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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM OS BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO PROCESSO LOGÍSTICO Por: Rodrigo de Carvalho Fonseca Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

OS BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO PROCESSO LOGÍSTICO

Por: Rodrigo de Carvalho Fonseca

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro 2011

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A aplicação da tecnologia da Informação no ambiente logísticos de Estoque e armazenagem.

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Logística

empresarial.

Por: Rodrigo de C. Fonseca

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, autor

e consumador da minha fé, que tem

me sustentado até aqui, minha família,

meus pais, minha esposa, irmã,

sobrinhos, parentes e amigos por todo

apoio.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai, minha

mãe, minha esposa e familiares.

5

RESUMO

Este estudo de caso é baseado na ação da tecnologia da informação no

ambiente logístico. Dentre muitos lugares, foi escolhida uma empresa do

seguimento de cosméticos localizada no Rio de Janeiro, onde atualmente

encontramos um cenário tecnológico bem diversificado, com muitos projetos

sendo estudados. Em pouco tempo atrás, sua gestão era realizada de maneira

rudimentar e um tanto quanto ineficiente. Com o aumento da demanda e

crescimento da competitividade, ficou impossível encarar o mercado sem apoio

da tecnologia. A empresa se deparou com uma pergunta e um problema, que

atualmente está sendo respondida não só por ela, mas por toda empresa que

pretende manter-se viva. Existe logística eficiente sem tecnologia? A resposta

é não! Nos capítulos seguintes serão abordadas diversas tecnologias utilizadas

no crescimento e sucesso desta empresa.

6

METODOLOGIA

A falta de investimento ou a realização de investimento inadequado na

Tecnologia da informação tem sido um dos maiores problemas dentro das

empresas atualmente. Através de mapeamento de processos internos,

análises de documentos, entrevista com gestores e através de pesquisas

bibliográficas e pesquisas de campo, visando encontrar as ferramentas

tecnológicas que mais se adequarem à realidade da empresa, capacitando

pessoal, agilizando processos e circulando informação ( On line , On time e

Full time) , facilitando a tomada de decisões , diminuindo o feedback entre o

operacional e o administrativo, aumentando a confiabilidade, integridade e

segurança das informações e atingindo as metas.

As informações obtidas para realização deste trabalho foram

conseguidas através de entrevistas com gestores e supervisores, que não só

cooperaram de maneira verbal, mas com a disponibilização de dados como

acesso a documentação, descrições de processos e visita as unidades com

permissão para coleta de imagens. Para fundamentação foram utilizadas

fontes teóricas como livros, artigos e revistas e também sites na internet.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A Empresa 10

CAPÍTULO II - A tecnologia da Informação 11

CAPÍTULO III – A Aplica cão de tecnologias 14

CAPÍTULO IV – Aplica cão de tecnologias em estoque

e Armazenagem 21

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS 47

ÍNDICE 49

8

INTRODUÇÃO

A logística hoje é considerada como uma poderosíssima ferramenta de

integração da cadeia de negócios em sua totalidade, abrangendo clientes,

fornecedores e os demais relacionados direta ou indiretamente com a mesma.

As empresas que desejam ser referência em seu ramo de atividade

precisam buscar a melhoria contínua, desta forma a ação da tecnologia no

processo logístico é fundamental, desde a coleta dos dados no pedido até a

entrega do bem ou serviço. É preciso conhecer bem o ambiente onde o

negócio está atuando, para saber quais ferramentas poderão ser utilizadas

minimizando impactos negativos para a organização.

A falta de investimento, ou investimento sem planejamento em T.I, pode

acarretar uma série de deficiências, tais como atraso de entregas, falta de

rastreamento, baixíssima acuracidade, falta de controle no lote de compras,

falta de roteirização, Retrabalho por falha humana, atrasos nas separações

dos pedidos, atrasos nas entregas, falta de produto e erros no controle de

estoque. Esses exemplos são problemas que as empresas devem se atentar

para não cometerem ou, no pior dos casos, minimizarem.

Como fonte de estudo de caso, foi escolhida a Niely Cosméticos, uma

empresa do seguimento de cosmético situada na baixada fluminense, que têm

obtido um crescimento bastante considerável nos últimos anos. Tal

crescimento se deve a combinação de planejamento estratégico com o

investimento em tecnologias de diversos tipos em diversas áreas, desde a

realização de um pedido até sua entrega ao cliente.

Os assuntos abordados neste trabalho são:

A Empresa como ela surgiu e como ao longo do tempo e com ajuda da

tecnologia tem conseguido alcançar suas metas.

Em seguida abordamos o que é a tecnologia informação, qual seu papel

em um processo de mudanças, a evolução tecnológica nos últimos dois

séculos.

Fala ainda sobre a aplicação de tecnologias, seu benefícios e como tem

atuado nos processos da empresa considerando desde a emissão de um

9

pedido por um representante ou troca de dados eletrônicos (EDI), passando

pelos processos de planejamento e controle de produção, estoque e

armazenagem, faturamento, expedição até a chegada ao consumidor final.

Trata ainda, com destaque, a aplicação de tecnologias em estoque e

armazenagem, abordando suas definições, estruturas adotadas pela empresa

como as de controle de fluxo recebimento e movimentações internas,

acondicionamento de produtos,definições de equipamentos para manuseio de

materiais e por fim a gestão de estoque e armazém através de um sistema

WMS e o controle de frete através de um TMS.

10

CAPÍTULO I

A EMPRESA

A Niely Cosméticos, situada em Nova Iguaçu, município da baixada

fluminense, que fabrica produtos acabados das linhas de shampoos, pós-

shampoos e coloração capilar, e é hoje considerada uma das principais

indústrias brasileiras do setor de cosméticos. Seu público-alvo é formado por

consumidores das classes "C", "B" e "A".

A Niely nasceu, em 1986, a partir das idéias do engenheiro químico

Daniel de Jesus, seu presidente, iniciando suas atividades com cinco

empregados em uma pequena fábrica em Nova Iguaçu. O grupo da Niely

Cosméticos além do parque fabril, que conta com 20 mil m² - onde funciona o

escritório central - é composto por uma unidade comercial com 3 mil m², um

centro de distribuição, a Hargus, com 7.350 m² e a sua própria fábrica de

embalagens, a Niely Embalagens, que faz parte do complexo com 530.000 m²

comportando também a nova estrutura de armazenagem do grupo.

A escolha da posição do novo armazém em Santa Rita, Nova Iguaçu, foi

estratégica, em razão do escoamento da produção. Isso porque os caminhões

que saem e chegam neste armazém têm maior facilidade de conexão ao Arco

Rodoviário do Rio de Janeiro, que está em construção.

O faturamento para o ano de 2010 Ficou em torno de R$ 520 milhões e

faturamento previsto para o ano de 2011 é de R$670 milhões.

A empresa tem como meta investir, nos próximos cinco anos, R$ 50

milhões na expansão de suas instalações.

A empresa começou a exportar seus produtos em 1999. Atualmente, já

exporta sua linha completa nos segmentos de coloração, transformação,

tratamento capilar e corporal para países da Europa, África, Ásia (Japão).

Atualmente seu contigente é de mais de 2 mil funcionários e a empresa

é detentora de três 3 marcas de grande sucesso: Niely Gold, Cor&Ton e

permanente Afro, sua linha mais conhecida.

11

CAPÍTULO II

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

1.1 Revolução tecnológica

Segundo Rodrigues & Ferrante (2000), os processos de mudanças tem

duas fontes fundamentais. A primeira somos nós mesmos, da nossa forma de

pensar e de ver o mundo, que evolui. A segunda é o próprio mundo que nos

cerca, em constante processo de alteração, a partir dos avanços da ciência e

da tecnologia. A tecnologia, em particular, tem um papel fundamental dentro de

um processo de mudanças. Muitas vezes uma inovação tecnológica nos faz

até repensar a forma de viver. Outras vezes mudamos a forma de agir até

inconscientemente, como consequência de uma inovação tecnológica.

As principais mudanças tecnológicas ocorreram no final do século XIX e

século XX. Conforme tabela a seguir.

ANO INVEÇÃO 1800 Pilha Elétrica 1802 Fotografia 1816 Bicicleta 1820 Motor elétrico 1850 Geladeira 1876 Telefone 1878 Fonógrafo 1879 Lâmpada elétrica 1882 Ventilador Elétrico 1884 caneta-tinteiro 1885 Carro a vapor 1887 Lentes de contato 1893 Carro a gasolina 1895 Raio X 1895 Cinema 1896 Caminhão motorizado 1901 Rádio AM 1906 Avião 1912 Rádio FM 1914 Ar Condicionado 1916 Liquidificador 1925 Televisão em preto e branco 1931 Ônibus 1935 Filme colorido 1935 Radar 1937 Caneta esferográfica 1939 Helicóptero 1941 Aeronave a Jato

12

1945 Bomba Atômica 1946 Forno Microondas 1946 Computador Digital 1947 Transistor 1950 Cartão de crédito 1951 Raio laser 1955 Televisão a cores 1962 Vídeo game 1965 Gravado de fita cassete 1969 A Arpanet, rede de pesquisa uso militar 1969 Vídeo cassete 1975 Microcomputador pela Intel 1975 Ultra-som 1981 Internet, expansão da Arpanet 1983 Lançamento do Telefone celular 1985 Lançamento do Pager 8 bits 1994 1ª máquina digital fotográfica 1997 Bichinho virtual (Tamagoshi)

Tais evoluções continuaram, até chegar aos tempos atuais, em que se

torna capaz de realizar todo um processo logístico sem nenhuma intervenção

humana. Para Guarnieri (2006), para que se obtenha sucesso no processo

logístico, é muito importante ter um sistema de informações que possa atender

e dar suporte a todos os processos que compõem sua estrutura. A

administração de materiais, o planejamento da produção, o suprimento e a

distribuição física devem assim integrar-se para remodelar o gerenciamento

dos recursos fundamentais.

O uso de qualquer tecnologia repercute positiva ou negativamente na

cultura organizacional das empresas, pois implica em mudanças na forma de

execução do trabalho dos seus membros.

As tecnologias de informações são ferramentas para facilitar as

integrações entre as empresas de uma cadeia produtiva diminuindo o tempo

de transações, pedidos, compras, facilitando o fluxo de informações,

diminuindo custos provenientes de erros humanos, otimizando processos, etc.

A seguir, exemplos de tecnologia de informação para o gerenciamento

de centrais de distribuição:

WMS - Warehouse Management System (Sistema de Gestão de

Armazém);

13

OMS - Order Management System (Sistema de Gestão de Pedidos);

TMS - Transport Management System (Sistema de Gestão de

Transporte);

Sistemas de rádio freqüência com a utilização de coletores de dados

por código de barras, Sistemas de Gestão, Roteirizadores, Sistemas de

Captação de Pedidos.

Soluções tecnológicas de armazenagem como, mini-loads, sistemas

AS/RS(Automatic Storage e Retrieval Systems) e WMS são combinações de

equipamentos e sistemas de controle que deslocam, armazenam e coletam

produtos com alta precisão, acurácia e velocidade, dependendo do grau de

automação. Tais sistemas também reduzem o tempo de movimentação do

operador e equipamentos como código de barras e leitores óticos reduzem o

tempo de procura e documentação.

Para entendermos como a tecnologia atua nos processos de estoque e

armazenagem é preciso saber como funcionam os eventos anteriores com

atuação da tecnologia da informação, partindo da retirada de um pedido pelo

representante comercial.

14

CAPÍTULO III

A APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS

Com o aumento das vendas e crescimento da empresa, viu-se a

necessidade de fazer com que os pedidos chegassem e fossem integrados ao

sistema corporativo de maneira rápida e eficaz. Com isso, foi adotado o

sistema de emissão de pedidos através de palm, fazendo assim a conexão

direta dos representantes distribuídos por todo país com a empresa.

Desta forma os representantes, de maneira fullduplex, emitem os

pedidos dos clientes e ao mesmo tempo recebem atualizações da tabela

logística, status de seus pedidos e mensagens através de seus equipamentos.

Para este serviço, a empresa conta com apoio de um terceiro que faz a

conexão, de forma transparente, entre os PDA’s e os servidores internos da

empresa. Os pedidos são processados e avaliados sob uma política interna

definida para cada cliente mediante seu perfil e condições preestabelecidas.

Este processo interno é realizado pela combinação de vários tipos de

tecnologias e plataformas, criando assim um ambiente híbrido com tecnologias

próprias e terceirizadas.

3.1 Tecnologia aplicada no processamento de pedidos.

Após o recebimento, os pedidos são processados e avaliados quanto ao

seu valor, desconto permitido e situação do cliente. Tudo isso ocorre de manei

automatizada através de um sistema legado, ou seja, uma interface

desenvolvida pela própria empresa, profissionais capacitados analisam de

forma digital liberando ou não os pedidos para faturamento.

Outra forma de processamento de pedidos adotados pela em presa é

através do EDI Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados).

A cada dia o uso do EDI é mais freqüente, pela necessidade de rápida

adequação e pela exigência de maior integração entre as empresas.

O EDI surge como um tipo de tecnologia de informação capaz de

estreitar o relacionamento entre empresas, podendo ser definido como um

fluxo eletrônico e padronizado de dados entre empresas que permite melhorar

os resultados, tanto em termos operacionais quanto estratégicos.

15

O EDI tem sido utilizado como uma ferramenta estratégica pelas

empresas, principalmente na relação cliente-fornecedor, podendo ser definido

como o movimento eletrônico de informações entre o comprador e o vendedor,

com o propósito de facilitar uma transação de negócios.

3.1.1-Benefícios, problemas e barreiras vencidas na implantação do

EDI.

Benefícios Problemas e barreiras vencidas

Adição de valor ao

negócio

Apreensão dos funcionários com o novo processo.

Intensificação da

vantagem de tempo.

Barreiras culturais.

Vantagem financeira.

Problemas de conscientização da alta administração

sobre o uso do EDI.

Melhoria nos

controles.

Riscos de interconexão nas redes de trabalho, riscos

de registros inadequados e riscos de alterações

introduzidas nas mensagens

Tomada de decisão.

3.2 Faturamento.

Após a liberação dos pedidos segue o processo de faturamento, nesse

processo existe uma integração entre os sistemas legados e um software

adquirido do tipo ERP Enterprise Resource Planning (Planejamento de

Recursos Empresariais), onde é possível saber se o produto pode ser faturado

ou na pior das hipóteses realizarem o corte no faturamento.

O processo de faturamento além do sistema ERP, conta com um

servidor dedicado de NF-e (Nota fiscal eletrônica ) Integrada ao

software.Através dele é possível emitir as notas e receber automaticamente da

16

Receita federal a liberação dos DANFE’s ( Documento Auxiliar a Nota Fiscal

Eletrônica).

3.3 ERP Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos

Empresariais)

ERP é um sistema de gestão empresarial. Imagine que você tenha uma

empresa que conta com vários sistemas, um para lidar com as contas a pagar,

um para gerar folhas de pagamento, um para controlar vendas, um para

gerenciar impostos, um para analisar metas e desempenho, entre outros. Em

vez de existir um ou mais softwares para cada departamento da companhia,

não seria melhor contar com uma integração entre eles, de forma que todos

fizessem parte de um sistema unificado.

Dentre os departamentos que fazem uso do sistema ERP está o

departamento de compras - que, anteriormente à aquisição do sistema

transacional, realizava o controle de cotação de forma não automática e

sistematizada, tendo unicamente como recurso a cotação por telefone/fax e e-

mail junto aos fornecedores, e de forma paralela a qualquer sistema da

empresa. Nesse processo, era necessário fazer uma nova digitação de todos

os itens no recebimento da mercadoria com a nota fiscal. Com o uso do ERP,

esse departamento passou a interagir com o estoque, e o sistema também

passou a fazer um controle de qualidade. O projeto de implantação do sistema

ERP surgiu em virtude da padronização de informações e da necessidade de

se ter uma base única dos dados.

Outros departamentos que também já haviam sido incorporados ao ERP

foram: estoque, planejamento e controle de produção, inspeção de entradas,

contabilidade, fiscal, departamento de pessoal, tesouraria, fiscal, manutenção

de ativos, medicina e segurança do trabalho, recrutamento e seleção de

pessoal sendo que todos estes módulos trabalham de forma integrada com um

único banco de dados como fonte de informação.

3.4 PCP (Planejamento e controle de produção).

O departamento de PCP (Planejamento e controle de produção ), como

próprio nome já diz , é responsável por coordenar desde a manipulação da

matéria-prima até o envase do produto, calculando assim os rendimento e

17

perdas . Para tal conta com o apoio do sistema ERP, que administra através

de dados imputados o estoque dos insumos separados em forma de

“pulmões”, forma adotada pela empresa criando pequenas reservas de

atendimento imediato para as “OP’s” (Ordens de Produções) emitidas.

Através de uma estrutura pré-cadastrada no sistema, o ERP calcula a

quantidade de insumos a serem empenhados para a produção a ser realizada.

O Processo de requisição é controlado através de movimentações

internas que efetuam a baixa automática do item no estoque após a

confirmação da operação.

Segundo Pozo (2004), a abordagem logística tem como função

examinar de que modo a administração de uma organização pode otimizar

seus recursos de suprimento, estoques e distribuição dos produtos e serviços

por meio de planejamento, organização e controle efetivo de suas atividades

correlatas, flexibilizando o fluxo de produtos.

Após a emissão das ordens de produção (OPs), inicia o processo de pesagem

e manipulação dos insumos. Tais processos contam com apoio de

equipamentos digitais de alta precisão e painéis de digitação que acoplados a

um sistema automatizado transporta através de dutos a quantidade necessária

para a produção prevista nas OPs.

Figura 1- Balança digital de alta precisão .(adaptada de Fonseca,2011)

Figuras 2 e 3- Painéis digitadores de batelada

18

Figura 2 (Fonseca, 2011)

Figura 3. (Fonseca, 2011)

19

Terminado o processo de manipulação e pesagem, todo material é

conduzido e inserido em grandes reatores, ou seja, recipiente automatizado

com temporizadores e pás giratórias, uma espécie de “batedeira gigante”,

como mostra figura 4.

Figura 4 Reatores (Fonseca, 2011)

Finalizado o processo de produção, uma amostra é enviada ao labora

tório para análise e aprovação. O produto aprovado, o mesmo é certificado e

liberado para o processo de envase.

O processo de envase conta com um maquinário moderno que quase

independe totalmente de intervenção humana, garantindo qualidade total do

produto como mostra figura 5.

20

Figura 5 Fábrica da Niely Cosméticos ( Ribeiro,2009)

Em seguida do produto devidamente embalado, inicia-se o processo de

paletização do produto acabado e encaminhamento para armazenagem e

estocagem. A partir de então, todo palete é conferido etiquetado e lançado no

sistema ERP para controles de produção, tais como ganhos e perdas, baixas

das ordens de produção e entrada no estoque automaticamente.

21

CAPÍTULO IV

A APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM ESTOQUE E

ARMAZENAGEM

4.1 Definições de Estocagem e Armazenagem.

Armazenagem é a denominação genérica e ampla, que compreende

todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à

distribuição de materiais (depósitos, centros de distribuição etc.). Já a

estocagem é definida como sendo uma das atividades do fluxo de materiais no

armazém e ponto destinado à locação estática dos materiais. Em um

armazém, pode haver vários pontos de estocagem (Moura,1997). Dentro do processo logístico, a armazenagem é considerada uma das

atividades de apoio que dá suporte ao desempenho das atividades primárias,

para que a empresa possa alcançar o sucesso, mantendo-se e conquistando

clientes com pleno atendimento do mercado e satisfação total do acionista em

receber seu lucro (Pozo, 2004).

Segundo Ballou (1993), há quatro razões básicas para que uma

empresa destine parte de seu espaço físico à armazenagem: redução de

custos de transporte e produção; coordenação de suprimento e demanda;

auxilio ao processo de produção e auxilio ao processo de marketing.

Neste caso encontramos três tipos de estoque e armazenagem, o

primeiro destinado a insumos, o segundo referente ao resultado da produção,

ou seja, transitório de produtos acabados e o terceiro destinado ao estoque e

armazenagem dos produtos para expedição. Cada ambiente de armazenagem

tem suas particularidades físicas e tecnológicas, formando um cenário bem

híbrido.

4.2 Estoque e Armazenagem de Insumos.

A armazenagem dos insumos é realizada conforme alguns critérios, dentre os

quais estão segurança, integridade, normas que atendem os critérios

determinado por órgãos competentes através de legislação, como ANVISA.

Em sua maioria os itens são estocados no sistema de condomínio,

contendo ruas prédios, andares e apartamentos, com etiquetas contendo seu

22

código, quantidade e validade, permitindo que possa realizar fisicamente o

sistema de FIFO (First In First Out), controlado pelo ERP, como mostra a figura

a seguir.

Figura 6 Estoque de insumos (Fonseca, 2011)

Todo processo de estoque de insumos é controlado por um sistema

ERP, que coordena todo processo desde a emissão do pedido de compras

para os fornecedores quanto ao recebimento do produto na empresa.

Após a realização da cotação o sistema ERP emite um pedido de

compras que em seguida é avaliado pelo comprador. Sendo aprovado o

sistema muda o status do pedido para que seja enviado ao fornecedor,

passando então a assumir os critérios pré-estabelecidos como prazo e

autorização de entrega. O sistema ERP passa a controlar através de

parâmetros internos configurados de acordo com as condições de cada

fornecedor, podendo assim realizar um ranking para avaliação da pontualidade

dos mesmos.

23

No processo de recebimento ocorre a mobilização de vários módulos do

ERP, são eles: Compras, Controle de qualidade, estoque e custos, financeiro,

contabilidade e livros fiscais.

Ao dar entrada na nota fiscal, o sistema alerta o conferente que

realizada um processo chamado de conferência “cega” em que o sistema

mostra o código e a descrição do produto a ser recebido, porém a quantidade

é lançada a partir da conferência física, fazendo uma comparação entre a

quantidade comprada e quantidade entregue no momento da conferência.

Caso haja divergência entre os valores lançados o sistema emite

imediatamente um alerta para serem tomadas a providências cabíveis. Assim

que a conferência é realizada o módulo de controle de qualidade é acionado

para que colham amostras e aprovem ou reprovem a matéria-prima recebida.

Após análise minuciosas, é dado o resultado, se reprovado o produto é

devolvido e especificado no sistema o motivos com todas as referências, se

aprovado o sistema além de realizar o processo de liberação, automaticamente

dá entrada no estoque e o produto é etiquetado e armazenado.

Em seguida a aprovação da matéria-prima, o sistema automaticamente

modifica o status do pedido de compras de liberado para recebido parcial ou

totalmente, conforme data de entrada da nota fiscal. Em seguida são

acionados dois módulos de sistemas, o de contabilidade, onde são realizados

os procedimento para retiradas de razões contábeis da empresa para

cumprimento das obrigações fiscais e financeiro, gerando um título a pagar

referente ao material comprado.

Para organizar o processo foram criados dentro do ERP Armazéns

virtuais, onde os produtos são destinados e organizados segundo seus grupos

e processos nos quais se encontram como qualidade, estoque padrão,

”pulmões” e devoluções. Os pulmões são armazéns destinados à reserva dos

insumos para requisição imediata pela produção. As imagens a seguir

retratam as estruturas de recebimento geral e transferência entre o armazém

padrão e os “pulmões”.

24

Figura 7-Fluxo de Recebimento (Fonseca, 2011)

Figura 8 – Fluxo de requisição e transferência (Fonseca, 2011)

25

4.3 Estoque e armazenagem de produtos acabados (Pós-Produção)

Depois de terminado o processo de produção, os produtos acabados

são paletizados, embalados, conferidos e cadastrados no sistema ERP, dando

assim, a baixa da OP (Ordem de Produção). Em seguida, os paletes são

transportados para uma área de transição onde aguardam a transferência para

o CD (Centro de Distribuição).O controle do lote é feita através de códigos de

barras do tipo EAN -13, contendo também lote e data de fabricação.

O código EAN/UPC é um sistema internacional que auxilia na identificação

inequívoca de um item a ser vendido, movimentado e armazenado, sendo o

EAN-13 o mais conhecido e utilizado mundialmente. A estrutura numérica do

código (que geralmente fica abaixo das barras) representa as seguintes

informações (tomando-se como exemplo o código 7898357417892):

• os 3 primeiros dígitos representam o prefixo da organização responsável

por controlar e licenciar a numeração no país (o prefixo 789 corresponde

ao Brasil e 560, a Portugal);

• os próximos dígitos, que podem variar de 4 a 7, representam a

identificação do fabricante ou empresa proprietária da marca do

produto; no exemplo é 835741 (6 dígitos);

• os dígitos 789 representam a identificação do produto, e são atribuídos

pelo fabricante;

• o último dígito 2 é chamado de dígito verificador e auxilia na segurança

da leitura.

No total o código EAN-13 deve ter 13 dígitos. Vale ressaltar que os

números da empresa variam de organização para organização, os números

que identificam o item variam de item para item e o dígito verificador deve ser

recalculado a cada variação na numeração. Existem outros tipos de códigos

padrões para diversas aplicações.

De acordo com Bowersox & Closs (2001) o código de barras é a tecnologia

de colocação de códigos legíveis por computador em itens, caixas, contêineres

26

e até em vagões ferroviários, que atribuem um número exclusivo a cada

fabricante e a cada produto. Quando padronizados reduzem erros de

recebimento, manuseio e expedição de produtos, sendo capaz de diferenciar,

por exemplo, o tamanho da embalagem e até o sabor do produto.

A classificação ou codificação de materiais se propõe a catalogar,

simplificar, especificar, normatizar e padronizar todos os materiais

componentes do estoque da empresa. A necessidade de um sistema de

classificação é fundamental para qualquer departamento da organização, visto

que sem ela não há como existir um controle eficiente dos estoques,

procedimentos de armazenagem adequados, localização rápida dos materiais

em estoque e uma operacionalização do almoxarifado de maneira correta.

Em complemento a autilização do sistema de código de barras são

usado leitores óticos para agilizar o processo de controle.

Figura 9 –Scaner manual e etiqueta de Código de barras(adaptada de

Google, 2011)

4.4- Gestões de estoque e armazenagem (Centro de Distribuição).

Os depósitos prestam quatro classes principais de serviços ao usuário. São

estes:

• Abrigo de produtos: talvez o uso mais óbvio da armazenagem seja a

guarda de estoques, gerados pelo desbalanceamento entre oferta e demanda.

27

Garante proteção e outros serviços associados, como manutenção de

registros, rotação de estoques e reparos.

• Consolidação: a estrutura das tabelas de frete, principalmente quando

contém reduções substanciais para grandes lotes, influencia a forma pela qual

os depósitos são utilizados para a movimentação de produtos. No caso de

mercadorias originárias de muitas fontes diferentes, a empresa pode

economizar no transporte, caso as entregas sejam feitas em um armazém,

onde as cargas são agregadas, ou consolidadas, e transportadas em um único

carregamento até seu destino final. Esse tipo de armazém de consolidação é

mais frequente no suprimento de materiais.

• Transferência e Transbordo: na transferência, fracionam-se quantidades

transferidas em grandes volumes em quantidades menores, demandadas

pelos clientes. Estabelece-se um depósito regional que receberá pequenos

volumes, de acordo com a necessidade dos clientes. Esta função é oposta à

da Consolidação. O caso do transbordo é semelhante, porém difere do

primeiro no fato de que o depósito não serve para a guarda dos produtos. Ele

serve, simplesmente, como o ponto em que os grandes lotes de entrega

terminam sua viagem e em que se originam as entregas dos volumes

fracionados.

• Agrupamento: um uso especializado para depósitos é o agrupamento

de itens de produto. Algumas empresas com linha extensa de produtos podem

fabricá-los de maneira integral em cada uma de suas plantas industriais.

Geralmente, os clientes compram a linha completa e, assim, podem-se obter

economias de produção pela especialização de cada fábrica na manufatura de

uma parte da linha de produtos e, sendo possível entregar a produção em um

depósito, onde os itens são agrupados conforme os pedidos realizados. O

custo de armazenagem é compensado pelos menores custos de manufatura,

devido aos maiores lotes de produção para menos itens em cada planta.

A armazenagem deve ser planejada, envolvendo desde o layout do

armazém, o manuseio de materiais, a embalagem, a identificação dos

materiais, os métodos de localização de materiais, até o custo e nível de

serviço que se deseja oferecer. Lembra ainda que um dos aspectos mais

28

relevantes é justamente a detecção do ponto de equilíbrio entre o custo de se

manter estoque, com relação ao nível de serviço que se deseja oferecer,

segundo Barros(2005).

4.4.1. Movimentação interna e acondicionamento do produto.

“O manuseio ou movimentação interna de produtos e materiais significa

transportar pequenas quantidades de bens por distâncias relativamente

pequenas, quando comparadas com as distâncias na movimentação de longo

curso executadas pelas companhias transportadoras. Esta atividade é

executada em depósitos, fábricas e lojas, assim como no transbordo entre

modais de transporte. Seu interesse concentra-se na movimentação rápida e

de baixos custos das mercadorias” (Ballou, 1993, p.172).

O manuseio ou movimentação interna de produtos e materiais está

associado com a armazenagem e também à manutenção dos estoques. Pode

ser a transferência de materiais do estoque para o processo produtivo ou deste

para o estoque de produtos acabados. Pode ser também a transferência de

um depósito para outro.

É essencial o correto gerenciamento do manuseio e armazenagem.

Produtos entregues com danos ou em volumes de difícil manuseio promovem

a insatisfação do cliente e, portanto, desestimulam-no a voltar a comprar. O

custo das atividades logísticas é elevado. Apenas o condicionamento sozinho

pode absorver aproximadamente 12% das despesas em logística. Todavia,

apesar de o manuseio e o acondicionamento significarem apenas itens de

custo para a maior parte das empresas, estes podem ser despesas que, ao

final, contribuirão para diminuir o custo total das mercadorias.

Segundo Ballou (1993), os equipamentos de movimentação são pontos

fundamentais para o bom desempenho das práticas de armazenagens, e há

vários tipos de equipamentos com tecnologias avançadas que conseguem

oferecer rapidez e segurança. A utilização de métodos e equipamentos

eficientes tem-se mostrado importantes aliados na busca de reduções de custo

no manuseio de materiais, assim como na melhoria operacional.

Os dispositivos de carga, descarga e manuseio que, mesmo não se

classificando como máquinas, constituem o meio de apoio à maioria dos

29

sistemas modernos. Esses dispositivos constituem-se como recurso facilitador

para o manuseio de materiais e produtos para carregamento, seja no

transporte ou para simples armazenagem. São exemplos os carrinhos

hidráulicos e as empilhadeiras.

Os equipamentos para manuseio de materiais podem ser classificados

em:

• Mecanizados - Utilizam grande variedade de equipamento de manuseio

(Ballou, 1993). Os mais comuns são: as paleteiras ou carrinhos hidráulicos, as

empilhadeiras, as esteiras, os guinchos; e os elevadores.

Figura 10 - Equipamentos mecanizados (adaptada de Google, 2011)

• Semi-automáticos - Os sistemas semi-automatizados complementam os

sistemas mecanizados, automatizando atividades específicas de manuseio,

sendo os mais comuns: os veículos guiados por automação, a separação

computadorizada de pedidos, a robótica e os vários tipos de estantes

inclinadas.

• Automáticos- Quanto aos sistemas de manuseio automatizados, pode-

se afirmar que nestes não existe a presença humana. Os primeiros sistemas

deste tipo foram os de separação de pedidos de produtos embalados em

caixas. Segundo Barros (2005), mais recentemente surgiram os sistemas

automatizados de armazenagem e recuperação (ASRS – Automated Storage

and Retrieval System) para uso em instalações de depósitos verticais.

30

Figura 11 - ASRS – Automated Storage and Retrieval System (adaptada de

Google, 2011)

• Baseados em informação- O sistema baseado em informação utiliza-se

de equipamentos de manuseio mecanizado, sendo o mais corriqueiro a

empilhadeira a garfo. Ela “é normalmente utilizada em conjunto com estrados e

paletes” (Ballou, 1993 p.172).

Segundo (Bowersox & Closs, 2001), a diferença é que este equipamento

passa a ser integralmente dirigido, controlado, monitorado e comandado por

um microprocessador. Toda a movimentação necessária ao manuseio é

informada ao computador, que analisa e determina qual o equipamento que

deverá ser utilizado.

Todos os processos são gerenciados por um WMS (Warehouse

Management System - Sistemas de Gerenciamento de

Armazém).Com isso conseguimos monitorara e agilizar os

processos.

4.5 Warehouse Management System (WMS).

A necessidade de aprimorar as operações logísticas fez com que a

empresa selecionada para o estudo de caso adotasse em seu Centro de

Distribuição um sistema gerenciador de depósito, o Warehouse Management

System (WMS).

31

Deve-se enfatizar a complexidade que envolve o processo de implantação

do WMS, sobretudo, em virtude dos diversos fatores que podem influenciar de

forma negativa no propósito de se conseguir uma implantação com sucesso.

Entretanto, tais fatores podem ser evitados ou mesmo ter seus impactos

minimizados, através de efetivo gerenciamento dos riscos inerentes a este tipo

de projeto.

O sucesso no desenvolvimento de projetos está em gerenciar as incertezas

e melhorar as condições do processo de tomada de decisão, principalmente

aquelas inerentes à fase inicial do ciclo de vida. Os autores destacam, ainda,

que pode ser possível diminuir as incertezas de um projeto ao se trabalhar com

informações de qualidade, ou seja, utilizando-se de dados confiáveis e

consistentes e uma análise adequada.

WMS é um dos muitos módulos já disponíveis no mercado, tendo como

principal objetivo o gerenciamento do fluxo de informações, através do controle

de posições e lote, regra FIFO (First In First Out, ou Primeiro a Entrar Primeiro

a Sair), dentre outras funcionalidades. Quando o WMS está aliado a um ERP,

há maior possibilidade de troca de dados entre eles, evitando-se com isso

retrabalhos, como por exemplo, a atualização de cadastros.

De uma forma simples, pode-se descrever o WMS como um sistema de

gestão por software que tem o objetivo de melhorar as operações do armazém

através do gerenciamento eficiente de informações e conclusão das tarefas,

com um alto nível de controle e acuracidade de inventário. As informações

gerenciadas pelo WMS são derivadas de transportadoras, fabricantes, sistema

de informações de negócios, clientes e fornecedores, que as utilizam para

receber, inspecionar, estocar, separar, embalar e expedir mercadorias de

modo mais eficiente. Tal eficiência pode ser obtida através do planejamento,

controle e roteirização das múltiplas tarefas dos diversos processos de um

armazém ou CD.

O sistema WMS, na maioria dos casos, constitui-se um dos módulos do

sistema ERP, e acreditam ser este necessário para apoiar atividades

empresariais no campo da Logística, particularmente na Movimentação e

armazenamento de materiais. O ERP pode englobar muito das transações de

32

uma empresa, porém, em alguns casos, há necessidade de se ter sistemas

dedicados e especialistas com o intuito de aprimorar a produtividade e o

desempenho. O WMS pode ser interpretado como um sistema totalmente

especializado e dedicado ao gerenciamento de depósitos, armazéns e CD.

Figura12 – Fluxo de Informações entre ERP e WMS (Costa & Gobbo, 2008)

4.5.1 Características básicas desejáveis em um software WMS.

• Possibilidade de administrar múltiplos locais de estocagem

Pode-se compreender o conceito de múltiplos locais de armazenagem

como a existência de vários armazéns em um único local ou planta ou de

vários armazéns em locais geograficamente separados. Portanto, o sistema

deve manter o controle de um mesmo item em vários depósitos de uma

mesma empresa.

• Facilidade de acoplamento com sistemas ERP de mercado ou

desenvolvidos internamente.

Os sistemas WMS se integram a sistemas ERP em pontos como o

cadastro de materiais, as carteiras de pedidos de clientes e de fornecedores, a

33

contabilização de estoques, o planejamento de compras e de produção, os

sistemas de transportes, os ambientes de SAC (Serviço de Atendimento ao

Cliente), entre outros.

Vale ressaltar que já surgiram algumas novas versões de sistemas ERP

de primeira linha, com os módulos de WMS devidamente incorporados;

todavia, ainda é maioria o caso de implantações de sistemas de

gerenciamento de depósitos integrados com ERP´s antigos, ou mesmo, com

sistemas de gestão desenvolvidos internamente pelas empresas. Assim, uma

das características altamente desejáveis nos sistemas WMS se refere à

facilidade e à confiabilidade com que as trocas de dados com os demais

sistemas de uma empresa possam ser realizadas.

• Utilização de sistemas de coletas de dados por radiofreqüência.

Alguns aspectos como a necessidade de se aumentar a produtividade do

pessoal do armazém e a importância de se trabalhar no conceito de “zero erro”

têm obrigado os sistemas WMS a possuírem a habilidade de efetuar

transações on-line e através da utilização de códigos de barras.

Portanto, hoje em dia, requisitos fundamentais para tais sistemas são: o

uso de coletores de dados que permitem a leitura de dados escritos em

linguagem de código de barras e a possibilidade de se transmitir tais

informações, para cada ponto do armazém com o auxílio da radiofrequência.

• Possibilidade de administrar mercadorias de diferentes proprietários.

Ao se utilizar um sistema WMS na gestão de atividades de um operador

logístico ou de um tradicional armazém geral, torna-se necessária a

identificação das transações efetuadas com as mercadorias de cada uma das

empresas que o operador logístico presta serviços.

O sistema WMS deverá possuir a capacidade de ser consultado e

receber dados de cada uma destas empresas através dos diversos sistemas

de comunicação, mantendo-se a privacidade das informações das demais

empresas que compartilham os locais de armazenagem do operador logístico

ou do armazém geral.

• Utilização do conceito de convocação ativa.

Este conceito tem como base a atribuição de tarefas aos operadores do

34

armazém ou CD, conforme regras do próprio sistema. Os operadores são

cadastrados para cada uma das tarefas em que estejam habilitados e o

sistema os convocará para tais tarefas na medida em que eles informem que a

tarefa convocada anteriormente fora realizada.

4.5.2 Objetivos do sistema WMS.

O WMS pode otimizar os negócios de uma empresa com redução de

custo e melhoria do serviço ao cliente. A redução de custo está associada à

melhoria da eficiência de todos os recursos operacionais, tais como

equipamentos e mão-de-obra.

Vale ressaltar que a melhoria do serviço ao cliente pode ser atribuída ao

fato de os erros e falhas de separação e entrega serem minimizados, bem

como à agilização de todo o processo de atendimento ao cliente, combinando

melhorias do fluxo de materiais com melhorias no fluxo de informações

(Banzato, 1998).

A utilização correta do WMS tem como resultados grandes benefícios,

tais como os apresentados a seguir.

• Aumento da velocidade e qualidade nas operações dos Centros de

Distribuição.

A cada dia que passa, seja no comércio real ou no meio virtual, observa-

se uma tendência a compras em menores lotes e com maior frequência,

havendo, assim, uma enorme pressão de aumento da eficiência nas operações

de separação de pedidos de clientes. Existem empresas de vendas pela

internet e por catálogos que emitem milhares de notas fiscais de venda por dia,

o que as obriga à utilização de sistemáticas de separação de pedidos (picking)

bastante elaboradas, tanto para atender aos aspectos de velocidade, quanto

para evitar que erros sejam cometidos na separação dos pedidos.

O uso de equipamentos de movimentação automatizados controlados

pelo próprio sistema computadorizado e também a utilização de coletores de

dados por meio de códigos de barras e a comunicação on-line por

radiofrequência tornaram-se imprescindíveis para que as transações de

estoque sejam realizadas velozmente e com alto grau de certeza, evitando-se

os erros de expedição e atendendo os clientes em prazos menores a cada dia.

35

• Aumento da produtividade pessoal e dos equipamentos no armazém.

Fatores como lotes menores, maior frequência de pedidos e a necessidade

de menores prazos de entrega geram aumentos de custos logísticos que

obrigam os responsáveis pelos armazéns e CDs a buscarem soluções de

processos que aumentem a produtividade do pessoal e dos equipamentos do

depósito.

Por meio do seu princípio de convocação ativa e da sua habilidade em

trabalhar com equipamentos de movimentação automatizados, os sistemas

WMS permitem grande redução de custos com pessoal, além de reduzir a

necessidade de equipamentos para a mesma quantidade de movimentações,

caso sejam feitas através de sistemas tradicionais.

• Aumento da precisão nas informações de estoque.

Sabe-se que é antiga a preocupação de todos os envolvidos nas atividades

logísticas com a acuracidade das informações de estoque. Isso porque erros,

para mais ou para menos, resultam em faltas e excessos em estoque, além de

acarretarem sérios problemas de atendimento ao cliente.

Como exemplo, podemos citar um caso de grande frustração de um

consumidor que, na internet, compra um ou mais produtos, tem o valor de sua

compra debitado em seu cartão de crédito e, posteriormente, recebe um e-mail

da empresa informando que aquela mercadoria, que deveria ter sido reservada

para ele, não está disponível em estoque em decorrência de um erro “do

sistema”. 4.5.3 Principais funcionalidades do WMS

• Planejamento e controle de capacidades.

Por meio do cadastramento de docas de recebimento e de expedição,

operadores, empilhadeiras, entre outros, como também do cadastramento do

consumo de recursos de cada uma das tarefas, pode-se realizar um

planejamento de atividades, com a possibilidade de se avaliar,

antecipadamente, os “gargalos”, de modo a se tomar medidas de realocação

de recursos com a necessária antecedência.

• Sistema de classificação dos itens.

O sistema WMS deverá ter um módulo de cadastramento dos itens com a

36

finalidade de permitir o seu cadastramento, possibilitando que os materiais

pertencentes àquela classe cadastrada consigam absorver os parâmetros

automaticamente.

• Controle de lotes, data de liberação de quarentenas e situações de

controle de qualidade.

O sistema WMS deve manter registro em cada uma das unidades de

armazenagem das informações dos lotes de fabricação dos produtos,

promovendo, assim, a identificação futura das mercadorias dos lotes, ou seja,

se foram enviados para clientes, internos ou externos. De forma análoga, para

aqueles itens que tenham controle por número de série, o sistema deve

permitir a rastreabilidade das transações, fazendo referência a este número.

Também se torna fundamental que o sistema consiga informar a situação de

cada material em sua unidade de armazenagem, em termos de aprovação,

rejeição, quarentena, inspeção ou outras situações de bloqueio exigidas pelas

características do item ou do processo.

• Cálculo de embalagens de despacho e listas de conteúdo.

O sistema WMS deve ter algoritmos para calcular as embalagens

necessárias ao acondicionamento das diversas mercadorias a serem enviadas

para um cliente, permitindo também a emissão de listagem do conteúdo, pesos

bruto e líquido de cada embalagem.

• Interface com clientes e fornecedores.

O sistema WMS deve promover a fácil comunicação, por meios como

internet, de modo a receber dos fornecedores os documentos de remessa de

mercadoria, notas fiscais, antecipadamente, possibilitando programar as

operações de recebimento com antecedência. Da mesma forma, deve permitir

o recebimento de informações da empresa-cliente, quanto aos pedidos

colocados nos fornecedores e das notas fiscais de venda para impressão no

local do CD.

• Inventários físicos rotativos e gerais.

Utilizando-se de regras parametrizadas pelo usuário, o sistema convoca

operadores para a realização de inventários rotativos ou gerais, sejam

inventários orientados por item ou orientados por endereço.

37

• Rastreabilidade das operações e o aumento no controle do estoque.

Todas as movimentações, recebimentos, separações, expedições e outras

atividades cadastradas nas regras de negócio do sistema são registradas em

tempo real, inclusive quanto à identificação do operador ou equipamento que

realizou a tarefa, permitindo, assim, a recuperação da “história” de cada uma

das atividades realizadas no armazém.

A rastreabilidade pode ser entendida como a capacidade de recuperação

do histórico, da aplicação ou da localização de um item, por meio de registros,

sendo fundamental nos casos em que o impacto causado por incidentes

envolvendo a segurança de produtos leva, além dos fatores adversos de

faturamento dos consumidores, à redução da confiança da população nos

produtos, nos órgãos de fiscalização e nas empresas. A sua aplicação baseia-

se no cumprimento de determinadas funcionalidades entre diversos parceiros,

ao longo da cadeia de abastecimento, para garantir a disponibilidade de

informação para eventuais necessidades do consumidor ou cliente final.

Empresas de sucesso enxergam a rastreabilidade como uma necessidade

e não como obrigação para cumprir regulamentações específicas ou requisitos

de clientes. Trata-se de uma ferramenta para a redução dos riscos ao

consumidor, proteção da marca e gestão dos riscos relacionados à distribuição

e consumo de produtos inadequados (insumos fora de especificação,

problemas no processo de fabricação, alterações atípicas, adulterações,

falsificações...). Assim, tornou-se instrumento importante para melhorar

resultados e minimizar perdas e custos com eventuais recalls e indenizações. • Separação de pedidos (picking). O sistema WMS deve permitir que se faça a separação das mercadorias da

área de armazenamento para a expedição ou de uma área de armazenamento

consolidada para uma área de separação secundária. Tais movimentações

devem ser parametrizadas por métodos como FIFO (First In First Out), LIFO

(Last In First Out) ou mesmo métodos especiais para situações de excesso de

carga ou falta de equipamentos de movimentação em altas estantes.

Outras tecnologias são agregadas ao WMS para agilizar o processo de

separação , assim como minimizar os erros por falha humana, dentre eles

38

estão o picking voyce e o picking light, Na empresa onde o estudo foi

realizado, a separação dos pedidos é feita através da emissão de mapas.

Neste processo, é emitido um mapa pelo sistema WMS, contendo código e

nome do cliente, data e número do pedido, endereço, quantidade e as

referências dos produtos a serem separados. A figura abaixo representa a arquitetura básica de funcionamento do sistema

WMS em operação na empresa.

Figura 13 – Arquitetura Básica do sistema WMS (S&A Tecnologia, 2009)

A seguir relacionamos alguns dos objetivos pretendidos com a ilpnatação do

sistema WMS.

• Agilizar e aperfeiçoar o fluxo de materiais;

• Reduzir o ciclo de armazenagem;

• Reduzir os custos de armazenagem e operação;

• Reduzir falhas, perdas e retrabalhos;

• Melhorar o controle dos processos e utilização dos recursos;

• Fornecer informações e dados para gestão operacional;

• Identificar QUEM fez O QUÊ e QUANDO (3Qs);

• Aumentar a Produtividade;

• Garantir qualidade assegurada ao Cliente;

• Controlar o estoque em tempo-real;

• Reduzir investimentos em estoques.

39

4.6 – A tecnologia da informação aplicada no processo de

expedição.

Os processos logísticos na cadeia produtiva são inúmeros, dentre eles

destacamos o de expedição.

A expedição é uma atividade de armazém que se realiza depois de a

mercadoria ser devidamente embalada e inclui as seguintes tarefas

• Armazenamento de produto acabado.

• Separação do pedido - Verificar se aquilo que o cliente pediu está

pronto para ser expedido

• Preparar os documentos da remessa (informação relativa aos artigos

embalados, local para onde vão ser enviados)-DR

• Pesagem, para determinar os custos de envio da mercadoria

• Organizar as encomendas por operador logístico (transportadora)-OL

• Carregar os caminhões (tarefa muitas vezes realizada pelo

transportador).

A cada dia trona-se imprescindível o uso de tecnologias no ambiente

logístico, a escolha das ferramentas corretas é fundamental que conciste

em :

• Infra-estrutura adequada;

• Pessoal capacitado;

• Software (WMS, OMS, TMS, ERP, etc.);

• Operadores logísticos.

O uso de qualquer tecnologia repercute positiva ou negativamente na

cultura organizacional das empresas, pois implica em mudanças na forma de

execução do trabalho dos seus membros.

As tecnologias de informações são ferramentas para facilitar as

integrações entre as empresas de uma cadeia produtiva diminuindo o tempo

de transações, pedidos, compras, facilitando o fluxo de informações,

diminuindo custos provenientes de erros humanos, otimizando processos, etc. A seguir a representação do fluxo de processo da expedição.

40

Figura 14 - Fluxo de processos (Fonseca, 2010).

4.7 – A aplicação da tecnologia da informação no Transporte.

O acompanhamento das frotas de uma empresa de prestação de

serviços em transporte ou para a empresa que possui sua frota própria é de

grande importância. Este departamento é responsável por realizar todo o

monitoramento e gerenciamento das atividades que envolvem a boa

performance dos equipamentos. Transporte é um dos serviços essenciais para

o processo logístico, sendo assim deve atender à demanda de maneira rápida,

segura e econômica.

Para a maioria das empresas, a atividade da logística absorve, em

média, de um a dois terços dos custos logísticos. Atualmente, nenhuma

empresa moderna pode operar sem providenciar a movimentação de suas

matérias-prima ou de seus produtos acabados. São cinco os modais de

Armazenagem

Separação do pedido

Preparar DR

Carregar caminhões

Pesagem

Organizar por Oper.Log.

41

transportes básicos utilizados: aéreo, ferroviário, rodoviário, aquaviário e

dutoviário. O rodoviário possui baixos custos fixos e níveis médios de custo

variável. Os atributos são definidos como: o atributo de velocidade que refere-

se ao tempo em que a carga permanece no percurso, a disponibilidade é a

flexibilidade do transporte em atender “ponta a ponta”, a confiabilidade é o

nível de capacidade do modal de atender as programações de entrega

esperadas. Já o atributo de capacidade indica a possibilidade de atender

diferentes tipos e tamanhos de carga e a frequência que está relacionada a

quantidade de movimentação programada.

O modal rodoviário possui grande importância por participar da

complementação dos demais modais de transporte no Brasil. A malha

rodoviária brasileira apresenta três características destacadas: Interligações de

centros urbanos; interligação do interior com o litoral; rodovias alimentadoras

nas zonas agrícolas.

O custo do transporte está associado a produto transportado e a

distância percorrida que inclui o custo de capital, combustível, lubrificantes,

manutenção, depreciação dos equipamentos e mão-de-obra. Já a segunda

parte refere-se à armazenagem e expedição da carga transportada.

Cada tipo de carga transportada possui características diferentes, onde

dentre elas destacamos Transporte de Pallets e Racks: São transportados, em

sua grande maioria, em caminhões sider que agilizam o processo de carga e

descarga não descartando também a utilização do caminhão baú, quando

necessário. Geralmente os produtos transportados são acondicionados de

forma unitizada, para facilitar sua movimentação, carregamento e

descarregamento.

Para apresentar custos adequados de transporte, a escolha da

tecnologia de transporte utilizada é de extrema importância para a

proporcionalidade de custos fixos e variáveis. A intensidade da utilização dos

equipamentos de transporte possui grande influência no custo, também a

frequência de movimentação e a percentagem de quilômetros percorridos com

42

o veículo carregado, sendo que este último está diretamente relacionada com

cargas de retorno.

Para realizar o gerenciamento de transporte e frotas a empresa conta

com o apoio de um software TMS Transport Management System (Sistema de

Gestão de Transporte) da empresa GKO Frete.

A tabela abaixo descreve as vantagens e as funcionalidades do software

utilizado.

4.7.1 - Detalhamento das funcionalidades do software GKO FRETE.

Segurança - O GKO FRETE permite o cadastro de usuários com

privilégios de forma segura, onde é possível segregar funções e ter segurança

exigida pela lei SOX.

Na aprovação do pagamento de faturas com divergência, é possível ter

alçadas de aprovação, onde somente usuários com privilégios possam liberar

este pagamento.

Permite rastreamento das alterações realizadas no banco de dados

possibilitando identificar o que foi modificado, por quem, e quando.

Solicitação de Transporte - Permite uma descentralização do registro

das solicitações de transporte, com a utilização de uma aplicação WEB.

BENEFÍCIOS OFERECIDOS PELO SOFTWARE GKO FRETE

FUNCIONALIDADES DO SOFTWARE GKO FRETE

Elimina 2% do valor geral do frete por meio da auditoria

Auditoria das cobranças e pré-fatura.

Redução de 5% a 10% do valor geral do frete com o uso da simulação Apoio no embarque.

Ajuda a ampliar entregas no prazo e reduzir reentregas, devoluções e extravios com

avaliação das transportadoras.

Acompanhamento de entregas e ocorrências.

Avaliação do transporte Integração com o ERP para dados contábeis, financeiros e fiscais do

frete. Recursos de correio eletrônico e

web.

Permite maior controle desde a coleta até a entrega.

A mais completa gama de relatórios e gráficos operacionais e

gerenciais.

43

Permite a área de transporte analisar as diversas solicitações de

transporte para aceite ou não da solicitação.

Para a solicitação de transporte pode ser utilizado um agendamento de

coleta e entrega, ou seguir prazos previamente determinados para o percurso.

Permite assumir preço de tabela ou negociar um preço para uma

solicitação.

Após a confirmação do transporte o GKO FRETE permite disparar e-

mails automáticos para o transportador, o solicitante, o responsável no local de

coleta e o responsável no local de entrega.

Simulação - O sistema pode, a partir de várias tabelas alternativas de

frete (de uma ou mais transportadoras), realizar comparações dos valores

cobrados para realizar transportes. O resultado é a identificação com

transparência e objetividade de que modelos de cálculo (ou que

transportadoras) resultam na melhor opção para cada perfil de carga.

Esta simulação pode ser executada dentro da própria aplicação

baseando-se em:

• Dados de históricos já armazenados no banco de dados.

• Perfil de carga específico a ser informado.

Existe também a possibilidade de acoplar esta funcionalidade ao seu

sistema corporativo. O GKO FRETE permitirá obter os valores de fretes

possíveis para um determinado perfil de carga informado pelo sistema

corporativo, através da disponibilização de uma DLL ou Web Service.

Pré-cálculo - Com o cadastramento das tabelas de preço e com a

interface entre o ERP e o GKO FRETE dos dados das notas fiscais

embarcadas ou a embarcar, o sistema identifica o valor do frete e impostos

relacionados.

O pré-cálculo é a base para todos os resultados que dependem de

calcular corretamente o valor a ser pago pelo transporte.

Auditoria do Frete - Permite gerar pré-fatura para o transportador.

No processo de conferência do frete é possível realizar as seguintes

validações:

• Divergência do valor do frete.

44

• Divergência do valor do imposto.

• Divergência de regra tributária (Crédito e Substituição Tributária).

Permite também o bloqueio de pagamento para as seguintes condições:

• Entregas não realizadas.

• Registro de ocorrências pré-parametrizadas. Ex. Sinistro, Extravio.

• Cobrança de valores complementares.

• Complementos não autorizados.

• Complementos acima de determinados valores.

• Divergência acima de determinado valor.

Estes bloqueios são liberáveis através da assinatura eletrônica de um

usuário autorizado.

Não há necessidade de digitação, o GKO FRETE receberá através do EDI

os arquivos das transportadoras (fatura, conhecimento e ocorrências).

Custo de Frete / Faturamento / Compras - Com o apoio do GKO FRETE

o gestor poderá obter números importantes e precisos tais como:

• Percentual correto do frete em relação aos valores transportados

• Custo do frete por quilo ou metro cúbico

• Custo do frete por tonelada e quilômetro

• Indicadores separados por cliente, transportadora, estado, cidade,

região, linha de produtos, produto, modal, entre outras informações.

Relatórios Gerenciais - Oferece ampla gama de relatórios gerenciais, tais

como:

• Estatísticas sobre custo do frete

• Estatísticas sobre pontualidade de entrega

• Estatísticas sobre pontualidade no envio de informações pelas

transportadoras

• Estatística sobre qualidade nos serviços prestados pelas

transportadoras englobando divergência na cobrança, ocorrências de

transportes entre outros indicadores de qualidade.

Vários relatórios permitem a configuração de layouts, quebras e

ordenações para atender a necessidades específicas.

45

Datas e Ocorrências de Entrega - Os dados associados ao processo de

entrega, enviados pelas transportadoras em layout padronizado, podem ser

obtidos por meios eletrônicos (EDI, WEB, email ou mesmo disquetes). Estes

dados podem ser não apenas a data de entrega, mas também indicações de

perdas, extravios, sinistros, reentregas, devoluções ou posicionamento de

carga. Podem-se adicionar outros eventos, inseridos diretamente pelos

usuários, tais como reclamações de clientes, observações e comentários sobre

a transportadora ou a carga e tudo o que for necessário para manter o histórico

completo de cada processo de entrega. Com todas estas informações será

possível aprovar ou não a cobrança de devolução, reentrega, descontos para

indenização, bem como medir a performance de entrega do seu transportador.

Avaliação das Transportadoras - A partir dos dados de entrega e das

ocorrências registradas, somados aos dados que podem ser associados aos

embarques (como por exemplo, a validação de documentos, avaliação da

adequação dos veículos disponibilizados, dos funcionários das

transportadoras, do cumprimento dos prazos de entrega, a acuracidade na

cobrança do frete), o usuário do GKO FRETE pode criar uma estrutura de

avaliação da qualidade do serviço das transportadoras, definindo os

indicadores de qualidade, o peso de cada um na composição da avaliação

geral das transportadoras. Pode-se ter mais de um modelo de avaliação

cadastrado no sistema assim como configurar através de qual modelo a

transportadora deverá ser avaliada.

Resultados - Eliminação das perdas por cobranças indevidas, redução de

custos a partir das simulações, maior controle desde a coleta até a entrega,

melhoria da qualidade do serviço de transporte, liberação de pessoal para

tarefas de maior valor agregado, resultados com conferência: reduz pelo

menos 2% valor do frete geral, resultados com simulação: pode reduzir entre

5% e 10% do frete, resultados com avaliação das transportadoras: entregas no

prazo, redução de reentregas, devoluções e extravios.

46

CONCLUSÃO

Podemos concluir que a tecnologia da informação (TI) é fundamental

para o desenvolvimento da logística atualmente, ou seja, vem contribuindo

para que a logística torne-se mais eficiente e efetiva na geração de valor para

a empresa, destacando-se como um diferencial no mercado atual. O fluxo de

informações é de extrema importância nas operações logísticas, como:

pedidos de clientes, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns,

etc.

Há alguns autores que apelidaram este fluxo de informações logísticas

de “Modal Infoviário”. Antigamente, este fluxo se dava através de papéis, o que

tornava a comunicação lenta, pouco confiável e propensa a erros. A

transferência e o gerenciamento eletrônico de informações proporcionam uma

oportunidade de reduzir custos logísticos mediante sua melhor coordenação,

junto a um aperfeiçoamento de serviço (menos propenso a erros) e uma

melhoria da oferta de informações ao cliente.

A informação é crucial para o desempenho da cadeia de suprimento,

pois é o alicerce sobre o qual os gerentes tomam suas decisões. A TI consiste

em ferramentas utilizadas para obter e ter acesso às informações de maneira a

poder tomar as melhores decisões para a cadeia, atua como os olhos e

ouvidos da gerência da cadeia, recebendo e enviando as informações

necessárias para uma boa decisão. Permitem a coordenação entre as

atividades de estratégia, programação e operações de distribuição, produção e

suprimento (administração de trade-offs) e redução do lead-time dos

processos.

47

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materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

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http://www.sasistemas.com.br Acesso em: 20 de Julho 2011.

49

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A EMPRESA 10

CAPÍTULO II

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 11

CAPÍTULO III

A APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS 14

3.1 – Tecnologia aplicada no processo de pedidos 14

3.1.1 - Benefícios, problemas e barreira vencidas

na implantação do EDI. 15

3.2 - Faturamento 15

3.3 - ERP Enterprise Resouce Planning

(Planejamento de Recursos Empresariais). 16

3.4 – PCP (Planejamento e Controle de Produção) 16

CAPÍTULO IV

A APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM ESTOQUE

E ARMAZENAGEM 21

4.1 - Definições de Estocagem e Armazenagem 21

4.2 – Estoque e armazenagem de Insumos 21

4.3 – Estoque e armazenagem de produtos acabados. 25

50

4.4 – Gestão de estoque e armazenagem 26

4.4.1 – Movimentação interna e

acondicionamento do produto. 28

4.5 – Warehouse Management System (WMS). 30

4.5.1 – Características básicas desejáveis em

Um software WMS. 32

4.5.2 – Objetivos do sistema WMS 34

4.5.3 – Principais funcionalidades do WMS 35

4.6 – A tecnologia de informação aplicada no processo

de expedição. 39

4.7 – A aplicação da tecnologia da informação no

Transporte. 40

4.7.1 – Detalhamento das funcionalidades do

Software GKO FRETE. 42

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS 47

ÍNDICE 49