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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM DIDÁTICA DA MATEMÁTICA PARA O ENSINO SUPERIOR – A IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES MATERIAIS Por: Danusa Correia de Andrade Orientador Prof. Mônica Melo Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

DIDÁTICA DA MATEMÁTICA PARA O ENSINO SUPERIOR –

A IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES MATERIAIS

Por: Danusa Correia de Andrade

Orientador

Prof. Mônica Melo

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

DIDÁTICA DA MATEMÁTICA PARA O ENSINO SUPERIOR –

A IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES MATERIAIS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Docência do

Ensino Superior.

Por: Danusa Correia de Andrade

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos e parentes, colegas de

trabalho e estudo.

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DEDICATÓRIA

Ao meu marido e minha mãe que sempre

apóiam minhas escolhas.

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RESUMO

Este trabalho tem como finalidade expor toda a problemática que há em

entender certas fórmulas e expressões matemáticas durante a formação

docente, uma vez que o professor precisa convencer seu aluno de que a

Matemática não é tão difícil e massante quanto se parece para muitos. Nos

ensinos fundamental e médio não há tempo suficiente para tantas

demonstrações afim de que se compreenda o real sentido de uma série de

fórmulas e cálculos matemáticos, porém, no ensino superior se faz necessário

tais demonstrações para que se formem educadores, que visem os princípios e

fins da Matemática, afinal, não se ensina o que se decora e sim o que se

aprende e compreende. Incorporar as demonstrações materiais no percurso da

formação docente em Matemática, criando situações problemas que sejam

resolucionadas com cálculos que por vezes fazemos inconscientemente sem

saber que a Matemática está presente. Fazer com que o discente, no curso de

sua formação, aprenda a demonstrar o uso de fórmulas com a utilização de

matéria física e abstração, o que deixa a aula muito mais atrativa e didática.

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METODOLOGIA

A iniciativa desta pesquisa foi tomada devido a dúvidas apresentadas

durante a graduação com relação ao decoro sem fim de determinadas

fórmulas matemáticas, uma para cada situação.

Os métodos aplicados na construção desta pesquisa foram basicamente

consultas bibliográficas de onde foram extraídas as fórmulas matemáticas e

suas representações, também foram feitos testes práticos com materiais

diversos, os quais as fotografias foram utilizadas neste trabalho, para

comprovação de algumas fórmulas.

Os autores mais importantes para o desenvolvimento deste projeto

foram SELBACH, BELLOS e IEZZI cujo conteúdos de seus livros contribuíram

grandemente no pensamento e abstração deste; também foram extraídas

algumas citações de grandes filósofos matemáticos de websites da internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A MATEMÁTICA PRESENTE NO COTIDIANO –

AS PRINCIPAIS FÓRMULAS E SUAS UTILIDADES 10

CAPÍTULO II - DIFICULDADES EM MATEMÁTICA E SUA GESTÃO NO

ENSINO SUPERIOR 17

CAPÍTULO III – EXEMPLIFICANDO AS FÓRMULAS PARA APRENDIZAGEM 22 CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 46

ÍNDICE 48

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INTRODUÇÃO

O indivíduo que escolhe a profissão docente em Matemática é porque

tem afinidade com números e seus derivados, não havendo grandes

dificuldades no aprendizado da mesma. Porém, a absorção de fórmulas e

conteúdos, nem sempre é completa: aprende-se a calcular mas não a

demonstrar.

A Matemática é uma ciência de caráter hipotético-dedutivo, assim

sendo, necessita certo grau de abstração para seu estudo; é muito comum, em

salas de aula, esta matéria ser ensinada aos alunos apenas com o conteúdo

dos livros e explicada com fórmulas e resolução de exercícios, porém nem

todos os alunos conseguem ter idéias e abstraí-las de forma a entender o

problema proposto.

Uma grande dificuldade em sala de aula é a compreensão de

determinadas fórmulas matemáticas, o real sentido de serem como são, para

tal, a demonstração material ou abstração do tema estudado é de fundamental

importância.

É preciso valorizar as formas dinâmicas de aprendizagem matemática

no ensino superior de forma a compreender grandes fórmulas matemáticas

através de demonstrações, utilizando materiais auxiliares para explicar a

Matemática e facilitar a visualização de tais fórmulas na matéria física.

Fundamental seria o uso da teoria junto à prática, o uso dos livros junto

aos experimentos matemáticos, incorporando situações cotidianas para

demonstrar a usabilidade das teorias. Demonstrar nem sempre é fácil, ocupa

um tempo maior, mas quando isso é incorporado à prática docente, em sala de

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aula, traz bons resultados criando uma abstração matemática nos alunos de

forma que o aprendizado se torne significativo.

A aprendizagem matemática não deve ser considerada difícil,

cansativa ou entediante, esta deve ser tomada como um prazer, como algo

que se torna possível a todo o momento e em todas as coisas. Mais que um

dever, uma necessidade de enxergar a sua utilidade para resolver dos

problemas mais simples em situações cotidianas aos mais complexos por

alguma necessidade ou mesmo curiosidade.

Estudar a Matemática é muito mais do que decorar fórmulas, é o

prazer de enxergá-la no funcionamento das coisas e saber aplicá-la nas mais

diversas situações.

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CAPÍTULO I

A MATEMÁTICA PRESENTE NO COTIDIANO –

AS PRINCIPAIS FÓRMULAS E SUAS UTILIDADES

Pressupõe-se que, desde os primórdios tempos, a humanidade já

possuía certa capacidade de perceber variações de quantidades, seja para

mais ou para menos, em pequenas coleções de objetos. Essa percepção até

mesmo animais a possuem, como algumas espécies de aves que “contam”

seus ovos e mamíferos em geral, que sabem exatamente quando falta um de

seus filhotes.

Como a espécie humana é dotada de inteligência superior, com o

passar do tempo ela se desenvolveu, veio o início da civilização e a contagem

foi se tornando cada vez mais necessária de modo a lidar com conjuntos

maiores de objetos ou seres.

1.1 – A Matemática pré-histórica

Maneiras primitivas de contagem são datadas de cerca de dez mil

anos antes de cristo, no período paleolítico (idade da pedra), com pedras,

riscos em ossos, entalhes em madeiras ou placas de barro e nós em cordas.

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Tíbia de lobo pré histórico descoberta em 1937.

(Fonte: http://otimatematica.blogspot.com, de 11/12/11)

O acúmulo de bens, as trocas de materiais equivalentes, que é a idéia

mais rudimentar de comércio, a criação de animais e ainda a prática da

agricultura necessitavam de algum sistema que os quantificasse, uma vez que

pedras ou nós em cordas já não eram mais suficientes.

A Matemática parte da mais pura e simples necessidade de contar,

expressar quantidades exatas para que se reconheça os ganhos e não haja

perdas.

Os primeiros vestígios da criação da Matemática foram encontrados

nas terras às margens do rio Nilo, são de origem dos povos babilônios e

egípcios, os quais a utilizavam no dia-a-dia para cálculo de áreas de terrenos,

de volumes de silos, impostos sobre lotes de terras e na contagem do tempo.

Grandes invenções egípcias são usadas até os dias atuais como o relógio e o

calendário.

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Modelo de relógio de sol.

(Fonte: http://galeriaphotomaton.blogspot.com/2008/07/relgios-de-sol-1.html)

1.2 – A evolução da Matemática

O tempo passou e a Matemática evoluiu da forma empírica

(experiência prática) para a forma abstrata com os gregos, que interessavam-

se pela investigação da natureza e essência das coisas. A contribuição

matemática dos gregos nos proporcionou os conceitos de números pares,

ímpares, primos, múltiplos e divisores. Seus precursores foram Pitágoras e

Aristóteles.

A partir de então, a Matemática foi dividida em três grandes grupos:

Aritmética (trabalha com as quatro operações matemáticas), Álgebra (maneira

como se faz cálculos) e Geometria (trabalha com medições de formas e

espaços).

Os grandes nomes no campo da Geometria são Talles de Mileto (640

a.C. — 550 a.C.), Pitágoras (570 a.C. — 497 a.C.), Platão (427 a.C. — 347

a.C.), e Euclides de Alexandria (360 a.C. — 295 a.C.); suas descobertas

desvendaram grandes coincidências numéricas no campo físico e visual. A

Matemática grega era basicamente geométrica.

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Talles de Mileto parte da observação racional com o conhecido

“teorema de Talles” onde se compara triângulos encontrando as medidas de

um de seus lados através da proporção.

Todos conhecemos o triângulo retângulo tal qual relacionado ao

“teorema de Pitágoras”. Este nos revela o mistério de dois quadrados menores

e de tamanhos diferentes possuírem a mesma área de um quadrado maior e

todos estes se encaixam perfeitamente com um de seus lados.

A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa

(Fonte: BELLOS, Alex. Alex no país dos números, p.94)

O tatraedro, o cubo, o octaedro, o icosaedro e o dodecaedro são os

sólidos de Platão, todos construídos a partir de polígonos regulares. Ele os

comparava, através de suas deduções, aos elementos da constituição da

matéria: fogo, terra, ar, água, respectivamente, e o último com relação à

totalidade dos outros.

Polígonos regulares

(Fonte: BELLOS, Alex. Alex no país dos números, p.101)

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Sólidos platônicos

(Fonte: BELLOS, Alex. Alex no país dos números, p.102)

Euclides trabalhava sua Matemática com lápis, régua e compasso,

provava que com estes era possível demonstrar a criação e comprovação de

triângulos equiláteros e outras diversas formas geométricas perfeitas, planas

ou tridimensionais.

1.3 – A presença da Matemática

A história nos mostra que toda a evolução da civilização humana está

ligada à evolução da Matemática e vice-versa, pois com o crescimento da

civilização a Matemática se tornou cada vez mais necessária e presente no

cotidiano das pessoas e, caso a Matemática não evoluísse, também a

civilização continuaria primitiva. Uma citação de Jacques Chapellon (1884 -

1973) vem a afirmar esta premissa: “Existe um paralelismo fiel entre o

progresso social e a atividade matemática, os países socialmente atrasados

são aqueles em que a atividade matemática é nula ou quase nula”.

Se não existisse a Matemática não existiriam móveis,

eletrodomésticos, computadores e qualquer outra invenção; a Matemática está

presente desde uma simples receita de bolo até a fabricação de um produto de

alta tecnologia como um i-phone. Para alguns, ela complica, mas sua natureza

é a de explicar.

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A Matemática nos apresenta estratégias para resolver problemas

diversos em nosso cotidiano, em nossa vida prática. Não se atravessa a rua na

frente de um carro sem antes calcular, mental e imperceptivelmente, o tempo

para percorrer este trajeto antes que o carro o alcance.

Já disse René Descartes (1637) que: “A Matemática apresenta

invenções tão sutis que poderão servir não só para satisfazer os curiosos

como, também para auxiliar as artes e poupar trabalho aos homens”.

Na natureza se apresentam as mais diversas formas geométricas, as

quais podem ser explicadas matematicamente, como o crescimento de plantas

com determinada incidência de luz, ou como a curvatura e inclinação de um rio

influenciam em sua correnteza; as estações do ano que são propícias ao

cultivo de determinados alimentos devido à inclinação da Terra em relação ao

Sol.

Até mesmo em uma bola de futebol está presente a Matemática, basta

reparar que ela é formada por hexágonos e pentágonos que se encontram

perfeitamente. Há também outros brinquedos ou jogos de criações bastante

antigas como o quebra-cabeça fifteen, o sudoku, o cubo mágico, o tangran e,

um pouco mais atual, o banco imobiliário.

Tangran

Fifteen

Sudoku

(Fonte: BELLOS, Alex. Alex no país dos números, p.247, 252, 241)

Podemos também encontrar a Matemática na astrologia, astronomia,

previsão do tempo, medicina, nutrição, informática, música, costura... Em todas

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as coisas é possível se provar que existe a presença da Matemática, ou até

mesmo provar a existência de tal coisa através desta ciência. Infinita ela se faz

diante de todo o conhecimento humano.

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CAPÍTULO II

DIFICULDADES EM MATEMÁTICA E SUA GESTÃO NO

ENSINO SUPERIOR

Segundo a linha de estudos da “teoria das inteligências múltiplas”

de Howard Gardner, onde são citados dez tipos de inteligência, são elas:

lógico-matemática (facilidade em contas), lingüística (habilidade com palavras),

espacial (visualização e manipulação de formas e objetos), musical (criar sons

e/ou cantar), corpóreo-cinestésica (boa coordenação motora), intrapessoal

(auto-administração emocional), interpessoal (entende sentimentos alheios),

pictórica (facilidade com pintura e desenho), naturalista (sentir-se parte da

natureza) e espiritual (crença); cada pessoa possui todas estas inteligências,

todavia dispostas em uma escala gradativa decrescente.

Portanto, a pessoa que opta pela graduação em Matemática

certamente possui uma inteligência lógico-matemática maior do que todas as

suas outras nove inteligências. Assim, na universidade se faz unânime a

vontade de aprender todos os ramos desta matéria, ainda que, para uns seja

mais fácil a geometria, para outros a álgebra ou o cálculo.

Contudo, é preciso criar maneiras diversas de explicar temas

matemáticos, pois, na posição futura de professor, em uma sala de aula de

ensino fundamental ou médio, não será unanimidade a inteligência lógico-

matemática predominante.

Apresentar a matemática de forma explicitada, praticada e até

ilustrada, traz a visão do que está sendo feito, do porque de calcular tal coisa e

faz com que fique claro e simples o tema abordado para todas as escalas de

inteligências do público de uma sala de aula.

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2.1 – Grandes dificuldades na docência

Não são muitas as pessoas que gostam de Matemática, é bastante

comum, ao se apresentar como professor desta, que as pessoas se

surpreendam e digam que a matéria é difícil e árdua. Porém, para o professor

é bastante prazerosa; trazer o seu aluno à aula, fazer com que ele

compreenda determinado tema, participe, resolva exercícios, apresente

dúvidas, questione.

Esta matéria já carrega um estigma de insucesso, por isso bastante

temida pelos alunos, é matéria de grande peso curricular e é utilizada por toda

a vida.

De acordo com a pesquisa Relação com o Saber e Matemática, 2004-

2006, feita com alunos do primeiro segmento do ensino fundamental, em São

Cristóvão, área metropolitana de Aracaju (Serjipe), com relação ao porque se

aprende Matemática revela o seguinte resultado:

Concluímos que muitos alunos não sabem por que devem

aprender a matemática. Estudam (quando estudam...)

porque a escola exige, porque a professora ensina,

porque é obrigatório para passar de ano. (...) Outros

alunos conferem sentido à matemática em relação

cotidiana fora da escola (11%) ou dizem que a

matemática é importante para terem um emprego mais

tarde (14%). (SILVA, 2009, p.36)

A exemplo desta pesquisa não é difícil imaginar que o aluno continue

com esse pensamento nos anos seguintes de vida escolar. Exercendo o

magistério, todo docente em Matemática tem essa conclusão: grande parte

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dos alunos não se interessam, não vêem utilidade e, por conta disso, não

gostam da Matemática.

É preciso trazer a matéria ensinada ao campo de conhecimento do

aluno, misturar o que se aprende com sua vida prática: compras no mercado,

troco na padaria, esportes, novela. Ligar a matéria aos níveis de interesse do

aluno criando situações-problema a serem resolvidas coletivamente em sala de

aula com o auxílio do professor.

Após o aluno perceber que pode resolver tais problemas, propor como

tarefa de casa, exercícios parecidos e aumentar o grau de dificuldade sem que

o aluno perceba. Isso o encorajará a concluir suas tarefas, assim estará

aumentando seus conhecimentos com o treino da matéria e trará mais

discussões em sala de aula durante a correção.

Mostra também ao aluno que a Matemática que aprende

não vem pronta em pacote que na sala de aula se

desamarra e apresenta, mas como “refeição” que

coletivamente pode ser construída por alguns, por

diversos e por todos. Uma gostosa refeição. (SELBACH,

2010, p.93)

A Matemática não é apenas uma matéria do currículo escolar, é uma

aprendizagem a ser utilizada por toda a vida, o seu domínio é uma arte, não se

vive sem esta.

2.2 – Didática no ensino superior da Matemática

Ensinar Matemática, como qualquer outro tema, requer dedicação e

esforço, a didática (teoria do ensino) converte essa ciência em matéria de

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ensino, faz com que deixe de ser puramente teorias e cálculos tornando-se

acessível e útil a todos.

Uma boa aula é feita pela ação de alunos e professores em conjunto,

este deve ser um momento privilegiado construído por eles. Porém a aula de

Matemática é a que apresenta o maior nível de desinteresse dos alunos devido

as suas dificuldades em aprendê-la.

Não é apenas o aluno do ensino fundamental ou médio que apresenta

dificuldades em Matemática, também o aluno do ensino superior possui esta

dificuldade, contudo é preciso saná-la e fazer com que ele encontre seu melhor

caminho e obtenha sucesso em sua aprendizagem.

Conhecer a história de vida do aluno, o meio em que vive, seus

conhecimentos prévios em Matemática são itens importantes ao professor para

que ministre sua aula sem subestimar seu aluno e promover uma melhor

construção de seu conhecimento, seja nos ensinos fundamental e médio ou na

graduação.

Todo tema merece dúbia interpretação, que sempre é

possível contextualizá-lo ao mundo em que se vive, que

existem caminhos diferentes para se buscar resposta

(SELBACH, 2010, p.86).

O ensino de Matemática na universidade constitui um processo de

construção do ser crítico e produtor de conhecimento, ele deve propiciar o

domínio de técnicas e habilidades ao discente, este que deve adquirir a

pesquisa como forma de aprender.

Mesmo depois de formado, o professor deve sempre continuar

buscando maneiras cada vez melhores de ensinar sua matéria afim de que

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não se torne maçante ao aluno seu aprendizado, caso contrário, a aula se

torna desprezível e aprendizagem se esvai.

O aluno registra palavras ou fórmulas sem compreendê-

las. Repete-as simplesmente para conseguir boas

classificações ou para agradar ao professor (...) habitua-

se a crer que existe uma “língua do professor”, que tem

de aceitar sem a compreender, um pouco como a missa

em latim. (...) O verbalismo estende-se até às

matemáticas; pode-se passar a vida inteira sem saber por

que é que se faz um transporte em uma operação;

aprendeu-se, mas não se compreendeu; contenta-se em

saber aplicar uma fórmula mágica (PIMENTA e

ANASTASIOU, 2010, p.208).

Da ação de ensinar se decorre a ação de aprender, o ato de ensinar

não pode resumir-se ao momento da aula expositiva, deve também haver o

momento do questionamento; a avaliação não deve valer-se somente da nota,

do quanto se acertou, mas do privilégio de qualificar a aprendizagem dos

alunos verificando onde estão as maiores deficiências e sanando-as com

revisão de conteúdos e novas formas de explicação.

A formação básica do docente em Matemática se deve à graduação,

mas a qualidade de seu trabalho se deve às competências aprendidas na

universidade e, ainda mais, às práticas exercidas ao longo de sua vida

profissional.

O graduando, ou seja, o futuro docente que aprende a Matemática de

forma interativa e atrativa também desenvolverá maneiras novas de ensinar

aos seus alunos. Isso se torna um caminho infinito que tende sempre melhorar

em conformidade com as práticas de ensino aplicadas por ele em sala de aula.

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CAPÍTULO III

EXEMPLIFICANDO AS FÓRMULAS PARA

APRENDIZAGEM

Quando aprendemos algo novo pode ser que fique na memória por

algum tempo, enquanto se tem a necessidade de utilizar tal conhecimento, ou

pode ser tão importante e significativo que se leve para toda a vida, que nos

transforme.

Uma aprendizagem significativa parte do momento em que se cria

situações-problema para exemplificar o tema abordado, é como descobrir uma

nova maneira de perceber coisas que antes não percebia. Para tal, os

conteúdos conceituais com que o professor trabalha, devem ser interessantes,

coloridos, criativos e surpreendentes a fim de buscar a atenção do aluno e, se

possuírem um vínculo com situações reais, isto é, que tais exemplos possam

ser aplicados para resolver problemas da vida prática, isso traz emoção e

sensibilização permitindo assim que a aprendizagem transforme o aluno, que

seja significativa.

Com a Matemática, o processo de aprendizagem não se faz diferente.

As principais fórmulas que se aprende, e que são utilizadas em vários

momentos da vida, como o “teorema de Pitágoras”, o “teorema de Talles”,

cálculos de razão, proporção, juros simples, regra de três, a regra de ouro,

pouquíssimo conhecida mas muito significativa, progressões, somatórios,

arranjos, combinações, permutações e outras.

Com o objetivo de tornar interessante e real tais fórmulas, veremos o

quão possível será a aprendizagem de algumas delas.

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3.1 – Progressões

Em progressões sabemos que sempre partimos de uma sequência

numérica a qual segue algum tipo de regra para existir. Todavia, o estudo das

progressões serve para nos mostrar qual será o próximo elemento dessa

sequência, ou qual será o nonagésimo elemento dessa sequência, ou qual

seria a soma nos vinte primeiros termos desta sequência, tudo isso a partir de

uma razão, sendo esta a regra da sequência.

Podemos trabalhar com dinheirinho de brinquedo para exemplificar

este tema. Vamos utilizar notas fáceis de se calcular: R$ 2,00 e R$5,00. Então

para cada exemplo dado, estaremos inserindo estas notas.

3.1.1 – Progressões Aritméticas – Razão, termo geral e soma dos n

primeiros termos

As progressões aritméticas, como o próprio nome diz, vem da soma,

esta que fará a regra da sequência. Sendo assim, se temos uma sequência (2,

7, 12, 17, 22, ...) já é possível imaginar que a regra para que essa sequência

exista é que sempre se deve somar cada número com cinco para obter o termo

seguinte: 2 (+5), 7 (+5), 12 (+5), 17, e assim por diante. Com esse pensamento

já temos a razão.

Agora, para se achar o termo geral na de uma PA temos a fórmula

( )rnaan .11 −+= , explicando-a através de um exemplo:

Precisa-se saber qual é o sétimo termo da sequência (2, 7, 12, 17,

22,...).

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Se queremos obter o sétimo, precisamos ter o primeiro e somar com

seis vezes a razão. Temos dois reais, este é o 1a , o primeiro termo, até chegar

no sétimo precisamos andar mais seis casas e, para cada casa, adicionamos

uma nota de cinco reais:

__,__,__,__,__,__,2 555555 ++++++

Por isso a fórmula ( )rnaan .11 −+= à ( )raa .617 += à ( )5.627 +=a à

3027 +=a à 327 =a .

Já vimos a razão, o termo geral e finalizaremos PA com a soma dos n

primeiros termos.

Pretende-se somar estes sete primeiros termos, se soubermos o

primeiro e o sétimo já poderemos adivinhar o valor da soma.

Reparemos que sempre que somamos os termos simétricos obtemos o

mesmo resultado:

+

34

3202

+

34

2707

+

34

2212

+

34

1717

+

34

1222

+

34

0727

+

34

0232

Assim, ao somarmos dois números simétricos, no caso, o primeiro e o

sétimo, dividimos o resultado por dois: ( )2

71 aa +. Após isso, basta multiplicar

pela quantidade de termos que desejamos somar nesta sequência: ( )

7.2

71 aa +.

Vejamos com o exemplo de uma pilha de moedas formando um

triângulo:

6 casas andadas

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(Fonte: ANDRADE, 2012)

Basta somar a primeira carreira com a última: 761 =+ , dividir esse

resultado por dois: 5,327 =÷ , e multiplicar pela quantidade de carreiras:

2165,3 =× .

Ou mais fácil, somamos a primeira carreira com a última: 761 =+ , e

multiplicamos o resultado pela metade das carreiras: 2137 =× . Se contarmos

uma a uma as moedas obteremos o mesmo resultado.

3.1.2 – Progressões Geométricas – Razão e termo geral

Nas progressões geométricas trabalhamos com a multiplicação do

primeiro termo por um número que será a regra de formação desta sequência,

ou seja, a razão que agora é representada por q:

( ),...162,54,18,6,2 33333 ×××××

Dessa maneira, calculando um termo geral, no caso, deseja-se o

terceiro termo, justificaremos a maneira de encontrá-lo: começamos sabendo

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que o primeiro termo da sequência é o 2, então, até chegar ao terceiro termo

desta temos que multiplicar pela razão, que é 3, duas vezes.

Observemos com moedinhas:

(Fonte: ANDRADE, 2012)

Começamos com 21 =a , até chegar ao 3a tivemos que multiplicar pela

razão duas vezes, dessa forma multiplicamos por 23 , obedecendo assim à

fórmula 11.

−= nn qaa .

3.2 – Matemática Financeira

Este ramo da Matemática se utiliza de frações para calcular razão,

proporção, porcentagem e juros os quais se aplicam a dinheiro, neste tópico

não será trabalhará com dinheiro mas com objetos simples para uma melhor

visualização.

3.2.1 – Razão e proporção

Quando procura-se a razão entre dois valores, na verdade está se

buscando uma relação entre eles. Exemplo: Uma empresa abriu 20 vagas de

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27

trabalho, onde 50 pessoas se candidataram para concorrer a uma destas

vagas. Qual a razão entre o número de vagas e o de candidatos?

Dizemos que há 20 vagas para cada 50 candidatos ou 5020

, e ainda

simplificando por dez, 52

candidatosvagas

. Ou seja, para cada duas vagas há cinco

candidatos, visualmente cada potinho representa a vaga e cada grão de feijão,

o candidato:

(Fonte: ANDRADE, 2012)

Se fosse ao contrário, pedisse a razão entre o número de candidatos e

o número de vagas seria 25

vagascandidatos

.

Já a proporção trabalha diretamente com a razão, utilizando este

exemplo de vaga/candidato basta aumentarmos o número de vagas que

proporcionalmente o número de candidatos vai aumentar também:

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28

(Fonte: ANDRADE, 2012)

Assim, vimos que 52

é proporcional a 156

.

3.2.2 – Porcentagem

A porcentagem, um pouco diferente do que se vê nos livros, pode ser

facilmente explicada e visualizada da seguinte maneira: com um círculo

desenhado e recortado em um pedaço de E.V.A. e dividido em dez partes,

assim, se cada parte vale 10%, teremos 100% no círculo inteiro.

Para cada 10% que for representar, basta cobrir uma parte do círculo

e, para 15%, cobre-se uma parte e meia.

Triplicou o número de vagas: 3 x 2 = 6

Triplicou o número de candidatos: 3 x 5 = 15

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29

(Fonte: ANDRADE, 2012)

Este é um meio prático de se visualizar a idéia de porcentagem, outra

idéia é fazer com dinheiro de brinquedo, juntando várias notas até obter cem

reais, depois o professor pede, por exemplo, 22% dos cem reais e o aluno terá

que retirar vinte e dois reais dos cem que possui. Na sequência, introduzir

múltiplos e submúltiplos de dez.

3.2.3 – Juros simples

Os juros simples é o rendimento de uma aplicação financeira, sua

fórmula é niCJ ..= , onde J (juros), C (capital), i (taxa de juros) e n (tempo). Se

ultrapassarmos a data de vencimento de uma conta, a pagaremos com juros,

dessa maneira podemos calcular o valor que iremos pagar determinada conta

após seu vencimento.

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30

Como sugestão em sala de aula, cada aluno pode levar uma conta de

luz, por exemplo, e com o auxílio do professor calcularão o valor a ser pago

após n dias do vencimento. Isso traz o aluno à realidade de seu tempo e faz

com que ele veja a Matemática ser utilizada em sua vida prática.

3.3 – Análise Combinatória

Trabalhar com possibilidades e hipóteses é o que se faz em análise

combinatória, nesta se consegue adivinhar a quantidade de chances de acertar

um número jogando-se um dado, de maneiras diferentes de agruparem-se

pessoas e outras coisas mais.

3.3.1 – Fatorial e Permutação – Troca de posição sem repetição

Vamos pensar que temos em uma sala de aula três alunos, eles

precisam apresentar seus trabalhos, mas não sabemos qual ordem de

apresentação seguir. Podemos começar com o aluno A, seguir com o B e

fechar com o C. Mas podemos mudar essa sequência: ACB, BAC, BCA, CAB e

CBA. Com isso temos seis possibilidades de troca de posição.

Bem, com apenas três alunos é fácil permutar. Agora vamos imaginar

essa situação com um número um pouco maior, cinco alunos: A, B, C, D e E.

Quantas seriam as permutações possíveis para a ordem de apresentação

destes alunos?

Para isto basta que multipliquemos uma seqüência numérica crescente

que parte do 1 ao 5. Exemplo: 12054321 =xxxx . Assim fica prático saber o

número de possibilidades de se trocar de posição sem repetir, multiplicando a

partir do número 1 até o número final.

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31

Essa contagem é chamada de fatorial e escreve-se desta forma

12012345!5 == xxxx .

Agora vamos verificar na prática como fica essa permutação de

elementos com as cinco letras:

BCCB

D

BD

DBC

CD

DCB

E

BC

CBE

BE

EBC

CEEC

B

D

BDDB

E

BE

EBD

DE

EDB

C

CD

DCE

CE

ECD

DEED

C

B

A

AC

CAD

AD

DAC

CD

DCA

E

AC

CAE

AE

EAC

CE

ECA

D

AD

DAE

AEEA

D

DEED

A

C

CDDC

E

CEEC

D

DE

EDC

A

B

AB

BAD

AD

DAB

BD

DBA

E

AB

BAE

AE

EAB

BE

EBA

D

AD

DAE

AE

EAD

DE

EDA

B

BD

DBE

BE

EBD

DE

EDB

A

C

AB

BAC

AC

CAB

BC

CBA

E

AB

BAE

AE

EAB

BE

EBA

C

AC

CAE

AE

EAC

CE

ECA

B

BC

CBE

BE

EBC

CE

ECB

A

D

AB

BAC

AC

CAB

BCCB

A

D

AB

BAD

AD

DAB

BDDB

A

C

AC

CAD

AD

DAC

CDDC

A

B

BC

CBD

BD

DBC

CDDC

B

A

E

Repare que o número de letras vai diminuindo como na multiplicação

decrescente e é possível visualizar todas as pemutações possíveis e contá-las

na última fileira. Para poupar trabalho, poderíamos ter todas essas letras em

cartões e colá-los ao quadro para exemplificar.

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32

3.3.2 – Arranjo – Agrupando elementos como se queira

No caso do arranjo, variamos um pouco a permutação: nesta,

mudamos de posição todos os elementos do grupo, já no arranjo, formamos

subgrupos de número reduzido de elementos e mudamos de posição todos os

elementos destes subgrupos.

Vamos fazer um arranjo de quatro elementos (1, 2, 3 e 4) e tomá-los

de dois a dois:

( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )3,4;2,4;1,4

;4,3;2,3;1,3

;4,2;3,2;1,2

;4,1;3,1;2,1

. Assim verificamos a existência de doze

subgrupos. O mesmo verificamos na fórmula para arranjo de n elementos

tomados de k a k: ( )!!

, knn

A kn −= à ( ) 123.4

!2!2.3.4

!2!4

!24!4

2,4 ====−

=A

Com cartões e números escritos neles, colamos na lousa desta forma

de modo a explicar:

4

3

2

1

4

3

1

2

4

2

1

3

3

2

1

4

Vejamos um arranjo de cinco elementos tomados de três a três:

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33

4

3

2

5

5

3

2

4

5

4

2

3

5

4

3

2

1

4

3

1

5

5

3

1

4

5

4

1

3

5

4

3

1

2

4

2

1

5

5

2

1

4

5

4

1

2

5

4

2

1

3

3

2

1

5

5

2

1

3

5

3

1

2

5

3

2

1

4

3

2

1

4

4

2

1

3

4

3

1

2

4

3

2

1

5

Observamos que o k é quantas colunas fazemos para cada n

elementos.

3.3.3 – Combinação – Conjuntos que não se repetem

A combinação é um arranjo onde não há repetição de elementos em

dois grupos. Se no arranjo podia existir os grupos (1,2) e (2,1), agora na

combinação apenas um deles pode existir.

No nosso alfabeto possuímos um conjunto de cinco vogais (a, e, i, o,

u), agora vamos combiná-las em subgrupos de dois elementos e eliminar os

que as letras se repetem:

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )ouiueuau

uoioeoao

uioieiai

ueoeieae

uaoaiaea

,;,;,;,

;,;,;,;,

;,;,;,;,

;,;,;,;,

;,;,;,;,

à

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( )( )uo

uioi

ueoeie

uaoaiaea

,

;,;,

;,;,;,

;,;,;,;,

à 10 combinações

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34

Comprovamos pela fórmula matemática de combinação de n

elementos tomados de k a k: ( )!!!

, knkn

C kn −= à

( ) 10220

!3.2!3.4.5

!3!2!5

!25!2!5

2,5 ====−

=C combinações possíveis.

Podemos testar ver essas combinações colocando os elementos do

grupo em um círculo e verificando quantas ligações entre os elementos podem

ser feitas dentro deste círculo, veja:

No geoplano cartesiano podemos representar esse círculo e colocar

elásticos para representar as ligações, assim contamos a quantidade de

elásticos utilizados. Porém, esse tipo de exemplo só serve para k = 2.

Aumentaremos o valor de k. Vamos combinar cinco números tomados

de três a três, lembrando que na combinação os elementos de um subgrupo

não podem se repetir:

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35

5

54

5

543

5

54

5

43

2

5

54

5

43

5

4

3

2

1

Verificamos, de acordo com a terceira coluna formada, que são dez

combinações possíveis.

E se combinarmos os mesmo cinco elemento tomados de quatro a

quatro:

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36

5

54

5

543

5

54

5

543

2

5

54

5

543

5

54

5

43

2

1

Podemos verificar na quarta coluna que são cinco combinações

existentes.

3.4 – Probabilidade

Não podemos prever o futuro, mas com o cálculo da probabilidade é

possível saber o número de chances de se acertar uma previsão. Seja em

tentativas simples com moedas, dados, cartas de baralho ou bolas em uma

urna ou em jogos arriscados como loterias, a matemática não nos diz a

resposta, mas nos coloca a frente do real número de chance de acertarmos em

nosso palpite.

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37

O material mais comum para se explicar probabilidade é o dado, por ser

muito prático de se ter em mãos e conhecido perfeitamente por qualquer

pessoa que goste de jogos ou não.

3.4.1 – Probabilidade com dado

Então vamos ao exemplo prático de probabilidade utilizando um dado:

Lançamos um dado e observamos o número da face voltada para cima.

Qual a probabilidade de esse “número ser o 6”?

A resposta é bem prática, se o dado tem seis lados e apenas um pode

ser o de número 6, então seria uma em seis: 61

.

Mas, se ao lançarmos o dado, desejarmos que o evento, ou seja, a face

voltada para cima seja “um número múltiplo de 3”?

Desmembrando o dado acharemos nosso espaço amostral ( Ω ):

As seis faces, sendo n( Ω ) = 6.

Agora nosso evento favorável (E):

As faces com os números múltiplos de três que são, n(E) = 2.

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38

Sendo assim, temos duas chances em seis possibilidades, 62

,

simplificando, 31

.

3.4.2 – Probabilidade com moeda

Agora vamos utilizar uma moeda e, com cartões, montar um diagrama

de possibilidades.

Ao lançarmos uma moeda três vezes sucessivamente, qual a

possibilidade de observarmos apenas “uma cara”?

Vamos montar um diagrama de possibilidades, utilizando cartões com

as letras escritas, nos três lançamentos da moeda, denominaremos cara (k) e

coroa (c):

)(

)(

)(

)(

)(

)(

)(

)(

CCCC

CCKKC

CKCC

CKKKK

C

KCCC

KCKKC

KKCC

KKKKK

K

→→

→→

→→

→→

O evento que desejamos é onde há uma cara (k), sendo assim,

podemos obter três eventos favoráveis: (kcc), (ckc) e (cck), em um espaço

amostral de oito acontecimentos: (kkk), (kkc), (kck), (kcc), (ckk), (ckc), (cck) e

(ccc). Respondendo: 83

.

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39

Sempre visualizamos o espaço amostral e dele retiramos os eventos

favoráveis e chegamos à fórmula possíveiscasosdenúmerofavoráveiscasosdenúmero

nEn

EP______

)()(

)( =Ω

= .

De qualquer maneira é um jeito simples de introduzir as probabilidades

de maneira visível, não fugindo às regras da fórmula.

3.5 – Geometria

Ramo da Matemática que trabalha com a abstração espacial, é o que

mais se pode exemplificar, o que mais se apresenta a nossa percepção, está

presente em toda forma física e, apesar de tudo, nem sempre se consegue

fazer com que o aluno enxergue a Geometria facilmente, sendo assim, fazer

experimentos se torna de grande valia.

3.5.1 – Pitágoras

O teorema de Pitágoras é famoso, muito conhecido, qualquer um pode

recitar que “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da

hipotenusa”, agora visualizando isso:

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40

(Fonte: ANDRADE, 2012)

Para cada um dos lados do triângulo, foram construídos quadrados

projetados neles. Assim comprovamos que se somarmos os quadrados de

cada cateto, neste caso 36 e 64, obteremos 100 que é o quadrado do valor da

hipotenusa. Comprovando a fórmula 222 cba += à 222 8610 += à 6436100 += .

Foi utilizado E.V.A. na construção do triângulo retângulo e dos

quadrados.

3.5.2 – Talles

O teorema de Talles trabalha com proporção, esta pode ser uma

atividade feita fora da sala de aula sob a luz do sol, mas se não for possível,

pode-se apagar as luzes da sala e acender uma lanterna para fazer sombra.

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41

(Fonte: ANDRADE, 2012)

Um objeto qualquer, neste caso uma garrafa, foi colocado na frente da

lanterna e com uma régua de 15 cm seguiu-se sua sombra até que chegasse à

mesma altura. Agora, pela proporção, pode-se calcular a altura da garrafa:

(Fonte: ANDRADE, 2012)

réguasombragarrafasombra

réguaalturagarrafaaltura

__

__

= à2027

15=

2015.27

=x à 25,20=x

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42

3.5.3 – Regra de ouro

Esta é uma parte muito interessante da Matemática, ela é pouquíssimo

utilizada mas nos proporciona grandes descobertas com relação a um

determinado número, o ϕ (fí), que vale 1,618, também conhecido como razão

áurea e divina proporção.

A regra de ouro descreve a razão BA

proporcional a razão ABA +

, ou

seja, ABA

BA +

= .

Esta razão pode ser comprovada em uma estrela de cinco pontas, ou

pentagrama, que era o símbolo da Fraternidade Pitagórica por sua perfeição

em proporcionalidade.

(Fonte: BELLOS, Alex. Alex no país dos números, p.305)

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A regra de ouro também é encontrada no nosso corpo, pode-se

verificar que a medida do umbigo ao pé dividida pela medida do umbigo à

cabeça é igual a 1,618 que é a mesma encontrada entre a medida da altura

dividida pela medida do umbigo ao pé.

Outras curiosidades onde o valor de fí é encontrado:

• A altura do crânio e a medida da mandíbula até o alto da cabeça; • A medida da cintura até a cabeça e o tamanho do tórax; • A medida do ombro à ponta do dedo e a medida do cotovelo à ponta do

dedo; • O tamanho dos dedos e a medida da dobra central até a ponta.

Leonardo da Vinci faz uma comparação da perfeição humana quanto à

proporção e simetria do corpo com o “Homem Vitruviano”.

O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci. As idéias de

proporção e simetria aplicadas à concepção da beleza humana.

(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Propor%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1urea)

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As curiosidades matemáticas não se bastam, quanto mais se

descobre, mais tem-se a descobrir. O importante é fazer com que a

Matemática torne-se interessante e usual para que qualquer um possa

aprendê-la.

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CONCLUSÃO

A abstração matemática não se faz sozinha no aluno, é preciso um

estímulo, algo que torne a aula mais interessante e prática, fugindo da

memorização de fórmulas e permitindo o entendimento de tais.

Buscar o interesse dos alunos em uma aula de Matemática pode ser

uma tarefa bastante árdua, uma vez que nem todos têm facilidade com

números, cálculos e fórmulas, para estes, uma simples soma de quadrados já

causa repulsa.

Este trabalho serve de sugestões no curso de um trabalho docente, a

fim estimular os futuros docentes a criarem maneiras de otimizar a

aprendizagem de seus alunos. Espera-se que as aulas de Matemática deixem

de seguir o estigma de difícil e maçante para tornarem-se atrativa e funcional,

pois, como sendo uma ciência hipotético-dedutiva, seu aprendizado requer um

nível de abstração um tanto quanto alto.

A Matemática é considerada a engrenagem da humanidade, assim

como nos primórdios da civilização, onde a Matemática era utilizada apenas

para quantificar, até hoje esta ciência se faz de grande importância e valia, ela

que move a evolução humana, pois com ela se trabalha das mais simples

questões cotidianas como ir ao mercado às mais complexas como construir um

edifício com resistência a terremotos.

Devido à grande importância da Matemática, o seu estudo se faz de

extrema necessidade, visto que esta ciência hipotético-dedutiva é base para as

demais, tais como Física, Química, Biologia, entre outras. Com o estigma de

ser uma matéria difícil, cabe ao professor demonstrar aos alunos sua beleza e

importância.

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46

Há um grande preconceito dos alunos quanto à Matemática, esta

carrega consigo o peso de freqüentes insucessos, herdados e transmitidos

geração pós geração: o avô já dizia que Matemática era difícil, o pai também o

dizia, assim também, o filho já começa a dizer sem mesmo antes

experimentar.

Assim, o professor tem como missão encontrar as melhores maneiras

de apresentar a Matemática aos seus alunos e estimular seu conhecimento de

formas diferentes de modo a abranger os variados perfis cognitivos presentes

em sua classe.

A demonstração material vem como auxílio ao professor desejando

tornar sua aula mais didática e experimental, trazendo a curiosidade e atenção

do aluno, criando um elo entre a teoria apresentada e a prática usual.

Este projeto desenvolvido contém apenas uma pequena amostra de

como professores podem demonstrar a Matemática realizando experiências,

testando-as, estabelecendo relações entre conceitos e permitindo ao seu aluno

ver esta matéria com mais tranqüilidade e segurança.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos.

Docência no Ensino Superior. 4ª edição. São Paulo: Cortez, 2010.

BELLOS, Alex. Alex no país dos números. 1ª reimpressão. São Paulo:

Companhia das Letras, 2011.

EZENSBERGER, Hans Magnus. O diabo dos números. 16ª reimpressão. São

Paulo: Companhia das Letras, 2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 39ª edição. São Paulo: Paz e Terra,

1996.

IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo, MACHADO, Antônio. Matemática e

Realidade – 6º ao 9º ano. 6ª edição. São Paulo: Atual, 2009.

SILVA, Veleida Anahí da. Por que e para que aprender matemática. São

Paulo: Cortez, 2009.

Vários autores; SELBACH, S. (supervisão geral). Matemática e Didática –

coleção Como Bem Ensinar – Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

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48

WEBGRAFIA CONSULTADA

http://galeriaphotomaton.blogspot.com/2008/07/relgios-de-sol-1.html

em 16/12/2011

http://otimatematica.blogspot.com/

em 16/12/2011

http://pensamentos2010.files.wordpress.com/2010/11/sol-relogio.jpg

em 20/12/2011

http://www.somatematica.com.br/frases2.php

em 20/12/2011

http://pt.wikipedia.org/wiki/Propor%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1urea

em 17/01/2012

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A Matemática presente no cotidiano –

As principais fórmulas e suas utilidades 10

1.1 – A Matemática pré-histórica 10

1.2 – A evolução da Matemática 12

1.3 – A presença da Matemática 14

CAPÍTULO II

Dificuldades em Matemática e sua gestão no

ensino superior 17

2.1 – Grandes dificuldades na docência 18

2.2 – Didática no ensino superior da Matemática 19

CAPÍTULO III

Exemplificando as fórmulas para aprendizagem 22

3.1 – Progressões 23

3.1.1 – Progressões Aritméticas –

Razão, termo geral e soma dos n primeiros termos 23

3.1.2 – Progressões Geométricas –

Razão e termo geral 25

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3.2 – Matemática Financeira 26

3.2.1 – Razão e proporção 26

3.2.2 – Porcentagem 28

3.2.3 – Juros simples 29

3.3 – Análise Combinatória 30

3.3.1 – Fatorial e Permutação –

Troca de posição sem repetição 30

3.3.2 – Arranjo –

Agrupando elementos como se queira 32

3.3.3 – Combinação –

Conjuntos que não se repetem 33

3.4 – Probabilidade 36

3.4.1 – Probabilidade com dado 37

3.4.2 – Probabilidade com moeda 38

3.5 – Geometria 39

3.5.1 – Pitágoras 39

3.5.2 – Talles 40

3.5.3 – Regra de Ouro 42

CONCLUSÃO 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

WEBGRAFIA CONSULTADA 48

ÍNDICE 49