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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSUINSTITUTO A VEZ DO MESTRE A CADEIA LOGÍSTICA COLABORATIVA Por: Maria Aparecida Silveira Nicolini Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro Abril/2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CADEIA LOGÍSTICA COLABORATIVA

Por: Maria Aparecida Silveira Nicolini

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

Abril/2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LOGISTICA COLABORATIVA - COMO A EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS

CONTRIBUI PARA A OTIMIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS

LOGÍSTICOS

Monografia apresentada em cumprimento às

exigências para obtenção de grau no curso de pós-

graduação lato sensu de especialização em Gestão

de Logística Empresarial.

Por: Maria Aparecida Silveira Nicolini

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos que me auxiliaram com

material de pesquisa a cerca do tema

apresentado, para a realização deste

trabalho.

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DEDICATÓRIA

À minha mãe, Geralda Isabel de Jesus (in

memorian), que dentro da sua humilde

posse, sempre me ajudou a trilhar os

caminhos dos meus estudos.

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RESUMO

A Logística Colaborativa posiciona-se em fazer com que produtos e serviços

estejam disponíveis com o menor custo possível, através da troca de técnicas,

dados e tecnologias entre as empresas que são à base do sucesso do sistema

logístico, tanto para o suprimento de materiais como para o abastecimento do

ponto de venda na interface com o mercado, tem o objetivo de atender as

necessidades do cliente. A concorrência faz com que pessoas e empresas

mantenham um esforço crescente para se tornarem competitivas. É preciso

desenvolver novos produtos, ser inovador nas relações comerciais e eficiente na

produção e distribuição de bens de consumo para garantir a sustentabilidade

nos negócios, tomando como umas ações a direção do avanço da logística

como ferramenta estratégica para incrementar competitividade. Existe avanço

na tecnologia da informação e comunicação que cada vez mais se mostra

capaz de responder com precisão as necessidades das empresas neste campo.

Atualmente a produtividade, em busca de visibilidade dos inventários na cadeia

de abastecimento, a velocidade da comunicação e a habilidade para se adaptar

às condições de mudança são fatores fundamentais para o sucesso. Praticar a

Colaboração é compartilhar informações, conhecimentos, riscos e lucros para se

reduzir custos. As oportunidades são enormes para se reduzir taxas, eliminar o

frete com meia carga, melhorar o frete de retorno e para se conseguir uma

entrega mais rápida e mais consistente.

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METODOLOGIA

A elaboração deste trabalho seguiu as seguintes metodologias: pesquisa

bibliográfica em livros de autores relacionados aos temas de Logística, artigos

de Tecnologia da Informação, revistas e sites, utilizando explanação mais

específica de sub-itens sobre o assunto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO 1 - Logística - conceito 10

CAPÍTULO 2 - A Logística Colaborativa 13

CAPÍTULO 3 – Cadeia de Abastecimento Colaborativa 17

CAPÍTULO 4 – Transporte Colaborativo 37

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 45

ÍNDICE 47

ÍNDICE DE FIGURA 48

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INTRODUÇÃO

Na Logística Colaborativa é importante a integração dos processos

logísticos de todos os elementos da cadeia de suprimentos (fornecedores,

clientes, varejistas, transportadores), caso não aconteça, os custos se elevarão

e o nível de serviço ofertado não será o desejado pelo ao cliente. É necessário

que todos os elos desta “cadeia” trabalhem de forma integrada, no sentido de

otimizar suas operações e proporcionar ganhos e qualidade que a tornarão

mais competitiva. A Cadeia Logística Colaborativa é um canal de distribuição,

formado por um conjunto de organizações que participam do processo de

atender as demandas de diferentes mercados ações logísticas.

Para se alcançar nível de eficiência, os parceiros precisam desenvolver

estratégias que suportem a comunicação rápida. Todo processo esta baseado

na capacidade da empresa se integrar com seus fornecedores, e com o canal

de distribuição na busca pela eficiência no atendimento ao mercado se inicia

dentro da própria industria, que procura passar valor e não custos a seus

clientes/consumidores através da racionalização de suas atividades. As

organizações atuam como se fossem elos de uma cadeia, onde todos os elos

devem ter como grande objetivo satisfazer as necessidades do cliente. Uma

organização não pode ser competitiva se atuar de forma isolada, por isso, têm

buscado a integração entre fornecedores e clientes para conseguir chegar ao

cliente final, satisfazendo as necessidades do consumidor e conseguindo

sucesso nos negócios. É importantíssimo destacar, que a Logística começa

pela necessidade do cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de

produção.

A cadeia de informações resultante do processo de gerenciamento é

então usada para criar e automatizar toda uma variedade de procedimentos

que identificam, descrevem e valorizam as características dos clientes. Mais

importante ainda, estes processos ajudam a personalizar interações novas e

em curso para, melhorar a relação custo/benefício, captar, permanecer próximo

e reter estes os clientes se voltam para a integração dos participantes da

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cadeia através das modernas tecnologias da informação e comunicação com o

objetivo de se desenvolverem estratégias e planos operacionais cooperativos

beneficiando principalmente o consumidor com melhores produtos e melhores

serviços agregados, e também trazer vantagens competitivas para todos os

participantes da cadeia. A comunicação é um fator chave para a manutenção e

gestão da cadeia logística. Os membros da cadeia logística têm de fazer tudo o

que estiver ao seu alcance para melhorar as operações da cadeia, pois são

essas medidas que permitem reduzir os custos e aumentar as receitas. A

maioria das empresas vê a logística apenas como uma maneira de reduzir

custos, e isso é uma realidade no mundo inteiro. Algumas, contudo, começam a

utilizar o sistema de distribuição como fonte de vantagem competitiva.

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CAPÍTULO 1 O CONCEITO DE LOGÍSTICA

Se formos pensar em cada atividade de fabricar, guardar, movimentar e

deslocar qualquer coisa física podemos afirmar que estamos falando da

necessidade de uma operação logística.

Desde os primórdios da humanidade, o homem busca uma alternativa

para estas operações, com certeza as grandes batalhas entre as civilizações,

podemos considerar que desde o tempo A.C. isso já ocorria. A necessidade

dos líderes dos grandes exércitos em conduzir seus colaboradores, juntamente

com seus aparatos de guerra, até o território dos inimigos, assim como a

manutenção e suprimento dos subsídios aos mesmos, uma vez lá instalados, já

eram um vestígio de que esse conceito de logística seria uma grande

preocupação a ser explorado nas gerações futuras.

E assim tem sido, em pleno século XXI, é cada vez gritante e

competitiva a necessidade da humanidade, aprimorar cada vez mais as tarefas

de produzir, armazenar, suprir as grandes demandas, num tempo justo, que

faça ao consumidor final acreditar cada vez mais na Cadeia Colaborativa que

agiu por trás de cada passo desta operação, permitindo o sucesso da mesma,

e lógico o lucro real no mercado financeiro.

Logística é o conjunto de planejamento, operação implementação e

controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e

Informações da empresa, integrando e racionalizando as funções e

informações desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o objetivo

de atender as necessidades do cliente e trata de todas atividades de

movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o

ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como

dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o

propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo

razoável desde a produção até a entrega, assegurando vantagens competitivas

na Cadeia de abastecimento.

A Atividade Logística é regida pelos Fatores de Direcionamento

(Logística Drivers) para níveis maiores de Complexidade Operacional, como

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por exemplo, histórico de demanda dos produtos ou serviços, histórico da

freqüência dos pedidos, histórico das quantidades por pedido, custos

envolvidos na operação, tempo de entrega (lead-time), pedido mínimo, rupturas

de abastecimento, prazos de entrega, períodos promocionais e freqüência de

sazonalidades, políticas de estoque (evitando faltas ou excessos),

planejamento da produção, políticas de fretes, políticas de gestão dos pedidos,

análise dos modelos de canais de distribuição, entre outros.

As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo

passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de

custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no

cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação

das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação,

análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica nova

metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e

adequação dos negócios.

O grande desafio está em melhorar a infraestrutura e a integração

entre as empresas, de modo a reduzir custos, atender à demanda crescente e

diversificada, e oferecer melhores produtos e serviços nos mercados globais, o

que aumentará a eficiência das economias e o nível de competitividade.

Podemos apontar algumas inovações no setor logístico:

1. Integração da gestão dos processos de suprimentos dos insumos (matérias-primas e outros materiais) e a distribuição dos produtos acabados para os ganhos de sinergia, e a estratégia emergente de integração da cadeia de suprimentos (da origem da matéria-prima ao consumidor final).

2. Tecnologias da informação: são amplas as alternativas disponíveis para gerenciar o fluxo de produtos até os clientes finais; as etiquetas com código de barras utilizados tanto nos produtos com os porta-paletes, os coletores de dados e leitoras a laser, os sistemas de rastreamento das cargas por satélites (GPS), são alguns exemplos utilizados pelas empresas globais.

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A integração dos processos ao longo da cadeia de suprimentos exige do

profissional de logística, condições para visualizá-la em toda sua plenitude, em

busca da melhoria dos resultados da organização em termos de redução de

custos, de diminuição de desperdícios e de agregação de valor. As empresas

buscam atualmente, a excelência nos serviços de entrega e distribuição para

atender com maior eficácia ás necessidades dos seus clientes.

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CAPÍTULO 2

LOGÍSTICA COLABORATIVA

A Logística Colaborativa pode ser definida como as ações logísticas

voltadas para a integração dos participantes da cadeia através das modernas

tecnologias da informação e comunicação com o objetivo de desenvolver

estratégias e planos operacionais cooperativos beneficiando principalmente o

consumidor com melhores produtos e melhores serviços agregados, trazendo

vantagens competitivas para todos os participantes e integração de toda

cadeia, troca de informações, pelo compartilhamento de recursos físicos,

sistêmicos e humanos. Com a abordagem colaborativa, muitos são os ganhos,

ajuda na melhora do controle do custo de transporte, com suposto confiança

entre os parceiros, uma vez que eles partilham informações estratégicas,

assegurando a divisão do crescente volume de informações entre parceiros e o

desafio de facilitar todas as operações de compras e vendas.

Em conjunto, são obtidas melhorias com qualidades existentes em

todos os elos da cadeia. Numa operação com ganho mutuo, primeiramente o

cliente, que recebe um serviço com nível elevado com um custo competitivo e

caracterizada pelo alto grau de comprometimento entre todos os envolvidos,

sempre com o foco principal na eficácia dos serviços prestados, eliminando

desperdícios e otimizando os equipamentos, mão-de-obra e recursos

empregados, nos centros distribuidores e varejistas de produtos já

manufaturados, as empresas concorrentes trabalhando juntos na busca de

redução de custos.

O transporte colaborativo é um dos elos mais importantes da cadeia

colaborativa, visto que ele integra, fornecedores e clientes, todos trabalhando e

colaborando no projeto, com grau de compromisso entre todos os envolvidos,

além de tratar uma importante parcela dos custos logísticos envolvidos no

processo, cujo seus principais objetivos são:

q Reduzir custos fixos e capitais de giro.

q Aumentar as vendas,

q Reduzir estoques na cadeia de suprimentos,

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q Aumentar a satisfação dos clientes,

A gestão do Transporte Colaborativo é um processo independente,

construída nas mesmas relações entre compradores e vendedores, mas

incorporando informações novas e etapas com os transportadores, desde a

confirmação do pedido e continua na entrega do produto. A pratica do

transporte colaborativo transforma o processo holístico que une parceiros de

uma cadeia de suprimentos e provedores de serviços logísticos no intuito de

eliminar as ineficiências do planejamento e da execução do transporte.

Com os potenciais benefícios da aplicação do transporte colaborativo,

existe um melhor aproveitamento dos recursos de transporte, melhorias na

comunicação e na visibilidade das cargas. em casos mais abrangentes, o que

ocorre é o compartilhamento dos veículos em fluxos casados de transporte de

carga. Esta parceria caracteriza-se pelo alto grau de compromisso entre todos

os envolvidos, estando sempre focada na eficácia dos serviços prestados,

eliminando desperdícios e otimizando equipamentos, mão-de-obra e recursos

empregados. Esta parceria é também caracterizada pela ajuda mútua, sendo

obtidas melhorias significativas que são comuns a todos os elos da cadeia

colaborativa. . Mais do que segurança e pontualidade, proporcionar soluções

inteligentes para problemas potenciais que trazem desconfortos aos

integrantes da cadeia de suprimentos sem perder a qualidade no atendimento

e então uma operação em que todos ganham principalmente o cliente, que

recebe um serviço de alto nível com um custo competitivo,

A Logística Colaborativa é um instrumento que consegue diminuir as

despesas por meios de estratégias de parcerias entre duas ou mais empresas,

já que a competividade acirrada e instabilidade da economia fez que a redução

de custos seja uma das maiores preocupações das empresas, sendo uma

solução eficiente, porém ainda pouco empregada.

A colaboração logística como duas ou mais empresas trabalham

juntas ao longo do tempo (com base em flexibilidade reciprocidade,

interdependência, comprometimento, comunicação aberta, conhecimento do

parceiro e longo prazo) por meio de decisões conjuntas, compartilhando

informações logísticas e comerciais, custos e benefícios.

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A maioria dos relacionamentos comerciais atuais, com fornecedores

vendendo aos clientes, gera conflitos consideráveis ao passo que cada parte

busca o melhor negócio financeiro e nenhum dos envolvidos confia

completamente no outro. Os fornecedores não têm informações referentes aos

seus clientes, como demanda específica e planejamento o que pode limitar o

potencial de se atingir uma alta eficiência operacional. Isso ocorre porque os

fornecedores e clientes buscam benefícios de curto prazo se importando

principalmente com o custo em detrimento de outros aspectos. Entretanto,

existem inúmeros benefícios decorrentes da colaboração entre as empresas

que atuam em conjunto para alcançar objetivos comuns.

O desenvolvimento do comportamento colaborativo vem sendo

altamente discutido apesar de ainda não estar bem definido na maioria das

empresas, pois isto exige uma mudança comportamental, o que é

extremamente difícil de conseguir a colaboração entre as empresas deve se

apoiar em três fatores fundamentais, a saber:

1 - Necessidade de se estimular à confiança e os valores mútuos

necessários para se desenvolver e sustentar as operações e estratégias

coordenadas, não devendo a colaboração beneficiar apenas uma parte

dos envolvidos, sendo necessária uma visão e definição de objetivos

compartilhados entre clientes e fornecedores sobre sua

interdependência e os princípios de colaboração. Os objetivos da

colaboração precisam focalizar a oferta do melhor valor aos clientes

finais, independentemente de onde estiverem, na cadeia de

suprimentos, as competências necessárias;

2 - Devem ser estipuladas diretrizes formais que definam políticas e

procedimentos operacionais conjuntos para lidar com rotina e com

eventos inesperados. Essas regras e acordos devem estabelecer os

papéis de liderança e as responsabilidades compartilhadas, delinear a

forma como será feita o compartilhamento dos planejamentos e das

informações operacionais, e criar vínculos financeiros que tornem as

empresas dependentes de seu desempenho mútuo. Além disso, essas

políticas, também devem motivar o compartilhamento de riscos e de

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benefícios, como prêmios e penalidades, os quais devem ser

distribuídos entre os parceiros. As colaborações, para serem

verdadeiramente efetivas, precisam ser sensíveis aos pontos negativos

que podem ocorrer em arranjos interligados. Os parceiros devem estar

dispostos a lidar com questões difíceis, relativas ao término do

relacionamento antes da necessidade real de dissolver o arranjo da

cadeia de suprimentos. Assim, apesar dos relacionamentos

colaborativos, na sua maioria, voluntários, deve-se fazer um contrato

englobando termos da parceria como duração mínima, custos,

gerenciamento entre outros, para se alcançar à colaboração logística.

Figura 2 – A parceria na Cadeia Colaborativa (extraída do artigo O Profissional de Logística de Bridi, 2009, março, 31)

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CAPÍTULO 3 3.1 – CADEIA DE ABASTECIMENTO COLABORATIVA

A Cadeia de Abastecimento Colaborativa pode ser então definida como

a soma da empresa enxuta com sua produção enxuta e sua distribuição

enxuta, formando assim uma cadeia de suprimento enxuta cujo maior beneficio

será o de levar valor ao cliente e aos seus participantes. Ainda terá que se

caminhar. Sistemas como esses, são inicialmente aplicadas às grandes

empresas como as do setor automobilísticos, seus sistemas colocam os

fornecedores dentro de casa e torná-os co-participantes do processo e

planejamento da produção, e também das grandes redes de varejo e seus

grandes fornecedores.

Neste processo produtivo temos o distanciamento geográfico entre a

indústria e os mercados consumidores, de um lado, a distância entre a fábrica

e os pontos de origem das matérias primas e dos componentes para fabricação

dos produtos, de outro, somados a descontinuidade entre o ritmo da produção

e da demanda geram um forte impacto nos custos das empresas. A cadeia

de suprimento pode ser definida então como um sistema onde a indústria se

liga a seus fornecedores, de um lado, e ao seu canal de distribuição, do outro,

formando um conjunto de organizações que participam do processo de

atender as demandas de diferentes mercados. O planejamento logístico

colaborativo de suprimento é dividido em três grandes subsistemas

denominados:

q Logística do suprimento: Planejamento e controle de estoques, compras,

transporte e armazenagem de materiais e componentes destinados ä

fabricação de produtos finais.

q Logística da produção: Planejamento, programação e controle da

produção, produtos em processo e embalagem.

q Logística da distribuição: Planejamento dos recursos da distribuição.

Armazenagem, transporte e movimentação de produtos acabados no

canal de distribuição.

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Gerenciamento das informações: Registros e compartilhamento das

informações geradas dentro do processo. Sistemas de comunicação e

tecnologias aplicadas. O consumidor é o destaque dentro deste novo

ordenamento, pois todo processo deve iniciar nele e toda cadeia deve se

movimentar eficientemente para atende-lo como ele deseja. Para isso é

importante que exista uma integração na cadeia que permita agregar valor ao

fluxo de materiais dentro da cadeia, as ações logísticas se voltam para a

integração dos participantes da cadeia, através das modernas tecnologias da

informação e comunicação, com o objetivo de se desenvolverem estratégias e

planos operacionais cooperativos beneficiando principalmente o consumidor

com melhores produtos e melhores serviços agregados. Também trazer

vantagens competitivas para todos os participantes da cadeia. Isto é o que se

pode chamar de Logística colaborativa. Os maiores objetivos aqui podem ser

resumidos como:

q Aumento de vendas

q Melhor atendimento aos clientes

q Redução de custos e estoques

q Aumento na eficiência operacional

q Melhoria no relacionamento dentro da cadeia de suprimento

Todo processo esta baseado na capacidade da empresa se integrar

com seus fornecedores e com o canal de distribuição sem esquecer que isto é

parte de um posicionamento onde a busca pela eficiência no atendimento ao

mercado se inicia dentro da própria industria que procura passar valor e não

custos a seus clientes/consumidores através da racionalização de suas

atividades, aplicação dos princípios da reengenharia, benchmarking, sistemas

de qualidade total etc, buscando implementar um processo de produção que

elimine estoques parados e otimize todos os recursos disponíveis. Este

conceito foi definido como produção enxuta cujos princípios são:

q Produção Just in time

q Estoques mínimos em processo

q Fabrica e fornecedores próximos

q Produção nivelada

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q Racionalização do processo

q Especialização da mão-de-obra

q Melhorias continuas

Para se alcançar este nível de eficiência no lado do suprimento e

produção os parceiros precisam desenvolver estratégias que suportem esta

nova visão da manufatura e da gestão de materiais e devem estar preparados

tecnologicamente com sistemas que possam atender as necessidades de

comunicação eletrônica rápida, manutenção de grandes banco de dados e

sistemas integrados de gestão .

O compartilhamento de informações, tecnologias e o desenvolvimento

de um objetivo comum são o principal suporte para este novo paradigma.

As estratégias criadas para o desenvolvimento do que foi chamado

“filosofia da produção enxuta” passa a ser transferida e adaptada para o

sistema da logística da distribuição. Agora o desafio é criar mecanismo que

permita o fluxo contínuo de produtos no canal de distribuição, de forma a se

diminuir o máximo possível os estoques parados nos distribuidores, atacadistas

e varejistas, ao mesmo tempo em que aumenta a sua disponibilidade nos

pontos de venda. Uma das conseqüências diretas desta nova filosofia é o

aumento do giro das mercadorias que faria cair o estoque médio de produtos

no canal e promovendo uma queda nos custos associados à manutenção

desses estoques.

Para atender a este novo desafio da distribuição enxuta, as empresas

terão que se adequar tecnologicamente para terem as condições necessárias

para participarem dos arranjos mais eficientes entre industria e varejo, no futuro

próximo a competição deixara de ser entre empresas e passará ser entre

cadeias de suprimento, e será mais competitiva aquela que tiver maior

capacidade de agregar valor aos seus produtos e eficiência aos seus

processos.

O planejamento logístico exigido pôr cada uma dessas estratégias se

volta principalmente para a reposição contínua e rápida dos estoques no ponto

de venda, o uso de sistemas informatizados para troca de informações com

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maior rapidez e segurança, como o EDI (Troca eletrônica de dados), o

gerenciamento dos estoques pelo fornecedor, janelas de tempo para

recebimento e expedição prioritária de produtos, previsão de vendas assistida

por computador, e principalmente a mudança da cultura empresarial que deve

ser compartilhada com cada funcionário .

As estratégias criadas para dar suporte ao planejamento nos

processos da distribuição enxuta foram desenvolvidos inicialmente para

setores específicos, mas no final toda área da administração da produção,

operações e serviços, logística e marketing que as utilizam são comuns.

A filosofia de todos as estratégias acima esta baseada na integração

e colaboração entre o varejista distribuidor e o fornecedor que procuram

trabalhar juntos com o objetivo de eliminar custos excedentes na cadeia e

melhor servir o consumidor.

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Figura 3 – Cadeia de Suprimento Colaborativa (Extraída do

site:http://3.bp.blogspot.com/)

3.2 – FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS COLABORATIVA

Sistemas Colaborativos são ferramentas de software utilizadas em

redes de computadores para facilitar a execução de trabalhos em grupos.

Essas ferramentas devem ser especializadas o bastante, a fim de oferecer aos

seus usuários formas de interação, facilitando o controle, a coordenação, a

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colaboração e a comunicação entre as partes envolvidas que compõe o grupo,

tanto no mesmo local, como em locais geograficamente diferentes e que as

formas de interação aconteçam tanto ao mesmo tempo ou em tempos

diferentes. Percebe-se com isso que o objetivo dos Sistemas Colaborativos é

diminuir as barreiras impostas pelo espaço físico e o tempo

A tecnologia colaborativa é trabalhar em colaboração com outros

grupos, com ajuda das ferramentas de suporte, que ajudará-nos a obter

resultado do produto. Podemos considerar a tecnologia colaborativa como a

serviços fantásticos. Tecnologia do conhecimento. Proporciona às pessoas

conjuntos de ferramentas que ajuda a desenvolver o serviço e/ou produto numa

empresa ou organização de forma eficaz e eficiente. Ajuda a criar e ser criativo

para servir às necessidades. São ferramentas de suporte que ajuda nos

trabalhos em grupo ou de equipes.

As ferramentas da colaboração são disponibilizadas para as empresas

de forma a poderem trabalhar juntas, ou seja, em conjunto com mais facilidade

em tempo virtual e real. São softwares de colaboração que é instalado para

trabalhar. É uma ferramenta on-line que pode esta disponível numa empresa

e/ou organização, permite disponibilizar conteúdos através de um sistema de

plataforma, onde a instituição/empresa, disponibiliza os conteúdos e as

pessoas consultam, fazem download do mesmo. A gestão colaborativa

podemos designar como trabalhar Gestão Colaborativo em equipes de

desenvolvimento de software que exige a concepção de novas plataformas de

trabalho cooperativo que suportam, e integram mecanismos de colaboração

com ferramentas de coordenação de atividades com base em repositórios

colaborativos de objetos com características de elevada. A gestão colaborativa

é o processo pela disponibilidade e comodidade de uso, a qual se adquire,

gera, armazena, partilha e utiliza o conhecimento para melhorar continuamente

a qualidade, cumprindo a função da organização.

Entende-se como gestão de conteúdos, como manuseamento de um

site onde, cria-se um site, disponibiliza informações do gênero (imagens,

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textos), adiciona, edita, apaga no site. E só quem é dono de um site pode fazer

poderá ter acesso a esse tipo de serviço.

Um portal é chamado de site na internet, que funciona como Centro

Portal aglomerador e distribuidor de conteúdo para uma série de outros sites

ou subsites dentro, e fora, do domínio ou subdomínio da empresa gestora do

portal. Os portais constam de um motor de busca, por vezes considerável, de

áreas subordinadas com conteúdos próprios, uma área de notícias, um ou mais

fóruns e outros serviços de geração de comunidades e um diretório. Para

construir um portal é aconselhável utilizar outros tipos de conteúdos.

ferramentas de gestão de conteúdo (CMS) em vez de tradicionais editores de

HTML. Estes recursos ajudam a concentrar o trabalho num nível mais abstrato,

na medida em que alguns aspectos tecnológicos já são automatizados.

É uma das ferramentas mais interativas e colaborativas que existe.

Blog Publicação rápida de informações, comentários, pesquisas, localização

de é uma ferramenta perfeita para quem quer trocar conteúdos, entre outros.

Nele podemos divulgar todos os tipos de informações com o seu público final.

Existem vários termos para designar Sistemas Colaborativos, porém a

idéia principal ou objetiva desses sistemas, continua sendo os mesmos; que é

o suporte e a promoção da colaboração. Um termo muito utilizado no mercado

de sistemas colaborativos é o Groupware, junção das palavras inglesas group

(grupo) e software (programas de computação). Outro termo também utilizado

para se referir aos sistemas colaborativos, é os Sistemas Workflow. Um jargão

muito usado para designar Sistemas Colaborativos, se refere ao acrônimo

CSCW (Supported Cooperative Work - Trabalho Cooperativo Apoiado por

Computador).

Segue abaixo algumas taxionomias para Sistemas Colaborativos.

Sistemas colaborativos de gerenciamento de conteúdo - Ferramentas para

publicação automatizada com a participação de diversas pessoas e grupos na

elaboração do conteúdo.

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. Sistemas colaborativos de gestão do conhecimento - Ferramentas de

armazenamento, indexação, avaliação e distribuição de conhecimento tácito e

explicito.

Real Time Collaboration Tools (RTC) (áudio/vídeo/data conferencing) -

Ferramentas de colaboração síncronas que usam áudio, vídeo e dados.

Virtual Team Tools (DPM, virtual team and process-oriented tools) -

Ferramentas para grupos de trabalho. Divide-se em três classes:

Gerenciamento distribuído de projetos.-

Local de trabalho virtual- Processos e Workflow.

CRM Colaborativo (customer resource management) (CRM) -

Ferramentas para auxilio a processos de venda e atendimento a clientes.

Portais e Comunidades On-line - Ferramentas para comunidade

virtuais para troca de informações e idéias.

Ferramentas e infra-estrutura para colaboração Wireless - Ferramentas

para mensagens em dispositivos wireless. Normalmente se integram com as

demais soluções de colaboração.

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Figura 4 Administração do Fluxo de Informações na Cadeia Logística

Extraída do site: (http://admlogist.blogspot.com/2010/04/logistica-baseada-no-

tempo.html)

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3.3 – INTEGRAÇÃO COM FORNECEDORES

A cadeia logística é composta por grupos básicos de participantes. É

composta pelos seus clientes, fornecedores, e distribuidores, criando assim

uma cadeia logística simples. As cadeias logísticas prolongadas contêm, os

fornecedores dos fornecedores, ou os fornecedores finais, no início da cadeia

logística prolongada. Contém, também, os clientes dos clientes, ou os clientes

finais, no final da cadeia logística prolongada assim como empresas que

fornecem serviços a outras empresas da cadeia logística. Estas fornecem

serviços em logística

Os distribuidores são conhecidos como revendedores para entregar

aos clientes, ou seja, vendem os produtos em quantidades superiores as que

um consumidor normalmente compra. Esta organização tem várias funções,

como promoção e vendas do produto, administração de estoques, operações

de armazenamento, transporte do produto, suporte ao cliente e serviço pós-

venda. Um distribuidor pode ainda ser uma organização intermediária entre o

fabricante e o cliente,

Clientes ou consumidores são organizações que compram ou usam um

produto. Um consumidor pode comprar um produto com o objetivo de

incorporar noutro, vendendo posteriormente a outro cliente. Por outro lado, o

cliente pode ser o utilizador/consumidor final do produto

Os fornecedores de serviços são organizações que fornecem serviços

aos produtores, distribuidores, retalhistas e clientes. Desenvolvendo uma

perícia especial que se centra numa atividade particular da cadeia logística, por

essa razão desempenham os serviços mais eficientemente e a um preço

melhor que os produtores, distribuidores, retalhistas ou consumidores poderiam

fazer por si próprios. Os fornecedores de serviços proporcionam diferentes

tipos de prestações como:

q Serviço de transporte e armazenagem;

q Empréstimos e análise de crédito;

q Pesquisa de mercado e consultoria;

q Projetos do produto, serviços de engenharia, serviços legais e conselhos

de gestão;

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q Informações tecnológicas e recolha de dados.

Todos estes fornecedores estão integrados nas operações dos

produtores, distribuidores, retalhistas e consumidores da cadeia logística. Ao

longo do tempo, as necessidades da cadeia logísticas permanecem, no

conjunto, razoavelmente estável. O que muda é a mistura dos participantes na

cadeia logística, assim como os seus papéis. Em algumas cadeias logísticas

existem poucos fornecedores de serviços porque os outros participantes

desempenham estes serviços. Noutras cadeias logísticas, os fornecedores de

serviços especializados evoluíram, e, por isso, os outros participantes recorrem

à sua prestação em vez de realizarem a tarefa por si próprios

Benefícios da integração com fornecedores:

Cooperação genuína entre todas as partes da cadeia logística, com

informação partilhada e recursos;

Custos diminuídos, devido às operações balanceadas, stocks

pequenos, menos expedição, economia de escala, eliminação das atividades

que desperdiçam tempo ou não criam valor ao produto;

q Melhoria no desempenho devido a previsões mais exatas, melhor

planejamento, maior produtividade de recursos e prioridades racionais;

q Melhoria no fluxo de produtos, com movimentos mais rápidos e de

confiança;

q Aperfeiçoamento no serviço ao cliente, com lead times encurtados,

entrega mais rápida e maior personalização.

q Maior flexibilidade, com o aumento da rapidez de reação às condições

de mudança.

q Procedimentos estandardizados, tornando-se rotina e bem praticado,

com menos duplicação do esforço, informação e planejamento.

q Qualidade de confiança e menos inspeções, com programas de gestão

da qualidade integradas.

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3.4 - PLANEJAMENTO COLABORATIVO (CONSUMIDORES/CLIENTES)

Cada vez mais o grande desafio das empresas está em visualizar e

entender a sua demanda de forma precisa. O correto balanceamento entre

demanda e oferta tem sido foco de preocupação de todas as organizações que

desejam melhorar a eficiência nos planos, otimizando assim os níveis de

estoques, reduzindo rupturas, entre tantos outros benefícios

O planejamento refere-se a todas as operações indispensáveis para

planear e organizar as operações. Existem três operações particulares:

q Previsão da procura;

q Preço do produto;

q Gestão de estoques.

Este processo é determinante para o sucesso de uma organização,

pois dela são geradas informações essenciais para atender as necessidades

dos consumidores, que desejam que haja uma pronta entrega, e dos

acionistas, que desejam menores investimentos em estoques.

Planejar a demanda nem sempre é fácil, pois a incerteza em relação à

demanda vem aumentando sensivelmente, pois, atualmente temos:

q Menor ciclo de vida dos produtos – isto faz com que os dados históricos

em relação à demanda dos mesmos passem a contemplar períodos

cada vez menores;

q Proliferação de produtos concorrentes – a grande quantidade de

produtos faz com que os consumidores tenham uma gama maior de

alternativas e minimiza o conceito de fidelidade a um determinado

produto.

A estes fatos, acrescentamos ainda que o desafio no tratamento

estatístico dos dados históricos (técnicas estatísticas e software utilizado) e na

interpretação das informações de mercado (julgamentos pessoais, integração

entre as áreas funcionais e integração entre os elos da cadeia de suprimentos).

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No que se refere à interpretação de informações de mercado, a

importância da colaboração interdepartamental e entre empresas que compõe

a cadeia de suprimentos, pois segundo o autor a colaboração tem fator

determinante nas reduções de custos de estoques e na melhoria do nível de

serviço aos clientes.

O planejamento colaborativo refere-se a uma aliança entre

fornecedores, distribuidores, atacadistas e outros componentes da cadeia de

abastecimento que permite a comunicação aberta e segura, em tempo real, e

apóia um conjunto amplo de requisitos, possibilitando que

consumidores/clientes contribuam na geração dos números e participem das

etapas do processo para melhorar a acuracidade.

Planejamento Colaborativo pode proporcionar os seguintes benefícios:

q Melhoria no julgamento e tomada de decisão no que se refere à

interpretação das informações de mercado, pois várias áreas discutem e

possuem visões diferenciadas sobre o mercado.

q Integração entre as áreas funcionais devido à troca e ao

compartilhamento de informações e cooperação entre as mesmas;

q Diminuição do efeito “chicote” que ocasiona excesso de estoques em alguns momentos e rupturas de fornecimento em outros.

q Redução da marginalização dupla que consiste na incidência de uma

margem de lucro sobre a margem de lucro do elo anterior da cadeia de suprimentos.

q O planejamento colaborativo da demanda depende da troca intensiva

de informações e de mudanças organizacionais, estruturais e tecnológicas.

Segundo ele, as iniciativas de planejamento colaborativo da demanda podem

ser divididas em duas modalidades, a saber:

1) Iniciativas Internas – quando ocorre entre as áreas funcionais da empresa, 2) Iniciativas externas – quando envolve diferentes empresas, destacando-se

a filosofia de Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment (CPFR).

Colaboração, em negócios, é o trabalho conjunto de múltiplas

empresas de maneira a obter mútuos benefícios. Em termos de cadeia de

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suprimentos é compartilhar informações, conhecimento, riscos e lucros para

reduzir custos, tempos de atendimento e estoques e obter maior

produtibilidade, compartilhando tais benefícios também com os consumidores

finais.

Para atender este conjunto de desejos dos consumidores é preciso que

além da ótica de colaboração em negócios, se procure a sincronização entre

todos os elementos de uma cadeia de suprimentos, desde os fornecedores das

matérias primas básicas, passando pelas indústrias de transformação e

atacadistas, até os varejistas que atenderão os consumidores.

Aspecto fundamental desta colaboração e sincronização é a atividade de

planejamento colaborativo da demanda.

3.5 - CRM COLABORATIVO

Emergem novas práticas de relacionamento com clientes baseadas na

colaboração, sendo que a vertente estratégica do CRM ganha mais um aliado:

o CRM Colaborativo agrega valor às ações das empresas junto ao Customer

Intelligence (ou CRM Analítico)

Esta colaboração vem provocando mudanças na forma como as

empresas se inter-relacionam. A evolução do Supply Chain para processos

colaborativos e integrados já não é mais novidade. Neste novo contexto de

negócios e tecnologia, a transformação do Supply ganha dimensões,

alcançando, não só os clientes/consumidores na ponta da cadeia, mas toda

estrutura de Marketing nas empresas

. A nossa visão de CRM Colaborativo vai muito além de formas de

contato entre empresa e cliente que incluem e-mails, comunidades, Call

Centers, face a face etc. O que temos hoje, no mercado, é a aplicabilidade do

CRM Colaborativo sendo associada, quase que exclusivamente, à tecnologia

da informação. CRM Colaborativo visa o compartilhamento de informações

sobre clientes/consumidores e condições de mercado e organização de

processos entre empresas para produzir exatamente o que o cliente final

deseja e na hora em que ele está disposto a adquirir o produto/serviço.

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Teremos Redes Colaborativas de Valor (RCVs) competindo entre si na busca

da fidelização de ‘clusters’ qualitativas de clientes, ao invés de empresas

atuando isoladamente

Os passos da integração nas empresas ainda são lentos. Avançam,

entretanto, para desempenhar, em médio e longo prazo, importante papel nas

RCVs, evoluindo para a integração colaborativa entre empresas.

O modelo de CRM Colaborativo também permitirá maior agilidade operacional

com a troca constante de informações sobre clientes entre os players da cadeia

e o alcance da integração. Acordos estratégicos serão estabelecidos entre as

empresas parceiras da rede de valor para definir em que grau e com quais

parceiros as informações sobre clientes serão compartilhadas. As empresas

terão de ser mais responsivas, não só com clientes e/ou consumidores, mas

com toda a rede

A venda de kits com produtos similares e preços mais competitivos é

um exemplo de como se daria a expansão da base de clientes e redução de

custos em campanhas promocionais entre empresas parceiras, cujas ações

focam o CRM Colaborativo

Sendo a rede ampla, haverá maior conhecimento da capacidade de

ação e reação da empresa e da Rede Colaborativa de Valor entre parceiros

integrados. Ações de Gestão do Conhecimento figuram entre os principais

facilitadores deste processo com comunidades de prática e portais corporativos

interempresas.

Algumas empresas estão investindo em ambientes colaborativos, como

portais, com canais específicos para os clientes interagirem com os

funcionários, contribuindo até mesmo na concepção e lançamento de novos

produtos/serviços. O design de produtos, por meio de práticas colaborativas,

vem sendo utilizado e garantirá agilidade no desenvolvimento de

produtos/serviços personalizados. Essas ações já são praticadas por algumas

empresas e mostram algum grau de colaboração e inovação no relacionamento

com clientes. Entretanto, é preciso um conjunto de ações integradas, não

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isoladas, para a empresa mergulhar na era do CRM Colaborativo. Ações que

contemplem, também, o planejamento colaborativo de demanda e o logístico

para aumentar a venda nos canais tradicionais e garantir produtos sempre

disponíveis aos clientes por meio da reposição contínua de mercadorias. Ações

cuja produção seja norteada por demanda ‘real time' para que as empresas,

pertencentes à mesma rede de valor, possam compartilhar informações sobre

produtos/ serviços adquiridos pelos clientes

A grande questão é como interagir com o consumidor/cliente, se

possível em ‘real time’, para que ele nos direcione com informações valiosas do

quê e como deseja e em qual momento. Basicamente, as empresas buscam

essas informações com pesquisas. Porém, com a nova configuração de

negócios e economias interconectadas, pesquisas não serão suficientes.

No CRM Colaborativo, a forma de conversar com o cliente está na

customização e personalização que agregarão valor com o cruzamento de

informações entre empresas e a segmentação padrão do CRM Analítico

compartilhada entre os participantes da rede. Esse padrão mínimo de

classificar a informação não exclui, entretanto, a possibilidade de cada

empresa refinar /Data Mart com técnicas do CRM Analítico

Essa mudança exigirá das empresas revisão de processos, integração

e reestruturação de seus modelos de negócios. Os ganhos incluem redução

geral de custos para todos participantes na rede de negócios, proporcionando

benefícios diretos que se estenderão para a ponta da cadeia, junto aos

clientes/consumidores. O CRM Colaborativo não é modismo e veio para ficar.

Para exemplificar, algumas empresas do setor de serviços oferecem ao

consumidor a possibilidade de realizar a compra num dado momento, tendo a

opção de mudar futuramente. No CRM Colaborativo, as empresas irão

‘conversar’ com o consumidor no momento dessas transações. As informações

coletadas serão compartilhadas com todos integrantes da Rede Colaborativa.

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Figura 7 CRM Colaborativo (extraída do artigo de Aline Dutra,

2008,18,maio, publicado no portal da empresa MXStudio)

3.6 – REDUÇÃO DE CUSTOS – LOGÍSTICA COLABORATIVA

Para a maior parte do empresariado nacional, a grande dúvida é como

obter efetivamente uma redução de custos, elevando assim suas chances de

sucesso e lucro. Uma solução eficiente e ainda pouco usada – tanto aqui como

no exterior – é a Logística Colaborativa, ferramenta que consegue diminuir

gastos por meio de estratégias de parcerias entre duas ou mais empresas

A competitividade acelerada e acirrada transformou a redução de

custos em uma das maiores preocupações das empresas nacionais e

estrangeiras. No Brasil, com a instabilidade da economia, a política cambial, as

oscilações do dólar, cortar gastos é uma das mais eficientes formas para

garantir poder de negociação no mercado interno e externo. Mais do que

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nunca, oferecer produtos com preços menores é uma das formas de se poder

atingir um incremento nas nossas exportações. .

Com esta prática, é possível diminuir gastos em fases como a

produção, estocagem e na distribuição dos produtos. Apesar de ainda pouco

difundida, as empresas economizam milhões de dólares por ano ao

colaborarem com outras empresas. É com a troca de informações entre

parceiros que se põe em prática esta poderosa ferramenta.

Executar a Colaboração é compartilhar conhecimentos, riscos e lucros

para se reduzir custos, tempos dos ciclos e inventários. As oportunidades são

enormes para se reduzir taxas, eliminar o frete com meia carga, melhorar o

frete de retorno e para se conseguir uma entrega mais rápida e mais

consistente.

Com a Logística Colaborativa, as metas são definidas com os

fornecedores, o que gera otimização de estoques, melhora substancial na taxa

de serviços e desburocratização em processos administrativos. Ou seja, a

empresa aumenta a sua eficiência operacional, proporcionando mais

confiabilidade aos seus clientes e obtendo a tão esperada redução de custos.

O pensamento logístico em que estamos vivendo - o Gerenciamento da

Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management) -, onde o foco principal é

eliminar as barreiras entre parceiros de negócios, a Logística Colaborativa

assume uma importância vital. Permite um sincronismo de informações entre

todos estes elos da Cadeia de Suprimentos.

Em tempos de concorrência crescente, no qual se fala mais em

conceder redução dos custos do que em conseguir repassar um aumento dos

mesmos, a otimização dos processos de operação e o aproveitamento de

todas as possibilidades de potenciais de redução nos custos se tornam, um

fator crítico para a sobrevivência.

Uma área fundamental para este fim é a logística colaborativa, uma

cadeia de atividades que envolvem desde suprimentos até a entrega de

produtos, passando pela logística interna das empresas.

Pesquisas recentes mostram que o volume total de gastos logísticos

tem se mantido, porém que nos próximos anos deverá ocorrer a terceirização

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de pelo menos 8% deste montante, que migrará da situação in-house para um

prestador externo. O alvo prioritário é, naturalmente, a redução nos custos.

Paralelamente, a qualidade do desempenho também deverá melhorar

consideravelmente. Dentre estas melhorias, destacamos uma maior exatidão

do estoque, elevação da flexibilidade e o aumento da disponibilidade de

serviços fornecidos.

Nos últimos anos, em muitas empresas de porte médio, ocorreu um

desenvolvimento na sua produção, identificado através do aumento na

variedade dos produtos, lotes menores, aumento de pedidos fracionados,

internacionalização dos clientes e, no geral, um aumento dos volumes

produzidos.

As empresas expandem em relação ao faturamento e funcionários,

porém as áreas de suporte muitas vezes não acompanham esta evolução. O

arranjo físico não se torna adequado, e os espaços passam a se tornar

restritos, os recursos de Tecnologia de Informação são insuficientes, a

capacidade de estocagem se torna inadequada e com isto os gastos com a

gestão aumentam. Estas circunstâncias estão em total contraste com as

exigências atuais de mercado, que requerem dos participantes alta flexibilidade

e disponibilidade de produtos e serviços ao mesmo tempo. Outros

complicadores adicionais são áreas de produção espalhadas com pontos de

estocagem descentralizados e interligadas por movimentação interna de

produto.

Apesar dos grandes esforços aplicados, as empresas de porte nem

sempre apresentam precisão nos dados de estoque. Este fator desencadeia

uma série de conseqüências negativas:

1. Aumento das quantidades compradas, devido à desconfiança

sobre os dados de estoque;

2. Parada de produção pela falta de material;

3. Alterações súbitas de programação de produção;

4. Maiores quantidades de produção para compensar estoques

inexatos de produtos acabados;

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Os parceiros ideais para se praticar a Logística Colaborativa são: em

primeiro lugar, os seus fornecedores; depois, seus clientes; a seguir, os

operadores logísticos e, por último, os seus concorrentes. Existem vários casos

de sucesso comprovados em todo o mundo com a utilização da Colaboração

entre concorrentes do mesmo ramo de atividade. Sem dúvida, esta última

opção é a mais difícil de se conseguir, tanto aqui, como no exterior. As

empresas apresentam diferentes culturas, recursos, instalações, capitais

humanos e talentos.

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37

CAPÍTULO 4

TRANSPORTE COLABORATIVO

O transporte colaborativo, operacionalmente acontece com o

aproveitamento ou compartilhamento do mesmo equipamento de transporte

para um ciclo fechado de movimentação de cargas. É preciso juntar os

participantes da mesma cadeia logística ou embarcadores que ofereçam

cargas complementares, ou seja, cargas compatíveis com o equipamento de

transporte disponível na rota complementar, gerando a carga de retorno. A

questão que se apresenta é: como obter êxito nesta aplicação prática de forma

metodológica é usado para grandes volumes, especificamente para cargas no

transporte rodoviário. A proposta é desenvolver uma metodologia capaz de

conciliar e flexibilizar as restrições impostas pelas janelas de tempo, de modo a

interferir nos níveis hierárquicos de decisão, minimizando gastos em fretes e

consolidando os conceitos de transporte colaborativo em uma aplicação real.

No nível estratégico: contribuir no planejamento dos locais de armazenagem;

no nível tático: determinar o momento e origem da retirada; e no nível

operacional:

O transporte colaborativo pode ser uma ferramenta importante para a

obtenção deste objetivo, existe, porém, lacunas na literatura especializada para

materialização desses conceitos; e essa pesquisa procura trazer uma

contribuição nesse sentido, mas a falta de produtividade, tarifas inadequadas e

pouca eficácia na prospecção e operacionalização da carga de retorno fazem

dos custos fixos um problema de difícil solução nas condições atuais do

mercado. O custo de capital e a produtividade são fatores de extrema

motivação para o desenvolvimento dessa pesquisa. À medida que o veículo

não perde tempo procurando carga de retorno, está engajado de forma

sinérgica em ciclo de viagens, caracterizado o transporte colaborativo, a

produtividade cresce, crescendo a redução dos custos total de transporte

A colaboração entre vendedores e compradores através de co-

gerenciamento de processos e sistemas de informações. Como conceito

primário e gerador do CTM, o CPFR tem os seguintes objetivos básicos:

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melhorar eficiências; aumentar vendas; reduzir custos fixos, e capital de giro;

reduzir estoques na cadeia de suprimentos; aumentar a satisfação dos clientes.

Na busca constante de minimizar estoques na cadeia de valor, com janelas de

planejamento mais curtas, o transporte se tornou uma questão crítica no

processo. A Gestão do Transporte Colaborativo é um processo independente,

porém simultâneo ao CPFR, construída nas mesmas relações entre os

compradores e vendedores, mas incorporando informações novas e etapas

com os transportadores; estende a atuação do CPFR desde a confirmação do

pedido, e continua na entrega do produto, inclui as transações comerciais com

o transportador, como o pagamento desse. As oportunidades para colaboração

entre os compradores, vendedores e transportadores ocorrem em três

categorias principais: planejamento estratégico; previsão de demanda, re-

suprimento; e execução física.

Os problemas clássicos e suas inúmeras variantes, sempre o fizeram

através de uma abordagem ‘estática’, mais modernamente os mesmos

problemas são tratados com decisões em tempo real, ou seja, de forma

‘dinâmica’, distinguindo-os em uma determinada classe de problemas,

denominada de ‘Problemas de Transporte Dinâmico’, esta classe inclui, por

exemplo: Expedição e roteamento dinâmico; Gerenciamento dinâmico de frota;

Controle de tráfico terrestre; e Controle de tráfico aéreo.

A roteirização deverá ser dinâmica suficiente para que atenda

rapidamente todo e qualquer pedido, feito via de regra por telefone diretamente

do cliente requisitante, ao mesmo tempo otimizar o uso da frota existente

buscando a otimização de sua carga.

O problema de planejamento e designação de veículos às rotas,

consiste em consolidar uma programação de viagens e a respectiva

designação de veículos, que atenda ao conjunto de restrições

correspondentes, ao mesmo tempo em que venha a otimizar a ‘função objetiva’

do problema. O desafio na construção de controles operacionais em tempo

real, para sistemas complexos, requer a participação de diferentes grupos de

pessoas que contribuem de diferentes formas, como acontece em transporte.

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O problema de designação tem um espectro amplo e não trata apenas

de um problema específico de alocação simples, ou designação do veículo de

transporte, mas pode estar relacionado a um número grande de possibilidades;

sem a intenção de esgotá-las. Seguem-se alguns exemplos: O veículo

(caminhão, navio, avião, etc.) a uma determinada rota; O veículo a um

determinado cliente, ou a conjuntos de clientes; O veículo a uma determinada

carga, ou a um conjunto de cargas; O veículo a um ponto de origem ou destino,

como caminhões às garagens, navios aos portos, aviões aos aeroportos, etc.;

Motoristas ao veículo, tripulações aos navios ou aviões. A literatura é farta

nesse tópico, porém não para o planejamento e designação de veículos

rodoviários de carga; encontra-se um número muito maior para frotas de

navios, e ainda, referências para planejamento de frotas de aeronaves.

A consolidação da Metodologia de Implementação dos conceitos de

Transporte Colaborativo deverá estar faceada com os três níveis hierárquicos

de decisão: estratégico, tático e operacional. Para cada um dos níveis a

metodologia visa à obtenção do maior número de rotas conjugadas a fim de

diminuir o custo na contratação de transporte. Mesmo os momentos e

horizontes dos modelos serem diferentes, pois se aplicam separadamente em

cada um dos respectivos níveis, os processos é único e contínuo,

obrigatoriamente interligado e interdependente. Pode-se assim estabelecer

uma descrição preliminar da metodologia, com a visão geral do processo,

descrição esta que acaba por completar-se com o Fluxograma correspondente.

1 –Nível Estratégico: As empresas de forma independente e dissociada

realizam seus respectivos planos de negócios (denominado BP para este

trabalho – abreviatura para Business Plan). A partir desse plano macro, as

áreas de planejamento logístico passam a criar um plano de armazenagem e

transporte. Nesse ponto a metodologia propõe a completa interação dos planos

individuais, criando já um plano integrado de movimentação, com proposição

direta de seqüenciamento de movimentação de soja, visando favorecer no

plano tático a conjugação de cargas. A colaboração então se dá já no

planejamento logístico macro, com o posicionamento dos estoques, a

seqüência de sua movimentação de soja, e locais e momentos de entrega de

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fertilizante. O horizonte é anual, alguns autores consideram o horizonte anual

como curto para estratégico e o apropriam como ‘tático de longo prazo’, pois é

coincidente com o período que ocorre o Planejamento de Negócio das

empresas.

2 Nível Tático: Iniciando-se a operação propriamente dita, a partir de

um planejamento mensal de movimentação de soja e fertilizante, a aplicação

do modelo matemático será no nível tático. O resultado desta etapa da

metodologia irá indicar as rotas possíveis de conjugação e aquelas rotas que

poderão ser conjugadas no plano operacional, se e somente se houver a

concordância do deslocamento das janelas de tempo de movimentação das

rotas em questão de modo que essas sejam coincidentes. A colaboração nessa

etapa atinge não só os níveis de planejamento operacional, mas também as

áreas diretamente ligadas às áreas de negócio. A área de vendas de fertilizante

deverá concordar em adiantar ou atrasar entregas a seus clientes.

A flexibilização das janelas de tempo de entrega de fertilizante. É

importante notar que se no nível estratégico a área de negócios e de logística

da empresa de grãos deveria flexibilizar e mudar eventualmente a seqüência

de movimentação dos silos de soja, agora é a área comercial de fertilizante que

deverá flexibilizar e colaborar, já que a movimentação de soja estará em

marcha, buscando normalmente um navio atracado para exportação, ou uma

fábrica requerendo matéria prima. O volume de movimentação de fertilizante é

menor e comercialmente o cliente (mediante a planejamento prévio e consulta)

pode receber alguns dias antes ou depois; desta forma é o fertilizante que tem

de buscar coincidir sua movimentação com a expedição de soja.

3 Nível Operacional: A seqüência da metodologia irá fechar o processo

propondo então um conjunto viável e maximizado de rotas conjugadas. O

horizonte de planejamento é semanal e não cabe modelo matemático de

programação linear. A programação irá apresentar o conjunto de rotas

conjugadas e aquelas de impossível conjugação, em ambos os casos a

execução das viagens é ordenada.

Itens importantes para a implementação da Metodologia do transporte

colaborativo

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1. Transporte terrestre de grandes volumes de carga, em extensa abrangência geográfica e de rotas;

2. Cargas fechadas, completas, ponto a ponto; 3. Plano de Negócios com horizonte anual, como uma

ferramenta de gestão no nível hierárquico estratégico (tático de longo prazo) de decisão;

4. Plano de Transportes (rotas) com horizonte mensal, como uma ferramenta de gestão no nível hierárquico tático de decisão;

5. Conjugação de pares de viagens (A+B), não se conjuga mais de duas rotas diferentes;

6. Demandas conhecidas; 7. Capacidades de armazenamento finitas e conhecidas; 8. Capacidade ilimitada de transporte e os custos

unitários não variam com o volume; 9. Rotas conjugadas têm custo (ou frete) 6% menor do

que a soma das rotas simples correspondentes.

(extraída do artigo do - TRANSPORTE COLABORATIVO: CONCEITUAÇÃO, BENEFÍCIOS E PRÁTICAS – PARTE 2, de RENATA FIGUEIREDO e JULIANA FLORES, 2007,agosto,10)

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(extraída do artigo do - TRANSPORTE COLABORATIVO: CONCEITUAÇÃO, BENEFÍCIOS E PRÁTICAS – PARTE 2, de RENATA FIGUEIREDO e JULIANA FLORES, 2007,agosto,10)

(extraída do artigo do - TRANSPORTE COLABORATIVO: CONCEITUAÇÃO, BENEFÍCIOS E PRÁTICAS – PARTE 2, de RENATA FIGUEIREDO e JULIANA FLORES, 2007,agosto,10)

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CONCLUSÃO

Apesar da complexidade de se gerir os elementos da função logística

integrada, com os diversos desafios que esta gestão pode apresentar, acredita-

se que a organização deve buscar a parceria e a integração, visando os

benefícios mútuos que podem ser obtidos em relação a lucro, crescimento e

força dentro de diversos mercados onde estas empresas atuam. A parceria

entre os diversos integrantes da cadeia logística permite que os fluxos de

produtos, informações e recursos sejam contínuos e harmônicos.

Partindo de uma análise baseada em uma visão mais ampla, é possível

concluir que para obter os resultados preconizados pela metodologia Supply

Chain Management – SCM é de fundamental importância à disponibilidade de

uma arquitetura de sistemas de informações capaz de viabilizar o

gerenciamento integrado dos recursos e atividades existentes na cadeia de

suprimentos das empresas.

Com a logística colaborativa, a empresa-cliente planeia as suas

necessidades com os fornecedores tendo imensas vantagens como a

simplificação de procedimentos administrativos, redução dos custos e melhoria

da taxa de serviços. A logística colaborativa faz parte da filosofia de engenharia

simultânea nas empresas, acrescentando valor no desenvolvimento,

fabricação, comercialização e distribuição dos produtos.

A logística colaborativa é então a pratica da engenharia simultânea

quanto às necessidades cadeia de abastecimento. Por esta razão os ganhos

estimados com a implementação da logística colaborativa são naturalmente

mais importantes do que na abordagem tradicional da logística, onde os

ganhos de custos limitam-se praticamente às operações de transportes. Na

abordagem colaborativa, como s logística é pensada e definida logo desde o

início dos projetos, muitos são os ganhos como o melhor controle do custo de

transporte, a eliminação de stock desnecessário (supérfluos inadaptados ou

obsoletos). A logística colaborativa inverte o percentual de como as

encomendas são geridas, pois na abordagem clássica, 20% das encomendas

são planeadas e 80% são tratadas na urgência, enquanto na abordagem

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colaborativa, 80% das encomendas são planeadas, reduzindo assim

consideravelmente a margem de improviso.

Outro fato a ser destacado é o benefício ao meio ambiente. Com menor

número de equipamentos na operação gasta-se menos combustível e diminui-

se a emissão de CO2 na atmosfera, passando do ganho financeiro até ao

ganho ambiental

Através da implantação de sistemas Enterprise Resource Planning –

ERP pode-se certificar os muitos ganhos que a organização obtém, tais como:

agilidade, integração de processos, redução de custos, maior volume de

informações, confiabilidade dentre outros. Especialmente o foco nos processos

logísticos, direciona a empresa para o melhor caminho, assegurando a

execução e monitoramento das atividades que agregam maior valor aos

clientes.

Desta forma, considerando os objetivos postulados no início desta

pesquisa, pode-se concluir que os fundamentos teóricos e tecnológicos

contidos neste trabalho possibilitam a realização de projetos relacionados com

a modelagem e implementação de sistemas de informações capazes de

dinamizar o gerenciamento integrado dos processos logísticos das

organizações.

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GIMENEZ, Walter, D. – Conferência de Logística Colaborativa – 2003

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

LOGÍSTICA 9

CAPÍTULO II

LOGÍSTICA COLABORATIVA 11

CAPÍTULO III 14

CADEIA DE ABASTECIMENTO COLABORATIVA

3.1 – Ferramentas Tecnológicas Colaborativas 17

3.2 – Integração com Fornecedores 21

3.3 – Planejamento Colaborativo 22

3.4 – CRM Colaborativo 25

3.5 – Redução de Custos – Logística Colaborativa 27

CAPÍTULO IV

TRANSPORTE COLABORATIVO 36

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 47

ÍNDICE DE FIGURAS 48

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ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 – PRÁTICAS DE TRANSPORTES COLABORATIVOS 41

FIGURA 2 – PARCERIA NA LOGÍSTICA COLABORATIVA 16

FIGURA 3 – CADEIA DE SUPRIMENTO COLABORATIVA 21

FIGURA 4 – ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE INFORMAÇÕES 25

FIGURAS 5 e 6 – EVOL. DOS NÍVEIS DE COLABORAÇÃO E

SEUS BENEFÍCIOS 42

FIGURA 7 – CRM COLABORATIVO 33