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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A QUALIDADE DE ATENDIMENTO NA ERA DA FIDELIZAÇÃO DO
CLIENTE.
Por: Elaine Pinheiro de Souza da Silveira.
Orientador
Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
Julho/2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A QUALIDADE DE ATENDIMENTO NA ERA DA FIDELIZAÇÃO DO
CLIENTE.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Empresarial.
Por: Elaine Pinheiro de Souza da Silveira.
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AGRADECIMENTOS
....A Deus em primeiro lugar por me dar
a oportunidade de concluir este curso.
Aos amigos e colegas de trabalho,
meus pais, meu esposo, fornecedores,
e a empresa que trabalho.
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DEDICATÓRIA
.....Dedico este trabalho a todos aqueles
que me ajudaram direta ou indiretamente.
Meus familiares, amigos de trabalho e
todos os meus professores que me
transmitiram o conhecimento durante este
estudo.
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RESUMO
Neste trabalho estarão sendo abordadas as principais questões para um
bom atendimento. No primeiro capítulo, estará sendo contada a história do
varejo no Brasil e como tudo começou com a chegada dos portugueses. O
comercio já começa a aparecer e crescer a cada dia com a necessidade de
atender a demanda de objetos e produtos de uso da população. Ainda
estaremos conhecendo o surgimento das grandes lojas de departamento que
alcançaram o sucesso e permanecem até hoje.
No segundo capítulo estará sendo abordada a questão central deste; o
atendimento. Neste momento iremos compartilhar orientações e dicas de
profissionais da área para ter uma forma de atendimento bem sucedido
começando com Susan Ward do portal norte-americano About.com com oito
dicas simples, mas com efeitos surpreendentes. Cesar Souza em seu livro
divide os momentos do atendimento em três partes, mostrando a postura de
um profissional antes, durante e depois da prestação dos produtos ou serviços.
Interagindo com as idéias de Cesar, também faremos referência ao que Sergio
Almeida em “Cliente eu não vivo sem você” nos mostra em forma de exemplos,
situações que acontecem a todo o momento no cotidiano e sugere o que pode
e o que não pode acontecer.
Encerrando este trabalho, iremos falar das tendências de mercado no
campo das vendas e dos avanços tecnológicos.
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METODOLOGIA
Para a construção deste trabalho levou-se em consideração em primeiro lugar,
experiências adquiridas no dia a dia, isto porque todos os indivíduos são
clientes e vendedores em algum momento da vida. Como embasamento
teórico, foi feita a leitura dos livros: Cliente eu não vivo sem você de Sérgio
Almeida, A era dos serviços de James Téboul e Superdicas para conquistar
clientes e para um atendimento 5 estrelas de Carlos Souza. Hoje como a
internet é uma forte ferramenta unificadora de informações do mundo ela não
poderia deixar de ser usada como ferramenta. Foram acessados sites
conceituados das empresas pesquisadas, de blogs de trabalho consistente e
empresas de consultoria. Para finalizar foram colhidas informações com a
coordenadora de compras da empresa Pimaco Autoadesivos Ltda
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A História do varejo no Brasil 09
1.1 – Lojas de departamento e o sucesso do varejo 12
1.2 – Pequenos varejistas com grandes negócios 18
CAPÍTULO II - A questão do atendimento 21
2.1 – O momento “antes” 24
2.2 – O momento “durante” 30
2.3 – O momento “depois” 34
CAPÍTULO III – As tendências de mercado 38
3.1- O futuro começa agora 41
CONCLUSÃO 46
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
ÍNDICE 53
FOLHA DE AVALIAÇÃO 54
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INTRODUÇÃO
Este estudo foi escolhido por estar muito presente na realidade das pessoas e por fazer toda a diferença se executado com perfeição. O bom atendimento transforma o cliente em agente “positivador”, mas os efeitos de um atendimento ruim podem ter conseqüências irreparáveis. Desta forma nos perguntamos se uma boa estrutura empresarial e marketing aparentemente adequado são suficientes?
Este trabalho pretende mostrar o quanto é importante um atendimento
de qualidade para se alcançar o sucesso. Iremos traçar o perfil de algumas empresas, suas características, metodologias e formas de atendimento para identificar seus pontos fortes e fracos. Se um módulo não funciona, ele precisa ser mudado e melhorado, mas para isso, as empresas precisam estar atentas ao público, pois um erro pode se caracterizar na perda irreversível daquele cliente caso ele encontre na concorrência a solução de seus problemas.
A proposta central desta pesquisa é identificar fatores que façam do
cliente um aliado e que ele sinta confiança no relacionamento. Mesmo diante da concorrência, pode-se fazer a diferença. Nem sempre ganha quem tem o melhor preço. Pode-se criar uma relação bem-sucedida oferecendo soluções básicas; ouvindo o cliente e suas necessidades e oferecendo uma possível solução.
Um cliente insatisfeito equivale a dez. Por isso alguns pontos precisam
sempre ser enfatizados, como: Colocar-se no lugar do cliente, jamais julgar as aparências, não falar mal de concorrentes, se possível e estiver ao alcance, fazer sempre mais do que o combinado, não deixar o cliente esperando, entre muitas outras. O importante é fazer com que o cliente se sinta especial.
No primeiro capítulo iremos falar sobre a história do varejo no Brasil e
como tudo começou passando pelo surgimento das lojas de departamento e as histórias de sucesso com suas vantagens e desvantagens dos sistemas de compra. No segundo capítulo falaremos diretamente sobre a questão do atendimento e seus momentos. E finalizando, no terceiro e ultimo capítulo traremos as tendências de mercado e como se manter no pálio para não perder fatias do mercado. Para isso contaremos com a ajuda dos autores César Souza em Super dicas para conquistar clientes, Sérgio Almeida com Cliente, eu não vivo sem você e James Téboul em A era dos serviços ales de várias outras fontes também muito importantes extraídas na internet.
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CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DO VAREJO NO BRASIL.
... “A história do varejo no Brasil acompanha os principais
momentos da formação econômica e social do país.
Inicialmente baseado no oferecimento de itens básicos de
subsistência, o sistema vai se modernizando e se
sofisticando até chegar aos modelos de grandes
hipermercados e shopping centers. Na recapitulação dessa
história, fica evidente a clara tendência de concentração do
setor”.
(FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2011)
Fato interessante, é que o comércio no Brasil surge junto com seu
descobrimento. Naquela época os portugueses ofereciam mercadorias
(chocalhos, espelhos, apitos, etc.) aos índios em troca de seu trabalho,
processo este conhecido como escambo. O Brasil encantou pelas suas
riquezas naturais e foi, portanto alvo de muita exploração. O comércio
começava a ser reconhecido de forma mais efetiva com a formação
populacional das primeiras vilas litorâneas, exportando principalmente o
açúcar. A partir de 1649 são criadas várias Companhias de comércio,
passando a exportar muitas outras mercadorias como azeites, vinhos,
bacalhau, entre outros. Até os índias passaram a ser vendidos como escravos.
Posteriormente, o ouro encontrado em Minas Gerais fez crescer ainda mais o
processo de povoamento e estalagem local. Seguiam-se as viagens pelo Brasil
e nas cidades encontradas no caminho o processo de compra e venda vai se
fortalecendo. Na cidade de Sorocaba por volta de 1750 chegava-se a vender
mais de 10.000 mulas por ano. Já nas cidades portuárias como Rio de Janeiro,
Salvador e Recife, era possível ver o aparecimento de lojas nas ruas próximas
aos portos devido à instalação de comerciantes europeus. Segundo
10
estatísticas da época, no Rio de Janeiro a população quase que dobrou.
Passou de 43 para 79 mil habitantes, o que fez aumentar a procura por
moradia e diversos bens necessários para sobreviver. Tal crescimento chamou
a atenção de pessoas de outras regiões que passaram a migrar para o Rio.
Nesta época tivemos o surgimento do 1° jornal brasileiro, a Gazeta do Rio de
Janeiro fundada em 10 de setembro de 1808.
Já em 1870 o principal produto que exportávamos era o café e isso se
deve ao fato de ter havido uma grande expansão dos plantios na província de
São Paulo, com isso muitas mudanças vieram a acontecer e o trabalho
escravo, foi substituído pelo assalariado. Com a intensificação destes critérios,
trabalho assalariado e imigrante, foi um sucesso. Pôde se investir na
construção de estradas de ferro, na criação de sistemas financeiros e
comerciais e empreendimentos industriais. Era o processo de Industrialização
chegando e intensificando por volta de 1880.
A urbanização aconteceu em conjunto com a industrialização. À medida
que a população crescia era preciso que a produtividade aumentasse ou que
houvesse mais pontos de venda. Como alternativa foram cridas as feiras livres
que permitiam o acesso mais barato a produtos básicos para a alimentação.
Contavam também com mercados, armazéns de secos e molhados e
vendedores ambulantes que vendiam basicamente, frutas, hortaliças e peixes.
“É dessa década o surgimento do Mappin, a primeira
grande loja de departamentos de São Paulo, e o processo
de expansão das Casas Pernambucanas, então
especializada na venda de tecidos fundada no ano de 1908
e contando no final da década de 1920, já com mais de
200 lojas espalhadas pelo Brasil”.
(FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2011)
Após a segunda Guerra Mundial a venda de alimentos ainda seguiam os
mesmos moldes; mercearias, vendedores ambulantes, armazéns. Mas em
outros seguimentos houve a sofisticação do varejo. Em 1940 o Estado de São
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Paulo já contava com o primeiro modelo de auto-serviço dispondo de um
vendedor especializado por departamento que finalizava a compra dos
clientes. Neste mesmo ano as lojas especializadas em roupas também
aparecem e com uma força expressiva em propagandas. Os anúncios eram
feitos em rádios, jornais e os produtos passaram a ser expostos nas vitrines.
Os comerciantes passaram a aproveitar os períodos comemorativos do ano,
Natal, Ano Novo, Carnaval, entre outros, para o lançamento de promoções.
Alguns anos depois surgem lojas conhecidas como Casa José Silva, Everest e
Colombo e nesse mesmo período surgem os crediários que passam a ser
utilizados por muitas lojas inclusive as que mencionamos.
Como falamos anteriormente, no ramos dos supermercados as
evoluções ainda estavam devagar no quesito evolução, mas em 1953
espelhados no layout norte-americano conhecemos o empreendimento Sirva-
se S.A. com 800 metros quadrados de área de vendas divididos por seções,
espaços para divulgação e promoções, além disso, os consumidores podiam
comprar carnes, peixes, legumes e utensílios num só lugar. Eram mesmo
características de um supermercado moderno. Depois deste, outros surgiram e
como exemplo atual, podemos citar o Pão de Açúcar fundado em 1959,
originado de uma doceria. Um pouco mais tarde, já podíamos contar com os
Hipermercados, ocupando áreas superiores a três mil metros quadrados. Estes
modelos se assemelhavam a lojas de departamento. Além de alimentos,
vendiam também roupas, eletrodomésticos, artigos para presentes, entre
outros. Podemos citar tais modelos que surgiram nesta época e permanecem
ativos até hoje; Makro, Carrefour e um pouco mais adiante Wal- Mart.
Se tratando de comércio, não poderíamos deixar de citar o lugar com
uma grande concentração de varejo, os Shoppings Centers. O primeiro
inaugurado no Brasil foi no ano de 1966 no Estado de São Paulo, o Iguatemi.
Como toda proposta de mudança gera resistência, neste empreendimento não
foi diferente. O comércio dos centros das cidades eram muito fortes. As
mulheres estavam acostumadas a comprar tecidos para que as costureiras as
confeccionasse. Realmente, o sucesso do negócio foi só uma questão de
tempo. Com a modernidade o dia a dia da população vai ficando cada vez
12
mais apertado, e a opção perfeita é encontrar tudo o que precisa em um só
lugar.
1.1 – LOJAS DE DEPARTAMENTO E O SUCESSO DO VAREJO
Podemos definir como Loja de Departamento os estabelecimentos que
vendem uma grande variedade de produto no varejo de diferentes
seguimentos em um só lugar. Esse modelo tem ganhado força devido à
praticidade, comodidade e conforto de oferecer aos clientes produtos que vão
de roupas a móveis, de calçados a produtos domésticos, de cosméticos a itens
de papelaria. O consumidor ganha tempo, deixando de enfrentar várias vezes
filas de lojas diferentes e passa a pagar tudo de uma única vez.
Podemos citar alguns casos de sucesso. Lojas muito procuradas pelos
consumidores na atualidade. O primeiro exemplo é as Casas Bahia.
Referência no varejo de móveis e eletros-domésticos, muito reconhecida pelos
seus preços baixos e facilidade no pagamento.
Tudo começou quando o empreendedor e fundador das Casas Bahia
Samuel Klein veio para o Brasil, depois de enfrentar os horrores vividos na
Segunda Guerra Mundial.
Em 1952, quando Samuel Klein chegou ao Brasil,
Juscelino Kubitschek tinha autorizado as automobilísticas
multinacionais a instalarem em São Paulo suas
montadoras e, para isso, precisavam de mão de obra.
Como essa mão de obra veio do Norte e Nordeste do país
- conhecidas pelo clima muito quente - teriam muitas
dificuldades para enfrentar a terra da garoa e suas baixas
temperaturas. Foi aí que Samuel enxergou um grande
negócio: vender cobertores a essa população de baixa
renda.
(CASO DE SUCESSO, 2011)
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Como o texto acima nos mostra, sua carreira teve início com a venda de
cobertores. Mais tarde já estabelecido na grande São Paulo Klein talvez
mesmo sem imaginar começava a formar um empreendimento de sucesso ao
lado de sua esposa. A essência do trabalho é mantida até hoje. Comprava
produtos da linha de cama mesa e banho, vendia de porta em porta e cobrava
duas vezes mais pelo produto que por sua vez seria pago em várias
prestações, adotou um sistema interessante, onde cada cliente tinha um cartão
contendo nome, endereço, produto adquirido e números de vezes que
aconteceria o pagamento (nos faz lembrar dos atuais carnês). Sua esposa, por
sua vez, era encarregada de cuidar das finanças. Neste início trabalharam
firme para alcançar seus objetivos e após cinco anos abre sua primeira loja em
São Caetano do Sul a qual chamou de Casa Bahia. Ampliou seu portfólio de
produtos atraindo cada vez mais consumidores. Na década de 80 já com ajuda
de seus filhos inaugura a 100° loja. Como empreendedor atento, fazia questão
de acompanhar e estar perto dos negócios inclusive a expansão dele. Por volta
do ano de 2000 as Casas Bahia já estavam presentes em muitos estados
Brasileiros com mais de 400 lojas. Um caso e tanto de sucesso!
A História da Magazine Luiza começa no ano de 1957 em Fanca, São
Paulo quando Pelegrino José e sua esposa Luiza abrem uma loja de presentes
chamada “ A Cristaleira”. A administração do negócio deu certo e não demorou
muito para que se expandisse. Para ajudar na demanda, Luiza e seu marido
contaram com a ajuda de parentes que tomaram conta das outras filiais. O
resultado foi que em vinte anos já contavam com 30 lojas. O nome passara
em tão de “A Cristaleira” para Magazine Luiza. A união desta família deu
realmente certo e como destaque, podemos citar a sobrinha do casal, Luiza
Helena, que as doze anos era balconista da loja e com o crescimento do
negócio e seu envolvimento chegou a Superintendente.
Foi ela que em 1992 abriu mais um canal de venda com o objetivo de
atingir pequenas cidades do interior de São Paulo, as lojas virtuais. Nesta
época, este tipo de fornecimento ainda era novidade. As pessoas não tinham
muito hábito de efetuar suas compras pela internet. Mas, a grande sacada foi
prestar um excelente atendimento, com fotos detalhadas dos produtos,
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vendedores capacitados para esclarecer dúvidas, a entrega feita em até 48
horas após a compra e custo baixo. Tudo isso fazia com que pudesse
concorrer com outras grandes redes locais.
Com toda a experiência das lojas virtuais, em 1999 os negócios tomam
novas proporções. Foi criado o site magazineluiza.com investindo no potencial
da internet com enorme diversidade. Estavam a disposição dos clientes mais
de cinco mil produtos além da inovadora Tia Luiza, uma vendedora virtual.
Grandes aliados no crescimento da marca foram sem dúvida os trabalhos de
marketing. As campanhas e ações se tornaram conhecidas em todo o Brasil
como: Cliente Ouro; O dia da melhor idade; doação de parte das vendas de
dezembro para o Unicef; política de contratação de pessoas com deficiência
física e da terceira idade e em especial a Liquidação fantástica que acontece
no início do ano que oferece desconto de até 70% e dispõe de lojas abertas a
partir das 5 horas da manhã.
Em 2004 a magazine Luiza adquiriu a Arno fechando o ano com um
excelente faturamento, mais de bilhão de reais. Em 2005 mais três empresas:
Base, Madol e Kilar e chegou a alcançar 350 lojas no total.
A valorização de clientes e funcionários é o que podemos chamar de um
lema da instituição. Clientes têm sempre um tratamento especial e os
funcionários são muito valorizados. Tem o respeito de toda a diretoria e são
incentivados e recompensados por seu esforço e dedicação. Tais iniciativas
são ótimas para ambos os lados, pois os colaboradores podem colherem os
frutos do seu trabalho, com premiações que vão de bolsas de estudos a
viagens internacionais, já à loja recebe várias premiações pois tais iniciativas.
No Magazine Luiza não há comissões individuais para os
vendedores, cada loja tem de cumprir uma meta geral e é
isso que aumenta os bônus dos funcionários no final do
mês.A política, segundo Luiza, diminui a concorrência
interna e estimula o espírito de equipe.
(CASO DE SUCESSO, 2011)
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No trecho acima percebemos que o trabalho em equipe está em
primeiro plano. Não há motivação em promover a disputa e sim em formar uma
equipe sólida e unida. Outro diferencial, é que os próprios gerentes e
vendedores com mais experiência tem autonomia para aprovar créditos. Isso
facilita o trabalho, visto que 80% dos pagamentos são feitos nesta condição.
Podemos dizer que ela é bem parecida com as Casas Bahia, pois dispõe de
pagamento facilitado com juros de 4% ao mês e os clientes precisam ir à loja
para efetuar os pagamentos. O diferencial podemos dizer que acontece no
atendimento e estratégias voltadas aos clientes.
Este modelo inovador se tornou em 2007, objeto de estudo por alunos
de Harvard (EUA), uma conceituada Instituição de ensino. O fato predominante
para tal privilégio foi à maneira eficiente que o Magazine Luiza encontrou de
alcançar diferentes classes de forma homogenia. O objetivo daqui por diante é
estar presente em outros estados e crescer cada dia mais.
Diferentemente dos modelos acima as Lojas Americanas surgiram no
Brasil quase que por conta do acaso. Os seus fundadores, três americanos em
viagem estavam a caminho de Buenos Aires com o objetivo de laçarem um
negócio nos moldes que já funcionavam nos Estados Unidos e Europa. Lojas
em que a dona de casa pudesse encontrar uma variedade grande de produtos
em um só lugar com preços baixos. Mas, acabaram conhecendo durante a
viagem dois brasileiros que os convidaram para conhecer o Rio de Janeiro.
Com o olhar clínico para os negócios acabaram percebendo que a
oportunidade poderia estar bem aqui. Perceberam que as lojas existentes
eram específicas e com altos preços. Foi assim que em Niterói, inauguram a 1º
Lojas Americanas em 1929. Elas começaram a atuar com o objetivo de
oferecer produtos de marcas conceituadas com preços competitivos. Outro
recurso, foi a utilização dos CDs, Centros de distribuição, desta forma, foi
possível armazenar todos os produtos comprados num só lugar e fazer a
distribuição para as lojas conforme a necessidade. Desta madeira evitariam
desperdícios e fariam com que os produtos girassem melhor, pois não teriam
produtos parados em lojas que não tivessem público para aquele produto. A
central repõe as lojas de acordo com o perfil.
16
Em 1999 entram no mercado da Internet e criam então a
americanas.com. O público comprou a idéia, e embora tenham entrado tarde
neste ramo em pouco tempo alcançaram ótimos resultados. Saíram na frente,
disponibilizando o primeiro sistema de cobrança de cartão de crédito on-line do
país. É claro que a força da marca das lojas presenciais já existentes ajudaram
a alavancar os negócios, mas o fato de oferecerem uma variedade de 30
categorias de produtos que vão de informática a perfumaria e vinhos que
poderiam ser comprados no conforto de suas casas também impulsionou
bastante.
Como em todos os negócios a expansão e difusão tornam-se uma meta.
E neste caso não poderia ser diferente conforme nos informa o trecho abaixo:
O ano de 2003 teve com principal característica a
aceleração do programa de expansão. Com o objetivo de
expandir a rede de lojas, foram inauguradas 13 lojas
convencionais, fortalecendo a presença da companhia em
mercados importantes das regiões sudeste e Sul do país.
O conjunto de inaugurações contemplou também a
abertura, no Rio de Janeiro, das três primeiras lojas
“Americanas Express”, concebidas segundo o “conceito de
vizinhança”. São lojas compactas, com sortimento
selecionado, mas com os mesmos padrões de qualidade e
preço que diferenciam a ação de Lojas Americanas.
(CASO DE SUCESSO, 2011)
No país a rede de varejo vem crescendo a cada dia. Com isso as
empresas nacionais e estrangeiras vêm seguindo a mesma linha de estratégia;
adquirir menores negócios em vários pontos da cidade. Há também um grande
investimento em tecnologias e aprimoramento do serviço de atendimento.
Quanto melhor e mais eficiente, mais alcançarão a satisfação dos clientes
modernos, pois como já sabemos, vivemos tendo que conciliar muitas tarefas
diferentes durante o dia e se elas forem otimizadas, com certeza a empresa
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ganhará pontos positivos com o consumidor. A Americanas.com como grande
varejista apostou nestes investimentos e em 2005 adquiriu o Shoptime. Em
conjunto com o Branco Itaú cria a financeira Americanas Taií. As fusões não
pararam por aí, em 2006 surge a B2W resultado da aquisição do Submarino.
Em 2007 anunciou a compra da BWU – Blockbuster. Todos estes
investimentos renderam um público de 43 milhões de brasileiros, visto que as
vendas podem ser efetuadas através do televendas, internet, TV e
presencialmente, indo até uma loja.
A empresa já tem uma história de 78 anos no mercado. Ao todo são
aproximadamente 393 lojas. Dispõem de uma variedade de 60.000 itens de
diversos fornecedores. Todos estes dados fazem parte do objetivo da
empresa; se adequar ao perfil do consumidor, com fácil localização e logística
adequada.
Recentemente, para brigar pelo espaço das vendas através da Internet
chega a Compra Fácil. Ela é um ponto de extensão da Hermes, maior empresa
de venda a distancia da América Latina, que graças a sua história sólida, ativa
no mercado desde 1942, pôde oferecer uma enorme estrutura em termos de
logística, que representa para o cliente a segurança de bom atendimento sem
surpresas no momento da entrega de seus produtos. Isso se dá através de um
eficiente sistema de separação de produtos e comportamento organizacional.
O sucesso foi comprovado através de premiações recebidas ao longo dos
anos. Em 1991 a Hermes ganha o título de “Empresa do Ano”. Em 1995 o
destaque é para uma das empresas que mais crescem no Brasil. E em 1997
das “500 Maiores e Melhores” empresas a Hermes ocupa a 104º posição.
O Comprafacil.com fica responsável pelas vendas on-line especializada
no varejo. Criado em 2003 atinge os objetivos de expansão da empresa.
Trabalhamos com as melhores marcas e produtos de
primeira linha, para garantimos sempre o que há de melhor
e mais moderno no mercado. Com isso, oferecemos aos
nossos clientes uma experiência de compra diferenciada e
conveniente, com segurança plena e um atendimento sem
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igual.
(COMPRA FÁCIL, 2011)
O investimento foi muito grande e o trabalho não para. O funcionamento
acontece 24 horas. Tudo isso para oferecer uma variedade de 25.000 itens em
oferta que chaga a alcançar 6 milhões de visitantes por mês e cerca de 2
milhões de encomendas entregues por ano.
1.2 – PEQUENOS VAREGISTAS COM GRANDES NEGÓCIOS
Os pequenos varejistas também têm seu espaço importante no
mercado. Juntos, eles também se competitivos e absorvem sua fatia de lucro
no mercado. Muitos deles investem no comércio de eletrônicos que tem se
fortificado juntamente com os avanços tecnológicos que não param de
acontecer. Em 2009 este mercado faturou R$ 10,5 bilhões, como nos afirma
no site Globo.com na coluna de comércio eletrônico, Natan Sztamfater que é
diretor da PortCasa.com.br, loja virtual de cama, mesa e banho, e tem
especialização em mídias digitais pela FGV.
De olho nesses dados, empresas investem cada vez mais
em um mar de oportunidades proporcionado pelos recursos
infindáveis da venda online. A internet é um mundo sem
limites, isso virou jargão, mas é fato consumado. E, como
todo negócio, seja físico ou disposto no ambiente virtual, se
não for bem planejado e acompanhar as tendências para
ganho de competitividade, pode morrer ou, naturalmente,
ficar para trás. Ter uma loja virtual não é a mesma coisa
que manter uma loja física. As mudanças no universo
online são mais rápidas que as do “mundo real”.
(GLOBO.COM, 2011)
A internet vem como forte aliada no desenvolvimento deste canal. Seja
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para divulgação ou venda. Usar bem esta ferramenta, sem dúvida, pode ajudar
o empreendedor a alavancar o seu negócio.
Podemos citar como exemplo algumas empresas situadas no Rio de
Janeiro que tem explorado estas oportunidades. A Papelex está atuando há
mais de 16 anos e é líder no seguimento de informática e materiais de
escritório. Trabalham com marcas reconhecidas por sua qualidade e alcançam
cerca de 8.000 itens em variedade que vão de papelaria a produtos de
limpeza. Esta empresa não possui loja física, mas para atender com eficiência
seus clientes conta com 70 profissionais de telemarketing e hoje já tem mais
de 46.000 clientes cadastrados.
Trabalhando nesta mesma linha de atuação temos a Maxpel Papelaria e
Informática que oferece uma grande variedade de produtos de papelaria e
informática, com uma equipe de telemarketing a disposição para atendimento.
Situadas no Centro do Rio o consumidor conta com a papelaria Zap e Mic Max,
todos investindo em produtos eletrônicos e de papelaria/ escritório.
Neste Primeiro capítulo, contamos um pouco da história do varejo
partindo dos seus primórdios no descobrimento. Foi possível acompanhar o
processo de evolução que fazia crescer o varejo e também a economia do
país. Mais a frente, com o crescimento da população, houve uma grande
expansão dos mercados e os negócios eram cada vez mais intensos. Para
acompanhar toda a evolução tecnológica chegamos a uma grande sacada
empresarial; A construção dos grandes centros comerciais. os Shopping
Centers, que atualmente se tornaram uma excelente opção de lazer, por
oferecer produtos e serviços com segurança e comodidade. Concretizando o
sucesso do varejo, apresentamos alguns casos de sucesso que conseguiram
vencer a barreira do tempo e se manter até os dias atuais. Finalizando este
capítulo, falamos dos pequenos varejistas e do grande potencial dentro do
segmento, pois eles também têm sua fatia no mercado.
No capítulo seguinte iremos tratar da questão do atendimento. Quais
recursos são importantes para manter seu público sempre mais perto, além de
dicas de profissionais da área para alcançar o sucesso. Também iremos traçar
20
um perfil de algumas empresas que citamos no primeiro capítulo visando uma
avaliação neste seguimento tão importante e determinante.
21
CAPÍTULO II
A QUESTÃO DO ATENDIMENTO
Podemos dizer que o atendimento ao cliente é o ponto chave de qualquer
negócio. De que adianta uma excelente estrutura, produtos de qualidade, se
não vier atrelado a boas práticas de relacionamento? Neste capítulo, iremos
abordar estas questões e analisar o comportamento das empresas no
momento em que os clientes se tornam cada vez mais exigentes.
No Blog dos empreendedores da Caixa, Carlos Dias postou em 28/05/10
segundo a colunista Susan Ward, do portal norte-americano About.com o que
seriam as oito regras para um bom atendimento ao cliente. Embora não
tenhamos maiores referencias sobre Carlos e sobre Susan, podemos com
certeza afirmar que em algum momento de suas vidas eles são clientes, assim
como todos nós, por isso, todos podemos então considerar-nos experts no
assunto. Além das dicas de Susan, encontramos várias outras literaturas que
tratam deste assunto, isto porque ele é um aliado poderoso das empresas em
geral. Carlos Souza, presidente da Empreenda (Consultoria focada em
Estratégia e Desenvolvimento de Líderes), é criador do conceito de
clientividade e lança um livro com Superdicas para conquistar clientes e para
um atendimento 5 estrelas. Já o escritor Sérgio Almeida nos traz em seu livro,
Cliente eu não vivo sem você, o que não podemos deixar de saber sobre
qualidade em serviços e clientes. Vejamos a seguir estas dicas e conceitos.
Susan diz que o primeiro passo é; “Atenda o telefone” isso porque quando
um cliente liga ele quer falar com alguém, então pode-se adotar métodos
simples como; desviar ligações para a recepção ou para o setor de
atendimento, que pelo menos colete os dados daquela pessoa e repasse para
o setor responsável para que se faça um contato/atendimento posterior. O
segundo passo é “Não prometa o que não pode Cumprir”. Neste ponto a
confiança é a palavra chave. Seja no trabalho ou vida secular, um
relacionamento se fortalece com base na verdade que existe com as partes
que interagimos. Principalmente no caso das empresas, os clientes não
querem ser enganados, pelo contrário, quanto mais transparência houver por
22
parte do fornecedor, maior estará estabelecida a fidelização daquele cliente.
Ele saberá que pode contar com aquele serviço, sem surpresas futuras. Neste
quadrante estão envolvidos; prazos de entrega, condições de pagamento,
qualidade do produto, estoque, etc.
“Escute com atenção seus clientes”. No terceiro passo a dica é; aprenda a
ouvir! Pois, sem dúvida será um ponto muito positivo para um bom
atendimento. Compreender bem o cliente poderá ajudar a oferecer soluções
mais eficientes. Estar atendo as suas palavras, fazer comentários em torno do
assunto mostrará que aquela ligação ou atendimento é importante. Desta
forma, certamente valorizará aquele momento. “Saiba lidar com as
reclamações”. O cliente, precisa se sentir seguro para fazer uma reclamação e
ser tão bem atendido como se fosse efetuar uma compra. A verdade é que
ninguém gosta de ouvir queixas, mas os empreendedores devem enxergá-las
como críticas positivas, pois sabendo o que desagrada seus consumidores,
poderá aprimorar seus processos.
“Seja prestativo – mesmo que não haja ganho com isso”. Um ambiente
agradável onde encontramos profissionais solícitos e sinceros conquista mais
facilmente as pessoas. Se percebermos que quem nos atende está visando
unicamente o lucro, como fechar uma venda, por exemplo, sem se importar se
aquele produto atenderá bem as necessidades do consumidor, brevemente ele
irá perceber que foi enganado e assim não voltará. Uma história baseada em
fatos reais de cunho pessoal pode ilustrar o caso descrito acima. Uma
vendedora trabalhava em uma loja de roupas em que a política era prestar um
excelente atendimento seja para venda, troca, ou reclamação. Um dia uma
senhora muito simples, entrou e disse que gostaria de conhecer os produtos
para presentear um neto, disse também que não levaria nada, pois estava
fazendo uma pesquisa primeiramente. A vendedora de pronto fez questão de
mostrar os modelos mais atuais, fez perguntas sobre o estilo que o rapaz
costumava usar, etc. Ao final de quase meia hora a senhora agradeceu muito
toda a atenção e foi embora. Na semana seguinte ela voltou com o rapaz e
graças ao excelente atendimento que recebeu procurou aquela que lhe
atendera anteriormente e comprou uma quantidade muito grande de roupas,
23
conseqüentemente, aquele gesto de atenção lhe rendeu um bom lucro. Este
exemplo é relevante, pois como já foi dito, se enquadra perfeitamente neste
princípio. No primeiro momento, aquele atendimento poderia ser uma perda de
tempo, pois a cliente não levou nada, mas, foi ele que justamente fez aquela
senhora retornar.
No sexto passo; “Treine seus funcionários para serem sempre prestativos,
atenciosos e bem informados”.
Você mesmo pode fazer isso (empresa), ou contratar
alguém com experiência em treinamento de pessoal. Fale
com os vendedores regularmente sobre bom atendimento e
o que isso significa. Tão importante quanto isso é sempre
oferecer informação sobre produtos e serviços para que
eles estejam sempre preparados para responder às
perguntas dos clientes.
(EMPREENDEDORES - O BLOG DA CAIXA, 2011)
Treinamento é fundamental. A empresa precisa oferecer informações
verdadeiras sobre processos e produtos. É muito ruim quando ligamos para
uma empresa obtemos uma informação e quando tomamos as providencias,
somos informados que na verdade o procedimento correto é outro. A
comunicação interna deve estar funcionando muito bem e isso se dá através
de treinamentos. Quando dominamos um assunto, sabemos esclarecer
dúvidas ou dar orientações com muito mais propriedade.
“Vá um passo além”. Este passo indica um atendimento diferenciado,
indica que se saia da normalidade e que se faça mais do que seu concorrente
faria. Se o atendimento for feito pessoalmente, deve-se acompanhar sempre o
cliente quando ele precisa de algum produto e não o encontra. Essa prática
ajudará a desenvolver uma conversa com o cliente no percurso e certamente
ele se sentirá mais a vontade de lhe perguntar sobre outros produtos e assim
conhecer melhor a loja. Quando apenas se aponta o local onde o cliente pode
24
encontrar seu produto desejado perde-se toda esta oportunidade de se
aproximar do cliente.
O oitavo e ultimo passo da simplicidade segundo Susan Ward é “Faça
alguma coisa extra”. Existem recursos que ajudam a fidelizar o cliente. Cupons
de desconto, acúmulo de pontos, folhetos informativos, em fim, surpreenda
sempre! Faça sempre mais do o consumidor espera, pois causará uma boa
impressão. Todos os pontos abordados por Suzan foram realmente simples,
mas que fazem toda a diferença. Um ditado popular pode descrever bem esta
questão; “Faça para os outros o que gostaria que fosse feito a você”. A solução
pode estar bem mais perto do que pensamos.
2.1 O momento “antes”.
No livro de César Souza (2009) o conceito é que o atendimento precisa ser
bem sucedido antes, durante e depois. E que algumas diretrizes devem
acontecer em todos os momentos. Ele divide o livro em etapas as quais
estaremos abordando a seguir.
O primeiro momento é o antes. Dicas do que é preciso saber para uma boa
abordagem. Faz analogia a um Show em que se exige preparo antes do
espetáculo. Conhecer um possível cliente antes de abordá-lo demonstra uma
empresa organizada. Mas, quem é de fato o cliente? Abrindo um parêntesis
para o que descreve Sérgio Almeida (1958, p.83,84 e 85), às vezes olhamos e
não enxergamos o verdadeiro cliente. Em seu livro ele nos relata o caso de um
lançamento que deveria ter sido um grande sucesso! Uma empresa produtora
de rações caninas investe em um produto promissor, uma ração muito nutritiva
aprovada e indicada por veterinários, com facilidades no pagamento para os
distribuidores e conseqüentemente um ótimo preço de revenda. No primeiro
momento, as vendas ultrapassaram a expectativa, mas em seguida, pode-se
notar um grande declínio. Vendia-se cada vez menos e o que deveria ser uma
história de sucesso, tornou-se uma história de fracasso. Diante disso, pode-se
perguntar o porquê disto ter acontecido, mas a resposta é simples! Quem de
25
fato eram os clientes? Os veterinários? Os distribuidores? Os donos dos
animais? Ou, os cachorros??? Pois é! A ração não foi aprovada no teste de
paladar dos cães. Então de que adianta uma ração supernutritiva se os cães
não a comerem??? Quando pensamos em um cliente direto, não podemos nos
esquecer dos clientes indiretos. Numa clínica, não, só o paciente é cliente,
seus parentes, amigos, acompanhantes em geral também são clientes. É
preciso que não somente se olhe o foco, mas também seus arredores. Veja os
exemplos abaixo segundo Cesar Souza (2009):
Recebi uma carta de uma empresa de cartões de crédito
fazendo convite para me tornar cliente. Estava bem escrita
e a promoção era bastante atrativa. Um detalhe: Já sou
cliente dela há 11 anos!
“Qual é o número do seu telefone e o nome de uma pessoa
para contato?”, perguntou sorridente a moça no balcão de
check-in do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Sou
cliente assíduo, viajo pelo menos duas vezes por semana,
há mais de dez anos por essa companhia aérea, tenho
cartão fidelidade, já voei 1 milhão de milhas e até hoje não
conseguem saber nada sobre mim?
(SOUZA, 2009, p.11)
Não adianta oferecer a promoção certa, no lugar certo, na hora certa, mas
para o cliente errado. Todos querem se sentir especiais. Como a empresa não
sabe sequer o nome de um consumidor de anos? Veja este outro exemplo:
Já o Maître de um restaurante que freqüento, sempre que
me vê, vai logo perguntado: “o senhor quer o de sempre?”.
Que diferença! Esse atencioso profissional sabe que eu
gosto de frango grelhado acompanhado de arroz com
brócolis. (SOUZA, 2009, p.11)
26
No caso acima podemos ter certeza que a impressão é diferente. Não
pelo fato de funcionário decorar o que se come, mas a atitude dele mostra
preocupação em conhecer seu gosto e traçar o seu perfil. O autor ressalta
ainda que é preciso entender, para que se possa atender e aí sim, oferecer.
Também é fundamental que se conheça o serviço ou produto que se
oferece. Neste caso, o interesse parte de ambas as partes; da empresa, de
fornecer sempre aos atendentes fontes atuais de informação e fácil acesso
para consultas a fim de padronizá-las quando passadas aos clientes e dos
colaboradores, que também precisam ter paixão pelo seu trabalho e se mostrar
sempre atentos a tudo que acontece na empresa; ter proatividade.
O interessante é que Souza, (2009) investe em conceitos e dicas que
ajudam a empresa e vendedores a potencializar seu canal de comunicação e
valorizar o atendimento. Diz que é preciso que cada um conheça o que há de
melhor em si para explorar ao máximo aquela qualidade predominante. Na
verdade o conhecimento como um todo é muito importante inclusive o
conhecimento dos concorrentes nos pontos fortes e fracos, isso ajuda a
empresa a montar estratégias para um serviço diferenciado, afinal os
vendedores precisam vender sonhos. Isso porque hoje a nossa sociedade é
muito consumista, muitas vezes se compram coisas que na realidade não é
preciso de fato. A compra acontece para satisfação do próprio ego.
Quando uma mulher adquire um batom, ela está
comprando o sonho da beleza, a possibilidade da sedução
e do beijo inesquecível. Se você deseja fazer um MBA ou
curso de especialização, não quer apenas o conteúdo do
programa, e sim o sonho do saber. Quem compra cremes
para a pele está atrás do sonho da eterna juventude, assim
como a apólice de seguro remete ao sonho da segurança
(SOUZA, 2009, p.21)
Se os consumidores pensassem pelo lado racional comprariam somente o
que tivessem necessidade, por exemplo, um par de sapatos. Mas na realidade
as pessoas têm vários de todas as cores e modelos. E para completar se
27
surge um evento inesperado como, uma festa ou uma reunião de trabalho são
capazes de dizer: “Que chato! Não tenho um sapato para ir à festa de
sábado!”. Isso acontece com todos, e com as mulheres com mais freqüência.
Quando um consumidor quer uma televisão e compra a mais moderna,
ultrafina LCD, com 50 polegadas que custa R$ 4.000,00 está comprando um
sonho, pois os mesmos programas que verá nela, poderá se visto em uma Slin
de 20 polegadas que custa em média R$ 500,00.
Retomando o tema “concorrência”, deve-se lembrar que ela acaba sendo
boa para o cliente, pois, quanto maior a concorrência, maior será a
competitividade entre fornecedores em busca de mais qualidade e melhores
preços. Mas afinal, o que o cliente quer? (Almeida, 1958, p.77) Ele quer
satisfazer suas vontades com preço e qualidade. Isso mesmo! Ele quer os
dois. Por isso as empresas hoje passam por um processo de agregação de
valor que pode visar uma redução de preços ou aumento no padrão de
qualidade. No que diz respeito a valores, antes se um fornecedor recebia um
repasse o mesmo era automaticamente sentido no bolso do consumidor. Hoje
o cenário está diferente:
Neste novo cenário, passa a ser estratégico para a
empresa ter uma política progressiva de aumento de
produtividade e a conseqüente redução de preço do
produto ou serviço para o cliente. Esta estratégia, além de
ser uma condição necessária para se competir na
atualidade, (lembremo-nos: o cliente vai pagar cada vez
menos, por um produto cada vez melhor) – é também um
caminho eficaz para se agregar valor para o cliente.
(ALMEIDA, 1958, p.79)
Por outro lado, a agregação de valor pode estar relacionada à qualidade
na prestação de serviços ou melhorias nos produtos, é claro sem cobrar mais
por isso. O relevante é fazer o cliente enxergar que o produto certo nem
sempre será o mais barato, mas sim aquele de maior valor agregado; com
preço acessível e a qualidade no padrão desejável.
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Como as “preliminares” ainda estão sendo abordadas, pode-se dizer
que o primeiro contato com o consumidor é muito importante. Todos dentro da
empresa devem estar preparados, inclusive aqueles funcionários que não
estão “na linha de frente” com o cliente. O livro nos traz um exemplo prático de
um manobrista. O caso começa com um homem que resolve sair com sua
esposa para uma comemoração, chegando ao estacionamento o manobrista
diz que está muito cheio, um verdadeiro inferno dentro do restaurante e que
provavelmente vá demorar uma hora para conseguir uma mesa. No mesmo
instante, o cliente foi embora, pois certamente não quer passar aquela noite
especial num inferno. Provavelmente, a intenção daquele homem não era
“espantar” ninguém, mas lhe faltou talvez uma maior instrução de como
receber as pessoas para convencê-las de que mesmo estando com a casa
cheia valeria à pena esperar. Caso parecido acontece no livro de Sergio
Almeida (1958), Cliente eu não vivo sem você. Certa vez um cliente resolve
jogar uma partida de vôlei e acabou se machucando, teve uma fratura no dedo.
Sem saber a que hospital ir, vê um belo outdoor de uma clínica especializada
em ortopedia. Lembrou-se que já tinha ouvido falar dela anteriormente, pois
eles investiam muito em publicidade, então deduziu que seria um bom lugar
para ir. E assim chegou, estacionou com facilidade, pois o lugar era bem
amplo, chegou à recepção onde ficou cerca de 30 segundos sem que a
tendente nem o olhasse. Quando tomou a iniciativa de falar com ela fez cinco
perguntas das quais três ela não sabia a resposta. Quando aguardava o
atendimento perguntou pelo sanitário, a resposta que obteve é que não
poderia usá-lo, pois estava interditado devido a um problema. Ao ouvir a
conversa e tentando ajudar, observe o que o funcionário da limpeza pergunta:
O Sr. Quer ir ao sanitário fazer o quê? Aquela pergunta me
desestruturou. O que alguém poderia fazer num sanitário?
Mas percebi inocência, e uma verdadeira vontade de servir
(o que não havia encontrado na recepcionista). Entrando
no “clima” respondi: “ Quero fazer xixi”. Ele me respondeu:
“Ah, isto pode, o que não pode é aquilo? Com toda a
gentileza ele me acompanhou ao sanitário, explicando que
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o mesmo estava interditado por um problema na
“descarga”; “mas já avisei a gerência há dos dias” e o
problema seria resolvido. (ALMEIDA, 1958, p.18)
Para terminar a história, o homem é atendido friamente pelo médico que
lhe pede uma radiografia. Ao chegar à sala indicada, espera durante cinco
minutos sem que ninguém apareça. Ao comunicar o fato a recepcionista ainda
escuta da responsável pelo atendimento que é a terceira vez que interrompem
o seu lanche. A conta demorou 20 minutos para ficar pronta. Resultado: Um
cliente indignado e que não voltará mais.
Nesta história dramática, vários pontos chamam a atenção. O cliente
passa por oito Momentos da Verdade (MV) que Sérgio (1958) define como
todo o momento de contato entre o cliente e a empresa. Neste caso são eles:
1) Publicidade e Propaganda, 2) Estacionamento, 3) Recepção, 4) Sanitário, 5)
Funcionário, 6) Médico, 7) Serviço de radiografia, 8) Fechamento da conta.
Note que menos da metade deles foi considerado satisfatório. De que adiantou
a empresa investir fortemente na divulgação de seu negócio, se a empresa
como um todo deixava muito a desejar? O estacionamento é um diferencial
positivo, pois é sinônimo de comodidade e fácil acesso, mas e a recepção? É
lá aonde as pessoas vão justamente para obterem informações sobre o
serviço, é o cartão de visita! Se nos depararmos com uma pessoa desatenta e
desenformada a impressão já não será das melhores. O médico, não
desenvolveu nenhum diálogo com o paciente para deixá-lo mais a vontade. A
responsável pelo Raio X é o cúmulo! Deixar que o cliente ouvisse que está
atrapalhando sua refeição, como se operar o aparelho de raio x fosse um
favor! O mérito seja dado à boa vontade e simplicidade do funcionário da
limpeza. Embora seja um absurdo um lugar que recebe muitas pessoas
durante todo o dia não ter um banheiro no seu funcionamento normal, ele fez
sua parte! Comunicou a gerência e serviu ao cliente quando precisava. O único
problema foi à maneira que ele fez a abordagem, logicamente inadequada.
Cesar Souza (2009) termina a primeira etapa que trata do momento
“antes” com a seguinte indicação: Prepare-se para o show! (SOUZA, 2009,
p.33) Isso é uma questão que precisa estar interiorizada em cada profissional.
30
É preciso que faça o cliente se sentir em um espetáculo e para que ele se sinta
especial e queira voltar o show precisa ser muito bom, ou seja, as expectativas
dele precisam ser atendidas.
Expectativa todo mundo tem, de tudo. Ter expectativa é
como respirar; é uma ação automática, vinculada à
natureza humana. Toda ação ou situação a ser vivida no
futuro, é precedida de uma expectativa consciente ou
inconsciente. Assim como “pensar”, “ter expectativa” é uma
prerrogativa do ser humano. Uma das importantes
diferenças entre o animal racional (homem) e o animal
irracional é que o primeiro tem visão de futuro e noção de
passado; enquanto que o segundo vive só o presente, o
instante. Basta haver a capacidade de ter visão de futuro,
para se ter expectativa. (ALMEIDA, 1958, p.119)
A definição acima nos mostra que criar expectativa é algo comum a
natureza humana, portanto estará presente em suas relações. Para que não
haja um sentimento de decepção, é preciso que se vá além das expectativas e
alcançar a percepção.
A percepção é única, ou seja, cada pessoa tem uma, a
depender do “ponto de vista” de cada um. A percepção que
o cliente tenha de uma empresa ou de um serviço recebido
pode ser positiva ou negativa. Em cada Momento da
Verdade que o cliente vivencia de uma empresa, a
percepção pode variar entre fortemente positiva
(encantamento) ou extremamente negativa (profunda
decepção).
(ALMEIDA, 1958, p.120)
A satisfação do cliente é uma relação entre o que ele viu (percebeu) e o
que ele esperava ver (expectativa). (ALMEIDA, 1958, p.121).
2.2 – O momento “durante”.
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Já apresentamos o que são, quem são e o que esperam os clientes,
agora vamos definir pontos importantes para práticas ou sugestões que podem
acontecer durante um atendimento. Na verdade, todos são indiretamente
vendedores. Pode-se vender a própria imagem, pode-se vender uma idéia ou
mais comumente, vender produtos ou serviços. Tal fato ajuda a entender o
universo dos vendedores e conhecer também suas dificuldades perante um
cliente. Mas assim como um cliente, pode se colocar no lugar de um vendedor,
o vendedor precisa pensar como cliente. O que ele gostaria que lhe fosse
feito? O que pensaria se fosse ele a ser pego de surpresa com um aumento na
tabela de preços sem um aviso prévio, por exemplo? O cliente quer ser tratado
como celebridades! Quer ter todos os problemas resolvidos de forma eficaz e
eficiente. Quer ser ouvido com atenção por profissionais maduros, que não
coloquem a culpa nos outros para justificar um erro, isso inclui também que
sempre se deve falar a verdade para se estabelecer uma relação de confiança.
Exagerar dos benefícios dos produtos, como já vimos no tópico anterior deste
capítulo, também é muito perigoso, pois quanto maior a expectativa, maior a
exigência e se as mesmas não forem atendidas, maior ainda será a decepção.
Postura é fundamental! Durante um atendimento é imprescindível que
se conheça bem a empresa, os produtos e serviços, mas para mostrar
propriedade no que se fala, ou melhor, passar confiança para ter credibilidade.
Isso inclui conhecer bem os concorrentes, mas com o objetivo de usar
sutilmente o que se tem de melhor. Clientes percebem com facilidade falta de
ética, por isso, deve-se usar este conhecimento como aliado e não como
inimigo assim como aconteceu durante o atendimento abaixo:
“Deixa eu explicar para a senhora o diferencial dos nossos
produtos. Em primeiro lugar nossa rede de assistência
técnica tem uma cobertura nacional, pois estamos em
quase todos os municípios. Se a senhora estiver viajando,
poderá ser atendida por profissionais credenciados. A
garantia é a maior do mercado válido por dois anos, além
32
disso...”
O maior mérito desse atendente é salientar os pontos
fortes da empresa que representa, sem falar mal dos
competidores.
(SOUZA, 2009, p.53)
Em resumo, conhecendo os benefícios que seus concorrentes não
dispõem ela pôde enfatizar os benefícios que a empresa a qual ela trabalha
oferecem, de forma elegante. Outro ponto importante é tentar em poucos
minutos saber a diferença entre o que ele quer e o que ele precisa. Cesar
Souza (2009) resume isso como praticar o solucionamento que nada mais é do
que ajudar o cliente e orientá-lo da melhor forma em torno do que ele precisa,
mesmo que não corresponda a sua área, pois o interesse de ganhar aquele
cliente é de todos. O ideal é que se na pior das hipóteses sua área não estiver
apta ou autorizada a resolver determinado problema, que o cliente seja
encaminhado à pessoa certa que dará seguimento ao atendimento. Como
exemplo neste seguimento, podemos citar a central de atendimento de cartões
do Banco Santander. Certa vez uma cliente ligou para a central de
atendimento do mencionado Banco para negociar a anuidade de seu cartão.
Como achou o valor muito alto buscava uma maneira de reduzir tal tarifa.
Depois de uma conversa a atendente sugeriu que trocasse os seus bônus
(benefício adquirido a cada compra) pelas parcelas da anuidade. Ambas as
partes ficaram satisfeitas; a cliente que não pagaria nada e o atendente, por ter
solucionado aquele problema. O detalhe é a efetivação do que foi acordado só
poderia ser feito em outra Central, a de Superbonus. Para a surpresa da
cliente, ao ser atendida por outra pessoas a primeira atendente já havia
passado um resumo da conversa e negociação. Não foi preciso que se
contasse toda a história novamente, o que gerou um conforto e agilidade muito
grande. A boa vontade a alegria com que se executa o trabalho também pode
contagiar os clientes e fazer do atendimento uma agradável conversa, mas
isso é uma escolha que o profissional deve fazer. Trabalhar com o público
exige no mínimo vocação. É preciso que se goste de lidar com pessoas dos
33
mais variados perfis. Quando se faz aquilo que dá prazer, certamente o
sucesso virá.
Divirta-se trabalhando, ter alegria na profissão e gostar de
se trabalhar com o público são escolhas que fazemos ao
longo da vida. Relacionamento com clientes não é uma
atividade para pessoas mal-humoradas, tristes,
ressentidas, muito críticas e criadoras de casos nas
oportunidades de interação com os outros.
Se você já experimentou diferentes papéis nas áreas
comercial, de vendas ou marketing e não se sente bem
assim, é melhor buscar outro rumo, um trabalho mais
técnico, algo que não exponha você ao contato direto e
intenso com os clientes.
(SOUZA, 2009, p.73)
O comentário acima também se enquadra quando surge o momento de
lidar com pessoas difíceis. Não há um procedimento padrão para resolver este
tipo de questão, mas o conjunto de experiências adquiridas ao longo do tempo,
atrelado ao prazer de lidar com o público dará ao atendente as palavras certas
que poderão acalmá-lo e assim contornar a situação. Cesar (2009) dá algumas
dicas para reflexão que podem ajudar a amenizar a situação. Vejamos:
* Não contestar essas pessoas em público, procurar ouvir o
que tem a dizer.
* Levá-las para algum recinto mais privado e menos
exposto a outros clientes.
* Propor substituir a compra ou desfazer a transação.
* Oferecer algo que os mantenha ocupados, enquanto
você pensa no que fazer.
* Se começar a ser agredido em um telefonema, pedir
desculpas pelo ocorrido e avisar que gravará a conversa
para providenciar a melhor solução e evitar mal entendidos
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futuros.
(SOUZA, 2009, p.76)
Usando as palavras e atitudes certas nos momentos certos, pode fazer
virar o jogo a favor da empresa. Tudo é uma questão de visão; saber
transformar um problema em oportunidade. A exemplo disso, fica o ditado: “Na
hora da dificuldade, uns choram, outros vendem lenços!”. (SOUZA, 2009, p.78)
2.3 – O momento “depois”.
A valorização do cliente é concretizada quando há uma preocupação
não só no momento da compra, ou antes dela, mas também a assistência
posterior para uma possível troca ou resolução de uma insatisfação, ou ainda
algo mais simples como simplesmente saber se o cliente ficou satisfeito com o
aquisição do bem ou serviço tornará o relacionamento com o cliente mais
intenso e duradouro.
Infelizmente, a maioria dos profissionais da área comercial
gosta de cuidar do antes (atrair e seduzir os clientes) e do
durante (a conquista e o fechamento da transação, a
venda), mas poucos são os que gostam do depois, a
famosa pós-venda, que raramente é praticada de forma
eficaz.
(SOUZA, 2009, p.76)
Este conceito se aplica inclusive nas práticas de relacionamentos
amorosos, por exemplo. Normalmente, quando um rapaz quer conquistar uma
moça ele faz de tudo para impressioná-la. Manda um lindo buquê de flores,
cestas de café da manhã, a leva para jantares românticos até conseguir seu
objetivo; o namoro. Infelizmente, eles não traçam novos objetivos, e com o
passar do tempo deixam de seguir com a conquista, pois o objetivo inicial e
único já foi alcançado. Ou seja, o resultado é um relacionamento cheio de
recordações boas, junto com muitas cobranças e insatisfações, pois aquele
rapaz agiu com carinho somente pelo interesse de conseguir namorar aquela
35
moça. Seguindo com outro exemplo, as plantas para se manterem sempre
lindas, precisam de cuidados diários. Precisam ser regadas todos os dias e
receber adubo constantemente para crescer saudáveis dando flores e frutos.
Caso isso não aconteça, certamente ela morrerá ou não será tão viçosa e
atraente. Esses exemplos foram citados para provar que nada nesta vida se
mantém sem que “o momento depois” aconteça e permaneça. Na área
empresarial, é preciso acompanhar todo o processo que vai desde uma
simples informação ou venda efetivamente até a chegada no cliente. Não é
porque o objetivo da venda foi alcançado que a empresa não deve mais se
preocupar se o cliente está satisfeito com o produto que recebeu. Em
entrevista a Coordenadora de Compras Claudia Machado da Empresa Pimaco
Autoadesivos Ltda, pode-se observar o comportamento de algumas empresas
do Rio de Janeiro e conhecer seus pontos fortes e fracos. Neste trabalho a
Americanas.com aparece como um caso de sucesso, mas para Pimaco a
experiência não pareceu ser tão boa assim. Claudia nos conta um episódio
que gerou um grande transtorno para ela enquanto profissional. Em novembro
de 2010 foi solicitado ao departamento de suprimentos a compra de vários
brindes que seriam entregues na festa de final de ano. Com preços atrativos
aproximadamente dez itens foram comprados na referida loja. No momento da
compra que aconteceu através da loja virtual o processo fluiu de forma muito
eficiente. Automaticamente o site forneceu uma data prevista para entrega.
Alguns dias depois a Pimaco recebeu um dos itens, mas os outros não foram
entregues e nenhuma satisfação foi dada. O site estava totalmente
desatualizado, dizia que o produto estava na rua para entrega, mas todos os
dias esta mesma informação aparecia. Nas mais de nove vezes que ligava
para o atendimento ao cliente o tempo de espera era de aproximadamente 50
minutos escutando músicas de propaganda. Cada atendente passava uma
informação diferente e todos prometiam ter aberto o chamado e encaminhado
ao setor responsável, mas as mercadorias nunca chegavam. Como se não
pudesse piorar, o cúmulo foi um dos atendentes ter dito que a transportadora
foi entregar, mas não localizou o endereço. Como isso é possível se um dos
itens havia sido entregue anteriormente? Depois de três meses o problema só
36
foi resolvido quando Claudia abriu uma reclamação no setor de Marketing,
dizendo que enquanto cliente iria fazer o possível para informar todos os
amigos, parceiros, fornecedores e clientes tamanha desorganização que
pairava sobre a Americanas.com. Após esta longa espera e somente depois
desta ultima tentativa desesperada antes da atitude mais drástica ser tomada
que seria acionar a justiça, foi feito o contato com a Pimaco e resolvido o
problema. Para Claudia o erro foi irreparável, pois perante a sua empresa ela
ficou numa situação constrangedora. A festa já havia acontecido há três meses
e os brindes ainda não tinham sido entregues aos premiados. Na página do
jornal O Globo publicado em 26 de maio de 2011 a justiça do Rio suspende a
venda da Americanas.com.
SÃO PAULO - As vendas do site das Lojas Americanas
estão suspensas no Estado do Rio de Janeiro. A decisão
foi do Tribunal de Justiça do Estado e vale até que todas
as entregas de produtos comprados pelo site, que estão
atrasadas, sejam normalizadas. O não cumprimento da
decisão implicará em multa de R$ 20 mil por dia.
Anteriormente, o site já havia sido obrigado a veicular em
todas as ofertas o prazo preciso de entrega dos produtos,
sob pena do pagamento de multa de R$ 500,00, por
decisão em primeira instância. O Ministério Público do Rio
recorreu da decisão, pedindo uma medida mais
contundente. Foi então que a desembargadora Helda
Meireles proibiu as vendas online, além de manter as
decisões anteriores. De acordo com ela, se as Lojas
Americanas continuarem as vendas pela internet, os
compradores serão ainda mais prejudicados com o
aumento de atraso na entrega das mercadorias.
(O GLOBO, 2011)
37
O artigo mostra a proporção que o problema tomou. Não é uma situação
isolada, o que fez com que o caso ganhasse toda esta repercussão foi
justamente a grande quantidade de reclamações envolvendo a empresa.
Com o que já foi visto no estudo deste trabalho, podemos concluir que
quem saiu mais prejudicado foi à própria Americanas.com, pois um cliente
insatisfeito valerá por onze. Ele fará questão de não querer que seus familiares
e amigos passem pelo mesmo transtorno que ele passou. Isso sem contar na
enorme perda de tempo de ficar uma hora ao telefone esperando para ser
atendido. Neste ponto Claudia ressalta que a medida adota por uma empresa
de pequeno porte se torna muito útil. Ao ligar para a Papelex, empresa que
atua no seguimento de materiais para escritório, informática, papelaria, entre
outros, caso o atendente esteja ocupado, automaticamente entra uma
mensagem instruindo que se encerre a ligação, pois o número de quem ligou já
foi gravado e assim que o vendedor estiver disponível o mesmo retornará a
ligação. Ou seja, é maravilhoso! Não há espera, e uma simples atitude ou
pequeno investimento podem ser a solução para enormes problemas futuros
como este da americanas.com.
Neste capítulo foi abordada a questão central deste trabalho; o
atendimento. Com um apanhado de idéias e conceitos de profissionais da área
pode-se observar pontos importantíssimos para que as empresas mantenham
o sucesso e consigam promover um relacionamento mútuo e duradouro com
seus clientes. Através de três momentos; antes, durante e depois detalha o
que deve e o que não deve acontecer nestas etapas. Terminamos com a
opinião da Coordenadora de compras de uma Multinacional acerca de
experiências vividas em sua área e métodos que fazem a diferença.
O terceiro e ultimo capítulo irá tratar das tendências de mercado e falar
da situação do comércio varejista nos últimos tempos.
38
CAPÍTULO III
AS TENDÊNCIAS DE MERCADO
O mundo inteiro naturalmente tende a evolução em todos os aspectos,
uns talvez mais aceleradamente do que os outros mais todos estão a cada dia
descobrindo novas oportunidades e novos caminhos. Com os clientes não
poderia ser diferente. Com a evolução das tecnologias e fácil acesso a
informação (internet, televisão, rádio, telefonia, etc) as pessoas ficam cada vez
mais esclarecidas e passam a conhecer seus deveres e principalmente seus
direitos o que faz com que se tornem logicamente cada vez mais exigentes. O
quesito fidelização fica cada vez mais difícil, pois exigem um compromisso
muito maior das empresas em conquistar e manter seu público. Para terminar
este trabalho, justamente serão abordadas as tendências de mercado para
acompanhar toda esta evolução.
Os vendedores não eram tão bem preparados e devidamente treinados.
Não havia uma preocupação em atender as necessidades dos consumidores e
de certa forma “mimá-los”. Hoje para se manter atuante isto é uma obrigação!
Deve-se fazer a diferença em meio a tanta concorrência e ser melhor do que
ela.
Iniciativa, motivação, atenção, organização, e atuação
serão exigidas com mais afinco. “No futuro, o vendedor
será um gestor não só de seus resultados e carteiras de
clientes, mas também da sua capacidade produtiva em
todas as suas abordagens: gestão ambiental,
responsabilidade social e outros”.
(ADMINISTRADORES, 2011)
Antes o setor de marketing atuava apenas voltado para propagandas,
hoje ele traça toda uma estratégia baseada no perfil de cada cliente
trabalhando lado a lado com a equipe de vendas. Pode-se dizer que o papel
39
deles ganhou mais força e responsabilidades. A empresa como um todo fica
responsável por incentivar seus profissionais e investir neles. Ficar atentos a
tecnologias que possam minimizar erros e agilizar atividades adaptando-se
sempre a novas realidades; mudar conceitos. Quanto mais canais de venda a
empresa tiver, melhor. É preciso que em qualquer lugar ou de qualquer forma,
uma pessoa pode ter acesso à empresa, ou seja: vendas pela internet,
televendas, vendedores de loja, representantes que vão até o cliente e quanto
outros mais se possa criar. Isso promoverá oportunidades e poderá atingir
públicos distantes e de diversos perfis. Fazer da venda uma estratégia
inteligente com práticas flexíveis e inovadoras que trate pessoas diferentes de
forma diferente, pois afinal, ninguém é igual. Trabalhar de forma ética, que não
vise unicamente o lucro, mas que saiba que um cliente satisfeito agora será
um multiplicador e a melhor propaganda para o negócio. Usar o cadastro dos
clientes para criar um relacionamento, ligando para eles, por exemplo, para
comunicar o lançamento de um produto que lhe possa ser útil, ou
simplesmente, mandar um e-mail no dia do aniversário desejando felicidades.
Nenhum cliente faz um julgamento isoladamente, a vivência de ter comprado
de várias lojas e lugares o embasará para construir sua opinião sobre o que ele
gostou e o que ele não gostou no momento de ser atendido.
O julgamento da qualidade em serviços é relativo, feito de
forma comparativa. O nível de qualidade de uma empresa
(na percepção de cada cliente depende do nível de
qualidade das empresas concorrentes. E, também, da
comparação com o desempenho das empresas não-
concorrentes, uma vez que a experiência do cliente com
empresas que atuam em outros negócios, serve para
despertar, educar; enfim tornar o cliente mais exigente.
O julgamento da qualidade acontece a toda hora, na
cabeça do cliente. E muda a cada momento. O cliente de
hoje não é o mesmo de ontem, nem será o mesmo de
amanhã. Suas necessidades, expectativas, e sua
40
percepção mudam a todo instante. A tendência é ele ficar
cada vez mais exigente. O processo é extremamente
dinâmico.
(ALMEIDA, 1958, p. 149)
Na verdade o futuro começa agora, no presente e como já foi dito acima
a globalização tem ligado pessoas do mundo inteiro. Com isso as pessoas
passam a conhecer o que tem de melhor em tecnologias e sistemas em outros
países. O mundo passa a ser uma vitrine, é só escolher aonde quer chegar.
No livro de Sergio Almeida (1958) ele mostra o exemplo da Rede Globo
que é líder de audiência há muitos anos. O autor diz que inclusive a emissora
já percebe que a cada dia pode perder a liderança absoluta devido a outras
opções com tanta qualidade quanto à oferecida pela Rede Globo, então como
estratégias eles já desenvolvem ramificações dentro da sua área como
associação com TV a cabo, por exemplo. “o grupo pretende, por exemplo,
prestar serviços de Direct TV, a TV direta por satélite, o que permite a
exploração de um número quase ilimitado de canais”. (ALMEIDA apud
GAZETA MERCANTIL, 4 set. 1995, p.2). A proposta é diversificar para atender
o maior número de perfis que se possa atender. Muitas empresas vêm
seguindo este conceito. A multinacional BIC, conhecida por sua qualidade em
canetas hoje conta com um portfólio bem maior do que somente no
seguimento de papelaria. Atualmente a BIC trabalha com a linha de
barbeadores, isqueiros, etiquetas auto-adesivas brancas e personalizadas
(PIMACO), linha de esporte com a venda de caiaques, entre muitos outros.
Segundo o Diretor Horácio Balseiro o objetivo da empresa é fazer com que o
consumidor pelo menos uma vez ao dia possa estar usando um produto BIC,
por isso a empresa vai usar a força da sua marca para alcançar os mais
diversificados seguimentos. Este objetivo está atrelado às necessidades reais
da população em que é necessário remover obstáculos e criar sempre
soluções práticas e convenientes. No primeiro capítulo temos um exemplo
perfeito disso; a criação dos Shoppings Centers onde é possível encontrar tudo
o que se precisa em um só lugar: Segurança, conforto, lazer, refeições, entre
41
outros. Devido a tanta conveniência os Shoppings se tornaram sem dúvida a
grande opção da população em geral.
Para comprovar o que foi dito no início deste capítulo, vamos terminar
este trabalho segundo as definições de James Téboul (1999) em seu livro A
Era dos Serviços. Vejamos no subtítulo abaixo.
3.1 – O futuro começa agora.
No livro do autor James Téboul (1999) os capítulos finais trata das
tendências do mercado e alerta que o futuro se faz no presente. Diz que os
empreendedores devem usar a tecnologia a seu favor e assim aumentarem
sua produtividade oferecendo melhores serviços. No campo das indústrias a
automatização e a robótica auxiliam o homem nesta empreitada, e o
desenvolvimento de novos processos ocasiona o nascimento de novos
serviços (TÉBOUL, 1999, p. 253). O marketing precisa ser mais individualizado
e deixar de usar veículos de comunicação massificada para focar diretamente
em um alvo único e resultante.
As novas tecnologias da informação permitem estudar os
dados acumulados sobre os clientes para passar de uma
comunicação indiferenciada de massa a mensagens com
alvo preciso sobre categorias estreitas de clientes, ou
mesmo uma informação individualizada; e isto a um custo
relativamente baixo comparado aos enormes investimentos
nas mídias tradicionais, cujo impacto, quanto mais tangível
for o serviço, será menos eficaz.
(TÉBOUL, 1999, p. 255)
Isso significa que a publicidade e a comunicação pela internet podem
alcançar pessoas do mundo todo e divulgar assim um trabalho com baixo
custo e alto benefício, sem falar no relacionamento pessoal que se pode
desenvolver através de redes sociais muito usadas hoje por todas as idades e
42
para vários fins. Como exemplo de tecnologia pode-se citar as atendentes
eletrônicas. Certamente esse serviço não agrada a todos e de certa forma
diminui a intensidade da interação, mas é uma maneira de filtrar as ligações e
tentar solucionar o problema sem que haja espera por parte do cliente, além de
ser um recurso mais barato para as empresas. O livro cita que empresas de
seguro, companhias aéreas e bancos têm desfrutado dos benefícios do
serviço. Os bancos inclusive dispõem de consultas as contas através da
internet que podem ser acessados até de um celular e caixas eletrônicos para
pagamentos de contas e outras transações, o que diminui o número de
pessoas nas filas das agências. Não entraremos em detalhes, mas o autor
esmiúça alguns tópicos que não podem ser esquecidos e que por sinal já
foram relatados neste trabalho por outros profissionais; variedade,
personalização, facilidade e velocidade de acesso, os serviços de apoio e pós-
venda, a medição da qualidade e a recuperação do cliente, a coordenação das
operações e a interação da relação no tempo, bem como melhorar a postura
dos atendentes.
Para contribuir no crescimento existem algumas estratégias que podem
ser usadas para alcançar o sucesso e garantir a continuidade no mercado, a
expansão do negócio é uma delas. Se o projeto inicial obteve sucesso o ideal é
que se reproduza para abranger uma maior área e fixação do nome. Essa
disseminação pode acontecer de três maneiras; simplesmente copiar o modelo
que deu certo em locais diferentes. Outra opção é oferecer serviços diferentes
em um mesmo local. A exemplo disso temos hoje a opção de pagamento de
contas em supermercados, ou disponibilidade do uso de caixas eletrônicos. A
ultima maneira seria diversificar nos seguimentos e oferecer opções de
consumos diferentes em um mesmo local.
Outra questão importante é a internacionalização dos serviços que
através da globalização está ganhando uma enorme força no mercado e
possibilitam acesso a produtos fabricados em outros países com tecnologias
diferenciadas e inovadoras.
43
Podemos concluir este capítulo falando do que o mercado tem a
oferecer no canal de vendas. O site administradores.com.br cita dados do
IBGE que comprovam a ascensão do canal.
No Brasil, mercado não falta e os recentes dados
divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) comprovam. As vendas do comércio varejista
do País registraram, em 2006, alta de 6,2% na comparação
com o ano anterior. O segmento de hipermercados,
supermercados e produtos alimentícios em geral, que têm
o maior peso no índice, respondeu por mais da metade da
taxa global no período. Conforme a Fecomercio-SP
(Federação do Comércio do Estado de São Paulo), o
varejo representa, em vendas, um mercado de
aproximadamente R$ 500 bilhões por ano.
(ADMINISTRADORES, 2011)
O site complementa que os Shoppinhs Center também oferecem muitas
oportunidades visto que tem sido uma opção crescente de lazer. Se o acesso
das pessoas se tornam maior a demanda de lojas e serviços também terão
que crescer simultaneamente. No Brasil existem 600 shoppings com 70 mil
lojas e faturamento de R$ 60 bilhões aproximadamente, números estes que
não param de crescer. Em acesso a uma pesquisa realizada no site da Deloitte
(2011), empresa de auditoria e consultoria de empresas em um trabalho de
análise setorial de mercado ressalta dados do IBGE relevantes a nossa
pesquisa:
O setor varejista no Brasil é amplo, diversificado e
competitivo. A última Pesquisa Anual do Comércio (relativa
a 2006), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), aponta a existência de 1,5 bilhão de
empresas, sendo o setor varejista responsável por 84% do
44
total de empresas comerciais no Brasil. A pesquisa, que
fragmenta o comércio brasileiro em atacado, varejo e
comércio de veículos, peças e motocicletas, aponta
também que o setor foi responsável por 42% do
faturamento do comércio no País.
(DELOITTE, 2011)
Isso mostra os setores com grande perspectiva de crescimento e que
aliais, ainda hoje, o mercado tem necessidade da evolução destes
seguimentos citados acima e isso se justifica pelo crescimento populacional.
Há uma concentração de dez grandes redes de supermercados no país que
representam 80% do faturamento do varejo, isso porque a facilidade, maiores
prazos, condições de crédito vêm ajudado à população a consumir cada vez
mais e fazer assim com que a roda da economia continue ativa.
O Produto Interno Bruto (PIB) atingiu R$2,6 trilhões em
2007 ou crescimento de 5,4% com relação ao ano de 2006.
A demanda interna foi impulsionada tanto pelo consumo
das famílias quanto pelos investimentos que cresceram
6,5% e 13,4%, respectivamente. O forte avanço do
consumo das famílias em 2007 decorreu da elevação de
3,6% na massa salarial, em termos reais, do crescimento
de 28,8% no crédito à pessoa física e de 20,3% nas
importações. A receita nominal do comércio varejista
acompanhou essa evolução, registrando crescimento de
14,1% nas receitas nominais e 9,6% nas vendas reais.
(DELOITTE, 2011)
Nesta pesquisa a Deloitte faz várias pesquisas para comprovar o que foi
descrito nos comentários anteriores. De maneira geral o objetivo é enfatizar
que o setor varejista só tem a cresce. Para que isso ocorra de forma eficiente é
46
CONCLUSÃO
Este trabalho foi desenvolvido para demonstrar a importância da
qualidade do atendimento, em uma era que o perfil dos clientes e população
mudou. Atualmente é preciso fazer muito mais para fidelizar um cliente.
Conhecemos os princípios das transações de venda desde o início com a
cheda dos portugueses e acompanhamos como este simples e ao mesmo
tempo complexo tema ganhou força e desenvolvimento. Hoje há muitos
estudos, estratégias e formações acadêmicas para focar neste seguimento,
isso porque as pessoas se tornam cada vez mais exigentes e conhecedoras de
seus direitos. Certamente aquele que não estiver preparado, e não tratar a
questão do atendimento com prioridade em sua empresa correrá um grande
risco de se ver fora da competição.
Como vimos no capítulo anterior, mercado é o que não falta. Basta
estar atendo as tendências e oportunidades que este vasto mercado tem a
oferecer.
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ANEXO 1
PRODUZINDO O MATERIAL
Justiça do Rio de Janeiro suspende vendas da
Americanas.com
Plantão | Publicada em 26/05/2011 às 19h43m
Valor Online
SÃO PAULO - As vendas do site das Lojas Americanas estão suspensas no Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi do Tribunal de Justiça do Estado e vale até que todas as entregas de produtos comprados pelo site, que estão atrasadas, sejam normalizadas. O não cumprimento da decisão implicará em multa de R$ 20 mil por dia.
A medida foi tomada pela desembargadora Helda Lima Meireles, da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio e passou a valer apenas depois que a empresa recebeu a intimação.
Anteriormente, o site já havia sido obrigado a veicular em todas as ofertas o prazo preciso de entrega dos produtos, sob pena do pagamento de multa de R$ 500,00, por decisão em primeira instância. O Ministério Público do Rio recorreu da decisão, pedindo uma medida mais contundente.
Foi então que a desembargadora Helda Meireles proibiu as vendas online, além de manter as decisões anteriores. De acordo com ela, se as Lojas Americanas continuarem as vendas pela internet, os compradores serão ainda mais prejudicados com o aumento de atrasos na entrega das mercadorias.
O processo que envolve as Americanas ainda não foi concluído, trata-se de uma ação civil pública contra a B2W Companhia Global de Varejo. Procurada pelo Valor, a empresa declarou que não comenta processos em andamento.
(Maiara Faigle | Valor)
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/05/26/justica-do-rio-de-janeiro-suspende-vendas-da-americanas-com-924546434.asp#ixzz1T5A9JbkT © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.
49
ANEXO 2
ENTREVISTA
Claudia Machado, 38 anos, formada em Ciências Sociais e concluindo a Pós graduação em Logística é Coordenadora de Suprimentos da empresa Pimaco Autoadesivos a cerca de treze anos. Sua trajetória começou quando a empresa ainda era nacional e familiar em que o então dono Sr. Martins Coelho desenvolvia uma história de sucesso ao lado de sua família; neto, genro, cunhado. Em 2006 depois de uma sigilosa negociação a empresa foi vendida para um grupo francês - BIC, multinacional reconhecida pelas canetas Bic cristal. A fusão trouxe muitas mudanças e exigiu dos colaboradores uma grande adaptação aos novos conceitos. Nesta entrevista vamos conhecer um pouco das práticas utilizadas por Claudia para definir sua estratégia de compras e a relação cliente x fornecedor. Claudia nos conte um pouco da sua trajetória na Pimaco. CM – Estou na Pimaco á quase 13 anos e sempre atuei na área de Suprimentos. Comecei como auxiliar administrativo dando suporte a Compradora da época, emitindo pedidos, enviando por fax. Com o aprendizado, fui adquirindo experiência e galgando degraus até chegar ao cargo de Coordenadora de Suprimentos, função que exerço a quase 5 anos. Agora nos conte como é sua rotina básica. CM – Meu foco principal é a aquisição de matérias-primas e embalagens para o processo produtivo. Negociação de preço com os fornecedores homologados, acompanhamento dos pedidos até a sua entrega e desenvolvimento de novos fornecedores para esses produtos, visando a redução de custos. Que pontos você considera importante no momento de cadastrar um fornecedor? CM – Como a Pimaco é uma empresa certificada na ISO 9001 temos uma atenção redobrada na escolha dos nossos fornecedores tanto de produtos, quanto de serviços. De um modo geral, busco formar parceria com aqueles que fornecem qualidade, preço, cumprimento do prazo de entrega e credibilidade no mercado. Que erros você considera inadmissíveis na relação entre cliente e fornecedor? CM – A quebra da confiança na relação cliente-fornecedor. Sabemos que no dia a dia haverá falhas, mas quando o fornecedor além de não cumprir com o acordado, ainda falha na solução do problema, este erro inviabiliza a continuidade da parceria. Poderia nos citar um exemplo de algum atendimento que teria deixado a desejar?
50
CM – Todo ano compro os brindes da festa de confraternização da empresa e em Novembro 2010, após efetuar a cotação com diversos fornecedores, fechei a compra com aquele que apresentou a melhor proposta: Americanas.com. Pedido pago antecipadamente e confirmado, aguardei o prazo dado por eles para entrega de 05 dias úteis. Recebi 01 dos itens comprados e comecei a cobrar o fornecedor quanto á entrega dos demais itens, já que a festa tinha data para acontecer. Tanto por telefone quanto no site as informações quanto ao status do meu pedido eram contraditórias e não havia nenhuma alteração, mesmo depois de ter registrado diversos protocolos de reclamação e em todos eles informava o motivo da compra e a data da festa. A festa aconteceu sem os brindes. Conseguimos contornar, pois ficamos de entregar os brindes aos contemplados após o retorno das férias coletivas. A situação ficou crítica neste ponto, pois ao retornarmos a Americanas não havia entregue os produtos e continuava sem ter uma posição concreta para me passar. Os funcionários contemplados iam ao RH diariamente cobrar os brindes e reclamar da situação. Ficou tão sério que chegou ao conhecimento do diretor da empresa. Ligava quase que diariamente, ficando algumas vezes 01 hora ao telefone, aguardando uma solução. O atendente registrava o problema e pedia para que eu aguardasse 02 dias úteis que a empresa entraria em contato com a resposta. Nenhuma vez eles entraram em contato. Comecei a pesquisar na internet, até que consegui o contato na área de marketing da empresa. Enviei um e-mail relatando a minha insatisfação com o péssimo serviço prestado por eles e depois de muita insistência recebi um retorno. Depois disso ainda foram necessárias 02 semanas para conseguir uma definição da Americanas.com quanto á entrega dos itens que faltavam, pois alguns produtos adquiridos eles não tinham previsão de quando chegaria e não queriam enviar produto de outra marca (exemplo: comprei 01 tv de LCD de 21” da LG. Eles não tinham mais o modelo. Pedi para enviarem um modelo com as características similares ao que comprei. Como o modelo que eles tinham, custava um pouco mais do que comprei, pois como paguei á vista tive 10% de desconto, eles queriam que eu desse a diferença ou então recebesse o valor de volta). Esta era a solução oferecida por um dos maiores sites de venda via internet, para um cliente que estava aguardando a 3 meses. Depois de 03 meses de muitas ligações, insistência, paciência e também de comunicá-los que os acionaria judicialmente, recebemos os brindes que comprei. Não faço mais nenhuma compra na Americanas.com e fiz questão de partilhar esta situação com outras pessoas, pois o mínimo que se espera de uma empresa do porte deles e que tenham respeito pelo consumidor. Para você, como seria um atendimento 5 estrelas? CM – Aquele onde há cordialidade no trato, credibilidade de que o que foi acordado será cumprido e confiança no suporte para solução de problemas, caso ocorra.
51
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
SOUZA, Cesar. Superdicas para conquistar clientes e para um atendimento 5
estrelas. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2009 (Superdicas)
TEBOUL, James. A era dos serviços: uma abordagem ao gerenciamento. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 1999.
ALMEIDA, Sérgio. Cliente, eu não vivo sem você. 5. ed. Salvador: Casa da
Qualidade, 1995.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, o surgimento do comércio. <URL:
http://www16.fgv.br/rae/artigos/4224.pdf> data de acesso: 03/03/11.
CASOS DE SUCESSO, consultoria. <URL:
http://www.casodesucesso.com/?conteudoId=35> data de acesso: 16/04/11
CAIXA, Blog dos empreendedores, <URL:
http://www.blogdosempreendedores.com.br/2010/05/28/descubra-8-regras-para-
um-bom-atendimento-ao-cliente/> data de acesso: 20/04/11.
COMPRA FÁCIL, encontre aqui. <URL: http://encontreaqui.org/comprafacil/> data
de acesso: 05/05/11.
O GLOBO, Pequenos empresas e grandes negócios. <URL:
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI120885-17141,00-
COMERCIO+ELETRONICO+NAS+PEQUENAS+E+MEDIAS+EMPRESAS+O+QU
E+FAZER+PARA+NAO+QUE.html> data de acesso: 12/05/11.
O GLOBO, Economia. <URL:
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/05/26/justica-do-rio-de-janeiro-
52
suspende-vendas-da-americanas-com-924546434.asp> data de acesso:
30/05/11.
DELOITTE, Consultoria. <URL: https://www.deloitte.com/assets/Dcom-
Brazil/Local%20Assets/Documents/Analise%20Setorial%20Varejo.pdf> data de
acesso: 21/07/11.
53
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A História do varejo no Brasil 9
1.1– Lojas de departamento e o sucesso do varejo 12
1.2– Pequenos varejistas com grandes negócios 18
CAPÍTULO II
A questão do atendimento 21
2.1– O momento “antes” 24
2.2– O momento “durante” 30
2.3– O momento “depois” 34
CAPÍTULO III
As tendências de mercado 38
3.1- O futuro começa agora 41
CONCLUSÃO 46
ANEXOS 49
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
ÍNDICE 53