universidade candido mendes prÓ-reitoria de … · trabalho de orientação e a função social da...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL PARA A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
DANIELA DE DEUS MOURA DE BRITO
ORIENTADOR (A):
Profª. Maria Esther de Araujo Oliveira
FORMOSA-GO DEZEMBRO/2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL PARA A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
DANIELA DE DEUS MOURA DE BRITO
Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para a obtenção de Grau de Especialista em Orientação Educacional.
RIO DE JANEIRO DEZEMBRO/2010
À minha família, pelo carinho e
compreensão nos momentos de
dificuldades que enfrentei no decorrer de
minha caminhada.
AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar força para superar as dificuldades, abrindo a minha
mente para os novos conhecimentos.
Aos amigos, pelo apoio e por sempre estar ao meu lado, entendendo as
minhas ausências, nos momentos em que me dedicava à minha aprendizagem.
"A única coisa que interfere com meu
aprendizado é a minha educação".
(Albert Einstein)
RESUMO
O trabalho do orientador educacional não se limita ao acompanhamento dos problemas pedagógicos ou comportamentais da escola. Sua função abrange também a observação da função social da escola, em todas as suas instâncias, que se distingue de outras práticas educativas. Neste sentido, a função social da escola está em proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tendo o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. Este estudo tem como objetivo geral analisar a importância do trabalho de orientação educacional para a aprendizagem do aluno no Ensino Fundamental. Os específicos são Compreender a importância do trabalho do orientador educacional para o processo de aprendizagem; observar as teorias que relacionam a orientação educacional; identificar as melhorias no processo de aprendizagem dos alunos no Ensino Fundamental com o trabalho do orientador na escola. A abordagem da pesquisa foi qualitativa em que se enfoca na pesquisa de campo realizada com o orientador educacional na escola para conhecer as técnicas utilizadas no trabalho com alunos do Ensino Fundamental focalizando o processo de aprendizagem. Os instrumentos de medida utilizados foram a leitura analítica de referenciais teóricos que constituíram essa discussão e a aplicação do questionário na escola. Posteriormente, foi realizada a discussão sobre os resultados do questionário aplicado com a finalidade de comparar a teoria e a prática, podendo concluir que o trabalho do orientador é de suma importância no trabalho com alunos do ensino fundamental em seu processo de aprendizagem.
Palavras-Chaves: Orientador. Aprendizagem. Ensino Fundamental.
METODOLOGIA
A pesquisa realizada foi de caráter teórico empírico, pois pesquisa é um
procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar
respostas aos problemas que são propostos. Na pesquisa bibliográfica foram
destacadas teorias que tentaram responder aos objetivos traçados para o
estudo. É nesse momento que se teve os subsídios necessários para a correta
compreensão da relação teoria e prática.
O estudo focou a pesquisa de campo realizada em uma escola pública
em Planaltina-DF, a Escola Classe 11 buscando compreender o trabalho do
orientador educacional no processo de aprendizagem dos alunos do Ensino
Fundamental.
A abordagem da pesquisa foi qualitativa, em que se enfocou na
pesquisa de campo realizada com o orientador educacional na escola, visando
conhecer as técnicas utilizadas no trabalho com alunos do Ensino Fundamental
em relação ao processo de aprendizagem.
Os instrumentos de medida utilizados foram a leitura analítica de
referenciais teóricos que constituíram essa discussão e a aplicação de um
questionário com o orientador educacional na escola. Posteriormente, foi
realizada uma discussão sobre os resultados do questionário aplicado com a
finalidade de comparar a teoria e a prática.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 09
CAPÍTULO I - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ........................................ 11
1.1 Tipos de Orientação Educacional ........................................... 11
1.2 A função social da escola no trabalho de orientação .............13
1.3 A ação coletiva na escola no trabalho de orientação ...............16
CAPÍTULO II – CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
.................................................................................. 20
2.1 Conceito de Aprendizagem ..................................................... 20
2.2 Ensinar.................................................................................... 21
2.3 Aprendizagem .......................................................................... 24
2. Teorias de aprendizagem ......................................................... 27
2.4.1 Behaviorismo ...........................................................27
2.4.2 Teoria do condicionamento ...................................... 28
2.4.3 Teoria da Gestalt ......................................................28
2.4.4 Teoria de Campo ......................................................29
2.4.5 Teoria Cognitiva ........................................................29
2.4.6 Teoria Fenomenológica .............................................30
2.4.7 O construtivismo em Vigotsky e Piaget ......................30
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS DA PESQUISA 32
3.1 Resultados ........................................................................... 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 37
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 39
APÊNDICE
INTRODUÇÃO
O trabalho do orientador educacional não se limita ao acompanhamento
dos problemas pedagógicos ou comportamentais da escola. Sua função
abrange também a observação da função social da escola, em todas as suas
instâncias, que se distingue de outras práticas educativas.
Neste sentido, a função social da escola está em proporcionar um
conjunto de práticas preestabelecidas tendo o propósito de contribuir para que
os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e
construtiva.
A situação problema a ser pesquisada neste estudo é:
Como o orientador educacional por meio do seu trabalho influência na
aprendizagem dos alunos no Ensino Fundamental?
O objetivo geral do estudo foi analisar a importância do trabalho de
orientação educacional para a aprendizagem do aluno no Ensino Fundamental.
E os objetivos específicos foram compreender a importância do trabalho do
orientador educacional para o processo de aprendizagem; observar as teorias
que relacionam a orientação educacional; identificar as melhorias no processo
de aprendizagem dos alunos no Ensino Fundamental com o trabalho do
orientador na escola.
A hipótese do estudo busca analisar se o trabalho do Orientador
Educacional possibilita à escola, novos meios e recursos para o cumprimento
de sua função no processo de aprendizagem dos alunos.
No primeiro capítulo, há uma explanação sobre a orientação educacional
ressaltando os principais tipos, a função social da escola no trabalho de
orientação e a ação coletiva da escola frente ao trabalho do orientador
educacional.
No segundo capítulo há teorias sobre o processo de aprendizagem
ensejando conhecimentos sobre os processos de ensinar e aprender bem
como sobre as teorias de aprendizagem na educação uma explanação sobre o
uso do jornal como recurso educativo de formação e informação dos alunos na
escola em relação à educação ambiental.
No terceiro capítulo expõe-se um relatório da pesquisa de campo
realizada com o orientador educacional de uma escola pública em Planaltina-
DF.
CAPÍTULO I
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Os espaços reservados para o orientador educacional têm aumentado
nas escolas, tendo em vista os inúmeros casos de problemas com a
aprendizagem dos alunos, em especial no ensino fundamental.
Neste contexto, apresentam-se a seguir, teorias sobre a orientação
educacional, sua importância, os tipos de orientação, a ação coletiva no
trabalho de orientação e a função social da escola em relação ao trabalho de
orientação na escola, um processo necessário para o trabalho com as
dificuldades dos alunos em relação à aprendizagem.
1.1 Tipos de Orientação Educacional
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, significou
um passo adiante no desenvolvimento da Orientação Educacional, pois embora
a Lei Orgânica do Ensino Secundário já aludisse à necessidade dos processos
de orientação, ela determinou que a instituição da Orientação Educacional e
Vocacional deverá ser considerada como uma das normas da organização de
todo o ensino de 2º grau, inclusive como cidadão de reconhecimento. E
prescreveu o modo de formação dos educadores, que deveriam assumir tal
tarefa depois de freqüentar um curso de nível superior, destinado
especificamente à formação profissional de “orientadores da educação”
(BRASIL, 1996)
Na fase transitória caracterizada por um numero insuficiente de
diplomados em cursos destinados à formação de orientadores educacionais, o
MEC autorizou a habilitação por meio de uma prova de suficiência, aberta a
professores, portadores de registro definitivo, que tenham realizado curso
especializado de pelo menos um ano em Faculdade de Filosofia.
Do currículo mínimo desses cursos constavam as seguintes matérias:
Teoria de Orientação Educacional; Métodos e Técnicas da Orientação
Educacional; Psicologia da Infância e da Adolescência; Psicologia Social;
Técnicas de Exames Psicopedagógico; Elementos de Psicopatologia;
Elementos de Orientação Profissional e Estudos de Oportunidades de
Ocupação; Administração Escolar e Sistemas Escolares e Estatística Aplicada
(BRASIL, 1996).
De acordo com o parecer n.º 374/62, do Conselho Federal de Educação
disposto em Brasil (1996), que regula o assunto, estabeleceu que o curso será
de 12 meses letivos e que, tendo o caráter de pós-graduação, poderá permitir
às Faculdades certas adaptações, conforme a formação já adquirida pelos
candidatos, que podem ser dispensados das matérias cursadas em nível
superior, desde que haja correspondência no conteúdo das mesmas.
De acordo com a definição do I Congresso de Ensino Comercial,
realizado em São Paulo (julho de 1995), compreende-se por Orientação
Pedagógica “o auxílio prestado aos professores na seleção de métodos e
processos que visem à maior eficiência do ensino e na adoção de atitudes mais
adequadas aos objetivos da Educação”.
A Orientação Pedagógica como um trabalho normativo visa a dar à escola uma filosofia de educação através de um planejamento global e consciente, em que as disciplinas, práticas educativas e atividades extra-classe e extracurriculares se articulem e correlacionem no sentido horizontal e vertical, na medida em que orientam a formação sistemática integral de cada educando. (CRESTANI, 2000. p. 16)
A Orientação Pedagógica é o elemento da organização escolar que
permite a programação antecipada e globalizada de todas as atividades
escolares, envolvendo a comunidade escolar, orientada pela direção da escola,
que acompanhará e controlará pedagogicamente sua execução.
Gradativamente esta programação se transformará no que chamamos “espírito
da escola” ou o que Soares (2000) denomina “cultura especifica da escola”.
Para Soares (2000), o espírito da escola exige, além do corpo técnico -
administrativo qualificado, um corpo docente ativo, homogêneo em sua
formação e coerente em suas ações, todos participantes da mesma filosofia de
educação; currículo funcional que seja um “meio estimulante” ao
desenvolvimento integral dos educandos e bastante flexível para permitir o
atendimento das diferenças individuais e sociais; programas tecnicamente
dosados que levem à formação, substituindo os programas meramente
informativos, que conduzem apenas ao acumulo de elementos esparsos da
cultura; correlação afetiva, quer no setor horizontal, quer no vertical, e
finalmente a seleção do horário pedagogicamente elaborado, possibilitando o
máximo de rentabilidade à aprendizagem.
1.2 A função social da escola no trabalho de orientação
Hoje os principais questionamentos sobre a escola se voltam para a sua
função. De acordo com Pilletti (1996) a escola serve para:
v Ensinar conteúdos e habilidades necessárias à participação do indivíduo na
sociedade;
v Através de seu trabalho específico, a escola deve levar o aluno a
compreender a sua própria realidade, situar-se nela, interpretá-la e contribuir
para sua transformação.
A escola é fundamental para a formação da cidadania. Por isso,
nenhuma criança pode ficar excluída de seus benefícios.
Todas as crianças têm o direito a uma sólida formação escolar.Todas
têm o direito de sonhar e seguir seus sonhos, realizando seus projetos
individuais e coletivos. Como os processo de ensino-aprendizagem são muitos
e variados, cada professor tem uma forma única de demonstrar e aplicá-los,
uma vez que possuem uma idéia geral de como se dá o processo de
aprendizagem dos alunos e assim como ele deve ensinar. Essas idéias
orientam a forma de atuar em sala de aula.
Cada aluno é único e tem seu próprio ritmo de aprendizagem baseado
nas suas experiências anteriores e externas à escola. A escola é o lugar de
encontro dessas vivências, de alunos e professores e o debate acerca de
temas de interesse comum à todos. Preservar interesses, entender
necessidades e tratar cada aluno de forma individualizada são aspectos
centrais num ensino bem sucedido. A aprendizagem é o resultado de
processos sociais e pessoais.
A função da escola é proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. Esta função socializadora nos remete a dois aspectos: o desenvolvimento individual e o contexto social e cultural (FREIRE, 2000, p.104).
É nesta dupla determinação que nos construímos como pessoas iguais,
mas ao mesmo tempo, diferentes de todas as outras. Iguais por pertencermos
à mesma matriz cultural, o que nos permite fazer parte de grupos e
compartilhar com outras pessoas um mesmo conjunto de saberes e formas de
conhecimento que, por sua vez, só é possível ao que individualmente
pudermos incorporar. Não há individual possível à margem da sociedade, da
cultura.
“O papel formal da Escola é o de ser a principal responsável pela
organização, sistematização e desenvolvimento das capacidades científicas,
éticas e tecnológicas de uma nação.” (FORMIGA, 1999. p.2) Inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
da cidadania, sua qualificação para o trabalho, bem como, meios para progredir
nele e em estudos posteriores.
Assim, o conhecimento hoje é entendido como um valor especial, mais
até do que bens materiais. Em meio as incertezas que o atual momento tende
a despertar, num ponto estão todos de acordo: a importância do conhecimento
para todos os indivíduos, sobretudo os jovens, para enfrentar o presente e o
futuro. Temos que ensinar bem e preparar os indivíduos para exercer a
cidadania e o trabalho no contexto de uma sociedade complexa.
Para Libâneo (1999, p. 56), “a educação cabe fornecer, de algum modo,
os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo
tempo, a bússola que permite navegar através dele.” Para que isso ocorra à
educação deve ater-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que
serão para cada indivíduo, os pilares do conhecimento; aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser (ANTUNES, 2002).
Temos que perceber que estas quatro vias do saber, torna-se apenas uma
devido ser uma dependente da outra, necessitando sempre de trocas de
informações entre elas. De acordo com Antunes (2002) são elas:
Aprender a conhecer: para mostrar como devemos aprender a conhecer,
é preciso ter em mente que este tipo de aprendizagem tem a finalidade e o seu
fundamento é o prazer de compreender, de conhecer e de descobrir. Para isso
a educação deverá criar formas para que a escolaridade tenha seu tempo
prolongado. Ou seja que o adulto, após concluir seus estudos possa prosseguir
com vontade de fazer novos cursos, pesquisa etc., fazendo-o perceber que o
aumento do saber o faz compreender melhor o ambiente, sob os seus diversos
aspectos, com isso ser mais critico e atualizado. Na criança, despertá-la e
aguçá-las para que tenha mais prazer de estudar, mas é essencial que ela
possa ter acesso às metodologias científicas, com isso possa ser "amiga da
ciência".
Aprender a fazer: aprender a conhecer e aprender a fazer são em larga
medida indissociáveis. Porém aprender a fazer tem maior referência com a
formação profissional. O indivíduo aprende e põe em prática os seus
conhecimentos. Temos que perceber que aprender a fazer não pode ser
apenas ensinar o jovem para uma função onde fará uma tarefa material. Para
isso deverá o jovem ser sempre atualizado, de acordo com o desenvolvimento
industrial.
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros: para que todos
possam aprender a viver juntos, e aprender a viver com os outros, tem a
educação um papel importantíssimo, e um grande desafio, já que a opinião
pública toma conhecimento através dos meios de comunicação e nada pode
fazer. A história humana sempre foi escrita pelos conflitos raciais e até mesmo
de religiosos etc. Cabe a educação trabalhar para a mudança deste quadro
desde a simples idéia de ensinar a não violência, o não preconceito etc. Porém
deve utilizar duas vias complementares, primeiro a descoberta progressiva do
outro, segundo ao longo de toda a vida a participação em projetos comuns que
parece um método eficaz para evitar ou melhorar conflitos latentes.
Aprender a ser: a educação deve contribuir para o desenvolvimento total
da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético,
responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todos os seres humanos devem ser
preparados pela educação que recebe para agir nas diferentes circunstâncias
da vida. Para isso cada um deverá ter pensamentos autônomos e críticos, ou
seja, personalidade própria.
1.3 A ação coletiva na escola no trabalho de orientação
Para Resende (1998), trabalhar em equipe é uma tarefa árdua,
principalmente para os mais experientes, que pertencem à geração que foi
orientada para ser individualista, onde sempre que fizemos trabalho em grupo
na escola, só um fazia, enquanto os outros apenas colocavam o nome e
pronto. Na organização formal de nossa escola, o fluxo das tarefas, das noções
e principalmente das decisões é orientado por procedimentos formalizados,
prevalecendo às relações hierárquicas de mando e submissão, de poder
autoritário e centralizador.
Uma estrutura administrativa da escola, adequada à realização de
objetivos educacionais, de acordo com os interesses da população, deve
prever mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de
decisão.
Isto requer uma revisão das atribuições específicas e gerais, bem como
da distribuição do poder e da descentralização do processo de decisão. Para
que isso seja possível há necessidade de se instalarem mecanismos
institucionais visando à participação política de todos os envolvidos com o
processo educativo da escola. Paro (1993, p.34) sugere a instalação de
processos eletivos de escolha de dirigentes, colegiados com representação de
alunos, pais, associação de pais e professores, grêmio estudantil, processos
coletivos de avaliação continuada dos serviços escolares etc.
É importante reiterar que, quando se busca uma nova organização do
trabalho pedagógico, está se considerando que as relações de trabalho, no
interior da escola, deverão estar calcadas nas atitudes de solidariedade, de
reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição à organização
regida pelos princípios da divisão do trabalho, da fragmentação e do controle
hierárquico. É nesse movimento que se verifica o confronto de interesse no
interior da escola. Por isso, todo esforço de se gestar uma nova organização
deve levar em conta as condições concretas presentes na escola.
Há uma correlação de forças e é nesse embate que se originam os
conflitos, as tensões, as rupturas, propiciando a construção de novas formas de
relações de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva que favoreçam o
diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos envolvidos
com o processo educativo, a descentralização do poder. A esse respeito,
Machado assume a seguinte posição: “O processo de luta é visto como uma
forma de contrapor-se à dominação, o que pode contribuir para a articulação de
práticas emancipatórias” (PIMENTA, 1992, p. 30).
A partir disso, novas relações de poder poderão ser construídas na
dinâmica interna da sala de aula e da escola.
A escola, para se desvencilhar da divisão do trabalho, de sua
fragmentação e do controle hierárquico, precisa criar condições para gerar uma
outra forma de organização do trabalho pedagógico.
A reorganização da escola deverá ser buscada de dentro para fora. O
fulcro para a realização dessa tarefa será o empenho coletivo na construção de
um projeto político-pedagógico e isso implica fazer rupturas com o existente
para avançar.
Mizukami (1996) propõe que é preciso entender o projeto político-
pedagógico da escola como uma reflexão de seu cotidiano. Para tanto, ela
precisa de um tempo razoável de reflexão e ação, para se ter um mínimo
necessário à consolidação de sua proposta. A construção do projeto político-
pedagógico requer continuidade das ações, descentralização, democratização
do processo de tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de
avaliação de cunho emancipatório.
Finalmente, há que se pensar que o movimento de luta e resistência dos
educadores é indispensável para ampliar as possibilidades e apressar as
mudanças que se fazem necessários dentro e fora dos muros da escola. Para
Pimenta (1992), este movimento de mobilização na escola, buscando uma
organização coletiva, no sentido de fazer uma leitura crítica sobre a realidade
social, o currículo da escola e as mudanças que se fazem necessárias na
organização desta como um todo, possibilita a conquista e garantia de um
espaço, o Encontro Pedagógico. Esse momento que aos poucos pode ser
evidenciado como um momento de avaliação e reflexão das práticas
desenvolvidas no cotidiano escolar, sinalizando a necessidade de um repensar
sobre a realidade.
Na visão de Rios (1993), os encontros pedagógicos na escola podem
retratar a diversidade e a complexidade da escola, tornando-se uns dos
momentos necessários, permitindo aos professores, alunos, pais, funcionários
e direção, uma reflexão sobre a necessidade de uma organização maior no que
diz respeito à busca de alternativas frente às dificuldades encontradas na
educação no mundo de hoje, em busca da formação da cidadania, do sujeito
crítico e atuante na sociedade.
O encontro pedagógico pode possibilitar aos poucos interações maiores
deste coletivo, que em sua interação vai construindo suas alternativas. Este
espaço de conquista no cotidiano escolar proporciona a concretização de uma
relação dialógica no grupo de trabalho, levando a uma troca significativa de
experiências, bem como, um movimento em direção a reflexão de nossas
práticas. “O diálogo é em si, criativo e recreativo. O diálogo sela o ato de
aprender, que nunca é individual, embora tenha uma dimensão individual”.
(FREIRE, 1996, p. 13).
Nestes momentos de reflexão em conjunto, busca-se evidenciar a
percepção de todos os envolvidos na escola, como sujeitos de suas práticas,
identificar-se na coletividade da escola um grupo que não está ali apenas para
executar ações, mas, que todos eram responsáveis pelas práticas
desenvolvidas e que a reflexão, o pensar sobre suas ações faziam parte da
organização pedagógica.
O Projeto Político Pedagógico significa este movimento de rupturas, de
opção, o pensar reflexivo sobre a práxis. Em vez de controles, o encontro
significativo dos sujeitos, pais, professores, alunos, por meio de relações que
se estabeleçam no respeito democrático entre estes sujeitos, onde todos
possam ser ouvidos, percebidos.
CAPÍTULO II
CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
Assinala-se que a tarefa de democratização dos conhecimentos é
realizada no processo de ensino, no qual se conjugam a atividade de direção e
organização do ensino pelo professor e a atividade específica da escola, em
cujo centro está a aprendizagem e estudo dos alunos, isto é, a relação
cognoscitiva do aluno com as matérias de ensino, o processo didático como
mediação de objetivos de ensino, o processo didático como mediação de
objetivos e conteúdos tendo em vista a aprendizagem dos alunos.
Assim, o capítulo subseqüente explicita conhecimentos sobre a
aprendizagem e sua importância bem como as teorias de aprendizagem no
processo de ensino.
2.1 Conceito de Aprendizagem
Faz-se necessário a compreensão do que a aprendizagem e como esta
ocorre. De acordo com Skinner (1982, p.56) “a aprendizagem é a conexão
entre o estímulo e a resposta. Completada a aprendizagem, estímulo e
resposta estão de tal modo unidos, que o aparecimento do estímulo evoca a
resposta.” A aprendizagem, é ainda, um elemento que provém do
entendimento de mundo e se acumula sob a forma de uma riqueza de
conteúdos cognitivos. É o processo de organização de informações e
integração do material pela estrutura cognitiva.
Barros (1998, p.45) entende que “a aprendizagem é a modificação do
comportamento e aquisição de hábitos.” E mostra que o psicólogo norte-
americano Edward Lee Thorndike é um pioneiro da psicologia da
aprendizagem, destacando que suas experiências tiveram início em 1897 onde
realizou inicialmente experiências com cães, macacos e gatos onde observou o
processo de aprendizagem destes animais e posteriormente nos humanos. Em
seguida muitos outros defenderam outras teorias as quais citaremos adiante.
De acordo com Barros (1998) a aprendizagem pode ser distinguida em
casual e organizada. Ela acontece quase sempre de forma espontânea, surge
naturalmente da interação entre as pessoas e com o ambiente em que vivem.
Ou seja, pela convivência social, pela observação de objetos e acontecimentos,
pelo contato com os meios de comunicação, leituras, conversas etc., as
pessoas vão acumulando experiências, adquirindo conhecimento, formando
atitudes e convicções.
A aprendizagem organizada é aquela que tem por finalidade específica
aprender determinados conhecimentos, habilidades, normas de convivência
social. Embora isso possa ocorrer em vários lugares, é na escola que são
organizadas as condições específicas para a transmissão e assimilação de
conhecimentos e habilidades. Esta organização intencional, planejada e
sistemática das finalidades e condições da aprendizagem escolar é tarefa
específica do ensino. A aprendizagem escolar é um processo de absorção de
determinados conhecimentos organizados e orientados no processo de ensino.
Estas são considerações iniciais acerca da aprendizagem e para que
haja uma compreensão mais ampla de suas significações se faz necessário
conhecer aspectos importantes sobre o processo de ensinar e aprender.
Estes são apresentados a seguir.
2.2 Ensinar
Ensinar na concepção de Gadoti (1995) é o processo de instruir, dirigir,
auxiliar o educando no processo de ensino-aprendizagem. Neste processo o
educador necessita de condutas motivadoras tais, como: mostrar-se
entusiasmado, orientar o educando, estimular o interesse e a curiosidade,
mostrar a importância do que se estuda e criar um clima de confiança e
satisfação na sala de aula, assim desenvolverá um ambiente propício para uma
aprendizagem significativa. E isso não importa se na educação infantil, ensino
fundamental, ensino médio ou ensino superior. As pessoas, independentes da
idade, gostam de ser estimulados, de participar de projetos onde a criatividade
seja exacerbada.
Diante disso, Voli (2002, p.38)
O aluno tem de ser motivado e ajudado a compreender desde o início o significado do que estuda. Se não o consegue, é tarefa do professor encontrar os meios e as formas para que o faça, evitando assim o fracasso ou o esforço excessivo do aluno nos anos subseqüentes.
Ensinar é auxiliar os alunos no seu processo de construção da
identidade, dentro do seu projeto de vida, tanto pessoal quanto profissional, no
desenvolvimento das suas habilidades e competências, tornando-se cidadãos
capazes de aprender com cada coisa, seja um livro, um jornal, uma TV, ou até
mesmo um objeto banal encontrado na rua. Podemos também aprender com
qualquer pessoa, seja ela de poder aquisitivo alto ou baixo, ou um nível escolar
avançado ou analfabeto, podemos aprender com tudo e todos.
Ensinar não pode ser visto em outro sentido, senão uma maneira de
levar a pessoa a adquirir uma nova percepção, como e em que condições
trazer elementos que facilitem, direcione, a tomada de decisões e ações, nas
situações diárias vivenciadas pelo ser humano.
Ensinar exige grande flexibilidade, um ensino mais compartilhado,
dirigido pelo professor, com mais participação dos alunos, exige também
conteúdos e planejamentos mais abertos e variados, capazes de motivar o
aluno no processo de ensino-aprendizagem.
O professor tem o papel de incentivar os alunos na obtenção de bons
resultados, sendo capaz de facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Nota-
se que ensinar é uma tarefa bastante complexa e árdua, porém, possível, basta
acreditarmos e agirmos em função disso. É essencial que o professor conheça
a realidade do aluno e leve em consideração sua habilidade desenvolvida,
buscando apresentar procedimentos de ensino eficazes, que
conseqüentemente desencadeará em uma aprendizagem significativa. É
notória a necessidade do professor de selecionar bons métodos e boas
técnicas para o ensino.
Assim, diante do conceito que se tem de ensinar motivando Libâneo
(1994, p.253) diz que,
A motivação dos alunos para aprendizagem através de conteúdos significativos e compreensíveis para eles, assim como métodos adequados é fator preponderante na atitude de concentração e atenção dos alunos. Se eles estiverem envolvidos na tarefa, diminuirão as oportunidades de distração e indisciplina.
Diante da postura que ressalta o autor, pode-se compreender que no
processo de ensino-aprendizagem faz-se necessário à junção de métodos
tradicionais e modernos, pois um complementa o outro, sendo estes de grande
valia neste processo. É válido ressaltar que muitas escolas não dispõem de
materiais suficientes, acarretando muitas vezes, uma aprendizagem ineficaz.
Na concepção de Bzuneck (2002, p.30)
Para ter êxito na tarefa de motivar adequadamente sua classe, todo professor deve dominar uma grande variedade de técnicas e saber usá-las com flexibilidade e criatividade. A complexidade e o caráter imprevisível das situações em sala de aula tornam insuficientes quaisquer receitas prontas.
A importância da motivação e da criatividade no processo educativo é
reconhecida por todos. A ampla concepção dos problemas educacionais
abrange os motivos que levam os alunos a buscar o conhecimento, a utilizar
suas capacidades, a desejar sua auto-realização como ser humano, a
relacionar-se com outras pessoas de forma satisfatória e a tornar-se um
membro importante na sociedade em que vive. Ensinar não é tão simples, nem
tão pouco o seu significado.
Ensinar é uma tarefa complexa, que necessita, envolvimento, preparo e
muita responsabilidade. O professor, sozinho não tem a capacidade de
transformar a realidade, porém sua competência e compromisso profissional
são de grande importância para a melhoria da qualidade do ensino. O ensino
vai mal, as escolas públicas brasileiras são frutos do grande descaso dos
governantes e graças a essa política de opressores, a escola passou a ter
professores mal preparados e principalmente desmotivados, deixando de lado
o instinto motivador. Um dos fatores do fracasso escolar é uma insatisfação
dos professores devido as condições de trabalho desfavoráveis a que estão
submetidos.
Além dos problemas quanto à formação do professor ou a pouca
autonomia que este possui na escola aparece também a falta de material
didático-pedagógico, condições físicas inadequadas, o pouco tempo que o
professor tem para preparar suas aulas, todos esses fatores comprometem a
qualidade do ensino. Nesse processo de ensino-aprendizagem o professor não
é um transmissor de conhecimentos, ele é o mediador deste. Então, ensinar é
promover atividades que levem a aprendizagem contínua dos educandos.
Para Moysés (1994, p.22) em relação ao trabalho do professor como
mediador no ensino diz que,
A tarefa de ser mediador entre o objeto e o sujeito do conhecimento exige do professor o desenvolvimento de certas atitudes: Destacam-se, dentre essas, a de descobrir o que o aluno já sabe; a de organizar de forma coerente e articulada o conteúdo a ser transmitido; a de criar condições para que ele possa passar do particular para o geral e deste para aquele, de tal forma que ele próprio reconstrua o conhecimento.
O professor deve ser um mediador do conhecimento transmitido aos
alunos, onde todos os métodos e processos devem ser estabelecidos e
avaliados de forma que a aprendizagem aconteça de forma integradora e
significativa.
2.3 Aprendizagem
Nos vários momentos de aprendizagem a motivação e a criatividade
tornam-se indispensáveis, assim, não há sentido no ensino se não há
aprendizagem. Aprender é assimilar e adquirir novos conhecimentos, novas
formas de pensar e agir.
Nesse processo o professor não ensina e sim auxilia o aluno, é um
mediador, atua como facilitador e encorajador, pois o educando não é um mero
depósito de conhecimentos, mas um agente ativo e participativo, pois como
coloca Antunes (2002, p. 18), “um aluno competente é aquele que enfrenta os
desafios de seu tempo usando os saberes que aprendeu e empregando em
todos os campos de sua ação, as habilidades antes aprendidas em sala de
aula”.
Diante da concepção do autor, compreende-se que o aluno pode
aprender diante de várias situações, no cotidiano, no trabalho, na escola, em
casa, na rua, através de conversas, leitura e brincadeiras. Contudo cada
pessoa tem uma forma diferente de aprender, pois somos seres humanos
diferentes com sentimentos, ações e realidades diferentes.
Aprender exige do aluno, dedicação, interesse, comprometimento,
audácia em busca do crescimento, e estes devem ser contínuos. Dessa forma,
estarão contribuindo no trabalho do professor, motivando-o e estimulando-o a
uma realização eficiente e eficaz.
Existem também alunos desinteressados, desmotivados, sem auto-
estima e com grandes dificuldades de aprendizagem, exigindo do professor um
maior comprometimento, aulas mais diversificadas, dinâmicas e
entusiasmáticas que os motivem a alcançar o objetivo principal da educação, a
aprendizagem.
Na concepção de Not (1993, p.15-16)
Aprender tem dois sentidos. Um é objetivo: fazer alguém aprender; com algumas nuanças, é sinônimo de ensinar. O outro é subjetivo: aprender para si; é aprender, distinguir, dominar o conhecimento, seja por um trabalho intelectual ou físico, seja pela experiência.
Existem vários métodos pedagógicos de aquisição de conhecimento, a
transmissão, a inculcação e a descoberta por aquele que aprende que devem
ser analisados no trabalho pedagógico e na formação continuada do professor.
No modelo tradicional o ensino era fundamentado na transmissão de
conhecimentos, o professor é o sujeito e o aluno o objeto do processo, os
alunos são modelados de acordo com os interesses da escola, são
memorizadores e repetidores. Como coloca Not, (1993 p.17), “Nesse modelo o
aluno não pode ter iniciativa para não correr o risco de errar, pois quando o
professor ensina, ocorre a transmissão de conhecimentos mais seguros”.
Nessa perspectiva os alunos não perderão tempo pesquisando, apenas
memorizando os conteúdos. Nessa dinâmica extremamente tradicional os
alunos são agentes passivos, memorizadores e repetidores, dificultando a
aprendizagem, com aulas repetitivas e sem motivação para a descoberta.
Ainda de acordo com Not (1993, p. 20)
O conhecimento não é um objetivo, mas um meio, mais exatamente, uma função vital para o homem. Não vivemos para pensar, pensamos para viver; o saber não tem seu fim em si, mas nas ações que ele permite. O conhecimento é poder de ação e não somente produção ideal ou verbal.
Essa instrução é feita pela observação, a investigação e pelas
experiências vivenciadas diariamente. Dessa forma, o aluno tem que estar
bastante motivado a aprender, pois esta só depende dele e do seu interesse de
crescer. Pois, como coloca Antunes (2002 p. 22), “aprender não é estocar
informações, mas transformar-se, reestruturando passo a passo o sistema de
compreensão do mundo”. Aprender é estruturar informações e desenvolver
comportamentos, é conhecer, ou seja, saber. O conhecimento é a
representação cognitiva das informações e das ações materiais ou mentais que
temos de seu conteúdo.
2.4 Teorias de aprendizagem
Hoje nos deparamos com grandes problemas no campo educacional, os
alunos estão cada vez mais desinteressados, em conseqüência, aprendem
menos, apesar do grande avanço tecnológico e fácil acesso à informação.
Neste processo o papel do professor é ajudar o aluno a interpretar as
informações, relacionando-as e contextualizando-as no seu dia-a-dia, tornando
sua aula mais atraente, dinâmica e motivadora, proporcionando uma
aprendizagem mais significativa.
Diante disso, explana-se teorias de aprendizagem e seus precursores no
processo educacional ao longo dos tempos, com a finalidade de compreender
a importância destas para o processo de ensino.
2.4.1 Behaviorismo
O behaviorismo é um conjunto de teorias psicológicas que estruturam as
características do comportamento humano em seu processo de aprendizagem.
É importante conhecer o conceito de Skinner (1982, p.56) sobre a
aprendizagem, onde relata que “a aprendizagem é a conexão entre o estímulo
e a resposta.
Completada a aprendizagem, estímulo e resposta estão de tal modo
unidos, que o aparecimento do estímulo evoca a resposta.” A aprendizagem, é
ainda, um elemento que provém de uma comunicação com o mundo e se
acumula sob a forma de uma riqueza de conteúdos cognitivos.
Na décadas de 80 e 90 surgiram diversas teorias que tentam explicar o
processo de aprender. Muitas dessas teorias, embora amplamente sofisticadas
e revelando sólida base científica, em nada auxiliam pais e professores na
solução de problemas diários, como conseguir que um aluno aprenda a ler, que
uma criança saiba multiplicar ou dividir entre outros.
2.4.2 Teoria do condicionamento
De acordo com Alencar (1992, p.86), para Skinner, um dos principais
representantes da teoria do condicionamento, “as pessoas são como caixas
negras, podemos conhecer os estímulos que as atingem e as respostas que
dão a esses estímulos, mas não podemos conhecer experimentalmente os
processos internos que fazem com que determinado estímulo leve a dada
resposta”. Cada pessoa possui uma forma diferente de conceber a
aprendizagem e fazem disso um importante momento diante do que considera
importante no contexto da aquisição do conhecimento.
Skinner acreditava que as máquinas de ensinar apresentam várias
vantagens sobre outros métodos. Estudantes podem comprar sua própria
resposta em lugar de escolhê-la em um conjunto de alternativas. Exige-se que
lembrem mais, e não apenas que reconheçam - que dêem respostas e que
também vejam quais são as respostas corretas. A máquina assegura que
esses passos sejam dados em uma ordem cuidadosamente prescrita.
2.4.3 Teoria da Gestalt
Para Kohler (1968, p.23, apud POZO, 1998, p.22) propõe que, “Gestalt é
um termo alemão de difícil tradução. É uma das tendências teóricas mais
coerentes e coesas da história da Psicologia”. De acordo com Barros (1978,
p.51) “a Gestalt encontra nos fenômenos da percepção as condições para a
compreensão do comportamento humano”. A maneira como percebemos um
determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento.
2.4.4 Teoria de Campo
A teoria de Campo é uma teoria derivada da Gestalt. Seu principal
formulador foi Kurt Lewin. “De acordo com essa teoria, são as forças do
ambiente social que levam o indivíduo a reagir a alguns estímulos e não a
outros. Ou que levam indivíduos diferentes a reagirem de maneira diferente ao
mesmo estimulo” (BOCK, 1999. p.26).
O campo psicológico seria o ambiente, incluindo suas forças sociais, da
maneira como é visto ou percebido pelo indivíduo. Assim, por mais que
desejem os professores, não podem transmitir conceitos diretamente as
crianças, insistindo, por exemplo, para que se tornem mais maduras e realistas
em suas atitudes.
2.4.5 Teoria Cognitiva
A teoria cognitiva, elaborada inicialmente por Dewey e depois por Bruner concebe a aprendizagem como solução de problemas. É por meio da solução dos problemas do dia-a-dia que os indivíduos se ajustam a seu ambiente (BOCK, 1999. p.87).
Nesta teoria, a fim de estimular a solução de problemas, “a escola deve
aproximar o ensino da vida real, deixar margem para a independência,
apresentar a matéria em forma de problema, utilizar uma linguagem acessível,
favorecer o trabalho em grupo e estimular a participação dos alunos.” (HAYDT,
1988. p.19)
2.4.6 Teoria Fenomenológica
A teoria fenomenológica adapta aos alunos ocasiões para pensar por si
mesmos, criando assim, um clima democrático em sala de aula, de modo que
os alunos sejam encorajados a propagar suas idéias e a participar das
atividades.
2.4.7 O construtivismo em Vigotsky e Piaget
De acordo com Vygotsky o ser humano se caracteriza por uma
sociabilidade primária. Henri Wallon expressa a mesma idéia de modo mais
categórico: "Ele (o indivíduo) é geneticamente social". (WALLON apud
BARROS, 1998, p.92)
Na época, este princípio não passava de um postulado, uma hipótese
puramente teórica. Porém, atualmente, pode-se afirmar que a tese de uma
sociabilidade primária, e, em parte, geneticamente determinada, possui quase
um estatuto de fato científico estabelecido como resultado da convergência de
duas correntes de investigação.
Segundo Piaget (1973, p.27), “a criança desenvolve seu conhecimento
ao passo que se relaciona com o mundo externo. Durante seu crescimento a
criança passa por momentos de adaptações com as novas situações.” Ele
entende assimilação como a incorporação de elementos novos. Tentam
assimilar novas situações com as antigas já vivenciadas. O conhecimento é
construído e passa por um processo de maturação.
Diante de todo o processo de ensino, e das teorias apresentadas como
suporte a prática pedagógica, há que se ressaltar a importância da motivação
para este desenvolvimento do aluno. A motivação adere-se ao processo
educacional como peça chave para que o aluno se sinta motivado em aprender
e o professor motivado em ensinar.
Diante da consideração de que a aprendizagem pode ser considerada
como um processo dinâmico, ou seja, pode ser feitas de diferentes formas para
que o aluno adquira o conhecimento. Desta forma os métodos de ensino
devem estar unidos a varias atividades que de ao aluno a possibilidade de
aprender com dinamismo.
CAPÍTULO III
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS DA PESQUISA
Tendo em vista confrontar as teorias estudas em relação à prática na
escola, realizou-se a pesquisa de campo, onde os dados coletados forma
analisados e expostos de forma descritiva no capítulo ora explicitado.
3.1 Resultados
Este estudo reflete, antes de tudo, um desejo pessoal de compreender o
trabalho do orientador educacional no processo de aprendizagem dos alunos
do Ensino Fundamental.
Quanto aos fins esta é uma pesquisa descritiva. Para Vergara (2006,
p.47) “esta pesquisa expõe características de determinada população ou de
determinado fenômeno. Portanto, não tem compromisso de explicar os
fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação”.
Quanto aos meios a investigação consta de pesquisa bibliográfica e de
campo. A opção pela pesquisa bibliográfica se deve ao fato de que todo estudo
está relacionado inicialmente a estudos da teoria para que se amplie seu
campo de discussão e mesmo de conhecimento para compreender a realidade.
Para Marconi e Lakatos (2006), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida
a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos, com o objetivo de identificar as informações e os dados constantes
do material impresso e estabelecer relações entre as informações e os dados
com o problema proposto.
Diante da análise dos resultados obtidos faz-se necessário uma análise
descritiva das respostas da orientadora pedagógica da escola em relação a
pesquisa de campo realizada.
Em relação à graduação o orientador respondeu ter graduação em
Pedagogia e Especialização em Orientação Educacional.
Mediante a formação do orientador compreende-se que os saberes da
experiência se fundam no conhecimento que o profissional tem de seu meio, de
sua prática cotidiana. Tais saberes brotam da experiência e incorporam-se à
vivência individual e coletiva sob as formas de saber fazer e saber ser do
professor.
Compreende-se a partir desta análise que a formação de um profissional
autônomo, crítico e responsável exige, dentro do contexto de uma sociedade
do conhecimento na concepção do ato de ensinar e aprender privilegiando a
perspectiva do trabalho cooperativo.
Sobre a importância do orientador educacional para a aprendizagem dos
alunos no ensino fundamental a pesquisada respondeu
Orientadora: “tem muita importância, porque se o aluno possui alguma
dificuldade em aprender, o orientador procura ações facilitadoras tanto para o
aluno quanto para o professor, para que haja maior interação entre o
conhecimento do professor em relação ao contexto de aprendizagem do
aluno”.
Orientar o aluno no processo de aprendizagem só, não basta, é
necessário que haja estratégias e ações voltadas para as dificuldades que os
alunos encontram, de forma que facilite o processo de ensino para o professor
e de aprendizagem para o aluno.
Na questão sobre o orientador educacional, por meio do seu trabalho,
influenciar na aprendizagem dos alunos, a resposta foi:
Orientadora: “acho que sim. Porque quando o aluno é encaminhado para a
orientação, diante do que não esta conseguindo assimilar, o nosso papel é
nortear o aluno diante do processo de ensino que a escola, que o professor
põe em prática”.
A visão que a orientadora tem sobre o processo de facilitação da
aprendizagem dos alunos é fundamental, pois assim sua dedicação nas
situações de aprendizagem, no contexto dos alunos de ensino fundamental,
além de valorizar o conhecimento do aluno, pode levá-lo ao sucesso escolar e
social.
Compreende-se a partir deste ponto que o processo de orientação
educacional é constituído a partir das possibilidades, das potencialidades,
daquilo que o aluno já consegue fazer. É isto que motiva a trabalhar, a
continuar se envolvendo nas atividades escolares, garantindo assim seu
sucesso e sua aprendizagem.
Sobre como acontece o acompanhamento dos problemas pedagógicos
ou comportamentais da escola
Orientadora: “Os alunos são encaminhados para a orientação, e diante das
observações feitas pelos professores em relação a aprendizagem dos alunos,
procuro desenvolver as ações voltadas para as disciplinas em que o aluno esta
com a dificuldade através de atividades diversificadas, jogos e brincadeiras
também, pois assim o aluno se sentirá motivado a aprender e facilitará o
trabalho da escola no processo de formação social dos alunos”.
Desenvolver o planejamento das etapas de orientação aos alunos com
problemas de aprendizagem, bem como de comportamento, é um meio
facilitador das ações a serem desenvolvidas. O aluno gosta de novidades,
coisas que chamam a atenção, e o orientador desenvolvendo esta variação
proporciona aos alunos meios diferenciados de compreender e aprender.
Em relação às melhorias no processo de aprendizagem dos alunos no
Ensino Fundamental com o trabalho do orientador na escola, a pesquisada
respondeu
Orientadora: “Há até pouco tempo atrás, quando ainda não se falava em
orientação educacional, quando o aluno tinha dificuldades de aprendizagem, as
escolas tinham que se desdobrar para acompanhar o aluno, muitas vezes sem
nenhuma estrutura física e profissional disponível. Graças a esse surgimento
da orientação educacional na escola, muitas melhorias aconteceram, a melhor
delas é que o professor também participa das ações desenvolvidas com os
alunos, e isso não facilita somente a aprendizagem, mas também,
positivamente o ensino”.
As dificuldades em aprender do aluno, os problemas de comportamento
advêm de inúmeras situações cotidianas. Quando isso é percebido pela escola
pode facilitar ainda mais o desenvolvimento da aprendizagem deste aluno. A
orientação veio como suporte ao trabalho desenvolvido pelos professores e
para o auxílio dos pais, que muitas vezes, por falta de formação e informação
não conseguem acompanhar seus filhos na escola, fazendo com que passem
por situações conflituosas.
Utiliza variados recursos para o cumprimento de sua função no
processo de aprendizagem dos alunos?
Orientadora: “Gosto de trabalhar com tudo um pouco, jogos, brincadeiras,
textos, literatura e todos os recursos que se inserem no contexto das
dificuldades em que o aluno é encaminhado. As variações de recuros, a meu
ver, ajudam os alunos a ver a aprendizagem de forma positiva, sem
tradicionalismo e não somente como obrigação, isso pode facilitar no trabalho
de superação de tantos insucessos que vemos de muitos alunos nas escolas
hoje em dia”.
Não se pode limitar os contextos da aprendizagem, atividades e
recursos variados devem fazer parte do procedimento de intervenção do
orientador em sala, bem como a estruturação de metodologias que viabilizem
ao aluno o desenvolvimento de sua aprendizagem diante do contexto em que o
mesmo está inserido.
A ação coletiva na escola proporciona o bom desenvolvimento da
aprendizagem dos alunos?
Orientadora: “Sim claro. O trabalho unindo professor, direção, orientação e
família é a forma mais positiva existente para o desenvolvimento de uma boa
aprendizagem. Precisamos caminhar juntos, tendo em vista o processo de
formação do aluno e de suas dificuldades no decorrer deste processo”.
O desenvolvimento de ações coletivas no contexto da aprendizagem
deve acontecer de forma única, onde todos visem o mesmo objetivo, facilitar o
processo de ensino-aprendizagem e formar o senso crítico dos alunos no
contexto da educação de forma geral.
É válido ressaltar que o trabalho do orientador na escola deve acontecer
coletivamente, pois sozinho não consegue tudo, mas pode contribuir
decisivamente para que o aluno tenha êxito em seu processo de
aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do objetivo geral da pesquisa, é válido ressaltar que reconhecer o
caráter social da educação é, de fato, aproximar-se dos valores e da
complexidade do real e da ação efetiva, articulando-os à dinâmica da vida
coletiva na escola e na sociedade.
Atualmente a educação tem como objetivo principal qualificar os
cidadãos para que este se insira no mundo das relações sociais estimulando o
crescimento coletivo e individual, destacando o respeito mútuo, e mostrando a
eles formas diferenciadas de abordar os problemas que se apresentam a cada
um.
Através dos resultados percebe-se o trabalhado do orientador no
processo de ensino aprendizagem dos alunos no ensino fundamental. Percebe-
se diante dos resultados, também que é no universo da escola que o aluno
vivencia situações diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar
de maneira competente com a comunidade, aprender a respeitar e a ser
respeitado, a ouvir e ser ouvido, a reivindicar direitos e cumprir obrigações, a
participar ativamente da vida científica, cultural, social e política do país e do
mundo.
O trabalho do orientador em conjunto com toda equipe pedagógica na
formação escolar, propicia o desenvolvimento das capacidades de modo a
favorecer a compreensão e a intervenção nos fenômenos sociais e culturais
bem como dar a oportunidade do aluno exercer sua cidadania na construção
de uma sociedade mais democrática.
A prática reflexiva do orientador em relação a aprendizagem dos alunos
no ensino fundamental não é suficiente para as transformações que estão
ocorrendo, mas é uma condição necessária e que possibilita melhorias para o
aluno enfrentar a complexidade fora da escola.
Assim, o orientador deve auxiliar o trabalho do professor de forma que
este esteja atento em aumentar a cada dia seu conhecimento da cultura e
acessar a teoria de sua imaginação e sua capacidade de improvisação,
observando, planejando e trabalhando a partir dos erros ou dos obstáculos
encontrados na sua vida cotidiana escolar.
Observando os resultados que expõe a pesquisa realizada com a
orientadora educacional na escola pesquisada, compreende-se que o ensino
de qualidade que a sociedade demanda atualmente se expressa através
destes resultados como a possibilidade de o sistema educacional vir a propor
uma prática educativa adequada às necessidades sociais, políticas,
econômicas e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e
as motivações dos alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a
formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar
com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem.
A partir destes resultados pode se concluir que o ensino das ciências
sociais possui fundamental importância na escola, pois é um meio facilitador
para a educação dos alunos e para a formação crítica de cada um em relação
ao meio em que vivem.
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Eunice Soriano. Novas Contribuições da Psicologia aos Processos de Ensino e Aprendizagem. São Paulo: Ed. Cortez, 1992.
ANTUNES, Celso. Professor bonzinho, discente dificil. A questão da indisciplina em sala de aula. 3.ed. Petrópolis — Ri: Vozes, 2002.
BOCK, Ana Mercês Bahia et al Psicologias. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN. Brasília: MEC/SEF, 1996.
BZUNECK, José Aloyseo (org). A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. 2 ed. RJ: Vozes, 2002.
CRESTANI, R. Orientação vocacional, ocupacional e profissional numa escola de ensino fundamental e médio. Em M. Lisboa & D. Soares (orgs.) Orientação profissional em ação: formação e prática de orientadores. São Paulo: Summus, 2000.
FORMIGA, Marcos. Educação para o trabalho. A era do aprender. Jornal do Brasil, janeiro, 1999.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 24. ed.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 158p.
___________. Professora sim, tia não. Cartas a quem gosta de ensinar. 5.ed. São Paulo: Olho d’água, 1996.
GADOTTI, Moacir. Educação e poder: Introdução a Pedagogia do Conflito. São Paulo: Cortez, 1993.
HAYDT, Regina Cazux. Avaliação do processo ensino – aprendizagem. São Paulo: Editora Ática, 1988.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública. A pedagogia critico-social dos conteúdos. 18. ed. São Paulo: Loyola, 1999.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. (Org.) Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. 2. ed. Campinas: Papirus, 1996.
MOISÉS, Lúcia. O desafio de saber ensinar. 8 ed. SP: Papirus, 2001.
NOT, Lowis. Ensinando a aprender: Elementos de psicodidática geral. São Paulo: Summus, 1993.
PARO,Vitor Henrique. Administração escolar: introdução à crítica. São Paulo: Cortez, 1993.
PIAGET, Jean . Psicologia e Epistemologia. Rio de Janeiro: Forense, 1973.
PILLETI, Nelson. Psicologia Educacional. São Paulo: Ática, 2001.
PIMENTA, Selma Garrido. A Construção do Projeto Pedagógico na Escola de 1o. Grau. In: Série Idéias nº8. São Paulo: FDE/ Governo do Estado de São Paulo, 1992.
RIOS, Terezinha A. Significados e Pressupostos do projeto pedagógico. In: Série Idéias nº 15, São Paulo: FDE, 1993.
SKINNER, Burrhus F. Sobre o Behaviorismo. Trad. Maria da Penha Villalobos. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
SOARES, D. O que é escolha profissional. São Paulo: Brasiliense, 2000.
VOLI, Franco. A auto-estima do professor: manual de reflexão e ação educativa. 2 ed. SP: Loyola, 2002.
APÊNDICES
QUESTIONÁRIO
1. Qual a sua graduação?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
2. Qual a importância do orientador educacional para a aprendizagem dos
alunos no ensino fundamental?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
3. O orientador educacional, por meio do seu trabalho, influencia na
aprendizagem dos alunos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
4. Como acontece o acompanhamento dos problemas pedagógicos ou
comportamentais da escola?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
5. Quais as melhorias no processo de aprendizagem dos alunos no Ensino
Fundamental com o trabalho do orientador na escola?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
6. Utiliza variados recursos para o cumprimento de sua função no processo de
aprendizagem dos alunos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
7. A ação coletiva na escola proporciona o bom desenvolvimento da
aprendizagem dos alunos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________