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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE SISTEMAS DE ARQUIVOS PARA O TRATAMENTO E RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO Por: Michele de Oliveira Gomes Orientador Profª. Ana Paula Ribeiro Rio de Janeiro 2010

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    SISTEMAS DE ARQUIVOS PARA O TRATAMENTO E

    RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

    Por: Michele de Oliveira Gomes

    Orientador

    Profª. Ana Paula Ribeiro

    Rio de Janeiro

    2010

  • 2

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    SISTEMAS DE ARQUIVOS PARA O TRATAMENTO E

    RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

    Apresentação de monografia à Universidade

    Candido Mendes como requisito parcial para

    obtenção do grau de especialista em Gestão da

    Qualidade.

    Por: Michele de Oliveira Gomes

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    ...a Deus em primeiro lugar, ao meu

    namorado, aos meus pais e irmãos,

    parentes, aos professores e colegas de

    turma, todos que caminharam comigo e

    me ajudaram a conseguir mais esta

    vitória ...

  • 4

    RESUMO

    Evidenciar a importância do Sistema de Informação para qualificação no

    tratamento e recuperação das informações produzidas e recebidas pelas mais

    diversificadas organizações, informações essas contidas nos mais diversos

    suportes é a finalidade deste trabalho.

    A avalanche de informações disponibilizadas, com as novas tecnologias

    da informação, interfere diretamente no planejamento estratégico das

    empresas, que precisaram reavaliar e repensar os mecanismos para tratar e

    qualificar o volume de informações cada vez maior.

    Novos valores foram atribuídos às variáveis internas e externas e à

    manutenção, sucesso e sobrevivência destas empresas neste mercado

    exigente, competitivo e globalizado, o qual ficou cada vez mais dependente da

    velocidade das ações empresariais que, por sua vez, precisam ser subsidiadas

    de informações precisas e atualizadas.

    Apresenta-se neste trabalho a importância do Sistema de Informações,

    da gestão de documentos e as funções arquivístiicas que proporciarão a

    identificação, seleção, recuperação, disponibilidade, guarda, ou eliminação das

    informação empresariais, de utilização corrente, intermediária e permanente.

    As ações empresariais, os tipos de política de informação, a gestão de

    documentos e as funções arquivísticas serão abordados com ênfase na

    importância de sua utilização para qualificação de gerenciamento das

    informações externas e internas para as diversas áreas empresariais e na

    tomada de decisões gerenciais.

  • 5

    METODOLOGIA

    Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas em

    livros, artigos, revistar acadêmicas da área baseada inicialmente nos seguintes

    autores e suas respectivas obras:

    BEUREN, Ilse Maria: Gerenciamento da Informação um recurso

    estratégico de gestão empresa. São Paulo: Atlas, 2000.

    OLIVEIRA, Djalma de Pinto. Sistemas de informações gerenciasis:

    estratégias, táticas e operacionais. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 1997.

    SCHELLENBERG, Theodore Roosevelt. Arquivos modernos: princípios

    e técnicas. 2ªed.Rio de Janeiro: FGV, 1974.

    ESPOSEL, José Pedro. Arquivos: uma questão de ordem. Niterói, RJ:

    Muiraquitã, 1994.

  • 6

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 07

    CAPÍTULO I - A Informação Hoje 09

    CAPÍTULO II - Gestão de Documentos 18

    CAPÍTULO III – Sistemas de Informações 27

    CONCLUSÃO 35

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

    BIBLIOGRAFIA CITADA 39

    ÍNDICE 40

    FOLHA DE AVALIAÇÃO 41

  • 7

    INTRODUÇÃO

    O objetivo deste trabalho é evidencia a importância de se implantar e

    padronizar um sistema de arquivos para garantir a qualidade no tratamento e

    recuperação das informações arquivísticas.

    Com o surgimento das novas tecnologias nos meados do século

    XX houve uma grande explosão de informações. Os avanços tecnológicos

    revolucionaram e agilizaram os mecanismos de armazenamento, resgate e

    disponibilidade das informações, porém o volume informacional aumentou

    dramaticamente, os suportes convencionais de papel cederam lugar aos

    disquetes, discos ópticos, discos laser, CDs, CD-ROM, pen drives e outros

    tantos para todas as áreas do conhecimento.

    A partir daí surge a necessidade de se separar toda informação

    que se considera relativamente importante daquelas consideradas irrelevantes

    e destituída de valor informacional e cultural. nesse sentido apresenta-se o

    sistema de arquivos e a gestão de documentos, que permitem , através da

    aplicação das suas funções, a racionalização e qualificação do volume

    informacional de toda e qualquer instituição, seja ela de pequeno, médio ou

    grande porte.

    Este trabalho visa mostrar a importância de se elaborar e

    implantar a padronização dos processos arquivísticos e um Sistema de

    Informação , que é um diferencial para o tratamento das informações que

    acontece através de instrumentos arquivísticos, os quais viabilizam a

    identificação, classificação, armazenamento ou descarte de informações

    inúteis de todos os suportes documentais, e assim reduzir em quantidades

    expressivas o acúmulo de massa documental, que acaba prejudicando os

    diverso processo na administração, e assim comprovar que o controle do fluxo

    informacional adquire um papel decisivo no desenvolvimento dos trabalhos de

    implementação e continuidade dos sistemas de gestão da qualidade.

  • 8

    A gestão de documentos e um sistema de arquivos atuante vão

    afetar positivamente em todas as ações institucionais e ainda reduzirão custos

    com armazenamento desnecessário, possibilitando agilidade e eficácia no

    resgate das informações necessárias, garantindo, assim, respostas rápidas e

    desburocratização dos processos.

  • 9

    CAPÍTULO I

    A INFORMAÇÃO HOJE

    A informação como conhecemos hoje, se deu graças a grandes

    evoluções no modo de escrita e transformações tecnológicas. A produção e

    troca de informações, como conhecemos hoje, não seriam possíveis sem o

    surgimento da escrita. Desde quando foi criada á milhares de anos, ela teve a

    função de armazenar e transmitir informações.

    Todo o desenvolvimento e evolução da escrita foram

    fundamentais para o aumento da produção informacional.

    Após o advento da segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria, período

    histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre Estados, observou-

    se uma avalanche de produção de informacional.

    A palavra informação provém do latim informatione e significa o ato ou

    efeito de informar-se, conhecimento, participação e ainda comunicação ou

    notícia trazida ao conhecimento de uma pessoa ou público.

    A palavra informação tem sido utilizada nos mais diversos

    sentidos. Fala-se da sua produção, emergência e gestão. Discute-se sobre as

    sociedades da informação, a revolução da informação, a era da informação,

    etc...

    Existem vários títulos pomposos referentes a esse assunto,

    porém em vários deles a discussão acadêmica do problema que é a

    administração desse volume informacional, passa ao longe e as idéias são

    expostas sem qualquer rigor ou compromisso com o saber já acumulado até

    hoje.

    O avanço tecnológico das duas últimas décadas levou a

    informática para os mais diversos ambientes de trabalho. Assim, monitores,

    CPU, hardwares, softwares, teclados, intranet, internet, etc. são consideradas

  • 10ferramentas indispensáveis principalmente na produção, divulgação, no

    armazenamento e no resgate das informações.

    Para executar as tarefas das mais diversas áreas é necessário

    saber operar equipamentos informáticos e manejar sistemas operacionais,

    processadores de texto, planilhas eletrônicas e programas diversos.

    Porém não está claro, para muitos, que a informática lida com

    informações, em sua maioria, com características arquivísticas, porque os

    computadores apenas sistematizam os dados que foram inseridos, por uma

    pessoa, em sua memória. Lopes (1995) observa que:

    “...a informação nasce no cérebro humano, a

    partir da captação exterior dos sentidos e é expressa ou

    registrada pelas faculdades mentais e motoras dos

    homens...” (LOPES, 1996, P.15)

    Isso acontece naturalmente com ou sem ajuda de ferramentas,

    objetos ou máquinas.

    A informação é um processo que visa o conhecimento, ou seja,

    pode-se dizer que a informação é tudo que reduz a incerteza, visando a

    cristalização do conhecimento.

    Oliveira (1997) apresenta, em seu livro Sistemas de Informações

    Gerenciais, a seguinte definição:

  • 11"Informação é o dado trabalhado que permite ao

    executivo tomar decisões. Sendo que dado é qualquer

    elemento identificado em sua forma bruta que si só não

    conduz a uma compreensão de determinado fato ou

    situação" (OLIVEIRA, 1997, p.34).

    O conceito de informação está intimamente ligado com o conceito

    de dado e conhecimento. Na prática, não é uma tarefa fácil distinguir esses

    três conceitos. Essa distinção fica ainda mais complicada quando se tenta

    identificar os limites de cada um dos conceitos e percebe-se que os três são

    intimamente interligado. Então vamos fazer a distinção de cada um deles para

    que se possa ter um entendimento maior deste trabalho:

    • Dados: são os itens que representam fatos, textos, gráficos,

    imagens estáticas, sons, segmentos de vídeo analógicos ou digitais etc.

    Os dados são coletados, por meio de processos organizacionais, nos

    ambientes internos e externos. Dados são sinais que não foram

    processados, correlacionados, integrados, avaliados ou interpretados de

    qualquer forma. Podemos dizer que os dados representam matéria-

    prima a ser utilizada na produção da informação. Assim é possível

    perceber que os dados podem ser descritos através de representações

    formais e estruturais, podendo obviamente ser armazenados em um

    computador e processados por ele.

    • Informação: neste nível, os dados passam por algum tipo de

    processamento para serem exibidos em uma forma inteligível às

    pessoas que irão utiliza-los. O processo de transformação envolve a

    aplicação de procedimentos, que incluem formatação, tradução, fusão,

    impressão e assim por diante. A maior parte deste processo pode ser

    executada automaticamente.

    Uma vez que os dados tenham sido transformados em

    informação, pelo menos uma interpretação inicial, é possível refinar as

  • 12informações mediante um processo de elaboração. As informações

    resultantes deste processo incluem características adicionais do

    problema, geram hipóteses, conseqüências das hipóteses, sugerem

    soluções para o problema, explanação e justificativas de sugestões,

    crítica de argumentos etc.

    Assim, não é possível processar informações diretamente em um

    computador. Para isso é necessário reduzi-la a dados.

    •Conhecimento: podemos definir conhecimento como sendo

    informações que foram analisadas e avaliadas sobre a sua

    confiabilidade, sua relevância sua importância. Neste caso, o

    conhecimento é obtido pela interpretação e integração da vários dados e

    informações. O processo de transformação é realizado por meio de

    avaliação de dados e informações. É por meio do conhecimento que

    aqueles que assessoram as decisões buscam uma compreensão mais

    efetiva da situação problema.

    O conhecimento não é estático, modificando-se mediante a

    interação com o ambiente sendo este processo denominado

    aprendizado. Uma visão mais ampla é que o aprendizado é a integração

    de novas informações em estruturas de conhecimento, de modo a torná-

    las potencialmente utilizáveis em processos futuros de processamentos

    e de elaboração. A informação pode ser inserida em um computador por

    meio de uma representação em forma de dados. Como o conhecimento

    não é sujeito a representações, não pode ser inserido em um

    computador, pois o conhecimento é característico do ser humano.

    Agora que sabemos melhor a distinção destes três conceitos

    (dados, informação e conhecimento), vamos nos aprofundar um pouco

    mais sobre os diferentes meios de atuação da informação e suas

    diferentes formas.

  • 13

    - Informação Empresarial

    A informação empresarial é sem dúvida a que mais dá trabalho aos

    estudiosos da área. Pois hoje se considera a informação empresarial como

    matéria-prima para o planejamento estratégico da organização, e é por isso

    que podemos observar uma grande produção intelectual nesse sentido.

    No contexto empresarial, o gerenciamento das informações torna-se

    prioritário no processo de gestão, devido á quantidade e à velocidade de

    informações, ao ambiente de competitividade, às mudanças econômicas

    mundiais e ao cenário caracterizado pela era do conhecimento. O grande

    volume massificado de informações precisa ser transformado em informação

    com significado para os diversos níveis das organizações.

    Neste sentido, mais do que planejar a utilização das informações

    internamente, as empresas devem fazer uso de tecnologias da informação em

    termos estratégicos por ser um recurso que interfere diretamente na

    sobrevivência ou não da organização no mercado competitivo.

    A competição entre os fornecedores de produtos e serviços

    ocorre também na qualidade, confiabilidade e responsabilidade no

    gerenciamento destas informações produzidas, recebidas e geridas por cada

    organização.

    Para que os pontos citados acima sejam alcançados, é preciso

    que estejam sob o alicerce de dados e números confiáveis e eficientes para

    tomadas de decisões nos mais diversos níveis hierárquicos dentro da empresa.

    No ambiente empresarial, os objetivos e metas, a estrutura e sua

    cultura precisam ser analisados, dessa análise, deduz-se quais informações

    necessárias e que tipo de sistema de informação são requeridos. Finalmente, a

    qualidade pode ser obtida comparando a informação requerida e disponível e

    os sistemas de informações requeridos e aqueles desenvolvidos.

    No mundo empresarial, quanto mais dependente de informação

  • 14uma empresa se torna maior deve ser a garantia de uma boa qualidade destas

    informações. Conseqüentemente, as empresas devem avaliar as informações

    que utilizam, as que produzem, as que descartam e as que decidem guardar,

    periodicamente.

    O diferencial competitivo das empresas, em um mercado cada

    vez mais exigente, competitivo, diversificado e globalizado, ocorre com a

    otimização e eficácia dos recursos materiais e humanos disponíveis para a

    captação, gerenciamento e qualificação do volume informacional existente.

    As informações, tanto externas quanto internas, precisam estar

    disponibilizadas no exato momento em que qualquer setor ou membro da

    empresa necessitar utilizá-las.

    Operacionalmente, pode-se salientar três aspectos considerados

    básicos para um gerenciamento administrativo: respostas rápidas, serviços

    eficientes e desburocratização dos processos. Todos esses, claro, sob o

    alicerce de dados e números confiáveis e eficazes para que as tomadas de

    decisões empresariais sejam mais proveitosas para a organização como um

    todo.

    As informações empresariais são de vários tipos, desde o simples

    processamento da folha de pagamento até a reunião de dados que

    transformarão os movimentos do mercado financeiro em informações

    estratégicas sobre a venda de ações pela empresa.

    O processo de produção, difusão, captação e interpretação da

    informação está sofrendo uma transformação profunda, tanto nas formas

    quanto nos conteúdos dos sistemas de gestão e administração do

    conhecimento no interior da empresa. Com isso, são provocadas mudanças

    comportamentais e culturais nas pessoas que produzem e utilizam essas

    informações nas organizações. Essas mudanças nem sempre são vistas com

    bons olhos por membros conservadores dentro da organização.

  • 15

    - Informação x Ser Humano

    A velocidade exigida pelo mundo cada vez mais globalizado pode

    ser expressa pelo aumento do volume de informações no dia-a-dia das

    pessoas. A criação e difusão da Internet levou este processo ao apogeu em

    que estamos hoje. Nesta rede que liga computadores pessoais do mundo

    inteiro, em tempo real, o volume de informações é quase infinito. Por conta da

    velocidade na transmissão das informações os conhecimentos adquiridos por

    uma pessoa no início de sua vida profissional serão absoletos no final de sua

    carreira.

    Por ser subjetivo, o conceito de qualidade aplicado em

    informação é bastante amplo. Conseqüentemente, a não construção de um

    modelo formal para a qualidade dentro de uma empresa, pode implicar em

    erros no processo. Entretanto, na grande maioria das empresas, isto é feito

    sem levar em conta o seu principal recurso, as pessoas. Devido a limitação do

    potencial de captação de informações e conhecimento do ser humano, do

    ponto de vista físico, mental e psicológico, existe um ponto de equilíbrio entre a

    quantidade de informação recebida e a assimilada. Metas e mais metas são

    "colocadas" para as pessoas, que atordoadas com tamanha pressão, chegam

    a gerar ou classificar informações de forma errônea e imprópria.

    Os novos suportes informacionais, as novas tecnologias

    revolucionaram o meio empresarial e acarretaram transformações no processo

    de produção, difusão, captação e interpretação das informações, inferindo

    mudanças culturais e comportamentais nas pessoas que produzem e utilizam

    estas informações.

    Tentando diminuir a carga de informações "per capita" dentro das

    organizações e assim diminuir a quantidade de informações que cada pessoa

    deva administrar, e com isso aumentar a qualidade dessas informações,

    algumas ferramentas computacionais foram criadas. Existem várias linhas de

    produtos para esse fim, alguns se destinam a sintetizar informações, outros,

    com base nas informações coletadas e regras, previamente de materiais

  • 16dentro da linha de montagem.

    Assim, da mesma forma que a tecnologia aumenta a velocidade e

    a quantidade de informações, ela mesma torna possível a construção de

    ferramentas que auxiliam as pessoas a manusear uma quantidade cada vez

    maior de informações com qualidade.

    O difícil, em todo este processo, é encontrar o limite do ser

    humano, o seu ponto de equilíbrio, pois, não existe qualidade nas informações

    sem respeitar a qualidade de vida das pessoas.

    -Política de Informação

    A informação é produzida e influenciada a cada minuto pelo

    poder, pela economia, pela cultura, pelo mercado interno e externo e pela

    política de informação adotada pelas diferentes instituições.

    Varias pesquisas e estudos na área indicam que a política de

    informação adotada é o fator de fracasso ou de sucesso dos projetos de

    desenvolvimento de sistemas informacionais. Essas políticas são basicamente

    centralizadas ou descentralizadas. Portanto, se utilizados corretamente, podem

    viabilizar o sucesso da organização, porém se utilizado de forma errônea, o

    sistema pode levar ao fracasso, ou ate mesmo ao fechamento da organização.

    Para se evitar esse tipo de erro, é preciso que se faça um estudo

    minucioso de todas as atividades da organização, para que se possa ter noção

    das reais necessidades da empresa, adotando assim um sistema que satisfaça

    a organização como um todo.

    Historicamente falando, as políticas de sistemas centralizados

    costumam ser melhor sucedidas do que sistemas descentralizados. Isso

    porque em sistemas centralizados as informações ficam concentradas em um

  • 17só lugar, ao final de seu processo, todas as informações se concentram em um

    só lugar, o que facilita a recuperação da informação, evitando o extravio de

    informações que podem ser de grande valor histórico, jurídico ou

    administrativo.

  • 18

    CAPÍTULO II

    GESTÃO DE DOCUMENTOS

    Em breve histórico sobre a gestão de documentos, podemos dizer que

    foi criada em 1950 pelo o governo dos E.U.A., através da segunda Comissão

    Hoover que criou a gestão de documentos com a assinatura do “Federal

    Records Management”, que ficou conhecido como assinatura “Act 50”, dando

    origem ao conceito de gerência de documentos desde sua produção até seu

    destino final, mostrando a necessidade de se racionalizar e modernizar as

    administrações sobre os seguintes aspectos:

    • Trabalhar a reforma administrativa em relação à geração,

    armazenamento e destinação dos documentos produzidos pelo Governo

    Federal;

    • Fazer um estudo completo da organização e funcionamento das

    repartições públicas federais;

    • Criar um programa que simplifique e uniformize os métodos

    contábeis e fiscais em todo o país, reduzindo seu volume documental;

    • Garantir que as políticas e atividades do governo fossem

    documentadas adequadamente, com vistas a melhorar a organização dos

    documentos de valor permanente, bem como inibir sua eliminação

    indiscriminada;

    • Definir critérios de avaliação da massa documental;

    • Criar um sistema de arquivos intermediários;

    • Transformar o “ National Archives Establishment” em “ National

    Archives and Records Services”.

    Podemos conceituar a gestão de documentos como um conjunto de

  • 19operações técnicas que atuam em todas as atividades da organização e

    principalmente no arquivo, e que são capazes de controlar e racionalizar as

    atividades de produção, manutenção, uso, guarda, avaliação, seleção e

    destinação de documentos, não importando qual seja seu suporte, através do

    planejamento, da organização e da coordenação de pessoal, espaço e

    equipamento. A gestão de documentos tem como finalidade acumular,

    adequadamente, documentação para a pesquisa histórica, viabilizando e

    dando apoio à tomada de decisões gerenciais com total qualidade.

    Analisando-se este conceito, pode-se extrair três importantes

    momentos na gestão documental que são a produção, a utilização e a

    avaliação para a determinação do destino destes documentos. Esta

    determinação deve ser embasada pelo uso da Tabela de Temporalidade que é

    o instrumento normativo, elaborado por profissionais, das mais diversas áreas,

    principalmente a jurídica, administrativa e contábil, com auxílio de historiador e

    sob a coordenação do arquivista, e com o aval final da diretoria.

    A Tabela de Temporalidade é um instrumento básico para a

    destinação de documentos. Ela é elaborada após o processo de avaliação

    documental e deverá ser aprovada no mais alto escalão das empresas

    (gerência e diretoria) para que sejam cumpridas na íntegra suas

    determinações de eliminação de documentos.

    A Tabela de Temporalidade dos documentos determinará os prazos

    prescricionais e orientará a eliminação ou guarda permanente dos

    documentos.

    Os resultados decorrentes da aplicação da Tabela de temporalidade,

    no âmbito das organizações e empresas, são muito positivos e, de acordo com

    a Norma Técnica ABNT-NBR 10519/1988, deverão ser alcançados:

    - Facilidade para distinguir os documentos de armazenamento

    temporário dos de guarda permanente;

    - Eliminação imediata da documentação cuja a guarda não se

  • 20justifique, como por exemplo, as cópias, desde que não sejam as

    mesmas únicos exemplares no órgão;

    - Racionalizar, principalmente em termos econômicos, das atividades

    de transferência e recolhimento.

    Abaixo segue a descrição de cada fase da gestão de documentos:

    • Produção documental – é o ato de elaborar documentos em função

    das atividades específicas de um órgão ou setor, tais como: correspondência,

    formulários, fichas, bem como utilizar novas tecnologias;

    • Utilização – atuar desde o fluxo a ser percorrido pelo documento a

    fim de cumprir sua função administrativa, até seu arquivamento. Esta fase está

    ligada a gestão de arquivos e a implantação de sistemas de comunicação,

    informações e arquivo.

    • Destinação dos documentos – envolve as atividades de avaliação,

    seleção, destinação e fixação de prazos de guarda dos documentos.

    Os objetivos da gestão de documentos são:

    • Padronizar e racionalizar as atividades técnicas ligadas à produção,

    tramitação, organização, utilização e destinação final dos documentos,

    viabilizando os serviços;

    • Aperfeiçoar e simplificar o ciclo documental;

    • Reconstituir a história, não somente cronologicamente, mas também

    crítica e científica;

    • Conservar os documentos a um custo mínimo de espaço e

    manutenção, enquanto indispensável às atividades correntes.

    A informação de interesse específico do administrador ou do

    acumulador/produtor do documento encontra-se, predominantemente, na

  • 21primeira fase documental, ou seja, nos arquivos correntes onde os documentos

    são consultados com maior freqüência, devido ao seu uso

    funcional/administrativo/jurídico. E uma segunda parcela preserva-se no

    arquivo na fase intermediária, ou seja, são os documentos que não são mais

    consultados com tanta freqüência, e que aguardam a sua avaliação que

    definirá sua destinação final em depósito de armazenamento temporário, ou

    seja, se serão guardados permanentemente ou serão eliminados após

    determinado tempo. Apesar de menos consultados, quando houver

    necessidade precisam estar acessíveis para o administrador.

    Essas duas fases documentais são abrangidas pela gestão de

    documentos que, na definição de Camargo e Bellotto diz ser:

    "... um conjunto de procedimentos e operações técnicas

    visando à racionalização e eficiência na produção,

    tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase

    corrente e intermediária, do documento, visando a sua

    eliminação ou recolhimento para a guarda permanente."

    (CAMARGO E BELLOTTO, 1996, p.41).

    A esse conceito descrito acima acrescenta-se um dos objetivos

    definidos por Indolfo e Campos (1995) que diz:

    "... que a gestão de documentos é garantir que a

    informação governamental esteja disponível quando

    necessária ao governo e aos cidadãos." (INDOLFO E

    CAMPOS, 1995, p.14).

  • 22Apesar de explícita referência ao Estado, tal complemento pode ser

    extensiva a qualquer organização privada, observando-se a adaptação quanto

    aos interessados em seu acervo documental.

    A UNESCO define gestão de documentos como a parte do

    processo administrativo relacionada à aplicação de princípios de economia e

    eficácia na criação, manutenção e uso de documentos, bem como na sua

    eliminação. Compreende, portanto, a planificação, o controle, a direção, a

    organização, a capacitação, a promoção e outras atividades gerenciais

    relativas à criação de arquivos e sua manutenção, incluindo o manejo de

    correspondências, formulários, diretrizes, informes, documentos de leitura

    óptica, microformas, recuperação de informação, fichários, malotes, máquinas

    duplicadoras, código de classificação por assunto e técnicas de automatização

    de dados entre outras.

    Há ainda níveis estabelecidos pela UNESCO para a gestão de

    documentos, são eles:

    • Mínimo – os órgãos devem contar, ao menos, com programas de

    retenção e eliminação de documentos e estabelecer procedimentos para

    recolher à instituição de arquivo público aqueles de valor permanente.

    • Mínimo ampliado – complementa o primeiro com a existência de um

    ou mais centros de arquivamento intermediário.

    • Intermediário – completa os dois primeiros, bem como a adoção de

    programas básicos de elaboração e gestão de formulários e correspondências

    e a implantação de sistemas de arquivos.

    • Máximo – todas as anteriores mais gestão de diretrizes

    administrativas, de telecomunicações e o uso de recursos de automação.

    A gestão de documentos baseia-se em dispensar tratamento às

    informações contidas em todos os tipos documentais, seja qual for seu

    suporte, desde a sua produção, tramitação e uso até a sua destinação final.

  • 23 Um programa de gestão documental bem elaborado viabiliza às

    empresas e organizações, de qualquer porte, o controle da qualidade e

    quantidade da documentação e informações que produzem e recebem,

    garantindo assim, o acesso a essas informações de forma rápida e com

    qualidade, e de acordo com as necessidades de cada usuário.

    Vale destacar a observação de Garcia que diz:

    "O aspecto mais importante da gestão de

    documentos é a sua utilização como fonte de informação.

    As informações só serão úteis se fizerem parte de um

    programa centrado na missão da organização e

    integrado. Para tanto é fundamental o planejamento da

    gestão da informação que necessariamente implica na

    gestão dos documentos de conteúdo informacional.

    Assim, a gestão de informações integrada num

    conjunto organizado e estruturado é fundamental para

    que possam ser acessadas, tornando-se úteis aos

    responsáveis pelas decisões gerenciais." (GARCIA,

    2000, p.56).

    Garcia destaca a gestão documental como ferramenta

    fundamental para a recuperação da informação, de forma ordenada, rápida e

    com qualidade para servir de apoio para a tomada de decisões gerenciais.

    De modo geral, seja pôr necessidade cotidiana ou legal, empresários e

    organizações dos mais diferentes seguimentos, sentem a necessidade de

    possuírem sua documentação organizada e preparada para eventuais

    fiscalizações internas e externas, como a classificação da série ISO 9000.

    A informação deve ser considerada, organizada e tratada como

  • 24recurso tão importante quanto os recursos humanos e financeiros.

    A informação bem organizada através da gestão de documentos torna-

    se um recurso vital dentro da organização, pois o controle e utilização da

    informação é uma atividade importante e decisiva para o sucesso ou fracasso

    da organização.

    Se a gestão de documentos se mostra tão benéfica para as mais

    diversas organizações, não importando seu segmento ou tamanho, nos

    perguntamos por que ainda existe empresas que ainda tem sua documentação

    mergulhada em absoluto caos e desordem, que ainda e não adotaram a

    prática da gestão de documentos?

    A resposta à essa pergunta é simples e inaceitável para qualquer

    profissional da informação. A maior dificuldade que ainda encontramos no

    decorrer do processo de implantação da gestão de documentos se encontra na

    resistência às mudanças, nos hábitos arraigados, cuja justificativa se perdeu

    no tempo. Pois ainda existem organizações que não aceitam ou relutam a

    aceitar qualquer tipo de mudança em seus procedimentos administrativos,

    ainda que essas mudanças sejam para melhorar e racionalizar as atividades e

    rendimento da empresa.

    Esse tipo de mentalidade conservadora e inflexível ainda pode ser

    vista comumente nas mais diversas organizações existentes hoje. Pois esse é

    um dos entraves que dificulta a implantação de técnicas inovadoras.

    Pois no mundo contemporâneo, com a globalização e a

    competitividade comercial, a gestão de documentos que tem como finalidade o

    tratamento da informação, torna-se matéria prima para o planejamento

    estratégico de qualquer organização que queira sobreviver e fincar pilares

    rígidos e consistentes para o futuro. Pois quem dispõe com mais rapidez das

    melhores informações, pouco importando a sua proveniência, seu suporte ou

    tipo, apresenta as melhores condições de ter uma maior e melhor

    competitividade.

  • 25A ação estratégica baseada na captação e trato da informação a ser

    implantada por uma instituição é resultado de uma estratégia desenvolvida

    segundo os seguintes procedimentos: a instituição coleta dados de seu

    ambiente externo e do ambiente interno, a partir dos quais resultam em

    informações estratégicas (obtidas do monitoramento externo) e não

    estratégicas (monitoramento interno) que, em confronto com os conhecimentos

    tácitos (práticos) e explícitos (registrados – processos administrativos,

    balanços, balancetes, relatórios, etc) da organização formam, somados à

    contribuição de especialistas , o conhecimentos estratégico, que por sua vez,

    vai embasar a inteligência estratégica (uso do conhecimento) da instituição.

    Todo esse processo de captação da informação é feita através da

    gestão de documentos, que acompanha todo esse processo desde a

    captação/produção da informação/documento até sua destinação final.

    O planejamento estratégico está intimamente ligado com a gestão de

    documentos, na qualidade da informação tratada e recuperada. A gestão de

    documentos dá suporte para a recuperação da informação que tem que ser

    eficaz e rápida para dar apoio à tomada de decisão na área jurídica e pela

    gerência, que irá definir o rumo que a organização irá tomar.

    Tudo isso é trivial para a sobrevivência ou não da organização no

    mercado competitivo e globalizado. Quem dispuser de mais informações e

    souber usá-las estrategicamente está mais apto a manter sua organização

    viva.

    Essa é a tendência do século XXI. Mercados globalizados e

    competitivos. As organizações tiveram que se adaptar a essa nova realidade, e

    como estamos na “Era da Informação”, a informação passou a ser vista com

    outros olhos.

    Informação passou a ser meteria-prima para o planejamento

    estratégico. E isso só é possível graças a métodos inovadores de

    administração da informação, juntamente com profissionais competentes e

  • 26reciclados que queiram, e que tenham apoio por parte da gerencia, implantar

    métodos modernos afim de melhorar o desempenho da organização junto ao

    mercado, métodos esses como por exemplo a gestão documental.

  • 27

    CAPÍTULO III SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

    O século XX é considerado aquele do advento da Era da Informação, o

    da sociedade da Informação. A partir de então, a informação começou a ser

    produzida com velocidade muito maior que a dos corpos físicos. Desde a

    invenção do telégrafo elétrico em 1837, passando pelos meios de

    comunicação de massa, e até mais recentemente, o surgimento das grandes

    redes de comunicação e transmissão de dados que é a Internet, o ser humano

    teve que aprender a conviver e a lidar com um crescimento exponencial, e

    jamais visto antes, do volume de dados produzidos e disponíveis.

    Antes da popularização dos computadores, os sistemas de informação

    nas organizações baseavam-se basicamente em métodos e técnicas de

    arquivamento e recuperação de informações, de forma manual, de grandes

    arquivos. Geralmente existia a figura do "arquivador" (hoje conhecido como

    arquivista), que era a pessoa responsável em organizar os dados, registrá-los,

    catalogá-los e recuperá-los quando solicitado.

    Esses métodos, aparentemente simples, exigiam um grande esforço

    para manter os dados organizados e atualizados bem como para recuperá-los.

    As informações em papéis também não possibilitavam, e dificultavam em muito

    o cruzamento e a análise dos dados. Podemos citar um exemplo: o inventário

    de estoque de uma determinada empresa não era uma tarefa trivial nessa

    época, pois a atualização dos dados não era uma tarefa prática e fácil, e quase

    sempre envolvia muitas pessoas, aumentando a probabilidade de ocorrerem

    erros, ou seja, o trabalho despendido a essa tarefa era muito grande e

    oneroso. Esse tipo de tarefa que pode ser feita facilmente hoje com um

    sistema computadorizado.

    A informação e a tecnologia caminham juntas desde que os primeiros

    computadores surgiram e se tornaram equipamentos comerciais ainda na

    década de 60. No início, os programas e aplicações eram construídos

  • 28isoladamente sem a preocupação com a existência de duplicidade de

    processos e dados.

    Com a evolução tecnológica, a abordagem sistêmica da informação

    começou a ser uma tendência e até mesmo uma necessidade nas

    organizações. Surgiu, então, o conceito de Sistema de Informação, que

    segundo Dias e Gazzaneo:

    “... veio dar ao computador uma nova dimensão,

    transformando-o de mero processador de dados em

    elemento preponderante na racionalização e na

    dinamização do trabalho na empresa...” (DIAS e

    GAZZANEO, 1975, p.24)

    Destaca-se ainda que com a evolução tecnológica que está ocorrendo

    no desenvolvimento e implantação de Sistemas de Informações, a qualidade

    da informação utilizada nas empresas passa a ser o foco principal.

    Os Sistemas de Informações é o método mais moderno na área

    arquivística no que diz respeito à recuperação da informação, que é a

    tendência dos estudos na área devido ao avanço tecnológico, o aumento na

    produção informacional o que tem provocado uma avalanche de informações

    produzidas indiscriminadamente. Por isso o foco na arquivística hoje tem sido

    desenvolver métodos e sistemas que ajudem a administrar e a recuperar as

    mais diversas informações, juntamente com os profissionais da área de

    Tecnologia da Informação (T.I.).

    Na definição de Sistemas de Informações para Matsuda (2007), ele diz

    o seguinte:

  • 29“Sistemas de Informação são processos administrativos

    que envolvem processos menores que interagem entre si.

    O sistema é dividido em subsistemas que podem ser:

    produção/serviço, venda, distribuição, materiais,

    financeiro, recursos humanos e outros, dependendo do

    tipo de empresa. O departamento de informática da

    empresa cruza esses subsistemas, o que leva a uma

    abordagem sistemática integrativa, envolvendo questões

    de planejamento estratégico da empresa.” (MATSUDA,

    2007).

    As tecnologias dos Sistemas de Informação não incluem somente

    componentes de máquina. Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar

    com o ciclo da informação como: técnicas de classificação, por exemplo, que

    não requerem uso de máquinas apenas um esquema intelectual desenvolvido

    e executado pelo recurso humano. Este esquema pode, também, ser incluído

    em um software que será usado, mas isso não elimina o fato que a técnica já

    existia independentemente do software.

    Pode-se dizer que Sistema de Informação é a expressão utilizada para

    descrever um sistema qualquer, adotado pra a administração da informação

    dentro de uma organização, seja esse sistema automatizado ou manual, que

    abrange máquinas, recursos humanos e/ou métodos para coletar, processar,

    recuperar, transmitir e disseminar dados que representam informações para o

    usuário ou cliente.

    Um Sistema de Informação não precisa ter essencialmente

    computadores envolvidos, basta ter várias partes trabalhando dinamicamente

    entre si para gerar informações. Todos trabalhando para atingir um objetivo

    comum a todos os envolvidos nesse processo.

  • 30Na observação feita por Matsuda (2007), em relação a integração do

    fator humano com o apoio tecnológico :

    “...um sistema de informação é formado por três

    componentes: as pessoas que participam da informação

    da empresa; as estruturas da organização (circuitos de

    informação, documentos) e as tecnologias de informação

    e de comunicação. Isso tudo leva a um grande volumes

    de dados e informações que gera uma complexidade de

    processamento...” (MATSUDA, 2007)

    O sistema pode ser tanto manual quanto computadorizado, baseado

    em TI, ou ainda, uma mescla dos dois. Acontece que um Sistema de

    Informação de grande porte dificilmente sobrevive atualmente sem estar

    informatizado, devido ao avanço tecnológico, que cada vez mais diminui o

    espaço de tempo de produção e transmissão da informação, o que por si só

    não elimina o fator humano no processo. É a interação dos componentes da TI

    com o componente humano que faz com que um Sistema de Informação tenha

    funcionalidade, utilidade e, principalmente, qualidade para a organização.

    Na definição feita por Polloni (2000), sugere que Sistema de

    Informação é qualquer sistema utilizado para prover informações qualquer que

    seja sua utilização.

    Assim, do ponto de vista mais técnico, todo sistema de informação

    pode ser visto como um conjunto de programas e de estruturas de dados.

    Historicamente, os métodos da análise e projeto de sistemas

    enfocaram dados e processos. Mas de uma tomada inicial em algoritmos,

    programas e processos, as metodologias de desenvolvimento migraram para

    uma abordagem centrada nos dados. A partir de então, as preocupações dos

  • 31usuários e desenvolvedores de sistemas foram passando dos dados

    operacionais para as informações organizacionais envolvidas no processo de

    tomada de decisões gerenciais. Os sistemas evoluíram a partir do

    desenvolvimento tecnológico para acompanhar a gerência de negócio nas

    mais diversificadas organizações.

    Não existe um Sistema de Informação padrão que se adeque e supra a

    as necessidades de todas as organizações. Cada organização que se

    interesse a implantar um Sistema de Informação deve saber exatamente o que

    quer. Quais informações querem recuperar no momento certo e suas reais

    necessidades. E o fundamental, suas informações já devem estar organizadas

    através de um programa de gestão de documentos bem implantado.

    Um Sistema de Informação não é desenvolvido para organizar a

    informação. Seu papel principal é facilitar e proporcionar de forma rápida e

    com qualidade a recuperação da informação no momento em que for

    solicitada. Pois o trato e organização da informação é feita através do

    programa de gestão de documentos, como já citado no capítulo anterior.

    O Sistema de Informação deve ser integrado com a gestão de

    documentos, com o arquivo central e setoriais da organização, assim como

    também com a tabela de temporalidade para que se possa ter a automação

    nas transferências, no cruzamento de informações e na eliminação de

    informações inútil, evitando assim falha no sistema.

    Um sistema integrado possibilita a adoção de uma postura de redução

    da produção indisciplinada, a duplicação e a distribuição de informações sem

    valor, possibilitando assim, a recuperação de forma rápida e eficaz das

    informações.

    Assim sendo, dentro de um sistema, várias partes trabalham juntas

    visando um objetivo em comum a todos. Em um Sistema de Informação não é

    diferente, porém o objetivo é um fluxo mais confiável e menos burocrático das

    informações.

  • 32Em um Sistema de Informação bem construído e bem implantado,

    suas principais vantagens são:

    • Suporte à tomada de decisão;

    • Carga de trabalho manual reduzida;

    • Otimização do fluxo de informação permitindo maior agilidade e

    organização;

    • Redução de custos operacionais e administrativos e ganho de

    produtividade;

    • Maior integridade e veracidade da informação;

    • Maior estabilidade;

    • Maior segurança de acesso à informação.

    No universo empresarial, o sistema de informações deverá suprir os

    dirigentes e administradores de todas as informações necessárias ao processo

    de análise e tomada de decisões, bem como racionalizar a produção de

    documentos e evitar o armazenamento de informações inúteis.

    O acesso à informação e a capacidade de extrair e aplicar

    conhecimentos são vitais para o aumento da capacidade de concorrência e o

    desenvolvimento das atividades comerciais num mercado gloalizado e sem

    fronteiras que temos hoje. As vantagens competitivas são agora obtidas

    através da utilização de redes de comunicação e sistemas informáticos que

    interrelacionam empresas, clientes e fornecedores.

    A qualidade dos sistemas de informação de uma organização é

    reconhecidamente uma vantagem corporativa estratégica. Mas, apesar de

    todos os avanços tecnológicos, o processamento de informações corporativas

    continua sendo complexo e merecedor de especial atenção.

    Não se pode esquecer que a decisão estratégica é um processo

  • 33qualitativo. A decisão é fruto de uma série de fatores influenciadores do

    processo, e a informação é mais um desses fatores.

    A recuperação e o acesso à informação e a capacidade de, a partir

    desta, extrair e aplicar conhecimentos são vitais para o aumento da

    capacidade , concorrência e o desenvolvimento das atividade comerciais num

    mercado sem fronteiras e globalizado como o de hoje. As vantagens

    competitivas são agora obtidas através da utilização de redes de comunicação

    e sistemas informáticos que interrelacionam empresas, clientes e fornecedores

    de forma dinâmica e rápida.

    O fator estratégico da informação está em saber separar o que é útil e

    o que não é, e armazenar o que se julgou ser útil de maneira organizada, de

    modo que quando essa informação for solicitada ela seja recuperada

    rapidamente. Esse processo de avaliação da informação não é nada fácil e

    depende de profissionais que conheçam bem a organização e suas atividades

    e processos e que tenham um eficaz Sistema de Informação.

    Davenport (2000), em seu livro Ecologia da Informação defende a

    administração informacional centrada no ser humano, onde diz:

    “...a ênfase primária não está na geração e na

    distribuição de enormes quantidades de informação, mas

    no uso eficiente de uma quantia relativamente pequena.”

    (DAVENPORT, 2000, p.46)

    Essa abordagem em vez de concentrar seu foco na tecnologia, busca

    entender o modo pelo qual as pessoas criam, distribuem, compreendem e

    usam a informação. O autor dá ênfase a importância do fator humano, ainda

    que a tecnologia seja a mais avançada, ela precisa do ser humano para ser

    manipulada.

  • 34O domínio da informação pelo ser humano, através dos Sistemas de

    Informação, é visto hoje como uma fonte de poder, uma ferramenta

    estratégica, uma vez que permite analisar fatores do passado, compreender o

    presente, e principalmente, tomar decisões para o planejamento do futuro.

  • 35

    CONCLUSÃO

    A organização, a recuperação e a qualificação da informação

    passaram a ser fator preponderante para as ações empresariais de todos os

    níveis da organização. Verifica-se que os avanços tecnológicos e as novas

    tecnologias de informação das últimas décadas aumentaram drasticamente a

    quantidade de informações, alterando assim, os métodos de guarda, busca

    resgate e armazenamento da informação.

    Neste sentindo, destacam-se a gestão de documentos e os Sistemas

    de Informações, por serem instrumentos específicos e que permitem um

    direcionamento no tratamento de informações que podem ser utilizadas em

    toda e qualquer empresa, não importando seu segmento de atuação no

    mercado nem seu porte.

    A gestão de documentos integrada com um Sistema de Informação

    bem elaborado e eficiente, viabiliza agilidade no resgate das informações e

    ainda minimiza custos de armazenamento de informações inúteis, reduzindo

    assim, os graus de incerteza para o processo de tomada de decisão, em todos

    os níveis da empresa, principalmente no estratégico.

    A qualificação na recuperação das informações evitará redundância de

    dados, preservando e agilizando o fluxo das informações necessárias para o

    sucesso das ações empresariais, garantindo assim a manutenção,

    sustentabilidade e expansão dos negócios neste mercado cada vez mais veloz,

    exigente, competitivo e globalizado.

    A qualidade dos Sistemas de Informação de uma organização é

    reconhecidamente uam vantagem corporativa estratégica. Mas, apesar de

    todos os avanços tecnológicos, o processamento de informações corporativas

    continua sendo complexo e merecedor de especial atenção.

    Não se pode esquecer que a decisão estratégica é um processo

    qualitativo. A decisão é fruto de uma série de fatores influenciadores do

  • 36processo, e a informação é mais um desses fatores.

    O Sistema de Informação deve melhorar o desempenho do elemento

    humano e da organização. Como são as pessoas que trabalham na

    organização, que manipulam as informações, o sistema de informação deve

    atender às suas necessidades, resultando conseqüentemente em um melhor

    desempenho da organização.

  • 37

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    BEUREN, Ilse Maria. Gerenciamento da Informação: um recurso estratégico de

    gestão empresarial. São Paulo, Atlas, 2000.

    CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloisa Liberalli. Dicionário

    deTerminologia Arquivística. São Paulo: AAB/Núcleo Regional de São

    Paulo/Departamento de Museus e Arquivos, 1996.

    COUTURE, Carol, ROUSSEAU, Jean-Yves. Os Arquivos e o Séc. XX.

    Montreal, Université de Montreal, 1998.

    DAVENPORT, Thomas H.. Ecologia da Informação, São Paulo, Editora Futura,

    2000.

    DIAS, D.; GAZZANEO,G.. Projeto de Sistema de Processamento de Dados.

    Rio de janeiro, LTC, 1975

    ESPOSEL, José Pedro. Arquivos: uma questão de ordem. Niterói, Muiraquitã,

    1994.

    GARCIA, Olga Maria C.. A Aplicação da Arquivística Integrada, Considerando

    os Desdobramentos do Processo d Partir da Classificação. Dissertação de

    Mestrado, Santa Catarina, UFSC, 2000.

    INDOLFO, Ana Celeste; CAMPOS, Ana M.V. Cascardo. Gestão de

    Documentos: Conceitos e Procedimentos Básicos. Rio de Janeiro, Arquivo

    Nacional, 1955.

  • 38LOPES, Luis Carlos. A Informação e os Arquivos: teorias e práticas. Niterói,

    EDUFF, 1996.

    MATSUDA.Teoria dos sistemas. Disponível em:

    . Acesso

    em: 20jul.2010.

    NBR10522:1988 (NB 938) - Abreviação na Descrição Bibliográfica -

    Procedimento -. Fixa as condições exigíveis para uniformizar as abreviaturas,

    mais comumente usadas, em português, na descrição bibliográfica de

    documentos em geral, especialmente monografias - 11 p. ABNT, 1988

    OLIVEIRA, Djalma de Pinto R.. Sistemas de Informações Gerenciais ,

    Estratégicas, Táticas e Operacionais. São Paulo, Atlas, 1997.

    PAES, Marilena Leite. Arquivos: teoria e prática. Rio de janeiro,FGV, 1986.

    POLLONI, Enrico G.F.. Administrando Sistemas de Informação, São Paulo,

    Editora Futura, 2000.

    SCHELLENBERG, Theodore Roosevelt. Arquivos modernos: princípios e

    técnicas. 2ªed., Rio de Janeiro, FGV, 1974.

  • 39

    BIBLIOGRAFIA CITADA

    1 - LOPES, Luis Carlos. A Informação e os Arquivos: teorias e práticas. Niterói,

    EDUFF, 1996.

    2 - OLIVEIRA, Djalma de Pinto R.. Sistemas de Informações Gerenciais ,

    Estratégicas, Táticas e Operacionais. São Paulo, Atlas, 1997.

    3 - CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloisa Liberalli.

    Dicionário deTerminologia Arquivística. São Paulo: AAB/Núcleo Regional de

    São Paulo/Departamento de Museus e Arquivos, 1996.

    4 - INDOLFO, Ana Celeste; CAMPOS, Ana M.V. Cascardo. Gestão de

    Documentos: Conceitos e Procedimentos Básicos. Rio de Janeiro, Arquivo

    Nacional, 1955.

    5 - GARCIA, Olga Maria C.. A Aplicação da Arquivística Integrada,

    Considerando os Desdobramentos do Processo d Partir da Classificação.

    Dissertação de Mestrado, Santa Catarina, UFSC, 2000.

    6 - DIAS, D.; GAZZANEO,G.. Projeto de Sistema de Processamento de Dados.

    Rio de janeiro, LTC, 1975

    7 - DAVENPORT, Thomas H.. Ecologia da Informação, São Paulo, Editora

    Futura, 2000.

    8 - MATSUDA.Teoria dos sistemas. Disponível em:

    . Acesso

    em: 20jul.2010.

  • 40

    ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    RESUMO 4

    METODOLOGIA 5

    SUMÁRIO 6

    INTRODUÇÃO 7

    CAPÍTULO I

    A INFORMAÇÃO HOJE 9

    1.1 – Informação Empresarial 13

    1.2 – Informação x Ser Humano 15

    1.3 – Política de Informação 16

    CAPÍTULO II

    GESTÃO DE DOCUMENTOS 18

    CAPÍTULO III

    SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 27

    CONCLUSÃO 35

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

    BIBLIOGRAFIA CITADA 39

    ÍNDICE 40

    FOLHA DE AVALIAÇAO 41

  • 41

    FOLHA DE AVALIAÇÃO

    Nome da Instituição:

    Título da Monografia:

    Autor:

    Data da entrega:

    Avaliado por: Conceito: