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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO: MUDANÇAS APÓS LEI SOX Por: Carolina dos Santos Merat Orientador Prof°. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO: MUDANÇAS APÓS

LEI SOX

Por: Carolina dos Santos Merat

Orientador

Prof°. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO: MUDANÇAS APÓS

LEI SOX

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Auditoria e Controladoria.

Por: Carolina dos Santos Merat

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por me dar força nas

horas mais difíceis

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, irmão, amigos,

professores e marido.

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RESUMO

O presente estudo procura abordar e demonstrar a forma de adequação

da Lei Sarbanes Oxley (SOX) em relação aos investimentos nas empresas de

Capital Aberto, e seus efeitos nos níveis de transparência no mercado de

ações.

No final da década de 90, o cenário econômico dos Estados Unidos

estava em crise em decorrência das graves manipulações nas demonstrações

contábeis de grandes empresas conceituadas do mercado norte americano.

Como exemplo podemos citar a Enron, responsável por um grande escândalo

de fraude financeira, após este fato constatou-se que o sistema da época não

era seguro, gerando então a necessidade de se criar novas regras para

assegurar a confiabilidade das informações.

O presente estudo tem a intenção de estudar e comentar as mudanças

ocorridas após a implementação da Lei Sarbanes Oxley, que foi aprovada e

implementada pelas autoridades norte-americanas, devido a crise de

credibilidade presente no mercado de capitais e a desconfiança dos

investidores na época.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a formação do referido estudo foi através

de estudos bibliográficos, discutido principalmente por Vânia Maria da Costa

Borgerth, artigos de internet e experiência prática.

Palavras – chaves: Sarbanes - Oxley, mudanças, controle, interno,

fraudes e governança

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - LEI SARBANES OXLEY 10

CAPÍTULO II - CVM E BOVESPA 19

CAPÍTULO III - COSO E COBIT 23

CAPÍTULO IV - EURO-SOX E JAPONES-SOX 36

CAPÍTULO V - FRAUDES NAS EMPRESAS 41

CONCLUSÃO 45

BIBLIOGRAFIA 46

WEBGRAFIA 47

INDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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INTRODUÇÃO

Assinada em 30 de julho de 2002, pelo Presidente dos Estados

Unidos, a Lei Sarbanes Oxley é a resposta americana aos escândalos

existentes no ambiente corporativo americano ocorrido no ano anterior.

O mercado de capitais sempre foi um dos pilares fundamentais da

economia norte-americana. Através dele, as grandes empresas americanas e

até de outros países financiam os seus investimentos captando recursos por

meio da emissão de títulos e valores mobiliários. Nas bolsas de valores de

Nova York (Nasdac e NYSE) são negociados diariamente bilhões de dólares

em ações dessas empresas que buscam o mercado acionário como meio de

captação de recursos.

A "cultura acionária" é amplamente difundida nos Estados Unidos e

desde o pequeno poupador até os mega fundos com patrimônio de dezenas

de bilhões de dólares mantêm posições e carteiras de ações negociadas em

bolsas. Esse pilar da economia americana foi profundamente abalado

recentemente, desafiando as autoridades americanas a agir rapidamente para

evitar maiores danos a uma de suas fundamentais instituições econômicas.

Após os escândalos corporativos de manipulação de dados contábeis

que revelou ser uma prática não tão incomum em grandes empresas norte-

americanas como Enron, Tyco e WorldCom, o Congresso e o governo dos

Estados Unidos, preocupados com o impacto negativo que esses escândalos

geraram no mercado de capitais, com a consequente saída de investidores da

bolsa de Nova York, editaram a Lei Sarbanes Oxley (uma referência aos dois

membros do Congresso norte-americano responsáveis pela sua elaboração –

Paul S. Sarbanes e Michael Oxley), que se configura na mais importante

reforma da legislação de mercado de capitais desde a introdução de sua

regulamentação na década de 30, após a quebra da bolsa de Nova York em

1929.

A Sarbanes Oxley é bem ampla e aumenta o grau de responsabilidade

desde o presidente e a diretoria da empresa até as auditorias e advogados

contratados. A referida Lei introduz regras bastante rígidas de governança

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corporativa, procurando dar maior transparência e confiabilidade aos

resultados das empresas, instituindo severas punições contra fraudes

empresariais e dando maior independência aos órgãos de auditoria.

A Lei reforça as regras para a governança corporativa relacionada à

divulgação e à emissão de relatórios financeiros. Um dos aspectos mais

importantes é que a Lei Sarbanes Oxley não isenta empresas não americanas

de seu alcance.

Por esse prisma, a lei atinge todas as empresas mundiais que

pretendam adentrar no mercado de ações americano. Ela exige que todas as

companhias de capital aberto, com ações listadas na Bolsa de Valores de

Nova York, possuam um comitê de auditoria, com o principal objetivo de

supervisionar os controles internos, o aspecto contábil da companhia e seu

relacionamento com os auditores independentes. Certamente, a Lei Sarbanes

Oxley é umas das mais significativas da legislação comercial.

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CAPÍTULO I

SOX SOB OS ASPECTOS DA GOVERNANÇA E DA

GLOBALIZAÇÃO

Segundo o dicionário (HOLANDA, 1999, p. 1000) o termo governar é

definido como “regular o andamento de”; “conduzir”, “guiar”, “administrar”.

Considerando que tais definições são condições essenciais para o bom

andamento de qualquer tipo ou tamanho de organização, podemos deduzir

que a governança (“ato, cargo ou forma de governar”), inclusive a corporativa,

é uma ação que se desenvolve há bastante tempo.

O que se observa atualmente é que não basta mais às empresas

exercerem a boa governança, agora, e cada vez mais, a boa governança

corporativa precisa ser exercida, apresentada, comprovada e aprovada.

Adventos como a globalização da economia e a expansão das comunicações

alteraram como a forma como as empresas são geridas, a necessidade de

sobrevivência levou as organizações a buscarem alianças estratégicas e

parceiras.

A expansão geográfica reforçou a importância de processos eficientes

de comunicação. Além disso, bom desempenho financeiro e transparência

administrativa são pontos observados cada vez mais por investidores que

desejam aplicar, na impossibilidade de um retorno de investimento garantido,

com o menor risco possível.

Nesse contexto, fatos como o ocorrido em 2002 quando nos Estados

Unidos grandes empresas como Enron e Worldcom envolveram-se em

escândalos financeiros prejudicando milhares de investidores, deram margem

a criação da lei Sarbanes Oxley (SOX). A Lei SOX representou a maior

reforma sobre a regulamentação das empresas depois do “New Deal”, nome

dado a um conjunto de medidas elaboradas nos anos 30 para tentar sanar a

situação financeira dos Estados Unidos após a quebra da bolsa em 1929.

(BORGERTH, 2011)

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A SOX é uma lei voltada principalmente para companhias de capital

aberto com ações nas bolsas de valores ou com negociação na Nasdaq.

Muitas de suas regulamentações dizem respeito à responsabilidade

corporativa pela veracidade de conteúdo dos relatórios financeiros produzidos

e pelo gerenciamento e avaliação dos controles internos.

A lei prevê inclusive penas de multas ou prisão para os executivos da

companhia no caso de apresentação de informações incorretas ou imprecisas.

Apesar de sua abrangência restrita, a SOX passou, no entanto a ser referência

para todas as grandes empresas que hoje já demonstram preocupação com a

aderência aos padrões de governança. No Brasil, o tema da governança

corporativa avança forçado inclusive pela crescente pressão do mercado.

Já em 1995, foi fundado o Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa (IBGC), focado especificamente nesta questão e responsável por

uma definição de governança corporativa amplamente utilizada:

“(...)sistema pelo qual as organizações são dirigidas,

monitoradas e incentivadas, envolvendo os

relacionamentos entre proprietários, Conselho de

Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas

práticas de governança corporativa convertem princípios

em recomendações objetiva, alinhando interesses com a

finalidade de preservar e otimizar o valor da organização,

facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para sua

longevidade.”

(http://www.ibgc.org.br/PerguntasFrequentes.aspx,

acesso em 2011)

Não são poucos os fatos que comprovam tal teoria, só como exemplo

pode-se citar a criação em 2001 pela Bovespa do Novo Mercado, um

segmento de listagem, destinado à negociação de ações emitidas por

empresas que se comprometem, voluntariamente, com a adoção de práticas

de governança corporativa. (http://www.ibgc.org.br/PerguntasFrequentes.aspx,

acesso em 2011)

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Praticar a governança corporativa num mundo globalizado significa

muito mais do que trabalhar a imagem externa das organizações. As empresas

que adotam como linhas mestras a transparência, a prestação de contas e a

equidade são capazes de atrair não só os acionistas, mas também,

consumidores e fornecedores. Conseguem também formar um quadro de

pessoal de maior qualidade, atraindo, desenvolvendo e retendo talentos.

1.1 A Lei na Prática

Apesar de todas essas mudanças, a responsabilidade do administrador

continua sendo subjetiva, ou seja, é necessário que se prove a culpa

(negligência, imprudência) ou o dolo deste administrador, tendo sido criados

mecanismos que facilitam a comprovação como, por exemplo, a

obrigatoriedade dos diretores da companhia de capital aberto certificarem

pessoalmente os balancetes das suas empresas.

No Brasil não é diferente, a Lei das Sociedades Anônimas (LSA)

dispõe em seu artigo 158 que os administradores respondem civilmente pelos

prejuízos que causar à companhia quando ultrapassarem os atos regulares de

gestão ou quando procederem, dentro de suas atribuições e poderes, com

culpa ou dolo. Segundo conceito civil quem pratica ato ilícito é aquele que , por

ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou

causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. (LSA,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm, acesso em 2011)

Está prevista na Lei das Sociedades Anônimas, em seu artigo 159, a

ação de responsabilidade contra o administrador, por parte da sociedade, por

parte dos demais acionistas e por parte dos credores ou outros terceiros. A

referida ação contra os administradores prescreve em três anos para deles

haver reparação civil por atos culposos ou dolosos, no caso de violação da lei

ou do estatuto, contando o prazo neste caso específico da data da publicação

da ata que aprovar o balanço referente ao exercício em que a violação tenha

ocorrido. (LSA, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm,

acesso em 2011).

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Por não estarem plenamente satisfeitos com as alterações propostas

pela Sarbanes-Oxley, executivos das maiores empresas dos Estados Unidos

criaram uma comissão com o intuito de propor ao governo americano medidas

adicionais àquelas estabelecidas pela nova lei contra fraude corporativa.

A comissão entregou o primeiro relatório com 23 propostas, solicitando

essencialmente maior intervenção estatal no mercado de capitais e alterações

nos critérios de remuneração de executivos. O relatório da comissão solicita

que as remunerações dos executivos sejam baseadas em desempenho e

essencialmente em dinheiro, sendo que bônus em ações seriam dados de

forma muito mais restrita.

1.2 Objetivos e Benefícios da SOX

A SOX é uma lei que aperfeiçoa os procedimentos de demonstração e

de governança corporativa, os diversos títulos e seções desta lei, definem as

responsabilidades de gerenciamento nos relatórios anuais e semestrais, o

ambiente do controle, o gerenciamento de risco e o monitoramento e a

medição das atividades de controle.

De acordo com a SOFTEXPERT (http://www.softexpert.com.br

/normas.php, acesso em 2011), os principais objetivos da lei são:

• Aprimorar a estrutura de controles internos, financeiros e não

financeiros;

• Melhorar os processos operacionais e financeiros;

• Alcançar um novo patamar de Governança Corporativa;

• Dar maior credibilidade junto ao mercado, em função do combate

às fraudes financeiras.

De acordo com a SOFTEXPERT (http://www.softexpert.com.br

/normas.php, acesso em 2011), os principais benefícios da SOX para a

empresa:

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• Implantação de mecanismos de avaliação de riscos e revisão dos

processos;

• Formalização e divulgação de atividades e responsabilidades;

• Implantação de um Código de ética;

• Proteção da empresa contra fraudes internas, estabelecimento de

controles e revisão da delegação de autoridade e aprovações;

• Comprometimento dos colaboradores em relação às melhorias de

controle;

• Elevação do nível de segurança das aplicações.

Além destes benefícios citados, podemos destacar também a

viabilização dos controles internos e a avaliação de fluxo de informação, o

mapeamento de processos críticos das empresas, gerenciamento dos riscos

associados a estes processos, alocação de responsabilidades aos

responsáveis internos, identificação de não conformidades das informações

gerenciais e rapidez na resolução de riscos.

1.3 Governança Corporativa

Na primeira metade dos anos 90, em um movimento iniciado

principalmente nos Estados Unidos, os acionistas despertaram para a

necessidade de novas regras que os protegessem dos abusos da diretoria

executiva das empresas, da inércia de conselhos de administração inoperantes

e das omissões das auditorias externas.

A preocupação da Governança Corporativa é criar um conjunto

eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim

de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado

com o interesse dos acionistas.

A boa Governança proporciona aos proprietários (acionistas ou

cotistas) a gestão estratégica de sua empresa e a monitoração da direção

executiva. As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade

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sobre a gestão são o conselho de administração, a auditoria independente e o

conselho fiscal.

A empresa que opta pelas boas práticas de Governança Corporativa

adota como linhas mestras a transparência, a prestação de contas, a equidade

e a responsabilidade corporativa. Para tanto, o conselho de administração

deve exercer seu papel, estabelecendo estratégias para a empresa, elegendo

e destituindo o principal executivo, fiscalizando e avaliando o desempenho da

gestão e escolhendo a auditoria independente.

De acordo com o IBGC

(http://www.ibgc.org.br/Secao.aspx?CodSecao=18, acesso em 2011), a

ausência de conselheiros qualificados e de bons sistemas de Governança

Corporativa tem levado empresas a fracassos decorrentes de:

• Abusos de poder (do acionista controlador sobre minoritários, da

diretoria sobre o acionista e dos administradores sobre terceiros);

• Erros estratégicos (resultado de muito poder concentrado no

executivo principal);

• Fraudes (uso de informação privilegiada em benefício próprio,

atuação em conflito de interesses).

Nos últimos anos, a adoção das melhores práticas de Governança

Corporativa tem se expandido tanto nos mercados desenvolvidos quanto em

desenvolvimento. No entanto, mesmo em países de similares idioma e

sistemas legais, como EUA e Reino Unido, o emprego das boas práticas de

Governança apresenta diferenças quanto ao estilo, estrutura e enfoque.

Não há uma completa convergência sobre a correta aplicação das

práticas de Governança nos mercados, entretanto, pode-se afirmar que todos

se baseiam nos princípios da transparência, independência e prestação de

contas como meio para atrair investimentos aos negócios e ao país.

E a fim de ganharem a confiança dos investidores, empresas e países

notaram a necessidade de incorporar algumas regras fundamentais, como

sistemas regulatórios e leis de proteção aos acionistas; conselho de

administração atentos aos interesses e valores; auditoria independente;

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processo justo de votação em assembleias; e maior transparência nas

informações.

A partir da criação dos códigos de Governança Corporativa locais, as

diferenças culturais e históricas têm sido adaptadas. Como ponto de

convergência, os documentos pretendem aumentar os padrões de Governança

nos mercados como forma de atrair e reduzir os custos dos investimentos.

As particularidades e práticas locais mantiveram sua força. Enquanto

algumas nações apresentam o modelo familiar como dominante, outras têm no

capital difuso sua maior expressão. Nos EUA e Reino Unido, onde estão as

raízes da Governança, os mercados de capitais atingiram grande pulverização

do controle acionário das empresas. Já na Alemanha e no Japão, as

instituições financeiras participam de forma importante no capital social das

empresas industriais, sendo, portanto, ativas na administração dos negócios.

De maneira geral, na Europa Continental, chegou-se a um modelo de

evolução no relacionamento entre as empresas e o capital de terceiros: a

organização de blocos de controle para que os acionistas exerçam, de fato, o

poder nas companhias.

1.4 Divulgação das Demonstrações Contábeis

BARCELLOS, 2005 (apud BORGERTH, 2011 p. 35), aponta as

seguintes diferenças entre as informações contidas nos relatórios financeiros

exigidos no Brasil e aqueles requeridos pela NYSE, como resultado da Lei

SOX:

Item NYSE CVM - Brasil

Independência do Conselho

de Administração

A maioria dos membros do Conselho de Administração de uma companhia listada na NYSE deve ser independente.

Não há disposição legal nesse sentido. Algumas companhias assinalam que a maioria de seus membros é ligada ou indicada pelo controlador.

Testes de Independência

Obrigatórios para os membros do Conselho de

Empresas defendem que as normas exigidas pela

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Administração. legislação societária brasileira e pela CVM em relação a executivos e conselheiros fornecem garantias adequadas com relação à independência dos conselheiros, mas reconhecem que seus atuais membros não seriam aprovados pelos testes de independência da NYSE.

Seções Executivas

Conselheiros que não sejam diretores de uma companhia listada deverão se reunir em sessões periódicas, sem a diretoria.

Empresas informam que, pela legislação societária brasileira, até 1/3 dos membros do Conselho de Administração pode ocupar posições executivas, e reconhecem que não fazem reuniões sem os membros da diretoria.

Comitês

Uma companhia listada deve ter um comitê de governança corporativa e um de compensação, ambos formados por membros independentes.

A legislação brasileira não obriga a formação de quaisquer tipos de comitê, mas algumas empresas apontam estruturas similares existentes no seu Conselho de Administração.

Comitê de Remuneração

Obrigatório De acordo com a Lei 6.404/76 (Art. 52), é necessária a aprovação dos acionistas em Assembleia para implementação de qualquer plano de remuneração.

Comitê de Auditoria

É obrigatório e deve ser independente.

Tornou-se obrigatório para as empresas brasileiras com papéis negociados em Bolsas norte-americanas, desde 31/07/2005, porém, há a faculdade de substituir este comitê pelo Conselho Fiscal. É obrigatório para instituições financeiras de grande porte, desde 2004.

Diretrizes

Uma companhia listada deve adotar e divulgar diretrizes de governança corporativa que abranjam certos requisitos mínimos

A maioria das empresas não possui diretrizes formais de governança corporativa que cubram todos os requisitos constantes nas regras da

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especificados. NYSE, mas citam a existência de politicas internas, como a de divulgação de atos e fatos relevantes, e normas de governança corporativas impostas pela legislação brasileira.

Código de Ética

Uma companhia listada deve adotar e divulgar um código de ética para conselheiros, diretores e empregados, divulgando prontamente toda dispensa do código concedida para conselheiros e/ou diretores.

O código de ética existe em muitas empresas brasileiras, mas tem sido pouco divulgado tanto interna quanto externamente e, em alguns casos, não inclui regras para conselheiros e diretores.

Fonte: Revista Capital Aberto – Novembro 2005 (apud Borgerth 2011, p.35 e 36).

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CAPÍTULO II

CVM E BOVESPA

O fato do mercado de ações brasileiro estar num patamar de

desenvolvimento inferior do que o americano, é importante observar que várias

das regras estabelecidas pela Lei SOX já haviam sido instituídas no Brasil,

pela Comissão de Valores Mobiliário (CVM), há mais de 2 anos, e também

pela Lei das Sociedades Anônimas (LSA), Lei n° 6.404/76, alterada pela Lei n°

10.303/01.

A diretoria das companhias é responsável pela elaboração dos

balanços, os quais devem ser assinados por administradores, nos termos dos

artigos 142 e 176, respectivamente, da Lei das Sociedades Anônimas (LSA,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm, acesso em 2011).

Com relação a CVM, através da Instrução Normativa CVM n° 308/99,

determinou que as empresas de auditorias não poderiam prestar serviços de

consultoria ou outros serviços que possam caracterizar a perda de sua

objetividade e independência. A vigência nesta parte da Instrução Normativa

estava suspensa por liminares obtidas por empresas de auditorias. Contudo, a

CVM obteve algumas vitórias nos tribunais, e a proibição de empresas de

auditorias de prestarem outros serviços conflitantes com esse serviço.

A vitória vem de encontro com outras medidas que a CVM vinha

tomando para intensificar a transparência e a independência das auditorias

externas, como, por exemplo, a proposta de instrução que estava sendo

discutida pela autarquia e que exigia das empresas de auditorias a informação

em notas explicativas dos balanços auditados se os seus auditores prestam

algum outro tipo de serviço para a companhia. (CVM,

http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5 Cinst308

htm, acesso em 2011).

Além disso, a CVM vem se preocupando em alinhar os procedimentos

contábeis vigentes no Brasil com as práticas internacionais estabelecidas pelo

International Accounting Standards Board (IASB). Prova disso está no projeto

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de alteração nº 3.741, em tramitação no Congresso Nacional, da Lei das

Sociedades Anônimas, que visa, entre outras medidas, alterar critérios de

contabilizarão das aplicações financeiras, tais como títulos e ações das

companhias abertas que deverão ser contabilizados pelo valor de mercado, e,

ainda, a proibição de reavaliação de ativos imobilizados.

2.1 Medidas Adotadas pela Bovespa

As medidas adotadas pela Bovespa, órgão de referência no mercado de

capitais brasileiro, atingem as companhias listadas no Nível 1 de Governança

Corporativa da Bovespa, que se comprometem, principalmente, com melhorias

na prestação de informações ao mercado e com a dispersão acionária. Assim,

as principais práticas relacionadas neste nível são: (IPEA,

http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article

&id=866:reportagens-materias&Itemid=3, acesso em 2011)

• Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações,

representando 25% do capital;

• Realização de ofertas públicas de colocação de ações por meio

de mecanismos que favoreçam a dispersão do capital;

• Melhoria nas informações prestadas trimestralmente, entre as

quais a exigência de consolidação e de revisão especial;

• Informação sobre negociações de ativos e derivativos de

emissão da companhia por parte de acionistas controladores e administradores

da empresa;

• Divulgação de acordos de acionistas e programas de stock

options;

• Disponibilização de um calendário anual de eventos

corporativos;

• Apresentação das demonstrações do fluxo de caixa.

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Pode-se prever que muitas das disposições da Lei SOX contra fraude

corporativa irão afetar as empresas brasileiras, seja através de medidas

tomadas por suas controladoras, como no caso da reavaliação dos planos de

remuneração dos seus executivos que vinha sendo estendido aos empregados

das subsidiárias, seja pela sujeição de companhias brasileiras de capital aberto

com títulos negociáveis na Bolsa de Nova York à nova lei, ou ainda seja por

atos a serem praticados por parte das autoridades públicas competentes em

adequar a legislação brasileira às exigências internacionais.

2.2 CVM – Comissão de Valores Mobiliários

A CVM foi criada pela Lei Federal nº 6.385, de 07/12/1976, como órgão

de administração direta do país, vinculada ao Ministério da Fazenda e funciona

como um órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil. O auditor externo

ou independente, para exercer atividades no mercado de valores mobiliários

(companhias abertas e instituições, sociedades ou empresas que integram o

sistema de distribuição e intermediação de valores mobiliários), está sujeito ao

prévio registro na CVM.

A CVM tem como objetivo a fiscalização, disciplina e a promoção do

mercado de valores mobiliários, sendo que cada auditor antes de exercer suas

atividades deve estar devidamente registrado neste órgão para maior controle

em relação ao mercado de capitais.(CVM, www.cvm.gov.br, acesso em 2011)

2.3 BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo

A Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA , era a bolsa oficial do

Brasil, até 2008, quando se integrou a BM&F (Bolsa de Mercadorias &

Futuros). A BM&FBOVESPA é a principal instituição brasileira de

intermediação para operações do mercado de capitais, a companhia

desenvolve, implanta e provê sistemas para a negociação de ações,

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derivativos destas, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos

financeiros, moedas à vista e commodities agropecuárias.

A sede da nova BM&FBOVESPA é no centro da cidade de São

Paulo e o principal índice econômico é o IBOVESPA.

(http://www.bmfbovespa.com.br/home.aspx?idioma=pt-br, acesso em 2011)

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CAPITULO III

COSO E COBIT

3.1 COSO

COSO é a abreviação de “Committee of Sponsoring Organizations of

the Treadway Commission”, uma organização Norte Americana privada,

fundada em 1985, que se dedica a desenvolver e estudar assuntos gerenciais

e de governança empresarial com o intuito de fornecer linhas ou diretrizes para

os executivos. As áreas de principal interesse do COSO são: Governança

Corporativa, Ética de Negócios, Controles Internos, Gestão de Riscos

Corporativos, Fraudes e Relatórios Financeiros.

Em 1992 o COSO publicou um relatório intitulado Controles Internos e

Estrutura Integrada, ou ICIF. Em 2004 publicou um novo relatório, Gestão de

Riscos Corporativos – Estrutura Integrada ou ERMIF, que é considerado uma

evolução das questões relativas aos controles internos, focado no mais amplo

problema da gestão de riscos corporativos. O COSO publicou vários outros

estudos e relatórios ao longo dos anos, todos relacionados a gestão de riscos,

controles internos e prevenção de fraudes.

A SEC (Securities and Exchange Commission) dos EUA sugere e

recomenda que as empresas adotem a estrutura de processos de controle

definidos pelo COSO (ICIF) para que possam cumprir as regras definidas pela

SOX – Lei Sarbanes Oxley. Além disso, o ICIF e a estrutura COSO são um dos

padrões mais usados pelas companhias Norte Americanas para avaliar a

própria observância as regras do FCPA (Lei Contra Práticas de Corrupção no

Exterior).

A estrutura do COSO, descrita no relatório de Controles Internos e

Estrutura Integrada, é baseada nos seguintes conceitos: (FRAUDES,

http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=168, acesso em 2011)

• Os Controles Internos são um processo;

• Os Controles Internos são influenciados pelas pessoas. Não

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existem somente políticas, manuais, formulários, mas, sobretudo pessoas, em

todos os níveis de uma organização.

• Os Controles Internos podem fornecer somente uma razoável

segurança, e não uma segurança absoluta, para a diretoria de uma

corporação.

• Os Controles Internos são centrados na realização de objetivos

em uma ou mais categorias que podem ser separadas ou sobrepostas.

A estrutura descrita no ICIF do COSO consiste de cinco componentes,

relacionados entre si. De acordo com o COSO, estes componentes fornecem

uma estrutura efetiva para descrever e analisar o sistema de controles internos

usado por uma empresa. Os componentes são os seguintes: (FRAUDES,

http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=168, acesso em 2011)

• Ambiente de Controle (postura da organização e conscientização

das pessoas);

• Avaliação de Riscos (identificação e analise de riscos relevantes

para alcançar os objetivos definidos);

• Atividades de Controle (políticas e processos em todos os níveis

para garantir a observância das diretrizes e medidas de prevenção dos riscos);

• Informações e Comunicações (fluxos das informações e

comunicações dentro da corporação);

• Monitoramento (Processos de monitoramento e avaliação do

sistema e dos demais processos).

Os oito componentes do ERMIF (Gestão de Riscos Corporativos –

Estrutura Integrada) compreendem os cinco anteriores (do ICIF) ao passo que

expandem o modelo de estrutura, de forma a atender a maior demanda que

vem da gestão de riscos corporativos: (FRAUDES, http://www.fraudes.org

/showpage1.asp?pg=168, acesso em 2011)

• Ambiente interno;

• Definição de objetivos;

• Identificação de Eventos;

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• Avaliação de riscos;

• Resposta a riscos;

• Atividades de Controle;

• Informação e Comunicação;

• Monitoramento;

3.2 COBIT

O termo COBIT vem do inglês: Control Objectives for Information and

related Technology. É um conjunto de diretrizes, indicadores, processos e

melhores praticas para a gestão e governança dos sistemas informáticos. O

COBIT foi criado em 1996 nos EUA em conjunto pela Information Systems

Audit and Control Association (ISACA) e pelo IT Governance Institute (ITGI).

O COBIT é útil para gestores de TI (Tecnologia da Informação),

usuários e auditores. Ao longo dos anos se consolidou como o padrão

internacional para estruturas de governança e controle de TI. O COBIT,

normalmente, é bem centrada nas questões relativas à segurança. O COBIT

compreende os seguintes pontos: (FRAUDES, http://www.fraudes.org

/showpage1.asp?pg=168, acesso em 2011)

• Sumário Executivo;

• Estrutura de Governança e Controle;

• Objetivos de Controle;

• Diretrizes de Gestão;

• Guia de Implementação;

• Guia de Seguros de TI.

• O COBIT é composto por 34 processos de alto nível os quais

cobrem 210 objetivos de controle divididos nos seguintes 4 domínios:

• Planejamento e Organização;

• Aquisição e Implementação;

• Entrega e Suporte;

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• Monitoramento e Avaliação;

3.2.1 Objetivo do Cobit

O COBIT foi criado para apoiar os gestores e os profissionais no

controle e gerenciamento dos processos de TI de forma lógica e estruturada,

tendo como foco, o relacionamento entre os objetivos de negócio com os

objetivos de TI. Ele é um modelo utilizado internacionalmente como um

instrumento da Governança de TI, contendo práticas e técnicas de controle e

gerenciamento, a fim de auxiliar na preparação para auditorias,

acompanhamento, a avaliação dos processos de TI e auxiliar no alcance de

metas na organização.

Quanto aos recursos e processos em TI, o COBIT apoia de forma

significativa essa área. Suas diretrizes pertencem a um conjunto de 318

controles, distribuídos em 34 processos, cada qual visando, segundo a COBIT,

um Objetivo de Controle. São recursos do COBIT:(FRAUDES,

http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=168, acesso em 2011)

• Framework;

• Mapas de auditoria;

• Sumário executivo;

• Objetivos de Controle (propósito a ser alcançado ou o resultado a

ser atingido);

• Guia - técnicas de gerenciamento e

• Ferramentas - quanto à implementação do modelo.

Não necessariamente nesta ordem, mas estes são os recursos que

podem auxiliar na implantação de um modelo na Tecnologia da Informação e

permitir uma análise mais precisa quanto aos processos e resultados.

Importante ressaltar que a área em questão deve se manter no alinhamento

dos negócios e, ao mesmo tempo, ficar atento ao gerenciamento de riscos.

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A soma destes fatores serve de preparo as exigências da boa

governança em TI quanto às expectativas do mercado, legislação, automação,

a organização em si, aos acionistas, aos clientes internos, auditores, etc.

Importante saber que, qualquer organização pode utilizar as boas

práticas do COBIT, pois independe do tipo de negócio, infraestrutura, sistemas

ou tecnologia utilizada. O papel do COBIT é não determinar como os

processos devem ser estruturados, mas utilizá-lo da melhor forma, a fim de,

ceder e gerar as informações que a empresa realmente necessita, levando em

consideração, conforme já citado, o relacionamento entre os objetivos de

negócio da organização e os objetivos da área em questão (TI), atingindo

assim, suas metas com base na governança.

Portanto, seu papel é descobrir a solução do desalinhamento entre TI

e Negócio diante das principais regulamentações (normas regulatórias)

existentes no mercado, por exemplo: a Lei Sarbanes Oxley - SOX. Cabendo ao

próprio gestor ou profissional da área conhecer as necessidades da empresa e

utilizar o COBIT a favor.

3.3 SOX na Tecnologia da Informação (TI)

Uma das premissas da SOX é que as empresas demonstrem eficiência

na governança corporativa. Uma referência nessa área é o modelo de

governança COSO, criada em 1985 por iniciativa da Comissão Nacional de

Relatórios Financeiros Fraudulentos para definir processos para o controle

interno das empresas. O COSO define que o controle interno é um processo e

deve ser exercido por todos os níveis da empresa. Os processos devem ser

desenhados para atingir os seguintes objetivos: (FRAUDES,

http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=168, acesso em 2011)

• Efetividade e eficiência na operação;

• Dar confiabilidade nos relatórios financeiros;

• Atender as leis e regulamentações dos órgãos públicos.

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Nesse contexto, a área de tecnologia da informação (TI) tem um papel

importante. A área de TI deve cobrir todos os aspectos de segurança e

controle das informações digitais da empresa, devendo desenhar processos de

controle das aplicações para assegurar a confiabilidade do sistema

operacional, a veracidade dos dados de saída e a proteção de equipamentos e

arquivos. Para cumprir essas exigências os Chefes de Tecnologia (CIO's)

devem rever todos os processos internos cobrindo desde as metodologias de

desenvolvimento de sistemas até as áreas de operações de computadores.

Além disso, promover uma conscientização nas áreas usuárias de

seus recursos sobre os aspectos de segurança e cuidados na manipulação

das informações, tais como: e-mails, compartilhamento de diretórios nos

computadores, compartilhamento de senhas de acesso aos aplicativos, etc.

Estes aspectos de engenharia social também devem ser reforçadas para o

pessoal de TI, que às vezes não conseguem determinar os riscos de

segurança em suas soluções.

Para atender aos novos desafios da governança corporativa, as áreas

de TI contam com alguns modelos de gestão que se aplicados asseguram a

conformidade com as melhores práticas de processos e segurança da

informação. Entende-se que a adequação a esses padrões internacionais traga

um custo extra às empresas e podem significar a perda de competitividade no

mercado no curto prazo. Entretanto, no médio e longo prazo esses controles

passarão a ser um diferencial positivo para atrair novos investimentos e

segurança aos acionistas.

Durante a implantação da SOX é comum existirem alguns problemas e

desafios, como por exemplo: (SOFTEXPERT, http://www.softexpert.com.br

/norma-sox.php, acesso em 2011)

• Conscientizar a Alta Direção;

• Possuir uma estrutura para a tomada de decisão adequada aos

objetivos estratégicos da organização;

• Direcionar as ações com o objetivo de proteger a organização;

• Atender aos requisitos sócio econômico culturais;

• Atender às exigências legais e regulatórias;

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• Resistência às mudanças e cultura organizacional;

• Manter os registros, memorandos, especificações, entre outros

documentos originais considerados fundamentais para atender os requisitos da

SOX, retidos, armazenados, protegidos contra alterações e fáceis de localizar

quando solicitados;

• Manter-se atualizado permanentemente sobre os objetivos e

estratégias de negócios da organização;

• Assegurar que a organização tenha a percepção correta dos

resultados gerados;

Para acelerar o atendimento às exigências da SOX, bem como

proteger as informações confidenciais, as empresas precisam de soluções

automatizadas que ofereçam visibilidade plena em todas as atividades e

processos. Além disso, é preciso que qualquer atividade não conforme ou não

autorizada seja alertada ou bloqueada, quando for o caso, em tempo real, de

acordo com as políticas da empresa. As soluções controlam também os

documentos, projetos, modificações, os riscos e as atividades em uma

interface única e segura e que automatiza a consulta de documentos, os

controles internos e todos os processos empresariais, garantindo desta forma

a conformidade com a SOX.

3.4 Principais Artigos da SOX

Para supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas a

SOX, foi criado o Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB ou

seja Conselho de Auditores de Companhias Abertas) que tem a missão de

estabelecer as normas de auditoria, controle de qualidade, ética e

independência em relação aos processos de inspeção e a emissão dos

relatórios de auditoria. São previstas inspeções às empresas de auditoria para

obrigá-las a cumprir as regras estabelecidas e estar sempre em consonância

com a SEC (Securities and Exchange Comission, o equivalente americano da

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CVM brasileira). Os auditores de empresas sujeitas a SOX deverão registrar-se

no PCAOB.

A SOX se refere de forma explícita aos GAAP (Generally Accepted

Accounting Principles), na versão US GAAP, para a definição de quais sejam

as normas e práticas contábeis a serem aplicadas. É em andamento, sob a

coordenação da SEC, um processo oficial de adoção do padrão IFRS

(International Financial Reporting Standards), de influência européia e

administrado pelo IASB (International Accounting Standards Board), no lugar

do US GAAP, que deverá se concluir até 2016. Outra legislação relevante e

explicitamente mencionada na SOX é o Securities Exchange Act de 1934.

As penalidades pelo descumprimento da SOX, em relação a

integridade e fidedignidade das demonstrações financeiras e a certificação de

demonstrativos em desacordo com a lei, são uma multa de até USD 1.000.000

e/ou a reclusão por até 10 anos. Quando o descumprimento da lei for

intencional (normalmente com finalidades fraudulentas) a multa aumenta para

até USD 5.000.000 e a reclusão pode chegar a 20 anos.

Os principais artigos da SOX são estruturados da seguinte forma:

(FRAUDES, http://www.fraudes.org/, acesso em 2011)

PCAOB:

• Artigo 101: Cria o Public Company Accounting Oversight Board.

• Artigo 102: Trata da organização do PCAOB e de suas

atribuições.

• Artigo 103: Define regras e padrões de auditoria, controle de

qualidade e independência.

• Artigo 104: Determina que o PCAOB crie um programa

permanente de inspeção nas empresas de auditoria registradas na SEC.

• Artigo 109: Define o financiamento e taxas de funcionamento do

PCAOB.

Independência do Auditor:

• Artigo 201: Define serviços que são proibidos para os auditores

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dentro das companhias que auditam.

• Artigo 202: Determina a necessidade da aprovação prévia do

comitê de auditoria para qualquer outro serviço prestado pelos auditores

independentes da companhia.

• Artigo 203: Determina a rotatividade a cada 5 anos do sócio

responsável por cada cliente, em empresa de auditoria.

• Artigo 204: Cria regras para comunicação entre os auditores

contratados e o comitê de auditoria da companhia.

Responsabilidades da empresa:

• Artigo 301: Define as funções atribuídas e nível de independência

do comitê de auditoria em relação à direção da empresa.

• Artigo 302: Determina a responsabilidade dos diretores das

empresas, que devem assinar os relatórios certificando que as demonstrações

e outras informações financeiras incluídas no relatório do período, apresentam

todos os fatos materiais e que não contém nenhuma declaração falsa ou que

fatos materiais tenham sido omitidos. Também devem declarar que divulgaram

todas e quaisquer deficiências significativas de controles, insuficiências

materiais e atos de fraude ao seu Comitê de Auditoria.

• Artigo 303: Proíbe a conduta imprópria de auditor por influência

fraudulenta, coação ou manipulação, não importando se intencional ou por

negligência. Proíbe diretores e funcionários da empresa de tomar qualquer

medida para influenciar os auditores.

• Artigo 305: Define as responsabilidades e penalidades a cargo

dos diretores da empresa.

• Artigo 307: Cria regras de responsabilidade para advogados

obrigando-os a relatar evidências de violação importante da companhia para a

qual prestam serviços, devendo reportar-se ao comitê de auditoria, se não

forem ouvidos pela diretoria.

Aprimoramento das divulgações financeiras:

• Artigo 401: Obriga a divulgação das informações trimestrais e

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anuais sobre todo fato material não relacionado com o balanço, patrimonial,

tais como: transações, acordos, obrigações realizadas com entidades não

consolidadas, contingências e outras. Também exige a divulgação de

informações financeiras não relacionadas com as normas geralmente aceitas

(de acordo com o GAAP).

• Artigo 402: Obriga a divulgação das principais transações

envolvendo a diretoria e os principais acionistas da companhia. Nenhum diretor

ou funcionário graduado de companhia aberta poderá receber, direta ou

indiretamente, empréstimos em companhia aberta.

• Artigo 404: Determina uma avaliação anual dos controles e

procedimentos internos para a emissão de relatórios financeiros. Além disso, o

auditor independente deve emitir um relatório distinto que ateste a asserção da

administração sobre a eficácia dos controles internos e dos procedimentos

executados para a emissão dos relatórios financeiros.

• Artigo 406: Define o Código de ética para os administradores, alta

gerência e gerência.

• Artigo 409: Obriga a divulgação imediata e atual de informações

adicionais relativas a mudanças importantes na situação financeiras ou nas

operações da companhia.

Responsabilidade por fraude corporativa ou criminal:

• Artigo 802: Define as penalidades criminais por alteração,

destruição, falsificação de documentos a serem utilizados nas vistorias da

SEC.

• Artigo 806: Cria os meios de proteção aos funcionários de

empresas de capital aberto que denunciarem fraude na companhia em que

trabalham.

• Artigo 807: Define as penalidades criminais por prejudicar

acionistas minoritários de empresas de capital aberto com informações

inverídicas.

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Aumento das penalidades para crimes de colarinho branco:

• Artigo 906: Aumenta a responsabilidade da diretoria sobre as

demonstrações financeiras e define as penalidades para as infrações.

3.5 Lei SOX x Resolução CMN

Na tabela a seguir, será demonstrado que o Conselho Monetário

Nacional (CMN), através da Resolução 3.198/04, tornou obrigatório o Comitê

de Auditoria para as instituições financeiras.

Comparação do Comitê de Auditoria segundo a Lei Sarbanes-Oxley e

a Resolução da CMN:

Lei Sarbanes-Oxley Resolução 3.198/04 –

Brasil

Exigências Aplicável a todas as empresas Aplicável a todas as

instituições financeiras de grande porte.

Atribuições

Indicar, contatar, estabelecer a

remuneração e supervisionar o auditor

independente

Supervisionar o auditor independente e, se

necessário, recomendar a sua substituição.

Revisar os controles internos de auditoria e de

contabilidade

Revisar os controles internos de auditoria e de

contabilidade. Receber denúncias internas

relativas a auditorias e controles

contábeis

Receber denúncias internas relativas a

auditorias e controles contábeis e

comunicar erros e fraudes ao BACEN

Aprovar previamente a prestação de serviços não

relacionados à auditoria, por parte dos auditores

independentes

Estabelecer tratamentos acerca do descumprimento

de dispositivos legais ou regras internas.

Avaliar a efetividade dos auditores independentes.

Avaliar a efetividade dos auditores independentes e

da gestão da diretoria

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Revisar as demonstrações contábeis semestrais

previamente à publicação.

Independência

Membros não podem receber qualquer outra

forma de remuneração da companhia, direta ou

indiretamente, além daquela paga pelo serviço no Comitê de Auditoria.

Membros não podem receber

remuneração adicional

Membros não podem ser pessoas afiliadas.

Membros não podem ser ou ter sido diretores,

funcionários ou participantes da equipe de

auditoria independente encarregada de auditar a

empresa, nem membros do Conselho Fiscal nem

parentes de algum destes membros.

Instituições financeiras de

capital fechado: o Comitê será formado por três diretores da própria

instituição.

Especialista em finanças

Recomendável, mas não obrigatório. Porém, caso o Comitê de Auditoria não

disponha de um, isso deve ser

divulgado nos relatórios da empresa.

Obrigatório para todas as instituições

financeiras sujeitas à Resolução.

Requisito: conhecimentos sobre princípios contábeis, demonstrações contábeis,

controles internos.

Conhecimentos de contabilidade e auditoria.

Especialização deve ser atestada por meio de

formação acadêmica e/ou experiência profissional.

Não há estabelecimento de critérios para comprovação

de especialização.

Suporte Recursos financeiros e assessoria técnica.

Suporte de especialista.

Fonte: Pinheiro Neto Advogados (apud Borgerth 2011, p.31 e 32)

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A finalidade da criação desse comitê é eliminar a possibilidade de

conivência entre empresas e auditoria independente, pois os principais

mercados estão caminhando para um padrão internacional de contabilidade

devido à preocupação com a transparência de informações e a equidade de

tratamento dos acionistas.

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CAPITULO IV

EURO-SOX e JAPONES-SOX

4.1 EURO-SOX

Logo depois da criação, em 2002, nos EUA, da já mencionada lei

Sarbanes-Oxley (SOX), a União Europeia resolveu enfrentar o mesmo assunto.

Talvez, parte disso foi em resposta às restrições e problemas que muitas

empresas Europeias passaram a ter para operar nos EUA. De toda forma o

conjunto de normas que resultou de tal iniciativa foi globalmente positivo por

reforçar mais ainda as linhas da SOX Norte Americana.

A chamada E-SOX, ou Euro-SOX, na realidade não é uma única norma

mas um conjunto de normas aprovadas entre 2003 e 2006 e que dizem

respeito aos assuntos tratados de forma unitária pelas SOX dos EUA. A data

limite para as empresas se adequarem expira a partir de setembro de 2008.

Essas mudanças foram provocadas pela promulgação de emendas às

diretrizes 4ª, 7ª e 8ª da União Européia, que atingem três áreas principais:

auditoria, responsabilidade dos administradores e qualidade dos controles

internos.

O princípio de aplicação extra territorial usado pela SOX também foi

usado pelas normas da União Europeia que, assim, se aplicam a qualquer

empresa que tenha suas ações listadas em qualquer bolsa de valores no

território da U.E..

A primeira norma a ser publicada foi, em 2003, que trata das questões

relativas a Abusos e Manipulações nos Mercados, no ano seguinte foi criada a

Diretiva que trata da Transparência nas Demonstrações Financeiras, por fim

em 2006 foi criada uma Diretiva que diz respeito aos Procedimentos

Obrigatórios de Auditoria.

Consequentemente a estas normas foram criadas algumas entidades

oficiais, encarregadas de cuidar do regulamento das novas regras. As

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entidades são: o Audit Regulatory Committee (AuRC), o European Group of

Auditors’ Oversight Bodies (EGAOB) e o European Forum on Auditors’ Liability.

4.1.1 Normas da Euro - SOX:

A principal diferença entre a E-SOX e a SOX é que no caso europeu

existe a necessidade de permitir uma maior flexibilidade, devido ao

temperamento especial de cada individuo do Estado - Membro. Já no caso

americano, as consequências penais ganham maior ênfase.(FRAUDES,

http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=318, acesso em 2011).

Os pontos principais tratados pela Diretiva de Abusos e Manipulações

nos Mercados são os seguintes:

• Abuso de informações;

• Divulgação e controle de informações internas por parte de

emissores;

• Relatório de transações realizada por executivos;

• Manipulação de mercado;

• Relatório de transações suspeitas;

• Recomendações de pesquisa;

• Estabilização e recompra de ações;

Os pontos principais tratados pela Diretiva da Transparência nas

Demonstrações Financeiras são os seguintes:

• Divulgação de informações financeiras periódicas;

• Critérios e responsabilidades;

• Atualização das informações sobre os principais acionistas;

• Disseminação de Informações regulamentadas;

• Comunicação de emendas aos estatutos de incorporação;

Os pontos principais tratados pela Diretiva de Procedimentos

Obrigatórios de Auditoria são os seguintes:

• Educação e qualificações;

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• Registro;

• Ética;

• Standards (padrões) e relatórios;

• Supervisão publica, investigações, disciplina e cooperação com

outras autoridades da EEA;

• Contratação e demissão;

• Entidades de interesse público;

• Auditores de países terceiros;

• Cooperação com autoridades de países terceiros;

• Divulgação da remuneração dos auditores;

• A ordem obrigatória dos auditores (delegação de funções etcd)

4.2 JAPONES-SOX

J-SOX é o nome dado a um conjunto de normas Japonesas relativas a

controles internos e divulgação de relatórios financeiros (ICFR) que fazem

parte da Lei Japonesa sobre Instrumentos Financeiros e Bolsas (Japanese

Financial Instruments and Exchange Law). Esta lei foi promulgada em Junho

de 2006 na forma de uma emenda da Lei Japonesa das Ações e Bolsas ,

como consequência de uma série de fraudes contábeis e na divulgação de

relatórios financeiros. Este conjunto de normas é chamado J-SOX porque foi

modelado com base na SOX (Lei Sarbanes-Oxley) dos EUA.

A J-SOX obriga todas as empresas listadas nas bolsas Japonesas a

reforçar os controles internos e a garantir uma completa e apurada divulgação

das informações financeiras. A lei atinge as várias empresas que tem ações

listadas nas bolsas japonesas e afeta também as subsidiárias destas, mesmo

que operem em outras partes do mundo. Ou seja, foi mantida a abrangência

extraterritorial já própria da norma americana original (SOX) e da equivalente

norma da União Europeia (E-SOX).

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4.2.1 J-SOX Implementado

O guia de implementação da J-SOX, publicado pela Agencia Japonesa

de Serviços Financeiros (FSA), detalha para como deve ser realizada, por

parte da diretoria das empresas afetadas pela norma, uma avaliação dos ICFR

(Controles Internos e Relatórios Financeiros), como previsto pela lei.

A FSA recomenda uma postura Centrada nos Riscos que mantém o

foco em contas e processos que sejam significativos, tanto quantitativamente

quanto qualitativamente, para os relatórios financeiros. E postura do Topo pra

Baixo, significando que cada filial deverá avaliar primeiramente seus níveis de

controle (ou seja, ambiente geral de controle, supervisão do conselho de

diretoria, etc.) e depois irá analisar os específicos processos e contas dos

relatórios financeiros. (FRAUDES,

http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=318, acesso em 2011)

Como estrutura de controle interno, pode-se citar os seguintes

elementos básicos:

• Ambiente de controle;

• Avaliação dos riscos;

• Atividades de controle;

• Informação e comunicação;

• Monitoramento;

Como avaliações de controle interno e relatórios financeiros - ICFR, pela

diretoria pode-se citar o seguinte:

• Definição de relatórios financeiros;

• Objetivo das avaliações da diretoria;

• Estrutura e método para avaliação dos controles internos e uso

de especialistas;

• Avaliação dos níveis de controle da empresa;

• Controles em nível de processos – avaliação da efetividade

operacional;

• Registro e Retenção dos procedimentos de avaliação;

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Como áreas da auditoria dos ICFR (Controles Internos e Relatórios

Financeiros) pode-se citar:

• Tamanho da amostra para testar a efetividade operacional;

• Uso do trabalho dos auditores internos e/ou outros;

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CAPITULO V

FRAUDES NAS EMPRESAS

5.1 Fraudes nas Empresas Americanas

A descoberta de fraudes nas empresas consideradas uma das

melhores para se trabalhar, fez com que o governo mundial se preocupasse

com a situação das empresas de capital aberto, porque se grandes empresas

como Enron tinha burlado seus controles contábeis para ganhar mais prestigio,

como estariam outras as que estão começando e/ou empresas menores e

menos reconhecidas no mercado.

A reação no mercado financeiro foi imediata, as bolsas caíram no

mundo inteiro, empresas do ramo de auditoria notaram o quão rápido é o

processo de decadência quando se perde o nível de confiabilidade. Os órgãos

reguladores se viram pressionados a rever suas normas de confiabilidade, de

forma que estes detectem falhas nas empresas antes das proporções. Os

escândalos contábeis que ocorreram nos EUA no ano de 2001 em empresas

com grande credibilidade para o mercado financeiro, fizeram com que o

mercado se surpreendesse com tais fatos, pois os mesmos antes jamais foram

suspeitos.

Enron – EUA 2001: Considerada a quinta maior empresa norte

americana, fundada no ano de 1985, começou atuando no mercado de

commodities de gás natural. A empresa tinha como estratégia:

“(...)comprar uma empresa geradora ou distribuidora de

gás natural e fazer dela um centro de armazenamento ou

comercialização de energia. Em apenas 10 anos atuando

nesse mercado, a Enron já detinha 25% do mercado de

commodities de energia, com mais de US$ 100 bilhões

em ativos. Em dezembro de 2000, apenas um ano antes

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da crise, suas ações indicavam um crescimento de

1.700% desde sua primeira oferta, com um índice P/L

(Preço/Lucro) de aproximadamente 70, tendo atingido o

seu pico ao preço de US$ 90 por ação.” (BORGERTH

2011, p.2).

Desta forma, temos que a empresa obtinha lucros em maior proporção

do que o normal e em pouco tempo, crescendo cada vez mais entre as

empresas S/A dos Estados Unidos. Porém em 2001 através de investigações

da SEC, a Enron acabou afirmando ter aumentado seus lucros em

aproximadamente US$ 600.000.000,00 (seiscentos milhões) nos últimos

quatro anos.

Exemplos de transações indevidas feitas pela Enron: (BORGERTH,

2011).

- Transferência de ativos: quando havia risco de um ativo específico

prejudicar as informações da própria Enron, por exemplo, um crédito junto a

uma empresa com classificação de alto risco para o mercado, a Enron vendia

esse ativo para uma das SPE, recomprando após o encerramento das

demonstrações contábeis daquele período.

- Disfarce de empréstimos: em um dos casos de disfarce de

empréstimos, firmou um contrato de fornecimento de energia por um

determinado período, no valor de US$ 394 milhões. O contrato previa um

desconto para US$ 330 milhões, caso o comprador concordasse em pagar a

vista. Simultaneamente, a Enron firmou outro contrato com uma subsidiária do

comprador para adquirir a mesma quantidade de energia por US$ 394 milhões

pagáveis ao longo do período. Essa operação triangular resultou em um

empréstimo de US$ 330 milhões, com juros fixos de US$ 64 milhões. Com

essa estratégia, a Enron evitou a configuração do aumento do seu

endividamento.

Portanto a Enron ao praticar esses disfarces através de uma SPE

caracterizou uma série de desfalques inclusive éticos, pois com a venda de sua

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energia automaticamente ela teria em troca o valor de um “empréstimo” do

qual estava precisando, porém não queria aumentar seu índice de

endividamento. Assim a empresa causou grandes proporções no mercado

financeiro, pois seu comitê de auditoria também agia com cumplicidade a estas

falhas. Conforme (BORGERTH, 2011 p.3):

“(...) a empresa se caracterizou por um infindável numero

de falhas de revisão e monitoramento por parte do seu

comitê de auditoria, que, teoricamente, deveria estar

atento a esse tipo de falha.”

Arthur Andersen – EUA 2002: Considerada uma das empresas de

auditoria americana mais conceituada, fundada no ano de 1989, a empresa

atuava num mega grupo conhecido no mercado como uma das Big Five, desta

forma as grandes empresas procuravam auditores desta companhia, pois sua

credibilidade no mercado era conhecida pela eficiência e confiabilidade.

(BORGERTH, 2011)

WorldCom – EUA 2002: empresa do ramo de telefonia, conhecida por

ser a segunda maior empresa norte-americana, acabou abrindo falência no

ano de 2002, pois nos anos anteriores seu crescimento foi considerável no seu

setor, devido as suas manipulações contábeis que forjaram as aquisições de

suas próprias ações. (BORGERTH, 2011, p.07).

Existem ainda outros casos de empresas que se envolveram em

práticas de contabilidade criativa, como por exemplo: Xerox EUA - 2002,

Bristol-Myers Squibb EUA - 2002, Merck EUA - 2001, Tyco EUA - 2002,

ImClone Systems EUA - 2002, Parmalat ITÁLIA – 2003. Sendo assim percebe-

se que a os escândalos acabaram revelando o quanto o mercado de capitais é

vulnerável em relação às grandes empresas S/A, não só norte-americanas,

mas também no mundo todo.

Assim, durante esta crise, muitos investidores foram prejudicados,

vendendo suas ações a preços irrisórios para especuladores que após a

reestruturação puderam vender estas mesmas ações a preços justos, inclusive

para os mesmos investidores. Devido à falta de uma legislação específica para

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casos de fraudes que são feitas de forma discreta pelos seus próprios

acionistas majoritários e administradores, foi que os senadores Senador Paul

Sarbanes (Democrata de Maryland) e Michael Oxley (Republicano de Ohio),

desenvolvessem uma lei mais precisa em relação às práticas fraudulentas em

empresas de capital aberto.

A lei foi assinada pelo Presidente Jorge W. Bush em 30 de julho de

2002, e assim fez com que todas as empresas se preocupassem em atualizar

seus controles internos e implantar da Lei Sarbanes Oxley.

A Lei SOX busca a eficiência das informações no mercado de capitais,

já que os investidores utilizam estas informações para avaliar o melhor

direcionamento referente ao investimento, assim o investidor terá condições de

avaliar o risco que estará correndo e qual a sua chance de retorno. Os

investidores que possuem o mínimo de capacidade administrativa conseguem

avaliar as informações obtidas no mercado, desta forma observa todas as

variações que podem vir a ocorrer no preço das ações.

“(...) mercado eficiente de capitais são aqueles nos quais

os preços correntes de mercado refletem as informações

disponíveis. Isso significa que os preços correntes no

mercado refletem o valor presente dos títulos, e que não

há de maneira alguma lucros extraordinários com o uso

das informações disponíveis (...).” (ROSSI apud SANTOS

e SANTOS, 2005, p.3).

Existiram outros casos como o da Xerox – EUA (2002), da Bristol-

Myers Squibb – EUA (2002), Merck – EUA (2002), Tyco – EUA (2002),

Parmalat – Itália (2003) e da ImClone system – EUA (2002), todos esses casos

foram extraídos do texto de (BERGAMINI apud BORGERTH, 2011 p. 9) bem

como do acompanhamento dos respectivos processos mediante acesso à

pagina da SEC (disponível em www.sec.gov/litigation).

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CONCLUSÃO

É possível observar que o mundo corporativo mudou após a criação da

Lei Sarbanes Oxley, mas, ainda é possível afirmar que ele se transformou e

que esta transformação teve repercussão mundial, na forma como as grandes

empresas trabalham até os dias atuais.

Toda essa mudança trouxe consigo mais confiabilidade e clareza para

aqueles que desejam fazer novos investimentos e responsabilidade para

aqueles que geram a informação, obrigando assim as grandes empresas a

criar estruturas mais sólidas.

Portanto apesar dos escândalos corporativos de manipulação de dados

contábeis terem sido terríveis para o mercado, também foram os grandes

responsáveis pela criação da Lei SOX que trouxe um refinamento na forma de

gerenciar negócios, estabelecendo controles internos e governança corporativa

que assegurassem a qualidade da informação.

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BIBLIOGRAFIA

ABNT. Apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 2001.

ABNT. Referências Bibliográficas. Rio de Janeiro, 2001.

ABNT. Apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2001.

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria - Um curso moderno e completo, 6ª

ed. Editora Atlas, 2008.

BORGERTH, Vânia Maria da Costa. SOX Entendendo a Lei Sarbanes-Oxley:

um caminho para a informação transparente. 3ª reimp. da 1ª ed. 2007, Editora

Cengage Learning, 2011.

HOLANDA, Aurélio Buarque de, Dicionário, 3ª ed. Editora Nova Fronteira, 1999

LEI nº 6.404/1976 – Lei das Sociedades Anônimas

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm )

LEI n° 11.638/2007 – (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-

2010/2007/lei/l11638.htm)

MARTINS, Eliseu; Outros. Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI. 1ª

ed. Editora Atlas, 2010.

SANTOS, José Odálio dos. e SANTOS, José Augusto Rodrigues dos –

Professores Doutores da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Mercado de

Capitais: Racionalidade versus Emoções. USP 2005.

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WEBGRAFIA

Site: www.bmfbovespa.com.br – Sobre a Bolsa, disponível em 18/10/2011.

Site : www.coso.org, disponível em 28/05/2011.

Site: www.fraudes.org - Monitor das Fraudes, Fraudes Contábeis e Internas,

disponível em 23/05/2011, atualizado em 23/07/2011.

Site: www.ibgc.org.br, disponível em 18/06/2011.

Site: www.ipea.gov.br – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, disponível

em 2011.

Site: www.isaca.or, disponível em 26/06/2011.

Site: www.softexpert.com.br, disponível em 23/07/2011.

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INDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

LEI SARBANES OXLEY

1.1 A Lei na Prática 12

1.2 Objetivos e Benefícios da SOX 13

1.3 Governança Corporativa 14

1.4 Divulgação das Demonstrações Contábeis 16

CAPÍTULO II

A REALIDADE BRASILEIRA: CVM E BOVESPA

2.1 Medidas Adotadas pela Bovespa 20

2.2 CVM – Comissão de Valores Mobiliários 21

2.3 BOVESPA: Bolsa de Valores de São Paulo 21

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CAPÍTULO III

DIRETRIZES COSO E COBIT

3.1 COSO 23

3.2 COBIT 25

3.2.1 Objetivo do Cobit 26

3.3 SOX na Tecnologia da Informação (TI) 27

3.4 Principais Artigos da SOX 29

3.5 Lei SOX x Resolução CMN 33

CAPÍTULO IV

EURO-SOX E JAPONES-SOX

4.1 EURO-SOX 36

4.1.1 Normas da Euro-SOX 37

4.2 J-SOX 38

4.2.1 J-SOX Implementado 39

CAPÍTULO V

FRAUDES NAS EMPRESAS

5.1 Fraudes nas Empresas Americanas 41

CONCLUSÃO 45

BIBLIOGRAFIA 46

WEBGRAFIA 47

ÍNDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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FOLHA DE AVALIAÇÃO