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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE DESENVOLVIMENTO MOTOR COMO ESTÍMULO PARA A FALA E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL Por: WALESKA SANTIAGO TORRES Orientador Prof. Ms. MARY SUE PEREIRA Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

DESENVOLVIMENTO MOTOR COMO ESTÍMULO PARA A

FALA E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por: WALESKA SANTIAGO TORRES

Orientador

Prof. Ms. MARY SUE PEREIRA

Rio de Janeiro

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2006

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

DESENVOLVIMENTO MOTOR COMO ESTÍMULO PARA A

FALA E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Objetivos: Monografia apresentada ao Projeto a Vez

do Mestre – Universidade Cândido Mendes como

parte dos requisitos para a obtenção do grau de

especialista em Educação Infantil e Desenvolvimento.

Por.: Waleska Santiago Torres

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos mestres e colegas por

terem compartilhado com seus

conhecimentos e experiências dentro e

fora da sala de aula. E, especialmente

às crianças que foram grande fonte de

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inspiração para a conclusão deste

trabalho.

EPÍGRAFE

“ A educação faz um povo fácil de ser

liderado, mas difícil de ser dirigido; fácil de

ser governado, mas impossível de ser

escravizado.”

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Henry Peter

DEDICATÓRIA

Ao meu marido, Marcos por ser meu

grande influenciador e motivador nas

minhas descobertas, contribuindo sempre

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para o meu engrandecimento pessoal e

profissional.

RESUMO

A importância da Educação Infantil vem crescendo a cada dia e novas

descobertas sobre o tema tem feito com que educadores e pais queiram buscar

técnicas pedagógicas para compreenderem melhor o desenvolvimento cognitivo,

afetivo e psicomotor da criança.

Num mundo cheio de cores e estímulos, a criança precisa expressar-se

verbalmente. Mas como fazê-lo? A criança é apta a comunicar-se sem som e

movimento? O ato motor pode funcionar como estímulo para a fala e

aprendizagem na Educação Infantil?

Muitos destes questionamentos estão presentes em nossas salas de aula,

portanto, não se trata de uma realidade distante. O conteúdo deste estudo

destinará a solucionar as freqüentes dúvidas relacionadas a este tema. Sabendo

que o ser humano vive em constante mudança, a pesquisa científica está,

também , constantemente à caminho de uma nova descoberta.

Trataremos, então, aprofundarmos nos estudos previamente realizados,

constando de uma revisão bibliográfica, respeitando o conteúdo e seus

respectivos autores.

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METODOLOGIA

O presente estudo foi elaborado através de pesquisa bibliográfica, colen

do informações, que, através de uma revisão bibliográfica, tornou-se como base

para o desenvolvimento de todo o trabalho em si. Foram realizadas leituras

preliminares em revistas de conteúdo científico, jornais e websites direcionados

ao assunto proposto pela monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

DA LINGUAGEM 11

1.1- Primeiros Gestos 12 1.2 – Linguagem Corporal 13 CAPÍTULO II - A PSICOMOTRICIDADE E A FALA

NA PRÉ-ESCOLA 14 2.1 – Etapas do Desenvolvimento Motor 17 2.2 – O Desenvolvimento e a Psicomotricidade Infantil 19 CAPÍTULO III – O ATO MOTOR E A LINGUAGEM

VERBAL 22

CONCLUSÃO 26

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 27

ANEXOS 28

ÍNDICE 31

FOLHA DE AVALIAÇÃO 32

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INTRODUÇÃO

Aprender a falar tem sido algo que há muito instigam pais e educadores.

Segundo Piaget, o desenvolvimento da linguagem dar se por etapas. Etapas

estas que devem ser seguidas de acordo com a idade cronológica da criança. A

aquisição da linguagem dos seres humanos é tão natural quanto a aprendizagem

motora. Helen Bee (2003), explica que a linguagem originou-se nos gestos, e que

tais evidências vem das mais diversas áreas, como a lingüística, a biologia

molecular, a primotologia e a neurosciência.

Por outro lado, Piaget discorda pois o desenvolvimento da linguagem

condicionada ao desenvolvimento da inteligência e, mais especificamente, à

superação da inteligência sensóriomotora. Descartando a possibilidade que

através do ato motor não haja influência na aprendizagem da fala pelo

movimento.

Cada autor defende a tese em que a aquisição de conhecimentos dar-

se tanto pelo aspecto cognitivo quanto pelo sensóriomotor. A fala e o ato motor

estão concatenados para a construção de uma aprendizagem segura,

hipoteticamente, formando um futuro adulto capaz e saudável dentro do âmbito

emocional e intelectual do mesmo.

No entanto, é importante entendermos que deve-se levar em conta os

diferentes ritmos das crianças e o tempo que cada uma delas leva para a

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aquisição e construção da linguagem. Assim, também, a sua condição física

para que possa assimilar as atividades psicomotoras propostas com destreza e

segurança em cada uma de suas ações.

Como objetivo geral deste estudo, pretende-se:

Apontar os fatores positivos e verdadeiros que exemplifiquem as

pesquisas realizadas sobre o tema proposto. Assim como focar a questão do

ato motor como fator importante no desenvolvimento da fala pelo movimento.

Especificamente, desvelar as formas de linguagem e a importância do

ato motor como fator motivante para aprendizagem da fala na Educação Infantil.

Hipotéticamente, parte-se da idéia de que crianças que se movimentam

mais cedo, desenvolverão a linguagem mais rápido.

A metodologia deste trabalho deverá empreender uma revisão

bibliográfica, onde será exposta várias definições sobre a aprendizagem da fala

pelo movimento, fundamentando a base conceitual que permitirá atender os

objetivos.

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CAPÍTULO I

ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

Desde os primórdios, a linguagem verbal, segundo pesquisadores, ainda

tem sido um grande mistério. Dúvidas como: O que tentamos explicar com a

linguagem? ou, Ela é governada por regras? Ou então, cada linguagem tem

certas regras para reunir símbolos separados? Podemos combinar língua com

símbolos? A respostas concretas para estas indagações ainda são duvidosas,

porém existe algum ponto de verdade para tais soluções. Portanto, dentro deste

contexto, a linguagem é criativa. E quando falamos uma língua, combinamos

símbolos e novas maneiras de criar novos significados.

Já Helen acrescenta:

“ Alguns outros animais, principalmente os primatas

como os chimpanzés, por exemplo, e possivelmente

outros mamíferos como os golfinhos, também podem

aprender a usar sistemas de sons ou gestos da maneira

simbólica que definimos como linguagem” (HELLEN

BEE, 2003, p.230).

Voltando para os seres humanos, os recém nascidos ainda não são

capazes de juntar sons e símbolos. Este é um processo gradual para nós,

humanos. Pois para os bebês, o som não possui um sentido de linguagem.

Portanto sons e gestos durante a fase pré-lingüística estão intimamente

relacionados à emergência das primeiras palavras.

Ainda, segundo Helen Bee, pesquisadores descobriram que bebês,

com 1 e 2 meses, são sensíveis aos padrões de entonação e estresse da fala

que estão escutando. Pois bebês de 5 meses sorriem mais quando ouvem

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gravações de adultos dizendo alguma coisa num tom aprovador do que quando

falam num tom proibitivo. Seja em qualquer idioma.

Contudo, diferentes entonações já são uma forma de despertar o

desenvolvimento de um repertório, mesmo que ainda de forma rudimentar.

Já aos 6 ou 7 anos, começa uma combinação de sons de vogal,

formando uma espécie de sílaba. Então, nessa idade, os bebês brincam com

esses sons. O que será uma importante preparação para a linguagem falada.

1.1 – Outros gestos

Por volta dos 9 ou 10 meses, dar-se início a um processo

desenvolvimental de linguagem gestual. Quando, pela primeira vez, vemos bebês

“exigindo” ou “pedindo” através de gestos e sons. Quando uma criança aponta

para um brinquedo e faz sons que sinalizam o seu objeto de desejo, então sua

vontade foi atendida. E ela repetira este mesmo processo, até dominar as

palavras por completo fazendo este tipo de associação.

Portanto, antes de falar suas primeiras palavras, o bebê consegue usar

consistentemente a linguagem gestual e corporal para comunicar significado. Por

isso, devemos estar atentos aos seus pedidos e prontamente realizamos “sua

presente vontade”. E, também, assim que ela apontar para o objeto desejado, é

importante que nomeamos tal objeto. Por exemplo: a criança aponta para a

boneca e emite algum som. Então, devemos reforçar: BONECA. Você quer a

BONECA?

Outro fator importante, é quanto a diferença na velocidade do

desenvolvimento do vocabulário e da gramática, diferenças explicadas pela

hereditariedade e pelas influências ambientais. Portanto, apesar destas

variações, foi observado que a maior parte das crianças de 4 a 5 anos de idade,

aprenderam a falar bem.

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1.2 – Linguagem Corporal

A linguagem verbal é desenvolvida e praticada pelas crianças que

podem articular sons com clareza. E quanto as crianças portadoras de

deficiência auditiva? Enquanto a criança “normal”, em seu processo de

aprendizagem da fala quer algo, ela aponta para o seu objeto de desejo. A

criança que não pode ouvir, faz o mesmo, porém com uma diferença, ela nunca

saberá, verbalmente o significado daquele objeto, mas sim, através da linguagem

de sinais.

Portanto, segundo pesquisas realizadas neste campo, os estudos

lingüísticos recentes provaram que as linguagens de sinais não são menos

expressivas do que a fala. São sistemas de comunicação complexos, dotado de

uma síntaxe sofisticada e capazes de elaborar os conceitos mais abstratos.

Outros estudos demonstraram que a linguagem envolve muitas áreas do

cérebro, algumas inclusive abaixo do córtex, em centros nervosos responsáveis,

também, por funções motoras.

Estudos comprovam que a criança se auto percebe dentro de um a ação

conjunto, com isto, é importante fazer com que ela partilhe de situações comuns à

adultos. A atenção partilhada, por sua vez, desenvolverá conceitos como

tópico/comentário, uma das maneiras de expressar sujeito/ predicado. O adulto,

numa fase pré-verbal, focaliza um ponto de atenção qualquer, espera que a

criança de grandes sacadas e pequenas olhadelas. Isto é, a criança participa de

esquemas onde se focaliza ou topicaliza para depois se comentar ou predicar.

Noções de ação completa ou realizada versus ação não-completada,

que serão responsáveis pelas marcações de tempo e aspecto nas línguas

Trataremos adiante do processo psicomotor como aliado no

desenvolvimento da linguagem propriamente falada.

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CAPÍTULO II

A PSICOMOTRICIDADE E A FALA NA PRÉ-ESCOLA

A criança na pré-escola está cercada de inúmeros estímulos para que

seu desenvolvimento seja completo. Com isto, sua vivência corporal deve ser

cada vez mais, enfatizada durante as atividades que requeiram determinados

objetivos.

Aproveitando a curiosidade e sua ativez natural, a criança na pré-escola

quer pegar tudo: Descobre a si mesma como alguém que tem boca, mãos, pés,

olhos, ouvidos e é capaz de usa-los.

Com isto, a Escola possui um valor expressivo, pois será o ambiente que

favorecerá este desenvolvimento de uma forma abrangente e específica.

Aproveitando essas habilidades naturais, e dar continuidade à esta

aprendizagem, a Escola deve, também, valorizar a experiência direta, o contato

com o concreto, a ativação dos sentidos, a valorização do corpo.

Os professores devem fazer com que a rotina dessas crianças seja cada

dia de forma diferente. O professor deverá estar atento quanto a integridade

física da criança, permitir maior ou menos liberdade de investigação,

estabelecendo os limites para o movimento exploratório da criança.

Para que a mesma tenha um bom desenvolvimento psicomotor, é preciso

que sejam respeitadas as etapas que se seguem durante o desenvolvimento da

criança. E para que se consiga uma base psicomotora, a Escola deve

estabelecer estas bases para futuras aprendizagens.

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Com isto, Costallat afirma:

“ A psicomotricidade efetiva a teoria através das vivências,

do sentir, para podermos utilizar sua prática de forma

cosciente.” (COSTALLAT, 2002, PAG.21).

Para que haja um entendimento de sua auto percepção, a criança em

desenvolvimento deverá ser capaz de entender que além de relacionar-se com si

próprias, elas deverão relaciona-se, também, com o mundo ao seu redor.

Através desta comunicação corporal, a criança será inserida no mundo

como um agente transformador e participativo de ações corporais, gerando

conhecimento.

Segundo Gonzáles, afirma que:

“ A primeira infância constitui uma etapa com

características próprias vinculadas ao desenvolvimento

interior do indivíduo. Nesta etapa, formam-se as bases

para o desenvolvimento interior físico e psíquico da pessoa.

Durante os primeiro anos de vida, a criança assimila

conhecimentos, habilidades e hábitos, formando

capacidades, qualidades e valores morais.” (GONZÁLES,

2005, PAG.82).

Além de seu corpo, ela se comunicará , também, através da fala. No

capítulo I, foi explicado como surgiu a origem da linguagem através de pesquisas

científicas nesta área. Com isto, muitos dos desenvolvimentos durante a fase pré-

lingüística (antes da primeira palavra), são precursores significativos da

linguagem. A criança discrimina sons da linguagem, balbucia sons que se

aproximam cada vez mais dos sons que houve, e usa gestos de maneira

comunicativa. E, que, por volta de 1 ano de idade aparecem as primeiras

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palavras. Algumas dessas primeiras, se combinam com gestos para transmitir

frases inteiras significativas. Com isto, o vocabulário cresce lentamente a

princípio, e depois normalmente explode numa explosão de nomes. Entre 16 a

20 meses, a maioria das crianças tem um vocabulário de 50 ou mais palavras.

Por outro lado, Helen afirma que:

“ Nos primórdios anos do desenvolvimento da linguagem,

podem ser distinguidos dois estilos de linguagem, o

“referencial” (centrados em objetos e sua descrição) eo

“expressivo” (centrado em palavras e formas que

descrevem ou fomentam os relacionamentos sociais.”

(HELLEN BEE, 2003, PAG.28).

E como fazer a junção do ato motor com a fala? Como expressar-se

corporalmente e com a utilização da voz como forma de comunicação verbal?

Ambos os tipos de comunicação são distintos mas que complementam

um ao outro. Pelo movimento, a criança é capaz de comunicar-se gestualmente,

através do seu corpo. Possuindo uma consciência do próprio corpo, ela é capaz

de dominar seu equilíbrio e tônus da postura, estruturação espaço-temporal

correta, uma boa orientação e lateralização.

Sabe-se que toda criança pequena é curiosa por natureza. Assim que

deixa o útero da mãe, tudo quer explorar e experimentar. È a sabedoria do seu

corpo, e que é necessário conhecer o mundo novo a ser desvendado. É nele

onde ela crescerá e se desenvolverá.

Nos movimentos, serão expressos sentimentos de prazer, frustração,

desagrado e euforia. A efetividade da criança exprime-se sempre através da

postura, das atitudes e dos comportamentos.

Através da motricidade fina, a capacidade para realizar movimentos

específicos, usando pequenos músculos como o movimento lingual. Que através

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do desenvolvimento do músculo da lingual, para a emissão de uma pronúncia

correta.

De acordo com Helen, estudos mostram que quanto mais as crianças

recebem estímulos como a fala e a leitura, maior o seu desenvolvimento. Com

isto, é de extrema importância sabermos oferecer recursos que permitam a

criança seu total e completo desenvolvimento, tanto motor quanto o

desenvolvimento lingüístico. Não só através de leitura como a prática de

atividades física, englobando fatores motivantes , como a música e gestos

corporais como forma de expressão.

2.1-Etapas do Desenvolvimento Motor

A primeira infância é a é poça onde as crianças estão descobrindo o

mundo através dos seus gestos exploradores. Portanto, fica compreendido, que

nesta etapa formam-se as bases para o desenvolvimento físico e psíquico da

pessoa. Ainda nesta etapa, a criança assimila conhecimentos, habilidades e

hábitos, formando capacidades, qualidades e valores morais.

De acordo com estudos de diferentes autores, citados por Helen,

permitiram compreender a contribuição dos movimentos no desenvolvimento

infantil e como ambos os processos, educação e desenvolvimento, inter-

relacionam-se.

Com isto, Gonzáles acrescenta:

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“ Como ponto de partida para se ter êxido no processo

educacional, é preciso conhecer o que faz a criança em

cada idade, mas condições reais à sua volta e porque se

comportam de uma forma ou de outra”. (GONZÁLES,2005,

PAG.32).

Para entendermos as etapas do desenvolvimento, será representado

aqui, a classificação de cada uma delas.

Nos três primeiro anos de vida, a visão e a audição tem um grande

desenvolvimento, pois a criança consegue, primeiramente, fixar a vista nos

objetos e pessoas próximo à eles. Ao completar 12 meses, as crianças são

capazes de caminhar com coordenação, trepar em obstáculos horizontais e

lançar objetos. Já aos dois anos de idade, podem alterar caminhada e corrida e

são capazes de realizar deslocamentos em quatro apoios pelo chão.

Aos três anos, podem caminhar, correr e saltar em diferentes direções,

subir e descer escadas com uma melhor coordenação. Já aos quatro anos de

idade, possuem melhor ritmo e coordenação na corrida. Já aos cinco anos, sua

coordenação motora ainda se assemelha à fase anterior.

Observando-se ainda um aumento considerável no desenvolvimento das

capacidades motoras, como: a criança lança mais longe, corre mais rápido e

demonstra mais coordenação, equilíbrio e orientação na execução de

movimentos.

Completados os seis anos, as crianças são capazes de executar sem

dificuldades as ações, rastejar com coordenação, saltar com diferentes

combinações e lançar, apanhar e rebater uma bola.

De acordo com estudos realizados nesta área, é importante sabermos

que cada criança possuí sua característica própria e é preciso sabermos

respeita-las para um melhor resultado em nossos objetivos. Pois, é ainda nesta

fase que multiplicam-se as possibilidades de oferecermos atividades que

favoreçam o seu desenvolvimento.

Para sustentar este estudo, Gonzáles afirma que:

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“ os jogos permitem uma liberdade de ação, uma

naturalidade e um prazer que é difícil de se encontrar em

outras atividades da criança; proporciona estados

emocionais positivos, desenvolve a imaginação, a

criatividade e as possibilidades psicomotoras.”

(GONZÁLES,2005, PAG.55).

É de extrema responsabilidade do professor saber adaptar as atividades

relacionas à cada fase da criança, sem ultrapassa-las, agindo com sensibilidade

e respeitando a individualidade biologia de cada uma delas.

2.2 – O Desenvolvimento e a Psicomotricidade

Para uma melhor definição para psicomotricidade, a autora Tissi define:

“A coordenação psicomotora é a base do aprendizado,

buscando o gesto mais apropriado para uma ação

específica, tendo como conseqüência uma maior e melhor

ação no meio ambiente.” (TISSI, 2004, PAG.55).

Em cada atividade motora, a criança consegue dominar determinadas

ações motoras e adquirir novas. A motricidade da criança se enriquece

constantemente pela transformação e adaptação dos movimentos anteriormente

adquiridos.

Estudos recentes nesta área, demonstram que na psicomotricidade, é

explicado que as capacidades motoras são qualidades do homem e não da

atividade depende desta para desenvolver.

No entanto, o estudo diz que as capacidades não são inatas. Seu

desenvolvimento está determinado pelas possibilidades morfofuncionais do

indivíduo, que nasce com as potencialidades para desenvolve-las.

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Sánchez Bañuelos (1986), citado por Gonzáles, afirma que:

“ Muito acertadamente que os propósitos do movimento

humano, por um lado, induzem à consecução de metas e

objetivos, vinculados aos aspectos qualitativos do

movimento, e, por outro, à dos objetivos mais diretamente

relacionados com os aspectos quantitativos do movimento.

O desenvolvimento da condição física, sem um potencial

adequado, é muito mais difício, ou impossível, de

manifestar domínio ou habilidade no movimento.”

(GONZÁLES, 2005, PAG.22).

No entanto, é primordial saber conhecer a realidade de cada criança,

saber seu histórico, conhecer suas limitações, respeitar seu ritmo para que o

professor possa dar início à atividades que desenvolvam suas habilidades,

tantos psíquicas quanto motoras, assim como os aspetos sociais e intelectuais

da criança. Propiciando, também, atividades, visando ao desenvolvimento da

linguagem.

Incentivar a criança à leitura é uma grande oportunidade de propor à ela

uma chance para que desenvolva seu pensamento, sua fluidez verbal e acima de

tudo, sua consciência.

É importante também, os jogos didáticos que estimulem a produção da

voz formando frases com seqüências lógicas e que façam sentido.

Este processo inicia-se com o jogo rítmico (com a emergência das

cantigas infantis), em que há um recorte rítmico, temporal, no som da fala, que

para a criança ainda se mostra muito fluido, nesta época. O trabalho rítmico é

partilhado pelos parceiros deste tipo de jogo, em que o contínuo sonoro é

segmentado ritmicamente. Depois, seguem-se o jogo de nomeação (“o que é

isso?”) e de reconhecimento (“cadê x?”). Estes jogos recortam os contínuos

sonoro e experimental. Desenvolvera-se neles as faces auditiva e articulatória do

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som da fala. Os próximos jogos são o jogo dramático (“como é que se faz x?”) e,

finalmente, os jogos vocais, quando o som da fala se torna o veículo privilegiado

de comunicação (como, por exemplo, nos casos de imitação recíproca).

Saber comandar toda essa seqüência pedagógica, é de extrema

responsabilidade do professor. Deverá estar atento a todo e qualquer movimento

que ocorra fora de sua metodologia. Tendo uma linha contínua de raciocínio e um

programa claro e objetivo, certamente serão as ferramentas básicas para que o

professor possa cumprir seus objetivos.

CAPÍTULO III

PSICOMOTRICIDADE E LINGUAGEM VERBAL

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A psicomotricidade mostra-se como uma ferramenta para

educação e ao mesmo tempo, desenvolver as funções de inteligência. Através

do seu corpo, a criança fará distinções de emoções e possibilidades para a

realização motora, compreendendo suas capacidades.

Assim, como seu nome indica, trata de relacionar os elementos

aparentemente desconectados, de uma mesma evolução. O desenvolvimento

psíquico e o desenvolvimento motor.

Com o domínio do seu próprio corpo, a criança se orienta com mais

segurança em seu meio ambiente. Tendo seu esquema corporal bem orientado,

a criança terá um desenvolvimento psicomotor aprimorado, sendo capaz de se

auto perceber e com desenvoltura, colocará em prática suas habilidades,

tornando-se um adulto bem estruturado físico e emocionalmente.

Baseados em estudos, a linguagem é inata ao ser humano. A criança

cresce, trazendo consigo chaves de leitura do Mundo, independentemente de

reforço, estímulo, condicionamento, treinamento, imitação ou história de vida.

Com isto, a linguagem é atividade constitutiva do conhecimento do mundo pela

criança. Sua interação com seu interlocutor é participativa e globalizada.

A criança é capaz, através de gestos, intenções, transmitir através da sua

fala os seus sentimentos e necessidades.

Com isto, Mitchell & Kent, citados por Helen diz que:

“ Os sons de consoantes aparecem somente aos 6 ou 7

meses, frequentemente combinados com sons de vogal,

formando uma espécie de sílaba. Os bebês desta idade

parecem começar a brincar com esses sons, muitas vezes

repetindo o mesmo som muitas vezes.” (HELEN

BEE,2005, PAG.04).

Entretanto, é verdadeiro afirmar que o processo da aquisição da

linguagem é gradual, porém com grandes chances de finda-lo com êxido.

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Por outro lado, a pré-escola é um lugar que proporcionará a criança, um

ambiente seguro e motivador. Um elo entre sua casa e a escola. Fazendo que

as atividades como a escrita e a leitura sejam momentos descontraídos e

alegres, sem imposição de regras ou queima de etapas a serem seguidas.

Com isto, Borges afirma que:

“ Deve-se oferecer à criança, oportunidades de ser

estimulada e motivada, no momento conveniente e

respeitar o tempo necessário para ela amadurecer e,

portanto, deixar que uma aquisição tão marcante como é a

da leitura e escrita, ocorra quando a criança estiver pronta

para adquirir, com interesse e sucesso.” (BORGES, 2002,

PAG.03).

A aprendizagem motora, assim como a da fala, estão intimamente

interligadas. A criança precisa do seu corpo para comunicar-se, seu gesto é a

sua primeira palavra. A sua maturação psicomotora é gradual, assim como suas

primeiras palavras produzidas verbalmente, desde o seu mais primitivo choro até

a formação de uma frase inteira com sentido que satisfaça os seus desejos ou

necessidades.

Obedecer etapas, oferecer estímulos com inúmeras variações,

proporcionar ambiente seguro, respeitar etapas, fazer com que a criança sinta-se

percebida e respeitada, certamente crescerá uma criança capaz, segura,

fluente em suas palavras e pensamentos.

Neste universo de estímulos, é primordial que as experiências

sensoriais, de contato direto com seus cinco sentidos e sua intuição, são a base

de todo processo criativo: tocar, cheirar, ver, manipular, saborear, escutar, enfim,

qualquer método de perceber o meio e reagir contra ele é, de fato, a base

essencial para a produção de formas artísticas.

Assim, o lugar da criatividade é o do inter-relacionamento da pessoa

com o meio: da criança com o meio ambiente criado pelo professor na sala de

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aula e a resposta dos outros a esse meio também. É o espaço potencial da

visão objetiva mesclada com a visão subjetiva da realidade. Cabe ao professor,

com sutileza, determinar este limite.

Incentivar a criatividade é muito prazeroso. E este momento pode estar

tanto na brincadeira exploratória como na brincadeira construtiva: pode estar na

criança e no meio ambiente, assim como em nós professores. E cabe pesquisa-

la e desenvolve-la através da exploração e da construção.

A criatividade na criança, deve ser estimulada e não padronizada ou

reproduzida. Para definir de onde vem a criatividade, Machado explica:

“ O mundo é um conjunto organizado de relações

significativas, no qual a pessoa existe e de cujo projeto

participa. Tem realidade objetiva, mas não se limita a isso.

O mundo se inter-relaciona com a pessoa, a todo

momento. Uma dialética contínua processa-se entre o

mundo e o indivíduo, e um não pode ser compreendido sem

o outro. Por isso não é possível situar a criatividade como

um processo subjetivo; ela não pode ser estuda

simplesmente em termos do que se passa no íntimo de

uma pessoa. O pólo correspondente ao mundo é a parte

inseparável da criatividade do indivíduo. O que ocorre é

sempre um processo, uma atividade – o processo

específico de inter-relação da pessoa com o mundo.”

(MACHADO, 1994, PAG.64).

Com isto, saber como interagir com a criança, oferecendo-lhe

oportunidades para que possa experimentar sua curiosidade, fará com que sua

criatividade seja fluente.

É importante respeitar este momento da criança. E neste processo

individual , é primordial valorizar a etapa de experimentação pura e simples,

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utilizado os cinco sentidos e a intuição como forma de chegar a sua

individualidade. Partindo sempre do mais primitivo para o mais complexo.

Tanto a fala quanto a vivência corporal, estão interligadas e que é nulo

querer separar uma da outra. Saber expressar-se através das duas formas é

desenvolver-se plenamente. É pelo corpo e voz que nos colocamos em contato

com o mundo, o experimentamos, o conhecemos.

CONCLUSÃO

A criança na pré-escola, está pronta para receber todos os estímulos que

a farão apta para o seu pleno desenvolvimento psicomotor, social, afetivo e

cognitivo.

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Diversificar atividades e estimular aprendizagem através de atividades

que desenvolvam seu corpo, colaborarão e muito para a criança nesta faixa

etária. O ato motor é um dos fatores principais que facilitará a aprendizagem da

fala na Educação Infantil . Através dos seus gestos corporais, a criança interagirá

com o mundo expressando seu pensamento e vontade.

Cercada de estímulos, ela fará com que seu próprio corpo seja a

ferramenta primordial para a aquisição da linguagem verbal, que possibilitará sua

comunicação com todos à sua volta.

Certamente que estudos ainda nesta área trarão mais conteúdos para

que possa chegar a um consenso geral. No entanto, ainda não se finda

pesquisas realizadas no campo da fala e do ato motor para o aprimoramento da

Educação Infantil.

Desafios e conquistas farão impulsionar estudos mais aprofundados

neste ramo do conhecimento. E que, neste trabalho fica a intenção de que as

pesquisas relacionadas à busca de novos conhecimentos em relação à

Educação Infantil na pré-escola proporcione ao professores e alunos grandes

conquistas fora e dentro da sala de aula.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BORGES, Célio José. Educacacão Física para o Pré-Escolar. Rio de Janeiro: 5

edicão: Sprint, 2002.

COSTALLAT, Dalila (org), A Psicomotricidade Otimizando as Relações

Humans.SP, Arte & Ciência, 2002.

FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática da Educação

Física, São Paulo: Scipione, 1997.

GONZALES RODRIGUEZ, Catalina. Educação Física Infantil: Motricidade de 1 a

6 anos. São Paulo: Phorte, 2005.

HELEN, Bee. A criança em Desenvolvimento, 9º edição. Porto Alegre: Artemed,

2003.

MACHADO, Marina Marcondes. O Brinquedo-sucata e a criança: importância de

brincar. São Paulo: Loyola, 1994.

Revista Veja- Especial Comunicação, 13/05/1998 nº 31 maio/1998 p.36

TISI, Laura. Estimulação Precoce para Bêbês. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.

Texto retirado da internet www.profala.com/ artpsicomotricidade1.htm

Alexandra Amante . Psicomotricidade, 1-1p., acessado em 26/01/2006

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Reportagem;

Anexo 2 >> Internet.

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ANEXO 1

Revista Veja – Especial Comunicação JAN/1998 – p.36

A Explosão da Linguagem Não importa que seja em português, inglês, árabe ou japonês. O processo de desenvolvimento da linguagem nas crianças é invariavelmente o mesmo. Sempre a mesma impressionante viagem rumo ao conhecimento. Uma viagem que começa desde os primeiros minutos de vida do ser humano. Recém-nascidos com apenas 4 dias de idade conseguem distinguir os sons de uma língua dos sons da outra. Bebês brasileiros mamam melhor quando ouvem alguém falando português do que falando espanhol. E os espanhóis fazem o oposto. É assim no mundo todo, em todas as cerca de 10 000 línguas existentes no mundo. A aquisição do vocabulário de uma criança está diretamente ligada ao quanto a mãe fala com ela. Com 1 ano e 8 meses, filhos de mães que conversam bastante em casa falm 130 palavras a mais do que outros na sua idade. Com 2 anos, a diferença é de quase 300 palavras. Mães que usam sentenças complexas, não se restringindo só ao bi-bi e au-au, tem filhos que também falam de forma mais complexa.

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ANEXO 2

INTERNET

www.profala.com/ artpsicomotricidade1.htm

PSICOMOTRICIDADE

Alexandra Amante (*)

É uma educação do ato motor pelo pensamento, ao mesmo tempo que constitui uma educação do pensamento pelo ato motor. (Fonseca, 1992) Segundo a Organização Internacional de Psicomotricidade e Relaxação (2001), a Psicomotricidade é “uma reeducação ou terapia de mediação corporal e expressiva, na qual o reeducador ou terapeuta estuda e compensa as condutas motoras inadequadas ou inadaptadas, em diversas situações, geralmente ligadas a problemas de desenvolvimento e de maturação psicomotora, de comportamento, de aprendizagem e de âmbito psico-afetivo”. Envolve uma prática educativa com o objetivo de estimular o desenvolvimento e aprendizagem estão comprometidos ou quando é necessário ultrapassar problemas relacionais que comprometem a adaptabilidade da pessoa. A Psicomotricidade tem como finalidades: -A comunicação, gerindo a ambivalência surgida do desejo de identificação e de dependência e da dinâmica de trocas; -A criação, como capacidade de ação, pessoal transformadora; - O acesso a um pensamento operatório, passando de um pensamento essencialmente imediato ao estabelecimento de relações lógicas entre os elementos da ação e do pensamento, desenvolvendo a capacidade de identificar, discriminar, analisar e sintetizar a informação; A harmonização e maximização do potencial motor, cognitivo e efetivo-ralacional, ou seja o desenvolvimento global da personalidade, adaptabilidade social e adequabilidade do processamento de informação. A intervenção em psicomotricidade pode-se dividir em dois componentes: - Psicomotricidade Instrumental: Intervenção com maior fundamentação de tipo cognitivo e neuropsicológico, privilegia a intervenção centrada nas situações problema, apelando à descoberta guiada e ao pensamento divergente. As situações devem ser apresentadas em forma de jogo e de forma a serem vividas como situações de êxido, estabelecendo uma relação de confiança e motivação entre a criança e a ação. - Psicomotricidade Relacional: centra-se no componente psico-afetivo e relacional, permite como que um “reviver regressivo da relação primordial maternal num diálogo tônico-emocional”. Neste diálogo, por mediatização corporal, a comunicação é sobretudo não verbal envolvendo as “orientações corporais, as posturas, a distância interpessoal, as mímicas, a gestualidade, a respiração, a voz, a sincronia rítmica, o contato corporal, o olhar , o odor, etc.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

EPÍGRAFE 4 DEDICATÓRIA 5

RESUMO 6

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 9

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I

ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 11

1.1 – Primeiros Gestos 12

1.2 – Linguagem Corporal 13

CAPÍTULO II

A PSICOMOTRICIDADE E A FALA NA PRÉ-ESCOLA 14

2.1 – Etapas do Desenvolvimento Motor 17

2.2 - O Desenvolvimento e a Psicomotricidade

Infantil 19

CAPÍTULO III

O ATO MOTOR E LINGUAGEM VERBAL 22

CONCLUSÃO 26

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 27

ANEXOS 28

ÍNDICE 31

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: Desenvolvimento Motor Como Estímulo Para A Fala

E Aprendizagem Na Educação Infantil

Autor: Waleska Santiago Torres

Data da entrega: 28/01/2006

Avaliado por: Conceito: