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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
SISTEMAS DE ARQUIVOS PARA O TRATAMENTO E
RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Por: Michele de Oliveira Gomes
Orientador
Profª. Ana Paula Ribeiro
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
SISTEMAS DE ARQUIVOS PARA O TRATAMENTO E
RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão da
Qualidade.
Por: Michele de Oliveira Gomes
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AGRADECIMENTOS
...a Deus em primeiro lugar, ao meu
namorado, aos meus pais e irmãos,
parentes, aos professores e colegas de
turma, todos que caminharam comigo e
me ajudaram a conseguir mais esta
vitória ...
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RESUMO
Evidenciar a importância do Sistema de Informação para qualificação no
tratamento e recuperação das informações produzidas e recebidas pelas mais
diversificadas organizações, informações essas contidas nos mais diversos
suportes é a finalidade deste trabalho.
A avalanche de informações disponibilizadas, com as novas tecnologias
da informação, interfere diretamente no planejamento estratégico das
empresas, que precisaram reavaliar e repensar os mecanismos para tratar e
qualificar o volume de informações cada vez maior.
Novos valores foram atribuídos às variáveis internas e externas e à
manutenção, sucesso e sobrevivência destas empresas neste mercado
exigente, competitivo e globalizado, o qual ficou cada vez mais dependente da
velocidade das ações empresariais que, por sua vez, precisam ser subsidiadas
de informações precisas e atualizadas.
Apresenta-se neste trabalho a importância do Sistema de Informações,
da gestão de documentos e as funções arquivístiicas que proporciarão a
identificação, seleção, recuperação, disponibilidade, guarda, ou eliminação das
informação empresariais, de utilização corrente, intermediária e permanente.
As ações empresariais, os tipos de política de informação, a gestão de
documentos e as funções arquivísticas serão abordados com ênfase na
importância de sua utilização para qualificação de gerenciamento das
informações externas e internas para as diversas áreas empresariais e na
tomada de decisões gerenciais.
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METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas em
livros, artigos, revistar acadêmicas da área baseada inicialmente nos seguintes
autores e suas respectivas obras:
BEUREN, Ilse Maria: Gerenciamento da Informação um recurso
estratégico de gestão empresa. São Paulo: Atlas, 2000.
OLIVEIRA, Djalma de Pinto. Sistemas de informações gerenciasis:
estratégias, táticas e operacionais. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 1997.
SCHELLENBERG, Theodore Roosevelt. Arquivos modernos: princípios
e técnicas. 2ªed.Rio de Janeiro: FGV, 1974.
ESPOSEL, José Pedro. Arquivos: uma questão de ordem. Niterói, RJ:
Muiraquitã, 1994.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - A Informação Hoje 09
CAPÍTULO II - Gestão de Documentos 18
CAPÍTULO III – Sistemas de Informações 27
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
BIBLIOGRAFIA CITADA 39
ÍNDICE 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41
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INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é evidencia a importância de se implantar e
padronizar um sistema de arquivos para garantir a qualidade no tratamento e
recuperação das informações arquivísticas.
Com o surgimento das novas tecnologias nos meados do século
XX houve uma grande explosão de informações. Os avanços tecnológicos
revolucionaram e agilizaram os mecanismos de armazenamento, resgate e
disponibilidade das informações, porém o volume informacional aumentou
dramaticamente, os suportes convencionais de papel cederam lugar aos
disquetes, discos ópticos, discos laser, CDs, CD-ROM, pen drives e outros
tantos para todas as áreas do conhecimento.
A partir daí surge a necessidade de se separar toda informação
que se considera relativamente importante daquelas consideradas irrelevantes
e destituída de valor informacional e cultural. nesse sentido apresenta-se o
sistema de arquivos e a gestão de documentos, que permitem , através da
aplicação das suas funções, a racionalização e qualificação do volume
informacional de toda e qualquer instituição, seja ela de pequeno, médio ou
grande porte.
Este trabalho visa mostrar a importância de se elaborar e
implantar a padronização dos processos arquivísticos e um Sistema de
Informação , que é um diferencial para o tratamento das informações que
acontece através de instrumentos arquivísticos, os quais viabilizam a
identificação, classificação, armazenamento ou descarte de informações
inúteis de todos os suportes documentais, e assim reduzir em quantidades
expressivas o acúmulo de massa documental, que acaba prejudicando os
diverso processo na administração, e assim comprovar que o controle do fluxo
informacional adquire um papel decisivo no desenvolvimento dos trabalhos de
implementação e continuidade dos sistemas de gestão da qualidade.
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A gestão de documentos e um sistema de arquivos atuante vão
afetar positivamente em todas as ações institucionais e ainda reduzirão custos
com armazenamento desnecessário, possibilitando agilidade e eficácia no
resgate das informações necessárias, garantindo, assim, respostas rápidas e
desburocratização dos processos.
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CAPÍTULO I
A INFORMAÇÃO HOJE
A informação como conhecemos hoje, se deu graças a grandes
evoluções no modo de escrita e transformações tecnológicas. A produção e
troca de informações, como conhecemos hoje, não seriam possíveis sem o
surgimento da escrita. Desde quando foi criada á milhares de anos, ela teve a
função de armazenar e transmitir informações.
Todo o desenvolvimento e evolução da escrita foram
fundamentais para o aumento da produção informacional.
Após o advento da segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria, período
histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre Estados, observou-
se uma avalanche de produção de informacional.
A palavra informação provém do latim informatione e significa o ato ou
efeito de informar-se, conhecimento, participação e ainda comunicação ou
notícia trazida ao conhecimento de uma pessoa ou público.
A palavra informação tem sido utilizada nos mais diversos
sentidos. Fala-se da sua produção, emergência e gestão. Discute-se sobre as
sociedades da informação, a revolução da informação, a era da informação,
etc...
Existem vários títulos pomposos referentes a esse assunto,
porém em vários deles a discussão acadêmica do problema que é a
administração desse volume informacional, passa ao longe e as idéias são
expostas sem qualquer rigor ou compromisso com o saber já acumulado até
hoje.
O avanço tecnológico das duas últimas décadas levou a
informática para os mais diversos ambientes de trabalho. Assim, monitores,
CPU, hardwares, softwares, teclados, intranet, internet, etc. são consideradas
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10ferramentas indispensáveis principalmente na produção, divulgação, no
armazenamento e no resgate das informações.
Para executar as tarefas das mais diversas áreas é necessário
saber operar equipamentos informáticos e manejar sistemas operacionais,
processadores de texto, planilhas eletrônicas e programas diversos.
Porém não está claro, para muitos, que a informática lida com
informações, em sua maioria, com características arquivísticas, porque os
computadores apenas sistematizam os dados que foram inseridos, por uma
pessoa, em sua memória. Lopes (1995) observa que:
“...a informação nasce no cérebro humano, a
partir da captação exterior dos sentidos e é expressa ou
registrada pelas faculdades mentais e motoras dos
homens...” (LOPES, 1996, P.15)
Isso acontece naturalmente com ou sem ajuda de ferramentas,
objetos ou máquinas.
A informação é um processo que visa o conhecimento, ou seja,
pode-se dizer que a informação é tudo que reduz a incerteza, visando a
cristalização do conhecimento.
Oliveira (1997) apresenta, em seu livro Sistemas de Informações
Gerenciais, a seguinte definição:
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11"Informação é o dado trabalhado que permite ao
executivo tomar decisões. Sendo que dado é qualquer
elemento identificado em sua forma bruta que si só não
conduz a uma compreensão de determinado fato ou
situação" (OLIVEIRA, 1997, p.34).
O conceito de informação está intimamente ligado com o conceito
de dado e conhecimento. Na prática, não é uma tarefa fácil distinguir esses
três conceitos. Essa distinção fica ainda mais complicada quando se tenta
identificar os limites de cada um dos conceitos e percebe-se que os três são
intimamente interligado. Então vamos fazer a distinção de cada um deles para
que se possa ter um entendimento maior deste trabalho:
• Dados: são os itens que representam fatos, textos, gráficos,
imagens estáticas, sons, segmentos de vídeo analógicos ou digitais etc.
Os dados são coletados, por meio de processos organizacionais, nos
ambientes internos e externos. Dados são sinais que não foram
processados, correlacionados, integrados, avaliados ou interpretados de
qualquer forma. Podemos dizer que os dados representam matéria-
prima a ser utilizada na produção da informação. Assim é possível
perceber que os dados podem ser descritos através de representações
formais e estruturais, podendo obviamente ser armazenados em um
computador e processados por ele.
• Informação: neste nível, os dados passam por algum tipo de
processamento para serem exibidos em uma forma inteligível às
pessoas que irão utiliza-los. O processo de transformação envolve a
aplicação de procedimentos, que incluem formatação, tradução, fusão,
impressão e assim por diante. A maior parte deste processo pode ser
executada automaticamente.
Uma vez que os dados tenham sido transformados em
informação, pelo menos uma interpretação inicial, é possível refinar as
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12informações mediante um processo de elaboração. As informações
resultantes deste processo incluem características adicionais do
problema, geram hipóteses, conseqüências das hipóteses, sugerem
soluções para o problema, explanação e justificativas de sugestões,
crítica de argumentos etc.
Assim, não é possível processar informações diretamente em um
computador. Para isso é necessário reduzi-la a dados.
•Conhecimento: podemos definir conhecimento como sendo
informações que foram analisadas e avaliadas sobre a sua
confiabilidade, sua relevância sua importância. Neste caso, o
conhecimento é obtido pela interpretação e integração da vários dados e
informações. O processo de transformação é realizado por meio de
avaliação de dados e informações. É por meio do conhecimento que
aqueles que assessoram as decisões buscam uma compreensão mais
efetiva da situação problema.
O conhecimento não é estático, modificando-se mediante a
interação com o ambiente sendo este processo denominado
aprendizado. Uma visão mais ampla é que o aprendizado é a integração
de novas informações em estruturas de conhecimento, de modo a torná-
las potencialmente utilizáveis em processos futuros de processamentos
e de elaboração. A informação pode ser inserida em um computador por
meio de uma representação em forma de dados. Como o conhecimento
não é sujeito a representações, não pode ser inserido em um
computador, pois o conhecimento é característico do ser humano.
Agora que sabemos melhor a distinção destes três conceitos
(dados, informação e conhecimento), vamos nos aprofundar um pouco
mais sobre os diferentes meios de atuação da informação e suas
diferentes formas.
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- Informação Empresarial
A informação empresarial é sem dúvida a que mais dá trabalho aos
estudiosos da área. Pois hoje se considera a informação empresarial como
matéria-prima para o planejamento estratégico da organização, e é por isso
que podemos observar uma grande produção intelectual nesse sentido.
No contexto empresarial, o gerenciamento das informações torna-se
prioritário no processo de gestão, devido á quantidade e à velocidade de
informações, ao ambiente de competitividade, às mudanças econômicas
mundiais e ao cenário caracterizado pela era do conhecimento. O grande
volume massificado de informações precisa ser transformado em informação
com significado para os diversos níveis das organizações.
Neste sentido, mais do que planejar a utilização das informações
internamente, as empresas devem fazer uso de tecnologias da informação em
termos estratégicos por ser um recurso que interfere diretamente na
sobrevivência ou não da organização no mercado competitivo.
A competição entre os fornecedores de produtos e serviços
ocorre também na qualidade, confiabilidade e responsabilidade no
gerenciamento destas informações produzidas, recebidas e geridas por cada
organização.
Para que os pontos citados acima sejam alcançados, é preciso
que estejam sob o alicerce de dados e números confiáveis e eficientes para
tomadas de decisões nos mais diversos níveis hierárquicos dentro da empresa.
No ambiente empresarial, os objetivos e metas, a estrutura e sua
cultura precisam ser analisados, dessa análise, deduz-se quais informações
necessárias e que tipo de sistema de informação são requeridos. Finalmente, a
qualidade pode ser obtida comparando a informação requerida e disponível e
os sistemas de informações requeridos e aqueles desenvolvidos.
No mundo empresarial, quanto mais dependente de informação
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14uma empresa se torna maior deve ser a garantia de uma boa qualidade destas
informações. Conseqüentemente, as empresas devem avaliar as informações
que utilizam, as que produzem, as que descartam e as que decidem guardar,
periodicamente.
O diferencial competitivo das empresas, em um mercado cada
vez mais exigente, competitivo, diversificado e globalizado, ocorre com a
otimização e eficácia dos recursos materiais e humanos disponíveis para a
captação, gerenciamento e qualificação do volume informacional existente.
As informações, tanto externas quanto internas, precisam estar
disponibilizadas no exato momento em que qualquer setor ou membro da
empresa necessitar utilizá-las.
Operacionalmente, pode-se salientar três aspectos considerados
básicos para um gerenciamento administrativo: respostas rápidas, serviços
eficientes e desburocratização dos processos. Todos esses, claro, sob o
alicerce de dados e números confiáveis e eficazes para que as tomadas de
decisões empresariais sejam mais proveitosas para a organização como um
todo.
As informações empresariais são de vários tipos, desde o simples
processamento da folha de pagamento até a reunião de dados que
transformarão os movimentos do mercado financeiro em informações
estratégicas sobre a venda de ações pela empresa.
O processo de produção, difusão, captação e interpretação da
informação está sofrendo uma transformação profunda, tanto nas formas
quanto nos conteúdos dos sistemas de gestão e administração do
conhecimento no interior da empresa. Com isso, são provocadas mudanças
comportamentais e culturais nas pessoas que produzem e utilizam essas
informações nas organizações. Essas mudanças nem sempre são vistas com
bons olhos por membros conservadores dentro da organização.
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- Informação x Ser Humano
A velocidade exigida pelo mundo cada vez mais globalizado pode
ser expressa pelo aumento do volume de informações no dia-a-dia das
pessoas. A criação e difusão da Internet levou este processo ao apogeu em
que estamos hoje. Nesta rede que liga computadores pessoais do mundo
inteiro, em tempo real, o volume de informações é quase infinito. Por conta da
velocidade na transmissão das informações os conhecimentos adquiridos por
uma pessoa no início de sua vida profissional serão absoletos no final de sua
carreira.
Por ser subjetivo, o conceito de qualidade aplicado em
informação é bastante amplo. Conseqüentemente, a não construção de um
modelo formal para a qualidade dentro de uma empresa, pode implicar em
erros no processo. Entretanto, na grande maioria das empresas, isto é feito
sem levar em conta o seu principal recurso, as pessoas. Devido a limitação do
potencial de captação de informações e conhecimento do ser humano, do
ponto de vista físico, mental e psicológico, existe um ponto de equilíbrio entre a
quantidade de informação recebida e a assimilada. Metas e mais metas são
"colocadas" para as pessoas, que atordoadas com tamanha pressão, chegam
a gerar ou classificar informações de forma errônea e imprópria.
Os novos suportes informacionais, as novas tecnologias
revolucionaram o meio empresarial e acarretaram transformações no processo
de produção, difusão, captação e interpretação das informações, inferindo
mudanças culturais e comportamentais nas pessoas que produzem e utilizam
estas informações.
Tentando diminuir a carga de informações "per capita" dentro das
organizações e assim diminuir a quantidade de informações que cada pessoa
deva administrar, e com isso aumentar a qualidade dessas informações,
algumas ferramentas computacionais foram criadas. Existem várias linhas de
produtos para esse fim, alguns se destinam a sintetizar informações, outros,
com base nas informações coletadas e regras, previamente de materiais
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16dentro da linha de montagem.
Assim, da mesma forma que a tecnologia aumenta a velocidade e
a quantidade de informações, ela mesma torna possível a construção de
ferramentas que auxiliam as pessoas a manusear uma quantidade cada vez
maior de informações com qualidade.
O difícil, em todo este processo, é encontrar o limite do ser
humano, o seu ponto de equilíbrio, pois, não existe qualidade nas informações
sem respeitar a qualidade de vida das pessoas.
-Política de Informação
A informação é produzida e influenciada a cada minuto pelo
poder, pela economia, pela cultura, pelo mercado interno e externo e pela
política de informação adotada pelas diferentes instituições.
Varias pesquisas e estudos na área indicam que a política de
informação adotada é o fator de fracasso ou de sucesso dos projetos de
desenvolvimento de sistemas informacionais. Essas políticas são basicamente
centralizadas ou descentralizadas. Portanto, se utilizados corretamente, podem
viabilizar o sucesso da organização, porém se utilizado de forma errônea, o
sistema pode levar ao fracasso, ou ate mesmo ao fechamento da organização.
Para se evitar esse tipo de erro, é preciso que se faça um estudo
minucioso de todas as atividades da organização, para que se possa ter noção
das reais necessidades da empresa, adotando assim um sistema que satisfaça
a organização como um todo.
Historicamente falando, as políticas de sistemas centralizados
costumam ser melhor sucedidas do que sistemas descentralizados. Isso
porque em sistemas centralizados as informações ficam concentradas em um
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17só lugar, ao final de seu processo, todas as informações se concentram em um
só lugar, o que facilita a recuperação da informação, evitando o extravio de
informações que podem ser de grande valor histórico, jurídico ou
administrativo.
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CAPÍTULO II
GESTÃO DE DOCUMENTOS
Em breve histórico sobre a gestão de documentos, podemos dizer que
foi criada em 1950 pelo o governo dos E.U.A., através da segunda Comissão
Hoover que criou a gestão de documentos com a assinatura do “Federal
Records Management”, que ficou conhecido como assinatura “Act 50”, dando
origem ao conceito de gerência de documentos desde sua produção até seu
destino final, mostrando a necessidade de se racionalizar e modernizar as
administrações sobre os seguintes aspectos:
• Trabalhar a reforma administrativa em relação à geração,
armazenamento e destinação dos documentos produzidos pelo Governo
Federal;
• Fazer um estudo completo da organização e funcionamento das
repartições públicas federais;
• Criar um programa que simplifique e uniformize os métodos
contábeis e fiscais em todo o país, reduzindo seu volume documental;
• Garantir que as políticas e atividades do governo fossem
documentadas adequadamente, com vistas a melhorar a organização dos
documentos de valor permanente, bem como inibir sua eliminação
indiscriminada;
• Definir critérios de avaliação da massa documental;
• Criar um sistema de arquivos intermediários;
• Transformar o “ National Archives Establishment” em “ National
Archives and Records Services”.
Podemos conceituar a gestão de documentos como um conjunto de
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19operações técnicas que atuam em todas as atividades da organização e
principalmente no arquivo, e que são capazes de controlar e racionalizar as
atividades de produção, manutenção, uso, guarda, avaliação, seleção e
destinação de documentos, não importando qual seja seu suporte, através do
planejamento, da organização e da coordenação de pessoal, espaço e
equipamento. A gestão de documentos tem como finalidade acumular,
adequadamente, documentação para a pesquisa histórica, viabilizando e
dando apoio à tomada de decisões gerenciais com total qualidade.
Analisando-se este conceito, pode-se extrair três importantes
momentos na gestão documental que são a produção, a utilização e a
avaliação para a determinação do destino destes documentos. Esta
determinação deve ser embasada pelo uso da Tabela de Temporalidade que é
o instrumento normativo, elaborado por profissionais, das mais diversas áreas,
principalmente a jurídica, administrativa e contábil, com auxílio de historiador e
sob a coordenação do arquivista, e com o aval final da diretoria.
A Tabela de Temporalidade é um instrumento básico para a
destinação de documentos. Ela é elaborada após o processo de avaliação
documental e deverá ser aprovada no mais alto escalão das empresas
(gerência e diretoria) para que sejam cumpridas na íntegra suas
determinações de eliminação de documentos.
A Tabela de Temporalidade dos documentos determinará os prazos
prescricionais e orientará a eliminação ou guarda permanente dos
documentos.
Os resultados decorrentes da aplicação da Tabela de temporalidade,
no âmbito das organizações e empresas, são muito positivos e, de acordo com
a Norma Técnica ABNT-NBR 10519/1988, deverão ser alcançados:
- Facilidade para distinguir os documentos de armazenamento
temporário dos de guarda permanente;
- Eliminação imediata da documentação cuja a guarda não se
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20justifique, como por exemplo, as cópias, desde que não sejam as
mesmas únicos exemplares no órgão;
- Racionalizar, principalmente em termos econômicos, das atividades
de transferência e recolhimento.
Abaixo segue a descrição de cada fase da gestão de documentos:
• Produção documental – é o ato de elaborar documentos em função
das atividades específicas de um órgão ou setor, tais como: correspondência,
formulários, fichas, bem como utilizar novas tecnologias;
• Utilização – atuar desde o fluxo a ser percorrido pelo documento a
fim de cumprir sua função administrativa, até seu arquivamento. Esta fase está
ligada a gestão de arquivos e a implantação de sistemas de comunicação,
informações e arquivo.
• Destinação dos documentos – envolve as atividades de avaliação,
seleção, destinação e fixação de prazos de guarda dos documentos.
Os objetivos da gestão de documentos são:
• Padronizar e racionalizar as atividades técnicas ligadas à produção,
tramitação, organização, utilização e destinação final dos documentos,
viabilizando os serviços;
• Aperfeiçoar e simplificar o ciclo documental;
• Reconstituir a história, não somente cronologicamente, mas também
crítica e científica;
• Conservar os documentos a um custo mínimo de espaço e
manutenção, enquanto indispensável às atividades correntes.
A informação de interesse específico do administrador ou do
acumulador/produtor do documento encontra-se, predominantemente, na
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21primeira fase documental, ou seja, nos arquivos correntes onde os documentos
são consultados com maior freqüência, devido ao seu uso
funcional/administrativo/jurídico. E uma segunda parcela preserva-se no
arquivo na fase intermediária, ou seja, são os documentos que não são mais
consultados com tanta freqüência, e que aguardam a sua avaliação que
definirá sua destinação final em depósito de armazenamento temporário, ou
seja, se serão guardados permanentemente ou serão eliminados após
determinado tempo. Apesar de menos consultados, quando houver
necessidade precisam estar acessíveis para o administrador.
Essas duas fases documentais são abrangidas pela gestão de
documentos que, na definição de Camargo e Bellotto diz ser:
"... um conjunto de procedimentos e operações técnicas
visando à racionalização e eficiência na produção,
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase
corrente e intermediária, do documento, visando a sua
eliminação ou recolhimento para a guarda permanente."
(CAMARGO E BELLOTTO, 1996, p.41).
A esse conceito descrito acima acrescenta-se um dos objetivos
definidos por Indolfo e Campos (1995) que diz:
"... que a gestão de documentos é garantir que a
informação governamental esteja disponível quando
necessária ao governo e aos cidadãos." (INDOLFO E
CAMPOS, 1995, p.14).
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22Apesar de explícita referência ao Estado, tal complemento pode ser
extensiva a qualquer organização privada, observando-se a adaptação quanto
aos interessados em seu acervo documental.
A UNESCO define gestão de documentos como a parte do
processo administrativo relacionada à aplicação de princípios de economia e
eficácia na criação, manutenção e uso de documentos, bem como na sua
eliminação. Compreende, portanto, a planificação, o controle, a direção, a
organização, a capacitação, a promoção e outras atividades gerenciais
relativas à criação de arquivos e sua manutenção, incluindo o manejo de
correspondências, formulários, diretrizes, informes, documentos de leitura
óptica, microformas, recuperação de informação, fichários, malotes, máquinas
duplicadoras, código de classificação por assunto e técnicas de automatização
de dados entre outras.
Há ainda níveis estabelecidos pela UNESCO para a gestão de
documentos, são eles:
• Mínimo – os órgãos devem contar, ao menos, com programas de
retenção e eliminação de documentos e estabelecer procedimentos para
recolher à instituição de arquivo público aqueles de valor permanente.
• Mínimo ampliado – complementa o primeiro com a existência de um
ou mais centros de arquivamento intermediário.
• Intermediário – completa os dois primeiros, bem como a adoção de
programas básicos de elaboração e gestão de formulários e correspondências
e a implantação de sistemas de arquivos.
• Máximo – todas as anteriores mais gestão de diretrizes
administrativas, de telecomunicações e o uso de recursos de automação.
A gestão de documentos baseia-se em dispensar tratamento às
informações contidas em todos os tipos documentais, seja qual for seu
suporte, desde a sua produção, tramitação e uso até a sua destinação final.
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23 Um programa de gestão documental bem elaborado viabiliza às
empresas e organizações, de qualquer porte, o controle da qualidade e
quantidade da documentação e informações que produzem e recebem,
garantindo assim, o acesso a essas informações de forma rápida e com
qualidade, e de acordo com as necessidades de cada usuário.
Vale destacar a observação de Garcia que diz:
"O aspecto mais importante da gestão de
documentos é a sua utilização como fonte de informação.
As informações só serão úteis se fizerem parte de um
programa centrado na missão da organização e
integrado. Para tanto é fundamental o planejamento da
gestão da informação que necessariamente implica na
gestão dos documentos de conteúdo informacional.
Assim, a gestão de informações integrada num
conjunto organizado e estruturado é fundamental para
que possam ser acessadas, tornando-se úteis aos
responsáveis pelas decisões gerenciais." (GARCIA,
2000, p.56).
Garcia destaca a gestão documental como ferramenta
fundamental para a recuperação da informação, de forma ordenada, rápida e
com qualidade para servir de apoio para a tomada de decisões gerenciais.
De modo geral, seja pôr necessidade cotidiana ou legal, empresários e
organizações dos mais diferentes seguimentos, sentem a necessidade de
possuírem sua documentação organizada e preparada para eventuais
fiscalizações internas e externas, como a classificação da série ISO 9000.
A informação deve ser considerada, organizada e tratada como
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24recurso tão importante quanto os recursos humanos e financeiros.
A informação bem organizada através da gestão de documentos torna-
se um recurso vital dentro da organização, pois o controle e utilização da
informação é uma atividade importante e decisiva para o sucesso ou fracasso
da organização.
Se a gestão de documentos se mostra tão benéfica para as mais
diversas organizações, não importando seu segmento ou tamanho, nos
perguntamos por que ainda existe empresas que ainda tem sua documentação
mergulhada em absoluto caos e desordem, que ainda e não adotaram a
prática da gestão de documentos?
A resposta à essa pergunta é simples e inaceitável para qualquer
profissional da informação. A maior dificuldade que ainda encontramos no
decorrer do processo de implantação da gestão de documentos se encontra na
resistência às mudanças, nos hábitos arraigados, cuja justificativa se perdeu
no tempo. Pois ainda existem organizações que não aceitam ou relutam a
aceitar qualquer tipo de mudança em seus procedimentos administrativos,
ainda que essas mudanças sejam para melhorar e racionalizar as atividades e
rendimento da empresa.
Esse tipo de mentalidade conservadora e inflexível ainda pode ser
vista comumente nas mais diversas organizações existentes hoje. Pois esse é
um dos entraves que dificulta a implantação de técnicas inovadoras.
Pois no mundo contemporâneo, com a globalização e a
competitividade comercial, a gestão de documentos que tem como finalidade o
tratamento da informação, torna-se matéria prima para o planejamento
estratégico de qualquer organização que queira sobreviver e fincar pilares
rígidos e consistentes para o futuro. Pois quem dispõe com mais rapidez das
melhores informações, pouco importando a sua proveniência, seu suporte ou
tipo, apresenta as melhores condições de ter uma maior e melhor
competitividade.
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25A ação estratégica baseada na captação e trato da informação a ser
implantada por uma instituição é resultado de uma estratégia desenvolvida
segundo os seguintes procedimentos: a instituição coleta dados de seu
ambiente externo e do ambiente interno, a partir dos quais resultam em
informações estratégicas (obtidas do monitoramento externo) e não
estratégicas (monitoramento interno) que, em confronto com os conhecimentos
tácitos (práticos) e explícitos (registrados – processos administrativos,
balanços, balancetes, relatórios, etc) da organização formam, somados à
contribuição de especialistas , o conhecimentos estratégico, que por sua vez,
vai embasar a inteligência estratégica (uso do conhecimento) da instituição.
Todo esse processo de captação da informação é feita através da
gestão de documentos, que acompanha todo esse processo desde a
captação/produção da informação/documento até sua destinação final.
O planejamento estratégico está intimamente ligado com a gestão de
documentos, na qualidade da informação tratada e recuperada. A gestão de
documentos dá suporte para a recuperação da informação que tem que ser
eficaz e rápida para dar apoio à tomada de decisão na área jurídica e pela
gerência, que irá definir o rumo que a organização irá tomar.
Tudo isso é trivial para a sobrevivência ou não da organização no
mercado competitivo e globalizado. Quem dispuser de mais informações e
souber usá-las estrategicamente está mais apto a manter sua organização
viva.
Essa é a tendência do século XXI. Mercados globalizados e
competitivos. As organizações tiveram que se adaptar a essa nova realidade, e
como estamos na “Era da Informação”, a informação passou a ser vista com
outros olhos.
Informação passou a ser meteria-prima para o planejamento
estratégico. E isso só é possível graças a métodos inovadores de
administração da informação, juntamente com profissionais competentes e
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26reciclados que queiram, e que tenham apoio por parte da gerencia, implantar
métodos modernos afim de melhorar o desempenho da organização junto ao
mercado, métodos esses como por exemplo a gestão documental.
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27
CAPÍTULO III SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O século XX é considerado aquele do advento da Era da Informação, o
da sociedade da Informação. A partir de então, a informação começou a ser
produzida com velocidade muito maior que a dos corpos físicos. Desde a
invenção do telégrafo elétrico em 1837, passando pelos meios de
comunicação de massa, e até mais recentemente, o surgimento das grandes
redes de comunicação e transmissão de dados que é a Internet, o ser humano
teve que aprender a conviver e a lidar com um crescimento exponencial, e
jamais visto antes, do volume de dados produzidos e disponíveis.
Antes da popularização dos computadores, os sistemas de informação
nas organizações baseavam-se basicamente em métodos e técnicas de
arquivamento e recuperação de informações, de forma manual, de grandes
arquivos. Geralmente existia a figura do "arquivador" (hoje conhecido como
arquivista), que era a pessoa responsável em organizar os dados, registrá-los,
catalogá-los e recuperá-los quando solicitado.
Esses métodos, aparentemente simples, exigiam um grande esforço
para manter os dados organizados e atualizados bem como para recuperá-los.
As informações em papéis também não possibilitavam, e dificultavam em muito
o cruzamento e a análise dos dados. Podemos citar um exemplo: o inventário
de estoque de uma determinada empresa não era uma tarefa trivial nessa
época, pois a atualização dos dados não era uma tarefa prática e fácil, e quase
sempre envolvia muitas pessoas, aumentando a probabilidade de ocorrerem
erros, ou seja, o trabalho despendido a essa tarefa era muito grande e
oneroso. Esse tipo de tarefa que pode ser feita facilmente hoje com um
sistema computadorizado.
A informação e a tecnologia caminham juntas desde que os primeiros
computadores surgiram e se tornaram equipamentos comerciais ainda na
década de 60. No início, os programas e aplicações eram construídos
-
28isoladamente sem a preocupação com a existência de duplicidade de
processos e dados.
Com a evolução tecnológica, a abordagem sistêmica da informação
começou a ser uma tendência e até mesmo uma necessidade nas
organizações. Surgiu, então, o conceito de Sistema de Informação, que
segundo Dias e Gazzaneo:
“... veio dar ao computador uma nova dimensão,
transformando-o de mero processador de dados em
elemento preponderante na racionalização e na
dinamização do trabalho na empresa...” (DIAS e
GAZZANEO, 1975, p.24)
Destaca-se ainda que com a evolução tecnológica que está ocorrendo
no desenvolvimento e implantação de Sistemas de Informações, a qualidade
da informação utilizada nas empresas passa a ser o foco principal.
Os Sistemas de Informações é o método mais moderno na área
arquivística no que diz respeito à recuperação da informação, que é a
tendência dos estudos na área devido ao avanço tecnológico, o aumento na
produção informacional o que tem provocado uma avalanche de informações
produzidas indiscriminadamente. Por isso o foco na arquivística hoje tem sido
desenvolver métodos e sistemas que ajudem a administrar e a recuperar as
mais diversas informações, juntamente com os profissionais da área de
Tecnologia da Informação (T.I.).
Na definição de Sistemas de Informações para Matsuda (2007), ele diz
o seguinte:
-
29“Sistemas de Informação são processos administrativos
que envolvem processos menores que interagem entre si.
O sistema é dividido em subsistemas que podem ser:
produção/serviço, venda, distribuição, materiais,
financeiro, recursos humanos e outros, dependendo do
tipo de empresa. O departamento de informática da
empresa cruza esses subsistemas, o que leva a uma
abordagem sistemática integrativa, envolvendo questões
de planejamento estratégico da empresa.” (MATSUDA,
2007).
As tecnologias dos Sistemas de Informação não incluem somente
componentes de máquina. Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar
com o ciclo da informação como: técnicas de classificação, por exemplo, que
não requerem uso de máquinas apenas um esquema intelectual desenvolvido
e executado pelo recurso humano. Este esquema pode, também, ser incluído
em um software que será usado, mas isso não elimina o fato que a técnica já
existia independentemente do software.
Pode-se dizer que Sistema de Informação é a expressão utilizada para
descrever um sistema qualquer, adotado pra a administração da informação
dentro de uma organização, seja esse sistema automatizado ou manual, que
abrange máquinas, recursos humanos e/ou métodos para coletar, processar,
recuperar, transmitir e disseminar dados que representam informações para o
usuário ou cliente.
Um Sistema de Informação não precisa ter essencialmente
computadores envolvidos, basta ter várias partes trabalhando dinamicamente
entre si para gerar informações. Todos trabalhando para atingir um objetivo
comum a todos os envolvidos nesse processo.
-
30Na observação feita por Matsuda (2007), em relação a integração do
fator humano com o apoio tecnológico :
“...um sistema de informação é formado por três
componentes: as pessoas que participam da informação
da empresa; as estruturas da organização (circuitos de
informação, documentos) e as tecnologias de informação
e de comunicação. Isso tudo leva a um grande volumes
de dados e informações que gera uma complexidade de
processamento...” (MATSUDA, 2007)
O sistema pode ser tanto manual quanto computadorizado, baseado
em TI, ou ainda, uma mescla dos dois. Acontece que um Sistema de
Informação de grande porte dificilmente sobrevive atualmente sem estar
informatizado, devido ao avanço tecnológico, que cada vez mais diminui o
espaço de tempo de produção e transmissão da informação, o que por si só
não elimina o fator humano no processo. É a interação dos componentes da TI
com o componente humano que faz com que um Sistema de Informação tenha
funcionalidade, utilidade e, principalmente, qualidade para a organização.
Na definição feita por Polloni (2000), sugere que Sistema de
Informação é qualquer sistema utilizado para prover informações qualquer que
seja sua utilização.
Assim, do ponto de vista mais técnico, todo sistema de informação
pode ser visto como um conjunto de programas e de estruturas de dados.
Historicamente, os métodos da análise e projeto de sistemas
enfocaram dados e processos. Mas de uma tomada inicial em algoritmos,
programas e processos, as metodologias de desenvolvimento migraram para
uma abordagem centrada nos dados. A partir de então, as preocupações dos
-
31usuários e desenvolvedores de sistemas foram passando dos dados
operacionais para as informações organizacionais envolvidas no processo de
tomada de decisões gerenciais. Os sistemas evoluíram a partir do
desenvolvimento tecnológico para acompanhar a gerência de negócio nas
mais diversificadas organizações.
Não existe um Sistema de Informação padrão que se adeque e supra a
as necessidades de todas as organizações. Cada organização que se
interesse a implantar um Sistema de Informação deve saber exatamente o que
quer. Quais informações querem recuperar no momento certo e suas reais
necessidades. E o fundamental, suas informações já devem estar organizadas
através de um programa de gestão de documentos bem implantado.
Um Sistema de Informação não é desenvolvido para organizar a
informação. Seu papel principal é facilitar e proporcionar de forma rápida e
com qualidade a recuperação da informação no momento em que for
solicitada. Pois o trato e organização da informação é feita através do
programa de gestão de documentos, como já citado no capítulo anterior.
O Sistema de Informação deve ser integrado com a gestão de
documentos, com o arquivo central e setoriais da organização, assim como
também com a tabela de temporalidade para que se possa ter a automação
nas transferências, no cruzamento de informações e na eliminação de
informações inútil, evitando assim falha no sistema.
Um sistema integrado possibilita a adoção de uma postura de redução
da produção indisciplinada, a duplicação e a distribuição de informações sem
valor, possibilitando assim, a recuperação de forma rápida e eficaz das
informações.
Assim sendo, dentro de um sistema, várias partes trabalham juntas
visando um objetivo em comum a todos. Em um Sistema de Informação não é
diferente, porém o objetivo é um fluxo mais confiável e menos burocrático das
informações.
-
32Em um Sistema de Informação bem construído e bem implantado,
suas principais vantagens são:
• Suporte à tomada de decisão;
• Carga de trabalho manual reduzida;
• Otimização do fluxo de informação permitindo maior agilidade e
organização;
• Redução de custos operacionais e administrativos e ganho de
produtividade;
• Maior integridade e veracidade da informação;
• Maior estabilidade;
• Maior segurança de acesso à informação.
No universo empresarial, o sistema de informações deverá suprir os
dirigentes e administradores de todas as informações necessárias ao processo
de análise e tomada de decisões, bem como racionalizar a produção de
documentos e evitar o armazenamento de informações inúteis.
O acesso à informação e a capacidade de extrair e aplicar
conhecimentos são vitais para o aumento da capacidade de concorrência e o
desenvolvimento das atividades comerciais num mercado gloalizado e sem
fronteiras que temos hoje. As vantagens competitivas são agora obtidas
através da utilização de redes de comunicação e sistemas informáticos que
interrelacionam empresas, clientes e fornecedores.
A qualidade dos sistemas de informação de uma organização é
reconhecidamente uma vantagem corporativa estratégica. Mas, apesar de
todos os avanços tecnológicos, o processamento de informações corporativas
continua sendo complexo e merecedor de especial atenção.
Não se pode esquecer que a decisão estratégica é um processo
-
33qualitativo. A decisão é fruto de uma série de fatores influenciadores do
processo, e a informação é mais um desses fatores.
A recuperação e o acesso à informação e a capacidade de, a partir
desta, extrair e aplicar conhecimentos são vitais para o aumento da
capacidade , concorrência e o desenvolvimento das atividade comerciais num
mercado sem fronteiras e globalizado como o de hoje. As vantagens
competitivas são agora obtidas através da utilização de redes de comunicação
e sistemas informáticos que interrelacionam empresas, clientes e fornecedores
de forma dinâmica e rápida.
O fator estratégico da informação está em saber separar o que é útil e
o que não é, e armazenar o que se julgou ser útil de maneira organizada, de
modo que quando essa informação for solicitada ela seja recuperada
rapidamente. Esse processo de avaliação da informação não é nada fácil e
depende de profissionais que conheçam bem a organização e suas atividades
e processos e que tenham um eficaz Sistema de Informação.
Davenport (2000), em seu livro Ecologia da Informação defende a
administração informacional centrada no ser humano, onde diz:
“...a ênfase primária não está na geração e na
distribuição de enormes quantidades de informação, mas
no uso eficiente de uma quantia relativamente pequena.”
(DAVENPORT, 2000, p.46)
Essa abordagem em vez de concentrar seu foco na tecnologia, busca
entender o modo pelo qual as pessoas criam, distribuem, compreendem e
usam a informação. O autor dá ênfase a importância do fator humano, ainda
que a tecnologia seja a mais avançada, ela precisa do ser humano para ser
manipulada.
-
34O domínio da informação pelo ser humano, através dos Sistemas de
Informação, é visto hoje como uma fonte de poder, uma ferramenta
estratégica, uma vez que permite analisar fatores do passado, compreender o
presente, e principalmente, tomar decisões para o planejamento do futuro.
-
35
CONCLUSÃO
A organização, a recuperação e a qualificação da informação
passaram a ser fator preponderante para as ações empresariais de todos os
níveis da organização. Verifica-se que os avanços tecnológicos e as novas
tecnologias de informação das últimas décadas aumentaram drasticamente a
quantidade de informações, alterando assim, os métodos de guarda, busca
resgate e armazenamento da informação.
Neste sentindo, destacam-se a gestão de documentos e os Sistemas
de Informações, por serem instrumentos específicos e que permitem um
direcionamento no tratamento de informações que podem ser utilizadas em
toda e qualquer empresa, não importando seu segmento de atuação no
mercado nem seu porte.
A gestão de documentos integrada com um Sistema de Informação
bem elaborado e eficiente, viabiliza agilidade no resgate das informações e
ainda minimiza custos de armazenamento de informações inúteis, reduzindo
assim, os graus de incerteza para o processo de tomada de decisão, em todos
os níveis da empresa, principalmente no estratégico.
A qualificação na recuperação das informações evitará redundância de
dados, preservando e agilizando o fluxo das informações necessárias para o
sucesso das ações empresariais, garantindo assim a manutenção,
sustentabilidade e expansão dos negócios neste mercado cada vez mais veloz,
exigente, competitivo e globalizado.
A qualidade dos Sistemas de Informação de uma organização é
reconhecidamente uam vantagem corporativa estratégica. Mas, apesar de
todos os avanços tecnológicos, o processamento de informações corporativas
continua sendo complexo e merecedor de especial atenção.
Não se pode esquecer que a decisão estratégica é um processo
qualitativo. A decisão é fruto de uma série de fatores influenciadores do
-
36processo, e a informação é mais um desses fatores.
O Sistema de Informação deve melhorar o desempenho do elemento
humano e da organização. Como são as pessoas que trabalham na
organização, que manipulam as informações, o sistema de informação deve
atender às suas necessidades, resultando conseqüentemente em um melhor
desempenho da organização.
-
37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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gestão empresarial. São Paulo, Atlas, 2000.
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BIBLIOGRAFIA CITADA
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2 - OLIVEIRA, Djalma de Pinto R.. Sistemas de Informações Gerenciais ,
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3 - CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloisa Liberalli.
Dicionário deTerminologia Arquivística. São Paulo: AAB/Núcleo Regional de
São Paulo/Departamento de Museus e Arquivos, 1996.
4 - INDOLFO, Ana Celeste; CAMPOS, Ana M.V. Cascardo. Gestão de
Documentos: Conceitos e Procedimentos Básicos. Rio de Janeiro, Arquivo
Nacional, 1955.
5 - GARCIA, Olga Maria C.. A Aplicação da Arquivística Integrada,
Considerando os Desdobramentos do Processo d Partir da Classificação.
Dissertação de Mestrado, Santa Catarina, UFSC, 2000.
6 - DIAS, D.; GAZZANEO,G.. Projeto de Sistema de Processamento de Dados.
Rio de janeiro, LTC, 1975
7 - DAVENPORT, Thomas H.. Ecologia da Informação, São Paulo, Editora
Futura, 2000.
8 - MATSUDA.Teoria dos sistemas. Disponível em:
. Acesso
em: 20jul.2010.
-
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
RESUMO 4
METODOLOGIA 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
A INFORMAÇÃO HOJE 9
1.1 – Informação Empresarial 13
1.2 – Informação x Ser Humano 15
1.3 – Política de Informação 16
CAPÍTULO II
GESTÃO DE DOCUMENTOS 18
CAPÍTULO III
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 27
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
BIBLIOGRAFIA CITADA 39
ÍNDICE 40
FOLHA DE AVALIAÇAO 41
-
41
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: