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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INTEGRAÇÃO SENSORIAL E O EQUILIBRIO PARA OS
SEGMENTOS CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL COM
CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS DE IDADE
Por: Felipe Paschoal Leite Domingos Silva
Orientador
Profa. Me. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2015
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EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INTEGRAÇÃO SENSORIAL E O EQUILIBRIO PARA OS
SEGMENTOS CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL COM
CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS DE IDADE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicomotricidade.
Por: Felipe Paschoal Leite Domingos Silva
Rio de Janeiro
2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por
me permitir chegar até aqui vivo e com
saúde, aos meus pais e familiares, que
me apoiaram e me incentivaram, aos
amigos próximos que me ajudaram e
torceram por mim e aos docentes do
curso de Psicomotricidade pelo
conhecimento transmitido e em
especial a orientadora professora
Fátima Alves por me ajudar a trilhar o
caminho certo nessa presente
pesquisa.
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais e ao meu irmão, e
aos verdadeiros amigos.
Sem eles nada disso seria possível.
RESUMO
Ao longo da vida o desenvolvimento psicomotor se faz necessário e é
extremamente importante para uma melhor motricidade, cognição e afetividade
do individuo. Dentro desse processo, encontramos várias variáveis a serem
trabalhadas e estimuladas, a propriocepção e o equilíbrio se tornam
importantes, pois ambas ajudam na manutenção da postura essa que irá
possibilitar o indivíduo a se organizar direito, fazendo com que ele veja e
explore o mundo, além de possibilitar que as informações enviadas para o
cérebro por vias aferentes e suas respostas por vias eferentes cheguem para
todo corpo. O presente estudo busca estabelecer a relação e a importância que
a propriocepção e o equilíbrio tem para o desenvolvimento psicomotor da
criança visando compreender o que é o sistema proprioceptivo e o equilíbrio e
a sua importância para o desenvolvimento da postura, estabelecendo a partir
dessa compreensão as estratégias para a elaboração de atividades
proprioceptivas e de equilíbrio nas aulas de psicomotricidade esclarecendo
assim a importância da mesma nas aulas de Educação Física para o melhor
desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo da criança.
METODOLOGIA
Através de experiências vividas e através dos diversos autores lidos e
estudados, essa monografia será de pesquisa bibliográfica, tendo como base
inicialmente, os seguintes autores: Jean Le Boulch, Vitor da Fonseca, Geraldo
Peçanha de Almeida, Vera Mattos entre outros.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I :
O sistema nervoso, o equilíbrio, a postura e a propriocepção 10
CAPÍTULO II:
Desenvolvimento psicomotor e o equilíbrio
entre 3 a 6 anos de idade 16
CAPÍTULO III
Psicomotricidade: História e a sua importância
no processo ensino-aprendizagem na pré-escola 24
CONCLUSÃO 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
WEBGRAFIA 40
ÍNDICE 41
8
INTRODUÇÃO
Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes
descobertas, vivencias e transformações que vão se desenvolvendo ao longo
de sua vida. Aos poucos vão vivenciando através dos sentidos e
experenciando o mundo em que vivem e estabelecendo relações com outras
pessoas e consigo mesma.
O presente estudo busca identificar como a propriocepção e o equilíbrio
poderão auxiliar o desenvolvimento psicomotor da criança em idade escolar de
3 a 6 anos de idade.
Para poder entender que esse desenvolvimento se da por etapas e que
a cada dia a criança vai adquirindo novos aprendizados através dos estímulos
pelos quais ela vive o mundo, entender que a etapa da aquisição e
manutenção da postura se faz extremamente importante para o
desenvolvimento psicomotor da criança.
Desta forma o primeiro capítulo será uma breve apresentação do
sistema nervoso, o que é o sistema proprioceptivo e o equilíbrio e qual a sua
importância para o desenvolvimento da postura que se faz tão necessária para
que essa criança explore cada vez mais o mundo.
No segundo capítulo serão estabelecidas estratégias para que as
atividades proprioceptivas e de equilíbrio sejam cada vez mais elaboradas,
desenvolvidas e estimuladas para auxiliar de forma positiva o desenvolvimento
psicomotor da criança de 3 a 6 anos de idade, que já se faz da aquisição e
manutenção da postura para se locomover enxergar e experimentar o mundo
de maneira nova e desafiadora.
O terceiro capítulo irá esclarecer a importância da psicomotricidade que
é “a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em
e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades
de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo.”
(S.B.P.1999 apud LUSSAC 2008), têm nas aulas de Educação Física onde o
professor pode estabelecer diversas atividades e estímulos para que se tenha
um melhor desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo das crianças em idade
9
escolar de 3 a 6 anos de idade e a importância desse profissional na pré-
escola.
Com base nesses três capítulos o presente estudo tenta buscar a
compreensão da importância da estimulação proprioceptiva e do equilíbrio para
que a criança possa ter essas vivências que irão beneficiar o seu modo de
andar, agir, aprender e se relacionar com o mundo e todas as pessoas que
nele vivem.
Que a psicomotricidade tem um papel fundamental no dia a dia das
crianças, pois ela não visa à competição, exclusão ou desempenho
absolutamente perfeito nas atividades e sim visa à busca pelo conhecimento
através do movimento, das experiências vividas e da relação com o meio
cultural e social na qual elas estão inseridas de maneira natural, lúdica,
prazerosa e gradual.
10
CAPÍTULO I
O SISTEMA NERVOSO, O EQUILIBRIO, A POSTURA E
A PROPRIOCEPÇÃO
Nesse capítulo serão abordadas as noções do que é o sistema nervoso,
sua divisão e funções motoras e sensoriais, o que é o sistema proprioceptivo e
o equilíbrio e como eles influenciam na aquisição da postura.
1.1 O Sistema Nervoso
O sistema nervoso representa uma rede de comunicação do organismo
que é formado por um conjunto de órgãos que tem como função, captar
estímulos do ambiente a fim de interpretá-los e arquivá-los para posteriormente
elaborar respostas, essas que podem ser sensoriais ou motoras.
QUANTO A DIVISÃO
O sistema nervoso se divide em duas partes importantes que são elas:
sistema nervoso central (SNC), sistema nervoso periférico (SNP).
Constituem o SNC o encéfalo e a medula espinhal, já o SNP é
constituído pelas fibras nervosas, gânglios nervosos e órgãos terminais.
QUANTO A FUNÇÃO
Quanto a sua função o sistema nervoso é divido em: sistema nervoso
somático e sistema nervoso visceral.
Sistema Nervoso Somático - é responsável por controlar o corpo de
acordo com o ambiente externo, através da pele e dos músculos se comunicam
com o cérebro e reagem com o meio externo.
11
Os sentidos somáticos são mecanismos nervosos que coletam
informações sensoriais do corpo, esses sentidos são
distinguidos dos sentidos especiais, que significam
especificamente, a visão, a audição, a olfação, a gustação e o
equilíbrio (GUYTON E HALL, 2002, p.504).
Sensores localizados na pele levam as informações por via aferente
para o cérebro, ou seja, todo estímulos gerado pela sensibilidade percorre o
sistema nervoso periférico através dos neurônios, faz sinapse com o neurônio
localizado no sistema nervoso central levando a informação até a área
sensitiva do cérebro onde irá ocorrer a interpretação da informação.
Segundo Guyton e Hall (2002) o papel mais importante do sistema
nervoso é o controle das várias atividades corporais. Atividades essas
controladas pela contração dos músculos esqueléticos, a contração dos
músculos lisos e secreção glandular, essas atividades são chamadas de
funções motoras.
A via eferente leva a informação do sistema nervoso central através do
neurônio onde faz sinapse com o neurônio localizado no sistema nervoso
periférico levando o estímulo para o músculo esquelético a fim de gerar a
contração muscular que nesse caso é um movimento voluntário.
Sistema Nervoso Visceral – Controla o ambiente interno do corpo,
onde sua via aferente conduz impulsos dos receptores viscerais até o sistema
nervoso, e sua via eferente faz o controle involuntário dos músculos lisos,
músculo cardíaco e a secreção das glândulas.
1.2 EQUILÍBRIO
A habilidade para manter o centro de gravidade sobre a base de apoio,
geralmente quando se está em pé é denominada equilíbrio. Esse é um
fenômeno dinâmico que envolve uma combinação de estabilidade e
mobilidade. O equilíbrio é necessário para manter uma posição no espaço ou
12
movimentar-se de modo controlado e coordenado (KISNER e COLBY, 1998,
apud SAVOLDI 2005).
De acordo com MATTOS e KABARITE (2013) o equilíbrio é resultado de
uma ação coordenada e simultânea da propriocepção, exteroceptividade e
tonicidade sendo o ponto inicial para todas as ações intencionais e
coordenadas do corpo. Através do equilíbrio estático pode-se observar o
determinado grau de controle vestibular e cerebelar da postura, já através do
equilíbrio dinâmico observa-se a orientação controlada do corpo em
deslocamento.
Para que possa ocorrer a equilibração, ou seja, a manutenção e controle
da postura FONSECA (2014, p.64) aponta os seguintes subfatores:
Imobilidade – capacidade de inibição voluntaria de todo e qualquer
desvio postural ou movimento (macro ou micro), durante um minuto e com os
olhos fechados.
Equilíbrio Estático - capacidade de imobilidade postural, durante um
curto lapso de tempo, também com os olhos fechados e com o apoio das mãos
nos quadris, nas seguintes tarefas: apoio retilíneo (um pé no prolongamento
exato do outro), apoio nos terços anteriores dos dois pés (calcanhares
elevados) e apoio uni pedal (identificação do pé dominante).
Equilíbrio Dinâmico – capacidade de locomoção automática na marcha
controlada, mantendo sempre o contato da ponta do pé de trás com o
calcanhar do pé da frente, evoluindo no solo e em cima de uma trave, em
múltiplas direções e em uma determinada distância tarefa já efetuada com os
olhos abertos.
De acordo com FONSECA (2009) não há como fazer a separação da
função da atitude e do equilíbrio, pela a dupla razão que o tônus varia em
função da postura e também da atitude, em contrapartida as adaptações do
tônus contribuem amplamente para a manutenção do equilíbrio do individuo.
13
1.3 POSTURA
A aquisição da postura está diretamente ligada com o desenvolvimento
motor do ser humano, de acordo com FONSECA (2009) tal desenvolvimento é
acompanhado pelo aumento do tônus axial que paralelamente segue com a
diminuição progressiva da hipertonicidade dos membros. Quanto maior for o
grau de extensibilidade que é a capacidade que o sistema tem em crescer pela
adição de novos componentes, maior é a facilidade do desenvolvimento da
integração de novos esquemas motores, pois essa extensibilidade permite uma
maior harmonização dos músculos para a realização das sinergias motoras. O
desenvolvimento do eixo corporal tem uma relação muito próxima com a
manutenção do SNC levando a perceber que o tônus não é só extensibilidade
ele também contribui para o desenvolvimento neuromaturacional do eixo
corporal.
A posição vertical e o posicionamento correto da cabeça são os
responsáveis pela corticalidade mais perfeitas do ser humano, pois essa
posição inseriu o homem na civilização já que lhe permitiu uma locomoção e
um equilíbrio mais disponíveis que o projetaram para diferenciados
conhecimentos do mundo FONSECA (2009).
Segundo GYTON E HALL (2002) O aparelho vestibular detecta a
orientação e movimentos da cabeça, sendo assim, é essencial que os centros
nervosos recebam informações apropriadas quanto à orientação da cabeça em
relação ao corpo. Essas informações são transmitidas pelos proprioceptores da
cabeça e do pescoço.
Para FONSECA (2009) a postura humana também está diretamente
ligada com as exigências mecânicas tendo em vista que para uma pessoa se
manter em equilíbrio precisa que o centro de gravidade caia sobre a base de
apoio ou sustentação. A manutenção da postura bípede se torna possível
graças a alguns fatores e estímulos que se fazem necessários contra a ação da
14
gravidade. Tais estímulos vêm das excitações constantemente ativadas pelos
receptores musculares, labirintícios, visuais, exteroceptivos e proprioceptivos.
Todos os estímulos e excitações têm uma grande importância para a
manutenção dessa postura, porém para o presente estudo falaremos um pouco
melhor sobre:
Excitações Exteroceptivas: FONSECA (2009) relata que tais
excitações desenvolvem reflexos que contribuem para assegurar a postura e
restabelecer a verticalidade.
Excitações Proprioceptivas: Essas excitações têm origem no músculo
esquelético e nas estruturas as quais eles mobilizam como tendões e
articulações. Quando ocorre uma variação nos segmentos corporais ocorrem
excitações proprioceptivas somáticas, quando, por exemplo, temos uma
mudança na posição da cabeça em relação ao tronco temos excitações
proprioceptivas cervicais FONSECA (2009).
1.4 PROPRIOCEPÇÃO
A propriocepção é um termo utilizado para descrever todas as
informações neurais originadas nos proprioceptores das
articulações, músculos, tendões, cápsulas e ligamentos, que
são enviadas através de vias aferentes ao sistema nervoso
central (SNC), de modo consciente ou inconsciente, sobre as
relações biomecânicas dos tecidos articulares, as quais podem
influenciar o tônus muscular, programas de execução motora e
coordenação, cinestesia, reflexos musculares, equilíbrio
postural e estabilidade articular (BACARIN et al., 2004apud
SAVOLDI 2005).
15
Informações de origem somatossensorial, através de
proprioceptores musculares, cutâneos e articulares,
conjuntamente com informações do sistema visual e do
sistema vestibular, oferecem conhecimento da estruturação do
corpo no espaço ao sistema nervoso central, proporcionando
ações motoras para a manutenção do equilíbrio postural, pela
contração dos músculos antigravitacionais (BARCELLOS e
IMBIRIBA, 2002apud SAVOLDI 2005).
Segundo FONSECA (2009) tem que distinguir como proprioreceptores
os musculares (fusos) e os articulares (corpúsculos de Golgi), existe também
os labirintíticos, todos são de certa forma responsáveis pela estimulação
propioceptiva permanente da atividade postural-motora.
16
CAPÍTULO II
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E O EQUILÍBRIO
ENTRE 3 A 6 ANOS DE IDADE
Nesse capítulo serão abordados alguns aspectos do desenvolvimento
psicomotor de crianças com idade escolar entre 3 a 6 anos, assim como a
importância da estimulação da propriocepção e do equilíbrio através de
atividades psicomotoras para estimular e auxiliar nesse desenvolvimento.
2.1 - A importância da psicomotricidade no
desenvolvimento infantil na idade pré-escolar
Nos dias atuais vários estudos apontam a importância de estimular
nossas crianças cada vez mais cedo em todas as áreas e competências para
promover um melhor desenvolvimento das capacidades biológicas,
psicológicas, sociológicas e culturais da criança. Dessa maneira essa
estimulação de forma gradual e constante, lúdica e coerente com cada faixa
etária irá promover um correto desenvolvimento psicomotor que o indivíduo irá
levar permanentemente em toda sua vida.
Segundo MEUR e STATES (1989) é a partir de experiências simples de
origem motora que a criança recebe informações, classifica e armazena as
mesmas para posteriormente perceber as noções de longe e perto, dentro e
fora, alto e baixo entre outras. Sendo assim, a psicomotricidade como
instrumento pedagógico ajuda a desenvolver na criança uma noção maior do
que é o mundo no qual ela está inserida e qual o papel que seu corpo e suas
ações representam de forma concreta nesse mundo.
Portanto a função motora, o desenvolvimento intelectual e o
desenvolvimento afetivo estão intimamente ligados na criança:
a psicomotricidade quer justamente destacar a relação
existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar
17
a abordagem global da criança por meio de uma técnica.
(MEUR e STATES, 1989, p.5)
Se partirmos desse ponto citado anteriormente pelos autores pode-se
observar que o desenvolvimento infantil está diretamente ligado ao
desenvolvimento psicomotor, pois todos os estímulos que a criança recebe do
mundo irão se tornar em aprendizado, questionamentos e respostas
organizadas a partir do pensamento, que é um privilégio somente dos seres
humanos.
FONSECA (2009) diz que o movimento é uma das formas mais
significativas de adaptação ao mundo exterior, que é por meio do movimento
que o indivíduo projeta suas ações e relações com seu próprio mundo.
Segundo LE BOULCH (1982) na idade pré-escolar a prioridade é trabalhar a
atividade motora global, pois é nesse estágio que a atividade motora traduz as
necessidades e expressões fundamentais do movimento de investigações e
expressões que devem ser satisfeita, pois se a criatividade se expressa
inicialmente através dos comportamentos motores e afetivos, ela mais tarde irá
se traduzir pela atitude do organismo de efetuar associações novas e explorar
no plano mental o que tem experimentado na vivência corporal.
É através das relações com os outros que o ser se descobre e assim
sua personalidade constrói-se gradualmente LE BOULCH (1982)
A psicomotricidade trabalha no indivíduo questões indispensáveis para o
seu desenvolvimento visando uma melhor qualidade na estruturação do
pensamento, gestual motor, relacionamento com o próximo, traz ao indivíduo
uma maior consciência do seu real papel no mundo e na sociedade visando à
maturação de um ser capaz de expor suas idéias e executá-las através dos
movimentos e com clareza na sociedade na qual ele está inserido.
A educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de
tudo uma experiência ativa de confrontação com o meio. A
ajuda educativa, proveniente dos pais e do meio escolar, tem a
finalidade não de ensinar à criança comportamentos motores,
mas sim de permitir-lhe, mediante do jogo, exercer sua função
18
de ajustamento, individualmente ou com outras crianças. No
estagio escolar, a primeira prioridade constitui a atividade
motora lúdica, fonte de prazer, permitindo a criança prosseguir
a organização de sua imagem do corpo ao nível do vivido e de
servir de ponto de partida na sua organização práxica em
relação com o desenvolvimento das atitudes de análise
perceptiva.” (LE BOULCH, 1982, p.129)
2.2 O Desenvolvimento Motor Infantil
O desenvolvimento motor acontece ao longo da vida de um indivíduo e tal
desenvolvimento traz informações extensas e complexas sobre o assunto,
porém para o presente estudo iremos focar alguns aspectos importantes no
desenvolvimento motor infantil na faixa etária entre 3 a 6 anos de idade.
Segundo LE BOULCH (1982) a criança de 3 anos de idade que se
beneficia de um ambiente afetivo no qual não ocorre uma super proteção
exagerada pode se confrontar no mundo dos objetos com sucesso, pois
experimenta uma motricidade espontânea harmoniosa. Seus deslocamentos
não são mais problema, o equilíbrio está assegurado, a coordenação de braços
e pernas tem se adquirido, já toda a manifestação contrária nessa idade como
inibição, rigidez, tensões desnecessárias são expressões que a criança
apresenta na organização de sua personalidade.
LE BOULCH (1982) complementa que é nessa idade que a criança
apresenta gesticulações e movimentos que podem ser realizados em toda sua
plenitude, a espontaneidade motora durante as atividades de exploração que
permite a criança experimentar e continuar enriquecendo sua bagagem motora
e cognitiva. É aos 3 anos de idade que a criança consegue reconhecer o seu
corpo como objeto, as adaptações do mundo exterior tem sido resolvida de
forma global graças ao jogo da função de ajustamento, o que resta nesse
período é integrar as experiências a um nível mais consciente, permitindo uma
dimensão melhor do vivenciado, pois até então a criança nomeava-se na
terceira pessoa, nesta etapa ela começa a utilização dos pronomes como: eu,
19
meu, minha, sua, adquirindo todo o sentido como forma de expressão e de
personalidade LE BOULCH(1982).
LE BOULCH (1982) diz que aos 4 anos de idade a criança está
consciente de suas atitudes multiplicando as suas fisionomias, sorrisos, através
dos quais ela mostra-se interessante. As possibilidades de fazer e
compreender diferentes atitudes que irão permitir as trocas com outras
pessoas, essa troca é o sinal de socialização.
Segundo LE BOULCH (1982) a evolução da gestualidade implica no
ajustamento da postura, beneficiando-se de uma função reguladora do tônus
muito mais precisa, a evolução do controle tônico permite a eliminação de
movimentos parasitas e sincinésias ainda mais se a criança não for estimulada
pelo adulto. É entre os 4 e 5 anos que a harmonia e o ritmo do movimento
alcançam uma certa perfeição pelo que se chama “idade da graça”,
paralelamente a este exercício e ao aperfeiçoamento da motricidade, a
dominância lateral se estabelece e se torna definitiva servindo de base para
uma melhor estruturação e orientação do corpo no espaço.
Segundo LE BOULCH (1982) observa-se que entre os 3 aos 6 anos de
idade, a criança ainda não consegue resolver o duplo problema de ajustamento
eficaz e do controle segmentário durante a execução do movimento. Não
consegue, pois, no plano da coordenação práxica propriamente dita, um
progresso significativo nessa idade, pois a forma de aprendizado por insight, o
qual se deve continuar exercendo globalmente. Seu interesse é favorecer as
aquisições novas sempre de maneira global, porém, sobretudo de ampliar a
plasticidade da função de ajustamento e de requerer tomadas de informações
cada vez mais precisas em relação ao ambiente. O desenvolvimento rápido
das funções simbólicas possibilita novas perspectivas na percepção do espaço
que progressivamente, vai tornar-se projetiva e euclidiana, os progressos mais
importantes na motricidade estão ligados a regulação tônica e ao ajustamento
postural LE BOULCH (1982).
20
2.3 A Importância da estimulação de atividades de
equilíbrio e propriocepção no desenvolvimento
psicomotor de crianças com 3 a 6 anos de idade
De fato tudo que o indivíduo vivência e experimenta está atrelado ao seu
desenvolvimento, e se faz necessário para tal desenvolvimento cada vez mais
aprimorado uma correta estimulação das noções de esquema corporal,
lateralidade, orientação espacial, orientação temporal, ritmo, coordenação
óculo-manual e óculo-pedal, memória, atenção, criatividade, afeto, por
exemplo. Porém iremos focar na importância do equilíbrio e da propriocepção
para o correto desenvolvimento infantil e conseqüentemente psicomotor, pois
além de estarem ligados diretamente com a manutenção da postura e
aquisição de movimentos dos segmentos corporais, proporcionam ao individuo
uma real noção do seu corpo no espaço assim como o seu deslocamento pelo
mesmo.
Postura e movimento são de fato indissociáveis em termos de controle
motor FONSECA (1995). O movimento tende a deslocar uns segmentos
corporais em relação a outros, ou a totalidade do corpo em relação ao solo
(MASSION, 1984 apud FONSECA, 1995).
Segundo FONSECA (1995) a postura e sua manutenção são um
processo ativo e regulador por uma grande variedade de inputs sensoriais e
centrais que previnem mudanças de qualquer posição do corpo, onde o
sistema de controle de movimento e da postura co-atuam e co-ajustam-se ao
mesmo tempo, ou seja, são coordenados sinergeticamente, para manterem
uma ação integrada.
A postura ereta em condições normais envolve a interação não só de
várias estruturas neurofisiológicas, como de vários sentidos e sistemas
funcionais. Só o esforço combinado de simples reflexos (reflexos tônicos e
reflexos miotáticos) da informação proprioceptiva, da integração vestibular
(enviada ao cerebelo e depois ao cérebro), da ativação da formação reticulada
(sistema gama), informação visual e dos movimentos voluntários, coadjuvados
21
com as leis físicas do equilíbrio, pode materializar a função de equilibração
(MAGNUS e KLEIJIN, 1924 apud FONSECA, 1995).
A equilibração compreende, em termos psicomotores, a integração da
postura num sistema funcional complexo, que combina a função tônica e a
proprioceptividade nas inúmeras relações com o espaço envolvente (QUEIRÓS
E SCHRAGER, 1978 apud FONSECA, 1995).
De acordo com FONSECA (1995), a ação coordenada e simultânea da
proprioceptividade, tonicidade e exteroceptividade convertem no sistema
complexo que traduz a equilibração é sem dúvida uma combinação básica de
qualquer processo de aprendizagem. A equilibração é um processo essencial
do desenvolvimento psiconeurológico da criança, sendo assim, é
extremamente importante para todas as ações intencionais e coordenadas que
serão à base dos processos humanos de aprendizagem.
A função do uso neuromuscular é a chave para a manutenção
do tônus muscular, e esta é fundamental para a regulação da
equilibração. A sua disfunção é, em certa medida, sinônimo de
inadequada informação sensorial. A disfunção tônica sugere
uma reduzida aferência neuromuscular, que tende a produzir
efeitos em nível de integração proprioceptiva e vestibular. A
inadequada integração vestibular e proprioceptiva daí
resultante reduz a atividade dos fusos musculares que, por,
sua vez tornam-se menos eficientes, pondo em risco a
implementação de qualquer reação motora incluindo os
reflexos posturais e os movimentos voluntários. A tonicidade
está relacionada com a integração sensorial e está
inexoravelmente dependente da organização do equilíbrio
(FONSECA, 1995, p.149).
Sem um sistema vestibular funcional, cabeça e olhos não conseguem
estabilizar as condições posturais que são à base da captação e
processamento das informações sensórias. A informação vestibular realizada
proprioceptivamente é de extrema importância para a visão se conectar com o
22
espaço, seja por um movimento global ou através da manipulação de objetos
FONSECA (1995).
De acordo com FONSECA (1995) a equilibração reúne uma serie de
aptidões estáticas e dinâmicas, abrangendo o controle da postura, e o
desenvolvimento a aquisição da locomoção. A postura ereta é por
conseqüência, mantida através das ações coordenadas de órgãos especiais
como: órgãos tendinosos e fusos neuromusculares (proprioceptores) que
através do reflexo miotático modulado, produzem uma interação
neuromuscular.
A correta estimulação do equilíbrio e da propriocepção nas crianças,
favorece numa maior coordenação motora global e específica e assegura as
mesmas o deslocamento mais preciso e organizado dentro do espaço.
Estimular com atividades lúdicas essas áreas é um caminho para auxiliar cada
vez mais o correto desenvolvimento psicomotor da criança, dessa forma
algumas atividades podem ser propostas visando à estimulação do equilíbrio
estático e dinâmico, assim como a utilização de plataformas instáveis que irão
causar a ativação dos proprioceptores das articulações, músculos, tendões e
ligamentos, auxiliando na manutenção do equilíbrio e da postura no momento
da atividade.
O equilíbrio estático refere-se à capacidade do indivíduo em manter uma
posição anti gravitacional estável quando em repouso, por manter o centro de
massa dentro da base de apoio disponível (ELLENBECKER, 2002apud
SAVOLDI 2005). Logo criar atividades nas quais as crianças tenham que se
colocar na ponta dos pés, ou em apoio unipedal irá proporcionar uma
estimulação desse equilíbrio, assim como elaborar atividades nas quais as
crianças tenham que ficar com os olhos fechados, pois sem a utilização da
visão irá ocorrer uma influência no equilíbrio estático.
O equilíbrio dinâmico envolve respostas posturais automáticas ao
deslocamento da posição do centro de massa. Respostas posturais reativas
são ativadas para recapturar a estabilidade quando uma força inesperada
desloca o centro de massa (DUARTE, 2000apud SAVOLDI 2005). Logo criar
atividades nas quais as crianças tenham que se deslocar sobre uma linha no
23
chão ou uma corda encostando a ponta dos dedos de um pé no calcanhar do
outro no momento da marcha irá proporcionar a estimulação desse equilíbrio.
Ferreira 2003 apud SAVOLDI 2005 comenta que um exemplo de
equilíbrio naturalmente instável é a postura assumida na bipedestação. Neste
tipo de equilíbrio, o corpo (ou partes dele) oscila sobre uma referência de
equilíbrio, esta pequena oscilação é chamada de tremor. Acrescenta ainda que
a oscilação do corpo provoque uma migração do CP (forças verticais exercidas
na superfície de suporte). Logo desenvolver atividades que utilizem uma
plataforma instável, como discos e pranchas de equilíbrio, slack line e skate, irá
proporcionar uma estimulação desse equilíbrio instável.
Apresentar atividades lúdicas para crianças de 3 a 6 anos de idade que
englobem o estímulo e aperfeiçoamento do equilíbrio e propriocepção, é de
extrema importância, pois é através da brincadeira que a criança irá explorar
vivenciar e experimentar tais sensações para posteriormente seu corpo
armazenar as informações que esses estímulos trouxeram e auxiliar no correto
e coerente desenvolvimento psicomotor de cada faixa etária.
24
CAPÍTULO III
PSICOMOTRICIDADE: HISTÓRIA E ASUA
IMPORTÂNCIANO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM NA PRÉ-ESCOLA
Nesse capítulo serão abordados temas pertinentes a psicomotricidade
assim como uma breve história do seu surgimento, sua importância no
desenvolvimento do processo de aprendizagem da criança e
conseqüentemente a importância dela ser estimulada nas aulas de Educação
Física na pré-escola.
3.1 Um breve histórico da Psicomotricidade
Desde a Grécia antiga o corpo é cultuado e adorado por artistas, poetas,
filósofos e estudiosos de diversas áreas se tornando objeto de estudo e
adoração do homem.
Os pré-socráticos se referiam ao corpo de uma maneira mais realista,
não mais se preocupavam somente com o Universo, e sim com o próprio
homem e seu comportamento, com seu corpo e sua alma MATTOS e
KABARITE (2013).
Platão acreditava que o ser humano era composto pelo dualismo corpo e
alma, em sua concepção no corpo estava o “mundo das coisas”, no mundo
visível, mundo da sensibilidade e da percepção, já a alma no “mundo das
idéias”, do pensamento que era o princípio de tudo MATTOS e KABARITE
(2013).
“Propondo um pensamento mais racionalista, Aristóteles, discípulo de
Platão, pleiteava que o corpo é matéria, moldado pela alma e que esta seria
responsável por colocar o corpo em movimento” (MATTOS e KABARITE, 2013,
p.17).
25
Nota-se que há muitos séculos atrás o homem já buscava alguma forma
de entender a questão mente e corpo, e com o passar dos anos com o avanço
da tecnologia e dos estudos o homem chegava a novos conceitos sobre esse
tema tão vasto e de difícil entendimento.
MATTOS e KABARITE (2013) relatam que no início do século XIX, F.
Maine de Biran um filósofo e psicólogo francês constata que a alma necessita
do corpo para assegurar sua intencionalidade, dizendo que é o corpo que
propicia a alma a tomar consciência de sua existência. O movimento é visto
como elemento essencial na formação do eu.
Henri Bérgson (1859 – 1914), filósofo francês, afirma que a
consciência implica, primeiramente, uma tomada de decisão e,
em seguida, sua execução; o cérebro imprime ao corpo
movimentos e atitudes que desempenham o que o espírito
pensa; a inteligência é prática; o corpo como um aspecto
fundamental da constituição do homem. (MATTOS e
KABARITE, 2013, p.19).
Vários países do mundo começam a avançar cada vez mais em
pesquisas sobre corpo e mente e sua importância para o desenvolvimento
assim passaram a enxergar não só o dualismo entre eles e sim que são
indissociáveis. Segundo MATTOS e KABARITE (2013) a França passa a ser o
grande centro de estudos e pesquisas sobre a psicomotricidade, pois foi o
neurologista francês Ernest Dupré que iniciou uma correlação entre motricidade
e inteligência retratando ao meio científico, a síndrome do movimento sem
danos ou lesões localizadas no cérebro sendo esse o conceito de debilidade
motora, que posteriormente tornou-se debilidade psicomotora.
Henry Wallon, em 1925 estuda a relação do movimento com o afeto e
com a formação do caráter para o desenvolvimento infantil considerando o
tônus como elo entre o mundo biológico e o mundo psíquico, é ao tônus que
Wallon concede a grande importância de ser o primeiro canal de comunicação
do bebê com o mundo MATTOS e KABARITE (2013).
26
Na década de 1930, Arnold Gesell elaborou uma escala de
desenvolvimento infantil (características motoras, conduta
adaptativa, linguagem e conduta pessoal-social) referente a
cada ano de idade. Gesell definiu características motoras
como: as reações posturais, a preensão, a locomoção geral do
corpo e outras aptidões específicas (GESELL E AMATRUDA,
1990 apud MATTOS e KABARITE, 2013 p.23).
Segundo MATTOS e KABARITE (2013) Jean Piaget através da
Psicologia e da Biologia auxiliou a estruturação do desenvolvimento humano
em fases, considerando o processo maturacional do ser, tanto em nível
cognitivo como afetivo, motor, lingüístico, moral e social.
Em1977, Ajuriaguerra afasta de vez a Psico-motricidade da visão do
dualismo cartesiano, retirando o hífen e dando a palavra Psicomotricidade uma
unidade MATTOS e KABARITE (2013) definindo a mesma como:
Uma técnica que, por intermédio do corpo e do
movimento, dirige-se ao ser na sua totalidade. Ela não
visa à readaptação funcional por setores e, muito menos,
à supervalorização dos músculos, mas a fluidez do corpo
no seu meio. Seu objetivo é permitir o indivíduo melhorar
sentir-se e, por meio de um maior investimento da
corporalidade situar-se no espaço, no tempo, no mundo
dos objetos e chegar a uma modificação e uma
harmonização com o outro (AJURIAGUERRA, 1977 apud
MATTOS e KABARITE, 2013, p.25).
Com o passar do tempo outros estudiosos ganharam destaque na área
da Psicomotricidade com suas obras e estudos trazendo suas relevantes
contribuições sobre o assunto e são eles: Jean Le Boulch, André Lapierre,
Bernard Aucouturier, Aleksander Luria, Pierre Vayer, Winnicott, Spitz, entre
outros.
27
Segundo MATTOS e KABARITE (2013) em estudos mais recentes, Vitor
da Fonseca ressalta a necessidade de se abordar o significado do movimento
como comportamento, em uma relação consciente e clara entre a ação do
indivíduo e a situação ocasional evitando observações restritas ao trabalho de
músculos, ossos e articulações como se o corpo fosse uma máquina posta em
movimento por um psiquismo que habita o cérebro.
A Psicomotricidade a cada dia ganha mais expressão no meio científico,
pedagógico e clínico, trazendo novas idéias e conceitos, estudos e novas obras
sobre um assunto tão fascinante que aborda os aspectos motores, cognitivos e
afetivos tornando essa tríade indissociável e indispensável para o
desenvolvimento e formação do ser como um indivíduo atuante no mundo no
qual está inserido e um cidadão crítico e consciente do seu papel na
sociedade.
3.2 A importância da Psicomotricidade no
desenvolvimento e no processo de ensino-
aprendizagem da criança.
A Psicomotricidade “é uma ciência que tem por objetivo o estudo do
homem através do seu corpo em movimento nas suas relações com seu
mundo interno e externo” (SPB, 1984 apud ALVES, 2012, p.17).
Partindo do conceito citado anteriormente, conclui-se que a
psicomotricidade se torna extremamente importante para o desenvolvimento do
indivíduo, pois enxerga o mesmo como um todo, como um ser capaz de se
relacionar e se expressar com outras pessoas e com o mundo no qual vive,
fazendo dessa relação uma troca de sentimentos e sensações onde o
aprendizado é fator atuante e fundamental para o seu desenvolvimento.
ALVES (2012) relata que a psicomotricidade envolve todas as ações
realizadas pelo homem representando suas necessidades e permitindo sua
relação com os demais, é a integração entre motricidade e psiquismo.
28
“O movimento permite a criança explorar o mundo exterior por meio de
experiências concretas sobre as quais são construídas as noções básicas para
o desenvolvimento intelectual. É importante que a criança viva o concreto”
(ALVES, 2012, p.19). É através do ato de explorar o mundo exterior que a
criança desenvolve a consciência de si mesma ALVES (2012).
Através do movimento e exploração do mundo, que se pode estimular na
criança o aprendizado cognitivo, convívio social e observação do seu
comportamento. A individualidade biológica deve ser respeitada, pois assim
como os adultos, as crianças são seres completamente diferentes umas das
outras, mesmo em formação cada uma delas traz sua própria história de vida e
experiências do seu mundo e da sua casa. Sendo assim, todas essas questões
devem ser levadas em consideração quando se faz uma análise do
desenvolvimento da criança.
Segundo ALVES (2012) cada criança é única, o esquema de
desenvolvimento é comum para todas, porém as diferenças de caráter, as
possibilidades físicas, o meio e o ambiente familiar esclarecem que mesmo
com a mesma idade cronológica, as crianças perfeitamente “normais” podem
se comportar de maneiras distintas.
ALVES (2012) diz que a educação deve ser pensada em função da
criança de sua idade para seus interesse e necessidades e não somente tendo
em vista um objetivo particular, dessa maneira os primeiros anos de vida da
mesma tem uma importância fundamental, pois o desenvolvimento da
inteligência, relações sociais, afetividade são tão rápidos que sua realização
determinará em grande parte as capacidades futuras. Da mesma maneira que
perturbações se não forem constatadas a tempo podem vir a diminuir de
maneira significativa essas mesmas capacidades.
“O meio ambiente terá de ser favorável para que a criança tenha uma
maturação normal fazendo com que sua inteligência seja desenvolvida”
(ALVES, 2012, p.21).
A escola irá receber a criança para intensificar a sabedoria, mas para
que a mesma atinja um bom desempenho, a formação na qual ela recebeu em
casa no seu ambiente familiar é de extrema importância para o processo, pois
29
nos primeiros anos de vida os principais educadores são os pais e esses
devem estar conscientes da sua importância para a evolução do
desenvolvimento dos seus filhos ALVES (2012).
Para um desenvolvimento psicomotor correto e coerente com cada faixa
etária da criança, a escola e o ambiente familiar tem uma importância
fundamental nesse processo, pois quando ambos caminham juntos visando o
bem estar da criança dando estímulos variados e possibilitando a ela uma
maior visão de mundo e de sociedade, sua bagagem cultural, cognitiva, motora
e afetiva são enriquecidas favorecendo assim um melhor desenvolvimento
psicomotor da criança. Mas para que esse processo tenha o sucesso desejado,
o professor e peça fundamental e atuante nessa “engrenagem”, pois é ele que
lida diretamente com a criança sendo um mediador facilitando o processo de
ensino-aprendizagem.
O papel do professor de pré-escola é, ao mesmo tempo
importante e difícil, pois esse educador lida com a criança no
processo inicial do desenvolvimento, em uma etapa básica da
formação de sua personalidade. A existência de muitos
educadores permite selecionar algumas recomendações que
podem favorecer o processo de aprendizagem dos pré-
escolares. O professor poderá claro, enriquecer as sugestões
oferecidas a partir da consideração de sua realidade e da
utilização de sua criatividade (ALVES, 2012, p.143).
ALVES (2012) ressalta que para o professoro material de trabalho é o
aluno, ou seja, é necessário que esse professor conheça seus alunos e
estabeleça um laço de amizade com eles facilitando o desenvolvimento das
capacidades de aprendizado, dando aos alunos tempo para suas próprias
descobertas através de variadas situações e estímulos. Dessa maneira irá
proporcionar experiências concretas para que seus alunos as vivenciem com o
corpo inteiro auxiliando seu desenvolvimento global.
Segundo ALVES (2012) para que a relação professor aluno tenha
sucesso no ensino-aprendizagem a psicomotricidade tem uma valiosa função,
30
pois na pré-escola e na alfabetização há uma estreita simetria entre o
desenvolvimento das funções psíquicas, do comportamento social e
acadêmico.
A psicomotricidade favorece a aprendizagem quando
reconhece que diferentes fatores de ordem física, psíquica e
sociocultural atuam em conjunto para que se dê a
aprendizagem. Trabalhando no ser humano, cada uma das
etapas possibilita-o alcançar a consciência corporal, a
consciência do mundo que o cerca, o relacionamento deste
com seu corpo e com o que está ao seu redor. Proporciona ao
indivíduo a capacidade de ser, ter, aprender a fazer e a fazer,
na medida em que se reconhece por inteiro alcançando a
organização e o equilíbrio das relações com os diferentes
meios e a sua distinção, relacionando-se com o mundo de
forma equilibrada (ALVES, 2012, p.153).
A psicomotricidade quando trabalhada de maneira correta nas escolas
nas series inicias auxiliam o melhor desenvolvimento e formação do indivíduo,
pois o movimento está atrelado ao cognitivo sendo em atividades que foquem
as praxias globais ou praxias finas. É através do movimento que a criança em
idade pré-escolar aprende e explora o mundo para posteriormente armazenar
essas informações e sensações em forma de conhecimento, estimular o
movimento para a busca do conhecimento é entender que a criança precisa de
estímulos variados para se descobrir como indivíduo e estabelecer relação com
o mundo e com as pessoas que nele estão inseridas, fazendo parte ou não do
seu cotidiano ampliando assim suas relações sociais, afetividade,
aprendizagem e motricidade.
Segundo ALVES (2012) é necessário o professor compreender que a
educação pelo movimento é uma peça indispensável da área pedagógica, pois
permite a criança resolver mais facilmente os problemas atuais de sua
escolaridade preparando-o futuramente para a idade adulta. Dessa maneira o
aprendizado através do movimento torna-se insubstituível para afirmar certas
31
percepções e desenvolver formas de atenção pondo em jogo certos aspectos
da inteligência.
O trabalho pedagogo, consciente da importância e da utilidade
da psicomotricidade na escola, é de orientar o professor,
motivando-o por meio de uma conscientização da validade de
aplicação da mesma e despertando o seu interesse, para que
possam ajudar os que estão envolvidos no processo ensino-
aprendizagem chegando ao sucesso almejado (ALVES, 2012,
p.155).
3.3 A importância da presença do profissional de
Psicomotricidade na pré-escola.
O presente estudo abordou aspectos importantes em relação ao
desenvolvimento infantil para a idade de três a seis anos, relatando a
importância da psicomotricidade para uma melhor fluidez não só da
motricidade da criança, mas também um melhor desenvolvimento cognitivo,
afetivo e social. Dessa maneira se faz extremamente necessário a estimulação
da psicomotricidade na educação infantil por pessoas aptas e capacitadas para
tal função.
O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento
e da cultura humana. As crianças se movimentam desde que
nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio
corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de
interação com o mundo. Engatinham, caminham, manuseiam
objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupo, com
objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas
maneiras de utilizar seu corpo e seu movimento. Ao
movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções
e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso
significativo de gestos e posturas corporais. O movimento
32
humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do
corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite
às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o
ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu
teor expressivo (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p.15).
De acordo com o RCNEI (1998), as crianças quando brincam, jogam ou
imitam se apropriam do repertório da sua cultura corporal, sendo assim, as
instituições de educação infantil devem proporcionar um ambiente físico e
social onde as crianças sintam-se apoiadas e protegidas ao mesmo tempo em
que se sintam seguras para se arrisca e vencer desafios. Um ambiente rico em
estímulos diversos e desafiador poderão possibilitar para as crianças uma
ampliação dos conhecimentos acerca delas mesma e dos outros, assim como
do meio em que vivem.
O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de
funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo
desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das
crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas
corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como
atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de
cada criança (RCNEI, 1998, p.15).
Segundo as citações anteriores do Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil, pode-se concluir que o movimento tem uma importância
chave no desenvolvimento da criança, pois é através do mesmo que a criança
se expressa nos primeiros anos de vida até atingir a fase da linguagem oral e
escrita, assim como se faz necessária sua estimulação através do lúdico para
que ela experimente sensações e gestuais motores a fim de se relacionar
melhor consigo mesma, com outras pessoas e com o mundo. Ficando claro
que o movimento para educação infantil se faz extremamente necessário para
um correto e saudável desenvolvimento psicomotor da criança.
33
Portanto um profissional capacitado e atualizado para as questões
psicomotoras se faz necessário no cenário da educação infantil, pois se o
movimento está atrelado ao desenvolvimento das questões cognitivas, afetivas
e sociais, será que somente o professor regente de sala de aula está apto para
exercer essa função?
Segundo LE BOULCH (1982) a corrente educativa em psicomotricidade
surgiu a partir das insuficiências na educação física, que não teve condições de
satisfazer às necessidades de uma educação real do corpo.
A abordagem Psicomotricista, utiliza-se da atividade lúdica
como impulsionadora dos processos de desenvolvimento e
aprendizagem. Trata das aprendizagens significativas,
espontâneas e exploratórias da criança e de suas relações
interpessoais. Focaliza-se na criança pré-escolar, destacando
sua pré-história como fator de adoção de estratégias
pedagógicas e de planejamento. Busca analisar e interpretar o
jogo infantil e seus significados (AZEVEDO E SHIGUNOV,
2000, p.5).
Por mais que os professores conheçam o universo infantil dos seus
alunos, se faz necessário a presença de um profissional de Educação Física
sério e especializado em psicomotricidade para colocar em prática no
programa pedagógico desse ciclo uma correta abordagem psicomotora visando
um maior desenvolvimento não só das capacidades globais do corpo através
do movimento, mas também a busca pela correta estimulação da cognição, do
afeto e da socialização do indivíduo colaborando para a formação de um
cidadão em desenvolvimento na fase pré-escolar. Pois segundo a LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL nº 9394 (1996), o artigo
segundo afirma que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando e seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
34
Mas para que ocorra o desenvolvimento de tais capacidades do
educando com diz a LDB, devemos entender que para a formação de um
indivíduo critico argumentativo e atuante na sociedade para desempenhar seu
papel como cidadão e ao mesmo tempo estar apto e qualificado para o
mercado de trabalho, devemos estimular tais desenvolvimento na base, ou
seja, na educação infantil. Pensar nisso se faz necessário, pois uma educação
de qualidade nesse ciclo através também da psicomotricidade como
componente pedagógico é o caminho para chegarmos a um fim desejado por
pais, professores e Estado. Dessa maneira a psicomotricidade sendo
estimulada por profissionais capacitados e que tenham a compreensão de
como mediar o correto caminho do desenvolvimento infantil, nossas crianças
alcançaram enormes benefícios em sua formação e desenvolvimento através
da educação psicomotora na pré-escola.
35
CONCLUSÃO
O presente estudo abordou alguns aspectos importantes e relevantes
em relação ao desenvolvimento infantil na faixa etária de 3 a 6 anos de
idade,buscando evidenciar que a criança é um ser complexo, pois está em
constante desenvolvimento e adaptação do mundo no qual ela está inserida,
experimentando sensações e estímulos que visam uma maturação neurológica
dentro da sua correta faixa etária, para potencializar nela aquisições
primordiais para a sua formação ativa na sociedade,compartilhando com as
demais pessoas que participam desse processo, inúmeros sentimentos e
ações essências para a sua formação biológica, social, cultural e cognitiva.
Dentro desses aspectos a Psicomotricidade se faz extremamente
importante no desenvolvimento infantil, pois enxerga o indivíduo como um todo
e não parte de um processo isolado, ou seja, entende e esclarece que as
questões motoras cognitivas e afetivas do ser humano são indissociáveis para
a sua formação, pois os componentes dessa tríade estão atrelados. Sendo
assim, não há como trabalhar esses aspectos isolados, pois estão expandindo-
se constantemente e ligados no mesmo organismo para a contribuição da
formação de um ser social que se relaciona com diversas pessoas, adquiri
cultura, se expressa através do seu corpo em movimento e aprende com suas
vivências diárias.
De fato o aprendizado da criança se faz através dos sentidos nos seus
primeiros anos de vida, principalmente através da visão na qual ela tem as
primeiras informações do mundo e percepções de cores e movimentos,
aprende a identificar pessoas através do olfato e audição, e esses sentidos a
reporta a diversas emoções fazendo com que a criança se expresse através do
seu corpo. Todo esse processo no qual a criança vivencia desenvolve a
maturação do seu Sistema Nervoso que vai armazenando todas as
informações no seu cérebro para posteriormente externá-las em forma de
aprendizado.
O desenvolvimento psicomotor traz inúmeros benefícios para a criança,
pois quando ela vai se descobrindo e experimentando o mundo, passa a se
36
relacionar de maneira direta com o mesmo e com os seres que nele vivem,
desenvolvendo habilidades motoras fascinantes como a formação do tônus
muscular, que de fato está diretamente ligado com aquisição e manutenção da
postura. Essa equilibração se deve a diversos fatores onde o equilíbrio e a
propriocepção tem uma importância peculiar, pois uma criança que não
desenvolve essas questões de maneira correta poderá acarretar uma série de
problemas, que vão desde problemas com seu equilíbrio estático e dinâmico
refletindo em um indesejado deslocamento no espaço com alterações na
marcha e nas noções de orientação espacial e temporal, até mesmo um
transtorno de aprendizagem gerando problemas futuros para seu correto
desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor.
Estimular um correto desenvolvimento psicomotor na criança se faz de
extrema importância, pois auxilia na formação de um ser cada vez mais
independente e argumentativo, pois pensa e processa suas ações para
executá-las com um fim determinado seja ele motor, cognitivo ou afetivo. Para
que isso ocorra à família tem que estar preparada para auxiliar essa criança de
maneira correta, pois é a sua base, é o primeiro contato da criança com seu
lado afetivo e social, quando ocorre uma correta intervenção da família
proporciona a essa criança um coerente desenvolvimento, gerando ações
solidas através dos diversos estímulos que o universo familiar pode assegurar
a ela.
A escola tem um papel fundamental na continuação desse processo,
pois é nela que as crianças se confrontam com a visão que tem de mundo em
um primeiro momento, trazendo suas experiências para um lugar novo com
determinadas regras de convívio social principalmente que na casa pode não
existir, deixando de ser o “centro das atenções” e passa a dividir experiências,
objetos, brinquedos e sensações com outras crianças, gerando um
aprendizado enorme quando bem orientado para elas. O professor se faz peça
atuante nesse processo, pois é ele que irá mediar o conhecimento da criança
estimulando e desafiando cada uma delas respeitando sua individualidade
biológica, visando trazer sempre novas informações para sua realidade a fim
37
de desenvolver cada vez mais todos os aspectos relevantes para a sua
formação.
Enxergar essa importância do professor no processo de ensino-
aprendizagem das crianças em idade pré-escolar se faz necessária, pois um
profissional capacitado e especializado para lidar com as questões
psicomotoras dos seus alunos irão possibilitar uma serie de benefícios para o
educando, pois conseguem enxergar suas necessidades e especificidades
visando à melhora das questões psicomotoras a fim de mediar à formação de
um cidadão crítico e consciente do seu papel na sociedade para futuramente
ser um adulto que consiga lidar com suas frustrações e sucessos na vida.
38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Janeiro: 5ª ed. - Wak Editora, 2012.
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Psiconeurológica dos Fatores Psicomotores. Porto Alegre: Artmed Editora,
1995.
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MEUR, A. de e STATES, L. – Psicomotricidade: educação e reeducação:
níveis maternal e infantil. Traduzido por Ana Maria Izique Galuban e Setsuko
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39
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MEC/SEF, 1998.
40
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Disponível em: http://portal.mec.gov.br - Acesso em 24 de abril de 2015 às
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LUSSAC, Ricardo Martins Porto – Psicomotricidade: história,
desenvolvimento, conceitos, definições e intervenção profissional –
Disponível em: http://www.efdeportes.com – Acesso em 20 de março de 2015
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SAVOLDI, Anna Paula - avaliação da propriocepção no equilíbrio de
indivíduos submetidos à reconstrução de ligamento cruzado anterior
através do método de posturografia dinâmica – Disponível em:
http//www.unioeste.br/projetos – Acesso em 15 de abril de 20015 às
21h30min.
41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I O SISTEMA NERVOSO, O EQUILÍBRIO, A POSTURA E A PROPIOCEPÇÃO 10 1.1 – O sistema nervoso 10 1.2 – Equilíbrio 11 1.3 – Postura 13 1.4 – Propriocepção 14 CAPÍTULO II DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E O EQUILÍBRIO ENTRE 3 A 6 ANOS DE IDADE 16 2.1– A importância da psicomotricidade no desenvolvimento
infantil na idade pré – escolar 16 2.2 – O desenvolvimento motor infantil 18 2.3 – A importância da estimulação de atividades de equilíbrio
e propriocepção no desenvolvimento psicomotor de crianças de 3 a 6 anos de idade 20
CAPITULO III PSICOMOTRICIDADE: HISTÓRIA E A SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA PRÉ-ESCOLA 24 3.1 – Um breve histórico da Psicomotricidade 24
42
3.2 – A importância da Psicomotricidade no desenvolvimento e no processo de ensino aprendizagem da criança 27 3.3 – A importância da presença do profissional de Psicomotricidade na pré-escola 31
CONCLUSÃO 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38 WEBGRAFIA 40 ÍNDICE 41
43