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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LIDERANÇA A arte de motivar pessoas Por: ARLETE GONÇALVES DE OLIVEIRA Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves –D.Se Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LIDERANÇA

A arte de motivar pessoas

Por: ARLETE GONÇALVES DE OLIVEIRA

Orientador

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves –D.Se

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LIDERANÇA

A Arte de motivar pessoas

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em GESTÃO DE RECURSOS

HUMANOS.

Por: ARLETE GONÇALVES DE OLIVEIRA.

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Agradeço a Deus a oportunidade de fazer deste

sonho uma realidade.

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Dedico este trabalho a todos que me incentivaram

em todos os momentos desta longa jornada.

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RESUMO

Foi realizado nesta monografia bibliográfica o estudo referente a liderança nas

organizações e como seus aspectos influenciam na motivação humana,

visando auxiliar gestores de pessoas no tocante a administração e conclusão

dos objetivos individuais de maneira satisfatória e motivadora para ambos.

Para tanto, nota-se que cada indivíduo reage de maneira singular a um pacote

de incentivos e responde também de maneira única ao modo como ele é

liderado. Por isso, cada teoria de liderança e motivação deve ser

cuidadosamente analisada em função da situação, do estilo de liderança

empregada e da reciprocidade de seus liderados para que assim surta o efeito

desejado do sucesso organizacional.

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A Metodologia pesquisada foi por meios de investigação cientifica, utilizando a

pesquisa bibliográfica explicativa, onde os dados foram levantados e

trabalhados a cerca do assunto abordado. Já quanto as coleta de dados, é por

meio de pesquisa bibliográfica de livros didáticos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - LIDERANÇA 10

CAPÍTULO II - MOTIVAÇÃO 20

CAPÍTULO III – O LÍDER E O GRUPO 40

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo analisar e descrever o papel do líder,ou

seja, busca identificar o perfil do gestor moderno inserido num contexto de

mudança organizacional. Mais especialmente, busca realizar uma análise

critica sobre as teorias de liderança tendo como base os conceitos e

comportamentos do líder.

A liderança é um processo chave em toda organização e tem sido uma

preocupação constante, tanto das organizações que dela necessitam, como

também de teóricos e pesquisadores. Os líderes causam um profundo impacto

na vida das pessoas e das organizações.

Por essas razões, a complexidade do assunto tem levado a uma

infinidade de teorias e tentativas de explicação sobre o que é liderança. Um

líder precisa ter visão, questionar a realidade e para isso é preciso reunir

coragem para quebrar conceitos e mobilizar pessoas para que possam

enfrentar desafios, está é a função do líder.

É fundamental saber lidar com conflitos e incertezas entre seus

subordinados e internamente com eles mesmos, algumas decisões darão

certas outras não. Neste momento é importante saber ouvir. Tornar a equipe

unida e sempre em busca de novos projetos e inovações pois só assim as

empresas obterão lucros e crescimento.

A liderança deve incentivar o desenvolvimento de talentos e uma das

formas de realizar isso é motivar os talentos.

Diante dessas opiniões apresentadas o problema que norteou o estudo

foi: Como o líder pode influenciar o grupo? Desta forma, a monografia

desenvolvida observou que as organizações buscam novas competências para

os líderes que são cada vez mais complexas e impossíveis de serem

trabalhadas por um único indivíduo. Assim busca-se líderes extraordinários,

com visão clara do negócio.

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O objetivo geral deste estudo é descrever quais são as principais

competências do líder. O líder terá que desenvolver novos conhecimentos de

sabedoria habilidades para melhor utilizar o potencial de sua equipe.

O objetivo específico deste estudo são determinar quais são as

habilidades importantes para ser um líder, analisando as atividades para a

motivação do grupo. Para que alcancem seus objetivos.

Baseado nestas questões, tornou-se possível delimitar o assunto

abordado. Desta forma focou os estilos de comportamento do líder e quais são

as influencias que o grupo recebe do líder.

Este tema foi cuidadosamente preterido, devido á importância que

representa para os administradores no tocante a liderança. Por conseguinte

procurou demonstrar aqui o quanto é importante entender a liderança e seus

seguidores e trabalhar este aspecto, porque este tema não apenas explica o

processo social da liderança, mas também porque possibilita o

desenvolvimento de líderes.

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CAPÍTULO I

LIDERANÇA

1. CONCEITO DE LIDERANÇA

O grande interesse pelo assunto resultou no aparecimento de

incontáveis conceitos dentre os pesquisadores em Comportamento

Organizacional, e que dificultou, até certo ponto, o delineamento mais preciso

e a real abrangência do tema. Não é de estranhar, portanto, que a palavra

liderança reflita coisas diferentes para diferentes pessoas.

O conceito de liderança envolve dois aspectos: a

capacidade presumida de levar as pessoas a fazer aquilo

que precisa ser feito e a tendência dos liderados a seguir

aqueles que eles percebem como capazes de satisfazer

suas necessidades (os liderados). Só há liderança

quando os liderados seguem o líder espontaneamente e

para isso é necessário haver consentimento (identidade

dos interesses). (BERGAMI, 1994, p.14).

Podemos aqui descrever alguns conceitos de liderança:

“A liderança parece ser a convocação de habilidades possuídas por uma

maioria, mais utilizada por uma minoria, é porém, algo que pode ser prendido

por qualquer pessoa, ensinado a todos não devendo ser negado à ninguém”.

(BATEMAR& SNELL, 2000, p.335)

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“A liderança gerencial é o processo de dirigir e influenciar as atividades

relacionadas às tarefas dos membros do grupo”. (STONER & FREEMAN,

1982, p.344)

Dois elementos parecem ser comuns a todas essas definições. Em

primeiro lugar, elas conservam o denominador comum de que a liderança

esteja ligada a um fenômeno grupal, isto é, envolva duas ou mais pessoas. Em

segundo lugar, fica evidente tratar-se de um processo de influenciação

exercido de forma intencional por parte do líder sobre seus seguidores.

É desejável lembrar que a diferença entre as interpretações se traduziu

em pontos de vista que não são necessariamente opostos, mas que, de certa

forma, propõem enfoques complementares uns aos outros. É o conjunto de

todos eles, que oferece uma visão mais completa sobre o assunto.

1.1 HISTÓRICO DE LIDERANÇA

Embora o termo liderança venha sendo usado apenas há

aproximadamente duzentos anos, na língua inglesa,

acredita-se que ele tenha aparecido por volta do ano

1300 da era cristã. Como tal, é justo que apresente

inúmeras interpretações. A preocupação com a liderança

é tão antiga quanto à história escrita. A república de

Platão constituiu um bom exemplo dessas preocupações

iniciais ao falar da adequada educação e treinamento dos

poderes políticos, assim como da grande parte de

filósofos que desde essa época procuraram lidar com

esse problema. (BERGAMINI, 1994, p.24)

Durante toda a abordagem clássica da Administração a liderança e seus

efeitos sob o comportamento das pessoas só foi abordado na Teoria das

Relações Humanas de Elton Mayo. Enquanto a teoria clássica enfatizava a

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autoridade formal, as experiências de Hawthorne teve méritos segundo

(CHIAVENATTO, 2000, p. 133) “Identificando a existência de lideres informais

que encarnavam as normas e expectativas do grupo e mantinham controle

sobre seu comportamento, ajudando operários a atuarem como um grupo

social coeso e integrado”.

Muitos anos de trabalho transcorreram para que a necessidade de falar

sobre liderança viesse à tona de maneira clara. A seqüência natural de temas

começou com pesquisas que envolveram características de estilos

comportamentais e seus estudos de dependência às demais variáveis

organizacionais. A seguir, ficou claro que as diferenças individuais de

personalidade encerravam conotações que levaram a uma orientação típica de

comportamento motivacional, feito das implicações próprias da motivação

humana no trabalho.

Finalmente, por força da junção desses dois aspectos básicos e

característicos do comportamento organizacional, surge o assunto da liderança

como um elemento que concatena e integra aspectos que tradicionalmente

têm sido vistos em separado. Falar de estilos comportamentais, sem entender

os seus reflexos na psicodinâmica motivacional é praticamente tratar de um

assunto sem sentido. Da mesma forma, separar motivação de liderança é

deixar de operacionalizar todas essas dimensões dentro d um contexto mis

prático.

Foi sempre evidente que a grande maioria dos temas que tratam a

respeito do comportamento humano não só exercem indiscutível atração sobre

as pessoas m geral, como também intrigam cientistas e pesquisadores.

A liderança tem sido o tema de pesquisas importantes nos campos da

psicologia social e do comportamento organizacional desde a década de 1930.

Com o passar do tempo, a pesquisa e a literatura evoluíram.

Os estudos sobre liderança vêm evoluindo substancialmente nas últimas

décadas. As primeiras pesquisas eram realizadas de maneira restrita, ao invés

de possuir uma visão mais ampla na mudança ambiental e comportamental

das organizações.

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Hoje em dia, a interpretação de liderança é muito valorizada no mercado

de trabalho. As empresas com visão sistêmica vêem líderes como gestores de

pessoas e não como simples chefes de departamentos.

1.2 PODER E AUTORIDADE

Para que se possa melhor entender o processo de liderança e como ela

influencia na motivação dos subordinados, é necessário definir a diferença

entre poder, autoridade e liderança, levando-se em consideração também, que

esses três tópicos podem se relacionar entre si.

1.3 AUTORIDADE FORMAL X LIDERANÇA

Para que as pessoas possam trabalhar satisfatoriamente em equipe, ela

precisa de liderança. A liderança constitui uma necessidade típica do trabalho

em equipe. Para fazer a equipe funcionar e produzir resultados, o gerente

precisa desempenhar muitas funções ativadoras. Dentre estas funções,

sobressai a liderança. O gerente deve saber como conduzir pessoas, isto é,

como liderar e administrar suas diferenças.

“A principal diferença, contudo entre autoridade formal e liderança está

basicamente nas bases nas quais se assenta a motivação dos seguidores e

este é o foco deste projeto.”

(MAXIMIANO, 2000, p.329)

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1.4 O LÍDER

O processo da liderança sempre está personificado numa figura

individual ou grupo. A figura dos líderes permite definir a liderança como

função, papel ou tarefa que qualquer pessoa precisa desempenhar quando é

responsável pelo desempenho de um grupo. Independente de suas

qualidades, muitas pessoas são colocadas em posição de liderança, em que

precisam dirigir os esforços de outros para realizar objetivos e metas.

Para (MAXIMIANO, 2000,p.395) , “a figura do líder

tem três focos principais: O tipo de influência que o líder

exerce sobre os seguidores, as características pessoais

deste líder e a forma como ele usa sua autoridade para

se relacionar com seus funcionários”.

1.5 TEORIAS DE LIDERANÇA

Para (MONTANA, 2000, p.203) as teorias de liderança possuem três

abordagens:

a) Abordagem baseada nos traços

“A mais antiga explicação de liderança é a abordagem genética, como

assim também é chamada. Consiste na crença de que a habilidade de

liderança é transmitida geneticamente e o escolhido já nasce com as

características pessoais de um líder.”

Este pensamento foca o estudo do líder como pessoa, tentando

determinar quais comportamentos, traços de personalidade, habilidades,

atitudes e outras características pessoais seriam determinantes de um

desempenho eficaz de um líder.

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Na época, esta teoria teve grande repercussão, mas começou a entrar

em declínio por volta o séc. XVIII e IX quando homens e mulheres que não

pertenciam a realeza européias conseguiram poder e influência.

b) Abordagem comportamental

Quando se tornou evidente que os líderes eficazes

não pareciam ter qualquer característica que distinguisse,

os pesquisadores tentaram isolar as características de

comportamento dos líderes eficazes. Em outras palavras,

ao invés de tentar descobrir o que os líderes eficazes

eram, os pesquisadores tentaram determinar o que os

líderes eficazes faziam – como delegavam tarefas, como

se comunicavam com os subordinados e tentavam

motiva-los, como realizavam suas tarefas, e assim por

diante. (MONTANA, 2000, p.203)

Diferentemente da primeira abordagem, (STONER, 1982, p 344):

Parte do princípio que os comportamentos de uma

liderança eficaz pode ser apreendido. Em vez de focalizar

o indivíduo, esses pesquisadores olharam mais de perto

as funções de liderança (relacionada à tarefa ou ao

grupo) e os estilos de liderança (orientada para a tarefa

ou para os empregados).

Uma conclusão dos estudos feitos na Universidade do Estado de Ohio e

de Michigam é que o estilo de liderança pode não ser unidimensional. A grade

gerencial desenvolvida por Robert Blake e Jane Mouton (republicada em 1991)

identifica uma gama de comportamentos administrativos que interagem

mutuamente.

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c) Abordagem contingencial

É uma visão complexa de liderança que examina os

estilos de liderança, as habilidades e os talentos e as

necessidades de uma situação, por isso, também é

chamada abordagem situacional, uma vez que a eficácia

do líder em influenciar os outros dependerá das

necessidades da situação em si.

(MONTANA, 2000, p.203)

Como relata (STONER,1982, p.345) os pesquisadores começaram a

tentar identificar em cada situação os fatores que afetam a eficácia de um

determinado estilo de liderança. As teorias resultantes dessa pesquisa

concentram-se nos seguintes fatores: personalidade, as experiências

passadas e as expectativas do líder, as expectativas e o comportamento do

superior, exigências da tarefa, expectativa e comportamentos dos pares,

características, expectativas e comportamento dos subordinados, cultura e

políticas organizacionais.

1.6 TEORIA SOBRE OS ESTILOS DE LIDERANÇA

As teorias sobre estilo de liderança estudam a liderança em termos de

estilo de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, ou seja,

pela conduta do líder.

Os estilos podem assim ser classificados, compreendendo, portanto,

suas disfunções.

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TIRANIA

AUTOCRACIA

DEMOCRACIA

LIBERALISMO

DEMAGOGIA

Abuso de

autoridade.

Excesso de

poder.

Centralização

do poder de

decisão no

chefe.

Divisão dos

poderes de

decisão entre

chefe e grupo

Delegação do

poder de

decisão ao

grupo.

Busca da

popularidade

com os

liderados.

(MAXIMIANO, 2000, p.343)

Tannenbaum e Schmidt (1961) são dois autores que desenvolveram a

idéia de estilos de liderança adotados pelos líderes, dentro do qual a

autoridade do gerente e a liberdade dos integrantes da equipe se combinam. À

medida que o estudo da liderança evoluiu, os dois comportamentos autocrático

e democrático passaram a ser caracterizados de forma diferente da tradicional.

1.7 MODELOS DE LIDERANÇA SITUACIONAL

Para ser eficaz, o estilo tem que se ajustar à situação é a essência das

teorias da abordagem contingencial. Embora nenhuma destas teorias consiga

descobrir qual estilo ajusta-se a qual situação, torna-se evidente resolver outro

problema: como avaliar a situação. Todavia, as idéias a esse respeito têm seus

defensores e críticos. Em seguida, serão analisadas as principais teorias a este

respeito.

a) Modelo de Tennenbaum e Schmidt

Propõe três critérios para avaliar a situação: o gerente, o funcionário e a

situação.

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Segundo as considerações (MAXIMIANO, 2000, p.412), consiste no

seguinte:

A forma como o líder se comporta é influenciada principalmente por sua

formação, conhecimentos, valores e experiências.

As características dos funcionários influenciam a escolha e a eficácia do

estilo de liderança.

O clima da organização, o grupo de trabalho, a natureza da tarefa e a

pressão do tempo caracterizam a situação dentro da qual os estilos funcionam

com maior ou menor eficácia.

b) Modelo de Fiedler

As situações que os líderes enfrentam podem ser avaliadas em termos

de três características. Segundo (MAXIMIANO, 2000, p.412), “essas

características permitem avaliar o grau de favorabilidade da situação para o

líder.” Consiste nas relações entre o líder e os seguidores, o grau de

estruturação da tarefa e o poder da posição.

Este modelo teve o mérito de iniciar o debate sobre a idéia de liderança

situacional, mas suas proposições são muito questionadas por outros

pesquisadores. As críticas dirigem-se principalmente ao fato de que seus

questionários de medir estilo do líder avaliam atitudes e não comportamentos

reais, que podem ser diferentes, o líder que está sendo estudado pode dizer

uma coisa e fazer outra. Além disso, outras características da situação, como

as competências dos subordinados e a própria competência do líder, são

negligenciadas. Todavia, foi por intermédio deste modelo que manteve-se a

idéia de que o líder deve flexibilizar seu comportamento a fim de ajusta-lo a

situação. Essa foi a idéia decisiva para o desenvolvimento subseqüentes do

estudo sobre a liderança.

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c) Modelo de Hersey-Blanchard

Uma das críticas ao modelo de Fiedler é o fato de desconsiderar o

seguidor. Este ponto que faltava é exatamente o aspecto focalizado por este

modelo de Hersey e Blanchard.

Para (MAXIMIANO,2000,p.413) , “a maturidade do subordinado,

avaliada em termo de grau de capacidade e interesse de fazer um bom

trabalho, é a principal característica da situação que qualquer líder enfrenta”.

Por esse ponto de vista, a maturidade deve ser analisada em relação a

uma tarefa específica, de forma que uma pessoa ou grupo não é jamais

imaturo de forma completa, porque pode dominar diferentes tarefas de forma

diferente.

Por conseqüência, quanto mais maduro o seguidor, menos intenso deve

ser o uso da autoridade pelo líder e mais intensa a orientação para o

relacionamento. Inversamente, a imaturidade deve ser gerenciada por meio do

uso forte da autoridade, com pouca ênfase no relacionamento.

Conclui-se que, um dos pontos fortes desta teoria é o reconhecimento

da competência e motivação como elementos importantes do processo de

liderança e o reconhecimento de que a maturidade é dinâmica. Já como

problema dessa preposição está a idéia de que as pessoas imaturas devem

ser tratadas como o uso forte da autoridade. É possível, no entanto, que

pessoas imaturas tratadas autoritariamente permaneçam imaturas, e não

cheguem a se desenvolver.

Concluímos que o estudo da liderança do líder do futuro passa

principalmente pelo estudo dos conceitos, teorias e comportamentos. O líder

serve ao grupo como um instrumento para ajudar a alcançar objetivos.

Os líderes desempenham papel-chave, porque cabe a eles a criação da

competência em suas equipes. Líderes criam novos líderes.

O líder é fundamental para o desempenho e a produtividade das

empresas.

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CAPÍTULO II

MOTIVAÇÃO

Neste capítulo abordaremos o conceito de motivação, suas teorias e

seus padrões de comportamento. Um dos maiores desafios do administrador é

motivar as pessoas. O conhecimento da motivação humana é indispensável

para que o líder possa realmente contar com os seus subordinados.

2. CONCEITO DE MOTIVAÇÃO

Devido às mudanças ocorridas com o advento da informatização e da

informação. Uma empresa para obter sucesso precisa manter-se. Uma das

vertentes da competitividade, diz respeito à satisfação do cliente externo

(consumidor), como conseqüência da satisfação do cliente interno

(funcionários) em atende-lo, trabalhando satisfatoriamente com eficiência e

eficácia, gerando assim a qualidade contínua dos processos, produtos ou

serviços. Para tanto é imprescindível entender a motivação humana.

Podemos aqui destacar alguns conceitos de motivação:

É um estado interno que impulsiona, ativa ou

movimenta o comportamento no sentido de metas. M

outras palavras motivação é um termo genérico que se

aplica a toda classe de impulsos, desejos, necessidades,

vontades e forças semelhantes. (BERELSON E

STEINER)

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2.1 HISTÓRICO DA MOTIVAÇÃO

Durante muito tempo, os filósofos identificaram nos desejos e

necessidades do homem os elementos fundamentais da personalidade. Foi,

porém, a aplicação das teorias de Charles Darwim que fez progredir o estudo

da motivação: a exemplo do que ocorre com as características físicas, a

característica comportamental humana também podem ser analisadas do

ponto de vista da evolução.

Segundo CHIAVENATO (2000, p. 126), foi durante toda a abordagem

Clássica da Administração (principalmente com a Tória das Relações

Humanas de Elton Mayo) que os pesquisadores começaram a analisar o

comportamento motivado de cada indivíduo e quais seriam as causas e

conseqüências desta atitude.

Até então a administração Científica de Taylor e de seus seguidores

baseava-se na concepção do comportamento do homem motivado

exclusivamente pela busca do dinheiro e recompensas materiais. Com a

experiência de Hawthorne, viu-se que o pagamento ou recompensas salariais

não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador e sim por

recompensas sociais, simbólicas e não materiais.

Em 1935, com a elaboração da teoria de campo, Kurt Lewin já referia

em suas pesquisas sobre o comportamento social o importante papel da

motivação. Para ele:

“O comportamento é produto de um campo de

determinantes interdependentes (conhecidos com espaço

de vida ou campo social), derivado da totalidade de fatos

coexistentes ao seu redor de maneira dinâmica e inter-

relacionando com as demais partes”

(VÁRIOS COLABORADORES, Nova Enciclopédia Barsa,

2001, p. 180).

Dentro da organização a motivação deixa de ser um conceito cientifico e

transforma-se numa ferramenta prática para influenciar o comportamento do

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indivíduo na busca pelo sucesso. Na teoria e prática administrativas, poucas

vezes se pode encontrar uma área de preocupação tão acentuada e constante

quanto à relativa a motivação para o trabalho. A atração pelo tema justifica-se

na busca de uma relação satisfatória entre o individuo e sua tarefa.

A motivação não tem nada de misterioso. As conquistas recentes das

teorias de motivação, embora não produzam todas as respostas sobre o

impulso para o trabalho, já oferecem recomendações para uma ação efetiva no

meio organizacional. Essas teorias procuram compreender a própria natureza

humana, explicando, prevendo e criando formas de direcionar o

comportamento do individuo no trabalho.

Ao olhar para trás sob a ótica do século XX, percebe-se uma verdadeira

mudança de paradigmas no seio da sociedade e das organizações. Desde o

início da Revolução Industrial até os dias de hoje, muitas transformações

aconteceram nos valores dentro e fora das empresas. O autoritarismo cedeu

lugar à democracia, dando início a uma concorrência cada vez mais acirrada.

No bojo dessa revolução de valores e paradigmas, passou-se das

pesquisas sobre motivação para o trabalho às investigações sobre a motivação

para a qualidade. Nas organizações do final do século XX vemos que não é

mais suficiente produzir conforme o esperado. É preciso uma atitude criativa,

pro ativa e responsável.

A motivação dos quadros operacionais deve ser buscar através do

processo de amadurecimento conduzido pelo líder. Ser um líder numa

organização que busca crescimento de seus colaboradores significa

essencialmente desempenhar o papel de servidor. O verdadeiro líder sabe que

sua tarefa não é executar tarefas, mas auxiliar e apoiar as pessoas para que

elas possam executar suas tarefas da melhor forma possível, visando o

alcance dos objetivos organizacionais.

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2.2 CICLO MOTIVACIONAL

As pessoas são diferentes no que tange à motivação. Suas

necessidades, seus padrões de comportamento, seus valores sociais e suas

capacidades para atingir os objetivos variam de individuo para individuo e, para

complicar, variam também conforme o tempo. Apesar de todas essas

diferenças, o processo que dinamiza o comportamento é mais ou menos

semelhante para todas as pessoas.

Segundo, ROBBINS (2000, p. 359):

Todo o comportamento do individuo é motivado. O

ciclo motivacional pode ser explicável através de seis

variáveis. O corpo humano permanece em estado de

equilíbrio até que um estímulo o invada, surgindo assim

uma necessidade. Essa necessidade gera uma tensão no

indivíduo a qual conduz para um comportamento ou ação

para que provoque a satisfação daquela necessidade. Se

a necessidade é satisfeita, o indivíduo retorna ao

equilíbrio psicológico. Se a satisfação não é alcançada

por ocasião de alguma barreira ocorre a frustração e

consequentemente a tensão existente não liberada que

acarreta num desequilíbrio. Do outro lado, o ciclo

motivacional pode ter uma outra solução que é

denominada compensação ou transferência quando o

indivíduo tenta satisfazer uma necessidade impossível de

ser satisfeita, através da satisfação de outra necessidade

complementar ou substitutiva.

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2.3 SISTEMAS MOTIVACIONAIS

Após considerar os aspectos de liderança como um dos fatores que

promovem a motivação das pessoas, temos também os sistemas

motivacionais. Para (MAXIMIANO, 2000, p. 369), “os sistemas motivacionais

compreendem todos os tipos de incentivos e recompensas que as

organizações oferecem aos seus empregados na tentativa de conseguir o

desempenho que possibilite a realização de seus objetivos”.

Estes sistemas focam algumas atitudes e práticas como: enriquecimento

do trabalho, autogestão nos grupos de trabalho, programas de incentivo e

remuneração por resultados, entre outros. Portanto, estes sistemas vão desde

os elogios e desafios propostos pelos gerentes, até a participação dos

funcionários no processo decisório, nos lucros ou na propriedade da empresa,

passando por benefícios, prêmios, programas de enriquecimento do trabalho e

planos de carreiras.

2.4 TEORIAS SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA

A palavra motivação abrange as causas ou motivos que produzem

determinado comportamento, seja ele qual for. É um termo genérico que

designa as necessidades, meras ou desejos que provocam a ação de um

organismo.

A motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do

comportamento humano. É ela quem irá determinar os níveis de desempenho

pessoal e profissional obtidos.

Pessoa motivada usualmente significa alguém que demonstra alto grau

de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza. Uma

pessoa motivada trabalhará com afinco para atingir metas de desempenho.

Contudo altos níveis de esforço nem sempre conduzem a um desempenho ou

resultado favorável, a menos que o esforço seja canalizado na direção que

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possa beneficiar a organização. O esforço deve ser bem-direcionado e

consiste com o objetivo organizacional.

Segundo (MAXIMIANO,2000, p. 297) “as pessoas também se motivam

para fazer coisas que vão na direção oposta à desejada pela empresa”. É por

isso que o estudo da motivação é de grande importância para os

administradores, para que se possam entender as causas ou fatores que

podem causar o estado de disposição para realizar tarefas.

Quando uma pessoa se põe a caminho de um objetivo, ela não

necessariamente está motivada a atingir este objetivo. Os fatores que a levam

a caminhar naquela direção podem ser intrínsecos (há motivação) e

extrínsecos (há apenas movimento).

O administrador deve induzir as pessoas a contribuírem com seu

esforço para o desempenho da atividade, conhecendo as condições sob as

quais as pessoas podem ser motivadas pra executarem as atividades dentro

das organizações.

Seguindo esta vertente, BOWDITCH (1992, p. 39) classifica as teorias

sobre a motivação humana da seguinte forma: as teorias de conteúdo (que

procuram explicar quais os fatores que motivam as pessoas), as teorias de

processo (que procura explicar como funciona a motivação) e as teorias

baseadas no ambiente (que enfocam genericamente a sustentação ou

manutenção do comportamento ao longo do tempo).

2.4.1 TEORIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW

Abraham Maslow é o autor da mais conhecida e importante teoria sobre

motivação.Ela estabelece que as pessoas são motivadas essencialmente

pelas necessidades humanas, organizadas numa hierarquia de cinco níveis

básicas, conforme sua complexidade. Quanto mais forte a necessidade,

extingue-se o motivo que movimenta o comportamento e a motivação cessa,

passando-se então para a necessidade imediatamente superior.

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O principal valor desta abordagem é o reconhecimento e

a identificação das necessidades individuais, com o

propósito de motivar o comportamento. Apelando às

necessidades insatisfeitas dos subordinados, os gerentes

poderiam tentar influenciar o comportamento deles. Neste

sentido, a referida teoria enfatiza uma abordagem flexível

e capaz de adaptar incentivos sob a medida de cada

funcionário, se quiserem maximizar as respectivas

contribuições. Esta estratégia pode consumir bastante

tempo e ser difícil de ser posta em prática.Além disso

para aproveitar a totalidade do potencial da motivação, os

gerentes precisam ser capazes de relacionar as

necessidades dos funcionários envolvidos, e não apenas

as suas próprias necessidades ou suposições.

(MAXIMIANO, 2000, p. 310)

Auto

Realização

Necessidades de Estima

Necessidades Sociais

Necessidades de Segurança

Necessidades Básicas ou Fisiológicas

(MAXIMIANO, 2000, p. 310)

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2.4.2 TEORIA DOS DOIS FATORES

Criada por Frederick Herzberg, a motivação resulta de fatores

relacionados ao próprio trabalho ou relacionados às condições de trabalho:

a) Fatores motivacionais ou intrínsecos ao próprio trabalho

Está relacionado ao conteúdo do trabalho m si e que efetivamente encorajam o

desenvolvimento humano. Exemplo: exercício da responsabilidade, sentido de

realização de algo importante, possibilidade de crescimento e sentimento de

orgulho e prestigio da profissão. (MAXIMIANO, 2000, p.316)

b) Fatores higiênicos ou extrínsecos ao trabalho

Está relacionado às condições de trabalho que podem impedir a insatisfação,

mas que não influenciam os empregados e crescerem e s desenvolverem.

Exemplo: estilo de supervisão, relações pessoais, salário, condições físicas

segurança, política de administração de pessoal. (MAXIMIANO, 2000, p.316).

2.4.3 TEORIA DA EXPECTATIVA

Procura explicar como as crenças e expectativas que as pessoas tem, a respeito do seu trabalho, combina se com a força de seus desejos, para

produzir algum tipo de motivação, todas elas retratam a ideia intuitiva de que o

esforço depende do resultado que se deseja alcançar ou da recompensa

esperada por este dispêndio.

Para MAXIMIANO essencialmente o modelo supõe que a motivação é

uma função de três componentes: (1) uma expectativa de esforço-

desempenho, no sentido de que um esforço maior trará um bom desempenho,

(2) uma percepção de desempenho resultado, no sentido de que um bom

desempenho trará certos resultados ou recompensas, o que chamamos de

instrumentalidade, e (3)o valor ou atração de uma certa recompensa ou

resultado para a pessoa denominada de valência. Assim, para que um

indivíduo esteja motivado ele precisa dar valor ao resultado ou à recompensa,

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precisa acreditar que um esforço adicional o levará a um desempenho melhor,

subsequentemente, resultará em recompensas ou resultados maiores.

As principais implicações que podem se extraídas de teoria das expectativas

são:

1.Tem a vantagem de oferecer um esquema para se entender como a

motivação funciona.

2. As recompensas ou outros resultados para motivar as pessoas precisam ser

desejados por esses indivíduos. Os gerentes, portanto, precisam identificar

resultados de valor, e não simplesmente supor que sabem exatamente o que

os funcionários desejam, ou atribuir suas próprias necessidades ou desejos a

outras pessoas.

3.Os funcionários precisam perceber que o seu esforço (comportamento)

resultará em bom desempenho.

2.4.4.TEORIA DA EQUIDADE

Para MAXIMIANO (2000, p.305):

O ponto central desta teoria é a crença de que as

recompensas devem ser proporcionais ao esforço e iguais

a todos. A premissa dessa teoria é que as pessoas

estabelecem entre esta proporcionalidade e que a falta de

equidade acarreta em desmotivação.

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2.4.5. MODELO DE COMPORTAMENTO

É uma das principais teorias que explicam como os motivos determinam

o comportamento. Ao mesmo tempo é o modelo mais simples, que fornece

uma explicação fácil para o entendimento das ações individuais.

Para MAXIMIANO (2000, p. 299) “este modelo afirma que todo

comportamento é motivado por alguma coisa interna ou externa ao indivíduo,

orientada para a realização de algum objetivo. Esta realização pode ser

obstaculizada por: frustração, conflito e ansiedade”.

Assumindo a remissa de que o comportamento de todas as pessoas é

similar, surgem outras teorias de processo, que introduzem elementos

explicativos à influência dessas diferenças individuais sobre os motivos e os

objetivos. A primeira teoria importante sofistica este modelo, descrevendo

como o objetivo pode ter maior ou menor importância para as pessoas. É a

teoria da expectativa.

2.4.6 TEORIA CAMINHO-META

Derivada da teoria das expectativas, seu enfoque básico é o exame da

motivação e o modo como um diagnóstico pode influenciar a administração do

desempenho.

A ideia é que as pessoas fazem opções que refletem

suas preferências em termos da relativa utilidade delas

para si. (ou seja, uma espécie de hierarquia de resultados

ESTÍMULO

PESSOA

OBJETIVO

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pessoais). Assim, as pessoas serão motivadas a produzir

quanto percebem que seus esforços a levaram a um

desempenho bem-sucedido e a obtenção das

recompensas almejadas. Os esforços da gerencia no

sentido de motivar, portanto, devem se concentrar em

esclarecer o “caminho” de um subordinado ara uma meta

ou objetivos desejados. (MONTANA, 2000, p. 233)

O principal ponto aqui é que os gerentes podem motivar as pessoas

aumentando os benefícios pessoais de realização de trabalhos/metas

(procurando aumentar a valência de uma meta específica). Ao fazê-lo, a

probabilidade subjetiva de que o esforço (desempenho) levará ao atingimento

de metas (instrumentalidade) será maior. Se,entretanto, o modo como uma

certa meta pode ser atingida já estiver claro, essas informações adicionais

podem ser vistas pelo subordinado como desnecessárias. O resultado pode

ser uma satisfação reduzida a uma motivação menor. Assim, a ênfase para os

gerentes deve ser em examinar cuidadosamente as expectativas, utilidades e

instrumentalidades percebidas pelos subordinados em situações diferentes.

2.4.7 MODELO CONTINGENCIAL DE VROOM

Enquanto a teoria de Maslow está baseada em uma estrutura uniforme

e hierárquica de necessidades, a teoria de Herzberg baseia-se em duas

classes de fatores. Ambos repousam na presunção implícita de que existe uma

maneira melhor de motivar as pessoas, seja por meio do reconhecimento da

pirâmide de necessidades humanas, seja através da aplicação dos fatores

motivacionais e do enriquecimento do cargo. Todavia, a evidência tem

demonstrado que diferentes pessoas reagem de diferentes maneiras,

conforme a situação em que estejam colocadas. A limitação tecnológica de

alguns cargos pode, muitas vezes, restringir ou mesmo impedir a plena

utilização de fatores motivacionais e do enriquecimento do cargo. Em outros

termos, a motivação individual, para produzir em dado momento, depende não

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só dos objetivos individuais, mas também da percepção da utilidade relativa do

desempenho pessoal como um meio gradativo de atingir aqueles meios

objetivos.

Vroom desenvolveu uma teoria da motivação que rejeita noções

preconcebidas e que reconhece as diferenças acima. Sua teoria está mais

dentro da linha atualmente aceita pelos psicólogos e sociólogos

contemporâneos. Para ele, o nível de produtividade individual parece depender

de três forças básicas que atuam dentro do indivíduo:

• Os objetivos individuais, ou seja, a força do desejo de atingir os

objetivos.

• A relação que o indivíduo percebe entre produtividade e alcance dos

seus objetivos individuais.

• A capacidade de um indivíduo influenciar seu próprio nível de

produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo.

Para um autor, o indivíduo pode desejar aumentar a produtividade

quanto três condições se impõem:

• Objetivos pessoais do indivíduo: que podem incluir dinheiro, segurança

no cargo, aceitação social, reconhecimento, trabalho interessante etc.

• Relação percebida entre satisfação dos objetivos e a alta produtividade

se um operário tem como importante objetivo ter u salário maior e se trabalha a

base de remuneração por produção, poderá ter uma forte motivação para

produzir mais. Porém, se sua necessidade de aceitação social pelos outros

membros do grupo é mais importante, poderá produzir abaixo do nível que o

grupo consagrou como padrão de produção informal para produzir mais poderá

significar a rejeição do grupo.

• Percepção da sua capacidade de influenciar sua produtividade: se um

empregado acredita que um grande volume de esforço despendido tem pouco

efeito sobre o resultado, tenderá a não se esforçar muito, como é o caso de

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uma pessoa colocada em um cargo sem treinamento adequado ou do operário

colocada em uma linha de montagem em uma velocidade fixa.

2.4.8 TEORIA DO CONDICIONAMENTO E REFORÇO OPERANTES

A suposição básica que sustenta a teoria de Skinner do

condicionamento operante é que o comportamento humano é determinado e

mantido pelo ambiente da pessoa.

Embora o comportamento possa ser inicialmente

aleatório, à medida que o indivíduo explora o meio

ambiente e reage a ele, certos comportamentos serão

reforçados e subsequentemente repetidos .Assim, o

comportamento ou a motivação de um individuo é uma

função das conseqüências daquele comportamento. Do

ponto de vista gerencial, a teoria do esforço sugere que,

se alguém quiser manter um certo comportamento no

trabalho, precisará poder manipular as conseqüências

daquele comportamento. Como esta escola supõe que

todo comportamento tem uma base condicionadora

operante, a motivação fica reduzida a identificar as

necessidades e oferecer as recompensas apropriadas.

Valorizando os reforços positivos, tais como elogios,

reconhecimento, remuneração ou promoções,

dependentes de certos comportamentos (tais como

esforço maior, atingimento de metas), os administradores

podem aumentar a probabilidade de que esses

comportamentos sejam mantidos ao longo do tempo.

(MONTANA, 2000, p.214).

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2.4.9 TEORIA DA COMPARAÇÃO SOCIAL

Para BOWDITCH (1992, p.41):

Essa teoria sugere que as atitudes em relação a um

trabalho em particular serão construídas com base tanto

na situação atual do trabalho, como de comportamentos

pesados, ligados ao trabalho atual. Um outro aspecto da

teoria da comparação social é a tendência a justificar ou

racionalizar certos comportamentos, visto que essa

justificativa nos ajuda a entender atitudes e

comportamentos específicos. Embora as pessoas

prefiram usar critérios objetivos para este fim, quando não

houver meios objetivos, as pessoas farão essas

comparações em bases altamente subjetivas. Desta

forma, mesmo quando não houver justificativas objetivas

suficientes para um certo comportamento, os indivíduos

serão capazes de criar significados subjetivos que

justifiquem seus esforços.

2.5 ESCOLHA DE UM MODELO MOTIVACIONAL APROPRIADO

Um dos problemas envolvidos na apresentação de uma variedade de

modelos motivacionais é identificar qual dessas estruturas conceituais é a mais

apropriada para certa situação. Para tanto é preciso descobrir quais são os

aspectos de motivação que faltam para certa situação, e trabalhar no

desenvolvimento deles. Dependendo da circunstância, isso poderá incluir atos

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como: tornar os cargos mais desafiantes, melhorar os sistemas de

recompensas intrínsecas e extrínsecas, estabelecer metas mais difíceis ou

mais abrangentes; ajudar as pessoas atingirem suas metas; remover barreiras

que possam impedir as pessoas de atingirem seus objetivos; e reforçar os

comportamentos apropriados, enquanto se desencorajam outros.

É evidente que certos tipos de modelo são mais adequados para certos

tipos de previsões e entendimentos. Por exemplo, a teoria das expectativas é

útil para se avaliar as opções com as quais uma pessoa é confrontada: a

escolha que um certo indivíduo irá fazer depende das valências,

instrumentalidades e expectativas envolvidas. A teoria da equidade e os

modelos de estabelecimento de metas parecem ter utilidade na previsão de

escolhas. Entretanto, a quantidade de esforço que uma pessoa provavelmente

dedicará a uma tarefa poderá ser melhor explicada pelas teorias da

necessidade e da equidade do que pela teoria do reforço, que enfoca

primariamente o comportamento. E não as emoções. O desempenho no cargo

parece bem explicado pelas teorias do reforço, da equidade ou das metas, ao

passo que é difícil explicar um desempenho insatisfatório pela teoria da

expectativa, ou mesmo pela das necessidades. Finalmente, comportamentos

de afastamento, tais como rotatividade e absenteísmo podem ser bem

analisados pelas teorias do reforço, da equidade e da expectativa. Se uma

pessoa pede demissão, a decisão pode ser explicada por recompensas

inadequadas (teoria do reforço); recompensa desigual, se comparada à de

outras pessoas que executa serviço semelhantes (teoria da equidade); ou poça

probabilidade de atingir as metas ou valências esperadas (teoria da

expectativa). Por outro lado, as teorias das necessidades e do estabelecimento

de metas não parecem explicar comportamentos de afastamento tão bem.

2.6 MOTIVAÇÃO DO LÍDER

Outra forma de estudar a liderança é focalizar as motivações dos

líderes.

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Algumas pessoas são líderes não por causa de suas

habilidades, mas porque gostam de liderar. David

McClelland foi quem identificou a necessidade de poder

(o interesse em perseguir, ocupar e exercitar posições de

poder). A pessoa que busca a satisfação dessa

necessidade realiza ações específicas para alcançar

posições nas quais possa influenciar o comportamento

alheio: considera - se adeptos, candidatar-se a algum

cargo eletivo, fazer propostas a um grupo, aproximar-se

da estrutura existente de poder ou matricular-se numa

academia militar. (MAXIMIANO, 2000, p.338)

Para o mesmo autor, a necessidade de poder tem duas manifestações

principais. Na primeira manifestação, a pessoa busca a satisfação pessoal por

meio da influência sobre o comportamento alheio. A pessoa que tem essa

motivação procura ser dominante e pode evocar a lealdade e a inspiração de

parte de seus liderados. Ou pode ser, simplesmente, egocêntrica, e satisfazer

sua ansiedade pelo poder à custa do domínio sobre os liderados. Uma variante

desse comportamento é o das pessoas que usam a organização em benefício

próprio. Na segunda manifestação, a pessoa dá ênfase ao poder social ou

institucional e busca a satisfação de metas coletivas. Os líderes desse tipo não

procuram a submissão alheia, mas antes a mobilização de esforços alheios no

sentido de realizar a missão do grupo.

2.7 MOTIVAÇÃO DOS LIDERADOS

Os colaboradores só seguem o líder por alguma razão ou motivo,

alguma tarefa ou missão. Esta ligação inseparável entre o líder e as

motivações dos liderados permite afirmar que toda liderança é transacional; ou

seja, sempre há um processo de troca entre ambos, baseado no interesse

mútuo. Sem esse processo de troca entre ambos, baseado no interesse

mútuo. Sem esse componente, não há liderança, apenas influência ou

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popularidade. Apenas com um plano, objetivo ou idéia, que atrai seguidores, o

líder potencial torna-se líder real.

“Outro elemento importante em qualquer estudo sobre liderança é o

consentimento dos liderados. Só há liderança quando os liderados seguem o

líder espontaneamente”. (MAXIMIANO, 2000, p. 391)

Para o mesmo autor, em princípio, “distinguem-se dois tipos de

liderados, o que equivale a dizer que há dois tipos de motivação (ou de

trocas)”.

v Seguidores ou liderados fiéis, que se deixam seduzir pela mensagem

intrínseca que o líder transite pela missão que propõe, por sua imagem, pela

instituição que representa ou por outros fatores de natureza simbólica,

emocional ou moral. Carismática é o adjetivo que caracteriza a liderança

associada ao liderado do tipo fiel.

v Seguidores ou liderados mercenários, para os quais o líder representa o

mecanismo para a obtenção de recompensas psicológicas ou materiais (ou

ambas). Transacional é o adjetivo que define a liderança associada ao liderado

do tipo mercenário.

As missões que o líder propõe ao grupo podem ser classificadas nos

três tipos de envolvimento identificados por MAXIMIANO (2000, p. 332):

1) Missão moral

Atrai os seguidores pela força intrínseca de sua idéia ou proposta, um desafio

ou problema a resolver.

A recompensa dos seguidores é a própria realização da missão ou tarefa.

O conteúdo moral da missão ou tarefa pode ser enfatizado pelo líder, por meio

da evolução do sentido ou importância da missão, da necessidade de sacrifício

ou do uso de imagens de propaganda.

2) Missão calculista

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É realizada em troca de uma recompensa material e psicológica.

Prêmios, participação em lucros, elogios e diploma de funcionário-padrão são

exemplos de recompensas.

3) Missão alienatória

O receio de um castigo por não realizar a tarefa motiva os seguidores.

Em certos casos, a tarefa é realizada por senso de responsabilidade, mesmo

que os seguidores não acreditem em sua legitimidade ou não precisem temer

qualquer tipo de punição.

Conclui-se que todo mundo precisa se sentir motivado para crescer,

descobrir seus objetivos e lutar por eles. Quando o indivíduo está motivado,

produz-se melhor e se supera cada vez mais. A motivação é um processo

interno de cada um, mas pode ser estimulado quando o líder consegue

identificar as necessidades próprias de cada subordinado e buscar sua

realização.

2.8 MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA

Entre os fatores que podem promover a motivação das pessoas está a

ação dos líderes. Embora pertençam à categoria dos fatores higiênicos e não à

dos motivacionais, de acordo com a teoria dos dois fatores, os gerentes podem

influenciar decisivamente nos aspectos motivacionais de seus subordinados.

O EFEITO PIGMALIÃO NAS ORGANIZAÇÕES

O conceito do efeito Pigmalião propõe que o desenvolvimento, a

motivação e o desempenho de uma pessoa dependem em parte da forma

como ela é tratada por outros, em particular por aqueles que têm sobre ela

alguma espécie de ascendência, como é o caso dos chefes. O tratamento

recebido do chefe, por sua vez é produto das expectativas que o chefe te em

relação aos membros de sua equipe.

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Segundo MAXIMIANO (2000, p. 321), este tratamento se desdobra em 4

fatores principais:

1. Clima

O clima no ambiente de trabalho é representado pela atmosfera

psicológica criada pelo gerente, por meio de sua maneira de falar, tom de voz,

expressão corporal e expressão facial. Quanto mais favorável o clima criado

pelo gerente, maior é a impressão, de parte do subordinado, de que desfruta

sua confiança, e mais abertos estão os canais de comunicação. O subordinado

sente-se então mais propenso a responder positivamente a essa confiança, o

que contribui para seu desenvolvimento.

2. Informações

Outra maneira pela qual o superior transmite expectativas positivas é a

quantidade de informações que orientam o desempenho do subordinado. De

certa maneira, o gerente orienta o subordinado a chegar até o objetivo,

suprindo-o da maior quantidade possível de dados que o ajudam a cumprir a

tarefa.

3. Feedback

O gerente pode ajudar o desenvolvimento d subordinado mantendo-o

informado sobre seu desempenho, sobre como ele está se saindo no

desempenho de suas tarefas. Quando a expectativa do gerente é elevada,

esse feedback tende a ser frequentemente e detalhado: o subordinado fica

sabendo onde está e para onde deve ir, o que deve fazer para melhorar.

4. Resultado final

Quando tem confiança no desempenho do subordinado, o gerente tende

mostrar-lhe, consciente ou inconscientemente, as recompensas que advirão de

ter alcançado o objetivo.

Concluímos que as teorias de conteúdo da motivação procuram dar uma

visão geral das necessidades. Dentre elas a teoria da hierarquia das

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necessidades aponta para as necessidades fisiológicas, de segurança, sociais,

de estima e de auto-realização. Por outro lado, as teorias de processo da

motivação procuram mostrar como o comportamento é ativado, dirigido,

mantido e concluído. Dentre elas, a teoria do estabelecimento de objetivos

mostra que estabelecer objetivos constitui uma grande fonte de motivação

principalmente quando ocorre a auto-eficácia, ou seja, a crença do indivíduo de

que ele é capaz de alcançar os objetivos. Com todas essas teorias, o líder

deve buscar um modelo integrado de motivação que busque a capacitação das

pessoas, a motivação e a oferta de oportunidades e desafios para um melhor

desempenho.

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CAPÍTULO III

O LÍDER E O GRUPO

Neste capítulo abordaremos o líder e o grupo, o líder precisará aprender e

envolver continuamente com os outros. Os líderes sempre precisaram se

desenvolver constantemente como pessoas inteligentes, repositórios de

informações e guias de comportamento, alicerçando este desenvolvimento na

sabedoria acumulada para que possam ensinar aos seus liderados.

O líder para influenciar o grupo terá que ter visão firme, convicção,

energia, discernimento, sabedoria e habilidade. E, para fazer progredir e

modificar organizações, são necessárias capacidades de aprendizado e

flexibilidade pessoal.

O que fica mais evidente é que as instituições do passado ficarão

obsoletas e novas formas de liderança terão de ser aprendidas.

Um primeiro princípio de liderança é que esta é uma relação entre um

líder e seguidores. Sem seguidores não há o que liderar. O líder voltado para

como ser sabe que as pessoas são o principal ativo de uma organização e

demonstram essa poderosa filosofia através de palavras, condutas e

relacionamento.

Nas organizações do século XXI, todos os líderes precisam aprender a

seguir e liderar com sucesso. Profundas e contínuas mudanças tecnológicas,

demográficas e econômicas tornaram obsoleto o líder onisciente.

Definir a visão concentrará a atenção delas e mostrará a direção. Uma vez

definida essa visão e estando as pessoas compromissadas com ela, o papel

do líder é dedicar a atenção à fisiologia, como as pessoas estão agindo e se

desempenhando na organização e alinhar o desempenho delas a visão. Aqui é

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onde o líder se sairá como “líder de torcida”, defensor e incentivador em vez de

como juiz, crítico ou avaliador. Ajudar as pessoas a alinhar o comportamento à

visão da organização solidificará o alcance das metas e deslocará a energia na

direção desejada. Isto resulta em uma organização, onde as pessoas, não

apenas sabem para onde estão sendo levadas, mas têm autonomia para

chegar lá.

A liderança é uma das responsabilidades humanas mais universais e as

qualidades mais admiradas e apontadas em um líder é que sejam honestos,

tenha visão do futuro, seja incentivador e competente.

Essas características compreendem o que os especialistas em

comunicação denominam de “credibilidade na fonte”. Ao avaliar a

confiabilidade das fontes de informação serão eles vendedores, gerentes,

médicos, políticos ou padres aquelas que possuem a mais alta classificação

nestas dimensões são consideradas fontes de informação mais fidedignas. As

organizações querem líderes fidedignos. As organizações acreditam e confiam

nos líderes que são mais empolgados e entusiasmados e que possuem

conhecimento e habilidades para conduzir os seus liderados.

O líder do próximo milênio não será aquele que aprendeu as lições de

como fazer, com fileiras de procedimentos e ferramentas que se dissolvam nas

estrondosas mudanças à frente. O líder de hoje e do futuro será focado em

como ser, como desenvolver qualidade, caráter, mentalidade, valores,

princípios e coragem.

O líder constrói uma liderança distribuída e diversa – levando-a até as

bordas mais extremas do círculo a fim de desencadear a energia da

responsabilidade compartilhada. Ele gera uma força de trabalho, uma diretoria

e uma equipe administrativa que refletem as várias faces da comunidade e do

ambiente, de modo que clientes e membros se encontrem quando virem esta

organização do futuro ricamente diversa.

Esta líder prega a visão do futuro da organização de modo tão

empolgante que acende a fagulha necessária para construir uma empresa

abrangente. Ele mobiliza as pessoas em torno da missão da organização,

convertendo-a em uma força poderosa para os futuros tempos incertos. A

coordenação em torno da missão gera uma energia que transforma o local de

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trabalho em um lugar onde trabalhadores e equipes podem se expressar em

suas atividades e encontrar sentido além da tarefa, enquanto procuram cumprir

a missão. Através do foco direcionado para a missão, o líder voltado para

“como ser” fornece aos demais líderes, diversos e espalhados pela empresa,

em senso claro de direção e a oportunidade de encontrar sentido em seus

trabalhos.

Concluímos que a liderança é um processo exigente e complexo. E que

o segredo da liderança consiste em influenciar as pessoas a trabalharem a

solução de suas dúvidas. Que a característica de liderança mais elementar de

todas é a inteligência. A capacidade de enxergar longe e com mais rapidez, de

raciocinar com mais eficácia é fundamental.

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CONCLUSÃO

Quaisquer que seja a forma que futuro vier a tomar, as empresas bem

sucedidas serão aquelas que levarem a sério à convicção de que a vantagem

competitiva está baseada no desenvolvimento e no crescimento das pessoas

que as integram.

Independente do tipo de liderança, um líder possui grande influencia

nas atitudes de seus seguidores e que conduzem à satisfação pessoal e

profissional, levando-os a serem criteriosos e consequentemente fazendo a

diferença, ou seja, a vantagem competitiva para a organização. O líder bem

sucedido não pode ter a voz mais forte, mas o ouvido mais preparado. E a

verdadeira engenhosidade estará não nas realizações pessoais, mas na

descoberta de novos talentos.

È importante para um líder traçar as metas com clareza, seja

entusiasmados com a causa que patrocinam. Trate as pessoas com gentileza,

respeito e honestidade. Bons líderes entendem que seu pessoal pode errar às

vezes e não punem a falha. Eles ajudam os subordinados e a organização a

aprender com o fracasso.

O líder do futuro deve ser um observador incansável, alguém que corra

riscos e um formador de equipes. E o seu maior desafio será conduzir e

gerenciar com eficácia as relações entre a missão, valores e objetivos

organizacionais.

E será um grande desafio para os lideres identificar e promoverem e

desenvolver estas pessoas para que elas possam expandir e agregar valores

as organizações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIA

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Paulo: Atlas, 1994.

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Organizacional. 1ª ed. São Paulo: Pioneira, 1992.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos –

Fundamentos Básicos. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração –

6ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 5ª ed.

São Paulo: Atlas, 2000.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. 2ª ed.

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Saraiva, 2000

MORAES, Anna Maria Pereira de. Iniciação ao Estudo da Administração.

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ROBBINS, Stephen P. Administração - Mudanças e Perspectivas, São

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(LIDERANÇA)

1. Conceito de liderança 10

1.1-Histórico de liderança 11

1.2-Poder e autoridade 13

1.3-Autoridade formal x liderança 13

1.4-O líder 14

1.5-Teorias de liderança 14

1.6-Teorias sobre os estudos de liderança 16

1.7-Modelos de liderança situacional 17

CAPITULO II

(MOTIVAÇÂO)

2. Conceito de motivação 20

2.1-Histórico da motivação 21

2.2-Ciclo motivacional 23

2.3-Sistemas motivacionais 24

2.4-Teorias sobre a motivação humana 24

2.4.1-Teoria das necessidades de maslow 25

2.4.2-Teoria dos dois fatores 27

2.4.3-Teoria da Expectativa 27

2.4.4-Teoria da Equidade 28

2.4.5-Modelo de Comportamento 29

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2.4.6-Teoria caminho meta 29

2.4.7-Modelo contingencial de vroom 31

2.4.8-Teoria do condicionamento e reforço operante 32

2.4.9-Teoria da comparação social 33

2.5-Escolha de um modelo motivacional 33

2.6-Motivação do líder 34

2.7-Motivação dos liderados 35

2.8-Motivação e liderança 37

CAPITULO III

(O LÌDER)

3. O líder e o grupo 40

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44

ÍNDICE 46