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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A Utilização dos Espaços não Formais, como Campo Alternativo de Aprendizagem Cláudia Márcia Borges da Silva Orientador Profª. Geni Lima Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A Utilização dos Espaços não Formais, como Campo

Alternativo de Aprendizagem

Cláudia Márcia Borges da Silva

Orientador

Profª. Geni Lima

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A Utilização dos Espaços não Formais, como Campo

Alternativo de Aprendizagem

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito para obtenção do grau de

especialista em Orientação Educacional e Pedagógica.

Por: Cláudia Márcia Borges da Silva

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela sabedoria, força e vitória por

mais esta etapa.

A todos meus professores que me ajudaram

nesta minha longa jornada no magistério.

A professora Geni, orientadora desta

monografia, pela paciência e estima.

As minhas colegas Kátia e Flaviana por

dividirem comigo as angústias, alegrias, os

medos e os intermináveis trabalhos.

Ao Marcelo, amigo e pai de meus filhos, que

me apoiou nesta pesquisa.

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DEDICATÓRIA

Aos meus filhos Estevão Marcelo e Laisla

Crhistine, pela paciência com os meus

“momentos difíceis” aos quais amos, sendo

minha razão de viver.

Em memória da minha mãe Euci Borges, pela

luta em me transformar na pessoa íntegra que

sou hoje.

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RESUMO

Este trabalho discute a educação informal como praxe, procurando situá-la, de um

lado no contexto das relações e contradições em que se estabelecem dentro de uma

democratização nacional, inserindo novos conceitos educativos não formais.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho monográfico foi a

pesquisa bibliográfica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

1 – SÍNTESE DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 12

2 – A EDUCAÇAO INFORMAL COMO FATOR INTEGRATIVO 16

3 – EDUCAÇAO E ARTE 18

3.1 – Música 20 3.2 – Cinema 21 3.3 – Televisão 22 3.4 – Esportes 23 3.5 – Museu 25

4 – O LUDICO COMO FORMA DE APRENDIZAGEM 29

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 38

ÍNDICE 40

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Introdução

Historicamente é possível perceber o quanto a educação brasileira

contribuiu para o crescimento intelectual da população, mesmo com todas as

desigualdades fora da escola.

É possível adquirir aprendizagem, mesmo fora da sala de aula.

A questão da educação vem sendo discutida, desde as primeiras

décadas do século XX por intelectuais ligados á cultura nacional.

Considerando que os espaços educativos não-formais também

educam e que a escola não é o único lugar de conhecimento, apesar de ser

privilegiado, existem outros espaços de saberes que educam, tais como

museus, arquivos, programas de TV ou rádio, filmes, peças de teatro entre

outros.

Neste trabalho estaremos discutindo a influência e a importância da

educação fora do espaço escolar como fonte de aprendizagem e aquisição de

cidadania.

Este estudo bibliográfico utiliza como referencial teórico os estudos e

os espaços alternativos de aprendizagem não formais.

A função primordial da escola é transmitir conhecimentos disciplinares

para a formação geral do aluno, formação esta que o levará ao inserir-se

futuramente na sociedade e a opta por uma profissão.

Essas contribuições são bastante significativas, mas existem outros

caminhos e ambientes sociais, aos quais cabem situações de aprendizagem,

com suas características próprias, capacidades e habilidades intelectuais.

A educação abrange outras instâncias além da sala de aula e a

educação não formal ocorre quando existe a intenção de determinados sujeitos

em criar ou buscar novos objetivos fora do muro escolar.

Tendo em vista que estes lugares também educam, já que se

configuram como espaços alternativos de aprendizagem.

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9 O presente projeto de pesquisa bibliográfica que tem como tema: A

utilização dos espaços não formais como campo alternativo no processo de

aprendizagem.

Há cerca de uns 20 anos, por iniciativa de movimentos de

educadores e, em paralelo, no âmbito do Ministério da Educação, iniciava-se

um debate nacional sobre a formação de professores, com base na crítica da

legislação vigente e na realidade constatada nas instituições formadora.

Atualmente, o Ministério da Educação e o CNE, na regulamentação

da LDB n°9.394/96 têm provocado a mobilização dos educadores de todos os

níveis de ensino para rediscutir a formação de profissionais da educação. Pois,

não bastam iniciativas de formulação de reformas curriculares, princípios

norteadores de formação, novas competências profissionais, novos eixos

curriculares, base comum nacional etc. Faz-se necessário e urgente a definição

explícita de uma estrutura organizacional para um sistema nacional de

formação de profissionais da educação, incluindo a definição dos locais

institucionais do processo formativo.

Assim, tanto nas iniciativas de programas de educação popular,

dirigidos aos mais heterogêneos segmentos da população não formalmente

escolarizada, quanto nas propostas de intervenção pedagógica e nas

atividades de cunho cultural, desenvolvidas pelos novos e sofisticados meios

de comunicação de massa, passando pela necessária liderança nos diversos

movimentos sociais, a presença e a participação de profissionais da educação

se fazem relevantes e imprescindíveis. Por esse motivo, destacamos a

importância da formação de profissionais da educação para atuar em contextos

não-escolares.

Pensar sobre prática social em espaços não formais de ensino e

pensar uma prática dentro da perspectiva de uma Pedagogia Moderna. Trata-

se de revisar modelos e práticas pedagógicas, discutindo a sua reconstrução a

partir de novos paradigmas.

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10 Para Libâneo (1998), é acentuada a consciência atual da importância

e da necessidade da intervenção participante e eficaz desses profissionais no

âmbito das práticas socioculturais , tendo em vista que processos pedagógicos

não-formais estão sempre implícitos nas práticas, efetivadas no plano coletivo

e comunitário.

Todo educador sabe, hoje, conforme Libâneo (1992), que as práticas

educativas ocorrem em muitos lugares, em muitas instâncias formais, não

formais, informais. Elas acontecem nas famílias, nos locais de trabalho, na

cidade e na rua, nos meios de comunicação e, também, nas escolas. Por esse

motivo, não é mais possível afirmar que o trabalho pedagógico se reduz ao

trabalho docente nas escolas.

Nos últimos anos, a ampliação dos espaços sociais de educação para

além da escola, porque existem distintos locais de produção da informação e

do conhecimento, de criação e reconhecimento de identidades e de práticas

culturais e sociais.

Vários motivos levam os professores a buscar espaços educativos

não-formais, dentre eles estariam as apresentações interdisciplinares dos

temas, a interação com o cotidiano dos estudantes e, por fim, a possibilidade

de ampliação cultural proporcionada pela visita.

Existe hoje, a necessidade de desenvolver uma nova cultura escolar

que forneça aos alunos instrumentos para que saibam interpretar o mundo,

desenvolvendo conhecimentos sobre o outro, seu passado, seus costumes e

tradições, já que a educação é vista também como a mola mestra para

transformar a situação de miséria, tanto intelectual quanto econômica, política e

social do povo, promovendo acesso a sociedade daqueles que são vistos como

os excluídos, possibilitando assim a transformação da sociedade numa

sociedade mais justa e igualitária.

Este trabalho está dividido em 4 capítulos.

No primeiro capítulo é apresentado a síntese da história da educação no

Brasil, que teve início em 1549 com a chegada dos jesuítas, as mudanças

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11 socioeconômicas e políticas de 1822, o movimento de renovação dos grandes

educadores,as leis e tendências educacionais e a constituição de 1988.

No segundo capítulo serão apresentados a educação informal como fator

integrativo, seus processos socioculturais, competências e diversidade cultural.

No terceiro capítulo é descrito a Educação e Arte como forma crítica,

harmônica e multicultural.

No último capítulo é apresentado o lúdico como forma de aprendizagem.

A ludicidade conquistou o espaço infanto-juvenil, pois este se utiliza de uma

forma pedagógica não tradicional para aquisição de novos conhecimentos.

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Capítulo 1

Síntese da História da Educação no Brasil

A história da educação no Brasil começou em 1549 com a chegada

dos primeiros padres jesuítas, inaugurando uma fase que haveria de deixar

marcas profundas na cultura e civilização do país. Movidos por intenso

sentimento religioso de propagação da fé cristã, durante mais de 200 anos, os

jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem

fundado inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas

foi sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma

rede de colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram

mesmo a oferecer modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo

um enorme vazio que não foi preenchido nas décadas seguintes. As medidas

tomadas pelo ministro D. José I, o Marquês de Pombal, sobretudo a instituição

do Subsídio Literário, imposto criado para financiar o ensino primário, não

surtiu nenhum efeito. Só no começo do século seguinte, em 1808, com a

mudança da sede do Reino de Portugal e a vinda da família Real para o Brasil-

Colônia, a educação e a cultura tomaram um novo impulso, com o surgimento

de instituições culturais e científicas, de ensino técnico e dos primeiros cursos

superiores, como os de medicina nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia.

Todavia, a obra educacional de D. João VI, importante em muitos aspectos,

voltou-se para as necessidades imediatas da corte portuguesa no Brasil. As

aulas e cursos criados, em diversos setores, tiveram o objetivo de preencher

demandas de formação profissional. Esta característica haveria de ter uma

enorme influência na evolução da educação superior brasileira. Acrescenta-se,

ainda, que a política educacional de D. João VI, na medida em que procurou,

de modo geral, concentrar-se nas demandas da corte, deu continuidade à

marginalização do ensino primário.

Com a independência do país, conquistada em 1822, algumas

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13 mudanças no panorama sócio-político e econômico pareciam esboçar-se,

inclusive em termos de política educacional. De fato, na Constituinte de 1823,

pela primeira vez se associou apoio universal e educação popular - uma como

base do outro. Também foi debatida a criação de universidades no Brasil, com

várias propostas apresentadas. Como resultado desse movimento de idéias,

surgiu o compromisso do Império, na Constituição de 1824, em assegurar

"instrução primária e gratuita a todos os cidadãos", confirmado logo depois pela

lei de 15 de outubro de 1827, que determinou a criação de escolas de primeiras

letras em todas as cidades, vilas e vilarejos, envolvendo as três instâncias do

Poder Público. Teria sido a "Lei Áurea" da educação básica, caso tivesse sido

implementada.

Da mesma forma, a idéia de fundação de universidades não

prosperou, surgindo em seu lugar os cursos jurídicos em São Paulo e Olinda,

em 1827, fortalecendo o sentido profissional e utilitário da política iniciada por

D. João VI. Além disso, alguns anos depois da promulgação do Ato Adicional

de 1834, delegando às províncias a prerrogativa de legislar sobre a educação

primária, comprometeu em definitivo o futuro da educação básica, pois

possibilitou que o governo central se afastasse da responsabilidade de

assegurar educação elementar para todos. Assim, a ausência de um centro de

unidade e ação, indispensável, diante das características de formação cultural

e política do país, acabaria por comprometer a política imperial de educação.

A descentralização da educação básica, instituída em 1834, foi mantida pela

República, impedindo o governo central de assumir posição estratégica de

formulação e coordenação da política de universalização do ensino

fundamental, a exemplo do que então se passava nas nações européias, nos

Estados Unidos e no Japão. Em decorrência, se ampliaria ainda mais a

distância entre as elites do País e as camadas sociais populares.

Na década de 1920, devido mesmo ao panorama econômico-cultural

e político que se delineou após a Primeira Grande Guerra, o Brasil começou a

se repensar. Em diversos setores sociais, as mudanças foram debatidas e

anunciadas. O setor educacional participou do movimento de renovação.

Inúmeras reformas do ensino primário foram feitas em âmbito estadual. Surgiu

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14 a primeira grande geração de educadores, Anísio Teixeira, Fernando de

Azevedo, Lourenço Filho, Almeida Júnior, entre outros, que lideraram o

movimento, tentaram implantar no Brasil os ideais da Escola Nova e

divulgaram o Manifesto dos Pioneiros em 1932, documento histórico que

sintetizou os pontos centrais desse movimento de idéias, redefinindo o papel

do Estado em matéria educacional.

Surgiram nesse período as primeiras universidades brasileiras, do Rio

de Janeiro em 1920, Minas Gerais em em 1927, Porto Alegre em em 1934 e

Universidade de São Paulo em 1934. Esta última constituiu o primeiro projeto

consistente de universidade no Brasil e deu início a uma trajetória cultural e

científica sem precedentes.

A Constituição promulgada após a Revolução de 1930, em 1934,

consignou avanços significativos na área educacional, incorporando muito do

que havia sido debatido em anos anteriores. No entanto, em 1937, instaurou-se

o Estado Novo concedendo ao país uma Constituição autoritária, registrando-

se em decorrência um grande retrocesso. Após a queda do Estado Novo, em

1945, muitos dos ideais foram retomados e consubstanciados no Projeto de Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, enviados ao Congresso Nacional

em 1948 que, após difícil trajetória, foi finalmente aprovado em 1961, Lei nº

4.024.

No período que vai da queda do Estado Novo, em 1945, até a

Revolução de 1964, quando se inaugurou um novo período autoritário, o

sistema educacional brasileiro passou por mudanças significativas,

destacando-se entre elas o surgimento, em 1951, da atual Fundação CAPES,

que é a Coordenação do Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior, a

instalação do Conselho Federal de Educação, em 1961, campanhas e

movimentos de alfabetização de adultos, além da expansão do ensino primário

e superior. Na fase que precedeu a aprovação da LDB/61, ocorreu um

admirável movimento em defesa da escola pública, universal e gratuita.

O movimento de 1964 interrompeu essa tendência. Em 1969 e 1971, foram

aprovadas respectivamente a Lei 5.540/68 e 5.692/71, introduzindo mudanças

significativas na estrutura do ensino superior e do ensino de 1º e 2º graus,

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15 cujos diplomas vieram basicamente em ardor até os dias atuais.

A Constituição de 1988, promulgada após amplo movimento pela

redemocratização do País, procurou introduzir inovações e compromissos, com

destaque para a universalização do ensino fundamental e erradicação do

analfabetismo.

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Capítulo 2

A Educação Informal como Fator Integrativo

A Educação Não-Formal, entendida enquanto um processo de

aprendizagem social deve ser tido em consideração quando procuramos

pensar a condição de ser criança, não distinta da condição de ser pessoa. Na

base, o objetivo desta comunicação é promover a educação não formal e

demonstrar de que forma esta contribui para a participação ativa dos indivíduos

na sociedade, desde a infância. Sendo os sujeitos das ciências sociais e da

educação conteúdos de uma realidade dinâmica, naturalmente colocamos o

enfoque deste trabalho no processo, recorrendo ao raciocínio indutivo e à

investigação qualitativa, procurando tornar explícito o conhecimento implícito.

O campo da educação é vasto ; ocorre em todos os lugares: na

família, no trabalho, na rua, nos meios de comunicação, nas repartições

públicas e políticas, etc. Mas é preciso distinguir diferentes manifestações e

modalidades de práticas educativas, como a educação informal, não formal e

formal.

A educação informal se desenvolve através das relações dos

indivíduos e grupos na sociedade, tais como ambiente social, físico cultural,

etc., e é marcada por pouca intencionalidade, estruturação e

institucionalização.

A educação não-formal e educação formal compreendem instâncias

de educação escolar ou não, onde há objetivação escolar ou não, onde há

objetivos explícitos de formação e uma ação intencional estruturada e

deliberada .

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17 A exemplo disto temos: educação formal escolar, os sistemas de

ensino, as modalidades de educação etc:.

Educação não formal, igreja, clubes, cinemas, teatro, etc.

Os objetivos do processo educativo são estabelecidos os valores,

vontades significativas, desejos e vontades de progredir.

Concluindo, pode-se dizer que o saber que interessa diretamente a

educação é aquele que emerge do processo da aprendizagem, como resultado

do trabalho educativo.

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Capítulo 3

Educação e Arte

Uma flor nasceu na rua!

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego

Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto.

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

garanto que uma flor nasceu.

Carlos Drummond de Andrade

O Pensamento Complexo nasce com uma dificuldade intrínseca: como, no século XXI, mundo pós-moderno, fragmentado, policultural e globalizado por um pensamento etnocêntrico, pode-se compreender e aceitar que haja a possibilidade de uma sócio-cultura-econômica voltada para a compreensão e re-ligação dos saberes.

“A criança cumprirá seu destino, elevando-se à dignidade e ao potencial do homem, que se prepara, assim, para trabalhar de maneira eficaz, quando se tornar adulto, longe das mentiras interessadas, pela realização de uma sociedade harmoniosa e equilibrada”

(FREINET, 2001) Neste sentido, a arte, trabalha com o que a burocracia deixou para trás, o caráter humano. E como diz Morin, “educar para compreender a matemática ou uma disciplina determinada é uma coisa; educar para a compreensão humana é outra”.

Assim, a criação artística pode ser o viés caminhando sempre de mãos dadas com a compreensão humana. É a partir do próximo que conseguimos elaborar, desenvolver e apresentar uma obra cultural, pois, como um todo, a Arte-educação é uma cultura coletiva, e depende, para se constituir com verdade e harmonia, da experiência de todos os participantes, aprimorando e proporcionando o contato físico e subjetivo/sensível. Por fim, acredito que a partir destes primeiros contatos com o outro é que a criança se desenvolverá e se perceberá como uno, abrindo-se ao mundo exterior, observando a multiculturalidade da vida e se colocando como parte

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19 fundamental no seu processo de formação social e humana que está sendo construída. Não se pretende afirmar que a cultura campo que compreende instituições, valores, idéias ligadas às artes, pensamento, hábitos e comportamentos, reflete mecanicamente o que se passa na economia ou na política, mas, como aponta Jameson, que se articula dialeticamente – o que significa que apresenta certa autonomia – com as outras dimensões da vida social, com a totalidade social. A ação da indústria cultural busca construir um “consenso” em torno de valores que norteiam um modo de vida em conformidade com as concepções de um grupo social. Finalmente cabe afirmar que fazendo parte do campo da cultura, a indústria cultural deve ser encarada como uma arena de disputa hegemônica, não podendo ser objeto de uma análise maniqueísta que leve a considerá-la como pura negatividade, como terreno fechado inteiramente impermeável. Assim como o estado e o sistema educacional a indústria cultural se constitui em uma das trincheiras a serem conquistadas na luta pela construção de uma nova ordem política e social visando a democracia e o socialismo. Finalizo pensando na arte-educação como defensor da idéia de se criar, dentro de um ambiente educacional, uma atmosfera livre, de criação, de entendimento, sem preconceitos, mas aceitando as diferenças de idéias, de valores, de culturas e, principalmente, as diferenças entre indivíduos.

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3.1- Música

É que a música sendo a mais coletivista de todas as

artes, exigindo a coletividade pra se realizar, quer

com a coletividade dos intérpretes, quer com a

coletividade dos ouvintes, está muito mais, e

imediatamente, sujeita às condições da coletividade.

A técnica individual importa menos que a coletiva

(Mário de Andrade, 1965: 18)

As mudanças e o quadro atual no campo da cultura, com ênfase na música parece indispensável para compreender adequadamente as relações que hoje se estabelecem entre música, educação e democracia.

As práticas musicais podem trazer uma contribuição significativa na construção de uma perspectiva mais solidária e menos individualista da vida, a partir da própria experiência, sem necessidade de recorrer a longos discursos sobre o valor e a importância de tal ou qual atitude.

A educação musical já foi considerada pelo sistema educacional brasileiro como parte de suas responsabilidades.

A música é entendida como parte criativa, com capacidade de resolver problemas, situações, dificuldades e de se tornar flexível para poder ocupar diferentes posições no processo educativo.

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3.2- Cinema O século XX foi caracterizado por Hobsbawn como o do “homem comum” e as artes, cada vez mais dirigidas para ele (o grande público) acabaram subsumidas pela categoria de entretenimento. A indústria do cinema talvez seja o campo onde se tornou mais evidente esta articulação entre alta tecnologia, grandes investimentos e direcionamento par o sucesso de bilheteria.

A indústria cultural transformou o cinema num grande negócio, um dos maiores da época.

Todos podem se espelhar em exemplos do cinema para descobrir maneiras de aprender e ensinar melhor. Sem deixar de se divertir nem se emocionar.

Um filme não precisa ser didático para ensinar valores importantes na formação dos alunos.

A exemplo de um bom entretenimento sugerimos a relação de alguns filmes:

Ao Mestre com Carinho Billy Elliot O Céu de Outubro Escola do Rock Gênio Indomável O Homem-Elefante Legalmente Loira Mr. Holland: Adorável Professor Pink Floyd: The Wall Sociedade dos Poetas Mortos

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3.3- Televisão

A indústria cultural brasileira se modificou substantivamente nas últimas décadas em todo o mundo.Referindo-se ao processo de implantação da televisão no Brasil, Ortiz considera que em 1958 ainda não se podia aplicar ao país o conceito de indústria cultural (ORTIZ, 1995). Hoje a situação se apresenta de forma diferente.O crescimento da televisão, indica que foi atingido um novo estágio no desenvolvimento da indústria cultural no país. Aqui, como praticamente em todo o mundo, quando se observa o desenvolvimento desta indústria, o que se pode perceber é que não se tratou de um simples crescimento, mas houve uma mudança do seu papel nas sociedades capitalistas contemporâneas.Esse novo status produziu transformações fundamentais na sua forma de operar que influenciaram decivamente as práticas e concepções da arte na nossa época. Outrossim, a televisão hoje traz cultura, o entretenimento e o saber para dentro de nossos lares, nos atingindo co seus ¨saberes¨e transformações sociais evidentes e imprescendíveis, Hoje existem canais culturais, programas educativos, novelas, telejornais e filmes que ajudam e inserem a população do país e do mundo, na concientização , debate e domínio de valores que são de alta relevância para o conhecimento cultural e prático. O saber se faz necessário em todo o ser humano e este meio traz conhecimento a todas as camadas da população, com baixo custo e grande valor cultural.

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3.4- Esporte

A prática de esporte é um instrumento educacional que propicia o

desenvolvimento tanto individual quanto social da criança. O esporte,

infelizmente, não é utilizado pelas instituições educacionais na proporção que

deveria. Através da prática esportiva promovemos a socialização, a rotina, o

cumprimento de regras, o respeito, a persistência, o saber competir, o aguardar

a sua vez, o romper limites, o saber ganhar, o saber perder e muitos outros

quesitos.

É uma fonte inesgotável de conceitos éticos e morais tão

importantes para a formação do indivíduo. Quando falo em esporte não estou

me referindo à Educação Física e sim a uma opção esportiva. O esporte é uma

ramificação da Educação Física, porém deve existir independente dela. O

professor de Educação Física deve sim proporcionar o conhecimento de cada

esporte para que o indivíduo possa optar, com competência, qual esporte

gostaria de praticar. A Educação Física faz parte do currículo escolar e é

aplicada no período em que o indivíduo freqüenta as aulas. O esporte deve ser

proporcionado pela escola em horário oposto às aulas para que o indivíduo

possa freqüentar e se dedicar. O esporte tem a magia de integrar o indivíduo

independente da classe social, raça ou religião. Desenvolve no indivíduo a

capacidade de trabalhar em grupo, de cumprir horário, de saber ouvir, de

conhecer o próprio limite, conhecer o próprio corpo, de admitir que precisa

melhorar, respeitar as diferenças e tantos outros aspectos tão difíceis de serem

conscientizados, além de evitar o sedentarismo tão comum nos dias de hoje

onde o indivíduo passa horas sentado em frente a um computador ou a uma

televisão seja assistindo ou jogando videogame. O esporte deve ser o maior

aliado da educação. Juntos promovem o desenvolvimento integral do indivíduo

de forma harmoniosa e sadia despertando para a cidadania e assim formando

pessoas de bem. Presenciamos no Pan-americano 2007 que nossos atletas

embora estejam nos proporcionando tanta alegria pelo desempenho que estão

tendo, não tiveram o mínimo de incentivo nem das escolas, nem do governo.

Em cada entrevista com nossos atletas vencedores ficamos sabendo que o

esforço foi próprio e de algum “anjo bom” que o auxiliou e o incentivou muitas

vezes até comprando um par de tênis para que ele parasse de treinar descalço.

É realidade que os patrocinadores investem em times que estão ganhando. O

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atleta que tem potencial e quer treinar, porém ainda não se destacou ninguém

o enxerga. Somente após uma medalha conseguida é que ele passa a ser

conhecido e então patrocinado. Ocorre que para chegar neste estágio ele teve

que se dedicar muito e só conseguiu com o apoio da família e com a própria

força de vontade. Escola e esporte é a combinação perfeita para uma

sociedade mais justa. O jovem que estuda num período e que pratica esporte

no outro, dentro da própria escola, se manterá ocupado com atividades

prazerosas e não estará ocioso nas ruas ocupando o seu tempo aprendendo o

que não deve. O próprio presidente Lula afirmou que fica muito mais barato

para o governo investir em programas de incentivo ao esporte do que na

manutenção desse mesmo indivíduo em presídios por ter cometido delitos. Já

que se tem esta consciência, vamos colocá-la em prática. O esporte sozinho

não consegue formar integralmente o indivíduo daí a necessidade da parceria

com a educação. Havendo esta parceria o indivíduo será desenvolvido em

suas competências cognitivas, sociais, pessoais e produtivas. Vamos

aproveitar o entusiasmo promovido pelos eventos esportivos, e disponibilizar

em nossas escolas esportes diferenciados para que o aluno, no período oposto

ao que está em sala de aula, possa praticá-lo e assim possamos constatar o

resultado destas ações no futuro, com nossos jovens longe de um “mundo-

ocioso” e vivenciando resultados satisfatórios e cheios de transformações

sociais.

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3.5- Museu

Qual a sua imagem de “Museu”?

É importante, ainda, compreender a imagem de museu que temos e

qual a que nos propomos trabalhar.

Temos o termo museion, em grego, que está associado ao templo das

musas, filhas de Mnemósine (memória) e Zeus (poder). Neste sentido, por

muito tempo os museu foram considerados lugares de lembranças, lugar de

sacralização (templo), em que o visitante não está capacitado a apreender o

significado daquelas representações.

Na Alexandria, estes espaços eram reconhecidos com centro de

convivência da elite; em Roma, o início das coleções foram fruto de saques à

outros povos. No Renascimento, surgiram, na Europa, as Galerias, Gabinetes

de Curiosidades, os quais expunham o exótico e a memória do poder, através

das coleções das famílias reais.

“Por outro lado Museu é filho de Orfeu. Orfeu cujo mito é o mais complexo e extenso que há na Grécia. Orfeu fundamentalmente foi poeta, aliás o protótipo do poeta, com sua lira encantada, amansava os animais, desceu ao inferno (em grego, a parte inferior) para resgatar Eurídice, sua amada, e comoveu Prosérpina, a deusa do inferno, ao ponto de deixar Eurídice sair. Só que Orfeu não resistindo à curiosidade, contra o aviso de Prosérpina, olhou para trás e assim transformou Eurídice em uma estátua de sal. No fim da vida Orfeu foi esfacelado pelas Eríneas e seu corpo espalhado através de um sopro, pelo mundo, nas coisas.

Entramos aqui em outra modalidade, da identidade e ação do Museu: Museu recompilou as obras do pai. Isto é, Museu propõe a ação civilizadora de Orfeu (a lira que amansa os animais) que depois com sua civilidade e olhar curioso, retira seu amor (Eurídice) da região dos mortos, da inferioridade, transformando-a a seguir numa congelante estátua, em objeto, símbolo da inteligência (sal).

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Finalmente, Museu recompila, reordena, recupera o espalhamento da poesia nas coisas, isto é, a matriz da ação em cada coisa ou ainda o que determina o modo de ação de cada coisa no mundo. Isto é entre outras ociosas, que o Museu nos diz que é. O que será que isto nos propõe a pensar?”

Isto pode nos fazer pensar que Museu é lugar de poética, ou seja, do

fazer e um fazer que agrupa saberes diversos, tal como a bricolage, indo além,

como coloca Magaly Cabral:

“O museu deve ser fórum, lugar de encontro, espaço de debate, um lugar em que as coisas se produzam e não apenas o já produzido é comunicado.”

Educação e Museus

“O tempo é a substância de que somos feitos”

(Luis Borges)

É necessário compreendermos, antes de mais nada, a relação que se

pode estabelecer entre o campo educacional e museológico. Entendendo que a

museologia é a ciência que se debruça sobre a relação do homem com seu

patrimônio, entendendo patrimônio como aquilo que é reconhecido como

herdado de gerações passadas, aquilo que é construído como referencial

identitário e mesmo aquilo que é construído para suportar (ser suporte) de uma

memória.

Todos esses bens culturais são musealizados quando são destacados

do seu contexto de uso e passam a ser tratados como objetos/bens

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referenciais da cultura e por isso devem ser preservados. Dentro dessa

perspectiva de preservação, está a “educação patrimonial”, um campo de ação

que podemos refletir a partir do dito: “preserve este patrimônio que também é

seu”. Entretanto, não há como preservar aquilo que não se conhece e para isso

é necessário “educar”, como colocou Mário de Andrade, na década de 30,

“defender o nosso patrimônio histórico e artístico é alfabetizar. Essa colocação

se baseia na premissa de que, em primeiro lugar, é preciso conhecer para

preservar, em segundo, a preservação é fruto de uma tomada de consciência,

de uma decisão e de uma vontade política.

Ulpiano Bezerra ressalta que preservação significa ver

antecipadamente o perigo, o risco. O perigo maior e inevitável que paira sobre

todo o conjunto de bens culturais é sua própria morte, ou a quebra do elo entre

gerações. Outra palavra que se relaciona a ação de preservar é o “documento”,

Bezerra coloca que:

“A palavra documento tem a mesma raiz latina do verbo doceo, que significa ensinar. Ensinar, sobretudo, não no sentido de formar, mas no sentido de transmitir informação, de comunicar. Documentum, portanto, significa modelo, no sentido de que esta informação parte de paradigmas pré-fixados. É dessa noção que se desenvolveu a idéia de testemunho (...)”

Então, podemos entender que as instituições museais têm como

premissa a educação, seja por abarcar documentos (entendendo este como os

diversos suportes da memória), que existem para informar, comunicar, ensinar

algo; seja pela ação de preservação que em si busca estabelecer o elo das

gerações.

É necessário entendermos, ainda, como se constitui a questão

educativa dentro da instituição museu.l.

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Em 1946 , é constituído em Paris o ICOM, Comitê Internacional de

Museologia e inicia-se discussões sobre o campo desta ciência voltada para a

preservação do patrimônio, incluindo neste campo: museus, bibliotecas,

centros de documentação, centros de ciência, zoológicos, aquários e

planetários. Mas foi em 1958, durante o Seminário da Unesco, realizado no Rio

de Janeiro, que se constituiu o campo educativo, como resultado desta

reflexão, foi proposto que:

“Ao considerá-lo (museu) como um espaço adequado para a educação formal, lhe conferiu a capacidade de inserção dentro da comunidade, com uma função ativa, a função de transformação do desenvolvimento”

Dentro desta perspectiva a relação museu-escola, era uma relação

de continuidade, e se pensava os serviços educativos em museus, como

complementação do ensino formal. Em 1972, há um marco referencial nesta

questão, a Carta de Santiago do Chile, produzida durante o encontro do ICOM,

para se discutir a questão da América Latina, produzindo mudanças

fundamentais:

1. introduz a dimensão pedagógica do museu, desvinculando a relação com

a instituição escolar, tendo como paradigma a educação popular de Paulo

Freire;

2. passa a entender o museu como lugar de projeção da sociedade,

propondo o “museu integral” que discuta as relações da sociedade

3. propõe ruptura com museus tradicionais, lugares de “sacralidade”

4. intensifica a relação público-museu.

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Capítulo 4

O Lúdico como Forma de Aprendizagem

O presente artigo tem por finalidade, demonstrar a importância do lúdico no processo de aprendizagem na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. Utiliza como suporte prático os três estágios obrigatórios que cada uma de nós realizou no decorrer do curso de Pedagogia Educação Infantil e Séries Iniciais da Universidade Luterana do Brasil, e o teórico foram realizados com pesquisa em livros, internet e apostilas do curso de pedagogia. Os estágios foram realizados em uma escola particular de educação infantil e duas escolas públicas de educação infantil e ensino fundamental.

A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, o jogo, a brincadeira e o brinquedo são a essência da infância, e utilizá-los permite um trabalho pedagógico que possibilite a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento.

Cabe ao educador criar um ambiente que reúna elementos motivacionais e que a criança sinta prazer na realização das atividades. Uma das formas mais expressivas de socialização e aprendizagem da criança no meio escolar são as atividades lúdicas.

A importância do lúdico na aprendizagem

O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Caso achasse confinada a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O Lúdico apresenta valores específicos para todas as fases

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da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica.

A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.

O lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona idéias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando.

A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas, bem como relacioná-la as demais produções culturais e simbólicas conforme procedimentos metodológicos compatíveis a essa prática.

Várias são as razões que levam os educadores a recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-aprendizagem:

As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica;

O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário;

As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento.

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Em geral, o elemento que separa um jogo pedagógico de um outro de caráter apenas lúdico é este: desenvolve-se o jogo pedagógico com a intenção de provocar aprendizagem significativa, estimular a construção de novo conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória, ou seja, o desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões.

O aprender através do brincar

O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.

O jogo e a brincadeira são, por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança comportamento além dos habituais. Ela reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, que através do “faz-de-conta” são reelaboradas criativamente, vislumbrando novas possibilidades e interpretações do real.

Segundo Redin (2000):

A criança que joga está reinventando grande parte do saber humano. Além do valor inconteste do movimento interno e externo para os desenvolvimentos físicos, psíquicos e motor, além do tateio, que é a maneira privilegiada de contato com o mundo, a criança sadia possui a capacidade de agir sobre o mundo e os outros através da fantasia, da imaginação e do simbólico, pelos quais o mundo tem seus limites ultrapassados: a criança cria o mundo e a natureza, o forma e o transforma e, neste momento, ela se cria e se transforma (p.64).

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O mundo da fantasia, da imaginação, do jogo, do brinquedo e da brincadeira, além de prazeroso também é um mundo onde a criança está em exercício constante, não apenas nos aspectos físicos ou emocionais, mas, sobretudo no aspecto intelectual.

Mas o que pudemos observar nas realizações dos estágios, é que o lúdico e o brincar estão mais presentes na educação infantil do que nas séries iniciais. Nesta, a sala de aula é apresentada como coisa séria, não permitindo espaço para o divertimento; o rigor e a disciplina são mantidos em nome dos padrões institucionais, o que torna o ambiente infantil artificial, longe dos gostos das crianças. O brincar se resume em ouvir histórias ou cantar algumas músicas. A hora do recreio e a hora da saída se tornam os únicos momentos em que as crianças desnudam da responsabilidade da escola para permitir-se brincar e ser criança.

Os professores estão mais preocupados com o conteúdo, com o silencio e a organização na sala de aula. Eles devem ter em mente que o jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu (TEZANI, 2004).

Segundo Santos (2000):

Educadores e pais necessitam ter clareza quanto aos brinquedos, brincadeiras e/ou jogos que são necessários para as crianças, sabendo que eles trazem enormes contribuições ao desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar. No jogo, ela está livre para explorar, brincar e/ou jogar com seus próprios ritmos, para autocontrolar suas atividades, muitas vezes é reforçada com respostas imediatas de sucesso ou encorajada tentar novamente, se da primeira alternativa não obteve o resultado esperado (p166).

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Os educadores e pais devem estar cientes que brincar só faz bem para a criança, e que ela desenvolve, amadurece e aprende ao mesmo tempo, pois ao brincar se sente livre para criar e recriar o mundo ao seu modo.

Os jogos, os brinquedos e as brincadeiras são atividades fundamentais nas áreas de estimulação da educação infantil e nas séries iniciais, e é uma das formas mais natural e prazerosa no processo de aprendizagem.

Através das observações e da prática em sala de aula, constatamos que os jogos e brincadeiras mais freqüentes na educação infantil são: massinha de modelar, pintura, rodas e cantigas, contar histórias, brincadeiras livres com brinquedos e atividades no parquinho da escola. Já nas séries iniciais geralmente são utilizados os jogos educativos, tais como, quebra-cabeça, jogos matemáticos, jogo de memória e a educação física.

Quanto mais rica for a experiência pela criança, maior será o material disponível e acessível a sua imaginação, daí a necessidade do professor ampliar, cada vez mais, as vivências da criança com os jogos, brinquedos e brincadeiras. A ludicidade deve permear o espaço escolar a fim de transformá-lo num espaço de descobertas, de imaginação, de criatividade, enfim, num lugar onde as crianças sintam prazer pelo ato de aprender.

As crianças estão sempre dispostas a jogar e brincar. Cabe ao educador propor atividades que promovam essa motivação, que envolvam os alunos e o conhecimento, proporcionando uma aprendizagem de qualidade.

O jogo no processo educacional

O jogo promove a aprendizagem, seja ela informal ou formal e pode acontecer dentro e fora da escola. Nas suas diversas formas, ele auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a

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interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc.

Dentre outras características os jogos aplicados em sala de aula devem:

estimular a imaginação infantil;

possuir força socializadora, ajudando no processo de interação social;

auxiliar na aquisição da auto-estima;

liberar a emoção infantil;

facilitador de aprendizagem.

Jogar em sala de aula proporciona momentos ricos em interação e

aprendizagem, auxiliando educadores e educandos no processo de ensino e

aprendizagem. Pois, há sempre o caráter de novidade, o que é fundamental

para despertar o interesse da criança. Os jogos são um dos meios mais

propícios à construção do conhecimento. Neles, a criança utiliza o seu

equipamento sensório-motor, pois o corpo é acionado e o pensamento

também. Conforme a atividade, ela passa a desenvolver as suas habilidades,

vai conhecendo a sua capacidade e desenvolvendo cada vez mais a

autoconfiança.

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Conclusão

Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que

aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido

com facilidade a importância das experiências

informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas

salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em

que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo,

, de pessoal docente se cruzam cheios de significação.

Paulo Freire (1977)

A educação abrange outras instâncias além da sala de aula e a educação não

formal ocorre quando existe a intenção de determinados sujeitos em criar ou

buscar determinados objetivos fora da instituição escolar.

Pensar numa prática social em espaços não formais de ensino, é

pensar numa prática dentro da perspectiva moderna, levando em conta os

processos naturais e espontâneos, deixando perceber o quão é significativo

levar crianças, jovens e adolescentes a museu, exposições, arquivos, cinemas,

teatros dentre outros.

Tendo em vista que esses lugares também educam, já que se

configuram como espaços alternativos de aprendizagem.

No livro “Pedagogia do Oprimido” (1998) com uma proposta

libertadora, Freire considera e valoriza as experiências que cada educando traz

de seu ambiente extra-escolar, se utilizando dessas experiências para

estimular uma nova práxis educacional. Contrariando um modelo de educação

proposto pelos opressores, que desconsideram as diferenças entre os sujeitos,

as diferenças sócias, características próprias de cada indivíduo, enfim, afirmam

supostamente iguais aos diferentes.

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36 A educação precisa ser vista de uma forma global. Todos

educandos, sabem hoje que as práticas educativas ocorrem em muitas

instâncias formais e não formais. Por esse motivo, não é mais possível afirmar

que o trabalho pedagógico se reduz apenas ao docente na escola.

Paulo Freire diz em seu livro Pedagogia da Autonomia: “Ensinar não

é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou

a sua construção.” (...)

Precisam vivenciar práticas educativas autenticas entre o ensinar e

aprender, como força criadora e autentica.

A arte e cultura como divertimento, contribuiu decisivamente para a

manutenção dessa situação.

Diante da crise da educação pública e do desemprego estrutural,

considera-se comumente que o “divertimento” pode esperar.

O Sistema de Avaliação do Ensino Básico aponta as deficiências e

dificuldades dos alunos em relação à leitura e escrita, bem como sua

interpretação e conhecimentos culturais e matemáticos.

Os jornais discutem a crise da educação, mas não abre espaços

para a educação não-formal nessas discussões.

Assim, secundada por alguns trabalhos, surgem ONGs, assumindo

ora como divulgação dos produtos da cultura e arte ora como política com

pensatória através dos “amigos da escola” ou hoje em evidência, o Mais

Educação, dedicando poucas verbas, para que alguns alunos sejam atendidos

(deveriam ser todos) evidenciando assim uma educação não-formal.

Este trabalho tentou apresentar algumas características da

educação não-formal, aqui consideradas fundamentais para o entendimento da

necessidade da educação.

A cultura e a arte podem ser uma expressão da liberdade e da

capacidade criadora da humanidade.

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37 Precisamos promover tais reflexões que possibilite sujeitos em

interação com a realidade humano-social.

Por isso é preciso afirmar que a educação não-formal é parte

essencial de uma formação humana integral.

Finalizo esse estudo ressaltando a importância da educação

formal-não formal como instrumento da realidade, resultado de três vertentes:

Educação, cultura e arte.

Deixo esta citação do grande educador brasileiro Paulo Freire:

“Ensinar é uma forma de compreender que a educação é uma forma

intervenção no mundo”

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Bibliografia

ABERASTURY, Arminda, A criança e seus jogos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

AFONSO, Almerindo Janela. “Os lugares da Educação” em Educação não- formal – cenário da criação. SIMSON, Olga R. M. Von (org.). Campinas: Ed. Unicamp, 2001.

ALMEIDA, Anne, Ludicidade como instrumento pedagógico.

ARANTES, Antônio Augusto. Produzindo o Passado. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1984.

CABRAL, Magaly de Oliveira. Lições das coisas (ou canteiro de obras) – através de uma metodologia baseada na educação patrimonial. Dissertação de Mestrado/PUC-RJ, 1997. CABRAL, Magaly, Educação, Comunicação e Patrimônio. Mimeo, 2002 CHAGAS, Mário. Museália. Rio de Janeiro: JC Editora, 1996. FREINET, Célestin. Para uma Escola do Povo. São Paulo: Martins Fontes. Introdução ao Pensamento Complexo. Porto Alegre: Sulinas. O Método 6. Porto Alegre: Sulinas. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. São Paulo: Cortez, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogista da Autonomia. 22ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal. São Paulo: Ed. Cortez, 1999. HAETINGER, Daniela; HAETINGER, Max Gunther, Jogos, Recreação e Lazer. 2ª ed. Curitiba. MENESES, Ulpiano Bezerra. Para que serve um museu histórico? São Paulo: Museu Paulista, 1992.

REDIN, Euclides, O espaço e o tempo da criança. 3ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2000.

SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.), Brinquedoteca: A criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis: Vozes, 2000.

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39 TEZANI, Thaís Cristina Rodrigues. O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. 2004.

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Índice

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SÍNTESE DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 12

CAPÍTULO II

A EDUCAÇAO INFORMAL COMO FATOR INTEGRATIVO 16

CAPÍTULO III

EDUCAÇAO E ARTE 18

3.1 – Música 20 3.2 – Cinema 21 3.3 – Televisão 22 3.4 – Esportes 23 3.5 – Museu 25 CAPÍTULO IV

O LUDICO COMO FORMA DE APRENDIZAGEM 29

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 38

ÍNDICE 40