universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo lato … · um processo de comunicação bilateral,...

46
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O NEGOCIADOR QUE EXISTE NOS BANCÁRIOS Por: Marcio Lemos de Souza Orientador Profª. Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro 2010

Upload: hacong

Post on 10-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O NEGOCIADOR QUE EXISTE NOS BANCÁRIOS

Por: Marcio Lemos de Souza

Orientador

Profª. Ana Claudia Morrissy

Rio de Janeiro

2010

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NO AMBIENTE BANCÁRIO

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão em Instituições Financeiras

Por: Marcio Lemos de Souza

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

3

AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares que sempre

apoiaram as minhas opiniões

profissionais, aos professores que foram

os responsáveis pelo acréscimo do

conhecimento, e aos colegas de trabalho

que participaram comigo dessa jornada

de estudos.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

4

DEDICATÓRIA

Aos meus pais pelo forte apoio e

incentivo.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

5

RESUMO

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas

a títulos impressos relacionadas ao tema negociação de uma forma geral, e a

partir de uma pesquisa de campo. Com a pretensão de apresentar informações

úteis sobre o tema negociação no meio bancário, essa monografia foi dividia

em dois capítulos, um para cada tipo de pesquisa.

O primeiro capítulo, que foi divido em cinco tópicos, apresenta conceitos

sobre a negociação, os tipos definidos sobre negociação, o processo da

negociação e algumas táticas e conselhos para se obter sucesso no momento

da negociação. No segundo capítulo, dividido em duas partes, a primeira

apresenta os dados das dezoito perguntas do questionário realizado a

bancários de sete multinacionais do meio comercial do Rio de Janeiro. E na

segunda parte são apresentadas algumas observações sobre os resultados da

pesquisa.

A pesquisa teve como problema levantado: “Como os funcionários

podem buscar a negociação sem ser vista como uma reação a uma pressão

recebida?” Ao final do trabalho o problema foi parcialmente solucionado, como

é visto na conclusão do trabalho, pois, com essa pesquisa não se alcançou a

uma solução de como os funcionários, no caso os bancários, vão obter

sucessos nas negociações a ponto de evitar ser uma reação a pressão. Porém,

com o desenvolvimento das pesquisas muitas informações úteis são

apresentadas para buscar uma melhoria em todos os sentidos no ambiente

empresarial.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

6

METODOLOGIA

Neste trabalho foi usada a metodologia de pesquisa bibliográfica para o

levantamento de conceitos teóricos e didáticos sobre o tema negociação. O

material impresso foi consultado na Faculdade Getúlio Vargas. Num segundo

momento, foi realizada a metodologia da pesquisa de campo, com a aplicação

de um questionário com dezoito perguntas sobre características próprias no

momento de uma negociação.

Esse questionário foi distribuído na pretensão de ser aleatório a 43

pessoas, todos, funcionários que trabalham em instituições financeiras. Essas

18 perguntas foram desenvolvidas após pesquisa a bibliografias relacionada ao

tema. O resultado dessas perguntas, relacionadas a diversas variantes como

sexo, idade, escolaridade, aplicadas a conhecimentos teóricos possibilitou o

levanto de variadas observações.

Devido à complexidade do tema e aos diversos níveis e direcionamento

de pesquisas relacionado à negociação, este presente trabalho se limitou ao

setor bancário. Mesmo o questionário ter sido respondido por funcionários de

outros setores empresariais ou por bancários porém de baços de

investimentos, as respostas apresentadas foram limitadas as de bancários que

trabalham em bancos múltiplos. E, devido a grandeza do setor, essa pesquisa

foi feita a funcionários que trabalham em agências de sete bancos diferentes,

de conhecimento publico, na cidade do Rio de Janeiro.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Técnicas de negociação 09

CAPÍTULO II - Pesquisa de campo 30

CONCLUSÃO 41

ANEXOS 43

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

8

INTRODUÇÃO

O tema negociação é muito procurado pelos meios acadêmicos,

empresariais e pessoais. Porque, queira ou não, todos nós somos um

negociador. Muitas pessoas, talvez por senso comum, consideram o ato de

negociar somente no momento em que vai se fechar um acordo ou um

contrato. Mas a negociação ocorre todos os dias, nos mais variados momentos.

Embora seja um acontecimento corriqueiro, não é fácil conduzi-la a contento.

Por esse motivo, um negociador seja no ambiente familiar, seja no

trabalho, ou numa situação do dia a dia, se depara com diferentes variantes em

diferentes situações que impedi o tema negociação ter definições com simples

aplicações. E nessa negociação pode estar envolvendo milhões de reais ou

uma estabilidade familiar, o que aumenta o interesse no estudo de um assunto

de tamanha complexidade.

E num ambiente bancário, os funcionários têm de estar num constante

processo de negociação. Isso não só em decorrência das exigências de vender

e bater metas como na necessidade de conquistar espaços entre os

funcionários, e os contínuos problemas e desafios que aparecem a todo

instante. Mas, muitos gerenciadores percebem que essa necessidade de

negociar não é uma ação dos funcionários e sim, uma defesa a um incomodo

ou a uma pressão.

Mas, através de um exercício continuo uma pessoa consegue

desenvolver qualidades na negociação sem realmente precisar de uma

pressão rígida a todo instante. Como defende Junqueira (1995), A melhor

maneira até hoje encontrada para tratar com todas estas questões

relacionadas à negociação é através do planejamento prévio e da preparação,

ou seja, da elaboração de um plano de ação e da simulação deste plano. Estas

atividades redundam em aumento do nosso poder de persuasão e da

possibilidade de encontrarmos soluções positivas para ambas as partes.

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

9

CAPÍTULO I

Técnicas de negociação

O CONCEITO

Nosso mundo real é uma gigantesca mesa de negociação e, desejando ou não, você é um participante. (SITNISKI, 1985, p.2)

A origem da palavra negociação vem do latim negotiare e que deve nos

trazer, além de bons resultados, satisfação. Segundo Carvalhal (2001)

negociação é um processo de gestão de conflitos e / ou de maximização de

oportunidades. A negociação é um processo que se desenvolve num

determinado ambiente, entre duas ou mais partes, que abordam uma dada

situação (problema ou oportunidade) a partir de interesses comuns e

antagônicos.

Negociação é um processo de tomada de decisão que prevê oportunidade para as partes trocarem compromissos ou promessas por intermédio dos quis irão resolver suas discordâncias e alcançar um acordo. A negociação ocorre quando seus objetivos não coincidem. A negociação consiste de dois processos distintos: criar valor e reivindicar valor. Criar valor é um processo cooperativo que leva as partes na negociação a buscar alcançar o total benefício potencial do relacionamento. Reivindicar valor é essencialmente um processo competitivo. (HENDON; HERBIG, 1996, p.1)

A palavra Negociação recebeu diversas definições como: “Negociação é

o uso da informação e do poder, com o fim de influenciar o comportamento

dentro de uma rede de tensão”. (Cohen, 1980, p.13) ou então, “Negociação é

um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma

decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30). Mas, as definições, de certa

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

10

forma, dizem que a negociação é uma das abordagens para resolver situações

de conflito de forma amigável.

1.1 – Antes de iniciar uma negociação

Antes de dar início à mesa de negociações, existe um passado – a

experiência, a tradição – que condiciona decisivamente o acordo, predispondo

os espíritos, determinando atitudes e comportamentos, como defende Matos

(1985). As partes envolvidas precisam sentir que existe possibilidade de acordo

para todas provenientes do processo. Elas perceberão que diferentes

resultados podem provir da negociação. E cada parte geralmente tende a

reconhecer que suas prioridades podem ser muito diferentes daquelas da outra

parte.

E como as negociações podem ser iniciadas antes mesmo de

percebermos a escolha da abordagem é um fator determinante para alcançar

resultados satisfatórios, como completa Carvalhal (2001). Assim, é fundamental

entender em que contexto as divergências, as objeções e os conflitos

aparecem, qual é o seu significado e sua amplitude, quais são seus sintomas e

suas causas. É fundamental interpretar as prováveis conseqüências dos

conflitos em termos de tendência, urgência e gravidade para, em seguida, optar

pela abordagem mais adequada.

1.2 – Identificando uma negociação

Segundo Sparks (1992) as situações de negociação podem ser

identificadas através de suas cinco características:

• Troca - Uma troca de dar e receber entre duas partes.

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

11

As negociações implicam caracteristicamente uma troca de dar e

receber entre o negociador e o oponente. Através dessa troca, eles tentam

chegar a uma conclusão agradável ou aceitável no ajuste de um problema ou

disputa. O negociador espera que o oponente abandone sua posição original e

se dirija para a sua e vice-versa. Parte desse movimento implica concessões;

parte implica um reajustamento de objetivos. Uma outra parte resulta da

diferença de interesse quanto a vários pontos em questão, isto é uma parte

pode ter apenas um ponto de importância primordial, ao passo que a outra tem

três pontos. O total do movimento determina, no final, qual parte alcançou mais

os objetivos.

• Atrito - A existência simultânea de restrições e pressões.

A segunda característica das negociações é o fato de que a troca é

desconfortável e até mesmo exaustiva para partes. A palavra negociação

significa em latim, neg para não e otium para descanso. Em uma negociação, a

pessoa só descansa quando o acordo é feito. Existem duas forças que operam

em direções opostas em cada parte para produzir o atrito. As restrições operam

para retardar o avanço em direção à solução e, em geral se expressam como

perguntas: o que vou ganhar ou perder de minha parte? A outra parte é digna

de confiança? As pressões operam para impelir o avanço em direção à solução

e, em desejo de cooperar com outros; a vontade de influenciar outros; e a

esperança de que a deliberação possa levar a uma conclusão bem-sucedida. A

intensidade do atrito causado por essas duas forças se converte em uma

tensão sentida por ambas as partes.

• Importância - Um problema ou questão de importância razoável.

As negociações deveriam ser reservadas para situações que requeiram

um sério esforço – aquelas para as quais outros métodos de acordo sejam

menos adequados. Essa terceira característica de negociação levanta a

questão de como um negociador deveria dividir o tempo para executar as

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

12

tarefas necessárias. Para aumentar o tempo disponível para a negociação, um

negociador deve retirar da pauta de negociação os itens que possam ser

tratados de outras maneiras.

1. Relacione todos os itens negociados.

2. Analise cada item baseado nos fatores considerados importantes.

3. Faça uma disposição para cada item: manter, transferir ou relegar para

um procedimento ou método de conjunto.

Os itens devem representar a extensão e a variedade com que o

negociador lida. Uma vez que a disposição é feita, o montante do tempo de

negociação pode permanecer o mesmo. O foco é redirecionado para aqueles

itens que tenham o potencial de produzir o melhor retorno para o esforço feito.

• Incerteza - A presença da incerteza.

A quarta característica das negociações é a existência de uma incerteza

inerente a elas – assim, requerem uma abordagem situacional. A negociação é

um processo complexo demais para basear sua estratégia principalmente em

experiências passadas e comprovadas. As experiências pessoais formam

conceitos sobre as negociações. Levam a hábitos reveladores e padrões

previsíveis. Estes se tornam desvantagens para seus portadores e

oportunidades de vantagem injustificada para os oponentes. O que se requer é

flexibilidade, cuja melhor maneira de conseguir é através da adoção de uma

orientação do problema. Isso não significa mudar de personalidade. Significa

afetar-se à questão, selecionar uma estratégia que seja de uso confortável e

adotar táticas ajustadas a suas habilidades.

• Conflito - Conflito real ou sentido entre as posições das partes.

A existência de conflito entre as posições das partes é a quinta

característica das negociações. Ao passo que sua intensidade varia, o conflito

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

13

é um importante ingrediente nas negociações. Sem ele há a tendência a pouca

motivação para trabalhar duro a fim de encontrar uma boa solução.

Há três tipos de conflito: de recurso, de caminho e de valor. Esses três

tipos sempre ocorrem em combinação. O negociador precisa reconhecer esses

tipos e identificar qual é o dominante na questão que está sendo negociada.

Conflito de recursos, as metas exclusivas são mutuamente os objetivos

de cada parte por causa das limitações de recursos – tempo, dinheiro, espaço

etc. Se uma das partes atinge sua meta, a outra não poderá, posto que não há

recursos disponíveis para satisfazer ambos os objetivos.

No conflito de caminho, a disputa centra-se em como algo deveria ser

realizado. Concorda-se quanto ao objetivo, mas não em relação à maneira

como ele deve ser implementado. Nesse conflito, cada parte apóia a obtenção

de um objetivo aceito, baseado no interesse por sua própria conveniência ou

posição. Para reduzir o conflito de caminho, deve-se evitar a perda de

confiança de uma parte na outra.

O conflito de valor relaciona-se, com freqüência, emocionalmente a um

compromisso ou convicção que incita respostas que ignoram os fatos. Esses

sentimentos intensos não são mudados com facilidade por seus portadores. O

negociador pode não ser capaz de influenciá-los, não importa quão hábil seja.

1.3 – O Processo da negociação

Negociação é o processo de comunicação com o propósito de atingir um acordo agradável sobre diferentes idéias e necessidades (MARTIN, 1998, p.1)

De acordo com Junqueira (1995), as pessoas negociam sempre, muitas

vezes até inconscientemente, mesmo não percebendo que o fazem. Cada

pessoa participante do processo de negociação tem uma visão diferente das

situações, enxerga-as sob seu ponto de vista, de acordo com sua

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

14

conveniência, que até mesmo se altera de um momento para outro. Entretanto,

são poucas as pessoas que atingem o ápice numa negociação, ou seja, o

acordo.

E completa que a negociação é um processo contínuo que não se inicia

quando as pessoas se defrontam numa mesa. O “processo” começa antes

disso e continua após as duas pessoas se separem, até a próxima negociação.

Tudo o que for feito durante uma negociação terá profunda influência na

próxima negociação com aquela mesma pessoa.

1.3.1 - Variáveis da negociação

Qualquer que se seja o objetivo da negociação, sua importância e

oportunidade, haverá sempre, segundo Junqueira (1995), três variáveis básicas

que condicionam este processo. Poder, Tempo e Informação. Para se ter uma

negociação efetiva, é importante ter pelo menos duas das três variáveis

presentes e, se possível, interligadas, além de saber utilizá-las corretamente.

• Poder

A palavra poder por si só transmite uma idéia de superioridade,

capacidade de fazer, exercer controle, dispor de força, autoridade, ocasião ou

oportunidade, ter direito, poder físico. É importante, contudo, usar o poder para

mostrar à outra parte que o único caminho para vencer é ambos vencerem

juntos. O poder, especificadamente, pode ser dividido em alguns tipos e

utilizado individual ou simultaneamente com outras pessoas, dependendo do

momento, do tipo de negociação e das pessoas envolvidas no processo.

Os poderes pessoais são poderes natos, presentes em qualquer

situação, independente do papel desempenhado, dos conhecimentos e das

habilidades para lidar com pessoas que auxiliarão o processo de negociação.

Estes poderes podem ser: poder da moralidade, que trata de questões morais

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

15

importantes para cada negociador, conforme a influencia de sua cultura; poder

de atitude, que se referem a ações, decisões ou atitudes que determinarão

certo comportamento; poder da persistência, que está relacionado à

perseverança de alcançar um objetivo estabelecido; poder da capacidade

persuasiva, que está ligado à habilidade de mostrar a importância de

determinado aspecto da negocioação e canalizar isto para um acordo que

satisfaça aos interessados.

Os poderes circunstanciais enfocam a questão da situação, do

momento, do tipo de negociação, da influência do meio. De acordo com as

circunstâncias, analisa-se um fato de maneiras diferentes, enxergando-o por

diversos.ângulos:

o Poder do especialista: conhecer o que se negocia e com quem,

havendo certo entendimento específico sobre a questão negociada.

o Poder de posição: ocupar certa posição, cargo ou função.

o Poder de precedente: ter ocorrido um fato anterior que sirva de

critério para a situação atual.

o Poder de conhecer as necessidades: perceber as expectativas,

exigências e demandas da outra parte, muitas vezes ocultas no

processo de negociação.

o Poder de barganha: exercer influência para vencer obstáculos e

conquistar objetivos.

• Tempo

Na negociação, o tempo deve ser ponto de apoio para se projetar o

negócio, com conseqüente satisfação dos envolvidos, além de permitir a

conclusão de que é limitado, podendo, entretanto, ser controlado. Entretanto,

uma parte exercerá um poder maior sobre a outra se souber estimar o prazo-

limite que o oponente possui.

Na verdade, o limite do tempo é definido por quem negocia, tornando-se

mais flexível do que se imagina. Como produto de uma negociação, os prazos

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

16

também podem ser negociáveis. Constata-se que as concessões feitas em

uma negociação ocorrem o mais próximo possível dos prazos finais, se não

depois de expirados. E quanto mais próximo do fim, maior é a pressão do

tempo, a tensão de se fazerem concessões para a realização de um acordo,

que tenderá a não ser tão satisfatório.

O tempo é essencial para o sucesso, podendo até influenciar um

relacionamento. Se uma pessoa chega atrasada a uma entrevista para um

novo emprego, insto pode Sr visto como prova de autoconfiança ou, então, de

descaso ou hostilidade. Ao contrário, se chegar adiantada, pode demonstrar

sinal de ansiedade. O tempo pode favorecer tanto um como o outro lado,

dependendo das circunstâncias.

• Informação

É o ato ou efeito de informar-se (tomar conhecimento) acerca de alguém

ou de algo. Raramente se prevê com antecedência a necessidade de

informações numa negociação. Normalmente, isso só vem a acontecer quando

ocorre uma crise ou algum evento que, por sua vez, desencadeie uma série de

outros fatos que acabem por se constituir numa sucessão de conseqüências

desagradáveis e negativas. Aí, sim, percebe-se a grande importância das

informações e de se antecipar a elas, buscando obtê-las o mais rapidamente

possível e com a maior precisão que puder.

A informação está intimamente relacionada com o poder de conhecer as

necessidades, o que pode favorecer o sucesso, afetar a avaliação da realidade

e as necessidades dos envolvidos, busca esta que deve ser iniciada antes

mesmo de sentar-se à mesa para efetivar o acordo.

Depois de se colherem as informações porém ates de se iniciar a

negociação, é hora de se efetivar a busca dessas necessidades. O ponto-

chave no processo de negociação é saber ouvir, escutar o que está sendo dito,

procurar descobrir o que está sendo omitido, além de observar a expressão

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

17

dos outros negociadores, como se comunicam, seus olhares, gestos,

entonação ou ênfase, ou seja, as “deixas” que utilizam.

Um bom negociador deve saber captar os fatores não-verbais em

qualquer comunicação. Assim, durante uma negociação, pode ser interessante

tentar distanciar-se um pouco. Isso permitirá ouvir as palavras e interpretá-las

nos seus contextos não-verbais, entendendo melhor o quadro geral.

Desse modo, aos poucos, as verdadeiras necessidades vão se

revelando nos momentos oportunos e estas informações servirão também para

confirmar as promessas feitas na negociação, se serão ou não cumpridas e se

o relacionamento será preservado ou não.

1.3.2 - Enfoques da negociação

Para Carvalhal (2001) as negociações ocorrem baseadas em um dos

três enfoques característicos:

• Posições ou Território

A abordagem com o enfoque predominantemente baseado em posições

o territórios pode ser caracterizada como tendo os pé de chumbo e a cintura

dura. Cristaliza-se em argumentos manipulativos, radicaliza os seus

posicionamentos, ergue muros, tem dificuldades de fazer concessões e nem

compreender a outra parte: quer ganhar a qualquer preço. Nesta abordagem,

atingir os objetivos é mais importante do que satisfazer as necessidades. O que

mais vale é o jogo. O poder manipulador entra em cena e as ações fisiológicas

são bastante comuns.

• Interesses

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

18

A abordagem com o enfoque predominantemente baseado em

interesses é a que caracteriza as relações comerciais, as relações formais, nas

quais os princípios legais dão objetividade aos acordos buscados. Nesta

abordagem, as partes tentam atender a seus interesse, podendo trocar de

objetivos com a clara intenção de satisfazer suas necessidades. A

racionalidade é parte integrante da maioria dos argumentos e proposições. São

buscados critérios objetivos.

• Valores

A abordagem com o enfoque predominantemente baseado nos valores é

sustentada pela coerência das partes com suas escalas de valores. Os valores,

como normas, princípios e padrões sociais aceitos e mantidos por indivíduos e

instituições, são o referencial básico que norteia o comportamento nas mais

diversas situações. Nesta abordagem, as partes buscam satisfazer

necessidades de forma coerente com seus valores. A transigência, o altruísmo,

a visão do todo e do longo prazo são atitudes e direcionamentos típicos. As

pessoas são separadas dos problemas. São escolhidas opções de ganhos

mútuos. Buscam-se, principalmente, valores comuns. Existe uma coerência

clara de que a outra parte também quer negociar.

1.3.3 - Etapas do Processo de Negociação

Negociação é um processo através do qual as partes envolvidas se deslocam de suas posições originais, inicialmente divergentes, para um ponto no qual o acordo possa ser realizado. (STEELE; MURHY; RUSSIL, 1995, p.4)

É importante conhecer, segundo Junqueira (1995), as sete etapas do

processo de negociação e como elas devem ser conduzidas para o efetivo

sucesso. Sua seqüência sugere um roteiro lógico para o estabelecimento de

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

19

um bom planejamento. Não se devem encarar as etapas como algo rígido. Em

alguns casos, poderemos suprir uma ou outra. O importante é ter sempre

presente que elas ajudam na sistematização do processo de negociação.

• 1º Etapa – Preparação

É importante salientar que, nesta fase, o outro negociador ainda não

está presente, pois s trata do planejamento inicial. Eis os passos:

1. Histórico das Relações – Uma retrospectiva das negociações e contatos

anteriores com a mesma pessoa e/ou sobre o mesmo assunto pode nos

dar subsídios, especialmente em termos de que

comportamento/estratégia deva ser usado ou evitado

2. Objetivos Ideais e Reais – O que o negociador gostaria de conseguir é o

ideal (máximo desejáel0 e o que ele precisa e acha que Poe conseguir é

o real (mínimo necessário). A distância entre o que é ideal e o real

constitui a “margem de negociação” que, quanto mais ampla, maior

flexibilidade nos dará ao longo do processo.

3. Presunção da Necessidade – O outro negociador precisa ou não do que

vai ser proposto, (e se, precisa, e quanto e de que modo necessita).

Está é uma verdade em qualquer tipo de negócio: ninguém “compra” ou

“aceitas” produtos/serviços/idéias de que não necessita. É neste

momento que se pode até desistir da negociação ao se constatar que

não interessa à oura parte aquilo que vai ser proposto; neste momento é

fundamental o “Conhecimento do negócio”, especialmente no que se

refere ao atendimento das necessidades da outra parte. Também é

neste momento que devemos começar a pensar nas necessidades,

motivações, expectativas da outra pessoa; a negociação será sempre

mais fácil se mostrarmos que o que vai ser proposto vai ao encontro do

que a outra pessoa deseja.

4. Planejamento das concessões – A negociação é um exercício de

concessões;concessões que devem ser planejadas antes do início da

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

20

negociação e não durante o processo. É importante analisar as

implicações de cada concessão e quais interessam mais ou menos a

outra parte. Este último aspecto é crítico porque o que não parece

importante para nós pode ser fundamental ao outro. Concessões mais

importantes devem ser deixadas por último.

5. Conflitos Potenciais – Toda negociação é repleta de impasses/conflitos.

É preciso pensar em alternativas de solução para os eventuais conflitos

antes de a negociação começar; depois, pode faltar tempo para isso.

Usar seu humor, algo que possa relaxar a outra parte, uma atividade

social, uma concessão extra, etc., isto será mais fácil se já negociou cm

aquela pessoa.

6. Expectativas Positivas – Chegou o momento do contato com o outro

negociador. Este contato se dará na etapa seguinte – Abertura. No

entanto, é preciso garantir que este contato realmente vá acontecer; é

necessário marcar a visita ou encontro.

• 2º Etapa - Abertura

Essa é uma das etapas em que o negociador brasileiro se sente mais à

vontade. O objetivo básico da abertura é o de criar um clima próprio ao

desenvolvimento da negociação, deixando à vontade o outro negociador. É o

primeiro contato entre os dois negociadores. Eis os passos sugeridos:

1. Redução da Tensão – É normal que, ao se iniciar um trabalho, diante da

perspectiva de uma mudança, as pessoas fiquem um pouco tensas. Isto

acontece inclusive pelo desconhecimento que o outro tem dos seus

objetivos. Mostre interesse pelo outro, faça perguntas sibre i próprio

local e ambiente de negociação (quadros, moveis, viagens, paisagens,

etc.). Mensione algo que você viu/leu que possa interessar ao outro e

que “massageie o seu ego”.

2. Defina seu Objetivo – Defina à outra parte que você está lá para:

Resolver um problema: Ex.: “soube que você está tentando reduzir

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

21

custos e quero apresentar uma idéia”; Satisfazer uma necessidade: “Se

você está precisando desenvolver sua área de marketing, talvez eu

possa ajudar”. Não é o momento de você apresentar o que vai ser

negociado, mas de lançar uma “isca” para colocar o outro lado pronto

para responder e colaborar com você. Ao definir o objetivo, é sempre

importante destacar os benefícios mútuos decorrentes do atingimento

desse objetivo.

3. Algumas Considerações sobre a Etapa de Abertura: Na etapa de

abertura, você irá captar a atenção do cliente, utilizando o seu diálogo

com alguma estratégia já estabelecida antes de entrar na sala do cliente.

Para tal, já identificou algum ponto de contato que irá quebrar a barreira

da indiferença em que, normalmente, os compradores ficam quando se

inicia a conversação. O principal objetivo é preparar o cliente para a sua

apresentação.

4. “Dicas sobre a Abertura:

o Ouvir, mais do falar, é importante;

o Observe a leitura corporal é importante;

o Coloque o cliente primeiro em zona de conforto, isto é, faça com que

o assunto inicial quebre o gelo indiferença;

o Ocorrer o lançamento de um produto diferenciado;

o Ofertar um brinde alusivo ao produto que você vende;

o Comentar o resultado de uma pesquisa de interesse dele

o Expor uma Nov estratégia de comercialização ou de marketing

o Convidá-lo a visitar as instalações industriais a sua empresa,

o Visitá-lo no dia de seu aniversário com um presente e não falar em

venda e nem em negócios;

o Elogiar um fato agradável observado na loja ou a ação de algum

funcionário,

o Procure sintonizar-se com o cliente em termos de atitudes, gestos,

fala.

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

22

• 3º Etapa – Exploração

A Etapa Exploração é aquela mais esquecida pelo negociador brasileiro.

O objetivo básico dessa etapa é detectar necessidades, expectativas,

motivações da outra parte para, na etapa seguinte, Apresentação – mostrar

como suas idéias, produtos ou serviços atendem também aos interesses do

outro negociador.

O problema é que o negociador brasileiro quase sempre presume quais

sejam as necessidades, expectativas e motivações do outro; mais ainda, age

como se o outro possuísse os mesmos interesses que ele.

Quem está propondo algo deve assumir nesta etapa a postura de

ouvinte, sempre que possível evitando tomar posições sobre o que está sendo

dito. Quanto mais ouvir, mais informações terá; quanto monos avaliativo /

opinativo for, menores serão as possibilidades de conflitos pela divergência de

pontos de vista. Haverá oportunidades nas etapas seguintes para você colocar

suas opiniões ( a partir da etapa Apresentação).

.

• 4º Etapa – Apresentação

É nesta etapa, finalmente que você vai apresentar ao outro negociador

sua proposta; é fundamental que, ao apresentar esta proposta, mostre como

atende às necessidades e expectativas da outra parte, detectadas na etapa de

Exploração.

A apresentação pode ser dividida em:

o Descrição dos seus Produtos, Serviços, Idéias (Características) –

Enumeração das características de sua proposta, sempre enfatizando

aqueles pontos que o outro negociador considera mais importante.

o Problemas Resolvidos por sua Proposta (Soluções) – Mostre ao outro

negociador quais os problemas dele que sua proposta resolve. Como

funciona sua idéia/produto/serviço.

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

23

o Benefícios Decorrentes de sua Propost (Benefícios) – Também é preciso

enfatizar quais os benefícios que proporciona para o outro negociador,

inclusive de natureza pessoal.

o A Pausa Significativa – O uso da pausa eloqüente em vendas e

negociação é muito significativo, pois a outra parte poderá estar

travando um diálogo interno. Não o distraia. Se ele fizer uma pergunta

responda monossilabicamente.

• 5º Etapa – Clarificação ou Manejo de Objeções

Por mais clara que tenha sido sua apresentação, sempre restará alguma

dúvida. Este é o momento de esclarecê-la. Uma boa pergunta para se inicia a

Clarificação será: “Algo do que eu disse não ficou suficientemente claro?” (você

esta assumindo a responsabilidade por não ter esclarecido direito).

Evite perguntas do tipo: “O que é que você não entendeu?” (o outro terá que

assumir sua “ignorância”).

Lembre-se de que objeções representam interesse, quanto mais

dúvidas, melhor. Assuma mais uma vez a postura de ouvinte.

Na clarificação procure seguir estes passos:

o Esteja Preparado para Responder às Objeções – Prepare respostas

para objeções sobre: custo, duração, experiências negativas anteriores,

etc.

o Evite Frases Perigosas – Não usar: “Você não entendeu nada.” “Não é

nada disso.” “Sim, mas...” Usar: “É um ponto de vista, quero acrescentar

algumas informações...” “Está certo você se sentir assim, por isso, eu

acrescentarei algumas informações.”

o Aceite as Razões do Outro – As pessoas são diferentes, algumas

apresentam objeções com base na lógica, outras com base no

feeling/sentimento.

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

24

o Levante Dúvidas Potenciais – Às vezes a outra parte não faz perguntas,

mas percebe-se que não ficou tudo claro, levante perguntas. Esta

postura aumentará a confiança do outro em você.

• 6º Etapa – Ação Final ou Fechamento

É aqui que ocorre o fechamento do negócio. Se as fases anteriores

foram bem desenvolvidas, certamente esta etapa será mais fácil. Eis alguns

passos a serem seguidos:

1. Atenção aos Sinais de Aceitação – Preste atenção às colocações do

outro; veja se ele já se imagina usando os produtos/serviços que você

está propondo.

2. Torne sua Proposta Reversível – Todos têm medo de tomar decisões

erradas. Ao apresentar qualquer proposta, deixe claro ao outro que ele

poderá voltar atrás, se assim o desejar. A reversibilidade alivia o ônus da

decisão.

3. Apresente opções – “Você gostaria de comprar dez ou vinte?”

4. Recapitule vantagens e desvantagens – Sempre enfatizando as

vantagens do seu produto/serviço.

5. Proponha uma data para teste experimental – “Aproveite e faz um teste!”

6. Proponha o fechamento do negócio – “Vamos assinar”.

7. Fechamento da negociação – É chegada a hora do último sim!

1.4 – Tipos de negociação

Os programas de treinamento aceitos e atualmente predominantes nas

empresas podem ser divididos em três categorias, sendo que as duas

primeiras modalidades são de longe as mais comuns: negociação ganha-

perde, negociação ganha-perde disfarçada e negociação ganha-ganha

(Albrecht, 1995).

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

25

• Negociação ganha-perde

Esta é a abordagem convencionalmente utilizada nas negociações.

Cada parte adota um determinado posicionamento e procura mantê-lo.

Tipicamente, há uma atmosfera de combate, com mediação de forças e

relações caracterizadas pelo antagonismo. Aqui, se alcança um acordo quando

é possível fazê-lo, por meio de um processo de luta de astúcias, em que

concessões são extraídas e feitas. Trata-se de um processo fundamentalmente

redutivo, isto é, em que cada parte está disposta a conceder o mínimo possível

à outra.

Um lado faz uma oferta, e então os dois lados passam o restante do

tempo da negociação remoendo tal oferta.

Os elementos-chave da negociação ganha-perde são os seguintes:

o Cada lado adota um posicionamento.

o Concessões são extraídas ou capituladas.

o Há uma atmosfera de combate ou de guerra psicológica.

o Concessões mútuas vêm através da desistência de alguma

reivindicação.

o A maior parte da negociação centraliza-se no rateio envolvendo uma

única oferta ou um único preço.

o O vocabulário e a terminologia utilizados pelas partes negociadoras

giram em torno de metáforas relacionadas com batalhas e agressão ou

então esportes, no caso de negociadores masculinos.

o Os sentimentos pós-negociação geralmente envolvem uma parte feliz e

outra parte não-tão-feliz; algumas vezes ambas ficam infelizes e, só

raramente, ambos ficam felizes com o resultado da negociação. P.21

• Negociação ganha-perde disfarçada

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

26

A mentalidade traiçoeira da abordagem ganha-perde disfarçada está

contida na idéia “Vou obter mais do que você, mas somente mais tarde você

ficará sabendo disso.”

Estes são os elementos-chave da abordagem da negociação ganha-

perde disfarçada:

o Os posicionamentos são freqüentes invisíveis e de difícil identificação.

o Segredo, jogadas e manipulação são as regras da negociação.

o Parece que há concessões.

o Parece que há acordos mútuos.

o Há um certo disfarce do combate, embora o vocabulário e a terminologia

utilizados na negociação acabem involuntariamente revelando a

rivalidade entre as partes.

o Os sentimentos pós-negociação geralmente deixam uma das partes com

a sensação de ter sido ludibriada, embora não imediatamente.

o Posteriormente podem ocorrer sentimentos do tipo remorso de

negociador: “Por que deixei aquilo acontecer comigo?”

• Negociação ganha-ganha.

O contexto ganha-ganha em que se realiza um acordo cooperativo é

perfeitamente possível, mas requer uma combinação especial de elementos

como atitudes, valores, auto-estima e assertividade, que muitas pessoas não

possuem em abundância.

A abordagem convencional ganha-perde ou a abordagem ganha-perde

disfarçada operam por meio da oposição entre as partes. Cada qual tenta

minimizar o valor que o outro pode extrair do negócio. Evidentemente, o

processo é recíproco, de modo que as duas partes operam no sentido de se

distanciarem uma da outra.

A negociação com valor agregado, por outro lado, trabalha

figurativamente no sentido de aproximar os dois círculos um do outro, portanto

criando uma are de sobreposição maior. Isto é fundamentalmente diferente

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

27

daquilo que ocorre na abordagem ganha-perde, na apenas psicologicamente,

mas também nos procedimentos durante a negociação.

De acordo com os autores Fisher e Ury, o método de Agregar Valor na

Negociação (AVN), trabalho desenvolvido pelo Havard Negotiation Project: A

resposta para a pergunta sobre qual tipo de barganha posicional utilizar, se a

do tipo suave ou a do tipo dura, é “nenhuma das duas.” Mude a forma de

negociar.

Independente do tipo de negociação, Albrecht recomenda seguir alguns

conselho importantes num momento decisivo:

o Jamais faça sua melhor oferta logo de inicio 658.4A341A

o Jamais aceite a primeira exigência feita pela outra parte; tal exigência é

sempre mais elevada do que aquela que, no final, a outra parte estará

disposta a aceitar.

o Jamais faça uma concessão sem obter algo igual ou melhor em troca.

o Procure descobrir as fraquezas da outra parte, e não permita que ela

venha a descobrir as suas.

o Mantenha a outra parte tentando adivinhar; não lhe diga nada além do

necessário.

o Obtenha a posição mais forte logo no início da negociação e mantenha-

a até o final.

1.5 – Os quatro movimentos na negociação

Segundo Steele, Murphy e Russil (1995) a negociação é necessária

quando as partes envolvidas se defrontam com diferença de objetivo ou de

ponto de vista. Em decorrência desta diferença, a negociação envolve em um

componente fundamental: movimento. Sem movimento, a negociação será

malsucedida. Para estes autores a negociação segue com a utilização de pelo

menos um dos quatro movimentos: Acordo; Coerção; Emoção; Raciocínio

Lógico.

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

28

• Acordo

O acordo implica a busca de um fundamento intermediário, um processo

no qual as partes fazem concessões até que cheguem a um acordo. O acordo

geralmente é empregado por negociadores que tem pressa. Pesquisa realizada

pela equipe de consultoria dos autores (Purchasing and Materials Management

Service) mostra que as pessoas estão mais propensas a recorrer ao acordo

quando estão frente a frente com a outra parte. Não importa quão rígida tenha

sido sua posição, o contato pessoal com a outra pode induzir a uma

concessão.

Regra 1 – Tente assumir uma postura radical, porém confiável.

Regra 2 – Somente faça acordo como último recurso. Tente conhecer mais a

respeito da outra parte e, se possível, explorar outros conceitos.

A Barganha é o momento no qual as partes relacionadas à negociação

permutam alternativas entre si. Elas dão e recebem,e cada qual realiza sus

concessões. A diferença básica entre barganha e acordo é que a primeira gera

uma série de problemas e, conseqüentemente, o acordo eventual não

representa, necessariamente, o ponto central entre as posições originais das

partes envolvidas. Por outro lado, o acordo implica admitir uma saída simples.

Obviamente, quanto mais questões as partes dão e recebem, mais

complexa a negociação. O bom acordo é aquele em que cada um perde um

pouco e todos ganham.

• Coerção

Na coerção, os negociadores que se encontram numa posição influente

tentarão, ocasionalmente, compelir a outra parte ou partes a um acordo, por

meio da coerção. Quando os negociadores estão obtendo pouco êxito no trato

com a outra parte, eles se tornam frustrados. E, dessa forma, tentam encontrar

solução recorrendo à moderação das ameaças ou blefando com relação às sus

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

29

intenções. Ameaças oublefes na cólera de um momento frustrado apresenta,

obviamente, riscos: se mencionar seu blefe com êxito, você está em puros.

Quando utilizada com êxito, a coerção geralmente induz à concessão de

somente uma das partes.

• Emoção

O papel da emoção na negociação e compreendido de forma ineficiente

em muitos países do hemisfério ocidental. No entanto, a principal determinante

do comportamento dos negociadores consiste em como eles se sentem diante

da outra parte (entusiasmados ou inexpressivos), quão veemente ou

imparcialmente eles formulam suas conjecturas e como reagem diante de uma

artimanha de negociação – com surpresa, raiva, etc.

Os bons negociadores empregam emoção controlada como parte de

seus arsenais; porém, devem ter muito cuidado com relação ao preconceito. Ao

empregar e emoção, é importante certificar-se de que sua linguagem corporal

está em concordância com o que está sendo dito. Quando um conceito

emocional for utilizado, ele freqüentemente induzirá à concessão de somente

uma das partes.

• Raciocínio lógico

No raciocínio lógico os negociadores empregam o raciocínio lógico para

sustentar suas posições e, se possível, enfraquecer a posição da outra parte.

Quanto mais real a elaboração do problema, maior o cuidado na busca de uma

posição de suporte do negociador e, em conseqüência, maior a probabilidade

de que a lógica vença a batalha. Se o conceito de raciocínio lógico obtiver

êxito, por conseguinte somente uma das partes fará toda a concessão.

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

30

CAPÌTULO II

Pesquisa de campo

A realização de uma pesquisa de campo proporcionou a possibilidade de

testar no dia a dia bancário, o estudo teórico apresentado sobre negociação.

Na primeira parte desse capítulo, apresento os resultados da pesquisa de

campo realizada, que são as respostas de 43 questionários distribuídos a

bancários das principais empresas no Rio de Janeiro. No segundo momento do

capítulo, as informações são analisadas.

A pesquisa se estendeu a profissionais que trabalham em bancos de

investimentos e empresas extra bancárias. Outros responderam pela metade

ou não preencheram as informações pessoais, não sendo possível enquadrar

as respostas a algum grupo específico. Esse trabalho se direcionou para as

informações de funcionários de bancos múltiplos (comercial e investimentos) e

de conhecimento popular.

2.1 – O resultado do questionário

Os questionados foram funcionários de sete bancos múltiplos: a Caixa

Econômica Federal (banco público), o Banco do Brasil (economia mista) e a

cinco bancos particulares: Dos bancários entrevistados, 18 trabalham no Banco

do Brasil, 6 trabalham na Caixa Econômica Federal, 3 trabalham no Unibanco,

8 trabalham no Itaú, 1 trabalha no Bradesco, 1 trabalha no Banco Real, 6

trabalham no Citibank.

Essa pesquisa de campo coletou uma amostragem rica na quantidade

de empresas porém, 43 questionários dentro de um quadro funcional bancário

ativo, não é suficiente para podermos tirar conclusões concretas. Mas

certamente é possível ter um direcionamento quanto à perspectiva de cada um

quanto às teorias da negociação.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

31

Os bancários participantes dessa pesquisa possuem entre 24 e 52 anos.

Dentre eles: 12 pessoas (27,91%) possuem entre 20-29 anos, 3 pessoas

destes com 24 anos e 9 pessoas entre 25-29 anos. 19 pessoas (44,18%)

possuem entre 30-39, sendo 13 pessoas entre 30-34 anos e 6 pessoas entre

35-39 anos. 10 pessoas (23,26%) possuem entre 40-49 anos, sendo 6 pessoas

entre 40-44 anos e 4 pessoas entre 45-49 anos. E 2 pessoas (4,65%) possuem

entre 50-59, as 2 pessoas possuem entre 50-54.

Dos participantes 20 são do sexo feminino. Com relação a escolaridade,

33 entrevistados com nível superior, 4 com graduação em andamento e 6 com

pós-graduação. Dentre os graduados, que especificaram o curso, 29 que

descreveram qual curso, Administração teve maior número com 8 pessoas.

Direito 3; Ciências Contábeis 2. Análise de sistemas 2, Nutrição 1; Química 1;

Estatística 1; Matemática 1; Arquitetura 1; Psicologia 1; Marketing 1.

Na primeira pergunta: Você se considera um negociador? Dentre os

participantes na faixa etária de 20-29 anos, 25% sempre se consideraram um

negociador; 59% se consideram freqüentemente um negociador; 8% às vezes;

e 8% nunca se consideram um negociador. Dentre os participantes na faixa

etária de 30-39 anos: 37% sempre se consideraram um negociador; 42%

freqüentemente se consideram um negociador; e 21% às vezes se consideram

um negociador. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos: 10%

sempre se consideraram um negociador; 70% freqüentemente se consideram

um negociador; e 20% às vezes se consideram um negociador. Dentre os

participantes na faixa etária de 50-59 anos: 50% freqüentemente se

consideram um negociador; e 50% às vezes se consideram um negociador.

Na segunda pergunta: Em que momento você se vê numa negociação?

Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 34% sempre se vêem

numa negociação; 50% freqüentemente se vêem numa negociação; 8% às

vezes; e 8% raramente se vêem numa negociação. Dentre os participantes na

faixa etária de 30-39 anos: 21% sempre se vêem numa negociação; 68%

freqüentemente se vêem numa negociação; e 11% às vezes se vêem numa

negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos: 10% sempre

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

32

se vêem numa negociação; 70% freqüentemente se vêem numa negociação; e

20% às vezes se vêem numa negociação. Dentre os participantes na faixa

etária de 50-59 anos: 50% sempre se vêem numa negociação; e 50%

freqüentemente se vêem numa negociação.

Na terceira pergunta: Numa negociação haverá um ganhador e um

perdedor? Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 17%

consideram que numa negociação sempre haverá um ganhador e um

perdedor; 41% às vezes; 25% raramente; e 17% acreditam que numa

negociação nunca haverá um ganhador e um perdedor. Dentre os participantes

na faixa etária de 30-39 anos, 11% consideram que numa negociação sempre

haverá um ganhador e um perdedor; 11% freqüentemente; 37% às vezes; 32%

raramente; e 5% selecionaram que numa negociação nunca haverá um

ganhador e um perdedor. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos,

10% consideram que numa negociação freqüentemente haverá um ganhador e

um perdedor; 50% às vezes; 30% raramente; e 10% selecionaram que numa

negociação nunca haverá um ganhador e um perdedor. Dentre os participantes

na faixa etária de 50-59 anos, 50% consideram que numa negociação às vezes

haverá um ganhador e um perdedor; e 50% selecionaram que numa

negociação raramente haverá um ganhador e um perdedor.

Na quarta pergunta: “Toda negociação acaba em um acordo?” Dentre os

participantes na faixa etária de 20-29 anos, 17% consideram que sempre toda

negociação acaba em um acordo; 34% freqüentemente; e 50% às vezes

consideram que toda negociação acaba em um acordo. Dentre os participantes

na faixa etária de 30-39 anos, 26% consideram que sempre toda negociação

acaba em um acordo; 32% freqüentemente; e 42% às vezes consideram que

toda negociação acaba em um acordo. Dentre os participantes na faixa etária

de 40-49 anos, 20% consideram que sempre toda negociação acaba em um

acordo; 30% freqüentemente; e 50% às vezes consideram que toda

negociação acaba em um acordo. Dentre os participantes na faixa etária de 50-

59 anos, 50% consideram que freqüentemente toda negociação acaba em um

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

33

acordo; e 50% às vezes consideram que toda negociação acaba em um

acordo.

Na quinta pergunta: Em uma negociação um tenta influenciar o outro?

Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 41% consideram que

sempre numa negociação um tenta influenciar o outro; 34% freqüentemente; e

25% às vezes consideram que numa negociação um tenta influenciar o outro.

Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos, 53% consideram que

sempre numa negociação um tenta influenciar o outro; 21% freqüentemente; e

26% às vezes consideram que numa negociação um tenta influenciar o outro.

Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos, 20% consideram que

sempre numa negociação um tenta influenciar o outro; 60% freqüentemente;

10% às vezes; e 10% consideram que numa negociação nunca um tenta

influenciar o outro. Dentre os participantes na faixa etária de 50-59 anos, 100%

consideram que sempre numa negociação um tenta influenciar o outro.

Na sexta pergunta: As negociações ocorrem de forma inesperada?

Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 8% consideram que

freqüentemente as negociações ocorrem de forma inesperada; 59% às vezes;

e 34% consideram que raramente as negociações ocorrem de forma

inesperada. Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos, 5%

consideram que freqüentemente as negociações ocorrem de forma inesperada;

74% às vezes; e 21% consideram que raramente as negociações ocorrem de

forma inesperada. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos, 70%

consideram que às vezes as negociações ocorrem de forma inesperada; 20%

raramente; e 10% consideram que nunca as negociações ocorrem de forma

inesperada. Dentre os participantes na faixa etária de 50-59 anos, 100%

consideram que às vezes as negociações ocorrem de forma inesperada.

Na sétima pergunta: Você se prepara para as negociações? Dentre os

participantes na faixa etária de 20-29 anos, 8% marcaram que sempre se

preparam para as negociações; 59% freqüentemente; 25% às vezes; e 8%

consideram que raramente se preparam para as negociações. Dentre os

participantes na faixa etária de 30-39 anos, 32% marcaram que sempre se

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

34

preparam para as negociações; 37% freqüentemente; 26% às vezes; e 5%

consideram que raramente se preparam para as negociações. Dentre os

participantes na faixa etária de 40-49 anos, 30% marcaram que sempre se

preparam para as negociações; 60% freqüentemente e 10% consideram que

raramente se preparam para as negociações. Dentre os participantes na faixa

etária de 50-59 anos, 50% marcaram que sempre se preparam para as

negociações; e 50% consideram que freqüentemente se preparam para as

negociações.

Na oitava pergunta: Você é insistente no momento da negociação?

Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 41% marcaram que

sempre são insistentes no momento da negociação; 17% freqüentemente; 25%

às vezes; 8% raramente; e 8% nunca são insistentes no momento da

negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos, 21%

marcaram que sempre são insistentes no momento da negociação; 53%

freqüentemente; e 26% às vezes são insistentes no momento da negociação.

Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos, 50% marcaram que

freqüentemente são insistentes no momento da negociação; 40% às vezes; e

10% raramente são insistentes no momento da negociação. Dentre os

participantes na faixa etária de 50-59 anos, 50% marcaram que

freqüentemente são insistentes no momento da negociação; e 50% às vezes

são insistentes no momento da negociação.

Na nona pergunta: Você negocia na hora certa? Dentre os participantes

na faixa etária de 20-29 anos, 17% marcaram que sempre negociam na hora

certa; 67% freqüentemente; 8% às vezes; e 8% consideram que raramente

negociam na hora certa. Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos,

53% marcaram que freqüentemente negociam na hora certa; e 47%

consideram que às vezes negociam na hora certa. Dentre os participantes na

faixa etária de 40-49 anos, 10% marcaram que sempre negociam na hora

certa; 40% freqüentemente; e 50% consideram que às vezes negociam na hora

certa. Dentre os participantes na faixa etária de 50-59 anos, 50% marcaram

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

35

que sempre negociam na hora certa; e 50% consideram que às vezes

negociam na hora certa.

Na décima pergunta: Você usa a empatia numa negociação? Dentre os

participantes na faixa etária de 20-29 anos, 50% marcaram que sempre usam a

empatia numa negociação; 25% freqüentemente; e 25% consideram que às

vezes usam a empatia numa negociação. Dentre os participantes na faixa

etária de 30-39 anos, 53% marcaram que sempre usam a empatia numa

negociação; 37% freqüentemente; e 11% consideram que às vezes usam a

empatia numa negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49

anos, 20% marcaram que sempre usam a empatia numa negociação; 70%

freqüentemente; e 10% consideram que às vezes usam a empatia numa

negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 50-59 anos, 50%

marcaram que sempre usam a empatia numa negociação; e 50% consideram

que freqüentemente.

Na décima primeira pergunta: Você usa o seu poder de barganha numa

negociação? Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 67%

marcaram que sempre o seu poder de barganha numa negociação; 25%

freqüentemente; e 8% consideram que às vezes usam o seu poder de

barganha numa negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 30-39

anos, 26% marcaram que sempre o seu poder de barganha numa negociação;

58% freqüentemente; e 16% consideram que às vezes usam o seu poder de

barganha numa negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49

anos, 10% marcaram que sempre o seu poder de barganha numa negociação;

80% freqüentemente; e 10% consideram que às vezes usam o seu poder de

barganha numa negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 50-59

anos, 50% marcaram que sempre o seu poder de barganha numa negociação;

50% consideram que freqüentemente usam o seu poder de barganha numa

negociação.

Na décima primeira pergunta: Você usa o seu poder de barganha numa

negociação? Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 67%

marcaram que sempre o seu poder de barganha numa negociação; 25%

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

36

freqüentemente; e 8% consideram que às vezes usam o seu poder de

barganha numa negociação.

Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos, 26% marcaram que

sempre o seu poder de barganha numa negociação; 58% freqüentemente; e

16% consideram que às vezes usam o seu poder de barganha numa

negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos, 10%

marcaram que sempre o seu poder de barganha numa negociação; 80%

freqüentemente; e 10% consideram que às vezes usam o seu poder de

barganha numa negociação. Dentre os participantes na faixa etária de 50-59

anos, 50% marcaram que sempre o seu poder de barganha numa negociação;

50% consideram que freqüentemente usam o seu poder de barganha numa

negociação.

Na décima segunda pergunta: Você sempre começa uma negociação?

Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 8% marcaram que

sempre começam uma negociação; 41% freqüentemente; 34% às vezes ; e

17% raramente começam uma negociação. Dentre os participantes na faixa

etária de 30-39 anos, 11% marcaram que sempre começam uma negociação;

37% freqüentemente; e 53% às vezes começam uma negociação. Dentre os

participantes na faixa etária de 40-49 anos, 20% freqüentemente começam

uma negociação; 70% às vezes ; e 10% raramente começam uma negociação.

Dentre os participantes na faixa etária de 50-59 anos, 50% freqüentemente

começam uma negociação; e 50% às vezes começam uma negociação.

Na décima terceira pergunta: Você negocia em seu ambiente de

trabalho? Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 41% marcaram

que sempre negociam em seu ambiente de trabalho; 25% freqüentemente;

17% às vezes ; e 17% raramente negociam em seu ambiente de trabalho.

Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos, 58% marcaram que

sempre negociam em seu ambiente de trabalho; 26% freqüentemente; e 16%

às vezes negociam em seu ambiente de trabalho. Dentre os participantes na

faixa etária de 40-49 anos, 20% marcaram que sempre negociam em seu

ambiente de trabalho; 50% freqüentemente; 20% às vezes ; e 10% raramente

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

37

negociam em seu ambiente de trabalho. Dentre os participantes na faixa etária

de 50-59 anos, 100% marcaram que freqüentemente negociam em seu

ambiente de trabalho.

Na décima quarta pergunta: Você negocia com seus superiores? Dentre

os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 34% marcaram que sempre

negociam com seus superiores; 34% freqüentemente; 25% às vezes ; e 8%

raramente negociam com seus superiores. Dentre os participantes na faixa

etária de 30-39 anos, 16% marcaram que sempre negociam com seus

superiores; 42% freqüentemente; e 42% às vezes negociam com seus

superiores. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos, 10%

marcaram que sempre negociam com seus superiores; 70% freqüentemente; e

20% às vezes negociam com seus superiores. Dentre os participantes na faixa

etária de 50-59 anos, 50% marcaram que freqüentemente negociam com seus

superiores; e 50% às vezes negociam com seus superiores.

Na décima quinta pergunta: Você negocia com seus colegas de

trabalho? Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos, 25% marcaram

que sempre negociam com seus colegas de trabalho; 41% freqüentemente;

17% às vezes ; 8% raramente; e 8% nunca negociam com seus superiores.

Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos, 16% marcaram que

sempre negociam com seus colegas de trabalho; 26% freqüentemente; 47% às

vezes; e 11% raramente negociam com seus superiores. Dentre os

participantes na faixa etária de 40-49 anos, 10% marcaram que sempre

negociam com seus colegas de trabalho; 40% freqüentemente; e 50% às vezes

negociam com seus superiores. Dentre os participantes na faixa etária de 50-

59 anos, 100% marcaram que freqüentemente negociam com seus colegas de

trabalho.

Na décima sexta pergunta: Você negocia com os clientes? Dentre os

participantes na faixa etária de 20-29 anos, 17% marcaram que sempre

negociam com os clientes; 67% freqüentemente; e 17% às vezes negociam

com os clientes. Dentre os participantes na faixa etária de 30-39 anos, 53%

marcaram que sempre negociam com os clientes; e 47% freqüentemente

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

38

negociam com os clientes. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49

anos, 30% marcaram que sempre negociam com os clientes; e 70%

freqüentemente negociam com os clientes. Dentre os participantes na faixa

etária de 50-59 anos, 50% marcaram que sempre negociam com os clientes; e

50% freqüentemente negociam com os clientes.

Na décima sétima pergunta: A pressão das metas aumenta seu

interesse de negociar? Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos,

41% marcaram que sempre a pressão das metas aumenta o interesse de

negociar; 34% freqüentemente; e 25% consideraram que às vezes a pressão

das metas aumenta o interesse de negociar. Dentre os participantes na faixa

etária de 30-39 anos, 26% marcaram que sempre a pressão das metas

aumenta o interesse de negociar; 32% freqüentemente; 26% às vezes; e 26%

consideraram que raramente a pressão das metas aumenta o interesse de

negociar. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49 anos, 40% marcaram

que sempre a pressão das metas aumenta o interesse de negociar; 30%

freqüentemente; 20% às vezes; e 10% consideraram que raramente a pressão

das metas aumenta o interesse de negociar. Dentre os participantes na faixa

etária de 50-59 anos, 50% marcaram que freqüentemente a pressão das metas

aumenta o interesse de negociar; e 50% consideraram que às vezes a pressão

das metas aumenta o interesse de negociar.

Na décima oitava pergunta: Ao ser incomodado você se sente mais

disposto a negociar? Dentre os participantes na faixa etária de 20-29 anos,

41% marcaram que sempre ao ser incomodado se sente mais disposto a

negociar; 17% freqüentemente; 17% às vezes; e 25% consideraram que

raramente ao ser incomodado se sente mais disposto a negociar. Dentre os

participantes na faixa etária de 30-39 anos, 42% marcaram que

freqüentemente ao ser incomodado se sente mais disposto a negociar; 26% às

vezes; 16% raramente; e 16% consideraram que nunca ao ser incomodado se

sente mais disposto a negociar. Dentre os participantes na faixa etária de 40-49

anos, 30% marcaram que freqüentemente ao ser incomodado se sente mais

disposto a negociar; 50% às vezes; e 20% consideraram que nunca ao ser

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

39

incomodado se sente mais disposto a negociar. Dentre os participantes na

faixa etária de 50-59 anos, 50% marcaram que às vezes ao ser incomodado se

sente mais disposto a negociar; e 50% consideraram que raramente ao ser

incomodado se sente mais disposto a negociar.

2.2 – Observações sobre os resultados

Os resultados da pesquisa permitem observações de alguns dados:

Primeiro, essa pesquisa é uma amostra, na medida do possível,

aleatória, com um número baixo de participantes com relação ao número

efetivo de bancários, com isso, ela não pode ser considerada um calculo

preciso sobre as perguntas levantadas. Mas é possível se levantar comentários

sobre os resultados.

A grande maioria dos 43 participantes (72,09%) possui idade até 39, o

que demonstra um quadro jovem no setor de agências, porém, os mais novos

têm 24 anos. Apenas dois participantes têm mais de 50 anos. A moda é de 30

anos com sete participantes.

De um modo geral, não houve uma discrepância quanto as opções

marcadas e a faixas etárias. As respostas foram muito semelhantes. Mas

ocorreram alguns casos passíveis de observação.

Com relação a primeira pergunta, a grande maioria marcou que se

considera um negociador. Mais de 81% dos entrevistados marcaram

freqüentemente ou sempre para esta pergunta.

Na segunda pergunta tem uma concentração de participantes que se

vêem numa negociação. Mais de 86% dos entrevistados marcaram

freqüentemente ou sempre para esta pergunta.

Na terceira pergunta já houve uma divisão nas respostas em todas as

faixas etárias. Tanto que 9% dos participantes escolheram nunca e outros 9%

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

40

escolheram sempre. O predomínio das opções foi "às vezes" com 41% das

escolhas.

Com relação a décima pergunta a grande maioria considera que usa a

empatia no momento da negociação. Apenas 14% não escolheram

freqüentemente ou sempre para esta pergunta.

Na pergunta número 11, a grande maioria usa o poder de barganhana

hora da negociação. Apenas 11% não escolheram freqüentemente ou sempre

para esta pergunta.

Com relação a 16ª pergunta a grande maioria negocia com os clientes.

Apenas 4% não escolheram freqüentemente ou sempre para esta pergunta.

Com relação a última pergunta já houve uma divisão nas respostas em

todas as faixas etárias. Tanto que 11% ds participantes escolheram nunca e

outros 11% escolheram sempre. As opções que predominaram foram "às

vezes" e “freqüentemente” com 30%. Nota-se também que 41% dos

participantes com na faixa 20-29 marcaram que sempre ao ser incomodado se

sente mais disposto a negociar. Enquanto nas outras faixas etárias ninguém

marcou que sempre ao ser incomodado se sente mais disposto a negociar.

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

41

CONCLUSÃO

Ao desenvolver minha pesquisa para a monografia em Gestão em

instituições financeiras, busquei é claro obter um grau acadêmico, mas

também, realizar não só uma pesquisa bibliográfica com também uma pesquisa

de campo.

A pretensão desse trabalho foi de estudar os conceitos e as técnicas de

negociação para aplicá-las a uma pesquisa prática de uma amostra de

Considero que o tema desse trabalho é de grande relevância, não só por

fazer parte da vida cotidiana dos bancários como a negociação está presente

na vida de todos. Como dito, um detalhe no momento da negociação pode

mudar um acordo de milhões de reais ou de um equilíbrio familiar.

A realização da pesquisa de campo me abriu uma visão impar. Primeira

vez a ver um resultado de uma pesquisa prática própria,ao final se depara com

surpresas. Resultados considerados praticamente certos e que não

aconteceram: como diferenças consideráveis de opiniões com relação a

diferentes faixas etárias não foram vistas. Por outro lado, resultados não

planejados foram obtidos, como dentre os 43 participantes que especificaram a

formação haviam onze cursos distintos. Dentre os bancários que praticam

diariamente trabalhos administrativos financeiros, sendo gerente ou

escriturário, temos psicólogos, nutricionista, químico, entre outros.

O problema apresentado foi: “Como os funcionários podem buscar a

negociação sem ser vista como uma reação a uma pressão recebida?” Ao final

do trabalho vejo que realmente as pessoas consideram que a pressão aumenta

o interesse em negociar. Porém, a grande maioria dos participantes se

considera um negociador e se vê constantemente numa negociação

independente da pressão recebida. O invalida parcialmente a minha hipótese,

de que os bancários só buscam a negociação quando se vêem pressionados.

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

42

O propósito central apresentado foi de avaliar a importância da

negociação nos diversos momentos em um dia de trabalho num banco. Esse

objetivo a meu ver foi realizado de uma maneira satisfatória, pois as dezoito

perguntas apresentadas no questionário foram direcionadas a um dia de

negociações bancárias as diversas funções existentes numa agência. E apesar

de as questões terem sido respondidas por diversos profissionais, a pesquisa

foi limitada só ao setor bancário comercial.

Com relação aos objetivos específicos cuja propensão era de identificar

os fatores que levam a provocar uma negociação nos funcionários, o resultado

da pesquisa não foi suficiente para realmente poder identificar esses fatores.

Foi possível sim, direcionar a tendência de visões uma amostra de bancários.

Por fim, espero que a monografia apresentada possa acrescentar dados

úteis para o esclarecimento de informações sobre uma negociação numa

agência bancária. Também espero, que uma pesquisa como esta, possa

incentivar estudantes e pesquisadores a ampliarem assuntos relacionados a

esse tema.

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

43

ANEXO 1

QUESTIONÁRIO

NOME: FORMAÇÃO: SEXO: IDADE:

EMPRESA: CARGO: Nunca Raramente Ás

vezes Freqüentemente Sempre

Você se considera um negociador?

Em que momento você se vê numa negociação?

Numa negociação haverá um ganhador e um perdedor?

Toda negociação acaba em um acordo?

Em uma negociação um tenta influenciar o outro?

As negociações ocorrem de forma inesperada?

Você se prepara para as negociações?

Você é insistente no momento da negociação?

Você negocia na hora certa?

Você usa a empatia numa negociação?

Você usa o seu poder de barganha numa negociação?

Você sempre começa uma negociação?

Você negocia em seu ambiente de trabalho?

Você negocia com seus superiores?

Você negocia com seus colegas de trabalho?

Você negocia com os clientes?

A pressão das metas aumenta seu interesse de negociar?

Ao ser incomodado você se sente mais disposto a negociar?

Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

44

BIBLIOGRAFIA

ALBRECHT, Karl; ALBRECHT, Steve. Agregando valor à Negociação.

Processos de negociações inovadores, equilibrados e bem-sucedidos.

São Paulo: Makron, 1995.

BERLEW, David; MOORE, Alex; HARRISON, Roger. The Positive

Negotiation Program. MA, USA: Situation Management System, 1984.

CARVALHAL, Eugenio do. Negociação. Fortalecendo o processo. Como

construir relações de longo prazo. Rio de Janeiro: Vision, 2001.

DRUMMOND, Helga. O jogo do poder. Como conseguir e Utilizar

Positivamente a Força do Poder. São Paulo: Kogan Page, 1993

DUZERT, Yann. Manual de Negociação Complexas. Rio de Janeiro: FGV,

2007.

HENDON, Donald; HENDON, Rebecca; HERBIG, Paul. Cross Cultural

Business Negociations. Welport, Connecticut, USA: Praeger, 1996.

JUNQUEIRA, Luiz AUGUSTO Costacurta. Negociação, Tecnologia e

Comportamento. Rio de Janeiro: COP Editora, 1995.

LOPES, Sonia; STOECKICHT, Ingrid. Negociação. Rio de Janeiro: FGV, 2009.

MARCONDES, Odino. Como chegar a excelência em negociação.

Administrando os conflitos de forma efetiva para que todos ganhem. Rio

de Janeiro: Qualitymark, 1993.

MARTINLLI, Dante P. ALMEIDA, Ana Paula de. Negociação e Solução de

Conflitos. Do impasse ao ganha-ganha através do melhor estilo. São

Paulo: Atlas, 1998.

MATOS, Francisco Gomes de Matos. Negociação Gerencial. Aprendendo a

Negociar. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1985.

NARDIS, Shidoshi Graziano. A arte da guerra para empresas e negócios.

Configurações Estratégicas. São Paulo: Saraiva, 2005.

Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

45

OHMAE, Kenichi. O estrategista em ação. A arte japonesa de negociar. São

Paulo: Pioneira, 1988.

SHELL, Richard G. Negociar é preciso. Estratégias de negociação para

pessoas de bom senso. São Paulo: Elsevier, 2001.

SITNISKI, Mario. De la negociación. Buenos Aires: Argonauta, 1985.

SPARKS, Donald B. A Dinâmica da Negociação Efetiva. Como ser bem-

sucedido através de uma abordagem. Ganha-Ganha. São Paulo: Nobel,

1992.

STEELE, Paul. MURPHY, John.RUSSIL, Richard. Negócio Fechado! A arte

da negociação. Como preparar, abordar, discutir, conduzir e concluir

negociações importantes. São Paulo: Makron, 1991.

WANDERLEY, Jose Augusto. Negociação Total. Encontrando Soluções,

vencendo resistências, obtendo resultados. Rio de Janeiro: Gente, 1998.

WATKINS, Michael. Org. Negociação. Seu mentor e guia para

gerenciamento. Harvard Business Essentials. 3º ed., Rio de Janeiro: Record,

2006.

Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta” (Fisher & Ury, 1985, p.30)

46

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Técnicas teóricas da negociação 09

1.1 - Antes de iniciar uma negociação 10

1.2 - Identificando uma negociação 10

1.3 - O Processo da negociação 13

1.3.1 - Variáveis da negociação 14

1.3.2 - Enfoques da negociação 17

1.3.3 - Etapas do Processo de Negociação 18

1.4– Tipos de negociação 24

1.5 – Os quatro movimentos na negociação 27

CAPÍTULO II

Pesquisa de campo 30

2.1 – O resultado do questionário 30

2.2 – Observações sobre os resultados 39

CONCLUSÃO 41

ANEXOS 43

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46