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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES Projeto de Monografia do Curso de Psicomotricidade Jogos Qual Sua função? Cristiane Andréia de Oliveira Rio de Janeiro Set/2003

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Projeto de Monografia do Curso de Psicomotricidade

Jogos Qual Sua função?

Cristiane Andréia de Oliveira

Rio de Janeiro Set/2003

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Universidade Cândido Mendes

Curso de Pós-Graduação em Psicomotricidade

Jogos - Qual é Sua função?

Cristiane Andréia de Oliveira

Monografia apresenta como exigência final do curso de Pós-Graduação em Psicomotricidade

Orientadora: Mary Sue

Rio de Janeiro Set/2003

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Permanece a todos os profissionais que

trabalham, convivem e brincam com crianças e como

crianças, deixando sobressair de dentro de si a

criança que vive escondida. Com o desejo que as

idéias aqui expressas possam auxiliar na prática com

crianças de forma lúdica e prazerosa.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, fortalecedor e provedor de todas as coisas.

Aos meus sobrinhos pela oportunidade no momentos de brincadeiras reviver a

minha infância.

Aos meus alunos pela oportunidade de aprendizagem que me proporcionaram

durante nossas convivências.

À mestra e orientadora Mary Sue, pela sua dedicação e sabedoria.

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Não deixamos de brincar só

porque estamos velhos; ficamos

velhos porque deixamos de brincar.

(autor desconhecido )

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ...................................................................................... 6

CAPÍTULO II – MOVIMENTO ..................................................................................... 9

CAPÍTULO III – JOGOS INFANTIS.............................................................................. 9

3.1 – Teóricos da Atividade Lúdica ............................................................................. 12

3.2 – Jogos na Aprendizagem ....................................................................................... 17

CAPÍTULO IV – RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO ............................................... 20

CAPÍTULO V – METODOLOGIA ................................................................................ 28

CAPÍTULO VI – CONCLUSÃO .................................................................................... 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 31

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CAPÍTULO I INTRODUÇÃO

A criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas.

Desde seu nascimento, interage com o meio em que vive, desenvolvendo várias formas de

comportamento.

O processo de aprendizagem é integrado aos diversos aspectos da vida do aluno:

emocional, cognitivo, social e cultural. Não se pode, portanto, supervalorizar apenas um

desses aspectos no processo do desenvolvimento infantil.

A medida em que a criança se aproxima das pessoas, ela interage e aprende com elas

ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação. Este fato ocorre nas

trocas sociais, com diferentes crianças e adultos, cujas percepções e compreensões da

realidade também são diversas. Winnicott (1979) lembra que o jogo não é um simples

recreação ou passatempo, mas a forma mais completa que a criança tem de se comunicar

consigo mesmo e com o mundo, desenvolvendo a auto-estima, a imaginação, a confiança, o

controle a cooperação e o relacionamento interpessoal.

A escolha pelo tema Jogos uma atividade Psicomotora deu-se a partir das

observações feitas ao longo da experiência e prática na área da educação; vendo o quanto é

falho a inclusão do lúdico no processo ensino – aprendizagem, faltando aos profissionais da

educação a busca por caminhos que desperte na criança o prazer de estar na escola ou em

qualquer outro ambiente educativo.

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Por acreditar que o jogo é complementar e essencial para educação, quero por meio

desta pesquisa despertar nos profissionais que trabalham com crianças, o interesse por uma

maneira mais eficaz e prazerosa de ensinar seus conteúdos didáticos, levando em consideração

que uma educação lúdica, tem uma significação muito profunda estando presente em todos os

segmentos da vida, principalmente na fase escolar, contribuindo assim para melhoria do

ensino facilitando a aprendizagem, pois a partir dos jogos, da brincadeira em si, pode-se

observar vários aspectos das crianças na área afetiva cognitiva, social, moral etc, auxiliando

também outros profissionais como por exemplo os psicólogos que muitas vezes se utilizam

dos jogos como meio para compreender melhor o funcionamento da psique, das emoções e da

personalidade. Segundo Cunha, (1988): “é necessário que a criança brinque para expressar

suas fantasias, desejos e experiências pois no mundo do faz de conta e possível destruir o que

incomoda, sejam pessoas ou situações e reconstruí-los novamente, colocando-se no mundo

externo a própria realidade interna, sem danos e culpas inadequadas”.

Ao pesquisar este tema foi possível perceber que os jogos para as crianças, além de

serem um recurso auxiliar em seu desenvolvimento físico, mental e sócio emocional, pode vir

a ser um processo lúdico, através do qual a criança assimila o real, por tanto se faz necessário

que na sua aplicação seja importante considerar os princípios que regem o desenvolvimento

infantil, os estágios de desenvolvimento pelo qual passa a criança nesta idade e as

características dos jogos infantis.

No terceiro capítulo enfocarei de maneira a ampliar a pesquisa alguns teóricos que

escreveram e pesquisaram sobre os jogos, são eles: Piaget, Freud, Winnicott e Froebel.

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No capítulo terceiro a ênfase será para o conceito de jogos infantis, destacando o

significado, os tipos existentes e o jogo como instrumento auxiliar na formação da criança.

Para o quarto capítulo enfocarei a relação professor aluno, que é o princípio básico

para qualquer início de aprendizagem.

No quinto e último capítulo será apresentada a metodologia desenvolvida.

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CAPITULO II

MOVIMENTO

O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana.

As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez mais o controle sobre o

seu próprio corpo, se apropriando portanto, das possibilidades de interação com o mundo.

Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupos,

com objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e seu

movimento.

Ao movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos,

ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento

humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em

uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente

humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo.

O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do

ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das

crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades

cotidianas, bem como atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de cada

criança.

Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam

do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas, resultam das interações sociais e da

relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em

função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes

nas diferentes culturas em diversas épocas da história. Esses movimentos incorporam-se aos

comportamentos dos homens, constituindo-se assim numa cultura corporal.

Quanto mais rico e desafiador for o ambiente que a criança convive, mais lhe

possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si mesma, dos outros e do meio em que

vivem, pois como diz Wallon:

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“O movimento para a criança pequena significa muito mais do que

mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por

meio de gestos e mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A

dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança. O ato motor faz-se

presente em suas funções expressivas, instrumental ou de sustentação às posturas e aos

gestos.” ( Henri Wallon,1975 p.23)

È muito grande a influência que a cultura tem sobre o desenvolvimento da motricidade

infantil, não só pelos diferentes significados que cada grupo atribui a gestos e expressões

faciais, como também pelos diferentes movimentos aprendidos no manuseio de objetos

específicos presentes na atividade cotidiana, como lápis, bolas de gude, estilingue etc.

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CAPÍTULO III

JOGOS INFANTIS

3.1 - Teóricos das Atividades Lúdicas

Piaget através da análise da gênese do símbolo, pode perceber que o jogo não é apenas

uma atividade recreativa, mas sim uma grande contribuição para o envolvimento cognitivo.

Em sua primeira obra analisa a especificidade do pensamento infantil e representação do

mundo, causalidade, julgamento moral. Analisa os jogos e as regras de conduta lúdica da

criança, constatando ser um meio de acesso às representações expontâneas.

Analisou também a gênese dos símbolo e as contribuições do jogo para o

desenvolvimento cognitivo.

Esta prática lúdica é um auxiliar no processo de amadurecimento do indivíduo. Através

dos jogos a criança poderá relacionar-se com realidade em sua natureza específica. Sendo

uma atividade expontânea da criança que nos permite ler suas representações e realidade

conflitiva. É uma guia educacional através do qual ela pode apreender e aprender a realidade

do contexto social em que vive, se desenvolvendo de maneira espontânea.

Freud se refere ao jogo como fenômeno do comportamento, embora nunca foi

explicitadamente estudado por ele, diz que o jogo é o primeiro vestígio da atividade poética,

considerando como um fenômeno psíquico particular. A contribuição dele neste tema, se faz

necessária assim como Piaget para que possamos entender qual a função do jogo e o que pode

proporcionar na formação da criança. Freud faz uma comparação poética entre a criança e o

poeta que simplifica o quanto é necessário o uso do lúdico na aprendizagem.

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Toda criança que joga se comporta como um poeta, enquanto cria um mundo para si,

ou mais exatamente, transpõe as coisas no mundo em que vive para uma ordem nova que lhe

convém. O poeta apoia-se em uma realidade para fazer dela outra coisa. O jogo ajuda a

circunscrever a especificidade desse comportamento, que permite projetar o mundo conforme

às aspirações do psiquismo sem os entraves devido `a realidade. Nesse ponto o poeta e a

criança tem uma atividade semelhante, em que predomina o imaginário. O poeta faz como a

criança que joga, cria um mundo imaginário, que leva a sério, isto é, que dota de grandes

qualidades de afetos, distinguindo-o claramente da realidade .

O jogo produz um êxtase e um prazer, funcionando como um anestésico positivo para

fugir da realidade. É uma catarse na compreensão de Aristóteles, fugindo do real, criando

fantasias, o jogo, substitui então um desejo não consumado.

Todo ser humano requer deste tempo e espírito humorístico, sendo comum serem

atraídos pelo que provoca prazer.

Enriquecendo a contribuição dos teóricos já mencionados, não poderia deixar de citar

Winnicott, que amplia a importância dos jogos ao processo terapêutico justificando-o como

sendo um rito lúdico que deve estar em toda parte sem justificar uma relação privilegiada. O

jogo é terreno necessário que auxilia na parte criativa da criança, ou seja, o jogo é um ato

criativo e livre que emana do indivíduo e não da sociedade, seja através de regras pré

estabelecidas ou de uma organização. Quando o indivíduo se encontra em estado de

relaxamento tem maiores condições para formular e captar a novidade de uma situação de

aprendizagem e o jogo é um momento que proporciona com facilidade este relaxamento,

consequentemente, facilitando a aprendizagem.

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Para finalizar, enfatizo Froebel, que destaca a importância do jogo para as crianças,

expressa-se com a seguinte frase: “a criança que brinca se porta melhor e instrui mais que a

criança que não brinca e se aborrece. É necessário jogar e criar estes espaços nas salas e

ambientes educativos”. (Friedimann, 1996, p.36)

Os jogos de psicomotricidade são exemplos que ajudam neste processo educacional. A

função educativa do jogo não é substituir uma lição mais torná-la divertida. O jogo é a

garantia e a saúde do corpo e da mente. O jogo não é um fim, é um dos meios mais freqüentes

sob sua forma dirigida de acesso ao exercício físico, uma atividade atrativa para a criança que

lhe dar prazer.

Encontramos em Froebel alguns pontos significativos, pois considera a criança como

um ser integral, defendendo que ela deve ser estimulada principalmente no processo da

aprendizagem. Para ele o valor do jogo é muito grande principalmente na fase de crescimento,

pois proporciona a criança alegria, liberdade, conhecimento dentro de si e com o mundo.

O brincar é atividade mais prazerosa da criança, fazendo parte da sua harmonia e

espontaneidade.

Os jogos têm como objetivo ajudar na formação da vida e das atividades espontâneas,

lembrando que o lúdico ajuda na formação dos grupos consigo mesmo e com os outros.

Finalizando esta reflexão sobre as contribuições dos pensadores destaco uma frase de

Froebel: “Tudo na natureza e na vida está em conexão íntima e contínua. Cada detalhe é ao

mesmo tempo um todo em si e parte de um todo. O jogo é um espelho mágico capaz de ajudar

a descobrir suas interrogações e certezas.”

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3.2 – Jogos na Aprendizagem

Segundo Friedimann ( 1996 ): “o jogo é, um quebra cabeça... Não é, como se

pensava, simplesmente um método para aliviar tensões. Também não é uma atividade que

prepara a criança para o mundo, mais é uma atividade real para aquele que brinca”. (p.20)

Com crescentes pesquisas sobre os jogos, ocorreram avanços na forma de como ele é

conceituado, tornando-se assim mais respeitável cientificamente. Os enfoques abordados são

variados, mas todos concordam em que o jogo é um fenômeno da mente, sendo visto como

uma atividade expressiva ou gerador de habilidades cognitivas gerais e especificas.

Destacando Piaget (1966) que define o jogo como: “um comportamento que distorce a

realidade objetiva, servindo a um papel expressivo mas não gerador na constituição do

pensamento da criança”.

Para o Huizinga (1976): “o jogo é uma atividade livre, conscientemente tomada como

não séria e exterior a vida habitual, sendo ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de

maneira intensa e total, mas pelo qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de

limites espaciais e temporais, próprios, segundo uma certa ordem e regras”. Já para Vygotsky

(1967), Bateson (1956) e outros, o jogo tem a função de um papel expressivo no

desenvolvimento de certas habilidades cognitivas, facilitador da aprendizagem, cumprindo

portanto uma dupla função, lúdica e educativa, portanto diante dessa diversidade de conceitos

é possível definir o jogo como um fenômeno natural como múltiplas manifestações e

significados que variam conforme a época, cultura ou contexto.

Existem inúmeros critérios para classificar os jogos e isto tem sido tarefa de estudiosos

de diferentes áreas como a Sociologia, Pedagogia, Psicologia e outros. Aqui destacarei apenas

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o pensamento de alguns estudiosos como Piaget, Garon, Rossie, Kamiil e Devries, que tiveram

como idéia básica orientar profissionais que trabalham com crianças, nas escolha,

modificação ou criação de jogos, oferecendo critérios para analisar o valor educacional dos

mesmos.

Piaget elaborou uma classificação baseada na evolução das estruturas mentais, para ele

assim como os estudiosos citados anteriormente, existem três formas básicas de atividade

lúdica que caracteriza a evolução do jogo na criança de acordo com a fase do desenvolvimento

em que aparece, são eles:

• Sensório-motor – vai do nascimento até o aparecimento da linguagem caracterizando-se

pela repetição de gestos e de movimentos simples. Podemos destacar os seguintes jogos,

sonoro, visual, tátil, olfativo, gustativo, motor e de manipulação;

• Jogos simbólicos – se manifesta entre dois e seis anos. Nesta fase os jogos podem ser de

ficção ou imitação. A função do jogo simbólico consiste em assimilar a realidade, pois ele

também é uma forma de auto – expressão, principalmente quando imita situações da vida

real.

• Jogos de regras – começam se manifestando aos quatro e sete anos, se desenvolvendo

entre os sete e doze anos. Aos sete a criança deixa o jogo egocêntrico, substituindo-o por

uma atividade mais socializada, onde as regras têm uma aplicação efetiva e na qual as

relações de cooperação entre os jogadores são fundamentais. Num adulto o jogo de regra

subsiste e se desenvolve durante toda a vida por ser atividade lúdica do ser socializada.

Neste tipo de jogo há dois casos de regras:

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- regras transmitidas: que se tornam institucionais no sentido de realidades sociais que

se impõem por pressão de sucessivas gerações.

Ex.: jogo de bolinhas de gude

- regras expontâneas: são aquelas de natureza contratual e momentânea. Vem da

socialização que comporta tanto as relações entre indivíduos mais novos e

indivíduos mais velhos, como relações entre crianças de uma mesma geração.

O jogo não é somente um divertimento ou recreação, não sendo necessário provar que

os jogos é uma atividade natural e que satisfazem à atividade humana; que é necessário é

justificar seu uso dentro de sala de aula, pois as crianças aprendem mais por meios dos jogos

do que de lições e exercícios. Abaixo temos o pensamento dos autores Kamill e Devries

(1996) que reafirma está idéia: “num jogo as crianças são mais ativas mentalmente do que

num exercício. Os jogos são fora da sala de aula, uma atividade satisfatória que merecem ser

levados para dentro de sala para tornar a educação mais compatível com o desenvolvimento

da criança”. ( p.35)

Tomando como base a concepção da criança como sendo um ser integral, constata-se

que as atividades que as crianças realizam principalmente na escola têm um tratamento

compartimentado, pois se determina hora para tudo; uma hora para trabalhar a coordenação

motora, outra para atividades artísticas, outra para brincadeiras e assim por diante. Essa

divisão não vai ao encontra da formação da personalidade integral das crianças, e nem de suas

necessidade, pois elas necessitam construir sua própria personalidade e inteligência, tanto na

área dos conhecimentos como no senso moral. Adriana Friedimann nos aponta claramente

quando diz que:

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“Em relação ao conhecimento, é importante fazer corresponder conteúdos

ao conhecimento geral das crianças, seus interesses e necessidades e desafiar sua

inteligência; em relação a moral normalmente constroem o seu próprio sistema de

valores morais, baseando-se em sua própria construção interior.” (Friedimam, 1996,

p.55)

Sabendo que a aprendizagem depende em grande parte da motivação, as necessidades e

os interesses da criança são mais importantes que qualquer outra razão para que ela se ligue a

uma atividade. Por este motivo se faz necessário que o profissional que trabalha com crianças

considere seus interesses e necessidades. Desta maneira o jogo no processo de aprendizagem

se faz necessário por ele constituir desafios, incentivar a descoberta, a criatividade e a

criticidade, portanto destaco-o como uma valiosa alternativa metodológica, pois sabemos que

ele oferece uma importante contribuição para o desenvolvimento cognitivo, dando acesso as

crianças mais informações e tornando mais rico o conteúdo do pensamento infantil,

paralelamente consolida habilidades já dominadas por ela. Piaget (1974) quando fala sobre

este assunto destaca que: “aprendizagem situa-se do lado oposto do desenvolvimento, pois

geralmente é provocado por situações criadas pelo educador, psicólogo, pesquisador ou por

uma determinada situação interna”. (p.101)

Atualmente tudo se tornou mais fácil e menos criativo. A criança encontra dificuldades

em encontrar espaços para desenvolver sua capacidade criadora pois encontramo-nos na era

em que tudo para ser bom deve ser eletrônico consequentemente a criança perde o prazer por

criar seus próprios brinquedos. Lembro-me da história do Menino Maluquinho, onde ele

tinha oportunidade de experimentar e criar brincadeiras tornando-se mais criativo e feliz por

partir do princípio de que tudo podia existir desde que ele inventasse.

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Neste contexto os educadores e psicólogos podem utilizar os jogos como meio

desbloqueador das dificuldades de aprendizagem, pois são elementos indispensáveis para

estimular a criança no desenvolvimento da criatividade, através dele a criança concretiza o

abstrato e desperta o imaginário possibilitando desenvolver a capacidade criadora, ampliando

portanto conhecimentos, desbloqueando a aprendizagem aprisionada, facilitando o

aprendizado tornando-o mais prazeroso, tranqüilo e estimulante.

Na infância a criança vai articulando internamente seus desejos, fantasias e

interpretações sobre a realidade que a cerca. Neste período cada parte desde todo se constitui,

juntamente com as dúvidas sonhos, descobertas individuais e na relação com outras crianças.

O jogo ajuda sedimentar as estruturas externas e internas, as noções de tempo, espaço,

seus afetos, carências e inquietações.

Os jogos contribuem para o aprendizado estimulando a assimilação e compreensão do

contexto social, favorecendo assim a acomodação dos processos e conceitos internos do

processo simbólico.

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CAPITULO IV

RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO

Todo e qualquer trabalho que envolva aprendizagem é necessário que se de uma

atenção especial a relação em que se envolve os participantes desta dinâmica, pois como

mencionado por Paulo Freire (1987): “a questão da aprendizagem apresenta-se com uma

relação entre professor e aluno, mediada pelo conteúdo. Desta forma,, o conteúdo não é

absolutamente secundário, nem é o ponto central: é o elemento que permite a relação entre

educador e educando’’. (p.30)

Para este processo acontecer com eficácia, seria necessário que o profissional antes de

abraçar determinada ocupação, tivesse a oportunidade de informar-se, conhecer em que

consiste essa profissão, quais as aptidões necessárias ao seu melhor desempenho, qual a

personalidade mais adequada, enfim, qual o preparo indispensável ao bom exercício

profissional.

Neste capítulo o enfoque maior está no professor que é visto como figura principal de

qualquer sistema educacional, no qual deve ajudar a criança a desenvolver os seus

conhecimentos e a sua personalidade, a fim de integrá-la na sua comunidade de maneira mais

completa possível. O professor que objetiva alcançar este processo de maneira mais eficaz,

não se limita a relacionar-se com seus alunos apenas como aquele que deve estar presente

como ouvinte, mas sim como aquele que guia, orienta, encoraja e estimula ou seja como um

jardineiro, que preocupa-se com suas plantas, dando-lhes água e adubo necessário ao seu

alimento.

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Com esta pesquisa foi possível observar que muitas vezes outros profissionais são

chamados para darem conta de um trabalho que na verdade é de responsabilidade do

professor, como por exemplo o comportamento da turma ou inquietude de algum deles. Estes

profissionais muitas vezes não dão conta da sua responsabilidade por possuírem características

como:

• Professor sem atitudes – reconhecido pelos psicólogos como laissez-faire, deixam os

alunos fazerem o que querem, limitando-se tão somente a dar aulas sem se preocupar com

a participação dos alunos;

• Professor ditador – aqueles que obrigam os alunos a renderem o máximo por meio de

castigos, críticas, repreensões e controle rigoroso;

• Professor líder – o que procura compreender cada aluno, conseguindo a cooperação do

mesmo.

Não se pode esquecer que as questões afetivas se evidenciam neste espaço lúdica de

aprendizagem, pois é neste período que a criança se encontra na fase de desenvolvimento. A

educadora Gilda Rizzo destaca em uma de suas obras a importância de uma prática bem

elaborada.

“Qualquer ação psicopedagógica deve ser implantada sobre fortes bases

afetivas, pois o desabrochar da inteligência se faz envolvido em profundas emoções,

todas frutos da convivência do aluno com seu educador. Gostar ou não gostar de

pensar ou raciocinar se aprende muito cedo. Querer resolver problemas ou desistir

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de procurar soluções inteligentes e honestas, e se acomodar são atitudes que se

formam nos primeiros anos de vida. Considerar as opiniões e os direitos alheios são

aprendizagens essenciais ao raciocínio inteligente e também a base da construção de

valores morais.” (Rizzo,1996, p.25)

Diante do pensamento da autora, destaco a importância desta fase ser bem

fundamentada em valores construtivos pois em contrapartida ao olharmos nossa sociedade,

vemos que se constitui sob o prisma da desonestidade, competição, lucro, poder e mentira.

Sinto–me desafiada frente a esta realidade por acreditar numa sociedade nova.

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CAPÍTULO V

METODOLOGIA

Utilizou-se para o estudo é uma pesquisa de cunho qualitativo, no qual tem-se por

finalidade aprender a partir da observação feita com os professores e seus relatos em

entrevistas como embasamento para conclusão da pesquisa.

No estudo foi usado a fala dos professores, tendo como preocupação coletar dados em

relação a prática dos mesmos em sala de aula, constatando-se ou não o uso de jogos como um

recurso no processo de repasso dos conteúdos.

Por questões éticas, será assegurado anonimato dos profissionais que deram as

entrevistas.

Participantes do Estudo

Professores da rede privada e pública de ensino, que serão, identificados pelas iniciais

do nome, idade e tempo de profissão.

Campo de Pesquisa

A entrada em campo foi feita, mediante ao encaminhamento oficializado pela

Universidade CÂNDIDO MENDES à três instituições de ensino: Instituto Imaculado Coração

de Maria, Jardim Escola Mello Mattos e Escola Municipal Floriano Peixoto.

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Desenvolveu-se a pesquisa com alguns professores para serem entrevistados e

observados em sala de aula.

Descrição da População

Professores da rede pública e privada que atendem crianças cuja faixa etária é de

quatro à oito anos.

Instrumentos

Foram realizadas entrevistas individuais abertas, não diretivas conduzida em contato

direto entre pesquisador e os professores e observações diretas dentro e fora de sala de aula,

com propósito de perceber em que momentos os profissionais incluíam atividades lúdicas em

seu trabalho.

Procedimento

Entrevista com quinze professores da rede pública e quinze da rede privada que

trabalham com crianças cuja faixa etária compreende entre quatro à oito anos.

Observação direta dentro e fora de sala de aula com seis professores entrevistados.

As entrevistas foram gravadas e em seguida foram feitas anotações, com propósito de

garantir o maior número de registro das informações. A seguir será realizada análise de dados,

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na qual foram selecionadas falas dos entrevistados com objetivo de colher informações

relativas a dinâmica familiar.

Interpretação dos Dados

A fala dos participantes que surgiu dos relatos da entrevista e a observação feita em

sala de aula forneceu dados importantes que apontaram o quanto é falho a inclusão dos jogos

em sala de aula como um recurso lúdico para aprendizagem, não que desconheçam o recurso,

apenas não sabem utiliza-lo neste processo, ou por darem mais ênfase as aulas expositiva,

restringindo-se aos exercícios xerocados, livros e cadernos.

“Já tive experiência de pegar turma de 1ª série, mas trabalhar com a 4ª série é mais

fácil, marca-se as páginas do livro e eles fazem sozinhos”

J. 25 anos ( 5 atuando )

“Acredito sim na eficiência dos jogos, só que quando trabalho com as crianças, elas

ficam animadas e a coordenadora vem logo chamar a atenção por causa do barulho”

E. 22 anos ( 2 atuando)

“Jogo dentro de sala? Fica muito tumultuado, isso é assunto para o professor de

Educação Física”

F. 26 anos ( 5 atuando )

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“Procuro sempre adotar uma metodologia que motive as crianças, sou estudante e

também acho horrível ficar só ouvindo o que o professor diz, sem participação dos alunos,

imagine as crianças?”

C. 25 anos ( 7 atuando )

“Trabalho muito com os jogos em sala, é um ótimo recurso para passar o conteúdo”

J. 33 anos ( 12 atuando)

“Se a criança é demais bagunceira, deixo ela num canto com jogos que tenho em sala e

rapidinho para de perturbar.”

ML. 28 anos ( 10 atuando)

“Trabalho sempre com jogos pedagógicos, fiz um curso que ensinava como

confeccioná-los, agora não quero outra coisa..”

P. 24 anos ( 4 atuando )

“A organização da turma ficou outra depois que passei adotar o jogo como uma

maneira de fixar os conteúdos, sem falar no rendimento.”

AP. 33 anos ( 18 atuando )

“Aqui na escola fazemos uma vez por mês as olimpíadas didáticas; através de jogos

fixamos os conteúdos, tem até prêmios.”

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A. 24 anos ( 5 atuando )

“Jogos!, professor já tem tanto trabalho ainda vai ficar pensando em inventar jogos,

trabalho com livro que já é difícil...”

M. 30 anos ( 11 atuando)

“Eu às vezes trabalho com a turma e vejo que ficam bastantes motivadas para

aprender, até o M. que não presta a atenção em nada gosta de participar.”

S. 29 anos ( 10 atuando)

“No meu plano sempre incluo uma atividade lúdica para fixar os conteúdos, as crianças

adoram e ficam mais motivadas, os sempre perguntam: Tia que dia é o joguinho?”

AB. 26 anos ( 8 atuando )

“Trabalho muito com a confecção de jogos para fixar os conteúdos, quando trabalho no

pátio as crianças de outras turmas querem participar, você nota logo a cara feia das colegas,

quando sou elogiada pelo desemprenho da turma então...”

N. 29 anos ( 8 atuando )

“Acho muito difícil incluir jogos com esta turma, eles são atrasados, não dá para

deixar de trabalhar o livro para ficar brincando, se eles fossem mais rápidos...”

MC. 32 anos ( 12 atuando )

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“O bom professor é aquele que procura a melhor maneira de ensinar o conteúdo, tem

coisa melhor do que aprender brincando? Por causa do tempo trabalho pouco com os jogos,

mais vou me organizar melhor e melhorar este aspecto.”

D. 19 anos ( 1 ano e meio atuando )

“Jogo aqui é só na recreação, criança aprende é fazendo muito dever.”

M. 34 anos ( 15 atuando)

Diante das entrevistas e observações feitas em sala, foi possível perceber que algumas

falas não condizem com a prática, pois durante uma semana de observação, algumas

professoras não se utilizaram dos jogos em sua prática escolar.

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CAPÍTULO – VI

CONCLUSÃO

Através deste estudo concluiu-se que apesar de diversas pesquisas mostrarem que os

jogos tem se modificado muito no decorrer do século, tentar resgatá-los e incluí-los como um

processo lúdico dentro e fora de sala será sempre importante não apenas para o conhecimento

e a preservação da nossa cultura, também satisfazer às necessidades de desenvolvimento da

criança. Seu real valor está em apresentar possibilidades para o estímulo de várias atividades

nas crianças, sejam elas físicas, motoras, sensoriais, afetivas, lingüisticas e outras.

Foi constatado através das instituições escolares que visitei, que os jogos sejam eles

espontâneos ou não, possuem pouco espaço como auxiliar no processo ensino-aprendizagem,

sendo que na maioria, este espaço é nulo, mesmo o educador considerando um momento

importante para observar a criança e passar-lhe os conteúdos propostos, foi possível poerceber

que este aspecto no relato de algumas professoras durante a entrevista, já que demonstrando

mais indiferença do que desejo de incluir o lúdico em seus trabalhos com as crianças.

É importante que não só os educadores dêem importância ao jogo, pois eles são

recursos também para outras áreas como um facilitador da autonomia, da criatividade, da

experimentação, da pesquisa e sobretudo da aprendizagem.

Vale ressaltar que não pretendo com esta pesquisa considerar a atividade lúdica como

único e exclusivo recurso de ação, mas sim uma alternativa importante e eficaz que não exclui

outros caminhos metodológicos, pois acredito que uma educação onde inclui os jogos como

técnica para aprendizagem bem aplicada, contribuirá concretamente para a melhoria do

ensino, quer na qualificação e formação crítica do educando ou na melhoria do

relacionamento e ajustamento das pessoas na sociedade.

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CRONOGRAMA Dez Jan. Fev. Março Abril Maio Junho SetembroDefinição do tema X

Levantamento das Bibliografias

X X

Revisão de Literatura X

Coleta e Apuração dos Dados

X X

Observação nas Escolas X

Analise e Interpretação dos Dados

X

Entrega da Monografia X X

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Referências Bibliográficas ABERASTURY, Arminda. A criança e seus jogos. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. ALMEIDA, N. Paulo. Educação Lúdica. 6 ed. São Paulo, edições Loyola, 1990. CUNHA, Maria Isabel da. O Bom professor e sua prática. 2 ed. Campinas, SP: Papirus 1992. FREIRE, Paulo. Ação Cultural para a liberdade. 5 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. FRIEDMANN, Adriana. Brincar Crescer e Aprender. 1 ed. São Paulo: edit. Moderna, 1996. KAMII, Constance e De Vries, Rhetea De Vries. Group Games in Farly Education. 1 ed. Washington, D. C: Artes Médicas, 1980. LAROUSSE, K. Pequeno Dicionário enciclopédico. 8 ed. .Rio de Janeiro: Koogann Larousse , 1982 . MORAIS, Regis. Sala de aula que espaço é esse?. 8 ed. Campinas, SP: Papirus, 1994. PATO, M Helena Souza. Introdução à Psicologia Escolar. 1 ed. São Paulo: T. Queiroz, 1981. RIZZO, Gilda Menezes. Bases Teóricas Prático do Ensino da Leitura e Escrita. 1 ed. Rio de Janeiro: s.n, 1978. WALLOR, H. Ao Origens do Pensamento na Criança – São Paulo Manole 1989 WEIL, Pierre. A Criança, o lar e a escola. 1 ed. Rio de Janeiro: edit. Civilização Brasileira S.A., 1966. WINNICOTT, D. W. O Brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago 1975 WINNICOTT, D. W. A Criança e seu mundo. 1 ed. Rio de Janeiro: [ s. n. ], 1979.