros de trabalho, mão de obra e máquinas,

conforme O´Brien (2007).

Os primeiros sistemas denominados Sistemas Integrados de Gestão -

Enterprise Resource Planning (ERP) apareceram em meados da década de

1990. Estes sistemas tinham como objetivo gerenciar toda a empresa,

oferecendo informações mais exatas, diferentemente do que ocorria com

aplicações anteriores que por não serem integradas entre si geravam

inconsistências nas informações, de acordo com O´Brien (2007).

A companhia alemã Systems Applications and Products – SAP lançou

em 1973 o seu primeiro sistema que ficou conhecido como R/1. O “R”

representava o processamento de dados em tempo real. No fim da década de

1970 foi lançado o sistema SAP R/2 que era o sucessor do R/1. Novas

funcionalidades como diferentes idiomas e moedas passaram a fazer parte

deste novo sistema. Nos anos 1990 o sistema SAP R/3 é apresentado ao

mercado. Além de mais estável, possuía interfaces gráficas amigáveis,

trabalhava com banco de dados relacionados, etc... A novidade da empresa

SAP chega ao Brasil em 1995. (Disponível em:

http://www.sap.com/brazil/about/historico/index.epx Acesso em: 01 out 2011).

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1.5. Características dos Sistemas ERP

Segundo Militello (1999), o ERP controla toda a empresa, desde a

produção até as finanças. Registram e processam cada acontecimento no

mundo corporativo e distribuem a informação em tempo real, de forma

confiável e objetiva. Todos os processos são documentados e contabilizados,

criando regras de negócios precisas e facilitando um controle mais rígido sobre

alguns pontos vulneráveis do negócio, como o gerenciamento de custos,

administração de estoques e controle fiscal. A implantação dos sistemas ERP

coloca fim aos vários sistemas empresariais que estavam sendo utilizados de

forma isolada na empresa, que além de não se comunicarem, também

trabalhavam de forma redundante e geravam lentidão na consolidação dos

dados.

Para Dempsey (1999), o ERP é formado por um conjunto de

programas que incorporam todos os processos contábeis ou dados gerados

por outros sistemas e interligam os aspectos da produção. Apesar de bem

atraente, muitas organizações não conhecem os problemas e precauções que

devem ter com esses sistemas.

Buckhout et al. (1999), definem o ERP como sendo um software de

planejamento de recursos empresariais capaz de integrar as áreas de

compras, planejamento, programação, previsão e finanças. Podendo englobar

também as áreas de vendas, marketing, recursos humanos e funções

adicionais. Através dessa integração, o sistema passa a criar operações mais

eficientes e a fornecer informações mais detalhadas.

Cunha (1998) considera o ERP como um modelo de gestão

empresarial baseado em sistemas de informação, que tem como objetivo de

integrar todos os processos da empresa e também dar suporte as decisões

estratégicas. Representa uma evolução do MRP II, acrescentando-se

requisitos fundamentais das áreas de logística, marketing, manutenção,

serviços, qualidade e suprimentos. Além disso, esse modelo abrange as várias

entidades de negócios, integrando a cadeia de suprimentos e busca direcionar

as questões de competitividade das organizações.

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Para Wood Jr. (1999), a união de três fatores deu origem aos sistemas

integrados de gestão, são eles: a integração entre as empresas de todo o

mundo, demandando tratamento único das informações e em tempo real;

tendência na alteração de estruturas funcionais por estruturas orientadas a

processos; e a integração dos diversos sistemas corporativos de informação

em um sistema único.

Os sistemas integrados de gestão são, na teoria, capazes de integrar a

gestão da empresa, aumentando a velocidade na tomada de decisão. São

adaptáveis a qualquer tipo de empresa, permitindo que o monitoramento seja

feito em tempo real.

Conforme Colangelo Filho (2001), não existe uma definição exata do

que seja um “sistema ERP”. Porém, ele considera como sendo um sistema que

permite às organizações: integrar e automatizar parte substancial de seus

processos de negócios, compreendendo finanças, controles, logística

(suprimentos, fabricação e vendas) e recursos humanos; compartilhar dados e

tornar uniforme os processos de negócios; bem como produzir e usar

informações em tempo real. Julga a integração como ponto chave dessa

definição e cita a adaptabilidade, explorada através de processos de

customização, como sendo uma das principais características dos sistemas

ERP. Considera também que representam uma evolução do MRP II.

Caiçara Junior (2008) define o ERP como sendo um sistema de

informação adquirido na forma de pacotes comerciais que é capaz de gerar

integração entre dados dos sistemas de informação e dos processos de

negócios de uma empresa. Os programas desenvolvidos internamente pela

própria empresa não podem ser considerados um sistema ERP, pois, para ser

considerado um ERP, o sistema deverá ser adquirido pronto no mercado

através de fornecedores especializados. As empresas que adotarem esse tipo

de sistema deverão realizar uma reestruturação dos processos existentes na

empresa de acordo com o modelo imposto pelo novo sistema. Porém,

customizações poderão ser realizadas para que o sistema ERP atenda as

necessidades da empresa. Segundo o autor, as principais características de

um sistema integrado de gestão são:

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• é um pacote comercial de software;

• é construído com base nas melhores práticas do mercado, isto é,

antes de realizar o desenvolvimento de um sistema ERP, o fornecedor realiza

uma pesquisa no mercado para identificar quais são as melhores práticas

aplicadas em cada segmento, objetivando o desenvolvimento de um sistema

robusto que permita maior competitividade para a empresa que adotá-lo.

• utiliza banco de dados único e corporativo – partindo-se do

princípio que o objetivo de um ERP é integrar todas as áreas da empresa, é

necessário que seja utilizado um banco de dados único e que seja

compartilhado por toda a organização.

• é composto por módulos – com o surgimento do termo ERP, as

áreas funcionais passaram a ser denominadas de módulos. Como o ERP

possui estrutura modular, as empresas podem implantar um módulo de cada

vez de acordo com suas necessidades e recursos financeiros.

• não é desenvolvido para um cliente específico, ou seja, pode ser

utilizado por empresas de qualquer segmento.

Segundo O´Brien (2007), o ERP desempenha um papel equivalente à

espinha dorsal dos negócios eletrônicos, pois interliga todas as funções de

uma empresa, como gerenciamento de estoque, planejamento de produção,

finanças, etc. Além disso, ele reúne as seguintes características: é composto

por um único banco de dados, proporciona para a empresa uma visão

integrada em tempo real de seus principais processos (produção, controle de

estoque, etc.) e é formado por módulos integrados.

1.5.1. Modelo Cliente - Servidor

Conforme Colangelo Filho (2001), a arquitetura cliente-servidor em três

camadas é o tipo mais usual de implementação em sistemas ERP. A primeira

camada é conhecida como apresentação, residente em microcomputador,

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possui o programa com o qual o usuário interage. As telas do programa

normalmente são gráficas e o mouse é muito utilizado como dispositivo de

entrada. Esta camada é composta por vários clientes, cada cliente representa

um usuário do sistema. A camada de aplicação é a segunda camada dessa

arquitetura, ela fica localizada entre a camada de apresentação e a camada do

gerenciador do banco de dados e é composta pela parte funcional do sistema

ERP. O software de aplicação normalmente reside em um computador central.

A terceira camada é a camada do gerenciador do banco de dados, ela é

responsável por gerenciar todos os dados e geralmente também reside em um

computador central. O funcionamento da arquitetura de aplicação em três

camadas pode ser visualizado na figura 1 a seguir.

Figura 1: Arquitetura de Aplicação em 3 camadas

Fonte: (COLANGELO FILHO, Lucio, 2001, p.24)

1.5.2. Tipos de abordagens

Segundo Caiçara Junior (2008), o processo de implantação dos

Sistemas Integrados de Gestão pode ser realizado por dois tipos de

abordagens que serão descritos a seguir:

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• Big-bang: Se caracteriza pela substituição imediata dos sistemas

pré-existentes pela entrada em produção dos módulos do ERP. Porém, devido

a esse imediatismo na implantação, podem ocorrer paralisações nos

processos da empresa pelo fato de que, não houve tempo para adaptação a

esse novo sistema.

• Abordagem por fases: Nesse tipo de abordagem o risco de uma

paralisação no sistema é muito menor, já que os módulos do ERP são

implantados gradativamente até que todo o escopo seja concluído. O

desenvolvimento de interfaces é necessário para realizar a comunicação entre

sistemas legados e os módulos que estão sendo implantados em etapas.

Essas interfaces serão inutilizadas à medida que outros módulos forem

implantados.

1.6. Benefícios com a adoção do ERP

Para Militello (1999), o principal resultado com a adoção de um sistema

ERP é a integração entre as áreas da empresa. Dessa forma, as informações

não precisarão ser cadastradas mais de uma vez em sistemas diferentes

evitando assim problemas de redundância, o que torna a consolidação dos

dados muito demorada e ineficiente.

Caiçara Junior (2008) entende que a adoção de um ERP pode trazer

inúmeros benefícios para uma organização. Cita os seguintes como principais:

• Elimina Redundância e Redigitação de Dados – O fato dos dados

estarem todos utilizando um banco de dados único e compartilhado evita que

ocorram duplicidades de dados e retrabalho na sua inserção.

• Possibilita Maior Integridade das Informações – Toda vez que um

dado é inserido ou alterado no sistema, este se reflete em todos os módulos,

que por sua vez, mantém a informação sempre atualizada. É necessário ter

cuidado, pois, se uma informação incorreta for inserida no sistema, ela também

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será refletida em todos os módulos. Para que isso não ocorra, é necessário ter

uma estrutura de auditoria de sistemas.

• Aumenta a Segurança Sobre os Processos de Negócios – A

arquitetura de um ERP, que é baseado nas melhores práticas de mercado,

disponibiliza maior segurança para os processos de negócios. Além disso, o

aumento da segurança é realçado com os controles de permissão baseados

em login e senha.

• Permite Rastreabilidade de Transações – Todas as transações

efetuadas pelos usuários ficam armazenadas em um arquivo de log que

contém o tipo de transação, hora, data e a pessoa que executou.

• Pode ser Implantado por Módulos – Um sistema ERP é dividido

em módulos que podem trabalhar de forma independente. Isso viabiliza a

implantação de apenas alguns módulos caso a empresa não tenha recursos

financeiros ou necessidade de implantar o pacote completo.

• Padronização de Sistemas – É comum encontrarmos nas

empresas a utilização de vários aplicativos funcionando em paralelo, de

diversos fabricantes, de diferentes tecnologias e com interfaces sem nenhum

padrão. Isso acaba gerando um problema de falta de padronização de

sistemas, proporcionando problemas graves para a organização. Dentre eles,

podemos citar a necessidade de equipes de suporte distintas e mais caras e a

dificuldade de um funcionário se adaptar quando é movido para outro setor,

tendo que ser treinado em outra plataforma, prejudicando assim a sua

produtividade. Com a implantação do sistema ERP todas as aplicações são

padronizadas.

1.7. Barreiras e dificuldades com a adoção do ERP

Conforme Militello (1999), a implantação é cara, demorada e

geralmente os processos da empresa precisam passar por uma

reestruturação. A organização precisará da ajuda de uma consultoria ou de

profissionais especializados para realizarem essa implantação, o que torna os

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custos extremamente elevados. Os valores variam conforme o fornecedor,

porém, raramente fica em menos de 300.000 dólares. Para cada real investido

na aquisição do sistema, gastam-se outros 2 no processo de implantação que

envolve muitas customizações. Quando as organizações não possuem seus

processos bem estruturados esse valor pode crescer muito mais.

Para Caiçara Junior (2008), as principais dificuldades que podem surgir

na hora da implantação de um ERP são:

• Custos Elevados – Geralmente o custo de um ERP é bastante

alto, não somente pelo software em si, mas também pelos gastos com a

consultoria contratada, com treinamento e uma modernização dos

computadores e da infraestrutura costumam ser necessárias.

• Complexidade de Customização – A maioria dos fornecedores de

ERP promete uma total adequação de seus produtos, de acordo com as

necessidades do cliente. Essa adequação corresponde à capacidade de

customização, ou seja, possibilidades de ajustes para determinada

organização. Porém, quanto mais customizações são realizadas em um

sistema ERP, mais ele perde suas características iniciais.

• Resistência a Mudanças – Dentro de uma organização as

questões relativas às pessoas são consideradas fator crítico de sucesso.

Normalmente as pessoas demonstram resistência quando a empresa realiza

alguma mudança. A implantação de um ERP tende a fracassar caso a

organização não prepare os seus colaboradores para as novas formas de

organização impostas pelo novo sistema.

• Compatibilidade com os Sistemas Legados – Espera-se com a

implantação de um sistema ERP que os sistemas legados de uma organização

sejam substituídos por um único sistema. Porém, isso nem sempre é possível

devido à divergência de tecnologias ou incompatibilidades entre linguagens de

programação. Por isso, é muito importante selecionar um sistema ERP que

seja compatível com os sistemas legados existentes.

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• Cultura Organizacional – A maioria das organizações são

orientadas por função (produção, finanças, contabilidade, etc.), e por esse

motivo é necessário desenvolver uma visão integrada. Essa mudança de

cultura na empresa é uma tarefa bastante complexa.

• Altos Custos com Consultorias – Esse aspecto é um dos que

merecem maior atenção, pois a maior parte dos fracassos na implantação de

um sistema ERP está relacionado com o alto custo cobrado pelas consultorias.

• Treinamentos Inadequados – Esse quesito também deve ser

tratado com bastante atenção. A maioria das empresas ainda vê o treinamento

como despesa e para reduzirem seus custos cortam os investimentos nessa

área. Isso pode trazer consequências para a organização, pois o uso não

otimizado de um sistema ERP pode levar ao fracasso da implantação e ao

descrédito do produto.

1.8. Análises da Pesquisa Bibliográfica

Foi constatado a partir das pesquisas realizadas para a elaboração da

monografia, que os autores Cunha (1998), Buckhout et al. (1999), Dempsey

(1999), Militello (1999) e Wood Jr. (1999) possuíam poucas referências a

respeito do tema. Sendo assim, as “bases” dadas por eles podem ser

consideradas “frágeis”, inconsistentes ou pouco informativas.

Entretanto, ao observar os autores atuais Colangelo Filho (2001),

O´Brien (2007) e Caiçara Junior (2008) percebe-se que com o avanço das

tecnologias de informação e consequentemente a facilidade de estar bem

informado, esses autores puderam “beber” em novas fontes e assim

conseguiram incorporar bases mais sólidas às suas pesquisas e textos.

Todavia, ficou claro que mesmo hoje com a variedade literária

existente e com essa facilidade de estar bem informado citada acima, ainda é

raro encontrar livros, artigos, periódicos, etc... que abordam sobre o assunto.

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CAPÍTULO 2

O PROJETO BETA

2.1. Introdução

Este capítulo discorre a pesquisa de campo feita “in loco” numa

empresa do setor de petróleo, descrevendo toda a estrutura adotada e a

abordagem que foi utilizada durante a implantação do Sistema Integrado de

Gestão SAP R/3. Por não se tratar do objetivo da pesquisa não serão

mostrados os relatórios do Sistema SAP R/3, procedimentos operacionais,

fluxogramas, simbologias, formulários e quadros.

O Projeto Beta tem por objetivo a implantação de um Sistema Integrado

de Gestão Empresarial na empresa X. Previsto no Plano Estratégico da

Companhia, o projeto é parte integrante da Agenda de Mudança da empresa,

representando um expressivo processo de transformação organizacional que

visa à modernização da gestão empresarial.

Para viabilizar a implantação, foi mobilizada uma equipe de profissionais

da empresa e consultores especializados da SAP, provedora do software R/3,

e da Ernst Young, posteriormente substituída pela consultoria BearingPoint. A

partir de agosto de 2005, a continuidade do processo ficou sob a

responsabilidade da IBM.

2.2. O início do Projeto Beta

A etapa de Sensibilização e Alinhamento foi concluída em dezembro de

1999. Seus resultados subsidiaram a decisão da Diretoria Executiva quanto à

implantação do Sistema Integrado de Gestão na empresa, o que resultou na

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criação do Projeto Beta. As atividades começaram em 15 de março de 2000,

com a realização da etapa de Preparação, ou seja, o planejamento básico e a

mobilização da equipe. Nos dias 15 e 16 de maio, no Riocentro, o lançamento

oficial do Projeto Beta envolveu aproximadamente 400 pessoas.

Em agosto de 2000, por decisão da Diretoria Executiva, o processo de

Recursos Humanos foi incorporado ao escopo do Projeto Beta. Em novembro

foram iniciadas as atividades do processo de Planejamento da Produção.

Durante todo o primeiro semestre de 2001, o Projeto Beta concluiu a

fase de desenvolvimento da solução, que consiste na parametrização do SAP

R/3 de acordo com as necessidades da empresa. Em maio, foram

desenvolvidas as soluções para os processos de negócio da empresa

contemplados no escopo do projeto.

No mesmo ano, foi criado e desenvolvido o material didático, bem como

iniciado o treinamento dos usuários finais da subsidiária X. O SAP R/3 foi

implantado na subsidiária X em 1º de julho de 2002, passou por uma fase de

estabilização e hoje está operando com sucesso. A entrada em operação do

sistema na subsidiária X ajudou o Projeto Beta a revisar a implantação do SAP

R/3 na empresa, incorporando à nova estratégia as lições aprendidas e

buscando a redução dos riscos.

Em janeiro de 2004, foram realizadas na empresa X implantações

antecipadas de alguns processos referentes aos módulos de Materiais,

Equipamentos e Serviços (MM) e Recursos Humanos (RH). Em 5 de julho de

2004, a subsidiária Y começou a operar de forma total com o SAP R/3. Na

subsidiária Y, que reproduz 70% do sistema global da empresa, o SAP integra

as operações dos processos de Vendas e Distribuição, Materiais e Serviços,

Planejamento da Produção, Gestão da Qualidade, Manutenção e Inspeção,

Recursos Humanos, Contabilidade Financeira, Controladoria, Gestão de Ativo

Fixo e Gestão de Empreendimentos.

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Em 4 de outubro de 2004, o SAP R/3 entrou em operação em toda a

empresa, numa das maiores implantações de um Sistema Integrado de Gestão

no mundo. Foram investidos em torno de US$ 260 milhões, que num prazo de

5 anos trouxe para a empresa uma economia de aproximadamente US$ 450

milhões, principalmente nas atividades de produção e exploração,

manutenção, comercialização, gestão de estoques, compra de bens e serviços,

gestão de empreendimentos.

Em março de 2005, a IBM fechou contrato com a empresa para dar

continuidade ao processo de implantação do SAP R/3 em outras empresas da

Companhia e para prestar suporte técnico. Por três meses, os consultores da

IBM participaram de um programa de transferência de conhecimento com

profissionais da BearingPoint que haviam atuado na primeira fase de

implantação do sistema.

Ainda no ano de 2005, foram realizadas implantações complementares

em alguns órgãos/unidades da Companhia, abrangendo os processos de

Manutenção e Inspeção, Produção, Qualidade e Logística de Transporte.

Até janeiro de 2006, a empresa implantou os seguintes módulos do SAP

R/3: Empreendimentos (PS), Finanças (FI), Logística de Transporte (LT),

Manutenção e Inspeção (PM), Materiais, Equipamentos e Serviços (MM),

Planejamento e Controle (CO), Poços e Instalações Submarinas (PO),

Produção (PP), Qualidade (QM), Recursos Humanos (HR), Suprimento de

Petróleo (IS), Vendas e Distribuição (SD).

Além disso, a empresa implantou o BW (Business Warehouse) para

disponibilizar informações gerenciais sobre os negócios da Companhia, dando

suporte ao processo decisório em todos os níveis de gestão.

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Figura 2: Módulos do SAP R/3 que foram implantados

Fonte: Adaptado do site http://help.sap.com/saphelp_40b/helpdata/pt/c3/72cafd55cd11d189660000e8323c4f/content.htm. (Data do acesso: 16/12/2011)

Após concluído a implantação de todos os módulos do SAP R/3, foi

possível observar que mais de cem sistemas desenvolvidos pela Empresa X

foram desativados. Entre eles podemos citar o sistema BDC (Banco de Dados

de Contratos) que era utilizado para criação de contratos com os fornecedores,

o Cristal que era utilizado para a contratação de pequenos serviços. Porém,

nem todos os sistemas desenvolvidos pela Empresa X ou adquiridos de

terceiros foram retirados de operação após a implantação do SAP R/3. Como

por exemplo, o sistema BDEMQ (Banco de Dados de Estocagem,

Movimentação e Qualidade), muito utilizado nas produções, transferências e

cargas de produtos. Outro exemplo é o sistema SIGO (Sistema de Informação

e Gerenciamento Operacional de Navios) que é muito utilizado no transporte

de produtos através de navios. Cabe ressaltar que existem customizações

realizadas no SAP R/3 que permitem o recebimento de informações destes

sistemas legados.

2.3. Capacitação dos usuários

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Uma das atividades críticas que viabilizaram a implantação do SAP R/3

foi o treinamento dos empregados que se tornaram usuários finais do sistema.

Esta etapa de capacitação era fundamental para que a implantação ocorresse

sem maiores transtornos. Com ela, esperava-se reduzir os riscos de falha na

operação em função da falta de conhecimento por parte dos usuários.

Diferentemente dos sistemas que eram utilizados na Companhia, o R/3

tinha um ambiente muito complexo, o que reforçava a necessidade de

treinamento. Para garantir a qualidade desta capacitação, uma avaliação era

imprescindível.

Com base nas melhores práticas preconizadas pela SAP, empresa

alemã que criou o R/3, a empresa X adotou uma metodologia de verificação de

aprendizagem, onde todos os participantes de cursos presenciais e online,

após a sua conclusão, precisavam realizar uma prova dentro de um sistema

conhecido como Campus Virtual. O objetivo era de constatar se o usuário

estava apto a operar o sistema de forma segura. Para que ele fosse

considerado capaz de exercer as funções para as quais estava designado, o

usuário deveria ter um aproveitamento mínimo de 75% das questões propostas

nesta prova.

Importante frisar que essas avaliações contribuem não apenas para a

segurança da operação como permitem que os usuários identifiquem, se for o

caso, os pontos que precisam ser mais estudados para que esteja pronto para

trabalhar com o R/3.

2.4. Suporte a Implantação

Para mobilizar uma organização com a grandeza da empresa X na

implantação do R/3, foi necessário, descentralizar e delegar algumas tarefas,

com este propósito que foi criado um núcleo local de implantação que seria

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controlado por um grupo composto de funcionários da companhia

representando todos os órgãos da empresa, este grupo era chamado de

Integradores.

Os Integradores tinham como responsabilidades, monitorar o núcleo

local de implantação, para viabilizar toda a rotina de implantação do sistema, e

servir de ponte entre este núcleo e o projeto Beta para sanar eventuais

problemas que poderiam surgir, como por exemplo, um erro crítico no sistema.

O Núcleo de implantação era um grupo funcional na unidade com

objetivo de estruturar, suportar e facilitar as mudanças promovidas pela

implantação do SAP R/3.

Como toda e qualquer mudança, seja ela qual for, principalmente,

quando o assunto é sistema, se enfrenta uma série de obstáculos, tais como

resistências, desconfiança, mudança de cultura e etc...., para isso foi criado o

Núcleo de implantação, ou seja, ao invés da empresa, trazer o pessoal da

SAP, que não conhecem as rotinas e as particularidades da companhia,

destacou-se funcionários que conhecem os processos para servirem de

tradutores entre a ferramenta R3 e os usuários, para que em uma mesma

língua pudessem disseminar este conhecimento para toda a Cia. Surgindo

assim as figuras do Coordenador Local de Implantação - CLI, do Apoiador

Local de Implantação - ALI e do Multiplicador.

O CLI era o responsável em gerenciar a implantação do R/3 nos órgãos

de sua responsabilidade, servindo também como orientador e porta-voz entre o

grupo de integradores e o grupo de apoiadores.

O multiplicador não necessariamente deveria ser um funcionário da

Companhia, poderia ser também um contratado. Ele se fazia presente na sala

de aula disseminando conhecimento da ferramenta R/3 para os funcionários

que seriam os futuros usuários do sistema.

O ALI era uma das figuras mais importantes em todas as fases do

processo de implantação, fazendo-se presente em todas as etapas,

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principalmente no “GO live”, que foi o momento em que o sistema SAP R/3

entrou em produção na empresa X.

No momento em que o usuário estivesse frente a frente com a

ferramenta, o apoiador era a primeira pessoa a quem estes usuários deveriam

recorrer, para isso todos estavam sendo capacitados para atender toda e

qualquer demanda que se fizesse necessário, lembrando sempre que os

apoiadores não estavam sozinhos, um “Help Desk” também servia de apoio

para os usuários.

2.5. Análises da Pesquisa Bibliográfica

Conforme Caiçara Junior (2008), os dois tipos de abordagens existentes

que podem ser utilizadas durante a implementação de um Sistema Integrado

de Gestão são: abordagem por fases ou big-bang.

Após realizar a pesquisa de campo foi possível constatar que os

módulos do Sistema Integrado de Gestão SAP R/3 foram implantados em

etapas confirmando assim a utilização da abordagem por fases citada por

Caiçara Junior (2008).

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CAPÍTULO 3

PRÁTICA GERENCIAL

Este capítulo apresenta as fundamentações do que acontece na prática

gerencial (no dia a dia) nas empresas.

3.1. Análise da Prática Gerencial

Para Militello (1999) e Caiçara Júnior (2008), a implantação de um

sistema ERP elimina os problemas de redundância que são observados

através da duplicidade de dados. Porém, foi constatado na prática que essa

afirmativa não é completamente verdadeira para a Empresa X. Podemos

ilustrar abaixo através da figura 2 um processo de criação de pedido de

compra com base em um contrato da Empresa X onde o sistema realizou a

criação do pedido com quantidade superior a estabelecida no contrato.

A transação utilizada para exibir o fluxo dessa compra foi a ME33K que

permite exibir todos os pedidos de compra para um determinado contrato.

Figura 3: Detalhamento da criação de pedidos para o contrato “X”

Fonte: Retirado da tela do sistema SAP R/3 da Empresa X, não disponível publicamente.

A maioria dos autores afirma que a implantação de um sistema ERP

possibilita o acesso às informações em tempo real. Foi realizado um

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acompanhamento na prática para verificar se as informações passaram a ser

acessadas em tempo real após a implantação do SAP R/3. Conforme as

figuras 4 e 5 a seguir, foi constatado que o documento 4924499452 foi criado

no estado do Paraná ás 15:16:00 e estava acessível no estado do Rio de

Janeiro ás 15:16:02.

Com esse resultado obtido considero que as informações na Empresa X

são acessíveis em tempo real confirmando assim o que os autores mencionam

em suas obras.

Figura 4: Hora da criação do documento

Fonte: Retirado da tela do sistema SAP R/3 da Empresa X, não disponível publicamente.

Figura 5: Hora que o documento ficou disponível

Fonte: Retirado da tela do sistema SAP R/3 da Empresa X, não disponível publicamente.

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3.2. Gestão Empresarial através do Sistema Implantado

Segundo O`Brien (2007), o sistema ERP pode gerar benefícios

corporativos significativos para a empresa, tais como:

• Qualidade e Eficácia – O ERP promove integração e

aprimoramento dos processos internos da empresa, melhorando a qualidade e

a eficácia do serviço de atendimento ao cliente, da produção e da distribuição.

• Redução de Custos – Com a substituição dos sistemas legados

pelo ERP, muitas empresas conseguem reduzir significativamente os custos de

processamento de transações, de pessoal de suporte de hardware e software.

• Apoio à Tomada de Decisão – Com o sistema ERP, as

informações vitais sobre o desempenho da empresa são disponibilizadas de

forma rápida dando suporte aos gerentes na tomada de decisão.

• Agilidade Empresarial – Com a implementação do sistema ERP,

as divisões departamentais e funcionais, como Planejamento de Demanda,

Planejamento de Produção, Planejamento Logístico e Planejamento de

Distribuição são subdivididas. Isso faz com que a empresa tenha uma estrutura

organizacional mais flexível e consequentemente, organizações mais ágeis e

com melhores condições de captar novas oportunidades empresariais.

Através da implantação do SAP/R3, é esperado que seja impulsionado

o desempenho das atividades o mais rapidamente possível, com redução de

custo e que o “pacote implementado” cubra todos os aspectos do negócio. No

entanto essa capacidade deve possibilitar a avaliação dos objetivos e

estratégias da empresa e até mesmo capacitar à organização na busca de

novos mercados.

Para Albertão (2005) a implantação do SAP deve levar em

consideração os requisitos da empresa e as funcionalidades envolvidas, onde

muitas vezes os processos do negócio precisam ser redefinidos para que haja

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funcionalidade do sistema, não desprezando a cultura da empresa, seus

antecedentes e as características dos seus usuários.

Portanto, é importante que as empresas considerem os impactos que a

redefinição dos processos e a implantação do sistema possam ter na estrutura,

na cultura e na estratégia da organização.

3.3. Análise da Pesquisa Bibliográfica

Foi constatado que embora os autores Militello (1999) e Caiçara Júnior

(2008), afirmarem que a implantação de um sistema ERP elimina os problemas

de redundância identificamos a partir de registros criados no SAP/R3 da

empresa X que isto não é completamente verdade.

Todavia, confirmamos que o SAP/R3 possibilita o acesso às

informações em tempo real.

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CONCLUSÃO

O presente estudo oferece através dos autores citados uma gama de

informações importantes a cerca dos Sistemas Integrados de Gestão, bem

como uma pesquisa de campo detalhando a implantação do SAP R/3 na

Empresa X e toda a estrutura montada para suportar esta implantação.

Conforme constatado na pesquisa de campo, os módulos do Sistema

Integrado de Gestão SAP R/3 foram implantados em etapas. A implantação

dos módulos começou a ser realizada no início de 2004 e durou até janeiro de

2006 quando todos os módulos pretendidos pela Empresa X estavam

completamente implantados. Fica concluído que a Empresa X utilizou a

abordagem por fases mencionada pelo autor Caiçara Junior (2008) durante a

implementação do SAP R/3.

Foi constatado também que muitos sistemas utilizados pela Empresa X

antes da implantação do Sistema Integrado de Gestão SAP R/3 não foram

desativados e continuam sendo utilizados. Dentre eles, podemos citar o

Sistema Bdemq e o Sistema SIGO que enviam informações para o SAP R/3.

Diante do exposto, fica clara a confirmação de uma das hipóteses

pesquisadas neste estudo:

• Os módulos do SAP R/3 foram implantados em etapas.

Conforme também exposto, as hipóteses abaixo não foram confirmadas.

Sendo elas:

• Todos os módulos do SAP R/3 foram implantados de uma só vez.

• Todos os sistemas que eram utilizados pela empresa X foram

desativados após a implementação do SAP R/3.

Desta forma pode-se concluir que o objetivo deste estudo foi

plenamente alcançado.

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Para futuras pesquisas sobre o tema, recomenda-se que seja feito um

estudo onde a empresa não tenha utilizado este tipo de abordagem durante a

implantação de um Sistema Integrado de Gestão.

Recomenda-se também verificar qual o grau de importância dos

usuários para o sucesso da implementação de um Sistema Integrado de

Gestão.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. Livros, Artigos de Jornais e Revistas Técnicas

BUCKHOUT, S.; FREY, E.; NEMEC JR., J. Por um ERP eficaz. HSM

Management. p. 30-36, set./out. 1999.

CAIÇARA JUNIOR, Cícero. Sistemas integrados de gestão - ERP: uma

abordagem gerencial. 3ª Ed. Curitiba: Ibpex, 2008.

COLANGELO FILHO, Lucio. Implantação de Sistemas ERP (Enterprise

Resources Planning): um enfoque de longo prazo. São Paulo: Atlas, 2001.

CUNHA, M. A. L. Gestão integrada de processos de negócio. In:

SIMPÓSIO DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, LOGÍSTICA E

OPERAÇÕES INDUSTRIAIS. Anais. São Paulo: FGV, 1998. p. 184-194.

DEMPSEY, M. Pacote de ERP não resolve tudo. Gazeta Mercantil. Rio

de Janeiro, 05 de dezembro 1999.

MILITELLO, K. Quem precisa de um ERP? Info Exame, p. 140, mar.

1999.

O´Brien, James A. Administração de sistemas de informação: uma

introdução. 13ª. Ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2007.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações

gerenciais: estratégicas, táticas, operacionais. 12ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em

Administração. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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37

WOOD JR., T. Modas e modismos gerenciais: o caso dos sistemas

integrados de gestão. Série de Relatórios de Pesquisa, NPP, Núcleo de

Pesquisas e Publicações. Escola de Administração de Empresas de São

Paulo, FGV. Relatório n. 16/1999.

ALBERTÃO, Sebastião Edmar. ERP: Sistemas de Gestão Empresarial:

metodologia para avaliação, seleção e implantação para pequenas e médias

empresas. São Paulo: Iglu,2005.

2 – Sites de Entidades na Internet

SAP, (Disponível em:

http://www.sap.com/brazil/index.epx. Acesso em: 01 out 2011)

http://www.sap.com/brazil/about/historico/index.epx . Acesso em: 01 out

2011)

http://help.sap.com/saphelp_40b/helpdata/pt/c3/72cafd55cd11d1896600

00e8323c4f/content.htm Acesso em: 16 dez 2011)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 08

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO 1 - Sistema Integrado de Gestão 10

1.1. Introdução 10 1.2. Histórico 10 1.3. A Empresa SAP 1.4. A Evolução dos Sistemas Integrados de Gestão –

Enterprise Resource Planning (ERP) 14 1.5. Características dos Sistemas ERP 15

1.5.1. Modelo cliente-servidor 17 1.5.2. Tipos de abordagens 18

1.6. Benefícios com a adoção do ERP 19 1.7. Barreiras e dificuldades com a adoção do ERP 20 1.8. Análise da Pesquisa Bibliográfica 22

CAPÍTULO 2 - O Projeto Beta 23

2.1. Introdução 23 2.2 . O Início do Projeto Beta 23 2.3 . Capacitação dos Usuários 26 2.4 . Suporte a Implantação 27 2.5 . Análise da Pesquisa Bibliográfica 29

CAPÍTULO 3 - Prática Gerencial 30

3.1. Análise da Prática Gerencial 30 3.2. Gestão Empresarial através do Sistema Implantado 32 3.3. Análise da Pesquisa Bibliográfica 33

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

ÍNDICE 38