universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … · ... mesmo que até o momento ... elemento...

54
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE ENERGIA NUCLEAR: SEGURANÇA E REJEITOS RADIOATIVOS Por: Claudio Gilberto Monteiro Dau Orientador Prof. Dr. William Rocha Rio de Janeiro 2009

Upload: phungkhanh

Post on 09-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

ENERGIA NUCLEAR: SEGURANÇA E REJEITOS

RADIOATIVOS

Por: Claudio Gilberto Monteiro Dau

Orientador

Prof. Dr. William Rocha

Rio de Janeiro

2009

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

ENERGIA NUCLEAR: SEGURANÇA E REJEITOS

RADIOATIVOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Direito

Ambiental

Por: . Claudio Gilberto Monteiro Dau

3

AGRADECIMENTOS

A Deus sem ele nada seria

possível, a meus pais , esposa e filho

que sempre me incentivaram.

....Agradeço também ao professor

orientador pelo apoio e presteza no

auxilio ao andamento e conclusão

desta Monografia e aos demais

professores da casa pelos

conhecimentos transmitidos

4

RESUMO

A obtenção de energia através da fissão do núcleo do átomo do urânio

todas as etapas deste a mineração até o enriquecimento.

As Usinas Nucleares Angra I , Angra II e Angra III centrais de geração

de energia elétrica que utilizam a reação nuclear de fissão como fonte para

geração desta energia. Seu funcionamento e toda estrutura planejada e

controlada para que não haja nenhum vazamento da radiação para o meio.

Uma proteção física delimitada por grossas camadas de concreto e sistemas

que são acionados ao sinal de qualquer situação anormal.

A demarcação de áreas em vários níveis, afim de que de acordo com o

grau e extensão do acidente a população daquela região possa ser retirada

organizadamente e ser conduzida a um local mais seguro sob a supervisão

dos órgão responsáveis

A polemica do lixo radioativo sua classificação e o que esta sendo

adotado por alguns paises .

Pesquisas e projetos são desenvolvidos afim de que todo o material

considerado “lixo”, seja colocado em locais seguro ou então num futuro

próximo possa ser convertido em algo menos letal para pessoas e o meio

ambiente

5

METODOLOGIA

Leitura de livros, jornais, revistas, questionários,internet...Com base nas

páginas acessadas na internet Eletrobrás, CNEM, INB, Eletronuclear, ABEN .e

outras.

6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................... 08

CAPÍTULO I - ELEMENTOS FUNDAMENTAIS..........................................10

1.1 – Conceito..............................................................................................10

1.2 - Geração de Energia............................................................................10

1.3 - Fissão Nuclear....................................................................................10

1.4 - Urânio.................................................................................................11

CAPÍTULO II – CICLO DO COMBUSTÍVEL NUCLEAR........................... 14

2.1 – Mineração..................................................................................... ... 15

2.2 – Conversão...................................................................................... .. 16

2.3 - Enriquecimento...................................................................... ........... 16

2.4 - Reconversão.......................................................................................17

2.5 - Pastilhas.............................................................................................17

2.6 - Elemento Combustível....................................................................... 18

CAPÍTULO III – USINA NUCLEAR.............................................................19

3.1- Conceito...............................................................................................19

3.2- Usina Nuclear no Brasil.......................................................................20

3. 2.1 - Angra 1.................................................................................. 20

3.2. 2 - Angra 2.................................................................................. 21

3. 2.3 - Angra 3.................................................................................. 21

3.3 – Eletronuclear..................................................................................... 22

3.4 - Funcionamento e Segurança............................................................. 23

3.5 - Circuito primário, secundário e de água de refrigeração................... 26

3.6 - Monitoramento do Meio Ambiente..................................................... 28

3.7 - Plano de Emergência Externo............................................................ 30

3.8 - Plano de Emergência Local .............................................................. 33

CAPÍTULO IV - REJEITOS NUCLEARES................................................ 34

4.1 - Meia vida........................................................................................... 34

7

4.2 - Lixo Radioativo.................................................................................. 35

CONCLUSÃO............................................................................................. 44

ANEXOS.....................................................................................................

46

BIBLIOGRAFIA............................................................. .............................52

FOLHA DE AVALIAÇÃO............................................................................ 54

8

INTRODUÇÃO

A preocupação mundial em buscar novas fontes de energia alem

daquela gerada a partir das térmicas convencionais que utilizam petróleo e o

carvão, combustíveis não renováveis grandes emissores de (COx e SOx),

incrementam pesquisas e projetos em diversos segmentos .

Segundo Gleyson José Silva:

Esta enorme dependência de fontes não renováveis de energia tem acarretado, além da preocupação permanente com o esgotamento destas fontes, a emissão de grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que em 1996 foi da ordem de 23 bilhões de toneladas, aproximadamente o dobro da quantidade emitida em 1965 (a taxa média de crescimento desta emissão verificada na década de 90 foi de 0,5 % ao ano). Como conseqüência, o teor de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado progressivamente, levando muitos especialistas a acreditar que o aumento da temperatura média da biosfera terrestre, que vem sendo observado há algumas décadas, seja devido a um “Efeito Estufa” provocado por este acréscimo de CO2 e de outros gases na atmosfera, já denominados genericamente “gases de efeito estufa”, conhecidos mundialmente pela sigla GHG (Greenhouse Gases). Se por um lado não há ainda entre os especialistas um consenso sobre a real existência deste “Efeito Estufa”, por outro a preocupação com este crescimento do teor de GHG na atmosfera começou a fazer parte de discussões internacionais (Rio-92, Kioto-97, Bonn-2001 e subseqüentes), a ponto de inúmeros países, notadamente aqueles que mais contribuem com as emissões destes gases, já se comprometerem com algum tipo de controle destas emissões, mesmo que até o momento estes compromissos tenham ficado mais ao nível da retórica do que terem provocado ações efetivas dos governos neste sentido.

Com o avanço dos estudos novas fontes vão se consolidando algumas

delas já alcançaram grandes avanços como a energia eólica, solar, hidráulica,

nuclear etc.

No Brasil a maior quantidade de energia elétrica produzida provém de

usinas hidrelétricas (cerca de 95%) que convertem a energia potencial e

cinética das correntes d'água em energia elétrica. o país dispõe de grandes

bacias hidrográficas.

9

As regiões mais afastadas dos grandes centros utilizam também

energia produzida em termoelétricas e em pequena escala a energia eólica.

O mundo caminha para a obtenção da energia a partir de fontes

renováveis e não poluidoras.

Considerada por muitos como alternativa as geradoras tradicionais, a

energia nuclear, chamada também de energia atômica ou termonuclear, é a

energia que fica dentro do núcleo do átomo, que pode acontecer pela ruptura

ou pela fissão do átomo.

Produção limpa não usa a queima de combustíveis, a energia nuclear

gera um vapor, que sob pressão, faz girar turbinas que acionam geradores

elétricos , combustível barato (comparado a outras fontes de energia) e com

pouca quantidade e capaz de obter enorme emissão de energia. Usinas

Nucleares não ocupam grandes áreas e independente de condições

ambientais/climáticas (não depende do sol, como usinas solares, ou da vazão

de um rio, no caso das hidroelétricas)

Benefícios a parte o assunto usinas nucleares ainda leva muita

polemica: perigo da radiação emitida na produção desta energia,

radioatividade dos materiais utilizados, risco de acidente e o que fazer com os

resíduos radioativos , pergunta que coloca muitos ambientalista defensores

ferrenhos da não utilização desta forma de geração de energia.

Novas tecnologias estão sempre surgindo governos procuram

demonstrar que usinas nucleares avançaram em segurança, prédios que

contem o reator são envolvidos por grossas camadas de concreto, monitoração

de ambiente tudo que a de mais de avançado é aplicado em tecnologia de

controle procurando tornar este esquema mais rígido desde a extração do

urânio até a geração da energia.

10

CAPÍTULO I

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS

1.1 - CONCEITO

Um núcleo de um átomo qualquer é constituído basicamente por

prótons e nêutrons ligados, sendo que, por apresentarem a mesma carga

(positiva) os prótons tendem a se repelir, uma vés que os nêutrons não

possuem carga, para manter-los ligados então é necessário a existência de

alguma força que contrabalance esta repulsão, a esta força que mantém

prótons e nêutrons juntos no núcleo é a que chamamos de energia nuclear.

1.2 - GERAÇÃO DE ENERGIA

Novas pesquisa foram realizadas afim de usufruir desta energia

contida no núcleo do átomo,

Segundo Eliezer de Moura Cardoso:

Uma vez constatada a existência da energia nuclear, restava descobrir como utilizá-la. A forma imaginada para liberar a energia nuclear baseou-se na possibilidade de parti-se ou dividir-se o núcleo de um átomo pesado, isto é, com muitos prótons e nêutrons, em dois núcleos menores, através do impacto de um nêutron. A energia que mantinha juntos esses núcleos menores, antes constituindo um só núcleo maior, seria liberada, na maior parte, em forma de calor (energia térmica).

1.3 - FISSÃO NUCLEAR

A palavra "fissão" significa "divisão". A fissão nuclear acontece quando

um átomo é bombardeado com nêutrons, obtendo dois núcleos menores com

11

uma grande liberação de energia. Alberto Ricardo Prass define este processo

da seguinte maneira:

É uma forma especial de reação atômica em que os núcleos dos elementos pesados , o uránio ou o plutônio por exemplo ao absorverem o neutron passam a um estado de forte excitação. Passado um curto periodo dividem –se em dois fragmentos, que são os núcleos dos átomos dos elementos situados a meio da tabela periódica de Mendeleieff, lançando neste caso uma série de particulas em léque: elétrons, fótons, raios gamas e dois ou três neutrons rapidos. Tambem se liberta a energia cinética dos fragmentos que se dispersam e de outras particulas de 200 Mev aproximadamente. Alguns neutrons livres que ficam em excesso para os núcleos dos novos átomos formados, podem em certas condições, começar cada um a sua cadeia de fissões dos núcleos vizinhos dos átomos de uranio ou plutônio, em consequência do que pode surgir na massa destas substâncias uma reação de fissão nuclear em cadeia automultiplicada. (PRASS,XXX,XX)

Eliezer de Moura Cardozo procura explicar a fissão nuclear fazendo

uma analogia: “Seria como jogar uma bolinha de vidro (um nêutron) contra

várias outras agrupadas (o núcleo).”

1.4 - Urânio

Metal de transição interna, de numero atômico 92 (noventa e dois) e

massa atômica 238,04. Elemento Químico de símbolo U, Pertence ao grupo

dos actinídeos. É o elemento natural de maior numero atômico . Sua massa

específica é de 19,04 g/cm³ foi descoberto em 1789 pelo alemão Martin

Heinrich Klaproth.

Historicamente segundo o site http://pt.wikipedia.org:

Pensava-se que a uraninita era um minério de zinco, ferro ou tungsténio. No entanto, Klaphroth, em 1789, comprovou a existência de uma "substância semi-metálica" neste minério. Chamou ao metal "urânio" em honra da descoberta feita por Herschel em 1781 do planeta Urano. Mais tarde, Peligot provou que Klaphroth apenas tinha conseguido isolar o óxido e não o metal, e em 1842 conseguiu isolar o urânio metálico. O urânio foi o primeiro elemento onde se descobriu a propriedade da radioatividade. Esta descoberta foi feita por Becquerel em 1896.Em 1934, Enrico Fermi e os seus colaboradores observaram que o bombardeamento de urânio com nêutrons, produzia emissão de partículas alfa. Esta reação só seria explicada em 1938, por Otto Hahn e Fritz Strassmann. Estes investigadores concluíram que o urânio bombardeado com nêutrons

12

dava origem a isótopos de elementos mais leves, como o kriptônio ou o bário, por fissão do seu núcleo, libertando-se uma grande quantidade de energia. Entretanto, Fermi sugeriu que a fissão produzia novos nêutrons que poderiam originar novas fissões noutros núcleos e assim tornar a reação auto-sustentada. Este fato foi comprovado por F. Joliot, Leo Szilard e H.L. Anderson, em 1939.A primeira reação nuclear de fissão auto-sustentada foi realizada por Fermi, na Universidade de Chicago, em Dezembro de 1942. Para tal, Fermi e os seus colaboradores, utilizaram 400 toneladas de grafite, seis toneladas de urânio e 58 toneladas de óxido de urânio.O primeiro teste de uma arma nuclear baseada na fissão do urânio foi realizado em Alamogordo, Novo México, em Julho de 1945.

O urânio presente na natureza apresenta átomos que têm em seu

núcleo 92 prótons e 143 nêutrons (92+143= 235), átomos com 92 prótons e

142 nêutrons (92+142=234) e outros ainda, com 92 prótons e 146 nêutrons

(92+146=238), Esses átomos considerados quimicamente iguais, são

denominados isótopos do urânio uma vez que , no núcleo apenas o numero de

nêutrons varia sendo prótons e elétrons constantes (92).

Para diferenciá-los, usa-se o símbolo químico do elemento e um

número, correspondente ao seu peso atômico: Isótopo U-234, Isótopo U-238 e

Isótopo U-235 este ultimo altamente fissionável. O urânio 235 é muito mais

radioativo do que o urânio 238, sendo o decaimento deste muito mais longo do

que o do U 235.

Segundo o site http://ciencia.hsw.uol.com.br/energia-nuclear.htm:

O urânio-235 tem uma propriedade interessante que o torna útil tanto para produção de energia nuclear quanto para a produção de uma bomba nuclear. O U-235 decai naturalmente, assim como o U-238, por radiação alfa, e também sofre fissão espontânea por um pequeno percentual do tempo. Contudo, o U-235 é um dos poucos materiais que podem sofrer fissão induzida. Se um nêutron livre atravessar um núcleo de U-235, o núcleo absorverá o nêutron sem hesitação, se tornará instável e se dividirá imediatamente.

O urânio encontrado na natureza sob a forma de dióxido de urânio

(UO2), é composto de 99,3% do isótopo U-238, e apenas 0,7% de sua massa

é composta pelo isótopo U-235 urânio físsil , o mais adequado para produção

de energia. Para gerar energia nas usinas, o combustível deve apresentar o

urânio-235 na proporção entre 2% e 3%. Como o minério contém apenas

13

0,7%, o urânio deve passar por um processamento de elevação do teor desse

isótopo no qual chamamos enriquecimento ou seja, a separação do urânio

físsil do urânio não físsil.

Existem alguns métodos de separação de isótopos que já vêm sendo

utilizados: Difusão Gasosa,Ultracentrifugação, Jato Centrifugo e um processo a

Laser .. (em fase de pesquisa).

Segundo Craig C. Freudenrich no site http://ciencia.hsw.uol.com.br/

bomba-nuclear.htm:

[...] O urânio-235 possui uma propriedade extra que o habilita tanto para geração de energia nuclear como para a geração de uma bomba nuclear. O U-235 é um dos poucos materiais que suportam a fissão induzida. Caso um nêutron livre adentre um núcleo de U-235, ele será absorvido imediatamente, tornando o núcleo instável e levando-o a fissurar [...]

Uma concentração de urânio235 muito elevada (acima de 90%), pode

ocasionar uma reação em cadeia sem controle da fissão nuclear passando a

constituir-se em uma explosão: é a bomba atômica. Assim sendo, o domínio da

tecnologia de enriquecimento é vista como um grande passo para a fabricação

de armas nucleares , o que leva a um controle rígido de organismo

internacionais em relação a tecnologia e seu uso.

14

CAPÍTULO II

CICLO DO COMBUSTÍVEL NUCLEAR

Trata de um conjunto de etapas, especialmente do urânio , desde a

mineração até sua utilização como combustível , no interior de uma central

nuclear.

O monopólio da mineração, da produção e do comércio de materiais

nucleares pertence a União, expresso na Constituição:

“[...] Art. 21. Compete à União: XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;[...]”

b) ...........................................................................

Sobre a matéria a Lei nº 4.118, alterada pela Lei nº 6.189 , de 16 de

dezembro de 1974 cria a Comissão Nacional de Energia Nuclear1, e dá outras

providências

A União , através da CNEN, passa a exercer exercer as funções de

orientação, planejamento, supervisão , fiscalização e pesquisa científica em

matéria nuclear.

1 A CNEN é uma autarquia federal criada em 10 de outubro de 1956 e vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Como órgão superior de planejamento, orientação, supervisão e fiscalização, estabelece normas e regulamentos em radioproteção e licencia, fiscaliza e controla a atividade nuclear no Brasil. A CNEN desenvolve ainda pesquisas na utilização de técnicas nucleares em benefício da sociedade. - http://www.cnen.gov.br/acnen/atividades.asp

15

2.1 - Mineração

Encontram-se vestígios de urânio em quase todas as rochas sedimentares da crosta terrestre, segundo o site das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) o minério de urânio é:

[...] toda concentração natural de mineral ou minerais na qual o urânio ocorre em proporções e condições tais que permitam sua exploração econômica. O urânio se distribui sobre toda a crosta terrestre, como constituinte da maioria das rochas. Não tem uma cor característica, pode ser amarelo, marrom, ocre branco, cinza... as muitas cores da terra. O que o diferencia de outros minerais é a sua propriedade física de emitir partículas radioativas, a radioatividade, que é aproveitada para produzir calor e gerar energia.

O Brasil possui uma das maiores reservas1 de urânio do mundo. De acordo com a INB:

O País registra a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo. Com cerca de 309.000t de U3O8 nos Estados da Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais, entre outras ocorrências. As reservas geológicas brasileiras evoluíram de 9.400 toneladas, conhecidas em 1975, para a atual quantidade, podendo certamente serem ampliadas com novos trabalhos de prospecção e pesquisa mineral já que esses foram realizados em apenas 25% do território nacional.

Primeira etapa do ciclo do combustível. Descoberta a jazida e feita sua

avaliação econômica (prospecção e pesquisa) inicia-se o processo de

mineração e o beneficiamento.

O Beneficiamento é descrito com muita propriedade pelo site

http://www.inb.gov.br/ciclo/cicloMineracao.asp#

Na usina de beneficiamento o urânio é extraído do minério, purificado e concentrado sob a forma de um sal de cor amarela, conhecido como "yellowcake", matéria prima para produção da energia gerada em um reator nuclear.

2.2 - Conversão

Processo que consiste na conversão do yellowcake (óxido de urânio -

U3O8) em hexafluoreto de urânio (UF6).

Segundo o INB

16

Na usina de conversão, o urânio sob a forma de yellowcake, é dissolvido e purificado, obtendo-se então o urânio nuclearmente puro. A seguir, é convertido para o estado gasoso, o hexafluoreto de urânio (UF6), para permitir a transformação.”

2.3 - Enriquecimento

A operação de enriquecimento do urânio tem por objetivo aumentar a

concentração do urânio235 acima da natural - o urânio natural contém apenas

0,7% de urânio235 .

De acordo com o INB “Vários processos de enriquecimento foram

desenvolvidos em laboratórios, mas somente dois deles operam em larga

escala industrial: a difusão gasosa e a ultracentrifugação. [...]”

Este processo físico de separar os isótopos do urânio 235 e 238

denominado ultracentrifugação é definido pela INB como:

A ultracentrífuga a gás (no caso UF6) é um cilindro vertical fino que gira a uma velocidade extremamente alta dentro de uma carcaça com vácuo. Um campo de força ultracentrífuga gerado dentro do cilindro em rotação (rotor) separa os diferentes isótopos ao longo da direção radial. Um fluxo axial de contracorrente é estabelecido para aumentar a separação dos isótopos.[...]

2.4- Reconversão

Reconversão é o retorno do gás hexafluoreto de urânio (UF6 )ao

estado sólido, sob a forma de pó de dióxido de urânio (UO2).

O site http://www.inb.gov.br/ciclo/cicloReconversao.asp define

reconversão como “Reconverter gás em pó é concentrar o urânio de maneira

apropriada para sua utilização como combustível.”

No Brasil esta etapa é realizada em Rezende desde 1999

A este pó é misturado outro composto de urânio U308 processo

denominado (homogeneização).

O processo é descrito pela INB:

1 Figura 1 do Anexo 1

17

Em recipientes cilíndricos, o urânio enriquecido na forma de gás é

levado para aquecimento na autoclave. Em um tanque contendo água

desmineralizada a 100ºC, o gás UF6 é misturado com dois outros

gases: o gás carbônico (CO2) e o gás amoníaco (NH3). A reação

química entre eles produz tricarbonato de amônio e uranila (TCAU),

componente sólido amarelo insolúvel em água. Após o processo de

secagem do TCAU, ele é transportado para um forno, a 600º C.

Depois de passar pelo forno, o produto gerado é o pó dióxido de

urânio (UO2). Depois de estabilizado, o UO2 é transportado para

homogenizadores, onde a ele é adicionado outros compostos de

urânio, estando pronto para a fabricação de pastilhas de urânio.

No mundo existem em operação comercial oito fábricas de conversão

para UO2 , localizadas em sete países

País Quant. Usinas

Reino Unido 2

França 1

Canadá 1

Argentina 1

Brasil 1

Índia 1

Paquistão 1

Fonte NFCIS,IAEA, 2006

2.5- Pastilhas

Após o processo de mistura com U3O8, o pó de UO2 passará por uma

prensa, resultando em pastilhas de cerca de 1 centímetro de diâmetro por 1

centímetro de comprimento, este processo é descrito pela INB:

Após o processo de homogenização, o pó de UO2 é transportado para uma prensa rotativa automática, onde são produzidas as chamadas “pastilhas verdes”, que recebem este nome por ainda não terem sido sinterizadas. Para ganhar rigidez, as pastilhas são encaminhadas para

18

um forno de sinterização e aquecidas a 1750ºC para adquirir a resistência necessária às condições de operação a que serão submetidas dentro do reator de uma usina nuclear. Antes de seguirem para a montagem dos elementos combustíveis, as pastilhas passam por uma retificação para ajuste de suas dimensões e pela verificação de medição a laser, este último que rejeita as de circunferência fora do padrão. As pastilhas aprovadas são acondicionadas em caixas e levadas para a montagem dos elementos combustíveis.

2.6 - Elemento Combustível

As pastilhas dióxido de urânio serão acondicionadas em tubos de uma

liga metálica especial, o zircaloy, formando o elemento combustível, um

conjunto de 235 varetas, cuja estrutura é mantida rígida por reticulados

chamados de grades espaçadoras.

O elemento combustível é a fonte geradora do calor resultante da

fissão de núcleos de átomos de urânio e, conseqüentemente, o vapor que

moverá turbinas produzindo energia elétrica.

Segundo a INB, uma única vareta pode suprir 42 mil residências com

energia elétrica por um mês.

19

CAPÍTULO III

USINA NUCLEAR

3.1- Conceito

Usina Nuclear também conhecida como Central Nuclear ou ainda

Centrais Termonucleares utiliza da fissão do átomo de urânio para gerar

energia (calor) , que movimentará um alternador e produzira eletricidade. São

usinas geradoras de energia elétrica comercialmente consumível

A energia resultante não difere da energia elétrica produzida por uma

fonte convencional a diferença esta na enorme quantidade de energia que

pode ser obtida utilizando pouco material combustível .

3.2- Usina Nuclear no Brasil

A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é formada pelo conjunto

das usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3 Recebeu este nome em homenagem ao pesquisador pioneiro da

tecnologia nuclear no Brasil e primeiro presidente do CNPq, então Conselho

Nacional de Pesquisas, o Almirante Álvaro Alberto 1.

A Central Nuclear está localizada às margens da rodovia Rio-Santos,

na praia de Itaorna, aproximadamente a meio caminho entre os municípios de

Angra dos Reis e Paraty, no Estado do Rio de Janeiro.

Um dos motivos pela escolha do município de Angra dos Reis foi sua

localização junto ao mar , a água movimenta e refrigera a Usina,e proximidade

com grandes centros consumidores de energia do pais: São Paulo, Belo

Horizonte e Rio de Janeiro, evitando perdas de energia em longas linha de

transmissão.:

1 Primeiro presidente do CNPq também foi representante brasileiro na Comissão de Energia Atômica (CEA) DAS Nações Unidas e presidiu a Academia Brasileira de Ciências (ABC)

20

Segundo sitehttp://www.eletronuclear.gov.br/tecnologia/index.php?idSec

ao=2&idCategoria=21 :

Atualmente estão em operação as usinas Angra 1, com capacidade para geração de 657 megawatts elétricos, e Angra 2, de 1350 megawatts elétricos. Angra 3, que será praticamente uma réplica de Angra 2 (incorporando os avanços tecnológicos ocorridos desde a construção desta usina), também está prevista para gerar 1350 megawatts.

A Central abriga ainda subestações elétricas operadas por Furnas

Centrais Elétricas S.A., os depósitos de armazenamento de rejeitos de baixa e

média atividade, e diversas instalações auxiliares.

Além das instalações das usinas de Angra 1 e 2, e da obra da futura

Usina de Angra 3, o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030) “(...)

considera1 segundo a Eletronuclear: “(...) em seus diversos cenários , um

mínimo de quatro e um máximo de oito novas usinas nucleares até 2030, além

de Angra 3, que já havia sido incluída no Plano Decenal (2006-2015).(...)”

3.2.1- Angra 1

Ocupa uma área que de acordo com a eletronuclear é de 33.646,51

m2 . está situada na Praia de Itaorna, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Sua

construção iniciou em 1972 começando a operar comercialmente apenas em

01 janeiro de 1985. com uma potência de 657MW.

Após um início caracterizado por uma série de problemas recebendo

inclusive o o apelido de “vaga-lume” opera hoje, depois de todos problemas

solucionados efetivamente ao longo de vários anos, em padrões de

desempenho compatíveis com a prática internacional.

O Site da eletronuclear define Angra 1 como:

A primeira usina nuclear brasileira opera com um reator do tipo PWR (água pressurizada), que é o mais utilizado no mundo. Desde 1985, quando entrou em operação comercial, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma capital como Vitória ou Florianópolis, com 1milhão de habitantes.Esta primeira usina nuclear foi adquirida sob a forma de “turn key”, como um pacote fechado, que não previa transferência de tecnologia por parte dos fornecedores. No entanto , a experiência acumulada pela Eletronuclear em todos esses anos de operação comercial , com indicadores de eficiência que

1 Anexo 01 tabela 01

21

superam o de muitas usinas similares, permite que a empresa tenha , hoje , a capacidade de realizar um programa contínuo de melhoria tecnológica e incorporar os mais recentes avanços da indústria nuclear. Como , por exemplo, realizar a troca de dois dos principais equipamentos de Angra 1, os geradores de vapor. Com esses novos equipamentos , a vida útil de Angra 1 se prolongará e a usina estará apta a gerar mais energia para o Brasil.

3..2.2 - ANGRA 2

É a segunda das usinas nuclerares que deram origem a Central

Nuclear Almirante Álvaro Alberto. Ocupa uma área que de acordo com a

eletronuclear é de 93.802,74 m2., com uma potência de 1.350 megawatts.

Começou a operar comercialmente no dia 01 de fevereiro de 2001

depois de ter sua construção ameaçada devido sobretudo a problemas

financeiros, que atrasaram todo um cronograma previamente definido.

Angra 2 define o site da eletronuclear:

Fruto de um acordo nuclear Brasil-Alemanha, a construção e a operação de Angra 2 ocorreram conjuntamente à transferência de tecnologia para o país, o que levou também o Brasil a um desenvolvimento tecnológico próprio, do qual resultou o domínio sobre praticamente todas as etapas de fabricação do combustível nuclear. Desse modo, a Eletronuclear e a indústria nuclear nacional reúnem, hoje, profissionais qualificados e sintonizados com o estado da arte do setor. Angra 2 opera com um reator tipo PWR (Pressurizer Water Reactor, i.e., reator à água pressurizada) e sua potência nominal é de 1350 MW. Angra 2, sozinha, poderia atender ao consumo de uma região metropolitana do tamanho de Curitiba, com dois milhões de habitantes. Como tem o maior gerador elétrico do hemisfério Sul, Angra 2 contribui decisivamente com sua energia para que os reservatórios de água que abastecem as hidrelétricas sejam mantidos em níveis que não comprometam o fornecimento de eletricidade da região economicamente mais importante do país, o Sudeste.

22

3.2.3 - Angra 3

Considerada um dos mais importante investimento do setor elétrico

brasileiro.

Quase idêntica a Angra 2 terá como diferença marcante de acordo

com o site http://www.eletronuclear.gov.br/perguntas_respostas

/GUIA_2008.pdf:

A principal diferença entre Angra 2 e Angra 3 é que esta terá um sistema de instrumentação e sala de controle digitais, em substituição à analógica do contrato existênte. Além disso, será erguida sobre rochas, enquanto sua irmã gêmea foi construida sobre estacas

Começou ser construída em 1984, e após um longo tempo de

paralisação o Governo através do Conselho Nacional de Política Energética

(CNPE) aprovou no dia 25 de junho de 2007, resolução, retomando a obra.

A eletronuclear site em seu site argumentos técnicos baseados no

qual o CNPE usou para justificar o conclusão de Angra 3:

O consumo de energia elétrica no Brasil continua apresentado elevada taxa anual de crescimento , em geral superior ao crescimento do PIB, caracterizando elevada elasticidade. Tal fato se intensifica à medida que se melhora a renda das populações mais pobre e o país alcança maturidade no seu desenvolvimento econômico e social . A análise do horizonte de 2006/2015 , conforme os estudos Plano Decenal, indica que a opção nuclear será necessária para o atendimento do mercado de energia elétrica nacional , a partir do ano 2014. Isto devido ao seu porte, sua geração de base, com toda a sua disponibilidade, quando do inicio de sua operação. A sua retirada do programa, no horizonte decenal, exigiria a inclusão de usinas térmicas a gás natural, que não seria uma solução adequada, devido as dificuldades de garantia do suprimento do combustível, a perspectiva de elevação do seu custo e a dependência energética do país da importação do gás natural. Para o atendimento do mercado do Sistema Interligado Nacional (SIN), uma das vantagens da Usina Nuclear Angra 3 é o fato de esta gerar toda a sua disponibilidade desde o ínicio de sua operação , ao contrario das usinas hidrelétricas que levam um longo tempo na fase de motorização quando o numero de unidades geradoras é elevado, O estudo mencionado considera crescimento do PIB de 4%, enquanto que o atual esforço do Governo, com o PAC, prevê um PIB

23

crescendo a taxa media de 5 % ao ano, o que acarretará um acrescimento adicional do mercado de energia e, em consequência, maior oferta de geração para fazer façe a esta demanda.

3.3 - Eletronuclear A operação e construção1 destas usinas no país ficam a cargo da

Eletrobrás Termonuclear ( Eletronuclear), subsidiária da Centrais Elétricas

Brasileiras S.A. ( Eletrobrás) uma sociedade anômima de economia mista

criada em 1997 a partir da fusão entre a antiga Diretoria Nuclear de Furnas e

Nuclebrás Engenharia (Nuclen).

Atualmente opera as duas usinas nucleares da Central Nuclear

Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), Angra 1 e Angra 2 , no município de Angra

dos Reis, Estado do Rio de Janeiro com a capacidade instalada total de 2.007

MW.

3.4 - Funcionamento e Segurança Segundo o site ttp://www.eletronuclear.gov.br/perguntas_respostas/

GUIA_2008.pdf

Uma usina nuclear funciona como uma usina térmica convencional; só que, para gerar o calor, não usa combustão de carvão , óleo ou gás. A matéria- prima da úsina é o urânio , que é extraido no Brasil, em sua maioria da mina de Caetité, na Bahia. Os elementos combustíveis das usinas são compostos por varetas cheias de pequenas pastilhas cerâmicas de diôxido de urânio. A geração de energia começa com a fissão dos átomos de urânio dentro do núcleo do reator . Essa fissão gera calor e aquece a água do sistema primário. No Gerador de Vapor, essa água aquece a água do sistema secundário, transformando-a em vapor. Após movimentar a turbina , esse vapor passa pelo condensador , onde é resfriado pela água do mar (sistema terciário) e retorna ao Gerador de Vapor. O Gerador elétrico acoplado ao eixo da turbina produz a eletricidade que abastece a rede de energia elétrica. É importante salientar que todos os sistemas de circulação de água são independentes, não havendo contato direto entre eles

Reator Nuclear é uma câmara blindada de resfriamento hermética,

onde ocorre uma reação de fissão nuclear para obtenção de energia.

1 De acordo com a Constituição Federal , art. 225, paragrafo 6º “As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas”.

24

Para gerar uma grande potencia basta uma quantidade não muito

grande de material (urânio).

Eliezer de Moura Cardoso explicita com muita propriedade que: “Um

Reator Nuclear para gerar energia elétrica é, na verdade, uma Central

Térmica, onde a fonte de calor é o urânio-235, em vez de óleo combustível ou

de carvão. É, portanto, uma Central Térmica Nuclear”.

O Reator de Angra 1 e Angra 2 é conhecido como PWR (Pressurized

Water Reactor = Reator a Água Pressurizada) apresentando água sobre alta

pressão. Este reator segundo a eletronuclear:

“ [...] é projetado para ter caracteristicas de auto regulação , isto é, com o aumento de temperatura há uma diminuição de potência, exatamente para funcionar como freio automático contra aumentos repentinos de potência.”

Explicando o processo da colocação do mecanismo de geração de

energia no interior do reator, Eliezer de Moura Cardoso começa explicando

que “O urânio enriquecido a cerca de 3,2% em urânio-235, é colocado, em

forma de pastilhas de 1cm de diâmetro, dentro de tubos (“varetas”) de 4m de

comprimento, feitas de uma liga especial de zircônio, denominada “zircalloy””

Segundo Eliezer de Moura Cardoso:

As varetas são fechadas , com objetivo de não deixar escapar o material nelas contido (o urânio e os elementos resultantes da fissão) e podem suportar altas temperaturas . Os elementos resultantes da fissão nuclear (produtos de fissão ou fragmentos da fissão ) são radioativos, isto é, emitem radiações e, por isso, devem ficar retidos no interior do reator.

Conclui Eliezer de Moura Cardoso: “ A Vareta de Combustível é a

primeira barreira que serve para impedir a saída de material radioativo para o

meio ambiente.

25

Segundo o site da eletronuclear

[...] Na eventualidade de microfissuras em algumas varetas do elemento combustível , existem sistemas de purificação e desgaseificação dimensionados para o reator continuar operando com segurança. O sistema de refrigeração do reator funciona como uma barreira estanque, evitando a liberação de substâncias radioatívas [...].

Os tubos (varetas de combustível) contendo as pastilhas de dióxido de urânio são agrupados em conjunto numa estrutura rígida denominada elemento combustível .

De acordo com o site das Industrias Nucleares Brasileiras ( INB):

Os vários elementos combustíveis, inseridos no núcleo do reator, produzem calor que será transformado em energia. Cada elemento combustível, supre de energia elétrica 42.000 residências de porte médio, durante um mês.

Fonte INB ( http://www.inb.gov.br/elemento.asp )

O neutron é o elemento causador da fissão controlar a reação em

cadeia , é, eliminar o nêutron , não havendo nêutrons disponíveis não haverá

reação de fissão. No Núcleo do Reator, são inseridas as Barras de Controle

geralmente de boro ou cádmio com a finalidade de absorver os nêutrons, elas

são introduzidas e retiradas de acordo com a necessidade de se estabilizar a

reação, explica Eliezer de Moura Cardoso:

Na estrutura do Elemento Combustível existem tubos guias, por onde podem passar as Barras de Controle, geralmente feitas de cádmio, material que absorve neutrons, com o objetivo de controlar a reação

Elemento Combustível Angra 1 Angra 2

quantidade 121 193

varetas 28.435 45.548

pastilhas 10,5 milhões 17,5 milhões

comprimento 4,00m 5,00m

peso - urânio 411 kg 543 kg

peso - total 600 kg 840 kg

26

de fissão nuclear em cadeia.Quando as barras de controle estão totalmente para fora , o Reator esta trabalhando no máximo de sua capacidade de gerar energia térmica. Quando elas estão totalmente dentro da estrutura do Elemento Combustivel, o Reator esta “parado” (não há reação de fissão em cadeia).

O núcleo do reator com os elementos combustíveis estão dentro de um

forte recipiente de aço denominado Vaso de Pressão do Reator (VPR) é a

onde se da reação nuclear de energia.

Segundo Eliezer de Moura Cardoso: “ O Vaso de Pressão do Reator é

a segunda barreira física que serve para impedir a saída de material radioativo

para o meio ambiente.

3.5 - Circuito primário, secundário e de água de refrigeração

Fig 2 - Fonte Nuctec (http://www.nuctec.com.br/)

Uma Usina Nuclear possui três circuitos de água: primário, secundário

e de água de refrigeração (terciário) , este ultimo consiste da água do mar que

entra e sai do sistema esfriando o vapor do condensador . O circuito é fechado

isto é funcionam independente.

27

Segundo Eliezer de Moura Cardoso: “A independência entre o Circuito

Primário e o Circuito Secundário tem o objetivo de evitar que danificando-se

uma ou mais varetas, o material radioativo (urânio e produtos de fissão) passe

para o Circuito Secundário” , ele ainda conclui com uma observação: “É

interessante mencionar que a própria água do Circuito Primário é radioativa.”

O funcionamento destes circuitos de água e descrito pelo site

http://www.nuctec.com.br/educacional/funcionam.html:

Uma Usina Nuclear possui três circuitos de água: primário, secundário e de água de refrigeração. Esses circuitos são independentes um do outro; ou seja, a água de cada um deles não entra em contato direto com a do outro. No interior do vaso do reator, que faz parte do circuito primário, a água é aquecida pela energia térmica liberada pela fissão dos átomos de urânio. O calor dessa água é transferido para a água contida no gerador de vapor, que faz parte do circuito secundário. O vapor então produzido é utilizado para movimentar a turbina, a cujo eixo está acoplado o gerador elétrico, resultando então em energia elétrica. A água do circuito primário é aquecida até cerca de 305o C; sua pressão é mantida em torno de 157 kgf/cm2 (1kgf/cm2 = 1 atmosfera), para que permaneça no estado líquido. Para se ter uma idéia deste valor de pressão, vale lembar que 1 kgf/cm2 é uma pressão equivalente a uma coluna de 10 m de água, logo 157 Kgf/cm2 é equivalente a uma coluna de aproximadamente 1,5 km. O vapor é condensado através de troca de calor com a água de refrigeração. A água condensada é bombeada de volta ao gerador de vapor, para um novo ciclo.

Destinado a conter os gases ou vapores que possivelmente venham a

ser liberados, os componentes do sistema do reator a água pressurizada estão

envolvidos por uma grande estrutura de aço denominado Contenção.

Segundo o site da eletronuclear

“ [...] Tal barreira é projetada para evitar qualquer liberação de radioatividade no caso do mais sério acidente de falha da refrigeração do núcleo do reator, em que se assume a ruptura total da tubulação do sistema de refrigeração do reator , com toda a água de refrigeração sendo descarregada e contida dentro do prédio de contenção. “

Eliezer de Moura Cardoso destaca que “ No caso de Angra 1, a

Contenção tem a forma de um tubo (cilindro). Em Angra 2 é esférico” observa

28

ele ainda: “A Contenção é a terceira barreira que serve para impedir a saída de

material radioativo para o meio ambiente.”

Fig 3 - Fonte Apostila CNEN http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf

Abrigando a Contenção um ultimo envoltório construído em concreto o

chamado Edifício do Reator. Projetado para resistir a eventuais terremotos e

ondas de pressão de explosões. É considerado segundo Eliezer de Moura

Cardoso: “[...] a quarta barreira física que serve para impedir a saída de

material radioativo para o meio ambiente [...]”

Este Edifício apresenta em seu interior uma pressão abaixo da pressão

atmosférica externa afim de impedir que os produtos radioativos possam

escapar de dentro da usina para o meio ambiente

Alem das barreiras de concreto e aço que protegem a Usina, define o

site http://www.eletronuclear.gov.br/perguntas_respostas/GUIA_2008.pdf

As Usinas Nucleares possuem sistemas de segurança redundantes, independentes e fisicamente separados, em condição de prevenir acidentes e, também, de resfriar o núcleo do Reator e os Geradores de Vapor em situações normais ou de emergência. Na situação improvável de perda de controle do reator em operação normal, esses sistemas independêntes de segurança entram automaticamente em ação para impedir condições operacionais inadmissíveis

29

3.6 - Monitoramento do Meio Ambiente

A Eletrononuclear, por meio do Laboratório de Monitoração Ambiental,

analisa sistematicamente as possíveis influências da usina na fauna e na flora

da região. O acompanhamento dos níveis de radiação e de possíveis

interferências no meio ambiente é feito por meio de análises de amostras

marinhas, terrestres e do ar. De acordo com a Eletronuclear “ Os resultados

obtidos ao longo desses anos confirmam as doses preconizadas pelas normas

da CNEN, [...]”

Em 29 de julho de 1980 foi assinado o Decreto 84793 que determinou

que as usinas nucleares deverão ser localizadas em áreas delimitadas como

estações ecológicas.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e

CONSIDERANDO a necessidade de conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais;

CONSIDERANDO o imperativo de continuidade do Programa Nuclear Brasileiro;

CONSIDERANDO que os estudos necessários para a localização e funcionamento de instalações nucleares incluem avaliações pormenorizadas que fazem parte das atividades desenvolvidas em uma Estação Ecológica;

CONSIDERANDO que a co-localização de uma Central Nuclear e de uma Estação Ecológica permitirá estabelecer um excelente mecanismo para acompanhamento preciso das características do meio ambiente,

Decreta:

Art. 1º As Usinas Nucleares deverão ser localizadas em áreas delimitadas como estações ecológicas.

Art. 2º O Ministério das Minas e Energia e o Ministério do Interior ficam autorizados a promover as medidas indispensáveis ao cumprimento do disposto no artigo anterior.

Art. 3º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, em 29 de julho de 1980; 159º da Independência e 92º da República.

JOÃO FIGUEIREDO Cesar Cals Filho

30

Mário David Andreazza Danilo Venturini

Segundo Paulo Afonso Leme Machado:

O Governo Brasileiro usou como fundamento do decreto as seguintes razões: “1) necessidade de conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais; “2) imperativo da continuidade do programa nuclear brasileiro; ‘3) necessidade de que as instalações nucleares incluam avaliações pormenorixadas que fazem parte das atividades desenvolvidas em uma estação ecologica; “4) a co-localização da central nuclear com a estação ecológica estabelecerá excelente mecanismo para acompanhamento preciso das caracteristicas dso meio ambiente.”

.

3.7 - Plano de Emergência Externo

O Plano de Emergência é pré-condição para a operação de Centrais

Nucleares.

Em todo mundo o planejamento da evacuação tem sido o um dos

temas mais debatido das instalações nucleares.

No Brasil elaborado em 1978 a fim de atender requisitos para

licenciamento de Angra 1 o Plano de Emergência desde então sofreu diversas

modificações ate que em 1994 com o nome Plano de Emergência Externo do

Estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ) foi acordado, inclusive com uma

participação efetiva de órgãos sediados na região de Angra dos Reis,

principalmente sua Defesa Civil

.De acordo com a Eletronuclear:

“[...] As Ações especificadas nesse plano, coordenadas pela Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, sob a supervisão geral do órgão Central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON) e a supervisão técnica da CNEN, envolvem, também, a participação das seguintes organizações: Exército, Marinha, Aeronáutica, Agência Brasileira de Inteligência (ABIn), Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (DNIT), Policia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro , Defesa Civil de Angra dos Reis, Defesa Civil de Paraty, empresa de eletricidade e empresa de transporte urbana da região alem de outras secretarias estaduais e municipais. “

31

Periodicamente são feitas simulações afim de aperfeiçoar as medidas e

entrosar os diversos órgãos envolvidos no exercício.

Especifica a eletronuclear

“[...], são realizados, anualmente, nos anos pares os Exercícios de Emergência – Parcial , quando são testadas, entre outras ações previstas no PEE/RJ, a eficácia da cadeia de comunicações e a eficiência da ativação dos Centros de Emergência , e nos anos ímpares os Exercícios de Emergência – Geral, quando são colocados em prática e testadas todas as ações revistas no plano, inclusive a capacidade de mobilização de meios em pessoal e material, a disseminação de informações ao público e à imprensa ; a ativação de alguns abrigos e até mesmo a evacuação de voluntários residentes nas proximidades da CNAAA, embora, na reallidade, a possibilidade de a população ter que ser removida seja uma hipótese muitíssimo remota.”

Neste plano existe as chamadas Zonas de Planejamento de

Emergência (ZPEs) compreendidas dentro dos limites de um círculo de raio de

3 Km, 5 Km,10 Km e 15 Km denominadas , ZPE-3, ZPE-5, ZPE-10 e ZPE-15

respectivamente , com centro na Unidade I da CNAAA, estas áreas

determinam ações especificas a serem adotadas no caso de uma emergência

Figura 4 – Fonte Eletronuclear

http://www.eletronuclear.gov.br/perguntas_respostas/GUIA_2008.pdf

Segundo o PEE/RJ

32

“[...] A evacuação preventiva da população é uma medida de proteção eficaz até um raio de 5 km em torno da Usina. A partir desta distância não sera obtido qualquer beneficio adicional com a evacuação preventiva, Desta forma, para as ZPE-10 e ZPE-15 é preferivel recomendar, a curto prazo, que a população se mantenha abrigada [...].”

Completando ao exposto a Eletronuclear define:

O Plano de Emergência Externo preve as ações preventivas e urgentes de remoção da população num raio de 3 kme, em caso de agravamento do acidente,também num raio de 5 km, Nessas zonas é que estão instaladas as sirenes1 para notificação da população. As ZPE-10 e 15 são consideradas zonas de controle ambiental , onde não são previstas medidas de proteção urgentes e preventivas e sim medidas baseadas numa monitoração do meio ambiente.

3.8 - Plano de Emergência Local

Dotadas de barreiras físicas e sofisticados sistemas de proteção que as

coloca em condições de suportar os mais variados tipos de problemas sem

que sejam liberados material radioativo para o meio externo , o ambiente

próximo as usinas foi contemplado ainda com medidas de segurança adicional

denominado Plano de Emergência Local (PEL) , elaborado pala Eletrobrás

consiste em:

”[...] estabelecer medidas para, em qualquer situação de emergência radiológica em Angra 1 e /ou Angra 2, proteger a saúde e garantir a segurança dos trabalhadores das Usinas e do público em geral presente na área de Propriedade da Eletronuclear, isto é, a Vila Residêncial de Praia Brava, Itaorna, onde se encontra a CNAAA , e Piraquara de Fora. Esse Plano da Eletronuclear que visa a prepará-la para enfrentar uma situação de emergência radiológia na CNAAA e que contêm ações a serem aplicadas na sua Área de Propriedade contempla, ainda, o apoio a ser prestado à Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro e à CNEN nas ZPE-3 e ZPE-5. [...}”

A evacuação de funcionários e de habitantes da região obedeceria a

procedimento já predeterminado e exercitados a cada dois anos com todos os

órgão envolvidos numa possível situação de emergência

Segundo a eletronuclear

1 Figura 3 e 4 anexo 1

33

” [...]Existe um modelo internacional de classificação de emêrgências para as Usinas Nucleares que prevê ações sempre preventivas e antecipatórias . A primeira, denominada ENU, é uma condição anormal na usina sem nenhuama possibilidade de liberação de material radioativo para o meio ambiente. Na segunda, intitulada Alerta, serão ativados os Centros de Emergência internos das usinas, e os externos , em Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Brasilia sem a necessidade de ações de evacuação dos trabalhadores nem da população. Na Emergência de Área os trabalhadores não envolvidos com a Emergência são retirados das usinas , conforme estabelece o PEL. No caso de Emergência Geral , a população da ZEP-3 sera evacuada para a ZEP-5 e, no caso de um agravamento, a população da ZP-5 será evacuada para ZPE -10.[...]

34

CAPÍTULO IV

REJEITOS NUCLEARES

Rejeitos usualmente resultante de reações nucleares de fissão.

Também pode ser gerado durante o processamento de combustível para

reatores, armas nucleares ou laboratórios médicos ou de pesquisas. Alguns

podem emitir radiações nocivas por centenas de anos.

Segundo Paulo Afonso Leme Machado1:

Conceitua-se como rejeito radioativo qualquer material, independente de sua forma fisica, remanescente de prática ou intervenção , para o qual não esteja previsto uso a curto ou a longo prazo e que contenha substâncias radioativas ou por elas esteja contaminado, tendo uma atividade ou concentração de atividade maior do que o nível de isenção estabelecido em norma específica da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

4.1 - Meia vida

Nos processos radioativos meia-vida é o tempo necessário para que a sua

atividade seja reduzida à metade da atividade inicial, este processo pode levar

alguns segundos ou bilhões de anos. Segundo Eliezer de Moura Cardozo:

[...]. Isso significa que, para cada meia vida que passa, a atividade vai sendo reduzida à metade da anterior , até atingir um valor insignificante , que não permiti mais distinguir suas radiações das do meio ambiente. Dependendo do valor inicial , em muitas fontes radioativas utilizadas em laboratórios de análise e pesquisa, após 10 (dez) meias - vidas atinge-se esse nível. Entretanto, não se pode confiar totalmente nessa “receita” e sim numa medida com detector apropriado, pois, nas fontes usadas nas indústrias e na medicina, mesmo após 10 meias-vidas,a atividade da fonte ainda é geralmente muito alta.[...]

1 colaboração do Dr. Anselmo Paschoa, professor de fisica nuclear da PUC/RJ

35

O site o site http://pt.wikipedia.org/wiki/Meia-vida Ilustra alguns exemplos:

[...] Alguns elementos possuem meia-vida muito baixa, mesmo para os seus isótopos menos instáveis. Alguns elementos transurânicos (elementos com número atômico acima de 92) apresentam meias-vida de 1 segundo enquanto o urânio-238 apresenta meia-vida de aproximadamente 5.000.000.000 anos que é a idade calculada da Terra. [...]

4.2 - Lixo Radioativo

O lixo atômico é produzido em todos os estágios do ciclo do combustível

nuclear, os resíduos de mineração, os resíduos da preparação dessas

substâncias químicas radioativas o encanamento por onde elas passaram as

vestimentas moderadamente impregnadas de radioatividade usadas pelos

trabalhadores. as sobras de materiais radioativos que não mais serão

utilizados e tudo o que estiver contaminado por eles:

O combustivel Nuclear percorre vários estágios, segundo o site mundo

do quimico:são diversos ciclos que podem representar perigo a saude :

[...] O ciclo inicia-se pela exploração do minério. Depois de extraído das rochas, ele é moído, purificado e submetido a reações químicas para que a seja preparado o hexafluoreto de urânio. Esse composto é enriquecido, ou seja, é aumentada a concentração do isótopo urânio-235 no hexafluoreto de urânio, para só então ser reduzido a urânio metálico que é o combustível usado no reator. O combustível nuclear é usado no reator por aproximadamente dois anos. Então, o lixo produzido é estocado até que sua radioatividade decresça um pouco. Aí ele é enviado para ser reprocessado. Após o reprocessamento, obtem-se urânio, plutônio e lixo de alto nível, esse último composto de uma infinidade de radionuclídeos extremamente radioativos e de meia vida longa [...]

Assim que o combustível usado for retirado do reator ele pode ser

armazenado temporariamente na usina, enviado a um outro local de guarda

temporário ou enviado para usinas de reprocessamento.

Os Produtos de fissão , resultantes do combustível nos reatores

nucleares, sofrem tratamento especial em Usinas de Reprocessamento . O

tratamento químico denominado reprocessamento foi desenvolvido tanto para

36

extrair o plutônio (formado no reator pela fissão nuclear), utilizado na

fabricação da bomba atômica, como para recuperar urânio não consumido no

reator. Esse urânio pode ser enriquecido e novamente usado como

combustível. Os materiais radioativos restantes, que não tem utilidade sofrem

tratamento químico especial e são vitrificados , guardados em sistemas de

contenção e armazenados em Depósitos de Rejeitos Radioativos. Segundo o

site http://www.wnti.co.uk/UserFiles/File/public/portugues/FS-4_portuguese-

web.pdf::

No caso de resíduos vitrificados de alto nível, o processo de vitrificação possibilita que os produtos fissionáveis sejam incorporados num vidro fundido, que será então colocado dentro de um recipiente de aço inoxidável, onde o mesmo se solidifica. Como resultado , os produtos fissionáveis são imobilizados e o produto vitrificado altamente radioativo é protegido pelo recipiente de aço inoxidável .

O reprocessamento visto com interesse em um cenário de crescente demanda por energia e condenado por outros como um produtor de “combustível” para a produção de armas nucleares a partir do plutônio gerado nos reatores, Leonam Guimarães1 comenta no site http://www.aben.com.br/ :

[...] o plutônio extraído do combustível utilizado em reatores de potência de água leve, como os de tecnologia PWR e BWR – a grande maioria do parque mundial -, é inservível para uso militar. Somente os reatores de água pesada, tais como a tecnologia canadense Candu ou de pesquisa podem produzir plutônio para fabricação de armas nucleares. “Na verdade, o que está em jogo é o domínio da tecnologia de reprocessamento por outros países além daqueles que já possuem armas nucleares”, garante Guimarães[...]

Há três categorias de lixo radioativo, gerados numa Usina Nuclear, que

variam segundo o nível de radioatividade emitida: resíduo de alto nível (HLW,

de high level waste); rejeito de nível intermediário (ILW, intermediate level

waste); e rejeito de baixo nível (LLW, de low level waste).

O Site http://www.energiatomica.hpg.ig.com.br/cnen.html explica mais

detalhadamente cada um desses níveis de resíduos:

O HLW consiste principalmente de combustível irradiado proveniente dos núcleos de reatores nucleares e de rejeitos líquidos de alta atividade produzidos durante o reprocessamento. A remoção de plutônio pelo reprocessamento resulta num imenso volume de rejeito

1 assessor da presidência da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães. Site visitado em 22 de maio de 2009 http://www.aben.com.br

37

líquido radioativo. Parte desse mortal rejeito de reprocessamento, armazenado em grandes tanques, é misturado com material vitrificante quente. Novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas, como os ADS - Accelerator Driven Systems, que podem usar o lixo como combustível e assim reduzem o tempo de armazenamento em centenas de anos. Os blocos de vidro resultantes também são classificados como HLW. Ainda que o processo de vitrificação possa tornar mais fácil o transporte e o armazenamento, de forma alguma diminui o terrível risco para as pessoas e o ambiente durante o milênio que virá. De maneira geral, o HLW é mil vezes mais radioativo que o ILW. O ILW consiste principalmente de "latas" metálicas de combustível que originalmente continham urânio combustível para usinas nucleares, peças de metal do reator e rejeitos químicos. Têm de ser blindadas para proteger operários e outras pessoas contra a exposição durante o transporte e a destinação final. O ILW, de maneira geral, é mil vezes mais radioativo que o LLW. O LLW pode ser definido como o rejeito que não requer blindagem durante o manuseio normal e o transporte. O LLW consiste principalmente de itens como roupas de proteção e equipamentos de laboratório que possam ter entrado em contato com material radioativo.

No Brasil os resíduos de baixa e média radioatividade no caso de

Angra 1 são armazenados segundo a eletronuclear: “[...] nos Depósitos Iniciais

de Rejeitos Radioativos do Centro de Gerenciamento de Rejeitos (CGR) da

CNAAA, localizado no próprio sitio da Central Nuclear [...]. Em Angra 2 estes

rejeitos estão armazenados : “[...] Em local específico no interior da Usina .

Devido ao pequeno volume gerado por Angra 2 , ainda não há necessidade de

remoção desses rejeitos para as unidades do CGR [...].” E Angra 3 conclui a

eletronuclear : “ [...] Durante os primeiros anos de operação , os resíduos de

Angra 3, ficarão armazenados no interior da própria Usina , como acontece

com Angra 2. Depois, serão armazenados nas unidades do CGR e,

futuramente, transferidos para um depósito definitivo . [...].”

Alguns rejeitos ainda podem ser reaproveitados, de acordo com a

eletronuclear:

Os rejeitos de baixo nivel de radiação , constituidos de luvas, sapatilhas, vestimentas, máscaras e ferramentas contaminadas, podem, após o decaimento ser liberados como resíduos industriais ou lixo comum, pois já não apresentam qualquer risco . Na maioria dos casos, materiais em bom estado, tais como vestimentas, em vez de serem descartados , são levados e reutilizados. Os rejeitos que não podem ser descartados são acondicionados em recipientes especificos, de acordo com o tipo, e estocados nos Depositos Iniciais[...].

38

Os rejeitos de Alta radiatividade (“High Level Waste HLW”) têm atividade

de vida longa e, como geram quantidades consideráveis de calor, necessitam

de resfriamento. Durante esse período, os rejeitos HLW são mantidos

armazenados em piscinas de resfriamento no interior da própria usina. Esta

guarda segundo Murray :

“ [...] Compreendem engradados verticais de aço inoxidavel que sustentam e separam os conjuntos combustíveis num banho de água . O fator de multiplicação k de um elemento combustível isolado é bem perto de 1. Assim, para prevenir a criticalidade acidental na piscina de armazenamento, é necessário manter uma distância de vários centímetros entre os conjuntos, incluindo material absorvente de nêutrons , como o boro. O controle da pureza da água e temperatura do combustível é obtido por meios de filtros, desmineralizadores e radiadores. No período de armazenamento na usina nuclear, a radiatividade decaí até valores seguros para o tranporte dos conjuntos até um local de armazenamento distante ou a uma usina de reprocessamento [...]” .

Esse processo de guarda por periodo de meses em piscinas de

refrigeração, podem ser estendido por até 40 anos, que é o tempo médio de

vida de um reator. Trata-se de uma prática adotada em usinas nucleares do

mundo inteiro, de acordo com as diretrizes da Agência Internacional de Energia

Atômica (Aiea).

No complexo de Angra, segundo dados da Eletronuclear: ‘[...] Para os

elementos combustíveis usados (rejeitos de alta atividade) a capacidade das

piscinas existentes é até 2021. [...]”

No caso de Angra 2 a piscina se encontra dentro do reator

diferentemente de Angra 1 onde ela se encontra fora . Os resíduos se

encontram em ambas piscinas submersos a mais de dez metros de

profundidade , sendo a água a blindagem utilizada. A capacidade de Angra 1

esta previsto poder armazenar os resíduos de seus 40 anos aproximados de

atividade , já Angra 2 a capacidade seria de armazenar os rejeitos de metade

de sua vida útil vinte anos.

Elementos Combustíveis

Angra 1 1.252

39

Angra 2 1.084

Angra 3 1.084 Fig. 05 – Capacidade das piscinas que guardam os elementos combustíveis

( Fonte: ELETRONUCLEAR )

Conclue a Aben1:

[...] Depois de resfriado, o combustível pode ser reprocessado ou ser preparado para a armazenagem intermediária (de curta, média ou longa duração) ou definitiva. Nesse caso, o material é acondicionado em cápsulas metálicas, soldadas e lacradas, que são colocadas em repositórios subterrâneos de grande profundidade, localizados em áreas com condições geológicas naturais milenarmente estáveis (baixa probabilidade de abalo sísmico), baixo índice pluviométrico e pouca densidade populacional. Os terrenos preferenciais são formações rochosas, que funcionam como uma blindagem que evita a corrosão dos recipientes onde os rejeitos são acondicionados. [...]

Na realidade estas situações são provisórias a solução definitiva principalmente na questão do lixo gerado pela queima do combustivel (de alta radiatividade) não é apenas uma busca do Brasil são todos países procurando um destino final para este rejeito “sem utilização”. Aqui , segundo o site http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-energia-nuclear/lixo-nuclear.php

O projeto que define normas para a construção de locais definitivos de armazenamento de lixo nuclear já foi aprovado pelo Congresso, estando em tramitação no Senado. Ele segue as normas internacionais, que propõe a construção de silos de concreto no subsolo. A cidade em que fossem construídos estes silos seria beneficiada com compensações financeiras. [...]

Os depositos de rejeitos radioativos são classificados como depositos:

iniciais , provisórios e finais vedando a Lei 10308/01 em seu art. 4º caput

expressamente a este último o recebimento de rejeitos radioativos na forma

liquida.

Art. 4o Os depósitos iniciais, intermediários e finais serão construídos, licenciados, administrados e operados segundo critérios, procedimentos e normas estabelecidos pela CNEN, vedado o

1Associação Brasileira de Energia Nuclear

40

recebimento nos depósitos finais de rejeitos radioativos na forma líquida ou gasosa.

Em casos de situação de emergência a lei definiu ainda uma outra

classificação de deposito denominado provisório segundo o art. 4º, § 2º, da Lei

10.308/2001 :

[...] § 2o Nos casos de acidentes radiológicos ou nucleares, excepcionalmente, poderão ser construídos depósitos provisórios, que serão desativados, com a transferência total dos rejeitos para depósito intermediário ou depósito final, segundo critérios, procedimentos e normas especialmente estabelecidos pela CNEN. [...]

Os depositos intermediários e finais serão projetados,construídos e

instalados pela CNEN conforme art. 9º da Lei 10.308/2001: “Cabe à CNEN

projetar, construir e instalar depósitos intermediários e finais de rejeitos

radioativos.”

Caberá também à CNEN fazer a seleção dos locais desses depósitos

de acordo com o art. 6º,

A Lei nº 10.308, de 20 de novembro de 2001, publicada no Diário

Oficial de 21 de novembro de 2001, dispõe sobre a seleção de locais , a

construção , o licenciamento , a operação , os custos , a responsabilidade civil,

a fiscalização , a indenização e as garantias referentes aos depósitos do lixo

radioativo.

No caso rejeitos nucleares de alta radioatividade a discussão em torno

de locais que realmente sejam considerados apropriados é muita .A realidade

é que ainda não se descobriu ainda um local realmente seguro e definitivo

para armazenamento desses dejetos.

41

Segundo Paulo de Bessa Antunes:

Qualquer que sejam os argumentos em favor da utilização da energia nuclear, nenhum deles consegue apresentar uma solução adequada para o descarte definitivo dos rejeitos nucleares de alta radioatividade . Anualmente, toneladas de rejeitos radioativos são estocados no mundo inteiro e, enquanto isto, ainda não se logrou chegar a uma conclusão definitiva sobre o destino que deve ser dado a estas verdadeiras montanhas de lixo letal. (...)

O lixo nuclear pode irradiar o que está à sua volta, ou contamina-los

por átomos radioativos. Por isso é necessário embala-lo com uma

blindagem de grossas paredes de cimento e chumbo. Essa blindagem

também impede que essas partículas radioativas do lixo entrem em contato

com o ar ou com a água onde está depositado. Com o passar do tempo,

diminui a radioatividade do material, tornando-o menos perigoso.

Várias soluções apresentadas inclusive o lançamento ao espaço de

contêineres contendo rejeitos radioativos , hipótese que foi descartada

devido ao elevado custo do projeto e risco de explosões ocasionando um

desastre de proporções enormes.

O despejo no mar a Agenda 21 tratou de explicitar condições

segundo Geraldo Eulalio e Silva:

A Agenda 21 se ocupou do alijamento de resíduos nucleares no capitulo 22 e manifestou-se contrário ao depósito ou alijamento perto de ambiente marinho, “ a não ser que haja prova científica consistênte com principios e instruções aceitos internacionalmente , que comprovem que tal deposito ou alijamento não representa um risco inaceitável para pessoas e o ambiente marinho nem interfira com outros usos legítimos do mar”.

A maioria das "soluções" atualmente propostas para a disposição final

do lixo radioativo envolve seu enterro no subsolo numa embalagem especial

com proteção forte o bastante para impedir que sua radioatividade escape.

Dependendo do local muitos ambientalista argumentam:

[...] Segundo eles, poderia haver contaminações do ar causadas por explosões ou vazamento contínuo de gases de um sítio (possíveis teoricamente), ou contaminações da água, causadas por vazamento do invólucro que armazena o rejeito e que poderia atingir um lençol

42

freático. O fato é que, principalmente com relação aos rejeitos de alta radioatividade, a solução encontrada deve levar em conta a longa meia-vida do lixo, que chega a milhares de anos. [...]

Outras situações ainda não estão descartadas como comenta o site sobre energia atômica

Além do enterro dos rejeitos, vários esquemas de armazenamento no local de uso estão sendo investigados. Nisso, o armazenamento de combustível usado em grandes recipientes de aço ou concreto é de interesse primordial. Ainda que esse tipo de armazenamento conserve o material no ponto em que foi criado e reduza os custos de transporte, centenas de comunidades de todo o mundo estão ameaçadas de fato por depósitos de alto nível às suas portas. Também há planos para consolidar o combustível usado e colocá-lo em contêineres em algumas poucas instalações regionais de superfícies, o que resulta num número imenso de viagens em recipientes não destinados a resistir a possíveis acidentes.

Paulo de Bessa Antunes coloca bem a situação: “A incerteza é a única

certeza em matéria de radioatividade e de seus efeitos sobre o meio ambiente

e a saúde humana.”

A França, que atualmente tem grande parte de suas necessidades

energéticas supridas por usinas nucleares, , lança mão de incentivos fiscais

para as cidades que se dispuserem a receber os resíduos gerados por suas

usinas nucleares e aprova leis onde estipula que em abrigos subterrâneos os

dejetos radioativos serão armazenados,

Nos Estados Unidos já foram gastos bilhões em pesquisas, algumas já

descartadas outras continuam sendo estudadas com vários retardamentos

como na construção de um túnel para armazenamento permanente de rejeitos

radioativos, na Montanha Yucca, no Estado de Nevada. Enquanto isso,

algumas das usinas nucleares americanas já apresentam a capacidade de

suas piscinas para armazenar combustível já no limite .

A usina de Indian Point 2, no Estado de Nova York, está transferindo

os rejeitos altamente radioativo para os pátios, onde é armazenado em

contêineres de aço e concreto.

43

Na Alemanha também com atraso como nos EUA , a nova previsão é

que o depósito fique pronto em 2020.

O Japão produz anualmente mais de 1 tonelada de resíduos

radioativos que são enviados para França e Reino Unido para o

reprocessamento.

Novos Geradores começam a surgir vislumbrando soluções para a

sistemática do lixo radioativo, como comenta o site http://www.aben.com.br/

[...] O setor nuclear deposita grande expectativa em uma nova geração de reatores que permitem encurtar significativamente a meia-vida dos rejeitos de alta atividade. São conhecidos como reatores híbridos, por sua capacidade de, ao mesmo tempo, gerar energia e “incinerar” os resíduos produzidos, transmutando elementos radioativos para reduzir fortemente o seu ciclo de vida. Há unidades operando em escala-piloto nos EUA, Japão e França. Baseado em um reator rápido acoplado a um acelerador de partículas, o sistema utiliza a tecnologia de transmutação, que possibilita reduzir de milhares para cerca de 250 anos o tempo de vida dos rejeitos de alta atividade. [...]

Conclui Aquilino Senra no site http://www.aben.com.br/: “Com o

aumento da idade média do ser humano, daqui a pouco esse tempo

corresponderá a apenas três gerações, um prazo totalmente aceitável sob o

ponto de vista do controle”.

44

CONCLUSÃO

Representando mais uma opção, capaz de atender à demanda

energética do mundo moderno as centrais nucleares surgiram para solucionar

os principais problemas de usinas consideradas convencionais, a emissão de

gases e o conseqüente agravamento do efeito estufa.

A energia nuclear é a alternativa amplamente utilizada no mundo

inteiro, mas ainda não é totalmente segura.

Uma questão polemica alem da segurança é aquela referentes aos

rejeitos radioativos, ambientalistas questionam onde e como acondicionar o

lixo gerado sem afetar o meio ambiente o governo procura responder que

pesquisas avançam em novos programas afim de aproveitar o material

resultante da fissão inclusive admitem a reciclagem ou converte-los em algo

menos letal, paralelamente a buscas por locais apropriados com estruturas

modernas e capaz de conter qualquer risco de contato do material radioativo

com pessoas e o ambiente são projetadas , enquanto isso garantem que os

acondicionamento considerados provisórios possuem um rigoroso controle de

destinação e gerenciamento onde a chance de um vazamento seriam bem

remotas.

Comparando o lixo gerado por residência e industrias seriam estes ate

mais poluidores já que na maioria dos casos ele são depositado em locais sem

o mínimo controle e estrutura adequadas para armazenar tal material

ocorrendo com muita freqüência vazamento desse material para rios , lagos e

comunidades.

O problema do lixo nuclear é que ele permanece emitindo radiação por

longo período podendo chegar a milhares de anos. O perigo de um

vazamento é constante podendo atingir o ambiente e causando graves

problemas de saúde nas pessoas que forem expostas, como o queimaduras,

câncer, mal formação de crianças e dependendo do grau de radiação levando

inclusive a morte. O lixo nuclear continua sendo produzido todos os anos, e

cada vez mais, a energia gerada é necessária As possibilidades da energia

nuclear surgem em época providencial, para todo o planeta, pois a sociedade

45

contemporânea está reclamando, por toda a parte, novos e extensos

suprimentos de energia.

Nos dias atuais são cada vez maiores as necessidades energéticas

para a produção de alimentos, bens de consumo, bens de serviço e de

produção, lazer, e finalmente para promover o desenvolvimento econômico,

social e cultural. A energia nuclear constitui um dos novos recursos de que a

humanidade terá de valer-se agora, sem abandono de outros . O risco existe

cabe aos indivíduos gerenciadores desta atividade adotar políticas serias de

controle e fiscalização e normas rígidas possibilitando o ser humano usufruir

dessa energia com total segurança.

46

BIBLIOGRAFIA

SILVA, Gleyson José,. Fontes renováveis de Energia para o desenvolvimento

sustentável. http://www.cenedcursos.com.br/fontes-renovaveis-de-energia-

para-o-desenvolvimento-sustentavel.html . Acessado em 11/03/2009.

CARDOSO, Eliezer de Moura Cardoso, et al. Energia Nuclear. Apostila

educativa do CNEN. http://www.cnem.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf .

Acessado em 12/03/2009.

PRÁSS, Alberto Ricardo, FISICA.NET O canal da fisica na internet

http://www.fisica.net/nuclear/fissao_nuclear.pdf. Acessado em 12/03/2009 .

Eletronuclear, Guia de Pronta Resposta 2008, http://www.eletronuclear.gov.br

/perguntas_respostas/GUIA_2008.pdf, Acessado em 18/03/2009.

http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nuclear13.htm. Acessado em

17/03/2009.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A2nio#Caracter.C3.ADsticas_principais,

Acessado em 18/03/2009.

http://ciencia.hsw.uol.com.br/energia-nuclear.htm . Acessado em 20/03/2009.

http://www.cnen.gov.br/ensino/glossario.asp, Acessado em 18/03/2009.

http://www.inb.gov.br .Acessado em 18/03/2009.

http://www.eletronuclear.gov.br/tecnologia/index.php?idSecao=2&idCategoria=

21 . Acessado em 18/03/2009.

http://www.nuctec.com.br/educacional/funcionam.html . Acessado em

06/04/2009

47

http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br/energia_nuclear.htm Acessado em

06/04/2009

http://www.eletronuclear.gov.br/perguntas_respostas/GUIA_2008.pdf .

Acessado em 06/04/2009

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-energia-nuclear/lixo-

nuclear.php .Acessado em 06/04/2009

http://www.energiatomica.hpg.ig.com.br/cnen.html Acessado em 06/04/2009

http://www.mme.gov.br/site/menu/select_main_menu_item.do?channelId=8213

Acessado em 06/04/2009

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:

versão atualizada até a Emenda n. 57/2008. Disponível em http://www.presi

dência.gov.br/legislação. Acessado em 06/04/2009

Murry, Raymond L. Energia Nuclear. Uma introdução aos conceitos, sistemas e

aplicações dos processos nucleares. Hemus, 2004

Antunes, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. Lumen Juris / Editora 9º Edição [20--?]

Silva, Geraldo Eulálio e, Direito Ambiental Internacional, thex Editora [20--?]

Machado, Paulo Afonso Leme, Direito Ambiental Brasileiro. Editora Malheiros

Editores 10º Edição [20--?]

Enciclopédia Barsa, Encyclopaedia Britannica Editores ltda . Rio de Janeiro – São

Paulo , Volume 15, Ano 1980

48

Revista Brasil Nuclear. Ano 14 , Numero 34, Novembro 2008.

49

ANEXOS

http://www.inb.gov.br/inb/WebForms/interna.aspx?secao_id=48

Reservas - Brasil

Fig 1

51

http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/historia-energia-nuclear.htm

Fatos da história no uso da energia nuclear

1896 - Descoberta a radioatividade; 1898 - Isolados o polônio e o rádio. Descoberta a radiação gama; 1902 - Confirmada a desintegração radioativa espontânea; 1910 - Uso ingênuo a de materiais; 1920 - radioativos na medicina e indústria; 1911 - Concebida a idéia de usar traçadores radioativos; 1926 - Uso de radiação para o tratamento de câncer; 1934 - Primeiro radionuclídeo artificial. Primeira fissão do urânio com nêutrons; 1936 - Uso em terapia de radioisótopos produzidos em ciclotron; 1939 - Carta de Einstein sobre a possibilidade de os alemães construírem a bomba atômica; 1941 - Início do programa nuclear norte-americano; 1942 - Início da construção de um reator nos Estados Unidos; 1945 - Lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki; 1967 - Brasil assina Tratado para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e Caribe; 1968 - Estabelecido pela AIEA o Tratado de Não-proliferação; 1972 - Assinado com os Estados Unidos acordo para a construção de Angra 1; 1981 - Autorizado funcionamento provisório de Angra 1; 1982 - Brasil passa a produzir bolo amarelo (yellow cake); 1984 - Angra 1 entra em operação comercial; 1987 - Brasil inicia produção de urânio enriquecido. Acidente em Goiânia com césio-137 1988 - Inaugurado o reator MB/01 concebido e construído no Brasil; 1991 - Brasil e Argentina assinam acordo para uso pacífico da energia nuclear; 1994 - Entra em vigor o Tratado para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e Caribe; 1995 - Brasil passa a produzir o radiofármaco tálio-201; 2000 - Início de operação de Angra 2; 2004 - Entra em operação a usina de enriquecimento nuclear em Resende (RJ).

52

http://www.defesacivil.angra.rj.gov.br/defesacivil/download/PEE_Final_Aprovado_24-01-

2008.PDF

Localização das Sirenes

Fig 3

Fig 4

53

http://www.eletronuclear.gov.br/perguntas_respostas/GUIA_2008.pdf

Tabela 01

54

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes - Instituto AVez do

Mestre

Título da Monografia: ENERGIA NUCLEAR: SEGURANÇA E REJEITOS

RADIOATIVOS

Autor: Cláudio Gilberto Monteiro Dau

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: