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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MANUTENÇÂO COM QUALIDADE Por: Paulo Cesar Ferreira do Amparo Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

MANUTENÇÂO COM QUALIDADE

Por: Paulo Cesar Ferreira do Amparo

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

MANUTENÇÂO COM QUALIDADE

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Administração da Qualidade

Por: Paulo Cesar Ferreira do Amparo

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AGRADECIMENTOS

... Á minha esposa Márcia, aos meus filhos e

amigos Alexandre e Wagner que me deram

total apoio e incentivo durante todo o tempo

que tive de dedicar durante este

aprendizado.

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DEDICATÓRIA

Dedico à memória de meu pai, que me

ensinou durante meu inicio de vida profissional

no ramo de manutenção e que era meu maior

ídolo e exemplo de luta e perseverança, que

com grande dificuldade conseguiu me dar

formação educacional e moral para mim e a

minha mãe por sempre torcer e rezar por mim

nos momentos de maiores dificuldades.

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RESUMO

A pesquisa focada neste trabalho acadêmico deve-se a melhoria do

desempenho na atividade de gerenciamento da manutenção industrial com a

utilização dos conceitos e ferramentas da qualidade total, buscando a redução do

retrabalho com maior lucratividade e redução do tempo gastos nos serviços

executados. Com o emprego de métodos específicos de gestão, a implantação e

utilização dos cinco sensos da qualidade e aplicação das doutrinas de Philip Crosby

e as teorias do Dr. Deming. O método usado para desenvolvimento deste trabalho foi

a pesquisa bibliográfica, material didático do curso de administração da qualidade do

Instituto A Vez do Mestre e pesquisa junto a internet. O resultado alcançado foi que é

possível a utilização dos conhecimentos da qualidade total inicialmente desenvolvido

para a produção, na atividade de manutenção industrial e com esta pratica alcançar

uma maior confiabilidade, disponibilidade e credibilidade para os equipamentos e

profissionais deste ramo de atividade industrial.

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METODOLOGIA

Para a elaboração deste trabalho de pesquisa foram utilizados livros, material

didático conseguido dos arquivos dos professores do curso de administração da

qualidade, revistas e consultas na internet. Não se fez necessário a utilização de

questionários por se tratar de aplicação de conceitos já conhecidos mundialmente

numa atividade que é executada bem antes da revolução industrial e visa apenas

propiciar maior durabilidade e rentabilidade com o funcionamento das diversas

maquinas (mecânicas, elétricas, eletrônicas e etc.) e instalações com menos custos

provocados pelas quebras e retrabalho gerado pela falta de qualidade dos serviços

executados pelos próprios profissionais durante as atividades de manutenção.

Assim propiciando uma maior lucratividade e confiabilidade para que os utilizar.

.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I “5S” Inicio da QT na Manutenção Industrial 10

CAPÍTULO II - A Qualidade Total na Manutenção 20

CAPÍTULO III – Manutenção Preditiva 48

CAPÍTULO IV – Segurança na manutenção 55

CONCLUSÃO 60

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 62

ÍNDICE 67

FOLHA DE AVALIAÇÃO 70

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INTRODUÇÃO

No passado a atividade de manutenção era uma arte pratica que só se

aprendia trabalhando com os mais velhos ou experientes das diversas áreas e que

dificilmente era ensinado a um desconhecido, porem, com o progresso chegando e

novas tecnologias, houve a necessidade de um maior aperfeiçoamento com isto

investimento em treinamento para garantir que os novos equipamentos até então

desconhecidas, tivessem maior durabilidade, confiabilidade e que o seu

funcionamento garanti-se a qualidade da produção. Tendo assim a atividade de

manutenção saída de um patamar secundário dentro da organização para um nível

de gerencia com a importância de gerar lucro e a necessidade de redução dos

tempos de maquina parada, eliminação dos desperdícios e retrabalho que dentro da

manutenção poderia ser considerado o maior problema, pois se tem que fazer, faça

direito da primeira vez com isto as aplicações dos conceitos de qualidade total na

melhoria da atividade de manutenção industrial poderão acompanhar e documentar

estas melhorias que quando estudadas e analisadas poderão se tornar em novas

melhorias e obtendo menos tempo com menor custo.

Com técnicas inicialmente usadas no Japão e hoje em dia aplicadas e

disseminadas por todo o mundo e em todas as atividades veremos que sempre

podemos melhorar o que achamos que esta bom. Treinando, aprendendo e

ensinando melhorando o próprio conhecimento e dos demais profissionais de

manutenção tais técnicas aparentemente simples porem fazem grande diferença no

produto final, garantindo o melhor desempenho dos profissionais de manutenção que

no passado eram tão mal visto pelos demais segmentos das empresas.

Com aplicação dos fundamentos, das ferramentas e conceitos da qualidade

total simples como o “5S” e as doutrinas do Dr. Deming. Mudamos os aspectos

comportamentais, um dos mais importantes para a manutenção com qualidade que é

estabelecer e manter o local de trabalho organizado, limpo e ordenado. Que no

entender, a melhor forma de se conseguir a excelência é através da aplicação do

processo “5S”.

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Através de quatro capítulos, este trabalho acadêmico esclarece como se pode

alcançar um serviço de gerenciamento da atividade de manutenção industrial com

qualidade, um dos maiores requisitos do mercado atual.

No primeiro capitulo abordarei o programa “5S” para manutenção que é o

portão de entrada para serviços com qualidade, os tipos de atividade de manutenção

e manutenção produtiva total.

No segundo capitulo descreverei a Qualidade total na manutenção com a

composição do método que são as teorias do Dr. Deming, o relacionamento da

manutenção com a operação, a manutenção e seu parceiros, manutenção e seu

indicadores, procedimentos para a manutenção e encerarei este capitulo com

algumas fermentas estatísticas que podem ser aplicadas em esta atividade.

No terceiro capitulo descreverei a manutenção preditiva e alguns testes como:

análise de vibração, ultra-som, análise cromatográfica de óleos isolantes, análise

termográfica, índice de polarização, análise de descargas parciais em geradores,

trinca, ferrografia e gás congelante. Que fazem parte de esta variedade de

manutenção, cuja principal idéia é anteceder o defeito que poderá acontecer para se

tomar as medidas corretas.

No quarto capitulo é abordado à segurança na manutenção uma exigência dos

tempos de hoje com analise preliminar de risco, ferramentas, equipamentos,

bloqueio, reuniões de segurança, auditorias comportamentais e inspeção gerencial.

Com as técnicas da qualidade total e o apoio da alta gerencia. Os gerentes de

manutenção ganham vantagens significativas para a organização. Se tornar cada

vez mais competitiva.

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CAPÍTULO I

“5S” INICIO DA QT NA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

Manutenção são todas as ações necessárias para que um item seja

consertado, restaurado ou não pare de funcionar, de modo a poder permanecer de

acordo com uma condição especifica dado pelo fabricante para desempenhar suas

funções dentro de tolerâncias e condições adequadas. O gerenciamento dos

serviços de manutenção foi ate pouco tempo visto como uma atividade secundaria

de um processo produtivo, mais com a aplicação dos cinco sensos da qualidade as

melhorias começaram a surgir. O gerenciamento de manutenção, embora seja uma

atividade de ganho enorme e que propicie uma grande lucratividade quando

executada de maneira correta no ramo industrial. Nos anos 80 com a população se

transformando de um tempo industrial simples para uma era caracterizada pela alta

complexidade e tecnologia de mudanças constantes, é que a manutenção está

sendo obrigado a absorver tecnologias mais complicadas e cada vez mais

sofisticadas, com o gerenciamento da atividade no seu maior sentido, envolvendo

aspectos comportamentais, controle de custos, terceirização, ferramentas da

qualidade total (QT), documentação dos procedimentos, controle dos indicadores,

controle estatísticos, manutenção preditiva, relação com fornecedores e clientes. A

ênfase na segurança do trabalho tornou ainda mais complexa está atividade.

Normalmente, no passado e em muitas situações do presente, o alto índice de

falhas e problemas gerados pelas estruturas industriais leva as decisões tomadas na

base de sentimentos e medos, uma atividade de manutenção gerada por problemas

que contribui para baixa disponibilidade dos equipamentos, alto custo dos serviços

com baixa confiabilidade e credibilidade nos procedimentos adotados nos

equipamentos. Com a introdução dos cinco sensos da qualidade na atividade,

melhorias começaram a surgir.

I.1- O Programa “5S” na Manutenção

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O programa “5S” foi desenvolvido no Japão por volta dos anos 50 e

atualmente praticado e reconhecido mundialmente é o principio para a introdução da

QT em qualquer atividade. A conceituação do “5S” vem de cinco palavras em

japonês, que são:

1. Seiri.

2. Seiton.

3. Seisou.

4. Seiketsu.

5. Shitsuke.

I.1.1- Seiri.

Palavra em japonês que significa arrumação e para a manutenção

identificação equipamentos (maquinas e instrumentos), ferramentas, armários,

bancadas, materiais de seguranças do trabalho (EPIs) e materiais necessários e

desnecessários nas oficinas.

I.1.2- Seiton.

Palavra em japonês que significa ordenação que é determinar a melhor

localização de cada um dos itens mencionados acima, de maneira racional para um

serviço com qualidade de forma que fique esteticamente bonita sua visualização

para todos. Neste momento, os itens desnecessários deverão ser descartados e os

itens de uso esporádicos colocados em outros locais.

I.1.3- Seisou.

Palavra em japonês que significa limpeza nesta hora se começa a eliminação

de poeira, graxas, óleos e todo tipo de detritos. Nesta fase poderemos incrementar

melhorias no ambiente de trabalho, como pintura, revestimento do piso e colocação

de plantas e quadros.

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I.1.4- Seiketsu.

Palavra em japonês cujo significado é asseio (Higiene e Saúde) que para os

profissionais de manutenção refere-se à preocupação com a saúde nos níveis físico,

mental e emocional. Alem de manter os três primeiros processos como forma de

melhoria continua do ambiente físico de trabalho, devemos ter a plena consciência

dos aspectos que afetam nossa saúde e agir sobre eles criando novos hábitos

comportamentais.

I.1.5- Shitsuke.

Palavra em japonês com o significado de disciplina que em todas as

atividades profissionais demonstram que com o tempo e o convívio diário com um

local de trabalho limpo e organizado leva ao habito de mantê-lo; os profissionais que

ali freqüentam devem ser incentivados a possuir uma rígida disciplina consigo e com

os colegas de trabalho.

I.2- Tipos de Manutenção Industrial

Para facilitar a divisão da manutenção industrial podemos considerar como

tipos de manutenção as seguintes definições:

1. Manutenção Preventiva ou MP.

2. Manutenção Corretiva ou MC.

3. Manutenção Corretiva Planejada.

4. Manutenção Seletiva.

5. Manutenção de Rotina.

6. Manutenção Detectiva.

7. Manutenção Preditiva.

8. Manutenção Produtiva Total.

I.2.1- Manutenção Preventiva.

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Manutenção Preventiva ou MP é feita através de todas as ações executadas

através de inspeções sistemáticas, detecção e de medidas necessárias para evitar

falhas incipientes com a finalidade de conservar um determinado item (maquina,

equipamento ou instalação) dentro das condições especificas que normalmente são

dados nos manuais técnicos. A Manutenção Preventiva deverá ser seguida de

acordo com uma rotina já previamente estabelecida e devemos também embutir na

filosofia do especialista que está executando que limpezas, ajuste de contatos,

revisão de parafusos, revisão de soldas, ajustes de controles e outras normas que

por ventura não estiverem presentes na rotina. São importantes de serem

observadas e documentadas.

I.2.2- Manutenção Corretiva.

Manutenção Corretiva ou MC é aquela que restabelece o sistema a condição

operacional dentro das especificações do manual. Após um defeito que é uma

ocorrência no item que não impede seu funcionamento, todavia podem a curto ou

longo prazo acarretar sua indisponibilidade ou depois de uma falha que são as

ocorrências que impedem o seu funcionamento. Todos os serviços de Manutenção

Corretiva devem ser anotados no manual quando este tiver o campo para está

anotação, caderneta ou ficha histórica do item reparado.

I.2.3- Manutenção Corretiva Planejada.

Segundo Pinto (1998) manutenção corretiva planejada. “È a correção do

desempenho menor do que o esperado ou da falha, por decisão gerencial, pela

atuação em função de acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a

quebra”.

I.2.4- Manutenção Seletiva.

Manutenção Seletiva é serviço de troca de um determinado equipamento ou

maquina com a prioridade de emergência ou urgência ou necessária.

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I.2.5- Manutenção de Rotina.

Manutenção de Rotina são os serviços de manutenção efetuados pelo próprio

pessoal da manutenção em um determinado item, sem acarretar sua

indisponibilidade. A Manutenção de Rotina nada mais é que a Manutenção

Preventiva com uma prioridade necessária que pode ser executada pelo próprio

operador da maquina ou equipamento como limpeza, lubrificação, pintura de uma

pequena área que não atrapalhe a sua produção.

I.2.6- Manutenção Detectiva.

Segundo Pinto (1998) a manutenção detectiva. “É a atuação em sistemas de

proteção buscando detectar falhas ocultas ou não-perceptíveis ao pessoal de

operação e manutenção”.

I.2.7- Manutenção Preditiva.

Manutenção Preditiva são serviços de acompanhamento de desgaste de uma

ou mais peças visando determinar o ponto exato de troca ou reparo a manutenção

preditiva executa uma monitorizarão e avaliação para manter o equipamento ou

maquina em funcionamento não interferindo nos demais tempos da manutenção ela

esta baseada nas técnicas de diagnósticos do estado do equipamento, em testes

não destrutivo e analises estatísticas, utilizados para prever quando uma

determinada manutenção deverá ser escalada. Devido à manutenção preditiva ser

um grande avanço no que diz respeito à qualidade daremos uma atenção especial

num próximo capitulo.

I.2.8- Manutenção Produtiva Total.

Manutenção Produtiva Total ou TPM (sigla em inglês), o objetivo da

manutenção é de garantir a máxima disponibilidade dos equipamentos para a

produção, essa técnica pode ser descrita como o acompanhamento e a realização

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da manutenção inicial pelos próprios operadores dos equipamentos, reduzindo em

muito a indisponibilidade do equipamento defeituoso, seja pelo aprendizado

adquirido e conhecimento que o operador vai tendo dos sintomas e diagnósticos dos

equipamentos, seja pelo tempo ganho devido a muitas vezes não haver a

necessidade de ser chamado o pessoal de outro departamento. Este tipo de serviço

tem tanto de qualidade total que iremos analisa a TPM de uma maneira mais

profunda.

I.3- Manutenção Produtiva Total

O processo conhecido como Total Productive Maintenance ou manutenção

produtiva total, Pode ser considerado a excelência na manutenção, que neste

trabalho acadêmico será usada sempre a sigla TPM, consagrada mundialmente,

para designarmos a manutenção produtiva total.

Um importante demonstrativo da força do TPM é lançado no livro Equipment

Planning For TPM: Maintenance Prevention Design. Esse livro é totalmente dedicado

a como deve ser o projeto de máquinas e equipamentos para facilitar o TPM dentro

de uma indústria. Desenvolveu-se até o conceito de “equipamento amigável”,

designando aqueles equipamentos que, na sua concepção de projeto, trazem

facilidade para a execução da manutenção.

Se a tarefa da manutenção dentro da organização é cada vez mais

compreendida por todos de garantir a máxima disponibilidade dos equipamentos

para a produção, essa técnica é o acompanhamento e a realização da manutenção

inicial pelos próprios operadores dos equipamentos, reduzindo em muito os tempos

de equipamento indisponível , seja pelo agudo conhecimento que o operador vai

tendo dos sintomas e diagnósticos dos equipamentos, sejam pelo tempo ganho

devido a muitas vezes não ser necessário o chamado de profissionais de outro setor.

O responsável pela conceituação, disseminação e sistematização do TPM foi

Nakajima no livro Introdution to TPM. O TPM é aplicado em conjunto com as técnicas

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de Qualidade Total, aumentando a qualidade e a produtividade das organizações

indústrias. Essa técnica vem sendo implementada no Japão desde 1971.

O TPM engloba segundo Nakajima (1988), todos os aspectos abaixo:

• Normalização.

• Sistematização.

• Administração.

• Produtividade e qualidade.

• Redução de custos.

• Diminuição dos acidentes de trabalho.

• Meio ambiente.

• Clima organizacional.

Nakajima define o TPM como “a integração total homem x máquina x

empresa, ou seja, a administração das máquinas é feita por toda a organização. A

manutenção e feita com a participação de todos”.

Essa definição engloba conceitos como “Quebra Zero e Zero Defeito”; o

conceito principal é que cada um deve exercer o seu próprio controle. A técnica

conduz ao que autor chama de manutenção espontânea.

Esses conceitos implicam que as pequenas manutenções, incluindo limpeza

do equipamento, são de responsabilidade do operador da máquina, já que o mesmo

estar em contato diário com ela e conhece bem o estado de seu equipamento. Para

que o operador possa efetuar essas pequenas manutenções, que incluem também

inspeções, é necessário, motivá-lo e treiná-lo. Uma das ferramentas de treinamento

é a utilização de figuras fáceis de serem entendidas, que mostram como o operador

pode identificar anormalidades que podem vir a provocar um defeito. Mesmo no

TPM, a manutenção de maior porte deve ter planejamento e ser executada pelo

Profissional do departamento de manutenção. Esse mesmo departamento deve ser

responsável pelo que Nakajima a chama de “gestão do equipamento”. Essa gestão

compreende tanto o recebimento do equipamento, teste de comissionamento ou

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teste de aceitação, como modificações nos equipamentos de forma a eliminar

problemas crônicos e facilitar a manutenção pelos operadores.

Nakajima aborda como propriedade, que as falhas de equipamentos que

aparecem representam apenas a parte de cima de uma pirâmide e na parte de baixo

desta pirâmide, têm-se as causas das falhas, que são sujeira, atrito, folgas, trincas, e

deformações. Sugere, então, cinco medidas, visando à quebra zero:

1) Atacar causas básicas: lubrificação, limpeza e aperto.

2) Operar dentro dos limites dos equipamentos.

3) Recuperação das degenerações.

4) Sanar as não-conformidades de projetos.

5) Melhorar a capacitação técnicas de manutenção e operação.

Ao contrário do que os favoráveis a trecerização desejam. Os adeptos do TPM

indicam como condição de vantagem competitiva que no futuro as empresas devem

dominar com seus recursos próprios a tecnologia de manutenção das suas maquinas

e equipamentos mais sofisticados.

Nota-se ainda que essa técnica de manutenção só produzisse os resultados

satisfatórios quando a adesão dos empregados é voluntaria e espontânea.

Segundo Verri (2007). “Uma excelente contribuição desta técnica é a

identificação dos tipos de falhas inconscientes, cujo conceito pode ser aproveitado

em qualquer outro tipo de manutenção”:

As falhas inconscientes podem ser físicas ou psicológicas.

1. Falhas inconscientes físicas que são:

• Somente detectadas na desmontagem do equipamento ou maquina.

• Difíceis de visualizar, devido ao posicionamento inadequado.

• Impossível de visualizar, devido à sujeira e aos detritos.

2. Falhas inconscientes psicológicas que podem ser:

• Indiferenças (interesse, consciência).

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• Incapacitação tecnológica.

• Desprezo pelos pequenos sinais ou defeitos.

Para implantação do TPM em uma organização é necessário o cumprimento

de sete etapas:

1) Limpeza inicial, incluindo reapertos.

2) Combate às causas da sujeira e melhorar os acessos para os pontos de

limpeza.

3) Plano de limpeza e lubrificação.

4) Inspeção geral, realizada com o uso de manual ou procedimentos.

5) Inspeções periódicas voluntárias, utilizando-se uma lista de verificação

(check-list).

6) Organização e ordem, incluindo os procedimentos e ferramental.

7) Consolidação através da incorporação das melhorias.

Atenção é certo afirmar que uma organização industrial que executa

operações do tipo “produção em linha” e é composta de maquinas de pequeno porte,

cada uma manipulada pelo mesmo funcionário, ou por operadores no determinado

turno de trabalho. Nesta classe de indústria os conceitos de TPM são totalmente

aplicáveis, uma vez que o local do operador não se altera durante o mesmo turno ate

alcançar o produto final. Esse tipo de indústria também é caracterizado pela

utilização mais intensivo de mão-de-obra do que as de processamento contínuo.

Já as indústrias de processamento contínuo (são indústrias cujas interrupções

são mínimas em qualquer corrida de produção ou entre corridas de produção de

produtos que exigem características de processo tais como líquidos, gases, fibras e

pulverizados) se caracterizam pelo grande porte de seus equipamentos (grandes

maquinas, turbinas, bombas, caldeiras, tubulações, caldeiras, vasos), operados em

conjunto por um numero pequeno de operadores, geralmente através de operações

realizadas em salas de controle onde não há contatos com os equipamentos. Os

processos são físico-químicos, em grande volume. Um exemplo deste tipo de

indústria seria uma refinaria de petróleo como também todas as indústrias

petroquímicas, siderúrgicas e fábricas de papel e celulose. Onde o conceito do

operador cuidar da própria maquina fica sendo impossível.

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Porém é possível de se utilizar alguns importantes conceitos da prática do

TPM neste tipo de indústria, com o de promover maior interação do operador com os

diversos equipamentos e sistemas por ele controlados, o que significaria vantagem

para a manutenção. Podendo o operador executar com sucesso tarefas do

departamento de manutenção e outros como:

• Inspeção de bombas, tubulações, motores, caldeiras, etc.

• Troca de lâmpadas de sinalizações.

• Limpeza e lubrificação de equipamentos.

• Pequenas pinturas que não atrapalhem sua rotina.

• Colocação de lembretes de segurança e proteção.

As principais e mais importantes condições básicas para a implantação de um

programa de manutenção nos moldes do TPM são:

• A alta administração tem que ter em foco a importância da gerencia

de manutenção como vantagem competitiva na redução de custos e na

qualidade final do produto.

• Deverá ser feito uma preparação psicológica nos empregados mais

antigos, principalmente nos níveis de execução e supervisão, porque

modelos ultrapassados e enraizados na empresa deverão ser

quebrados.

• Uma forma de implantação do TPM é a contratação de novos

operadores com formação técnica em equipamentos, tais como

técnicos mecânicos, eletrônicos, eletricistas. No processo de

contratação obter o compromisso de que pequenas manutenções são

de atribuição do operador que esta sendo admitido.

• Sempre deve haver muita motivação por parte dos empregados para a

implantação de uma nova mentalidade dentro da empresa, visando o

aumento da competitividade e lucratividade da empresa. Essa

motivação deve vir da confiança entre empregado e empresa também

da clara percepção de que a sobrevivência da indústria depende da

adoção de nova filosofia de trabalho.

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CAPITULO II

QUALIDADE TOTAL NA MANUTENÇÂO

Algumas das diversas teorias, técnicas e ferramentas da qualidade total (QT)

podem ser aplicáveis na atividade de manutenção. Porem não de uma hora para

outra, mais após anos de tentativas mantendo a Constancia de propósitos para a

melhoria dos produtos e serviços de que nos é dito pelo Dr. Deming, no primeiro de

seus 14 pontos.

Todas as teorias da aplicação da QT possuem vantagens, que podem ser

utilizadas no gerenciamento da atividade de manutenção industrial segundo a

doutrina de Crosby que sugere até o “dia do zero-defeito” nos equipamentos para

que todos os empregados mostrem e participem das melhorias e mudanças,

coincidem com o ideal para a manutenção industrial. Ou seja: a não existência de

paradas por defeitos, ou seja, a inexistência de manutenção corretiva. Com isto

devemos certificar que o gerenciamento esta comprometido com a qualidade.

Formar grupos para a melhoria da qualidade com representantes de todas as áreas

da organização. Identificar onde estão e adotar medidas para medir e avaliar os

problemas existentes e potenciais que comprometem a qualidade. Planejar e

programar as ações necessárias para corrigir os problemas identificados. Tomar

como seu os custos relativos à qualidade na manutenção e incluí-los nos orçamentos

anuais. Adotar medidas para despertar interesse de todos os empregados para a

política de qualidade da organização. Formar o “comitê do zero-defeito”. Treinar

todos os empregados em suas funções destinadas à melhoria da qualidade. Criar

formalmente o “dia do defeito-zero”. Convoque todos os empregados, forme equipes

e negocie com eles as metas de melhorias. De apoio e incentive os empregados a

reportar os obstáculos às melhorias. Crie formas de recompensar e estimular os

empregados. Crie formalmente o conselho da qualidade e mantenha-o em atividade

para comunicar-se com toda a organização sobre as realizações para as melhorias.

Realize campanhas e crie mecanismos para mostra que a gestão pela qualidade

para as melhorias deve ser permanente.

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A doutrina de Juran refere-se às necessidades de disponibilidade e

mantenabilidade dos equipamentos. Onde qualidade significa adequação ao uso; a

qualidade é a chave para a sobrevivência em meio à acirrada competição; qualidade

requer melhoria e exige, portanto, o abandono de enforques tradicional, quebra de

paradigmas e constâncias nos objetivos, ou seja, melhoria continua; qualidade exige

liderança da alta administração; qualidade exige treinamento em todos os níveis da

organização; qualidade exige cultura em todos os níveis da organização com a

participação de toda a força de trabalho; qualidade e seus objetivos passam a fazer

parte do planejamento dos negócios e devem ser desdobrados a todos os níveis da

organização; qualidade exige acompanhamento e analise e deve ser medida em

toda parte. Com isto devemos identificar as áreas que requerem controle; criar e

implementar os sistemas de controle (procedimentos e equipamentos); estabelecer e

implementar um sistema de medição e a incentiva também a procura da causa

básica. E finalmente nos dar uma ferramenta a espiral do progresso em qualidade.

Ishikawa incentiva a resolver os problemas de varias maneira, utilizando os

próprios profissionais de manutenção para apontar as soluções e ao mesmo tempo

comprometendo-os na implementação das soluções. Também inspira a procurar as

causas básicas em cada problema de equipamento a fim de dar uma solução

definitiva para o mesmo. Segundo Ishikawa: a qualidade começa e termina com a

educação; a primeira prioridade é conhecer os requisitos dos clientes (no caso da

manutenção é a produção); o estado ideal do controle de qualidade é quando a

inspeção não é mais necessária, esta condição é praticamente impossível de ser

alcançada quando os serviços de manutenção são feitos em equipamentos com

muitos anos de uso continuo, devido ao desgastes de seus componentes; remova as

causas dos problemas, não atue sobre os efeitos; o controle da qualidade é tarefas

de todos; não confundir meios com objetivos; coloque a qualidade em primeiro lugar

e estabeleça a estratégia e o planejamento de longo prazo; o marketing é a entrada

e saída da qualidade; a alta administração deve prestigiar os esforços dos

empregados e jamais reagir negativamente as suas observações e sugestões.

Segundo Ishikawa 95% de todos os problemas de uma organização podem ser

resolvidos com o uso das 7 ferramentas da qualidade que são:

• Digrama de causa-efeito

• Diagrama de dispersão.

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• Fluxograma.

• Folha de verificação.

• Gráfico de controle.

• Gráfico de Pareto.

• Histograma.

Contata-se no presente se depende essencialmente de maquinas e que por

isso o projeto e manutenção destes equipamentos devem atender aos controles de

qualidade; consumindo menos energia e agredindo menos o meio ambiente,

melhorando a utilização de insumos, e de recursos humanos. Esses conceitos são

emitidos por Feigenbaum, cuja doutrina é descrita por controlar a QT, que significa

integrar o desenvolvimento, implementação e manutenção dos esforços para a

melhoria da qualidade em todas as dimensões da organização, para permitir a

completa satisfação do cliente; o controle da qualidade significa estabelecer padrões,

avaliar a conformidade desses padrões, atuar corretivamente quando esses padrões

forem desobedecidos e atuar de forma proativa na melhoria desses padrões;

controle de qualidade exige integração de todas as atividades; qualidade aumenta o

lucro, porque dela resultam melhoria na satisfação dos clientes, redução nas perdas,

desperdícios e redução de custos (item que na manutenção pode significaria a

eliminação do retrabalho); qualidade produz qualidade, pois todos se beneficiam,

sendo. Portanto, tarefa de todos; recursos humanos alavancam a qualidade; controle

de qualidade se aplica a todas as dimensões da organização; controle de qualidade

entra em todas as fases de um processo produtivo, iniciando com os requisitos dos

clientes, projeto, transporte e entrega do produto; qualidade exige organização que

deve estar definida no sistema da qualidade da organização e disseminada pelos

facilitadores; a qualidade tem seus custos e eles devem ser um meio de avaliação e

otimização; qualidade exige o uso de ferramentas estatísticas; controle da qualidade

é feito na fonte da tarefa e os empregados precisam de liberdade para agir sobre os

processos sob sua responsabilidade.

Segundo Feigenbaum existem quatro pecados mortais na implantação da

qualidade numa organização:

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1- Perda do interesse inicial pela qualidade, ou seja, programa da qualidade

utilizado apenas como “logos de artifício” ou “espetáculo pirotécnico” pela

alta administração por interesses políticos (coisa comum de acontecer no

serviço publico brasileiro)

2- Governo adotar medidas protecionistas e encobrir a baixa qualidade por

motivos políticos.

3- Negligenciar a qualidade da produção nas organizações controladas em

outros países.

4- Confinar programas da qualidade a classe inferior da organização. A

qualidade é tarefa de todos.

A solução para os problemas da manutenção com qualidade pode ser

encontrada nos pontos comuns das teorias de Feigenbaum e Deming. Relações

humanas eficazes é a base fundamental da motivação para a qualidade, afirma

Feigenbaum; elimine o medo das pessoas estabelecendo um relacionamento eficaz,

diz Deming. É necessária a participação de todos os empregados expõe

Feigenbaum; obrigue todos os funcionários da empresa no sentido de realizar a

transformação visando à qualidade, fala Deming. Faça com que os funcionários da

organização tenham orgulho do que fazem expõe Feigenbaum; remova as barreiras

que privam o funcionário em todos os níveis de seu direito de se orgulha de seu

desempenho, expõe Deming. Existe grande necessidade de educar todos para a

qualidade, afirma Feigenbaum; institua um forte programa de educação e auto-

aprimoramento, é o que propõe Deming.

Como exposto à busca do homem em um relacionamento saudável com a

utilização das diversas ferramentas da qualidade para a sua correta aplicação, na

motivação, que é o propulsor que contribui para retirar barreiras e nos faz alcançar

os níveis de excelência na qualidade. Que muitas organizações prosperam em

condições totalmente desfavoráveis através da motivação dos seus funcionários.

É de se observar que as teorias da qualidade total são coincidentes com a

pratica, ao nos mostrar que podemos alcançar uma melhor qualidade diminuindo os

gastos.

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II.1- Composição do Método Doutrina de Deming

E fundamental ressaltar que as estruturas do método para alcançarmos a QT

na manutenção está principalmente ligada às teorias do Dr. Deming. Irei listar os

seus 14 pontos ou doutrina, base para elaboração deste trabalho acadêmico:

1- Estabelecer constância de propósitos para a melhoria do produto e do

serviço, objetivando tornar se competitiva e manter-se em atividade, bem

com a criar emprego.

2- Adote uma nova filosofia. Estamos em uma nova era econômica. A

administração ocidental deve acordar para o desafio, conscientizar-se de

suas responsabilidades e assumir a liderança no processo de

transformação para alcançarmos a qualidade.

3- Deixem de depender de inspeções para atingir a qualidade. Elimine a

necessidade de inspeção em massa, introduzindo a qualidade do produto

desde o seu estagio inicial.

4- Cesse a pratica de comprar produtos e serviços com base no custo inicial.

Em vez disto, minimize o custo total. Desenvolva um único fornecedor para

cada item, num relacionamento de longo prazo fundamentado na lealdade

e na confiança.

5- Adotem a abordagem cientifica, melhore constantemente o sistema de

produção e de prestação de serviços, de moldo a melhorar a qualidade e a

produtividade e, conseqüentemente, reduzir de forma sistemática os

custos.

6- Institua o treinamento na função, com base nos conceitos de controle

estatísticos do processo e proporcione aos empregados oportunidades de

educação e treinamento em novas tecnologias. Acompanhe sempre

lançamentos alguns podem melhorar os serviços (custo/beneficio).

7- Substitua a tradicional supervisão ditatorial pela liderança. O objetivo da

chefia deve ser ajudar as pessoas e as maquinas e dispositivos a executar

um bom trabalho. Com o envolvimento direto da alta administração, com

ênfase no trabalho em equipe e comprometimento dos empregados com

os objetivos globais da organização.

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8- Elimine o medo, de tal forma que todos trabalhem de modo eficaz para a

organização, ou seja, crie um ambiente de gestão participativa estimulando

um clima de abertura e confiança.

9- Derrube as barreiras entre departamentos. As pessoas engajadas no

sucesso da organização devem trabalhar em equipes, de modo a prever

problemas de produção e de utilização de produtos e serviços.

10- Eliminem lemas, exortações e metas para os trabalhadores que exijam

nível de zero de falhas e estabeleçam novos níveis para a produtividade.

Tais exortações provocam problemas, visto que o grosso das causas da

baixa produtividade e da baixa qualidade encontra-se no sistema, estando,

portanto fora do alcance dos trabalhadores.

11- Elimine as cotas numéricas para a produção e o processo administrativo

por objetivos. Elimine o processo administrativo por cifras, por objetivos

numéricos. Substitua-os pela administração por processos através do

exemplo de líderes.

12- Eliminem qualquer tipo de avaliação individual de desempenho para os

empregados, negociando compromissos e metas com as equipes.

Remover qualquer tipo de fonte de descontentamentos físico, ambientais,

psicológicos e emocionais que quebrem o moral e reduzam a

produtividade.

13- Identificar a necessidade de treinamento na função e instituir um rigoroso

programa de educação, auto-aprimoramento e de crescimento pessoal

para os funcionários.

14- Incentivar o engajamento de todos para realizar a transformação cultural,

para implantar a gestão pela qualidade total e assegurar o êxito da

organização. A transformação é competência de todos os empregados.

II.2- Relação da Manutenção com a Operação

A relação entre a manutenção e a operação (produção) é historicamente um

antagonismo entre os departamentos de operação e de manutenção nas indústrias

em geral. O pessoal de manutenção costuma generalizar o pensamento de que o

pessoal de operação não trata o equipamento de maneira correta, ou seja, judia das

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maquinas; por outro lado o profissional de operação costuma associar a manutenção

ao problema, pois geralmente a manutenção só aparece quando existem problemas

em equipamentos.

O atrito entre as gerencias das duas áreas podem ser encarado como uma

disputa pela sobrevivência dentro da organização, pois ninguém quer ser o culpado

pelo problema da parada do equipamento, pois isto acarreta prejuízo para a

organização. A disponibilização de equipamentos para a manutenção preventiva

pode ser difícil, se não houver uma programação. A barreira e falta de apoio entre os

dois departamentos podem ser grandes. O profissional de manutenção passa a

entender que o seu cliente interno (operação) é um problema e não a razão de sua

existência.

Por outro lado o pessoal da operação se coloca em um patamar superior ao

do pessoal da manutenção. Normalmente, não são dados os devidos valores aos

aspectos de funcionamento dos equipamentos, por essas tarefas serem julgadas

inferiores.

Outro problema nesta relação são as inúmeras modificações (MODTEC) e as

melhorias que os operadores desejam em relação ao projeto inicial do equipamento.

Embora muitas modificações e melhorias sejam importantes e necessárias

para aperfeiçoar os processos, ou tirando uma situação insegura, ou propiciando o

mesmo trabalho com um numero menor de operadores, a realidade é que grande

números de modificações obedece apenas ao desejo de operadores, nem sempre

consensuais entre diversos grupos de trabalho.

II.3- Manutenção e seus Parceiros

A equipe de manutenção deve ter em foco a importância de parcerias com os

seus clientes internos.

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A experiência tem demonstrado que a organização só tem o que lucrar se

operação (produção) e manutenção trabalharem em comum acordo em uma

verdadeira parceria. O processo de manutenção conhecido como TPM seria a maior

demonstração de esta união, já que em este processo o profissional de operação é

obrigado a conhecer os equipamentos e as suas dificuldades auxiliando os

profissionais de manutenção nos seus serviços.

A partir da postura gerencial. Os supervisores de manutenção devem começar

a ouvir com atenção e cuidado os supervisores de produção, e vice-versa. A alta

produção com qualidade, segurança, sem agredir o meio ambiente e com menor

despesa é o que todos esperam e isto só e alcançado com alta disponibilidade dos

equipamentos.

A atitude dos dois gerentes tem peso na determinação em este processo de

parceria. O não-encobrimento de erros de parte a parte, a atitude de caráter prático e

cristalino, a benevolência e a camaradagem vai sendo disseminado por toda

organização.

No desenvolver de essa idéia, o gerente de manutenção deve ter coragem e

humildade de administrar pesquisas junto aos supervisores de operação. Esse

procedimento realizado periodicamente tem a finalidade de alcança os seguintes

resultados:

• Uma justaposição entre as duas áreas pelo conhecimento mútuo.

• O conhecimento das reais dificuldades das duas partes.

• A melhoria dos processos pelos feedbacks recebidos.

• Explicação essencial sobre conceitos de manutenção para os

supervisores de operação.

A pesquisa ajuda a identificar problemas crônicos e a abolição de estes

problemas traz mais satisfação e boa vontade por parte do cliente que no caso da

manutenção é a operação; uma vez resolvidos estes problemas podemos liberar

mão-de-obra para a Manutenção Preventiva e Preditiva e melhorar o resultado pleno

da organização pelo aumento da credibilidade dos equipamentos.

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Um conjunto de informações geradas pela aplicação de uma pesquisa direta

com seus clientes pelas informações que contem pode ser de grande valia para os

profissionais de manutenção que buscam a excelência.

As melhores informações que normalmente poderemos retirar das pesquisas

são as sugestões e as informações sobre os problemas nos equipamentos que

impedem o bom trabalho da operação.

Porem, obviamente, é necessário na análise das informações pesquisadas,

terem conhecimento da ambiência da organização, o momento da realização da

pesquisa e ter consciência de que pode haver opiniões diferentes entre os clientes

internos de uma mesma organização.

O que podemos analisar que as pesquisas junto aos clientes devem possuir

indicadores como notas para podermos analisar se o desempenho da manutenção

alcançou melhorias.

O importante é eliminação dos serviços desnecessários mesmo analisando

que o custo da manutenção não é muito elevado em relação ao faturamento bruto

das organizações. Provavelmente devido estas razões, realizam no Brasil muitas

modificações em relação ao projeto inicial. A verdade é que grande parte das

modificações obedecem aos desejos dos operadores, nem sempre consensuais

entre os diversos grupos de trabalho. Porém, os pedidos de modificações que

pretendem adequar às instalações a um novo patamar de segurança e Meio

Ambientes devem ser atendidos e que a qualidade dos projetistas, dos fornecedores

de materiais, de serviços, e das montadoras, no Brasil, não pode ser comparada com

os dos países mais desenvolvidos, devido ao exposto realmente algumas

modificações se tornam necessárias em nossa pátria.

Como esta sendo demonstrados, os gerentes de manutenção deve embarrear

as solicitações de modificações das instalações da indústria, que são solicitadas

como manutenção. Primeiramente devemos ter uma idéia dos custos totais e demais

conseqüência envolvidas para os profissionais de manutenção, para que tenha uma

atitude critica em relação a estas solicitações. Deve-se fazer todo o levantamento do

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projeto de modificação junto ao gerente de operações. Medida pratica devem ser

tomadas após o projeto de modificação ter sido feito:

• Uma modificação deve ser sempre aprovada pelo gerente de operação

da área.

• O pedido deve ser precedido de uma consulta aos demais grupos do

turno de revezamento. Se esta medida não for tomada, corre-se o risco

de modificar mais de uma vez o mesmo equipamento, ou seja, o

projeto de modificação deve ser apresentado e aprovado por todos os

envolvidos.

• É necessário que se tenha um orçamento total já delineado para

aprovação destas modificações.

II.4- Manutenção e seus Indicadores

Como dito por Ishikawa (1986), ”não se pode melhorar aquilo que não se

mede” Por este motivo a manutenção deve ter certos indicadores de desempenho

também conhecido como índice de controle e estes indicadores devem ser

escolhidos com cuidado para não provocar uma desmotivação nos profissionais

desta atividade.

Segundo Verri (2007), ”o número de indicadores seja suficientemente grande

para se ter uma idéia sistêmica do desempenho, mais que seja suficientemente

pequeno para não se banalizar os indicadores e dispersar as ações em busca da

excelência na manutenção”.

Podem-se propor como indicadores para a manutenção:

1. Disponibilidade de Equipamentos.

2. Tempo Médio para Reparo.

3. Tempo Médio para Falha.

4. Tempo Médio entre Falhas.

5. Custo da Manutenção.

6. Resserviço.

7. Produtividade.

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8. Manutenção Preventiva e preditiva/Total.

9. Absenteismo.

10. Indicador de Hora Extra.

11. Acidente de Trabalho.

12. Treinamento.

13. Black-log.

II.4.1- Disponibilidade de Equipamentos

Disponibilidade de equipamento que é o maior indicador para a manutenção,

pois a manutenção existe para propiciar a máxima continuidade operacional dos

equipamentos através de uma grande disponibilidade.

Segundo a ABNT de número 5462/94, disponibilidade é a “medida do grau em

que um item estará em estado operável e confiável no inicio da missão for exigida

aleatoriamente no tempo”

Disponibilidade mede o tempo médio em que a gama de equipamento de uma

indústria esta operável e confiável, referido ao tempo total do período considerado.

Da teoria da confiabilidade verifica-se que a disponibilidade depende de duas outras

características: a confiabilidade e a mantenabilidade. Ou seja, quanto mais confiável

for o equipamento, menor a probabilidade de ele falhar, pelo exposto maior a

probabilidade deste equipamento estar disponível para a produção.

A manutenção pode aumentar a confiabilidade com um estudo detalhado e

profundo de cada falha tentando resolver as causas básicas e eliminando estas

condições. Pois os conceitos atuais de manutenção pressupõem que se deva

trabalhar para que os equipamentos não quebrem. Por sua vez, a mantenabilidade

esta ligada ao tempo de reparo do equipamento; portanto, quanto menor o tempo de

reparo, melhor será a mantenabilidade, diretamente ligado maior a disponibilidade.

Pelo que foi exposto a manutenção deve trabalhar para diminuir o tempo de

reparo, seja através de ferramentas mais adequadas, procedimentos a implementar,

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motivação do pessoal ou até mesmo fazendo intervenção antes das quebras totais

do equipamento. É bom entender que por mais que se faca manutenção preditiva e

preventiva uma hora o equipamento vai falhar porem o pessoal de manutenção deve

trabalhar para que os tempos entre falha sejam cada vez maiores, e também estar

preparado para uma rápida recolocação em operação em caso de quebra.

Para se calcular a disponibilidade é necessária calcular antes o TMEF e

TMPR.

Segundo Xavier/20 dez. 2010. A disponibilidade é calculada pela formula:

TMEF

Disponibilidade= _____________ X100(%)

TMEF + TMPR

II. 4.2- Tempo Médio Para Reparo

Segundo Viana (2002) o Tempo Médio de Reparo “é dado como sendo a

divisão entre a soma de horas de indisponibilidade para a operação devido à

manutenção pelo numero de intervenções corretivas no período”.

Segundo Xavier/20 dez.2010. O TMPR é calculado pela formula:

Somatório dos tempos de reparo

TMPR=______________________________

Número de intervenções observadas

II.4.3- Tempo Médio Para Falha

Segundo Viana (2002). Existem equipamentos que não tem reparo são

descartados após a queima então o tempo médio para falha tem enfoque neste tipo

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de componente, “consistindo na relação entre o total de horas disponíveis do

equipamento para operação dividido pelo numero de falhas detectadas em

componentes não reparáveis”.

II. 4.4- Tempo Médio Entre Falhas

Segundo Viana (2002). “É definido como a divisão da soma das horas

trabalhadas disponíveis do equipamento para a operação, pelo número de

intervenções corretivas neste equipamento no período”.

Somatório dos tempos de bom funcionamento

TMEF= ________________________________________

Número de intervalos observados

Matematicamente, vamos ter:

i=n

TMEF = ∑ (TRi+TFi) / N

I=0

Onde:

N= Numero de falhas num período considerado.

TRi= Tempo de reparo de cada intervenção.

TFi=Tempo até a falha para cada evento.

N= Numero de equipamentos.

Nota-se, que por esta formula, são considerados os tempos até que ocorra a

Falha, mais o tempo despendido ate o reparo. (Formula extraída de VERRI, 2007,

pg70)

Com relação aos preceitos relativos ao feedback de projeto e montagem, e

para cada ocorrência eliminar a causa básica de projeto ou montagem, pode-se

contribuir para a taxa de falha não seja alta no começo de atividade das instalações.

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Da mesma forma quando perceber o termino da vida útil do equipamento através da

manutenção preditiva, e proporcionando um rejuvenescimento dos equipamentos e

instalações pode-se contribuir para a taxa de falhas não aumente na faixa terminal

da vida útil do equipamento.

Desta forma, pode-se trabalhar com taxa de falha aproximadamente constante

para um grupo de equipamentos e, portanto, medir o Tempo Médio Entre Falhas

para cada para cada grupo de equipamentos de forma simplificada. Ou seja, também

pode calcular o TMEF pela seguinte formula:

TMEF= (104*N) *n / ∑F*24

Onde:

N= Numero total de equipamentos considerados.

N= Numero de meses levados em consideração.

∑F= Soma de todas as falhas ocorridas até o mês “n”.

Devido esta formula depender da existência de registros precisos e confiáveis

não é muito usada pela maioria das organizações Brasileira. Embora sendo uma

formula simples e adequada para grupo de equipamentos.(Formula extraída do livro

de VERRI,2007,pg72)

É necessário ter em mente a correta definição de falha e defeito que é:

• “Falha” de equipamento ocorre quando o mesmo deixa de executar a

tarefa para o qual foi projetado.

• “Defeito” é quando qualquer componente que compõe o equipamento

apresenta uma falha, comprometendo ou não a função para o qual foi

projetado.

Um exemplo de agrupamento de equipamentos para se medir o TMEF seria:

à Equipamentos mecânicos rotativos;

à Disjuntores;

à Permutadores de calor;

à Caldeiras;

à Analisadores;

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à Motores elétricos;

à Instrumentos em geral;

à Transformadores;

à Torres e vasos;

à Malhas de controle;

à Geradores.

II.4.5- Custo da Manutenção

É definido como: Custos Totais de Manutenção versus o Faturamento,

segundo Verri (2007). ”Dependendo do ramo de atividade, esse indicador pode

variar de 2% a 10%. Plantas industriais de alto desempenho têm custo de

manutenção de 2,5 % do faturamento”.

Nota no 23º congresso brasileiro de engenharia Sanitária e Ambiental foi

apresentada como “formula para calculo de custo de manutenção sem levar em

conta para efeito destes cálculos os valores decorrentes de ações de natureza de

investimento”: (REIS, pg. 3)

FAT UN - DESPM

Despesa da manutenção= _______________________

FAT UN

Onde:

FAT UN= Faturamento mensal da unidade.

DESPM= Despesa total das atividades de manutenção.

‘II.4.6- Retrabalho ou Resserviço

Próximo indicador a ser visto é o retrabalho que não deve ser confundido com

o problema crônico, pois o resserviço é um erro provocado pelo próprio pessoal da

manutenção na execução do trabalho em um determinado equipamento, sejam por

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diagnostico errado, procedimentos incorretos, seja por aplicação de materiais

incompatíveis ou inferiores ao original. Já os problemas crônicos são diagnosticados

quando se aplicam procedimentos e materiais conforme especificados na

manutenção de um equipamento e mesmo assim ele volta a falhar com freqüência.

Pode-se considerar como resserviço ate as duas primeiras intervenções

Nos equipamentos que apresentam problemas crônicos, porem, uma equipe de

manutenção boa é capaz de identificar o problema que se repete advêm do projeto

inadequado ou de uso em condições desfavoráveis, ou de montagem inadequada,

ou de material de projeto inadequado, todas estas consideradas como causas

básicas de um problema crônico. Uma vez identificado o mesmo deve ser resolvido.

As soluções dos problemas crônicos alem de atender o pessoal da operação,

libera parcela considerável de mão-de-obra, que pode ser usada em ocupação mais

nobre como manutenção preditiva e manutenção preventiva.

Devemos considerar 6 meses como intervalo ideal entre duas intervenções

uma vez que esta é a garantia dada pelos fornecedores de reparo em equipamentos

e instrumentos.

Segundo Xavier/20 dez. 2010. “O indicador de resserviço deve ser tomado em

relação ao total de serviços executados”.

Total de serviços repetidos

Resserviço= _________________________ X100(%)

Total de serviços realizados

II.4.7- Produtividade

Segundo Xavier/20 dez. 2010. “O indicador clássico de produtividade é o

seguinte”

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:

Horas efetivamente trabalhadas

Produtividade= ____________________________ x 100(%)

Jornada de trabalho

O indicador de produtividade (work sampling) não é muito usado no Brasil

para a atividade de manutenção, porém sua aplicação propicia a melhoria da

produtividade e também servi de base para o correto dimensionamento do efetivo.

O método conhecido como “amostragem de trabalho” é o mais capaz de

realizar esta mensuração, pois é o mais usado para medir produtividade e consiste

em usar uma ou mais profissionais que conhecem o trabalho de manutenção

percorrendo em roteiro desconhecido e em datas e horários aleatórios e anotando

para cada profissional de manutenção observado, uma das seguintes condições:

• Trabalhando: Quando estive executando serviço, seja com ferramenta ou

material técnico, esteja planejando o serviço a ser executado, esteja

requisitando material para executar o serviço.

• Em transito: Quando estiver caminhando sem ferramenta ou equipamento nas

mãos.

• Parado: quando não se enquadra em qualquer das duas anteriores.

À medida que se detecta baixa produtividade através das medições pode-se

dividir a categoria parado em outras com o intuito de se aumentar a produtividade.

Por exemplo, a categoria parado pode ser dividida em:

• Aguardando ordem de supervisor.

• Esperando material.

• Esperando permissão de trabalho.

• Parado por iniciativa própria.

Algumas recomendações importantes para se executar o work sampling.

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• Devem ser evitados locais e horários nos quais o pessoal estará parado,

como cafezinho, iniciam ou termino do expediente, próximo da hora de

alimentação, etc.

• Anotar o que vir na primeira observação; o executante pode mudar de atitude

na presença do anotador.

• A pesquisa deve levar em conta sempre o numero de profissionais

observados em cada situação, e não o nome do executante.

II.4.8- Manutenção Preventiva e preditiva/Total

O indicador de percentual de manutenção preventiva e preditiva sobre total é

uma relação expressa em porcentagem entre a soma de todas as mãos-de-obra

utilizada em manutenção preventiva + preditiva e toda a mão-de-obra gasta pela

manutenção no período.

Segundo Verri (2007). “Os valores usuais para este índice são de 30% a

50%%. Organizações em que a continuidade operacional é mais importante devem

ter índice ainda maiores, da ordem de 60%”.

Horas de paradas por Intervenção da Preditiva+MP

PIPP= __________________________________________

Total de Horas Paradas

II.4.9- Indicador de Ausência ou Absenteismo

O indicador de absenteismo que é o indicador de ausência do local de trabalho

além de medir indiretamente o moral do pessoal de manutenção dar uma idéia do

desperdício de mão-de-obra. Para efeito são computadas todas as faltas com

exceção das seguintes:

• Compensação de horas extras;

• Dispensa por serviço na madrugada que inviabilize o retorno após 11

horas de intervalo para repouso;

• Faltas legais;

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• Afastamento medico por tempo superior a 15 dias.

O indicador é a relação em porcentagem, do total de horas de faltas, excetos

as enumeradas acima, sobre o total de horas trabalhadas.

“Para entendimento, quanto às fórmulas de cálculo de índice de absenteismo,

tenho a informar que são várias e as mais diversificadas possíveis, estando e acordo

com os objetivos e necessidades internas de cada empresa.” (SATO/03 jan. 2011)

II.4.10- Indicador de Hora Extra.

Hora extra refere-se ao tempo trabalhado além do estabelecido como normal

no contrato de trabalho.

O Índice de Horas Extras Pagas é o número de hora extra pagas, em relação

ao tempo produtivo no período, expresso de forma percentual.

Horas extras pagas

IHEP= __________________ X 100

Tempo produtivo

“Índice de Hora Extras < 2,0 % (Padrão nas empresas Classe Mundial)”

(BACHMANN/05 jan.2011).

O indicador de quantitativo de hora extra contribui para melhorar ou piorar

dos seguintes indicadores, daí a importância do seu acompanhamento:

• Custo da manutenção;

• Absenteísmo;

• Taxa de freqüência de acidente;

• Produtividade.

Segundo Verri (2007) “uma equipe com um alto índice de hora extra estará

mais propensa a sofre um acidente, a faltar mais, alem de aumentar o custo da

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manutenção”. Tense que tomar cuidado, pois alguns funcionários forçam a

realização de hora extra com o intuito de complementação de salário.

A solução para o baixo salário seria uma política por parte da organização

justa a fim de dar ao profissional de manutenção um rendimento justo que garanta ao

mesmo uma condição de vida boa, porém tempo para desfrutá-la.

Este indicador deve ter uma grande variação no Brasil dependendo da

filosofia da empresa.

II.4.11- Acidente de Trabalho

O indicador de taxa de acidente de trabalho é exposto através de uma formula

normalizada no Brasil pela NBR 14280 de 30/03/2001

Fa = N.1000000/ H

Onde:

Fa= Taxa de freqüência de acidente

H= somatório de horas- homem de exposição ao risco no período

considerado.

N= Numero de acidentes.

Porém deve ser observado que este índice tem como meta ser zero.

II.4.12- Treinamento

O índice de percentual de horas de treinamento segundo Deming é

necessário instituir o treinamento e o retreinamento. Através do acompanhamento

deste indicador podemos medir quanto estamos treinados.

Para efeito deste índice, devem ser levadas em conta todas as horas de

treinamento seja em sala de aula como também no próprio local de trabalho.

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Dependendo da atividade este percentual pode ser maior ou menor porem

uma meta deve ser pré-estabelecida.

Total de horas de treinamento

TH= ______________________________________________

Total de HH disponível (numero total de empregados)

Segundo Xavier/20 dez. 2010 “Treinamento e capacitação de pessoal é são

duas grandes preocupações das empresas que querem manter alto o nível de

competitividade”.

II.4.13- Back-Log

Segundo Branco Filho (2006) back-log é o tempo que uma equipe de

manutenção deve trabalhar para concluir todos os serviços pendentes, “com toda a

sua força de trabalho, e se não forem adicionadas novas pendência durante a

execução dos serviços até então registrados e pendentes em posse da equipe e de

planejamento e controle de manutenção”.

Ou seja, o indicativo de back-log nos fornece um numero em horas que depois

devem se transformados em dias que representa o quociente de todas as horas

previstas em ordem de trabalho em carteira, cuja realização já esteja prevista e

planejada, pelo total de horas da força de trabalho disponível no setor. Em outras

palavras, o Back-log aponta, em dias, quanto tempo seria necessário, com a força de

trabalho disponível, para executar todos os trabalhos já existentes, sem que fosse

executado qualquer outro tipo de serviço.

Este indicativo nos dá uma idéia da velocidade de atendimento; pode ser um

indicador de se o efetivo da força de trabalho esta corretamente dimensionada,

desde que a produtividade medida esteja dentro dos padrões adequados.

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O índice de back-log é simplesmente a carga futura de trabalho, indica

quantos homens hora (HH) ou quantos dias, para aquela determinada força de

trabalho, serão necessários para executar todos os serviços solicitados.

Total de HH necessários para executar os serviços em carteira

Back log=____________________________________________________

Total de HH Disponíveis para executar os serviços dia

Segundo Xavier/20 dez. 2010. “A literatura internacional considera que o

Back-Log não deve ser superior a 15 dias”.

II.5- Procedimentos para a Manutenção

Os procedimentos padrões para a manutenção nos passam uma feliz

tendência entre a real necessidade de realização de manutenção preventiva, a

concepção de garantia da qualidade, necessidade de se manter um histórico

documentado para cada equipamento e que o próprio profissional deve inspecionar a

qualidade do seu trabalho.

Junto com as técnicas de manutenção preditiva que serão apresentadas num

capitulo adiante, é necessário, nas situações em que não se pode antecipar uma

futura falha de um equipamento, valer-se da manutenção preventiva.

A MP propiciar uma parada em data previamente combinada com as

necessidades da produção, permite que seja feita dentro de padrões e

procedimentos, que diminuem a variabilidade do processo de manutenção, pois

diferente da MC, tense conhecimento correto do que é para ser feito.

Neste caso, como em qualquer processo informatizado, é necessário que se

tenha um bom processo antes de padronizá-lo, deve-se tomar alguma providencia

para não se padronizar algo incorreto. Um jeito de se fazer isto é submeter o padrão

e o procedimento ao uso experimental de profissionais que embora conhecedores do

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equipamento nunca tenham executados serviços daquele procedimento e

posteriormente o resultado ser verificado por um profissional da área conhecedor do

equipamento e mais experiente, que valida ou não o processo.

O procedimento é o documento que indica o método como o serviço deverá

ser executado pelo profissional e que também esteja descrito quais as ferramentas e

material necessário para a sua execução facilitando a produtividade deste

profissional.

Para que este método der certo é necessário que o profissional seja uma

pessoa motivada e conhecedora do serviço a ser executado. Ou seja, um dos

grandes fatores de motivação é que para cada tarefa tenha a descrição sucinta do

objetivo da mesma e que as sugestões de melhoria dadas pelos executantes dos

procedimentos sejam estudadas e uma resposta deve ser dada como retorno as

idéias que poderão ser incrementadas caso estas forem validas.

Por conseqüência ao estabelecerem procedimentos e padrões escritos e

garantindo o seu seguimento, nos qualificamos naturalmente na série ISO-9000, na

categoria serviços complementares.

As normas ISO-9000 exigem que todos os procedimentos de uma

determinada atividade sejam padronizados, escrito e utilizados, para diminuir as

variações. Um produto de uma organização pode ser certificado pelas normas ISO,

desde que todo o seu processo de fabricação incluindo os de serviços

complementares (manutenção) esteja sendo executados dentro das exigências

acima, entre outras. Ou seja, adequação as normas ISO constitui uma necessidade

para a manutenção nos dias atuais.

Para se ter confiança nas medidas se torna necessário um bom programa de

aferição dos instrumentos nas preventivas. Sendo utilizados apenas padrões

calibrados e dentro de suas garantias de confiabilidade.

II.6- Ferramentas Estatísticas

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Algumas ferramentas estatísticas se tornam necessárias para um bom

gerenciamento da manutenção como:

• Cartas de controle.

• Histogramas.

• Box-plot.

Para conclusão de este subitem vou ultilizar as formulas e gráficos descritos

na publicação Gerenciamento pela Qualidade Total na Manutenção Industrial

Aplicação Prática.

II.6.1- Cartas de controle

Não existe evidencia do uso de cartas de controle, na forma tradicional de

controle estatístico do processo, no gerenciamento da manutenção industrial.

Também não se conhece o uso de métodos estatísticos para determinar valores de

grandeza depois de uma manutenção e comparar a qualidade da manutenção de

dois grupos de mantenedores. No entanto existe maneira de se usar essas técnicas

e ganharmos algo de benefício para a manutenção industrial.

As cartas de controle podem ser usadas com sucesso onde medidas de

grandeza são efetuadas de tempo em tempo, mesmo com uma periodicidade bem

menor do que na produção.

Resumindo, uma carta de controle consiste em:

1- Obter uma quantidade razoável de medidas de uma mesma grandeza

no mesmo modelo de equipamento ou peça.

2- Calcular a media destas medições (x).

3- Obter ao longo do tempo vários conjuntos de medidas, sendo cada

conjunto numa mesma época.

4- Calcular a mediadas medidas (x)

5- Calcular o desvio-padrão do conjunto de medias pela formula:

σ= σ / √K

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Onde o desvio-padrão será calculado de forma tradicional:

x =n (x - x)²

σ= Σ ____________

x=1 n

Onde: n= número de tomadas médias ao longo do tempo.

x= média de cada conjunto de dados

x= média das medias.

K= número de medidas efetuadas em cada tomada.

6- Calcula-se o Limite Superior de Controle (LSC) pela seguinte formula:

LSC= x + 3σ

7- Calcula-se o Limite Inferior de Controle (LIC) pela seguinte fórmula:

LIC= x - 3σ

Com o que foi visto poremos desenhar um gráfico contendo a grande média

(x), o Limite superior de controle (LSC) e o Limite Inferior de Controle (LSI). No

mesmo gráfico as medidas dos novos conjuntos obtidos que são tomados, plotando-

se ao longo do tempo uma curva ligando os pontos obtidos. Com isto poderemos

visualizar um modelo de carta de controle como na figura 1.

Figura 1(Extraída de VERRI, 2007, p92)

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II.6.2- Histograma

O histograma é uma ferramenta utilizada para uma rápida visualização de um

conjunto de dados.

Um histograma para variáveis não - continuas é mostrar um conjunto de

dados em um gráfico de barras construídos da seguinte forma: colocam-se os dados

por intervalos determinados. A amplitude desses intervalos depende do numero de

amostras e da amplitude total, que é a diferença entre o maior e menor valor entre

todos os dados disponíveis.

A amplitude de cada intervalo é dada pela formula:

r

ϵ= ________

3ln. n

Onde: ϵ = amplitude de cada intervalo.

Ln= logaritmo neperiano.

n = Número de dados disponíveis.

r = diferença entre o maior e menor valor.

Cada dado vai fazer parte de um conjunto dentro do intervalo considerado.

Cada intervalo terá o número de dados correspondente a ele.

Constrói-se então, um gráfico; no eixo “x” os valores que podem assumir os

dados, já com as definições dos intervalos; no eixo “y” o numero de dados que cada

intervalos possui. O gráfico toma assim, o seguinte aspecto como na figura 2:

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Figura 2 (Extraída de VERRI, 2007, p.94)

II.6.3- Box-Plot

O Box-plot é uma ferramenta que permite uma rápida e relativamente precisa

visualização de um conjunto de dados numéricos e facilita a comparação entre vários

conjuntos. Onde o ponto central é a mediana de amostra. Ao mostrar os valores de

1º quartil e de 3º quartil, nos aponta quanto “denso” é o conjunto de dados em torno

da mediana e da média, dando-nos uma noção da variabilidade do conjunto. Quanto

menor o intervalo entre o 1º e o 3º quadril, mais denso é o conjunto de dados.

Relembrando, Quando temos “n” numero formado o conjunto de dados, para

se formar a mediana, lista-se o conjunto de dados do menor para o maior. A mediana

é o numero colocado na posição (n-1) / 2+ 1, no caso de “n” ser impar e n/2+1 no

caso de “n” ser par.

O numero que representa o final do 1º quadril é o 1º inteiro após o numero

n/4, e o numero que representa o 3º quadril é o inteiro após 3n/4. No caso de “n” ser

divisível por 4, os 1º e 3º quadril são os próprios n/4 e 3n/4.

Finalmente teremos também o menor e maior valor observado no conjunto,

visualizando-se toda a variação.

Veremos como ficaria uma representação gráfica (figura 3) utilizando o Box-

plot.

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Figura 3(Extraída de VERRI, 2007, p.95)

Como foram demonstradas algumas ferramentas estatísticas são de grande

valia na manutenção industrial inclusive na apresentação para rápida compreensão e

entendimento dos diversos problemas e soluções que poderão ser implementados

pelo pessoal técnico da área de serviços a serem executados.

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CAPITULO III

MANUTENÇÃO PREDITIVA

Segundo Pinto (1998) a manutenção preditiva “é a atuação realizada com

base em modificações de parâmetros de condição ou desempenho, cujo

acompanhamento obedece a uma sistemática”.

A manutenção preditiva na realidade foi criada devido ao progresso da

pesquisa durante as manutenções preventivas, é fundamental ressaltar que a

manutenção preditiva propícia condição de analisar para interferir exclusivamente

quando for imprescindível, enquanto a manutenção preventiva a intervenção é

indispensável em um dado espaço de tempo. Nunca é demais insistir que uma boa

técnica de procedimento em manutenção é a utilização de todas as praticas

conhecidas, mesmo daquelas que estamos no limite da informação, para conseguir

as continuidades operacionais da produção cada vez mais altas e os custos totais da

manutenção cada vez mais baixa. Pro outro lado, alcança-se também uma menor

variabilidade, então a pesquisa preditiva como a intervenção são mais facilmente

passiveis de um seguimento de uma rotina do que simplesmente a manutenção

corretiva.

Hoje em dia temos devido ao avanço tecnológico varias técnicas de

monitoração para verificação da modificação dos parâmetros estabelecidos ou das

alterações dos desempenhos. As técnicas preditivas podem ser classificadas pela

grandeza medida, defeito e aplicabilidade, abaixo sege algumas técnicas mais

usadas:

III.1- Análise de Vibração

O movimento vibratório pode consistir em um único componente ocorrendo

em uma única freqüência, como acontece com um desbalanceamento puro, ou em

vários componentes que ocorrem em freqüências diferentes simultaneamente. Ai

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toda a estrutura de uma maquina rotativa vibra em função dos esforços dinâmicos

decorrente de seu funcionamento e a freqüência de vibração é igual a dos esforços

que os provocam. O sinal de vibração, tomado em algum ponto da maquina será a

soma das respostas vibratórias da estrutura às diferentes freqüências dos esforços

excitadores.

Com o desgaste da maquina haverá uma alteração na distribuição de

freqüências de vibração. Com isto, pode-se acompanhar a evolução do sinal de

vibração de uma maquina rotativa, a partir da análise do espectro de freqüências do

sinal de vibração e identificar o aparecimento de novos esforços dinâmicos ou o

aumento repentino da amplitude do nível de vibração. O sinal de vibrações pode ser

analisado através do domínio do tempo e domínio da freqüência (espectro de

freqüência).

De posse da analise de vibração é possível efetuar uma intervenção

planejada no equipamento, eliminando assim um defeito inesperado que poderia vir

a provocar um prejuízo maior com a parada total do equipamento.

III.2- Ultra-Som

O som é um ruído causado pela vibração das moléculas através de um meio

como, por exemplo, o ar, a graxa ou os metais, sendo que essas vibrações se

propagam de forma esférica desde a sua fonte. A faixa audível pelo ouvido humano

vai de 20Hz a 20000Hz. Por isto, abaixo de 20Hz dizemos que a freqüência acústica

é infrassônica, e acima de 20KHz, ultrassônica. Muitos dos defeitos e falhas em

equipamentos começam a se manifestar em freqüências ultrassônicas. Os aparelhos

de ultra-som captam essas freqüências, e por meio do método de heterodinação,

traduzem essas freqüências para baixo, no campo das freqüências audíveis,

possibilitando ao inspetor escutar normalmente esses “defeitos”.

Em tubulações, vasos de pressão, tanques e outros, com o tempo começam a

aparecer corrosões do material que se não forem detectadas e resolvidas com

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antecedência poderiam ocasionar falha no equipamento, como vazamento de líquido

ou gases que podem ser inflamáveis ou venenosos.

Nestes casos aplicam-se, a técnica de medição por ultra-som e essa pratica é

essencialmente preditiva, uma vez que pode ser estimada a taxa de corrosão e

programar uma intervenção antes que ocorra uma falha evitando-se desperdício sem

alterar a segurança.

III.3- Análise Cromatográfica de óleos isolantes

Para cada tipo de defeito em um grande transformador de energia elétrica,

existe a liberação de gases específicos; além disto, a taxa de crescimento de cada

tipo de gás fornece a informação segura do estado do equipamento. Com base

destas informações, pode-se programar uma intervenção em data certa e com um

mínimo de danos já ocorridos no equipamento. Antes desta técnica deixava-se o

transformador a ponto de destruição total por curto-circuito.

Numa organização de grande porte ou que possua laboratório químico é

possível desenvolver procedimentos para a análise cromatográfica nos próprios

laboratórios.

III.4- Análise Termográfica

Esta técnica consiste em captar através da luz emitida em infravermelho pelos

objetos, a menor ou maior temperatura dos mesmos. Por não haver contato físico,

esta técnica se tornou imprescindível na manutenção de equipamentos elétricos e

eletrônicos. Na eletroeletrônica de potencia, é comum haver antes de uma falha, que

o circuito inicie um processo de geração de calor, seja por falha na refrigeração,seja

por subdimencionamento do material ou por mau contato. A técnica de análise

termográfica indica a condição térmica do circuito, do componente ou até mesmo do

sistema, ou seja, com esta técnica é possível localizar apenas os locais que estão

com problemas, agindo apenas nestes locais, economizando tempo e material

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fazendo assim uma maior lucratividade para a organização. A técnica termográfica

poderá ser aplicada para medição de altas temperaturas em equipamentos estáticos

assim detectar defeitos com antecedência e agir evitando uma falha.

III.5- Índice de polarização

A técnica consiste em verificar a resistência ôhmica de isolamento do motor,

utilizando um megohmetro por um minuto e lendo este valor no tempo de um minuto.

Continuamente, permanecendo com o megohmetro conectado ao motor por 10

minutos e lendo-se o valor neste ultimo tempo. O índice é o quociente entre a

resistência de isolamento em 10 minutos e a resistência ôhmica com 1 minuto. Se o

índice for maior que 1,6 o motor pode ser considerado excelente. Porem, a

experiência tem mostrado que para índice maiores que 1, 25 o motor pode ser

considerado em estado confiável.

A explicação teórica é que um enrolamento de um motor também é um grande

capacitor. Assim o enrolamento que não possui problemas de umidade, sujeira nem

envelhecimento onde teriam corrente de fuga resistiva, possui a tendência de diminui

a corrente de fuga capacitiva com o passar do tempo, assim a resistência de

isolamento sobe. Porem em um enrolamento com problemas, a componente resistiva

de fuga é maior do que a corrente de fuga capacitiva; portanto, a tendência é que a

resistência de isolamento não se altere expressivamente com o tempo.

Observando-se um motor com baixo índice de polarização efetua-se uma

manutenção seletiva evitando-se a perda da produção que acarretaria maiores

problemas de lucratividade.

III.6- Análises de Descargas Parciais em Geradores

Descargas parciais são pequenas faíscas elétricas que ocorrem dentro do

isolamento elétrico de comutadores, cabos, transformadores e enrolamentos de

grandes motores e geradores. A análise de descargas parciais é uma abordagem de

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diagnósticos proativa que utiliza medições de PD (Partial Discharge, ou descarga

parcial) para avaliar a integridade do equipamento. Assim instrumentos que detectam

ultra-som pelo ar podem ser usados para detectar e avaliar descargas parciais em

equipamentos elétricos. Então é possível medir o tamanho e o numero de descargas

por segundo. Coloca-se então num gráfico “numero de descarga” x “magnitude das

descargas”. Analisando-se este gráfico teremos uma previsão da condição do

isolamento, podendo escolher uma melhor data para uma manutenção preventiva.

III.7- Corrosão sob Tensão (Trinca)

O que é conhecido como trinca, na realidade é uma corrosão localizada que

aparece num ponto sobre tensão a qual o material esta submetido. Sendo esta trinca

invisível ao olho humano e não localizada prematuramente, quase sempre se torna

uma trinca maior tornando o ponto no equipamento mais frágil onde poderá ser

romper com resultado indesejado.

Existem pelo menos dois modos de detecção de trinca:

• Liquido Penetrante.

• Partícula Magnética.

III.7.1- Liquido Penetrante

Após a detecção de falhas por emissão acústica aplica-se a técnica do

Liquido Penetrante que consiste na aplicação de um liquido especial que se

inflictam nas minúsculas trincas existentes. Então se retira o excedente deste

liquido e se aplica talco na superfície. Se houver trinca o liquido absorvera o

talco demonstrando o formato da trinca. A inconveniência desta técnica é que

as superfícies devem estar totalmente livres de impurezas, inclusive as

descontinuidades.

III.7.2- Partícula Magnética

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O método de ensaio está baseado na geração de um campo magnético que

percorre toda a superfície da peça em ensaio; esta peça deve ser constituída de

material ferromagnético.

As linhas magnéticas do fluxo induzido no material desviam-se de sua

trajetória ao encontrar uma descontinuidade superficial ou sub-superficial no material

pulando fora da superfície e criando uma região denominada de campo de fuga,

altamente atrativa a partículas magnéticas no momento em que se provoca esta

magnetização da região de ensaio, aplica-se partículas magnéticas que serão

atraídas a localidade da superfície que contem uma descontinuidade, formando

assim uma indicação de defeito.

III.8- Ferrografia.

É uma técnica de monitoramento e diagnose de condição de máquinas. A

partir da quantificação e análise da morfologia das partículas de desgaste (limalhas),

encontradas em amostras de lubrificantes, determinam-se: tipo de desgaste,

contaminantes, desempenho do lubrificante etc. Com estes dados torna-se possível

a tomada de decisão quanto ao tipo e urgência de intervenção de manutenção

necessária. A ferrografia não é só usada na manutenção preditiva ela também é

usada na pesquisa para desenvolvimento de materiais e lubrificantes.

III.9- Gás Congelante.

Técnica utilizada para detecção de defeitos em circuitos eletrônicos, pois

alguns componentes eletrônicos ao aquecerem mudam as suas características

originais e apresentam defeitos intermitentes ao aplicar diretamente o gás

congelante, estes componentes trabalham como se estivessem frios tornando sua

detecção fácil.

Como foram expostas algumas das técnicas. Que são de ganho enorme para

o gerenciamento da manutenção, pois nos possibilitam antecipar com relativa

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segurança, o verdadeiro estado dos equipamentos e interferir no mesmo, no

momento exato. Porem cabe aos profissionais de grande experiência a decisão a ser

tomada nos casos mais duvidosos.

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CAPITULO IV

A SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO

Toda grande organização deseja que seus índices de acidentes de trabalho

sejam os mais baixos possíveis, devido a isto é crescente a preocupação e a

ocupação com as questões que envolvem a segurança do trabalho por parte das

empresas, que com isto garante os benefícios e integridade física de seus

profissionais melhorando também a imagem e a avaliação junto à comunidade e aos

órgãos governamentais.

Os profissionais de manutenção e de operação estão concentrados nos

pontos de maior risco dentro de uma organização industrial devido ao tipo de

serviços que executam ou até pelo próprio tipo do local onde eles são realizados.

Como no programa “5S” temos o 4º senso SEIKETSU que é o senso da

Higiene e saúde. Podemos observar nele as condições seguras de trabalho, por esta

importância não poderia numa monografia de manutenção com qualidade faltar um

capitulo sobre este tema.

IV.1- Análise Preliminar de Risco (APR)

A Análise Preliminar de Riscos consiste do estudo, durante a fase de

concepção ou desenvolvimento preliminar de um novo projeto ou sistema, com a

finalidade de se determinar os possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase

operacional.

A APR é utilizada, portanto para uma análise inicial “quantitativa”,

desenvolvida na fase de projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto

ou sistema, tendo especial importância na investigação de sistemas novos de alta

inovação e/ou pouco conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos na sua

operação é deficiente. Apesar das características básicas de análise inicial, é muito

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útil de se utilizar como uma ferramenta de revisão geral de segurança em sistemas já

operacionais, revelando aspectos que às vezes passariam despercebidos.

Assim sendo um gerente de manutenção só deveria iniciar um serviço de

manutenção de risco quando verificar o APR. “Nenhum serviço e tão urgente que

não possa ser planejado” verificando-se assim todos os riscos que poderão ser

provenientes da sua execução com isto utilizarmos todos os meios possíveis para

proteção dos profissionais que irão executá-los.

Segundo Verri (2007). ”Uma APR bem feita, de conhecimento de todos os

envolvidos e com as medidas de controle efetuadas é um grande passo parra se

realizar um trabalho com segurança”.

IV.2- Ferramentas

As ferramentas em estado duvidoso são muitas vezes causas de acidente.

Por este motivo devem ser inspecionadas periodicamente e o ideal. É que cada

profissional tenha a sua própria caixa de pronto uso.

IV.3- Equipamentos

Na atividade de manutenção são utilizados vários equipamentos que podem

ser causas de acidente. Por este motivo medidas de segurança tem que ser

adotadas como seguir corretamente os procedimentos de instalação e utilização que

são expostos nos seus manuais técnicos e tais equipamentos não deve ser usado

para fazer coisas para as quais não foram projetados sem antes, de ser feito um

estudo técnico.

Tais equipamentos devem ser inspecionados periodicamente conforme

discriminado no manual e quando possível a utilização de um check-list ou lista de

verificação, alem de uma ficha histórica para documentação do seu estado.

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A NBR 7195 normaliza uma colocação de cores em cada equipamento para

indicação de segurança.

IV.4- Bloqueio

Os bloqueios são efetuados em locais que se permite colocar cadeados, que

são chamados de bloqueio físicos. Com isto, os profissionais de manutenção podem

trabalha tranquilamente sabendo que nenhum equipamento será acionado enquanto

estiver sendo executado um serviço. Normalmente estes bloqueios físicos são feitos

em quadro elétricos também podem ser efetuados em válvulas de segurança.

IV.5- Reuniões de segurança.

“É sabido que estas reuniões devem ser mensais, com a presença obrigatória

para todos e conduzidas pelo chefe de cada área”.

Porem, esta reunião especifica para a segurança do trabalho na manutenção

são feitas com os executantes e supervisores e são discutidas questões. Que podem

ser estudadas e solucionadas, antes que sejam causa de um acidente.

IV.6- Auditoria Comportamental.

Método de observação e interação com a força de trabalho, com foco na

atitude e no comportamento das pessoas durante a realização de suas tarefas,

através de uma técnica de abordagem positiva e focando na conscientização e na

melhoria continua do desempenho.

A auditoria comportamental pode ser considerada a ferramenta mais

importante para a prevenção de acidentes na segurança do trabalho, pois durante

estas reuniões que surgem programas específicos.

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Ao verificar no pátio da indústria como esta sendo feito os serviços. O gerente

ou supervisor de manutenção muitas vezes são testemunhas de condição errada de

trabalho e atuam para saná-las.

Estas auditorias devem ser registradas e descriminadas o que deve ser feito

para melhorar as condições de trabalho.

Estas auditorias devem ter um método de descriminar o tipo de condição

insegura a que o profissional esta exposto, e classificado em:

• Uso de EPIs.

• Ordem arrumação e limpeza.

• Procedimentos utilizados pelo executante.

• Posição dos profissionais.

• Ferramentas e equipamentos.

O item posição dos profissionais poderia até ser subdividido em algumas

possibilidades de riscos:

• Queda

• Bater contra.

• Ser atingido por.

• Encostar-se num ponto energizado.

• Encostar-se num ponto quente.

• Postura incorreta.

É fundamental ressaltar que ao implantar um programa de auditoria

comportamental pode-se verificar se os profissionais estão usando os respectivos

EPIs, como também se esta sendo feito as arrumações e limpeza, ou seja, se esta

tudo em ordem.

Outro item de fácil observação é a colocação adequada das ferramentas e

equipamentos.

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A perfeição chega quando os profissionais, independente da posição

hierárquica que ocupam na escala se encaixam no processo e. “São todos cuidando

de todos, cuidando de si e deixando-se cuidar pelos outros.”

IV.7- Inspeção gerencial

Das formas de ação é importante que haja um programa interno da gerencia

de manutenção com relação a um calendário de inspeção que poderia ser mensal

com o intuito de melhorar a segurança do trabalho.

Segundo Verri (2007). “É que a equipe de inspeção seja formada pelo gerente

de manutenção, um gerente setorial de outra área, uma técnico de uma terceira área

e um membro da Cipa, que pertença ao quadro da manutenção”.

É importante ressaltar que antes de se começar uma inspeção deverá haver

uma apresentação das melhores práticas adotadas por aquela oficina. Isso sempre

atua positivamente na motivação dos profissionais. Para a inspeção é imprescindível

que todos possuam um check-list para documentação das suas observações.

Praticando todos os itens de segurança para a manutenção, é possível que os

profissionais deste ramo consigam alcançar a tão sonhada excelência cada vez mais

exigida no mundo competitivo que vivemos.

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CONCLUSÃO

É possível utilizar os conhecimentos da qualidade totais inicialmente

desenvolvidos para a produção industrial japonesa na atividade de manutenção

industrial alcançando-se assim uma maior confiabilidade, disponibilidade e

credibilidade dos equipamentos utilizados pela produção e demonstrando que

técnicas bem disseminadas. Preconizam vantagens significativas que são

transformadas em lucro liquido para as organizações que dão apoio aos profissionais

que praticam os ensinamentos desenvolvidos pelos gurus da qualidade: Juran,

Ishikawa, Crosby, Feigenbaum e Deming.

A TPM é primordial no que diz respeito às melhorias necessárias para tornar

as organizações indústrias competitivas. Porém, para ser implementada com relativo

sucesso. Todos os envolvidos têm que ser ajustarem as novas regras no que tange a

filosofia do “Zero Defeito” e deixarem de lado qualquer problema que inviabilize a sua

implantação. Alem da empresa já ter implantado e disseminado todos os conceitos

tradicionais de manutenção e todos já tenham abraçado os conceitos do “5S”.

Se o gerente de manutenção começar a aplicar e disseminar os conceitos de

qualidade total na manutenção poderá comprovar que melhorias começarão a surgir

que depois de estudadas, poderão ser melhoradas. Até que a excelência nos seus

processos seja alcançada ou até um nível de reconhecimento por parte de seus

superiores ou até mesmo por satisfação profissional própria.

A manutenção preditiva é um avanço da manutenção preventiva. Que envolve

o acompanhamento das novas técnicas para a prevenção de uma falha e se ela

ocorrer. Dependendo da falha, será num momento, em que todos os profissionais de

manutenção envolvidos nas soluções já estejam preparados. Porém a experiência

mostra que nada funciona para sempre. Então todos devem sempre estar

preparados para o pior. Que seria uma manutenção corretiva.

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Praticar segurança do trabalho poderia ser entendido como uma atividade

extra da manutenção, assim mesmo, o profissional de manutenção tem que ter

ciência para saber o que é certo ou não para a sua própria saúde e de seus colegas.

Tudo o que foi visto durante essa monografia, poderá ser de vital importância

para Qualquer profissional de manutenção. Porém o importante é ter muita sorte no

trabalho.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

“5s” INICIO DA QT NA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL 10

I.1 – O Programa “5S” na Manutenção 10

I. 1.1 Seiri 11

I. 1.2 Seiton 11

I. 1.3 Seisou 11

I. 1.4 Seiketsu 12

I. 1.5 Shitsuke 12

I. 2 Tipos de Manutenção 12

I. 2.1 Manutenção Preventiva 12

I. 2.2 Manutenção Corretiva 13

I. 2.3 Manutenção Corretiva Planejada 13

I. 2.4 Manutenção Seletiva 13

I. 2.5 Manutenção de Rotina 14

I. 2.6 Manutenção Detectiva 14

I. 2.7 Manutenção Preditiva 14

I. 2.8 Manutenção Produtiva Total 14

I. 3 – Manutenção Produtiva Total 15

CAPÍTULO II

QUALIDADE TOTAL NA MANUTENÇÃO 20

II. 1 – Composição do Método Doutrina de Deming 24

II. 2 – Relação da manutenção com a Operação 25

II. 3 Manutenção e seus parceiros 26

II. 4 Manutenção e seus indicadores 29

II.4.1 Disponibilidade de Equipamentos 30

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II.4.2 Tempo Médio para Reparo 31

II.4.3 Tempo Médio para a Falha 31

II.4.4 Tempo Médio entre Falhas 32

II.4.5 Custo da Manutenção 34

II.4.6 Retrabalho ou Resserviço 34

II.4.7 Produtividade 35

II.4.8 Manutenção Preventiva e Preditiva/Total 37

II.4.9 Indicador de ausência ou Absenteismo 37

II.4 10 Indicador de Hora Extra 38

II.4.11 Acidente de Trabalho 39

II.4.12 Treinamento 39

II.4.13 Black-log 40

II. 5 Procedimentos para a Manutenção 41

II. 6 Ferramentas estatísticas 42

II. 6.1 Cartas de Controle 43

II. 6.2 Histograma 45

II. 6.3 Box-Plot 46

CAPÍTULO III

MANUTENÇÃO PREDITIVA 48

III. 1 Análise de Vibração 48

III. 2 Ultra-Som 49

III. 3 Análise Cromatográfica de Óleos Isolantes 50

III. 4 Análise Termográfica 50

III. 5 Índice de Polarização 51

III. 6 Análise de Descargas Parciais em Geradores 51

III. 7 Corrosão sobre Tensão (Trinca) 52

III.7.1 Liquido Penetrante 52

III. 7.2 Partícula Magnética 52

III. 8 Ferrografia 53

III. 9 Gás Congelante 53

CAPÍTULO IV

A SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO 55

IV. 1 Análise Preliminar de Risco (APR) 55

IV. 2 Ferramentas 56

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IV. 3 Equipamentos 56

IV. 4 Bloqueio 57

IV. 5 Reuniões de Segurança 57

IV. 6 Auditorias Comportamentais 57

IV. 7 Inspeção Gerencial 59

CONCLUSÃO 60

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 62

ÍNDICE 67

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes - Instituto A Vez do Mestre

Título da Monografia: MANUTENÇÃO COM QUALIDADE

Autor: Paulo Cesar Ferreira do Amparo

Data da entrega: 31 de janeiro de 2011

Avaliado por: Jorge Tadeu Vieira Lourenço Conceito: