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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU
AVM - FACULDADE INTEGRADA
LOGÍSTICA APLICADA AO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO COMO VANTAGEM COMPETITIVA AO COMÉRCIO
EXTERIOR BRASILEIRO
Por: Luiz Philippe de Almeida London
Orientador
Prof. Jorge Tadeu
RIO DE JANEIRO 2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU
AVM - FACULDADE INTEGRADA
LOGÍSTICA APLICADA AO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO COMO VANTAGEM COMPETITIVA AO COMÉRCIO
EXTERIOR BRASILEIRO
Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Logística Empresarial
Por: Luiz Philippe de Almeida London
RIO DE JANEIRO 2011
Agradeço a meu professor orientador Jorge Tadeu que teve paciência para me ajudar á concluir este trabalho.
Agradeço também aos meus professores que durante muito tempo me ensinaram e que me mostraram o quanto estudar é bom.
Agradeço principalmente a minha mãe Lindaura (in memoriam), que sempre esteve do meu lado e nunca me deixou.
.
METODOLOGIA
Este trabalho foi baseado em pesquisa bibliográfica como livros,
manuais, monografias, teses, artigos e variados sites com materiais vinculados
na internet, para a construção do texto apresentado nesta monografia de cunho
teórico-exploratório.
RESUMO
Este trabalho monográfico foi desenvolvido com o intuito de agregar informações sobre o modal aquaviário, seu desenvolvimento, suas submodalidades e entraves existentes e a apreciação destes pelo governo federal, pela ANTAQ e traçar um cenário para visualizar possíveis sugestões de melhorias para este setor e sua participação no multimodal. ,
LISTA DE FOTOS
Foto 1: Graneleiro p. 20
Foto 2: Petroleiro p. 20
Foto 3: Navio Roll on/rool-off p. 21
Foto 4: Navio Lash: p. 22
Foto 5: Palets p. 28
Foto 6: Marino-Slings p. 29
Foto 7: Big-Bag do tipo quadrado sendo transportado por empilhadeira p.30
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Aspectos Ambientais Relevantes p. 24
Gráfico 2: Situação da Malha rodoviária Brasileira p. 34
Gráfico 3: Uso de Modais pelo mundo p. 37
.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................8
CAPITULO I
EVOLUÇÃO HISTORICA DO MODAL AQUAVIÁRIO NO
BRASIL..............................................................................................................10
CAPITULO II
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO E SUAS INTERAÇÕES...................................19
CAPÍTULO III
COMERCIO EXTERIOR BRASILEIRO.............................................................31
CONCLUSÃO....................................................................................................38
BIBLIOGRAFIAS..............................................................................................
ÍNDICE.............................................................................................................
8
INTRODUÇÃO
Qualquer cidadão ao abrir o jornal e ler as notícias sobre o comércio
exterior brasileiro perceberá os altos e baixos contidos a cada informação
diária.
Isto se deve principalmente a falta de planejamento e engajamento
do governo e particulares em criar uma política séria quanto ao crescimento
das necessidades, principalmente, da modalidade aquaviária, no planejamento
estratégico das empresas em explorar esse modal.
O litoral brasileiro ainda não se encontra totalmente explorado para
fins comerciais e muitas vezes são subaproveitadas ao não considerar
aspectos logísticos regionais, resultando em resultados pouco satisfatórios e
impactantes. Erro comum ao colocar recursos demais onde se tem baixo
volume no que tange as relações do comercio exterior e suas necessidades.
A apreciação da ISO tornou possível a normatização de pallets e
containers, o que diminuiu questões relacionadas à diversidade de invólucros,
mas criou problema ao gerir a mudança por parte dos países exportadores, ao
ter que integrar-se a uma mudança de grande dimensão. A modernização dos
portos também foi levada em conta, o que criou oportunidades de crescimento
para muitas cidades litorâneas, mas também esvaziamento entre portos, por
não haver estudo de impacto. Além disso, as características do transporte
aquaviário devem ser pensadas em interior e além mar, o que aprecia estudos
em separado, mas visando a integração destes e com os outros modais que
servem de apoio.
Um país que tenha em sua política econômica - e não em sua
política de “jogos de interesse” – planejamento de ordem técnica e apreciação
das necessidades dos estados que vão operar e de seus empresários, tem
9
chance acrescida de alcançar o sucesso em seus negócios e alcançar
vantagem e diferencial competitivos em relação a outros portos na escoação e
recebimento de produtos e disputar com paridade contra os portos
internacionais, principalmente no âmbito Mercosul. A diferença, entre os portos
nacionais, dentro de uma competição sadia fica restrita basicamente a gestão e
objetivos traçados, sejam estes de ordem imediata ou futura.
Os capítulos desenvolvidos neste trabalho constam de quatro partes
distintas. Capítulo I trabalha o transporte aquaviário e sua evolução histórica no
Brasil e explanação de suas categorias hidroviária e marítima. O Capítulo II
trata sobre os modais de logística de transporte, em especial o aquaviário,
intermodalidade, comparação de gastos e manutenção. O Capítulo III aborda o
Comércio Exterior Brasileiro, suas expectativas quanto à modernização dos
Portos, volume de negócios e capacidade de tonelagem dos navios e a gestão
da ANTAQ como autarquia e promotora das políticas necessárias a continua
melhoria dos serviços prestados pelo modal marítimo e suas relações com o
Governo e empresários na analise dos propósitos e necessidades destes
últimos.
10
CAPITULO I
EVOLUÇÃO HISTORICA DO MODAL
AQUAVIÁRIO NO BRASIL
Necessário se faz explicar primeiramente a etimologia da palavra
logística e sua origem. O termo logística vem do grego logos (λόγος),
significando discurso, razão, rácio, racionalidade, linguagem, frase, mais
especificamente da palavra grega logistiki (λογιστική), significando
contabilidade e organização financeira. A palavra logística tem a sua origem no
verbo francês loger - alojar ou acolher. Foi inicialmente usado para descrever a
ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares no
terreno. Posteriormente foi usado para descrever a gestão do fluxo de materiais
numa organização, desde a matéria-prima até aos produtos acabados.
Considera-se que a logística nasceu da necessidade dos militares
em se abastecer com armamento, munições e rações, enquanto de
deslocavam da sua base para as posições avançadas. Na Grécia antiga,
império Romano e império Bizantino, os oficiais militares com o título Logistikas
eram responsáveis pelos assuntos financeiros e de distribuição de
suprimentos.
O Oxford English Dictionary define logística como: "the activity of
organizing the movement, equipment, and accommodation of troops. the
commercial activity of transporting goods to customers”. Em sua tradução a
atividade de organizar o movimento, equipamentos e alojamento de tropas. A
atividade comercial de transporte de mercadorias aos clientes. (OXFORD,
2011).
Outra definição para logística é: "O tempo relativo ao
posicionamento de recursos". Como tal, a logística geralmente se estende ao
ramo da engenharia, gerando sistemas humanos ao invés de máquinas.
11
Pela definição do Council of Supply Chain Management
Professionals,
"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes" (CARVALHO, 2002, p.31).
Historicamente no ano de 1888, a primeira tentativa de generalizar o
estudo da logística partiu da iniciativa de um oficial, o Tenente Rogers que
introduziu a Logística, como matéria na grade de estudos da Escola de Guerra
Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para
que estes conceitos se desenvolvessem na literatura militar. A realidade é que,
até a 1ª Guerra Mundial, raramente aparecia a palavra Logística, empregando-
se normalmente termos tais como Administração, Organização e Economia de
Guerra.
A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve
sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe,
do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América que, no ano de
1917. Thorpe publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação para a
guerra". Segundo Thorpe, a estratégia e a tática proporcionavam o esquema
da condução das operações militares, enquanto a logística proporciona os
meios. Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da
estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra (PAIVA JUNIOR, 2010, p. 45).
A Ascensão da logística como estudo de suma importância
estratégica só foi considerada com a intervenção do Almirante Henry Eccles
em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca
da Escola de Guerra Naval, comentando que, se os EUA seguissem seus
ensinamentos teriam economizado milhões de dólares na condução da 2ª
12
Guerra Mundial (BRASIL, 2003). Eccles, Chefe da Divisão de Logística do
Almirante Chester Nimitz, na Campanha do Pacífico, foi um dos primeiros
estudiosos da Logística Militar, sendo considerado como o "pai da logística
moderna" Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada
apenas às atividades militares. Segundo Paiva Júnior, após este período, com
o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela
guerra, a logística passou também a ser adotada pelas organizações e
empresas civis. (BRASIL apud PAIVA JUNIOR, 2010. p. 45).
1.1 O DESENVOLVIMENTO DA MARINHA MERCANTE NO BRASIL
O Brasil desde seu descobrimento até a chegada da família Real
Portuguesa tinha como lei apenas o comercio bilateral entre Brasil e Portugal.
Com as guerras napoleônicas na Europa e a tomada de Portugal, a família real
recorreu a Inglaterra para auxiliar em sua fuga, mas a um preço. (FERREIRA
NETO, 2010, p. 6).
D. João VI, logo ao chegar à Colônia, pressionado pela Inglaterra,
aos 08 dias de janeiro de 1808 assinou documento conhecido como carta
Régia do Príncipe ao Governador da Bahia, Conde da Ponte, abrindo os portos
brasileiros as Nações amigas. (FERREIRA NETO, 2010, p. 7).
Nesse momento em diante, nada seria mais o mesmo para o Brasil,
que mais tarde ao ser elevado a Vice-Reino não seria mais submetido as
pesadas humilhações comerciais impostas por Portugal, mas ainda estaria sob
o jugo inglês. o que importa nesse ato é o primeiro estagio em busca de
crescimento e intensificação do comercio marítimo brasileiro e investimentos
nesse setor.
Segundo Ferreira Neto,
13
O desenvolvimento dos portos, o aperfeiçoamento dos navios e a formação do trabalho marítimo expandiram-se grandemente desde o início da era moderna. As rotas marítimas comerciais passam, a partir do século XVI, a constituírem artérias importantes, unificando partes distantes do globo, diferentes mercados e modos de produção, congregando economias locais, regionais, nacionais e internacionais. (2010, p. 5)
Somente nos primeiros anos do século XIX, tardiamente, serão
rompidas as travas monopolistas do Antigo Sistema Colonial, sendo permitida a
livre circulação e troca de mercadorias promovidas por navios de todas as
bandeiras e nações do mundo. A Inglaterra intensificou sua conexão com o
Atlântico Sul e com o Brasil a partir da Abertura dos Portos e da assinatura dos
tratados comerciais.
O Brasil teve como legado de Portugal um bom aparelhamento
marítimo, que soube utilizar com inteligência, por outro, teve que arcar com os
compromissos assumidos pelo governo português durante o período colonial,
compromissos estes, que constituíram pesados sacrifícios. (FERREIRA NETO,
2010, p. 7).
O Tratado de Comercio e Navegação de 19 de fevereiro de 1810,
(...) proclamava reciprocidade no comércio e na navegação entre a Inglaterra e Portugal e suas respectivas colônias, tais as condições industriais, comerciais, financeiras e marítimas. O tratado estipulava que os navios não pagariam maiores direitos dentro os conhecidos pelos nomes de taxas de portos de ancoragem ou de tonelagem em portos, baías, enseadas e ancoradouros pertencentes a qualquer delas.
Segundo Ferreira Neto (2010) em 1827 o Brasil teve que assinar
outro tratado em substituição ao de 1810, mas no qual foram mantidas
desvantajosas e onerosas estipulações nos artigos do tratado português, tendo
apenas modificações pífias em relação à anterior. Com isso, países europeus,
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e principalmente a Inglaterra, mantiveram seus interesses praticamente
intactos, explorando o comercio em águas brasileiras a seu bel prazer tornando
o desenvolvimento marítimo e comercial brasileiros em crescimento lento.
No ano seguinte, em 29 de agosto de 1828, o governo estabeleceu
regras para navegação dos portos e rios tendo como foco principal as
navegações ao norte do país com objetivos de melhorar as comunicações, que
eram difíceis por terra e ao Sul até Rio Grande, levada principalmente “por
considerações de ordem militar, como a outra fora por necessidades de ordem
política, que primava, e, com razão, sobre a feição comercial da indústria”.
Observa Ferreira Neto que:
A princípio a navegação se fez sem nenhum auxílio e regulamentação público. O veículo era nacional, construído no país e por preço baixo, trafegando com pequena despesa. O volume das transações comerciais assegurava excelente rendimento à indústria do transporte. Neste período a navegação se auto-sustentava, havia navios próprios, feitos no Brasil a preço e custo baixo, porém a comunicação não atingira seu propósito de regularidade, obrigando ao governo intervir, dando autorização para navegação a vapor para o Norte, porém subvencionada exigindo uma regularidade no transporte marítimo. (2010, p. 7-8).
Em 22 de abril de 1836, devido a necessidades urgentes e imediatas
o governo concedeu a autorização há uma companhia de navegação a vapor
para o Norte, intervindo diretamente no assunto. Além disso, mesmo com
comercio favorável ao longo do percurso, houve auxílio governo em forma de
subvenção, para poder exigir regularidade de linhas de navegação fixadas na
forma mensal.
A primeira subvenção brasileira foi motivada pela necessidade de
manter e acelerar as comunicações postais entre as diversas zonas do país. A
facilidade e aceleração das comunicações só podiam ser feitas mudando o
15
gênero da navegação, isto é, introduzindo-se o navio a vapor, cuja utilidade
entrava no domínio das coisas práticas. (FERREIRA NETO, 2010, p. 8).
A sociedade comercial tinha dificuldades com as taxas e fretes o que
levou a estes pedir ao governo baixa nos valores de frete, maior volume de
transporte e maior freqüência, pois a mensal estipulada não estava atendendo
a demanda necessária. Os armadores estavam amargando aumento de
despesas e encargos devido a escalas por portos sem comércio, não lhes
indenizando de forma apropriada.
Como resposta o legislador imperial tomou a seguinte decisão,
Em vez de atender as reclamações dos armadores resolveu abrir os portos brasileiros, em sua navegação interna. Porém os transportes marítimos das grandes nações não se achavam perfeitamente aparelhados para vir nos fazer a concorrência que presentemente nos fariam e que terminaria pelo nosso completo aniquilamento. Durante este período a marinha mercante estacionou, não prevaleceu o desenvolvimento, efetivamente. As indústrias marítimas durante o regime da livre cabotagem estacionaram, devido a um erro estratégico do segundo império o qual não a fortaleceu, muito pelo contrário, abriu a livre cabotagem para concorrentes mais fortes. (...) Referindo-se à livre cabotagem, adaptada pela política comercial marítima do império, depois de uma feliz experiência durante mais de quarenta anos do regime oposto, Celso Vieira na Atualidade Naval, escreveu: ‘ livre cabotagem, por nosso mau, decretada em 1864, foi um dos maiores erros do segundo império e uma das maiores calamidades nacionais.’ (FERREIRA NETO, 2010, p. 9-10).
1.2 DA REPUBLICA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
O Presidente Prudente de Moraes encontrou em seu governo
situação propicia para avanço do comercio marítimo brasileiro. Dois momentos
merecem destaque. O Decreto n° 2.304, de 2 de junho de 1906 estabelecia o
primeiro regulamento da navegação nacional sob a égide brasileira.
16
Anteriormente em 1890, houve concessão a empresa Lloyde, que criou a
Lloyde brasileira por intermédio do Decreto n° 857, de 13 de outubro de 1890,
estabelecendo seus serviços, direitos e deveres. (FERREIRA NETO, 2010, p.
12).
O Lloyd Brasileiro, em 1911, retirou-se de sua linha americana
quatro dos seus melhores vapores para com eles organizarem uma linha
costeira que obedecesse às necessidades comerciais internas do Brasil e
atendesse a situação dos portos, já que em 1909 o comercio marítimo
americano sofria alguns reveses. O Lloyd Brasileiro não teve onde se amparar
e ruiu, mas legando ao governo um acervo precioso, superior ao valor total da
sua subvenção nos anos que se seguiram até sua derrocada.
Os navios de guerra brasileiros, na Primeira Grande Guerra, não
executaram escolta de comboio, mas inúmeros navios mercantes de bandeira
nacional, em viagem aos mares africanos e europeus foram incorporados às
formações internacionais. Por esse motivo, esteve a Armada Nacional
interessada no assunto em questão. (FERREIRA NETO, 2010, p. 12).
Segundo consta o Brasil contava, em julho de 1916,
(...) com uma frota mercante de 169 navios de alto-mar, totalizando 297.800 toneladas. Destes, 63 pertenciam ao Lloyd Brasileiro (a maior empresa), 23 à Companhia Comércio e Navegação, 20 à Companhia Nacional de Navegação Costeira, se do os restantes distribuídos por um grande número de companhias menores. Em 1917, apareceu o Lloyd Nacional, incorporando a S.A. Martinelli e outras empresas, dispondo de 12 navios, totalizando 26 mil toneladas. Ocupávamos a primeira posição entre as frotas mercantes da América do Sul com 403 embarcações (incluindo as fluviais, rebocadores, pontões etc.) num total de 321.490 toneladas, secundados pela Argentina com 233 embarcações, num total de 171.302 toneladas e pelo Chile, com 99 embarcações, num total de 107.737 toneladas (FERREIRA NETO, 2010, p. 13).
17
No início da segunda guerra mundial, a marinha mercante brasileira
era pequena, composta de navios heterogêneos e antigos. Foi atacada antes
mesmo da nossa declaração de guerra, entretanto, as linhas de navegação
necessárias à sobrevivência do Brasil foram mantidas durante todo o correr das
hostilidades.
O Governo do Reich havia, desde dezembro de 1941, determinado o
bloqueio do litoral norte-americano do Atlântico para todas as bandeiras
neutras, estabelecendo algumas exceções que, contudo, não incluíam os
países francamente solidários com os Estados Unidos e o Brasil. Da guerra
deflagrada, outros problemas atingiram a nossa marinha mercante e em 18 de
julho de 1942, vieram ao Rio representantes da War Shipping Administration,
dos Estados Unidos para tratar do arrendamento de navios brasileiros em um
total de 13 navios mercantes.
Muitos navios do Eixo achavam-se atracados em nossos portos,
devido ao bloqueio inglês. Em 10 de dezembro 1941, o Governo brasileiro
decidiu adquirir os navios italianos. A 16 de março de 1942, o Presidente da
República autorizou o Ministro da Fazenda a dar garantias para a compra dos
dinamarqueses.
A 24 de agosto, depois da Declaração do Estado de Beligerância,
foram todos os navios apreendidos. Usou-se oficialmente o termo apreendido
em lugar de arrestado, devido ao problema acarretado por este último nas
conversações levadas a efeito no final da Grande Guerra, em 1918. Mas de
pouco isso valeu, pois ao término da Segunda Guerra Mundial esse assunto foi
mal discutido entre as grandes potências sem a audiência do Brasil.
O comércio marítimo utilizou os remanescentes da guerra e essas
novas unidades até 1959, quando, com a criação dos grandes estaleiros, teve
início uma nova era para a Marinha Mercante, época que o País passou a ser
um dos grandes construtores navais do mundo.
18
Com este cenário, pode se entender o atual cenário marítimo
brasileiro e a sucessão de necessidades de tipos de navios gerados por
eventos como a crise do petróleo em 1973 e 1979, a criação da Petrobras, a
abertura de comercio com países como a China e Rússia. Todos esses
eventos levam a uma necessidade e a vantagem competitiva é daquele que
não só a atende de imediato, mas mantêm toda uma estrutura para antecipar
futuras demandas e propor novos equipamentos, navios e formas de integrar a
logística empresarial de forma a atender aqueles que a usam de forma
estratégica.
19
CAPITULO II
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO E SUAS INTERAÇÕES
O Transporte Aquaviário tem sua dependência à forma como as
mercadorias a serem escoadas de um determinado porto chegam até ele.
Comumente podem ser por via rodoviária, ferroviária e hidroviária (rios/costas).
Mesmo assim, essas formas de transporte são também concorrentes entre si,
de acordo com necessidades de cada empresa que trabalhe com Comercio
Exterior. Os custos inerentes com cada forma de transporte definem o melhor
caminho a prosseguir e nesta apresentação será exposto se o transporte
aquaviário é o que agrega melhor valor no somatório logístico no interesse das
transações feitas pelo Comércio Exterior.
Para efeito deste trabalho, o modal aeroviário não será apreciado
neste trabalho, porque estão sendo consideradas grandes cargas, onde
somente outros modais podem satisfazer esta necessidade e serem
trabalhadas de forma a tratar sobre o multimodal e este modal em particular
tem grande utilização nos EUA e Europa não sendo na realidade brasileira
considerada para esta monta.
Os modais apresentados serão baseados na realidade brasileira e
em suas expectativas para o comercio exterior, visto que este trabalho não
conseguiria, pela sua dimensão, abranger estudos sobre este assunto de forma
globalizada.
2.1 MODAL MARÍTIMO
Este modal envolve o transporte ofertado por navios em alto mar,
voltado principalmente para o comercio exterior. Para isso, utiliza-se dos portos
que tem o papel de ser o elo entre os modais terrestres (rodoviário e ferroviário
e marítimo). Além disso, serve também para amortecer o fluxo de cargas no
20
sistema viário local por meio de armazenagem e distribuição para os navios.
(NETO, 2010, p. 25).
As espécies de navegação amparadas pelo Brasil estão previstas no
decreto numero 87.648, art. 18, publicado em 27 de setembro de 1982 que
trata sobre a regulamentação do trafico marítimo e as principais categorias de
navegação, sendo destacada a de longo curso, que abrange o transporte entre
os portos brasileiros e os estrangeiros, nas linhas marítimas internacionais.
(NETO, 2010, p.27).
Os navios operados neste tipo de categoria são: Cargueiro
convencional (transporte de carga geral); Graneleiro (transporte de graneis
sólidos - Foto 1); Navio tanque (transporte de graneis líquidos – Foto 2); Porta
contêiner (transporte de contêineres); Roll-on/Roll-off (transporte de veículos –
Foto 3); Lash (projetada para portos congestionados. Em seu interior a
barcaças com capacidade aproximada de 400 T – Foto 4); Frigorifico
(especializado em carga refrigerada); e Sea-bea (navio mercante multitarefa
pois pode acomodar barcaças, ser um graneleiro ou porto contêiner) (NETO,
2010, p. 30 e 31).
Foto 1: Graneleiro
21
Fonte: (Extraído do BlogMercante, 2011) In: http://www.blogmercante.com/wp-
uploads/2011/03/BergeStahl.jpg)
Foto 2: Petroleiro
Fonte:(http://i1.r7.com/data/files/2C92/94A3/2635/777F/0126/46BD/EE2A/
1F5A/Petroleiro-grego-somalia-afp-20100119-HG.jpg)
Foto 3 Navio Roll-on/Roll-off
22
Fonte: (extraído do Jornal O pelicano, 2010) In: http://www.jornalpelicano.com.br/wp-
uploads/2010/02/roro_navio_g.jpg
Foto 4: Navio Lash (porta barcaças)
Fonte:(http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR7yO37C-
mamg3uFh6V_TEPEydZRdWCE4KNhF-_s8j5mXxe5hwZ&t=1)
O Brasil teve a maior produção de navios para sua frota entre as
décadas de 70 e 80. Os políticos fugazes e de pouco impactos, após esse
período, com o crescimento na competitividade na America do Sul, além de
outros estaleiros internacionais inviabilizaram ao Brasil maior participação de
sua própria frota, fazendo com que, segundo a ANTAQ (2007), avalia-se a frota
mercante brasileira correspondente a 0,85% da frota mundial, estimada em 30
mil navios. (NETO, 2010, p. 46-47).
23
A via marítima é a principal forma de transporte do comercio
internacional, não sendo superada por nenhum outro modal. O transporte de
cargas entre os anos 70 até 2002 passou de 2,5 bilhões de toneladas para 5,9
bilhões em 2002, sendo medida o maior crescimento entre os anos 90 e 2000
com uma taxa anual de 4%. A oferta de transporte marítimo, principalmente de
graneis, ainda é muito instável devido ao grande numero de operadoras de
navios com frotas muito pequenas, onde 70% destas não detinham ao menos 5
navios e outros 10% mais de 10 navios. (NETO, 2010, p.47).
Deve-se ter em conta a importância estratégica que este modal tem
paro o comercio exterior, pois o litoral brasileiro tem 450 km de extensão,
sendo que grande parcela da população encontra-se nessa faixa, sendo os
serviços de fretamento marítimo na ordem de 10 bilhões de dólares; e tanto o
petróleo quanto o gás tem 88% de sua produção extraída do mar. Observa o
autor que o Brasil tem mais de 7 mil km de costa navegável onde: “tem por
obrigação atender a movimentação de cargas no seu comercio interno, assim
como permitir a melhor competitividade possível no comercio externo”. (NETO,
2010, p.59).
Segundo Neto (2010), o Brasil deve estar atento não só a
manutenção de sua frota atual, mais investir no aumento e modernização das
mesmas sob bandeira brasileira, pois possibilita o maior controle dos interesses
do estado brasileiro, como exemplo as escalas de docagem de navios
estrangeiros em seus portos; redução com gastos em afretamentos de navios
estrangeiros; e manter a bandeira brasileira ‘como instrumento de política
externa no contexto comercial internacional’.
2.2 MODAL HIDROVIÁRIO
Segundo analise de José Alex Botelho de Oliva (2008),
superintendente de navegação interior da ANTAQ, o Brasil possui atualmente
24
13 mil km de vias navegáveis para transporte de cargas e passageiros, sendo
responsáveis por 7% dos transportes nos pais. Ele aponta que este modal é
eficiente, não exigindo muitos investimentos, com baixo impacto ambiental,
sendo assim economicamente viável. (OLIVA, 2008, p.1 e 2).
As hidrovias estão em maior concentração nos estados do Acre,
Amazonas, Roraima, Amapá, e São Paulo. As que propiciam ligações com
outros países encontram-se no estado do Mato Grosso do Sul, Rondônia,
Paraná, e Rio Grande do Sul. (OLIVA, 2008, p.3).
Em relação aos processos ambientais relevantes o modal hidroviário
de longe supera seus concorrentes diretos, como pode ser visto no gráfico (1) a
seguir:
Gráfico 1: Aspectos Ambientais Relevantes
Fonte: (extraído de OLIVA, 2008, p. 7).
25
Este tipo de transporte pode ser dividido em duas formas de
navegação: A Cabotagem realizada entre portos ou pontos do território
brasileiro por vias navegáveis no interior ou Marítima, até 12 milhas da costa; a
navegação interior em percurso nacional ou internacional.
2.2.1 CABOTAGEM
A Cabotagem se destaca nessa avaliação por ter grande potencial
no trabalho intermodal a ser analisado posteriormente, e com isso, nesse
momento necessita ser avaliado em suas potencialidades.
Segundo dissertação de Ricardo Ono Terumichi (2001) o Brasil
apresenta uma extensão de costa que abriga as principais cidades que
abrigam a maioria dos polos industriais e centros consumidores no litoral ou
próximo destes. A Cabotagem segundo o autor é uma alternativa viável dentro
da cadeia logística, principalmente a multimodal, devido alguns fatores como a
quebra da exclusividade da bandeira nacional (ótimo especificamente para esta
linha de trabalho marítima) e pela Lei n.º 8630/93 de Modernização dos Portos
que deveria ter sido promulgada desde o inicio dos anos 90. Felizmente em
1999 co ma economia estabilizada e índices de inflação controlados
possibilitou entre 1997 e 2001 investimento nesta modalidade e permitir a
cabotagem se tornar mais competitiva no país (TERUMICHI, 2001, p. 2-5).
Infelizmente ainda a poucos operadores de grande vulto
(Aliança/Transroll e Dolcenave), que operam apenas 10 embarcações de
grande porte e que ainda tem suas operações dificultadas devido a ausência
de infraestrutura nos portos para recebê-los adequadamente. (TERUMICHI,
2001, p.4)
Para exemplicificar as dificuldades, segue exemplo pratico dessa
questão:
26
Atualmente, o intervalo entre viagens da Aliança/Transroll é de quinze dias, o que está muito aquém do exigido e esperado pelos clientes. O lead-time aceitável e viável para cargas perecíveis deve ser no máximo de quatro dias. Essa frequência acaba por impor restrições ao tipo de carga. Naturalmente, esse problema só poderá ser solucionado com a integração de mais embarcações na frota de cabotagem para a rota viável. (TERUMICHI, 2001, p. 10).
Terumichi (2001) esclarece em seu trabalho que além da
modernização dos portos, a necessidade de atendimento ao cliente em suas
necessidades de transporte com melhoria na unitização, criação de centros de
distribuição e integração da cadeia logística, sendo esta última já percebida,
por exemplo, no mercado europeu que tem mostrando sinais de desgaste em
seus modais ferroviários e rodoviários, levando as autoridades e empresários a
rapidamente buscar soluções como novas rotas de navegação, protocolos de
desburocratização e melhoria nas condições de atendimento a cabotagem,
impostos e colaboração na facilitação de integração das operações de
transporte.
Segue o autor, em sua proposta de que ainda há muito a ser feito e
a também ser conhecido no universo da cabotagem, principalmente quanto as
informações, pois a muita dificuldade na obtenção de dados precisos quanto as
operações neste meio o que dificulta claramente o compromisso do Governo e
empresários em assumir riscos e projetar expectativas relativas ao sucesso
desta operação e aos lucros proeminentes desta modalidade.
2.3 CARACTERIZANDO O MODAL
Modal é o modo de transporte a ser utilizado, sendo que duas
formas são predominantes, o intermodal e o multimodal.
O intermodal caracteriza-se pelo transporte da mercadoria em duas
ou mais modalidades, em uma mesma operação. Cada transportador deve
27
emitir um documento, e responsabilizar-se individualmente pelo serviço que
prestado.
O transporte intermodal pode reduzir custos nos casos em que o
local de entrega da mercadoria for de difícil acesso e pode ser atingido por
meio de um único meio de transporte. (RIBEIRO, 2001, p. 5).
No caso, do multimodal, vincula o percurso da carga a um único
documento de transporte, independente das diferentes combinações de meios
de transporte. Algumas empresas estão desenvolvendo estratégias
operacionais de distribuição física internacional em direção à multimodalidade,
ou seja, oferecendo serviços completos porta-a-porta, através do Operador de
Transporte Multimodal (OTM).
O transporte multimodal é disciplinado pela Lei 9611/98 de 20/02/98,
permitindo a manipulação e movimentação mais rápida da carga, garantindo
maior proteção à carga, reduzindo riscos de danos, custos de transporte devido
a utilização e consolidação da carga. (RIBEIRO, 2001, p. 5).
Segundo Terumichi, tendo como modelo a integração rodoviária-
marítima-cabotagem, exemplifica de forma simples e sucinta que,
Para que a cabotagem venha a ter êxito, devem existir portos eficientes, segurança da carga, custos competitivos, tempos de espera menores nos portos e rotas adequadas. Dessa forma, será possível a transferência da carga do modal rodoviário para o modal aquaviário, e assim sendo, o transporte rodoviário deverá se integrar à cabotagem. Com a melhoria dos serviços portuários, a cabotagem deverá passar a ser um nicho de mercado para o transporte marítimo no Brasil. A logística integrada no transporte multimodal passa a ter fundamental importância para que se consiga oferecer um nível de serviço adequado a baixos custos para o embarcador. (2001, p. 2).
2.4 UNITIFICAÇÃO
28
A unitização ou padronização consiste em alocar mercadorias de
tamanhos diversos em uma unidade que as comporte e possa ser colocada
junto a outras de igual dimensão otimizando o espaço de armazenagem,
movimentação de carga, promovendo desta forma a melhor resposta para que
o transportador consiga, por exemplo, diminuir custos com armazenagem,
transporte otimizando seu lucro.
Dentre as formas de unitização mais conhecidas e utilizadas nos
diversos modais de transporte são destacados os Paletes, Marino-Slings, Big-
Bag; e o mais usado o Contêiner.
Os paletes (foto 5) são plataformas feitas de madeira (ou plástico),
com dimensões padronizadas, sendo fabricadas em duas dimensões (1mx1m
ou 1mx1, 2m). Esta ultima dimensão citada, por ter seu desenho retangular
tornou-se a preferida por permitir um maior numero de combinações na
arrumação da carga. (GOEBEL, 1996, p. 16).
Foto 5: Palets
Fonte:
(http://imagenes2.acambiode.com/empresas/5/5/4/0/554002008186851656869657066
4551/productos/IM000640.JPG)
29
No transporte internacional a carga é amarrada ao estrado do palete,
sendo envelopado por plástico retraiu protegendo a carga de umidade e
possível chuva e minimizar avarias diversas. Além disso, as cargas quando
empilhadas são mantidas na mesma altura, respeitando a capacidade
operacional do garfo da empilhadeira.
As Marino-Slings (foto 6) são utilizadas em geral no transporte de
sacaria podendo suportar até 1,5 T. Esta é composta por sintas de material
sintético formando uma rede de dimensões padronizadas, muitas vezes
observada quando transportam carga para o porão dos navios, sendo em
seguida retirados. (GOEBEL, 1996, p. 17).
Foto 6: Marino-Slings
Fonte: (extraído de FLICK, Oleryolf) In:
http://www.flickr.com/photos/oleryolf/2563932461/
O Big-Bag (foto 7) é frequentemente encontrado em dois formatos,
podendo ser sacos de material sintéticos circulares ou quadrados, utilizados
principalmente para armazenar produtos em forma de grãos e em pó
substituindo a sacaria. (GOEBEL, 1996, p. 17).
30
O contêiner mesmo sendo considerado uma forma de guarda de
carga é na verdade um equipamento de transporte que atende a todas
unidades de transporte como ‘vagões ferroviários, veículos rodoviários ou
navios’.
Foto 7: Big-Bag do tipo quadrado sendo transportado por empilhadeira.
Fonte: (extraído de Logismarket, 2012), In:
http://www.logismarket.ind.br/ip/superbag-londrina-big-bag-big-bags-super-bag-
londrina-612624-FGR.jpg)
Este tem por sua vez características positivas e que ajudam a
melhorar as transições de transporte necessárias ao comercio exterior, como:
- De natureza permanente (...), resistente o bastante para permitir utilização repetida;
- Projetado especialmente para facilitar o transporte de mercadorias por uma ou mais modalidades de transportes, sem recarregamentos intermediários.
- Equipados com dispositivos que permitem sua pronta movimentação (GOEBEL, 1996, p. 17).
31
Em geral a vida útil de um contêiner varia de 8 a 12 anos
dependendo do material usado em sua construção e o numero de reutilizações.
32
CAPÍTULO III
CAPITULO III
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
O desenvolvimento do mecanismo do comércio exterior fica em
maior cargo do governo, cabendo a este fornecer subsídios para que novos
campos de produção cresçam e evoluam, ganhando visibilidade e
competitividade lá fora. Também faz parte de suas atribuições o
estabelecimento de normas e diretrizes intranacionais a serem seguidas pelas
empresas que desejam manter relações comerciais com comerciantes
estrangeiros.
As empresas cabem acatar e observar as normas e procedimentos
impostos pelo governo nacional, assim como, as exigências do parceiro
comercial com quem se está negociando. Toda essa sistemática é estabelecida
na maioria das vezes por acordos de âmbito internacional firmados entre
diversos países. Uma das mais importantes convenções estabelecidas para
reger o fluxo de produtos e serviços no mundo foi a criação da OMC
(Organização Mundial do Comércio) criada em substituição ao GATT (General
Agreement on Tariffs and Trade – Acordo geral sobre tarifas e Comércio) em
1994 e que serve de tribunal para assuntos referentes a exportação e
importação entre os países membros, da qual faz parte também o Brasil.
Levando em consideração as dificuldades que uma empresa
enfrenta ao vender seus produtos para outros países ou importar matérias
primas e/ou mercadorias a serem revendidas dentro do país, seja pela falta de
incentivos que deveriam fornecer o governo, seja pela simples falta de
informações referentes ao processo burocrático de tramitação de mercadorias
no espaço internacional é que esse artigo tem por escopo analisar as várias
interferes que incidem sobre tal procedimento. (SZEZERBICKI et al, 2009, p. 3-
4).
33
Na avaliação de Michel Abdo Alaby (consultor da Organização Das
Nações Unidas e do Bando Inter Americano de Desenvolvimento) considera a
logística a principal variável de eficiência para o comercio exterior, pois os
fatores tempo, prazo de entrega e pronta entrega são itens importantes desta
variável, pois a logística não compreende somente o transporte, mais, sim, a
partir da comunicação/pedido até o seu destino final, cabendo à entrega do
produto ao cliente.
Seguindo este raciocínio a moderna logística empresarial integra
atividades como transporte, armazenagem e manuseio, tendo em conta um
ambiente hostil, devido à concorrência devendo reduzir custos dentro da cadeia
logística da melhor maneira possível. (JOLENTE; MICHEL, 2006, p. 7)
Desta forma, nas operações de importação e exportação a decisão
sobre o modal de transporte deve envolver aspectos de ordem financeira,
comercial e operacional, sendo esta etapa do planejado o fator de
favorecimento/vantagem ou de risco/perda, levando o operador a ter muita
atenção e cautela.
Ribeiro (2001) analisa fatores que devem ser considerados para a
escolha do modal de transporte levando em consideração a estrutura oferecida.
- Pontos de embarque e desembarque;
- Custos relacionados com embarque, desembarque, frete até o ponto de embarque, frete internacional e manuseio de carga;
- Urgência da entrega;
- Características de carga, como peso, volume, formato, dimensão, periculosidade, cuidados especiais, refrigeração, etc;
- Possibilidades de uso do meio de transporte relacionado à disponibilidade, frequência, adequação, exigências legais, etc. (p.4).
34
3.1 PROBLEMAS QUANTO AO SISTEMA MULTI-MODAL NO
BRASIL: PREOCUPAÇÃO CONSTANTE AO COMERCIO
EXTERIOR.
O Brasil pensar em transporte é pensar em planejamento estratégico
sendo este um país de dimensões continentais. Deve-se somar a esta questão
o fato de que praticamente todo e qualquer negócio pode ser implantado em
qualquer parte do país levando em conta que há necessidade de uma estrutura
que a favoreça, sendo o transporte parte desta questão.
A realidade brasileira esta aquém do necessário para atender as
necessidades do comercio interno e muito menos do comercio exterior, que
com a globalização diminuiu significativamente barreiras entre compradores.
A situação atual do modal rodoviário e ferroviário são muito
precárias dificultando o escoamento da produção até o principal modal de
saída do país, o marítimo e também em proporção menor o aéreo.
No Brasil nos anos 50 houve grande investimento, e ainda persiste
no modal rodoviário e nos seus problemas correlatos com o passar dos anos
(Gráfico 2), a época devido à política nacional incentivar o estabelecimento de
empresas automobilísticas.
Atualmente as estradas existentes tem melhor conservação devido à
privatização e cobrança de pedágio (muitas vezes excessivo) contribuindo para
o aumento das tarifas das mercadorias que circulam pela malha rodoviária,
entretanto não mudam o fato de que ainda estão muito abaixo da necessidade
da demanda estabelecida após mais de 60 anos. (ALABY, 2002, p. 4).
35
Gráfico 2: Situação da Malha Rodoviária Brasileira
Fonte: (extraído de ANTAQ, 2008, p. 7).
Em relação às ferrovias principalmente no sentido norte-sul quase
não há trens atendendo a esta área mesmo com as privatizações, como por
exemplo, a reativação de trechos do triangulo mineiro (sudeste) para escoação
de minério de ferro, não acrescentaram nenhuma melhoria significativa.
Em relação ao modal marítimo, o Brasil peca em não investir em
hidrovias ou no estimulo mais eficiente na produção de navios voltados para o
comercio exterior, devido à política nacional não desenvolver uma marinha
mercante que atenda essa demanda.
Em referencia aos portos, mesmo com a intervenção do governo em
melhorar os serviços portuários tornando-os mais competitivos ainda a um
entrave quanto à tributação do ICMS, que mesmo se o transporte multimodal
fosse perfeito, seria prejudicado por este imposto não o tornando interessante
em alguns estados. (ALABY, 2002, p.5)
Se não houver mudança de postura das empresas privadas e
principalmente do governo em trabalharam a competitividade de toda cadeia
logística em prol da competitividade não será possível fazer com que o país
cresça economicamente de forma satisfatória.
36
3.2 ANTAQ
A criação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, se deu
através da Lei n.º 10.233, de 5 de junho de 2001, onde a mesma é parte
integrante da Administração Federal indireta sob regime autárquico especial,
tendo como características diferenciais sua independência administrativa e
funcional, além de promover o mandato fixo de seus dirigentes. Esta vinculada
ao Ministério de Transportes. (GEIPOT, 2001, p. 13).
A ANTAQ cabe a mesma a missão de regular e supervisionar as
atividades relacionadas á:
“prestação de serviços e de exploração da infra-estrutura exercidas nos portos e nos terminais de uso privativo. Nos ambientes portuários locais ela atuará em complementaridade à Administração Portuária e ao Conselho de Autoridade Portuária, e também na solução de conflitos entre as duas entidades. [...]atuará nas Companhias Docas federais, nos portos concedidos, nos terminais de uso privativo e também nos portos delegados. Elaborará os contratos e realizará as outorgas de concessão para exploração de portos públicos e de autorização para instalação de Terminais de Uso Privativo, além de prestar ao Ministério dos Transportes todo apoio necessário à celebração dos convênios de delegação”. (GEIPOT, 2001, p. 83).
Um dos maiores desafios ainda em pauta, pois deriva de diversos
acertos de complexidades diversas, e que não foram superadas no todo, dirigi-
se a modernização dos portos como um todo; instalações, sistemas de
software, taxas entre outras providencias para facilitar as metas e ações do
governo quanto a seu comércio exterior, pois somente através desta
intervenção é possível estimular a redução de custos e o aumento da
competitividade para as exportações. (GEIPOT, 2001, p. 79).
Ainda é uma preocupação marcante a burocratização dos processos
administrativos vinculados as operações portuárias como programação de
cargas, desembaraços aduaneiros, averbações entre outros. Ainda há atrito no
que concerne as relações entre os órgãos governamentais e a comunidade
37
portuária justamente pela morosidade de seus serviços prestados causando
transtornos de ordem administrativa. (GEIPOT, 2001, p. 79).
Melhoria de grande impacto foi em relação a Receita Federal que
promoveu melhoria no processo de liberação para movimentação de cargas,
entretanto para se beneficiar a comunidade portuária como um todo é
necessário a melhori9a dos processos tecnológicos do governo, integrando e
sincronizando operações, processos, evitar redundâncias e erros que atuam
diretamente nos índices de produtividade e satisfação dos clientes, deve-se ter
em mente que:
“modernização tecnológica das rotinas administrativas tem efeito direto na qualidade dos serviços portuários e que [...] os custos operacionais (custo por tonelada movimentada) vêm baixando nos últimos anos e que os custos relativos às rotinas documentais permaneceram inalterados, podemos concluir que está havendo um desequilíbrio de esforços na busca da redução dos custos.”. (GEIPOT, 2001, p. 79).
Há muito tempo fora da realidade nacional, em portos estrangeiros já
houve mudanças relacionadas o tema exposto como o desenvolvimento de
sistemas telemáticos e de troca eletrônica de dados (EDI) que foram
gradativamente mudando o uso da informação impressa pela informação
eletrônica conhecida como Paper Less onde tais modelos ou sistemas
passaram a ser usados, a partir dos anos 80/90 nos portos e empresas de
navegação, o que ainda esta longe da realidade de normatização brasileira,
necessitando ainda de vontade política para tal fim.
As ações da ANTAQ em promover dados em relação a
movimentação da cabotagem no Brasil demonstram aumento de 137 milhões
em 2002 para 193,5 milhões de toneladas em 2011, o que representa um
crescimento de 41,2% no período. Em relação a 2010, por exemplo, o
crescimento foi de apenas 3%. Este aumento contabilizado em 9 anos deve-se
principalmente a ‘globalização dos mercados, internacionalização das
economias e o comercio multilateral’.(QUEIROGA, 2011, p. 1).
38
Segundo o ex-diretor da ANTAQ Fernando Antonio Brito Fialho
(2011) as demandas do mercado e o crescimento do processo de
internacionalização brasileiros que proporcionaram novos parceiros comerciais
e incremento de uma pauta mais rica de importação e exportação, impulsionou
o meio de navegação a buscar novos investimentos e ao governo em ser mais
objetivo em suas ações. A demanda existe e seria ótimo se fosse possível
seguir a tendência mundial e não só equilibrar a utlização dos modais, como
também explorar o que os mesmos tem a oferecer dentro do escopo de
oportunidades geradas pelo ambiente de negócios e situação geográfica
favorável de rios, estradas e ferrovias sempre com o intuito da utilização
multimodal como poder ser visto no Gráfico a seguir. (FIALHO apud
QUEIROGA, 2011, p. 1).
Gráfico 3: Uso de Modais pelo mundo
Fonte: (extraído de ANTAQ, 2011, p. 29).
39
Fialho acredita que a situação tende a melhorar continuamente,
incluindo a questão da cabotagem, pois:
“o cenário deve se manter positivo, já que o mercado interno segue aquecido e a movimentação de cargas via cabotagem está em crescimento sustentado, decorrente do crescimento econômico do País e dos investimentos de armadores em novas embarcações. O ex-diretor espera que além do crescimento, a migração de outras cargas devem trazer outro perfil ao setor”.
“o crescimento da cabotagem, além da questão econômica em geral, se deve a outras ações relevantes. Nos últimos dois anos, houve renovação da frota e busca pela desburocratização de todo o sistema. A renovação da frota de cabotagem brasileira pode ser verificada pela redução sustentada na idade média das embarcações, que passou de 17,9 anos em 2008, para 16,9 anos em 2010. Houve, como se sabe, uma retomada na construção naval nacional, motivada pelos programas Promef 1 e 2 da Transpetro, EBN 1 e 2 da Petrobras e pelos investimentos de armadores na construção de porta-contêineres e graneleiros” (QUEIROGA, 2011, p. 1).
Atualmente, depois de muita espera, Fialho destaca a importância
do início das operações do “Porto sem Papel”, concebido para criar um Portal
de Informações Portuárias, e integra em um único banco de dados as
informações de interesse dos agentes de navegação e dos diversos órgãos
públicos que operacionalizam e gerenciam as estadias de embarcações nos
portos marítimos brasileiros (QUEIROGA, 2011, p. 1).
Mesmo assim, os entraves ainda existem. Pesquisa realizada pela
Confederação Nacional do Transporte (CNT), Serviço Social do Transporte
(SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT)
levantaram os maiores problemas em relação as atividades portuárias que
foram listadas da seguinte forma: excesso de burocracia (37,3%); excesso de
tributação (50,5%); carência de linhas regulares (39,3%) e ineficiência do seu
porto (38,3%). (QUEIROGA, 2011, p. 2).
Outro entrave não muito considerado, mas existente é a cultura, no
caso a cultura ao transporte rodoviário, que é um modal muito consolidado,
porém esta sendo pesadas as questões ambientais há alguns anos o que
40
podem beneficiar modais mais limpos, como o aquaviário. Levando em questão
o aspecto ambiental como um dos fatores a serem determinantes no futuro dos
transportes, a mesma pesquisa supracitada, focou os usuários dos serviços
aquaviários e levantaram a questão da cabotagem como opção de modal e
estes responderam que para aderir deveriam acontecer as seguintes
mudanças:
“menor custo de frete (40,4%); regularidade de escalas (17,1%); e maior confiabilidade dos prazos (11,6%). A implementação dos mecanismos de incentivo do registro especial brasileiro, como a equalização do preço do combustível no longo curso ao da cabotagem, contribuirá para reduzir custos de operação dos navios e melhoria do serviço”. (QUEIROGA, 2011, p. 2).
Os principais problemas de infraestrutura ainda existentes na
cabotagem estão relacionados à falta de embarcações apropriadas,
capacidade insuficiente de terminais de contêineres e de infraestrutura de
acesso e profundidades limitadas nos canais de acesso o que leva a repensar
por parte do governo suas ações futuras para melhorar de forma significativa a
participação da cabotagem como uma alternativa viável ao modal rodoviário
principalmente. (QUEIROGA, 2011, p. 3).
Ainda assim, Fialho destaca que o modal aquaviário necessita de
investimentos de grande monta, pois a construção naval depende
principalmente da estratégia de cada país, onde há esse pensamento voltado a
ter frotas mercantes significativas os países promovem incentivos e subsídios
para este fim. No Brasil ocorre principalmente linha de crédito da FMM (fundo
da Marinha Mercante) que objetiva o financiamento de estaleiros, projetos,
reparos, expansões e financiamento de empresas. (QUEIROGA, 2011, p. 3).
Em entrevista a Andrezza Queiroga (2012), o antigo responsável
pelo Grupo de Estudo sobre a Cabotagem - patrocinada pela ECR Brasil, que é
um movimento global, no qual empresas industriais e comerciais, juntamente
com os demais integrantes da cadeia de abastecimento trabalham em conjunto
na busca de padrões comuns e processos eficientes que permitam minimizar
41
os custos e otimizar a produtividade em suas relações - Cláudio Czapski que
tinham o objetivo de integrar os vários agentes da cadeia de abastecimento
(embarcadores, recebedores, operadores logísticos e provedores de serviços
de transportes rodoviário, ferroviário e aquaviário) e debater o desenvolvimento
de melhores práticas para o modal, mas a iniciativa não resistiu, pois as
dificuldades na obtenção de números reais das operações, que seriam
necessários para subsidiar propostas de mudanças estruturais ou eventuais
demandas às diferentes esferas de governo para combater algumas das
barreiras existentes impediram a continuação do grupo. (CZAPSKI apud
QUEIROGA, 2012, p. 1-2).
Fica claro que mesmo os ótimos projetos existentes relacionados ao
modal marítimo, principalmente em relação a cabotagem e navegação interior
são ainda insuficientes para qualquer iniciativa em investimento do governo em
grandes somas, pois é um risco grande a se considerar e quanto a navegação
de longa distancia só depende de fatores concernentes àqueles que precisam
ter frota própria como a Petrobras (Transpetro) e a Vale do Rio doce
(Dolcenave) devido a seus compromissos e prazos e que possam bancar e
manter tal investimento o que não é para qualquer empresa levando a todos a
uma situação de xeque permanente onde ficam a mercê de ações meramente
reativas/imediatas e não pró-ativas.
42
CONCLUSÃO
Apesar das mudanças geradas a partir da renovação dos portos e
da preocupação por parte dos empresários e da ANTAQ quanto a participação
de frota marítima e de cabotagem para atender as demandas geradas pelo
comercio internacional e domestico, ainda não foi constata melhora significativa
nesta questão.
Mesmo havendo diariamente melhorias no superávit brasileiro isso
não muda a realidade da logística em sua cadeia de transporte que sofre
entraves políticos e práticos como investimentos na criação de hidrovias, na
exploração da cabotagem e no trabalho multimodal por não haver sérios
investimentos nos modais rodoviário e ferroviário.
Os portos mesmo passando por grandes transformações devido aos
investimentos ainda não são suficientes para equilibrar a competitividade entre
os próprios portos que tem em sua dominância portos como o de Santos e o
ainda cambaleante porto de Itajaí que sofreu com as duas ultimas grandes
catástrofes naturais no estado.
O investimento na Construção Naval ainda parte do governo federal
e muito pouco do setor privado o que leva a um desequilíbrio na relação de
produção de navios e embarcações diversas e da necessidade dos mesmos.
Além disso, a especialização e treinamento de pessoal esta em defasagem as
necessidades imediatas levando a muitas empresas a treinamentos fora do
padrão a pessoas com experiência marítima, mas não necessariamente ao que
estes precisam.
Há deficiências em relação a uma banco de dados com informações
relevantes para resolver estes problemas ainda carece de muitos cuidados em
obter dados confiáveis e que possam mapear situações críticas e propor
soluções, com isso, é inegável a falta de estrutura de informações o que leva
43
ao governo e as empresas a terem receio na hora de investir, deixando essa
questão aos grandes grupos que criam a demanda porque precisam de
determinadas embarcações as suas necessidades, seja por meio da
construção dos mesmos ou por arrendamento de frota, que não é o ideal caso
seja estrangeiro a empresa.
Para que seja possível mudanças de ordem de infraestrutura,
sistemas e relações entre fornecedores e clientes nessa grande cadeia
logística, os modais terão realmente que coexistir de forma harmoniosa e
serem integrados uma aos outros para atender demandas de pequenos,
médios e grandes clientes, escoando do Brasil para o mundo nossas
mercadorias, mas para isso, deverá mudar a mentalidade daqueles que
governam e dar coragem àqueles que investem do setor privado para que saia
do lugar comum e alcance a excelência nos serviços de transporte,
principalmente no que se refere ao modal aquaviário.
44
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45
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46
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.....................................................................................................8
CAPITULO I
EVOLUÇÃO HISTORICA DO MODAL AQUAVIÁRIO NO BRASIL..............................................................................................................10
1.1 O DESENVOLVIMENTO DA MARINHA MERCANTE NO BRASIL.........12
1.2 DA REPUBLICA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL..............................16
CAPITULO II
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO E SUAS INTERAÇÕES...................................19
2.1 MODAL MARÍTIMO.................................................................................19
2.2 MODAL HIDROVIÁRIO..........................................................................23
2.2.1 CABOTAGEM.........................................................................................25
2.3 CARACTERIZANDO O MODAL.............................................................26
2.4 UNITIFICAÇÃO.......................................................................................27
CAPÍTULO III
COMERCIO EXTERIOR BRASILEIRO.............................................................31
3.1 PROBLEMAS QUANTO AO SISTEMA MULTI-MODAL NO BRASIL: PREOCUPAÇÃO CONSTANTE AO COMERCIO EXTERIOR.........................33
3.2 ANTAQ....................................................................................................35
CONCLUSÃO....................................................................................................41
BIBLIOGRAFIAS................................................................................................43
ÍNDICE...............................................................................................................45