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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE GESTOR PÚBLICO: A LIDERANÇA NO NOVO CENÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Por: Stela Márcia de Oliveira Pacheco Orientador Prof. Fernando Alves Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTOR PÚBLICO: A LIDERANÇA NO NOVO CENÁRIO DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Por: Stela Márcia de Oliveira Pacheco

Orientador

Prof. Fernando Alves

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTOR PÚBLICO: A LIDERANÇA NO NOVO CENÁRIO DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão Pública

Por: Stela Márcia de Oliveira Pacheco

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AGRADECIMENTOS

À minha família que sempre me

incentivou a estudar sempre mais.

Aos meus colegas de curso que tanto

animaram as minhas noites de terça-

feira com muitas participações e

enriquecimentos em classe e que,

certamente, deixarão saudades.

Aos professores que enriqueceram as

aulas trazendo conhecimentos para a

elaboração desse trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho às minhas filhas que

muito me apoiaram e incentivaram.

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RESUMO

O trabalho trata dos novos desafios enfrentados pelo gestor público no

desenvolvimento de equipes, o papel do líder X gerente, a capacitação desse

gerente transformando-o em líder. A capacitação dos servidores é um dos

suportes para a melhoria da gestão pública. A administração pública moderna

tem o foco numa gestão por resultados, com servidores públicos de carreira

orientados ao cumprimento dos objetivos da instituição. Apresenta os desafios

da liderança diante das exigências dos novos tempos, procurando identificar

pontos que dificultam as mudanças organizacionais, a necessidade da

mudança de paradigmas para que as instituições públicas se tornem

competitivas e atuais.

Os cursos oferecidos pela ENAP visam preparar os funcionários para os

desafios gerenciais e contribuir para a melhoria da qualidade na gestão do

trabalho.

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METODOLOGIA

Este trabalho está estruturado em três capítulos. No primeiro capítulo

está apresentado um breve histórico da administração pública no Brasil. No

segundo capítulo, liderança e gerenciamento na administração pública no

Brasil. No terceiro e último capítulo apresento a valorização do serviço público:

a capacitação, a motivação e a ética do servidor público federal.

O trabalho é conceitual e teórico, com base em pesquisa bibliográfica e

webgráfica ; os principais autores utilizados na sua realização foram Ana Maria

Viegas Reis, Vera Lucia Cavalcanti e Idalberto Chiavenato.

Apresenta uma síntese da literatura existente sobre o tema sem a

pretensão de ineditismo do tema. É uma oportunidade de associar os

conhecimentos adquiridos ao longo do curso com a realidade da vida

profissional.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Breve histórico da administração pública no Brasil 10

CAPÍTULO II - Liderança e gerenciamento 14

CAPÍTULO III – Valorização do servidor público federal 22

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

FOLHA DE AVALIAÇÃO 43

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INTRODUÇÃO

O tema deste estudo é o desafio do gestor público no desenvolvimento

de equipes no novo cenário da administração pública federal.

A questão central é o gestor público e sua capacitação para

desempenhar o papel de líder nesse cenário de mudanças na administração

pública.

O tema sugerido é de grande relevância pois a melhoria da gestão

pública é um desafio que não pode ser ignorado pela administração pública.

Os objetivos desta pesquisa são analisar a nova liderança do gestor

público neste novo cenário, investigar como o gestor público atual está se

capacitando para seu novo papel frente às mudanças e, entender melhor se a

liderança está sendo efetivamente feita por este gestor.

Os cargos de direção e chefias no serviço público são ocupados,

atualmente, em sua grande maioria, através de indicações quase sempre

desconsiderando as qualidades dos ocupantes principalmente a liderança e a

competência, fatores fundamentais a uma gestão eficiente e eficaz dos

serviços públicos prestados.

No serviço público a estrutura é hierarquizada e baseada na legislação.

O ingresso é feito através de concurso publico e há estabilidade de emprego. O

que se pretende estudar é como “se promover a transição de uma

administração pública burocrática, lenta e ineficiente, para uma administração

pública gerencial, descentralizada, eficiente, voltada para o atendimento dos

cidadãos”, de acordo com Pereira (2001).

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O poder público possui uma estrutura diferenciada do poder privado,

porém tem havido inúmeras transformações nas últimas décadas exigindo que

o serviço público tenha qualidade assim como o setor privado. O papel do

gestor público no processo decisório é de fundamental importância para a

eficiência e eficácia dos serviços prestados. Isto porque, via motivação,

implantação de políticas de trabalho em equipe, descentralização de decisões,

políticas de incentivo e benefícios aos servidores, só podem ser conseguidos,

se o gestor público mantiver uma postura participativa e compartilhada com a

maioria dos funcionários no momento de tomada de decisões.

Para entender a atual Administração Pública do Brasil é necessário um

estudo do seu passado. Fundamental é a compreensão dos sistemas ou

modelos administrativos que construíram sua evolução histórica.

O Estado, como instrumento de realização da justiça social, passou por

diversas reformas em sua estrutura administrativa.

A atual administração pública visa a satisfação do cliente, a melhoria da

produtividade, a redução de custo, o cumprimento de prazos

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CAPÍTULO I

BREVE HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO

BRASIL

A administração pública no Brasil passou por três modelos:

patrimonialista, burocrática e gerencial. “Essas modalidades surgiram

sucessivamente ao longo do tempo, não significando, porém, que alguma delas

tenha sido definitivamente abandonada” (Oliveira, 2010, p.1)

1.1 - Modelo patrimonialista

Os primeiros sinais de uma administração pública no Brasil aparecem

com a vinda da família real para o Brasil, quando D. João constitui os

Ministérios de Negócios do Reino, de Negócios Estrangeiros e da Guerra e de

Negócios da Marinha e Ultramar. ”O contexto era caracterizado pelo

patrimonialismo - modelo caracterizado pela impossibilidade de distinção entre

os interesses público e privado; nele, o aparelho do Estado funciona como uma

extensão do poder do soberano, e os cargos são considerados prebendas;

produz, como conseqüência, a corrupção, o clientelismo e o nepotismo”

(Marini, 2004, p.2)

A res publica não está diferenciada da res principis, no modelo

patrimonialista. No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam

dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado, o

que não acontece no modelo patrimonialista. Neste novo momento histórico, a

administração pública patrimonialista passa a ser inaceitável.

1.2 Modelo burocrático

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Surge na segunda metade do século XIX o modelo burocrático, no intuito

de combater o modelo anterior, e por fim ao nepotismo e à corrupção. Alguns

de seus princípios são: a impessoalidade, a hierarquia funcional e o

profissionalismo do servidor.

Apesar da efetividade no controle dos abusos, a administração pública

burocrática corre o risco de transformar o controle em fim, e não um simples

meio para atingir seus objetivos. Perde-se a noção de que a administração

pública é para servir a sociedade. O seu grande problema, portanto, é a

possibilidade de se tornar ineficiente e incapaz de atender adequadamente os

anseios dessa sociedade.

1.3 Modelo gerencial

Através da administração pública gerencial passa a se priorizar a

eficiência, o aumento da qualidade e a redução dos custos. Busca uma cultura

gerencial nas organizações. Administrar com eficiência e eficácia.

“A administração gerencial constitui um avanço, mas sem

romper em definitivo com a administração burocrática,

pois não nega todos os seus métodos e princípios. Na

verdade, o gerencialismo apóia-se na burocracia,

conservando seus preceitos básicos, como a admissão de

pessoal segundo critérios rígidos, a meritocracia na

carreira pública, as avaliações de desempenho, o

aperfeiçoamento profissional e um sistema de

remuneração estruturado. A diferença reside na maneira

como é feito o controle, que passa a concentrar-se nos

resultados, não mais nos processos em si, procurando-se,

ainda, garantir a autonomia do servidor para atingir tais

resultados, que serão verificados posteriormente”

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(Oliveira, 2010, p.1)

Os cidadãos passam a ser vistos como clientes, através desse novo

modelo gerencial.

“Atualmente, o modelo gerencial na Administração Pública

vem cada vez mais se consolidando, com a mudança de

estruturas organizacionais, o estabelecimento de metas a

alcançar, a redução da máquina estatal, a

descentralização dos serviços públicos, a criação das

agências reguladoras para zelar pela adequada prestação

dos serviços etc. O novo modelo propõe se a promover o

aumento da qualidade e da eficiência dos serviços

oferecidos pelo poder público aos seus clientes: os

cidadãos“ (Oliveira, 2010, p.2)

A administração gerencial, que corresponde ao modelo atual, surge

como uma solução para os problemas gerados pelos desgastes do modelo

anterior. É criado o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado

(MARE), sob direção do Ministro Bresser Pereira, que inclui a reforma

administrativa entre as reformas constitucionais já definidas como prioritárias

pelo governo FHC.

Neste modelo, é priorizada a eficiência da administração pública, bem

como, a qualidade de seus serviços e a redução de custos. Tal forma de

administrar não rompe em definitivo com a administração burocrática, pois, não

são negados todos os seus méritos e princípios e a diferença está na maneira

como é feito o controle, que passa a se concentrar nos resultados.

A administração pública gerencial tem como inspiração a administração

de empresas privadas, apesar de não poder ser confundida com esta última.

Enquanto a administração de empresas está voltada para o lucro privado, para

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os interesses dos acionistas a administração pública gerencial está diretamente

voltada para o interesse público. A reforma da administração pública no Brasil

significa a introdução das técnicas gerenciais modernas, porém sem perder o

foco na sociedade.

1.4 Nova gestão pública

Um setor público eficiente, eficaz e ágil é o objetivo dessa nova

administração pública. Mas como mudar a visão da sociedade? A sociedade

continua a ver esse servidor público como ineficiente e culpado pelo mau

serviço prestado a essa sociedade.

Para se ter um servidor eficiente e honesto é preciso valorizar esse

mesmo servidor: salários compatíveis, chances de modernização dos serviços

prestados e capacitação do mesmo. Sem isso, não se tem um modelo de

administração pública e nem de servidor.

O fato de sempre ter existido e continuar existindo servidores não

comprometidos com os interesses da sociedade para as quais se dispuseram a

trabalhar, favorece a descrença em suas funções.

A gestão pública é de vital importância na realização dessa mudança de

comportamento do servidor, possibilitando o controle da eficiência no setor

público, na realização do bem comum dentro das normas administrativas.

Nesse novo cenário o gerente talvez precise ser mais líder que administrador.

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Capítulo 2

Liderança e gerenciamento

As funções básicas do administrador foram definidas por Fayol: planejar,

organizar, controlar, coordenar e comandar (POCCC). Atualmente, definidas

como: planejar, organizar, dirigir (LIDERAR) e controlar (PODC). Para

Maximiano, dirigir seria executar. Assim, ambos, gerentes e líderes são

necessários para que uma organização alcance eficácia.

2.1 – Gerenciamento

“Os gerentes, ou administradores, são os agentes ou

protagonistas do processo administrativo. Os gerentes

são funcionários responsáveis pelo trabalho de outros

funcionários nas organizações. São também chamados

chefes ou dirigentes.” (Maximiano, 2009, p.133)

O desempenho do gerente depende de habilidades, competências que

determinam o grau de eficácia do gerente. Segundo Robert L. Katz, as

habilidades estão divididas em três categorias:

- Habilidade técnica: atividade específica do gerente

- Habilidade humana: capacidade de entender e liderar as pessoas

- Habilidade conceitual: compreender e lidar com a organização num

todo.

Para Katz (Maximiano, 2009, p.148), quanto mais se sobe na hierarquia,

menor importância tem a habilidade técnica e maior, a conceitual.

Segundo Mintzberg (Maximiano, 2009, p.149), as habilidades de um

gerente são oito:

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Habilidade de relacionamento com colegas

Habilidade de liderança

Habilidade de resolução de conflitos

Habilidade de processamento de informações

Habilidade de tomar decisões em condições de ambigüidade

Habilidades de alocação de recursos

Habilidades de empreendedor

Habilidade de introspecção

O gerenciamento possui autoridade formal, o gerente pode ser o líder da

equipe ou não. O gerente é aquele que ocupa um cargo de chefia ou direção,

tem o direito de tomar decisões e de se fazer obedecido (enquanto estiver no

cargo) e o funcionário obedece porque tem a obrigação legal de fazê-lo.

A perspectiva atual de gerenciamento de pessoas na gestão de serviços

visualiza o homem como recurso organizacional de investimentos no âmbito

público ou privado. As organizações procuram profissionais com a expectativa

de que eles executem suas tarefas com eficiência. As pessoas procuram as

organizações a fim de satisfazer suas necessidades, mesmo que na esfera

pública. Apesar dos problemas: funcionários desmotivados, poucos

funcionários e tecnologia defasada, o que se espera é que se busque a

otimização porque a prestação de serviços com qualidade é o objetivo a ser

conquistado, no serviço público como no privado.

Os valores dos funcionários públicos estão mudando, com nível

educacional maior, eles colocam maior ênfase nos valores humanos. Para

gerenciar pessoas, os valores do passado e do presente são importantes.

2.2 – Liderança

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A liderança está se tornando cada vez mais importante nas

organizações. Nessa época de mudanças, a liderança se tornou muito

importante para o sucesso organizacional. Infelizmente, nem todo dirigente

(chefe, diretor etc) é um líder. E é verdade que nem todo líder é um dirigente, a

liderança é um poder pessoal, o líder influencia outras pessoas em função dos

relacionamentos pessoais.

Tanto atributos de liderança como de gerência são necessários na

empresa. É necessário haver um equilíbrio das duas.

Quanto mais alto for o nível administrativo, menos se exige do gerente

habilidades técnicas e mais se requer habilidade humana, capacidade e

discernimento para trabalhar com pessoas, o que inclui compreensão da

motivação humana e liderança eficiente e habilidade conceitual , ou seja, saber

compreender complexidades da organização global e o ajustamento das

operações da pessoa na organização.

A liderança não pode ser vista apenas como habilidade pessoal, o líder

pode ser uma figura temporariamente eficaz.

A liderança é uma função que precisa ser desempenhada por aqueles

que são responsáveis pelo desempenho de uma equipe. No serviço público,

principalmente, os funcionários galgam posições de direção ou chefia em que

precisam dirigir os esforços de outros para realizar os objetivos da organização,

simplesmente com habilidades técnicas e na maioria das vezes precisa

desenvolver características de liderança, para atingirem as metas da

organização.

Quadro 1 Comportamento de gerentes e líderes

Gerente Líder

Administra Inova

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Prioriza sistemas e estruturas Prioriza as pessoas

Tem uma visão de curto prazo Tem perspectiva de futuro

Pergunta como e quando Pergunta o quê e o por quê

Exerce o controle Inspira confiança

Aceita e mantém o status quo Desafia o status quo

É o clássico bom soldado É a sua própria pessoa

Faz certo as coisas (é eficiente) Faz a coisa certa (é eficaz)

Fonte: Bennis, 1996, p.42

2.3 Liderança voltada para as pessoas

A liderança atual está voltada para as pessoas, tem como base a

valorização do ser humano. Não é mais o tempo em que os produtos e o lucro

mereciam a prioridade sobre as pessoas. O mercado é cada vez mais exigente

porque as pessoas estão descobrindo o seu valor pessoal e percebendo que

podem exigir um tratamento diferenciado e um serviço mais humano no meio

da disputa acirrada entre empresas concorrentes.

Não existe uma fórmula para oferecer um serviço mais humano, criativo

e inovador, mas a resposta pode ser simples, embora desafiante: um contato

maior entre lideres e liderados. Ao conduzirem uma mudança, os líderes

devem estabelecer uma variedade maior de relacionamentos, conectando-se

com diversas fontes de informação. O resultado desse maior contato com as

pessoas vai manter líderes e administradores atualizados com as opiniões de

profissionais e clientes de diferentes áreas, com a expectativa dos clientes e

com as mudanças sociais que exercem impacto direto na prestação dos

serviços oferecidos pelas organizações.

Segundo Kuazaqui (2005, p.106), o processo de valorização das

pessoas e de integração entre empresas e pessoas, faz com que as

organizações recebam em troca maior dedicação e comprometimento por parte

de todos os envolvidos, se convertendo em resultados financeiros.

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A prioridade para as pessoas agrega valor em diferentes níveis: os

clientes recebem serviços com qualidade diferenciada; os funcionários

recebem oportunidades para desenvolvimento pessoal e desafios profissionais;

os fornecedores passam a contar com um relacionamento valioso para ambas

as partes, e para a própria organização se beneficia, na forma de um clima

organizacional positivo e do retorno financeiro final.

A liderança é uma necessidade nas organizações e não um modismo. “A

filosofia da liderança e da presença do líder tornou-se fator preponderante para

o sucesso” (Kuazaqui, 2005, p.106)

A liderança na administração tem o propósito de melhorar os

relacionamentos dentro do processo de gestão de pessoas.

Líder é o indivíduo que possui determinadas características, habilidades

e competências. Em uma organização, cabe ao líder (e não só diretor,

presidente, chefe etc) conduzir a equipe de talentos rumo à obtenção de

objetivos e resultados.

Pensar e trabalhar de forma pró-ativa dentro de uma filosofia de

resultados é extremamente importante para a criação de uma ampla gama de

serviços que possam ser oferecidos ao mercado.

“Um aspecto importante a destacar é que o líder eficaz

tem o compromisso de criar condições para que a

liderança se manifeste nas outras pessoa. Líderes

eficazes, portanto, são aqueles capazes de arquitetar e

implantar formas de organização que permitam o

florescimento da liderança nos outros, cultivando líderes

em todos os níveis. Neste cultivo é importante valorizar

tanto os líderes fracassados como os líderes bem-

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sucedidos para assim aprender com a análise dos nossos

fracassos, sem a necessidade de imitar tão-somente os

casos de sucesso”. (Kuazaqui & Kanaane, 2004, p.260

2.4 Liderança & comunicação organizacional

O líder também desenvolve papel primordial na comunicação de uma

organização, como: consumo de informações (saber obtê-las), disseminação

de informações (sem “radio corredor”), geração de informações (coleta e

interpretação de informação para os membros da organização). Através dessa

conduta, a liderança pode estabelecer sentimentos de confiança e credibilidade

na organização, o que é essencial para um sucesso gerencial. A liderança é

fundamental para a eficácia da comunicação organizacional.

“Gerenciar os níveis de comunicação interna significa

conferir unicidade ao discurso organizacional, garantindo-

lhe eficácia. Ou seja, é preciso que o líder assuma a

tarefa de unificar as linguagens diferenciadas de seus

liderados. Por exemplo, pode ocorrer de um grupo de

funcionários mais antigos ter expectativas distintas

daquelas dos recém-contratados, o que pode prejudicar a

produtividade de todos, inclusive da organização. Num

caso concreto, imaginemos que funcionários que estão há

mais de cinco anos na empresa acreditem ter direito a

uma promoção direta, sem contudo, ter buscado

qualificação para tal. Ao perceberem que novos

funcionários foram contratados para os postos que

almejavam, eles se sentem preteridos, desmotivados, e

se mostram relutantes em aceitar a integração dos novos

membros ao grupo. Ora, a clareza dos valores e as

normas organizacionais deveriam ser suficientes para

motivar os funcionários mais antigos a se qualificarem

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para postos mais altos, o que evitaria os problemas

problemas desse bloqueio de comunicação” (Kuazaqui &

Lisboa & Gamboa, 2005, p.110)

O líder deve estar atento para que a comunicação nos setores da

organização não seja distorcida nem sofra ruídos até alcançarem os

funcionários. A capacidade de compartilhar responsabilidades em prol de um

objetivo comum deve ser uma característica do líder.

O líder eficiente é aquele que leva em consideração as necessidades de

todos os níveis organizacionais e consegue atuar permitindo a disseminação

de informações claras, a fim de agregar eficácia à comunicação organizacional.

Ele também deve estar atento à rede de informação informal, com o

propósito de fazer uso dessa rede em prol do bem-estar da organização.

2.5 Liderança no setor público no mundo globalizado

A prestação de serviço exige qualidade, também no setor publico. Com a

sociedade cada vez mais ciente de seus direitos, e com isso, mais exigente na

qualidade dos serviços a ela oferecidos, o serviço público assim como o

privado tem que buscar a excelência de seus serviços.

Para atingir esse patamar, requer-se um gestor público flexível, inovador

e criativo o bastante para acompanhar as constantes mudanças no ambiente

global. O gestor público precisa ter em mente a importância de um

planejamento estratégico específico, devido às peculiaridades de cada

organização.

A realidade atual exige que a organização tenha seu foco nos objetivos-

fins e nos objetivos-meios. Os trabalhadores que possibilitam a consecução

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dos fins não podem ser postos à parte. O gestor deve estar sempre a par de

suas aspirações e motivações. Sem esse pacto, não há como atingir o

atendimento com qualidade, pois é o colaborador quem proporcional a

qualidade do serviço.

A gestão de comunicação organizacional eficaz produz um colaborador

satisfeito e um cliente fidelizado. O gestor, baseado no conhecimento do

público interno e nas metas organizacionais, é capaz de traçar um plano para

atender as motivações dos funcionários. Através de seu conhecimento do

público externo, o seu cliente, o gestor deve ser capaz de elaborar um plano

estratégico direcionado ao cliente e ao mercado. Sem planejamento, sem um

gestor voltado ao atendimento dessas necessidades, não há como uma

organização fixar-se nesse mercado exigente dos dias atuais.

É importante ter consciência do valor dos que prestam serviços e do

valor dos que recebem os serviços. Ou, em outras palavras, a consciência de

que liderança em serviços nada mais é do que pessoas servindo pessoas.

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Capítulo 3

Valorização do servidor público federal

O serviço público federal vem através de diversos programas de

valorização da função pública, tentando capacitar e motivar os seus

funcionários. Motivar o servidor e aperfeiçoar sua preparação para o exercício

de sua cidadania e capacitá-lo para melhor desenvolver o seu papel enquanto

agente transformador da gestão pública tem sido um dos focos do serviço

público federal.

As ações voltadas para a formação e capacitação tiveram como foco a

melhoria da qualidade dos serviços prestados à população. Os servidores

foram capacitados com estratégias voltadas, principalmente, para a melhoria

no atendimento ao público e para a qualificação em compras públicas e

licitações.

3.1 - Capacitação

A capacitação tem se tornado cada vez mais importante para a melhoria

do serviço público, fazendo que os investimentos nesse setor venham

crescendo.

A capacitação é um importante recurso para a modernização da gestão

pública, que visa tornar o servidor habilitado para determinada tarefa.

A capacitação dos servidores é um dos suportes para a melhoria da

gestão pública. A administração pública moderna tem o foco numa gestão por

resultados, com servidores públicos de carreira orientados ao cumprimento dos

objetivos da instituição.

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Investir em capacitação do servidor é um dos grandes desafios que a

administração pública tem pelos próximos anos. Entre 2003 e 2009 o Governo

Federal mais que dobrou o orçamento para capacitação de funcionários

(http://servidorpublicofederal.blogspot.com)

Com as mudanças que vêm sendo introduzidas na administração

pública, nas duas últimas décadas, a qualidade da gestão — e dos gerentes e

dirigentes públicos — é fator fundamental para a melhoria dos resultados

alcançados pelo setor público. As atividades de gerência e direção no setor

público têm características específicas, pois implicam produzir resultados

praticando os valores que são essenciais ao setor público.

Assim, o apoio ao desenvolvimento de gerentes e dirigentes públicos

requer conteúdos e metodologias específicas; requer também um alinhamento

das instituições de capacitação às políticas de governo para a melhoria da

gestão pública.

A Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal estabelece que

todos os órgãos devem elaborar até 1º de dezembro, para orientação e divulgação interna, o seu Plano Anual de Capacitação. Também são obrigados

a incluir em seu orçamento os recursos a serem utilizados na rubrica

Capacitação de Servidores Públicos Federais em Processo de Qualificação e

Requalificação. O serviço público vem exigindo cada vez mais das pessoas

uma postura voltada ao autodesenvolvimento e à aprendizagem contínua.

O DECRETO Nº 5.707, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2006 institui a

política e as diretrizes para o desenvolvimento de pessoal da administração

pública federal direta, autárquica e fundacional. A PNDP é instituída e em seu

artigo 1o. enumera as seguintes finalidades:

I - melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços públicos prestados

ao cidadão;

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II - desenvolvimento permanente do servidor público;

III - adequação das competências requeridas dos servidores aos objetivos das

instituições, tendo como referência o plano plurianual;

IV - divulgação e gerenciamento das ações de capacitação; e

V - racionalização e efetividade dos gastos com capacitação.

Em seu artigo 2o., o Decreto define capacitação como “processo

permanente e deliberado de aprendizagem, com o propósito de contribuir para

o desenvolvimento de competências institucionais por meio do

desenvolvimento de competências individuais” e “eventos de capacitação:

cursos presenciais e à distância, aprendizagem em serviço, grupos formais de

estudos, intercâmbios, estágios, seminários e congressos, que contribuam para

o desenvolvimento do servidor e que atendam aos interesses da administração

pública federal direta, autárquica e fundacional.”

Uma das diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal

é incentivar e apoiar o servidor público em suas iniciativas de capacitação

voltadas para o desenvolvimento das competências institucionais e individuais.

Através do Decreto n. 5707, de 23 de fevereiro de 2006, o governo lança

uma política inovadora de desenvolvimento de pessoas, pois agora a sua

política é de desenvolvimento permanente do servidor público, valorizando

diversas formas de aprendizagem e focando na melhoria da eficiência e da

eficácia do serviço público prestado por esse funcionário.

A PNDP estabelece que todos os órgãos devem elaborar até 1º de

dezembro, para orientação e divulgação interna, o seu Plano Anual de

Capacitação. Também são obrigados a incluir em seu orçamento os recursos a

serem utilizados na rubrica Capacitação de Servidores Públicos Federais em

Processo de Qualificação e Requalificação. Portanto, o próprio servidor deve

ficar atento à oferta das ações de capacitação no ministério ou órgão onde está

lotado.

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A capacitação pode ser realizada de modo presencial em salas de aula

ou auditórios e também a distância por meio de computador ligado a internet

com os alunos interagindo entre si e com o professor. Além de cursos a

capacitação também pode ser feita através de workshops, congressos,

palestras etc.

3.1.1 Rede Nacional de Escolas de Governo

As Escolas de Governo de acordo com o Decreto no. 5707 são as

instituições destinadas, precipuamente, à formação e ao desenvolvimento de

servidores públicos, incluídas na estrutura da administração pública federal

direta, autárquica e fundacional e contribuirão para a identificação das

necessidades de capacitação dos órgãos e das entidades, que deverão ser

consideradas na programação de suas atividades.

A Rede Nacional de Escolas de Governo tem como objetivo aumentar a

eficácia das instituições que trabalham com formação e aperfeiçoamento

profissional dos servidores públicos dos três níveis de governo. Como

perspectiva de trabalho, busca o compartilhamento de conhecimentos e de

experiências sobre boas práticas das Escolas de Governo, incentivando

trabalhos em parceria. (http://www2.enap.gov.br)

Vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a

Fundação Escola Nacional de Administração Pública - ENAP foi criada em

1986. Sua missão é desenvolver competências de servidores públicos para

aumentar a capacidade de governo na gestão de políticas públicas, sendo

público prioritário os dirigentes e potenciais dirigentes do governo federal. Os

cursos oferecidos pela ENAP visam preparar os funcionários para os desafios

gerenciais e contribuir para a melhoria da qualidade na gestão do trabalho.

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A ENAP oferece cursos a distância e presenciais aos servidores públicos

federais. A ENAP consolida seu papel institucional e amplia suas ações de

capacitação através de projetos e cursos que utilizam novas tecnologias de

informação e de comunicação. Oferece treinamentos a distância que

possibilitam acesso a capacitação de qualidade a grande número de servidores

federais localizados em todo o país.

Os cursos a distância são oferecidos através da internet. Os cursos são

estruturados de forma a facilitar a compreensão do aluno e estimulá-lo em seu

processo de autodesenvolvimento.

Em alguns cursos, o aluno tem a assistência de tutores para

esclarecimento de dúvidas e orientações via correio eletrônico, além de

recursos como chat, fórum de discussão e banco de perguntas mais

freqüentes.

Nos cursos presenciais da ENAP existe o compromisso com a

qualificação dos servidores públicos federais em função da implementação de

uma administração pública eficiente, democrática e transparente através da

educação continuada. São concebidos e estruturados para favorecer a

mobilização de competências institucionais e individuais necessárias à

qualificação dos servidores.

A ENAP vem desenvolvendo cursos e sistematizando-os em Programas

de Desenvolvimento Técnico e Gerencial. Otimizando a prática de ensino e

adotando estudos de caso, para levar em consideração a experiência

profissional do participante. Os docentes reúnem em seus currículos formação

acadêmica e experiência profissional também no setor público.

Os cursos presenciais são oferecidos nas modalidades: turmas abertas

e turmas fechadas. As turmas abertas constituem parte integrante do catálogo

de ofertas regulares da Escola e buscam atender necessidades comuns às

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instituições públicas federais. Qualquer servidor público pode nelas se

inscrever, mediante aprovação de sua chefia. As turmas fechadas devem ser

solicitadas por instituições que desejam capacitar um maior número de seus

servidores.

A ENAP também oferece turmas fechadas por meio de parcerias com

instituições de ensino nos estados, favorecendo assim aos funcionários de

organizações menos privilegiadas financeiramente, pois através das parcerias,

várias organizações públicas podem participar dos cursos da ENAP.

3.2- Motivação

A motivação influencia na qualidade de vida das pessoas, fazendo com

que elas sintam-se animadas e entusiasmadas fazendo com que as pessoas

prossigam satisfatoriamente sua jornada de trabalho. Motivar as pessoas a

trabalhar não constitui uma tarefa fácil, visto que muitas pessoas obtêm apenas

pouca satisfação pessoal dos seus empregos e auferem pouco senso de

realização e criatividade.

A motivação é essencial para o sucesso de qualquer atividade humana,

o desafio é fazer com que as pessoas mantenham ao longo do tempo o mesmo

entusiasmo que apresentam ao ingressar em cada serviço e, quando se trata

do serviço público, o desafio é ainda maior.

A motivação é algo interno e sua única fonte é a própria pessoa que

sofre influência direta do meio, portanto, quando o ambiente de trabalho não é

saudável é muito difícil manter a motivação dos funcionários. No serviço

público há um círculo vicioso em que os servidores se sentem desvalorizados e

esquecidos pelos governantes e desprestigiados pelos usuários dos seus

serviços.

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Para criar um ambiente propício ao resgate e à manutenção da

motivação do servidor público é preciso quebrar este círculo vicioso por meio

de medidas concretas que valorizem os bons servidores, criando mecanismos

objetivos para que os usuários ajam como verdadeiros clientes, exigindo um

serviço público de qualidade e separando os que servem o público daqueles

que se servem dele.

Vários fatores internos e externos desmotivam os servidores públicos,

em especial, os das áreas que não contam com plano de carreira. Alguns

desses fatores são:

1. a cultura de achar que o salário está sempre baixo e, por isso, atendem

mal o público.

2. a estabilidade, acaba fazendo com que o servidor se acomode e atenda

o cidadão como se fosse favor.

3. exemplos de corrupção.

4. a convivência com servidores antigos e muito desmotivados que passam

a maior parte do expediente reclamando do serviço público.

5. a falta de pessoal.

6. a falta de comprometimento com o trabalho público.

A motivação no serviço público demanda programas permanentes de

conscientização do servidor, pois cada um deles representa o serviço público

como um todo e que, a imagem do funcionalismo púbico pode e deve ser

melhorada através da excelência no atendimento a cada cidadão e no

entusiasmo de cada servidor.

É fundamental que cada servidor, seja preparado e valorizado com

gestão similar à da iniciativa privada. Por outro lado, cada servidor público tem

de se valorizar e perceber a relevância de seu trabalho, independentemente da

remuneração e do reconhecimento alheio.

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Para a chamada “Geração Y” (nascidos entre 1980 e 2000), o salário é

importante mas não é fator determinante para motivar estes profissionais. Para

eles, é importante que a empresa ofereça novos desafios, como a possibilidade

de trabalhar no exterior; engajamento em iniciativas de responsabilidade

socioambiental; e também equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

Os profissionais da “Geração Y”, também presentes no serviço público

através de concursos, são mais exigentes porque buscam mais do que salários

e benefícios; eles compõem uma geração movida a desafios contínuos. A

mensagem que passam aos gestores é a de que o comprometimento e a

permanência na empresa estão estreitamente ligados à capacidade de

inovação da organização ou o investimento que a companhia faz para se

conectar com tendências emergentes e manter esse funcionário estimulado.

Um dos grandes desafios das organizações é motivar as pessoas. A

motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a

determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade de

também satisfazer objetivos individuais.

“A motivação depende basicamente de direção

(objetivos), força e intensidade do comportamento

(esforço) e duração e persistência (necessidade). Uma

necessidade significa uma carência interna da pessoa e

que cria um estado de tensão no organismo... a

organização precisa buscar um modelo integrado de

motivação que possibilite a capacitação das pessoas, a

motivação e a oferta de oportunidades e desafios para um

melhor desempenho”. (Chiavenato,(2010, p.273)

As pessoas são motivadas por uma grande variedade de fatores. Uma

pessoa pode gostar do seu trabalho por se sentir satisfeita com as suas

necessidades sociais e de segurança. Mas assim como as pessoas estão

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sempre mudando, as suas necessidades também, o que faz com que o que

motiva uma pessoa hoje não mais motive amanhã.

O processo motivacional está dirigido para metas ou necessidades. As

metas são resultados procurados pela pessoa. O alcance das metas conduz a

uma redução das necessidades humanas.

As necessidades humanas podem ser: fisiológica (como a necessidade

de alimentos); psicológica (como a necessidade de auto-estima); sociológica

(como a necessidade de interação social). As necessidades são energizadoras

ou desencadeadoras das respostas comportamentais. Quando surge uma

necessidade, a pessoa se torna suscetível aos esforços motivacionais dos

lideres ou gerentes.

Chiavenato (2010, p. 245) explica assim o processo motivacional:

1. As necessidades e carências provocam tensão e desconforto na pessoa

e desencadeiam um processo que busca reduzir ou eliminar essa

tensão.

2. A pessoa escolhe um curso de ação para satisfazer determinada

necessidade ou carência, e surge o comportamento focado nessa meta

(impulso).

3. Se a pessoa consegue satisfazer a necessidade, o processo

motivacional é bem-sucedido. A satisfação elimina ou reduz a carência.

Contudo, se por algum obstáculo ou impedimento a satisfação não é

alcançada, ocorre a frustração, conflito ou estresse.

4. Essa avaliação do desempenho determina algum tipo de recompensa

(incentivo) ou punição à pessoa.

5. Desencadeia-se um novo processo motivacional, e segue-se outro

padrão circular.

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A necessidade satisfeita gera uma espécie de contentamento e bem-

estar, enquanto que a necessidade não satisfeita pode gerar frustração e

estresse.

A organização precisa aumentar a expectância (a probabilidade de que

os esforços de uma pessoa conduzam a um desempenho), a instrumentalidade

(correlação percebida entre desempenho bem-sucedido e a obtenção de

recompensas) e a valência (qualidade adquirida por objetos, pessoas ou

situações em um campo dinâmico de forças psicológicas) para a criação de

altos níveis de motivação entre as pessoas através da oferta de recompensas

pelo bom trabalho. A criação de um esquema de trabalho em que as

contribuições possam servir às necessidades da organização e também

agregar recompensas ou retornos desejados pelas pessoas, precisa ser

pensado pelas organizações.

3.2.1 – Clima organizacional

O conceito de motivação (nível individual) leva ao de clima

organizacional (nível da organização). A denominação de clima organizacional

é dada ao ambiente interno existente entre os membros de uma organização e

se encontra relacionado com o grau de motivação dos servidores. Com

motivação elevada, o clima organizacional também é elevado, podendo-se

perceber pelas relações de satisfação, animação, interesse, colaboração

etc.Todavia a baixa motivação entre os membros das equipes, seja devido a

frustrações ou imposição de barreiras à satisfação das necessidades, faz com

que o clima organizacional também baixe, caracterizando-se por depressão,

desinteresse, apatia, insatisfação etc. Em situações de baixa motivação

percebemos que os membros se defrontam abertamente com a organização,

como nas greves e piquetes.

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O clima organizacional é a qualidade do ambiente organizacional que é

percebida pelos membros da organização, e influencia o estado motivacional

das pessoas e é por ele influenciado.

3.3- Ética no serviço público federal

Ética é o conjunto de princípios morais ou valores que definem o que é

certo ou errado para uma pessoa ou um grupo. Quando as pessoas aceitam

seguir esses princípios e valores acontece o comportamento ético. Em

contrapartida o comportamento anti-ético ocorre quando as pessoas violam

esses princípios.

Muitas organizações e classes profissionais têm o seu código de ética

para orientar o comportamento de seus parceiros. O código de ética tem como

função ser uma declaração formal que serve como guia para tomar decisões

profissionais.

A insatisfação com a conduta ética no serviço público é um fato que vem

sendo constantemente criticado pela sociedade brasileira. O país enfrenta o

descrédito da opinião pública a respeito do comportamento dos

administradores públicos e da classe política em todas as suas esferas:

municipal, estadual e federal. A expectativa da sociedade está mais exigente

com a conduta daqueles que desempenham atividades no serviço e na gestão

de bens públicos.

Os códigos de ética trazem, em seu conteúdo, o conjunto de normas a

serem seguidas e as penalidades aplicáveis no caso do não cumprimento das

mesmas. Normalmente, os códigos lembram aos funcionários que estes devem

agir com dignidade, decoro, zelo e eficácia, para preservar a honra do serviço

público. Enfatizam que é dever do servidor ser cortês, atencioso, respeitoso

com os usuários do serviço público. Também, é dever do servidor ser rápido,

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assíduo, leal, correto e justo. Os códigos discorrem, ainda, sobre as

obrigações, regras, cuidados e cautelas que devem ser observadas para

cumprimento do objetivo maior que é o bem comum, prestando serviço público

de qualidade à população. Afinal, esta última é quem alimenta a máquina

governamental dos recursos financeiros necessários à prestação dos serviços

públicos, através do pagamento dos tributos previstos na legislação brasileira.

Também, destaca-se nos códigos que a função do servidor deve ser exercida

com transparência, competência, seriedade e compromisso com o bem estar

da coletividade.

A ética tem sido um dos mais trabalhados temas da atualidade, porque

se vem exigindo valores morais em todas as instâncias da sociedade, sejam

elas políticas, científicas ou econômicas.

É a preocupação da sociedade em delimitar legal e ilegal, moral e

imoral, justo e injusto. Desse conflito é que se ergue a ética, tão discutida pelos

filósofos de toda a história mundial.

A moralidade da Administração Pública é clareada, no inciso III do

Código Ética Funcional, quando relata que aquela não deve se limitar somente

com a distinção ente o bem e o mal. O fim almejado deve ser sempre o bem

comum. O agente público tem o dever de buscar o equilíbrio entre a legalidade

e a finalidade na tentativa de proporcionar a consolidação da moralidade do ato

administrativo praticado.

O servidor deve ter a consciência que seu trabalho é regido por

princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços

públicos.

De acordo com a Seção III do Código de Ética do Servidor Público

Federal é vedado aos servidores, entre outros:

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a) para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o

mesmo fim;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda

financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer

espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua

missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu

serviço, em beneficio próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

O código serve, simplesmente para estimular o comportamento ético do

servidor público, pois o mesmo é de livre adesão. Faz-se necessária uma

ampla divulgação do código aos agentes públicos federais.

A corrupção inviabiliza os recursos que poderiam salvar vidas, construir

escolas e hospitais, fazer estradas para escoar a produção.

“A ética e a responsabilização social têm que ser repensadas

em todos os seus aspectos. O homem precisa refletir sobre o

seu papel social. O ser humano precisa construir o seu novo

ser. Atualmente, temos um grande desafio na vida: construir o

nosso ser com espírito ético, fraternal e voltado para o resgate

de uma hipoteca social” (Martins, 2001, p.1)

O servidor público tem o dever de ser honesto e leal, agir com dignidade

e boa-fé no exercício da função pública, enfim deve buscar sempre os

postulados éticos e morais.

O disposto no inciso XIV, f, do mesmo código assevera que o servidor

público deve ter a consciência de que seu trabalho é regido por princípios

éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos.

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35

Precisa-se de pessoas com decoro, dignidade, honestidade, que se

possam dar bons exemplos ao próximo e ao país, que tenham coerência em

seus atos, expressões, discursos, seus valores e crenças.

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36

CONCLUSÃO

Constatou-se nesse trabalho que o gestor público, assim como todo o

serviço público, tem se capacitado para que cada vez mais possa se oferecer

um serviço público de qualidade à sociedade.

A gestão pública no Brasil tem evoluído bastante, começou com o

modelo patrimonialista onde não se distinguia a res publica da res principis, o

modelo burocrático surgiu na segunda metade do século XIX, no intuito de

combater o modelo anterior e por fim ao nepotismo e à corrupção, o atual

modelo gerencial passa a priorizar a eficiência, o aumento da qualidade e a

redução dos custos.

Constatou-se que um setor público eficiente, eficaz e ágil é o objetivo

dessa nova administração pública e que para tal, o servidor precisa ser

valorizado e capacitado para poder acompanhar essa mudança na

administração pública e na própria sociedade que não mais aceita ser

destratada por servidores descompromissados com os interesses dessa

sociedade.

O gerente é aquele com autoridade formal, entretanto, nem sempre um

líder. É um chefe ou dirigente com direito de tomar decisões para um grupo de

liderados que tem o direito de obedecê-lo.

Os atributos do gerenciamento e da liderança são muito importantes

para a nova gestão pública. A liderança é um poder pessoal, inerente a cargos

de chefias. No serviço público, onde servidores galgam cargos de chefia

devido às suas habilidades técnicas, é preciso desenvolver características de

liderança para que esse gerente consiga motivar a sua equipe para que as

metas da organização sejam alcançadas.

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Atualmente, tem-se uma liderança voltada para o ser humano, tendo

como base a valorização do ser humano.

O líder precisa estar sempre atento para que a comunicação

organizacional seja de unicidade, sem as famosas radio corredor, tão comuns

no serviço público.

O serviço público federal vem através de programas de valorização do

servidor publico tentando capacitar e motivar esse servidor. O investimento na

capacitação de seus funcionários é um dos grandes desafios da administração

pública para os próximos anos.

Devido às grandes mudanças introduzidas na administração pública, a

qualidade da gestão é muito importante para a melhoria do serviço público.

Visando uma melhor capacitação de seus funcionários foi elaborada a Política

Nacional de Desenvolvimento de Pessoal que estabelece que todos os órgãos

devem elaborar até 1º de dezembro, para orientação e divulgação interna, o seu Plano Anual de Capacitação.

A motivação no serviço público é um grande desafio, pois os servidores

se sentem desprestigiados e desvalorizados pelo público que se utiliza de seus

serviços.

Um grande fator de desmotivação do servidor público é a estabilidade

que acaba fazendo com que esse servidor se acomode e não busque se

capacitar cada vez mais para um melhor atendimento ao seu público. O

servidor, passa a fazer o seu trabalho como um “favor”. A motivação do

servidor público demanda que programas permanentes de conscientização e

de capacitação sejam elaborados.

A insatisfação com a conduta ética no serviço público é fato muito

criticado pela sociedade brasileira, e acaba acarretando um descrédito em todo

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servidor público. O servidor precisa se conscientizar de que seu trabalho é

regido por princípios éticos. O Código de Ética Profissional do Servidor Público

Civil do Poder Executivo Federal discorre sobre esses princípios e destaca que

a função do servidor público deve ser exercida com transparência,

competência, seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade.

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41

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Breve histórico da administração pública no Brasil 10

1.1 Modelo patrimonialista 10

1.2 Modelo burocrático 10

1.3 Modelo gerencial 11

1.4 Nova gestão pública 13

CAPÍTULO II

Liderança e gerenciamento 14

2.1 Gerenciamento 14

2.2 Liderança 15

2.3 Liderança voltada para as pessoas 17

2.4 Liderança & comunicação organizacional 19

2.5 Liderança no setor público no mundo globalizado 20

CAPÍTULO III

Valorização do servidor público federal 22

3.1 Capacitação 22

3.1.1 Rede nacional de escolas de governo 25

3.2 Motivação 27

3.2.1 Clima organizacional 31

3.3 Ética no serviço público federal 32

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA 39

ÍNDICE 41

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42

FOLHA DE AVALIAÇÃO 43

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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