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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADA NA LOGÍSTICA COMO VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES Por: Marcelo do Couto Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADA NA LOGÍSTICA

COMO VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES

Por: Marcelo do Couto

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADA NA LOGÍSTICA

COMO VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES

Apresentação de monografia à

Universidade Cândido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Logística Empresarial.

Por: Marcelo do Couto

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a princípio a Deus, que me

permitiu a inteligência.

Ao meu orientador, pelas orientações

precisas em todos os momentos

solicitados.

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DEDICATÓRIA

À minha família, pela base sólida que

sempre me deu força para encarar a vida

de frente.

À minha mãe por cumprir este papel

magistralmente e pelo amor intenso. Essa

monografia é uma homenagem ao seu

trabalho.

Ao meu pai por ser tão pai em minha vida,

pelos pés no chão e pelo carinho sempre.

À minha filha fonte de inspiração para

todas as minhas conquistas.

À minha esposa que soube tão bem

compreender os meus momentos de

ausência em função deste trabalho.

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RESUMO

As grandes organizações utilizam estrategicamente as ferramentas de

Tecnologia da Informação (TI) para adquirir vantagem competitiva na logística

de seus produtos. Mas, como obter esse diferencial competitivo? O estudo

responde a esse problema, utilizando pesquisas bibliográficas em livros e

autores. Além disso, nas próximas linhas que se seguem relacionamos os

principais recursos tecnológicos disponíveis, a escolha das ferramentas de

gestão adequadas para aplicação logística, o benefício trazido pela decisão

dessa aquisição bem como histórias de sucesso de empresas que criaram

vantagem competitiva para si e todos os elos da sua cadeia de suprimentos. O

resultado dessa pesquisa foi que alinhando estrategicamente o negócio com as

ferramentas tecnológicas corretas, conseguir-se-á aumentar a eficácia /

eficiência e conseqüentemente alcançar os objetivos organizacionais.

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METODOLOGIA

A investigação foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica em

livros, artigos de revistas e internet.

O Estudo de caso é uma estratégia de pesquisa que busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto, pois este é especialmente adequado ao estudo de processos à medida que eles se desenrolam na organização. (Roesch, 1996, p.155).

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Ferramentas de TI 10

CAPÍTULO II - Como utilizar as ferramentas de TI 30

CAPÍTULO III – As estratégias de sucesso no uso

da TI como diferencial competitivo na Logísticas 33

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

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INTRODUÇÃO

O Council of Supply Chain Management (1996) define a logística como

a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja,

implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de

matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as

informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo,

com o propósito de atender às exigências dos clientes.

A logística é tudo aquilo que envolve o transporte de produtos (entre

clientes, fornecedores e fabricantes), estoque (em armazéns, galpões, lojas

pequenas ou grandes) e a localização de cada participante da cadeia logística

ou cadeia de suprimentos.

Para Ballou (1993), um dos objetivos da logística é melhorar o nível de

serviço oferecido ao cliente, onde o nível de serviço logístico é a qualidade do

fluxo de produtos e serviços e gerenciado. A logística, portanto, é um fator que

pode ser utilizado como estratégia para uma organização. Sua aplicação se dá

da escolha adequada de fornecedores, passando pela organização e chegando

ao cliente.

Para obter essa vantagem competitiva, as empresas estão recorrendo

aos sistemas integrados de informação, buscando automatizar seu processo

produtivo.

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F á b r i c a

T r a n s p o r t eA r m a z e n a m e n to

C o n s u m id o r

F o r n e c e d o rT r a n s p o r t e

A r m a z e n a m e n t o

T r a n s p o r t e

T r a n s p o r te

I n f o r m a ç ã o

Figura 1: Gerenciamento da cadeia de suprimentos (adaptado de BALLOU, 2001, p:

30).

Apesar disso, ainda há algumas barreiras a serem superadas para o

maior crescimento do mercado de Supply Chain Management (SCM). Entre

elas estão a falta de confiança nos fornecedores desse tipo de solução, os

altos custos de implementação e a falta de um claro entendimento sobre os

benefícios dessa ferramenta. Além do medo por parte dos clientes desse tipo

de solução de implantar o sistema, pois ele compartilha as informações

internas com clientes, fornecedores e com os parceiros.

Visando superar esse problema cultural, evidenciamos as principais

tecnologias da informação utilizadas pelas empresas, incluindo vantagens e

desvantagens dessas ferramentas.

Contudo, apenas relacioná-la não é o suficiente. Precisamos analisar o

motivo pelo qual apenas algumas empresas conseguem vantagem em seu

nicho de negócio.

Logo, revelamos o segredo do sucesso das grandes organizações.

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CAPÍTULO 1 – FERRAME�TAS DE TEC�OLOGIA DA

I�FORMAÇÃO

1. Sistemas de Informação

Os Sistemas de Informação são os sistemas ou práticas utilizadas pelas

empresas para melhorar o seu desempenho incluindo ter um custo operacional

adequado, processos logísticos inteligentes e integração com fornecedores e

clientes através de ferramentas que serão discutidas ao longo deste estudo.

Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos administrativos é a aplicação de tecnologia de informação, proporcionando um grande aumento de eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que a tecnologia disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de informação de uma organização (BALLOU, 1993).

Existem, no mercado, alguns tipos de ferramentas que facilitam e

tornam a informação mais acurada para aplicação na cadeia de suprimentos,

alguns exemplos destes sistemas são: o código de barras, o EDI (Electronic

Data Interchange), o ECR (Efficient Consumer Response) e os ERPs que

integram todos os outros.

1.1 Sistemas Integrados de Gestão / ERP – Enterprise Resource

Planning

São sistemas de informação que integram todos os dados e processos

de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a

perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos,

fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica

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11(sistema de processamento de transações, sistemas de informações

gerenciais, sistemas de apoio à decisão, etc).

Os ERPs em termos gerais são uma plataforma de software

desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa,

possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de

negócios.

1.1.1 A importância do ERP nas Organizações

Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de ERP propicia a

uma corporação, sem dúvida, está a maior confiabilidade dos dados, agora

monitorados em tempo real, e a diminuição do retrabalho. Algo que é

conseguido com o auxílio e o comprometimento dos funcionários, responsáveis

por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a cadeia de

módulos do ERP e que, em última instância, fazem com que a empresa possa

interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou

seja, uma ordem de vendas dispara o processo de fabricação com o envio da

informação para múltiplas bases, do estoque de insumos à logística do produto.

Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes.

Para entender melhor como isto funciona, o ERP pode ser visto como

um grande banco de dados com informações que interagem e se realimentam.

Assim, o dado inicial sofre uma mutação de acordo com seu status, como a

ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no estoque da

companhia.

Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo o processo

de produção, venda e faturamento, a empresa tem mais subsídios para se

planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produção. Um bom exemplo

de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor

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12administração da produção, um investimento, como uma nova infra-estrutura

logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado. Neste caso, ao

controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a

companhia pode chegar a ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e

melhor, o que, em outras palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no

estoque.

A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine

uma empresa que por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de

segurança, precise modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos.

Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de

forma integrada para o evento, das compras à produção, passando pelo

almoxarifado e chegando até mesmo à área de marketing, que pode assim ter

informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E

tudo realizado em muito menos tempo do que seria possível sem a presença

do sistema.

Considerando o exemplo acima, podemos dizer que um ERP consiste

basicamente na integração de todas as atividades do negócio, entre elas,

finanças, marketing, produção, recursos humanos, compras logísticas etc. Com

o benefício direto de facilitar, tornar mais rápido e preciso o fluxo de

informação permitindo assim o controle dos processos de negócios. Portanto, o

processo de tomada de decisão empresarial.

Segundo Souza (1999), existem características dos sistemas

integrados de gestão que os tornam diferentes de outros sistemas existentes,

permitindo-nos fazer uma análise de custo-benefício de suas aquisição, são

elas:

§ Os ERPs são pacotes comerciais;

§ São desenvolvidos através de modelos padrões de processos;

§ Integram sistemas de várias áreas das empresas;

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13§ Utilizam um banco de dados centralizado;

§ Possuem grande abrangência funcional.

Antes mesmo de a empresa fazer as pesquisas de fornecedores ERPs

para aquisição dos pacotes comerciais, é recomendável que a mesma faça o

levantamento da real necessidade da implantação do ERP, quais são as metas

da empresa e o que ela espera do sistema. O próximo passo é consultar

fornecedores que satisfaçam as necessidades previamente definidas.

Existem alguns fornecedores de sistemas que geram solução na área

logística e em outros segmentos que exigem tecnologia de informação. O

mercado brasileiro de fornecedores de sistemas pode citar dentre outros: SAP

Brasil, Datasul, Manugustics, Promática, Scala e JDEdwards.

1.1.1 Sistemas de Informações Logísticas

Atualmente observa-se, uma significativa inclinação do

desenvolvimento de sistemas integrados de gestão para aplicação na cadeia

de suprimentos, visto que todos os processos de negócios internos já foram

integrados, restando apenas obter vantagem competitiva da integração da

cadeia de suprimentos (fornecedores, compradores etc).

Com isso, passa a ser possível à integração com as demais unidades

de um grupo empresarial por meio de EDI com compartilhamento (parcial) da

base de dados. Para tal, os maiores desafios encontrados são: sistemas

geograficamente distantes e distintos, com hardwares diversos, necessidade

intensiva de sistemas de telecomunicações, bases de dados diversas,

operando em estruturas organizacionais e culturas empresariais diversas.

A seguir comentaremos sobre algumas ferramentas integradas de

gestão aplicadas a cadeia de suprimentos.

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1.1.1.1 WMS (Warehouse Management System)

O Sistema de Gerenciamento de Armazéns, chamado de WMS, é uma

tecnologia utilizada em armazéns onde ele integra e processa as informações

de localização de material, controle e utilização da capacidade produtiva de

mão-de-obra, além de emitir relatórios para os mais diversos tipos de

acompanhamento e gerenciamento.

O sitema prioriza uma determinada tarefa em função da disponibilidade

de um funcionário informando a sua localização no armazém. Com este

recurso ocorre um aumento na produtividade quando diferentes tipos de tarefas

são intercaladas.

Este sistema tem capacidade de controlar o dispositivo de

movimentação de material feito por Veículos Guiados Automaticamente (AGVs)

e fazer interface com um Sistema de Controle Automatizado do Armazém

(WACS) que tem a função de controlar equipamentos automatizados como as

esteiras e os sistemas de separação por luzes e carrosséis.

Com uma ferramenta desse porte a empresa passa a ter um ganho na

produtividade com a economia de tempo nas operações de embarque e

desembarque, transporte e estocagem de mercadoria e ainda controlar o

estoque de produtos no seu armazém. Podendo ainda permitir que o gerente

de logística controle as operações de armazém apenas de longe observando

apenas se o funcionamento do sistema está adequado às operações logísticas.

Em paralelo ao WMS existe o WCS que é um Sistema de Controle de

Armazém e não um gerenciador se diferenciando assim do WMS em alguns

aspectos. O WCS não oferece uma variedade de relatórios para auxiliar no

gerenciamento das atividades; não tem flexibilidade de hardware; a

customização é limitada a mudança de campos e nomes, e a instalação deste

sistema não pode ser feita de forma modular, somente integral. A contrapartida

de todos esses aspectos negativos é que ele oferece um ótimo

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15acompanhamento e controle das atividades (se limitando a controle) e existe

um custo reduzido de software e hardware requerido para a implementação

dessa solução.

1.1.1.2 RFID – Radio Frequency Identification

Identificação via Radio Freqüência é, relativamente, uma das mais

novas tecnologias de coleta automática de dados. Inicialmente surgiu como

solução para sistemas de rastreamento e controle de acesso na década de 80.

A maioria dos tags RFID conter pelo menos duas partes. Um deles é

um circuito integrado para armazenar e processar informação, modulando e

desmodularem uma radiofreqüência (RF), e outras funções especializadas. A

segunda é uma antena para receber e transmitir o sinal.

Esses sistemas conseguem localizar em tempo real os estoques e

mercadorias, as informações de preço, o prazo de validade, o lote, enfim, uma

gama de informações que diminuem o processamento dos dados sobre os

produtos quando encontrados na linha de produção.

A figura 02 explica o diagrama esquemático básico de todos os

sistemas de RFID.

Figura 02 – Esquemática do Sistema Básico de RFID (Extraído do site:

www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm)

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1.1.1.2.1 Modelos de RFID

Há diversos modelos de RF existentes no mercado como chaveiros,

Smart Card, crachás, etc. O tipo de RF é definido conforme a aplicação,

ambiente de uso e performance.

Figura 03 - Modelos de RFID (Extraído do site:

http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm)

As etiquetas inteligentes ou Smart Labes são encontradas em material

de papel (ou similar) tipo etiqueta para imprimir, com um Tag de RFID

encaixado nela. Os exemplos são mostrados na figura 04 – pág: 17.

Figura 04 - Modelos de Smart Labes (Extraído do site:

http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm)

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1.1.1.2.2 Vantagens e desvantagens de utilização da

identificação por radio freqüência - RFID

A principal vantagem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem

o contato e sem a necessidade de uma visualização direta do leitor com o Tag.

É possível, por exemplo, colocar a RF Tag dentro de um produto e realizar a

leitura sem ter que desempacotá-lo, ou, por exemplo, aplicar o Tag em uma

superfície que será posteriormente coberta de tinta ou graxa. O tempo de

resposta é baixíssimo menor que 100 ms, tornando-se uma boa solução para

processos produtivos onde se deseja capturar as informações com o Tag em

movimento. O custo da RF Tag apresentou uma queda significativa nos últimos

anos, tornando-a viável em alguns projetos onde o custo do produto a ser

identificado não é muito alto.

1.1.1.2.2.1 Vantagens do Uso da Identificação por

Radiofreqüência

Como vantagens da Tecnologia RFID podemos destacar:

§ Capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para

etiquetas ativas;

§ Detecção sem necessidade da proximidade da leitora para o

reconhecimento dos dados;

§ Durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização;

§ Contagens instantâneas de estoque, facilitando os sistemas

empresariais de inventário;

§ Precisão nas informações de armazenamento e velocidade na

expedição;

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18§ Localização dos itens ainda em processos de busca;

§ Prevenção de roubos e falsificação de mercadorias;

§ Melhoria no reabastecimento com eliminação de itens faltantes e

aqueles com validade vencida.

Percebemos que tais vantagens são significativas e que agregam

informações aos produtos que antes implicavam em mais tempo para serem

obtidas.

1.1.1.2.2.2 Desvantagens do uso da Identificação por

Radiofreqüência

Como desvantagens, podemos apresentar os seguintes itens:

§ O custo elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas de código

de barras é um dos principais obstáculos para o aumento de sua

aplicação comercial. Atualmente, uma etiqueta inteligente custa nos

EUA cerca de 25 centavos de dólar, na compra de um milhão de chips.

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação, esse custo

sobe para 80 centavos até 1 dólar a unidade;

§ O preço final dos produtos, pois a tecnologia não se limita apenas ao

microchip anexado ao produto. Por trás da estrutura estão antenas,

leitoras, ferramentas de filtragem das informações e sistemas de

comunicação;

§ O uso em materiais metálicos e condutivos pode afetar o alcance de

transmissão das antenas. Como a operação é baseada em campos

magnéticos, o metal pode interferir negativamente no desempenho.

Entretanto, encapsulamentos especiais podem contornar esse problema

fazendo com que automóveis, vagões de trens e contêineres possam

ser identificados, resguardadas as limitações com relação às distâncias

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19de leitura. Nesse caso, o alcance das antenas depende da tecnologia e

freqüência usadas, podendo variar de poucos centímetros a alguns

metros (cerca de 30 metros), dependendo da existência ou não de

barreiras;

§ A padronização das freqüências utilizadas para que os produtos possam

ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme.

§ A invasão da privacidade dos consumidores por causa da monitoração

das etiquetas coladas nos produtos. Para esses casos existem técnicas

de custo ainda elevado, que bloqueiam a funcionalidade do RFID

automaticamente quando o consumidor sai fisicamente de uma loja

(BOSS: 2004).

1.1.1.3 Rastreamento de Frotas com Tecnologia GPS – Global

Positioning System

Rastreamento é o processo de monitorar um objeto enquanto ele se

move. Hoje em dia é possível monitorar a posição ou movimento de qualquer

objeto, utilizando-se de equipamentos de GPS aliados a links de comunicação.

O casamento GPS + comunicação é necessário, pois o receptor GPS localiza

sua própria posição; esta deve ser transmitida via canal de comunicação para

uma central que fará efetivamente o monitoramento. Esta tecnologia é

comumente conhecida como AVL (Automatic Vehicle Location).

GPS é um sistema de posicionamento mundial formado por uma

constelação de 24 satélites que apontam a localização de qualquer corpo sobre

a superfície terrestre. Um aparelho receptor GPS recebe sinais desses satélites

determinando sua posição exata na Terra, com precisão que pode chegar à

casa dos centímetros.

A tecnologia GPS é bem conhecida hoje, e comercialmente viável,

tendo inclusive fornecedores de equipamentos consolidados e preços

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20formados. As variáveis que efetivamente determinam o custo e o modo de

operação do rastreamento de veículos são canais de comunicação entre o

veículo e a central de monitoramento e o pacote de serviços oferecidos por

esta central.

A ligação feita entre a central de comunicação e o ponto rastreado

pode ser feito via telefonia celular que tem seus aparelhos baratos para a

solução que oferece, e tem restrições como qualquer outra solução que é estar

acessível apenas onde tem cobertura de telefonia celular e o custo da

comunicação ainda é alto.

Outra opção é a comunicação via rádio. Esta modalidade é muito

simples de implantar, tem um custo de implantação baixo, onde não há custo

de comunicação, tendo que fazer a regulamentação com a ANATEL (no Brasil).

Com a possibilidade de rastrear veículos a empresa pode saber onde

se encontra o veículo que está fazendo determinada entrega e fazendo um link

com o sistema via web a empresa pode colocar a disposição do cliente a

localização da entrega.

1.1.1.4 Código de Barras

O sistema surgiu da idéia de se criar um mecanismo de entrada de

dados mais rápida e eficiente, vendo que com o passar do tempo mais

microcomputadores estavam sendo fabricados com um grande potencial em

armazenamento e processamento de dados.

A leitura de código de barras exige que sejam utilizados alguns

aparelhos específicos e que são adotados conforme a necessidade da

empresa. Alguns desses aparelhos são os leitores (caneta ótica, slot reader,

leitor CCD, pistola laser, scanner omnidirecional e o leitor automático de

documentos), os decodificadores (decodificador para teclado, decodificador para

interface serial e decodificador para joystick) e impressoras especiais (software

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21para impressão e impressoras profissionais). As impressoras matriciais não

têm funcionalidade para esse fim. As impressoras jato de tinta e laser não

estão adaptadas para comportar rolos de etiquetas e papel contínuo. Por isso

é que foram desenvolvidas impressoras profissionais para impressão de código

de barras.

Existe uma padronização mundial para a leitura de código de barras.

Para cada produto ou objetivo da identificação existe um tipo de código. Por

exemplo:

§ O EAN – 13, EAN – 8 e UPC são utilizados na unidade de consumo, ou

seja, na embalagem do produto que o consumidor final esta comprando.

Exemplo: 1 litro de leite em caixa;

§ O EAN/DUN – 14 (SCC - 14) / UCC/EAN 128 são utilizados nas caixas

que embalam as várias unidades desses produtos unitários. Exemplo:

um engradado contendo 12 litros de leite em caixa;

§ O UCC/EAN - 128 são usados nos pallets dentro dos galpões de

supermercados ou distribuidores. Estes levam no código de barras

Identificadores de Aplicação (AI).

O código de barras, comprovadamente, tem uma margem de erro

menor que a coleta de dados feita manualmente, sendo assim a maneira mais

eficaz de coletar dados em termos velocidade da informação, facilidade de

migração para o sistema de controle de estoque e facilidade da adoção da

prática do VMI.

1.1.1.5 EDI (Electronic Data Interchange)

O EDI (Eletronic Data Interchange) ou intercâmbio eletrônico de dados é

uma ferramenta tecnológica de informação, que tem sido utilizada pelas

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22organizações para ligar seus componentes e parceiros, de modo a gerar

perfeita integração, rápida comunicação e agilidade na resposta.

No entender de Pizysieznig (2002) o EDI influência a cadeia de valor

quando a adoção de estratégias para uma vantagem competitiva em um

mercado globalizado.

O EDI é uma rede de acesso restrito aos clientes do provedor, que permite a conexão entre os sistemas eletrônicos de informação entre empresas, independentemente dos sistemas e procedimentos utilizados no interior de cada uma. A função principal de um provedor de EDI é, no momento de adesão de um cliente a rede, instalar o hardware e software para a tradução das informações da empresa em padrões já normatizados internacionalmente. Na operação do sistema, o provedor deve garantir, tanto o registro da transação (comunicação) entre dois parceiros na rede, quanto o sigilo em relação ao acesso de terceiros a estas informações. As empresas não entram em contato apenas com bancos, mas com todos os parceiros nos negócios. A troca de informação gera economias e maior eficiência para todos os participantes da rede. Assim, cada um é, ao mesmo tempo, cliente e fornecedor de informações. ( PIZYSIEZNIG 2002: 55)

Este conceito de comunicação entre empresas, o EDI compreende

todas as trocas de documentos e informações entre todos os participantes das

transformações, potencializando recursos de tempo e capital eliminando todo e

qualquer tipo de ineficiência da cadeia de valor.

A adoção do EDI implica em reconfigurar no sistema logístico,

englobando todos os parceiros comerciais, sejam eles fabricantes,

transportadores ou varejistas.

1.1.1.6 VMI – Vendor Managed Inventory

O VMI ou Estoque Administrado pelo Fornecedor é uma ferramenta

muito importante principalmente para a cadeia de suprimentos que pretende ou

já trabalha com o JIT (Just-in -Time). O principal objetivo desta técnica é fazer

com que o seu fornecedor, através de um sistema de EDI, verifique a sua real

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23necessidade de produto, no momento certo e na quantidade certa. Este

recurso tem uma maior funcionalidade para as empresas que um grande

número de fornecedores e possui um amplo mix de produtos.

A integração permite que se faça, de acordo com o forecast uma

mudança de planejamento de reabastecimento, pois a informação chega ao

seu fornecedor em tempo real. O nível de detalhamento é tanto que, detectada

a demanda de produto acabado, o software se encarrega de traçar planos para

a produção, planejamento de abastecimento e distribuição para os depósitos.

1.1.1.6.1 Vantagens

Fornecedor e cliente

§ Falhas de comunicação são reduzidas e todo o processo é realizado em

menor tempo e com maior eficácia;

§ Redução de lead time na cadeia de abastecimento;

§ Atenuação de incerteza na gestão do estoque;

§ A estreita relação entre as partes permite a automatização de atividades;

§ Maior satisfação por parte do cliente final.

Cliente

§ Maior estabilidade na gestão do estoque e conseqüente redução de

probabilidade de rupturas;

§ Redução de custos de processamento de encomendas;

§ Melhoria do nível de serviço.

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Fornecedor

§ Menor incerteza na previsão da procura;

§ Redução de custos de transporte, posse e de aprovisionamento.

1.1.1.6.2 Desvantagens

Alguns problemas relacionados com a implementação do VMI

(SIMCHI-LEVI et al., 2003, p. 158):

§ A necessidade de utilizar avançadas tecnologias o que traz um

acréscimo de custos;

§ A extrema confiança que terá que existir entre as duas partes;

§ A aceitação por parte dos funcionários de ambas as partes da sua

responsabilidade, assim como dos objetivos do VMI;

§ O aumento de custos para o fornecedor que poderá ser diretamente

proporcional ao aumento da sua responsabilidade com a gestão do

stock;

§ A inexistência de regras claras em relação aos custos com a gestão de

stocks, com incidência no fornecedor;

§ A implementação do EDI (Electronic Data Interchange) que deverá ser

testada para garantir a confiabilidade dos dados.

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1.1.1.7 ECR (Efficient Consumer Response)

Recentemente, o varejo de massa (supermercados, lojas de

conveniência, farmácias, etc.) e o atacado (distribuidores, centros de

distribuição, etc.) ganharam um novo instrumento de relacionamento com as

indústrias. É a ECR - Efficient Consumer Response, ou Resposta Eficiente ao

Consumidor. Trata-se de uma filosofia que visualiza a cadeia de suprimentos

como um fluxo integrado e único de todas as funções do negócio.

No passado, e até hoje, muitos varejistas encaravam seus fornecedores

com certa suspeita, quase que como adversários. Pouca lealdade era

apresentada por parte do varejista e, conseqüentemente, o fornecedor jamais

estava seguro quanto ao seu futuro relacionamento com a organização.

Freqüentemente, o departamento de compras era cobrado no seu papel de

arrancar o melhor negócio possível de um fabricante. O nome dado a este jogo

era ganha-perde.

O elemento mais importante da ECR será levar ao mercado, no

momento certo, os produtos que o cliente realmente deseja, mais rapidamente,

numa qualidade mais elevada e com um custo menor.

A ECR foi uma iniciativa importante de mudança dentro das empresas

e, como em qualquer mudança, surgirão obstáculos e restrições, o que é

comum nestes casos.

Os requisitos para se por em prática a filosofia do ECR e fazer os check

outs nas saídas das mercadorias das lojas (PVs) e ter o controle do estoque no

fornecedor. Como o volume de produtos é muito grande, tanto o fornecedor

quanto o varejista, precisa utilizar uma coleta de informação que seja acurada e

rápida tendo a sua disposição o código de barras. E o controle do estoque do

ponto de venda feita pelo fornecedor é usada à ferramenta de VMI co

transmissão de dados via EDI, onde temos precisão e rapidez na operação.

A cadeia produtiva ideal passa por alguns sistemas de informação em

uma ordem lógica:

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26

RespostaEficiente ao

Cliente

IntercâmbioEletrônico de

Dados

Entrada deDados

1.1.1.8 Geografhic Information Systens - GIS

A tecnologia da informação, que surgiu como ferramenta de redução

de custos e agilizadora do processamento de informação, tem sido cada vez

mais aplicada em todos os ramos da atividade humana, devido ao crescimento

exponencial de seus recursos e habilidades. O Sistema de Informação

Geográfica – GIS está ao alcance de pequenas, médias e grandes empresas,

proporcionando um melhor processo de analise dos clientes bem como a

utilização de um instrumento mais adequado na formação de zonas de vendas.

Diante desse cenário, milhares de transportadores ou varejistas compartilham

esses recursos para montar, formar e manter parcerias. O GIS está

relacionada com uma ferramenta que associa banco de dados a mapas

digitalizados.

Figura 5 – Resultado de um estudo de localização (Extraído de Nazário, 1998, p:2)

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27Segundo Nazário (1998), o tratamento das informações espaciais no passado

era realizado basicamente através da utilização de mapas em papel. Hoje em dia,

existem softwares que permitem o uso de tais informações para auxiliar na tomada de

decisão.

Devido à importância que os dados espaciais ocupam na atividade

logística, o GIS possibilita inúmeras aplicações a partir da utilização de dados

georeferenciais para resoluções em problemas de localização, seja de pontos

comerciais ou de fábricas, no roteamento de veículo, na identificação do

potencial de vendas das diferentes regiões, identificação de anomalias, como

fluxos inadequados, desbalanceamento das regiões de entregas e outros. (vide

figura 6 – pág: 28).

Figura 6 – Resultado de um Estudo de Localização (Extraído de Nazário, 1998, p:2)

No Brasil existe uma grande disponibilidade de software de GIS,

capazes de executar tarefas, tais como: roteamento, estudo de localização,

obtenção de matriz de distancia, entre outras. Na tabela 1 – pág: 28/29

encontra-se os principais software e os sites de seus fabricantes.

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28Tabela 1 – Lista de Software de GIS (Extraído de Nazário, 1998, p:2)

SOFTWARE SITE (FABRICANTES)

Arc-info, BusinessMap www.esri.com

Deskmapp www.gfmi.com.br

MapInfo www.mapinfo.com

Maptitude, TransCAD www.caliper.com

MaxiCAD www.maxidata.com.br

Tactician www.tactician.com

A interação entre as diversas áreas de trabalho da organização é de

vital importância para que este sistema funcione adequadamente, pois a

manutenção de dados depende de vários setores, já que a logística possui

interface com a área de marketing, finanças e produção.

Muitas organizações estão adotando os GIS na formulação do

planejamento estratégico, visto que o aumento do número de variáveis,

principalmente geográfica, tornam as decisões mais complexas. Assim, a

necessidade do uso de tal ferramenta para a competitividade da empresa, à

medida que facilita as tomadas de decisões com dados confiáveis e

atualizados.

1.1.1.9 Simulação de Informações em Logística

A simulação é outro aplicativo tecnológico que auxilia a gerencia na

identificação, avaliação e comparação de alternativas operacionais.

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29Saliby (1999), a define como o suo de modelos para estudo de

problemas reais de natureza complexa, através da experimentação

computacional.

Segundo Saliby (1999) Assim, a simulação consiste no processo de construção de um modelo que replique o funcionamento de um sistema real ou idealizado (ainda a ser construído) e na condução de experimentos computacionais, com este modelo com o objetivo de melhor entender o problema em estudo, testar diferentes alternativas para sua operação e assim propor melhores formas de operá-lo.

A aplicação da simulação como ferramenta de apoio à tomada de

decisão, facilita e revela aos dirigentes a melhor maneira para realizar

determinada tarefa ou resolver alguns problemas. Através de softwares

poderão processar problemas complexos, obtendo economia de tempo e

exatidão das informações.

A tabela 2 - pág: 29 apresenta os principais softwares de simulação e

seus fornecedores.

Tabela 2 – Lista de Software de Simulação (Extraído do site:

www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel)

PRODUTO EMPRESA ENDEREÇO DA HOME PAGE

ARENA Systems Modeling

Corporation

www.sm.com

AutoMod Autosimulations www.autosim.com

Extend Imagine That www.imaginethatinc.com

GPSS H Wolverine Software

Micro Saint Micro Analysis & Design www.madboulder.com

ProModel ProModel Corporation www.promodel.com

SIMPLE ++ AESOP (Alemanha) www.aesop.de

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Simscrip II.5 e

MODSIM III

CACI Productos www.caciasl.com

TAYLOR II b F&H Simulations (Holanda) www.taylorii.com

VisSIM Visual Solutions www.vissim.com

CAPÍTULO II – COMO UTILIZAR AS FERRAMENTAS DE

TI

Nas páginas anteriores verificamos diversos tipos de tecnologias da

informação disponíveis no mercado. Contudo, o principal problema é como

utilizá-las de forma estratégica para a Organização.

Uma das formas mais simples de adquirir as ferramentas corretas será

alinhando estratégico o uso da TI com o negócio da empresa.

Mas, o que seria esse alinhamento estratégico?Como poderíamos

utilizar as ferramentas adequadas de TI na Logística a fim de conseguirmos

vantagem competitiva?

Primeiramente, precisamos entender que o alinhamento estratégico

corresponde à adequação estratégica e integração funcional entre os

ambientes externos(mercado, política, fornecedores, etc.) e internos(estrutura

administrativa e recursos financeiros, tecnológicos e humanos) para

desenvolver as competências e maximizar a performance organizacional.

O alinhamento entre negócio e TI é alcançado quando um conjunto de

estratégias de TI (sistemas, objetivos, obrigações e estratégias) são derivadas

do conjunto organizacional (missão, objetivo e estratégias).

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Figura 7 – Modelo Operacional do Alinhamento Estratégico (Extraído de Brodbeck,

2001)

O modelo acima (vide figura 7 – pág: 32) adota uma visão espacial,

contendo um plano de frente representando a promoção do alinhamento entre

os itens do plano de negócios e de TI durante a etapa de formulação do

processo de planejamento estratégico e vários planos de fundo representando

a promoção do alinhamento contínuo durante os diferentes estágios da etapa

de implementação do processo de PE. Estes estágios podem ser comparados

à etapa de avaliação do modelo de planejamento estratégico de SI de King

(1988) e demonstram o dinamismo do alinhamento ao longo do tempo. Desta

forma, o modelo pode ser interpretado como um cubo formado pelo ciclo de

cada processo de planejamento (n ciclos), representando a continuidade da

promoção do alinhamento, expresso pelo:

§ Alinhamento circular (no plano) entre objetivos e estratégias de negócio

e de TI, indicando que o redirecionamento de alinhamento pode ser feito

por ambos, a qualquer instante;

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32§ Alinhamento cíclico e crescente no tempo e espaço, indicando o

movimento dos itens planejados do estado presente para o estado

futuro, implementando-se a visão básica de processo em movimento

proposta por Boar (1994).

A promoção do alinhamento circular é representada pelo ajuste

contínuo dos objetivos e recursos organizacionais com os projetos de TI,

contemplando infra-estrutura, processos, pessoas e demais recursos

necessários para o suporte do negócio. Este ajuste deve ser mantido por todo

o horizonte de planejamento, independentemente da etapa do processo.

A promoção do alinhamento cíclico é representada pelo mesmo ajuste

dos itens organizacionais especificados para o alinhamento circular, mas

crescente no tempo. A manutenção desse alinhamento deve ser mantida por

meio de reuniões de avaliação contínuas das estratégias e dos objetivos

planejados, enquanto executados, e do seu conseqüente reajuste, evoluindo

para os próximos estágios da etapa de implementação e assim

consecutivamente.

Para processos de planejamentos com horizonte de longo prazo (3-5

anos), os objetivos estratégicos devem ser descritos por meio de projetos

estratégicos, por sua vez divididos em objetivos de curto prazo (até 01 ano),

possibilitando melhor controle operacional das metas estabelecidas e

garantindo ajuste mais apurado entre as partes e com relação ao todo.

Com relação aos objetivos estratégicos, o modelo propõe que sejam

estabelecidas metas fixas e variáveis, também subdivididas em períodos de

curto prazo, para seu melhor monitoramento e ajuste ao longo do processo de

planejamento. As metas fixas, consideradas estáticas, são aquelas propostas

no início do período de planejamento, contendo as proposições a serem

alcançadas no final do horizonte de planejamento. As metas variáveis,

consideradas dinâmicas são as alteradas à medida que o processo está sendo

executado e que os redirecionamentos estratégicos se realizam. O alinhamento

total será obtido quando as informações representativas do modelo de gestão

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33estratégico da organização, fornecidas pelo SII e por outros sistemas

estratégicos, permitirem o ajuste permanente das metas executadas com

relação ao padrão estabelecido, favorecendo o seu atingimento integral.

Este modelo operacional poderá ser utilizado em todos os setores da

empresa. Contudo, ao utilizá-lo em setores estratégicos, tais como na cadeia

de suprimentos, transporte e distribuição de materiais, ocasionam resultados

estratégicos bastante significativos.

No próximo capítulo, verificaremos que as empresas que utilizaram

modelos de alinhamento estratégico e de TI obtiveram grandes vantagens

competitivas em seu nicho de negócio.

CAPÍTULO III – AS ESTRATÉGIAS DE SUCESSO NO

USO DA TI COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO NA

LOGÍSTICA

Para superar os concorrentes, a utilização da tecnologia da informação

na logística tornou-se crucial.

Veja abaixo as medidas que algumas grandes empresas tomaram para

melhorar a cadeia de suprimentos.

1. Dell Computadores

Muitos se perguntam como a Dell foi capaz de reinventar a indústria de

computadores e tornar-se um símbolo da nova economia. A resposta é

simples: soube vender de um modo inteligente, do jeito que o cliente quer.

Michael Dell fundou a empresa com apenas US$ 1 mil e uma idéia

revolucionária. Decidiu vender computadores pessoais sob medida,

diretamente para os seus clientes. A empresa provou que vale a pena tirar

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34partido de oportunidades que os outros estão convencidos que não existem.

Enquanto outros fabricantes de computadores vendem seus produtos por meio

de revendedores, a Dell procura vendê-los diretamente para o consumidor final,

o que lhe permite um corte significativo de custos. Assim oferece o dinheiro

poupado em forma de preços mais atraentes para o público.

O interesse do americano Michael Dell por computadores começou

muito cedo, desde quando tinha sete anos e comprou a primeira máquina de

calcular. Aos 18 anos, ele já anunciava que bateria a IBM. Michael Dell fundou

a companhia em 1984, então com 19 anos, enquanto ainda estudava na

Universidade do Texas. A empresa foi fundada com o nome de PC´s Limited.

Para dar o pontapé inicial da empresa, precisava conseguir máquinas a preços

baixos. Entrou em uma loja de informática e comprou a prazo todo o estoque

de computadores encalhados. Começou a trabalhar no dormitório da faculdade,

desmontando os computadores que tinha comprado e adicionando

componentes mais sofisticados para vendê-los com algum lucro. Calibrou-os

com discos rígidos maiores, programas mais recentes e passou a vendê-los

por telefone, com preços em média 20% inferiores aos da concorrência,

através de anúncios colocados em revistas especializadas de informática. Sua

idéia era vender PCs direto aos clientes, trabalhando com estoques mínimos e

passando por cima dos canais de distribuição tradicionais: as lojas. Assim, a

Dell tornou-se uma das pioneiras no desenvolvimento de programas de

atendimento e suporte a clientes na área de TI.

Em 1985, a empresa fabricou seu primeiro computador com design

próprio, o Turbo PC, que continha processadores Intel 8088 com a velocidade

de 8MHz. Com os bons resultados de vendas, Michael Dell largou a faculdade

para administrar seu negócio em tempo integral. Somente no primeiro ano, a

empresa teve um faturamento de US$ 6 milhões. O sucesso foi tanto que

Michael começou a ser assediado para vender sua empresa. Poderia ter

aceitado a melhor oferta e deixado de trabalhar antes de completar a

maioridade. Em 1987, a PC´s Limited começou a operar também no Reino

Unido. Nos quatro anos seguintes, 11 outros países também foram alcançados.

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35No ano de 1990, a Dell tentou vender seus produtos indiretamente

através de supermercados e lojas de computadores, porém o sucesso foi muito

tímido e a empresa voltou o foco no seu bem sucedido modelo de vendas

diretas ao consumidor. Em 1993, ingressou de vez na chamada "Guerra dos

computadores" ao baixar seus preços ainda mais. Uma das barreiras iniciais à

venda direta era a de que muitos compradores potenciais receavam adquirir

um computador de baixo preço a uma empresa desconhecida. Para contornar

esta desvantagem, foi criada a garantia de devolução total do dinheiro nos

primeiros 30 dias após a aquisição. Foram anos de uma obsessiva busca pela

redução de custos, que resultou numa empresa feita sob medida para a

Internet - anos antes de ela existir. Os produtos da Dell eram computadores

ideais para vender on-line.

A companhia liderou a migração comercial para a internet ao lançar,

em 1994, o site dell.com Os clientes que o visitassem podiam selecionar um

sistema, adicionar ou subtrair várias combinações de componentes - tais como:

memória, disco rígido, adaptadores de vídeo, modem - e obter o preço final do

sistema em tempo real. Quando a internet surgiu, foi como um presente para a

empresa, porque criou um caminho para qualquer companhia se comunicar

com qualquer outra. Em 1996 ingressou no comércio eletrônico. Os resultados

foram tão positivos que já no ano seguinte, a Dell se tornou à primeira empresa

a registrar um volume de vendas on-line no valor de US$ 1 milhão. Dois anos

depois ultrapassou a Compaq e se tornou a maior vendedora de computadores

pessoais do mercado americano.

No dia 4 de novembro de 1999, a Dell emitiu a sua primeira nota fiscal

no Brasil. Foi uma festa com a presença do próprio Michael Dell. Ele

desembarcou no país certo de que repetiria o sucesso de vendas entre os

consumidores domésticos, como conseguiu nos EUA. Assim como na matriz,

adotou aqui o sistema de encomendas por telefone ou pela internet. Nada de

vendedores ou showrooms que aumentassem custos. O primeiro ano foi gasto

na busca da liderança entre os consumidores comuns. Mas logo se deparou

com uma barreira difícil de ser ultrapassada. A Dell percebeu a força de um

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36concorrente desconhecido nos Estados Unidos, uma infinidade de pequenas

lojas especializadas em montar o PC ao gosto do freguês. Conhecido como

mercado cinza, esse comércio representava 70% das vendas de PCs e

sobrevivia graças ao contrabando. "Como não é nosso hábito perder dinheiro e

tempo, mudamos o nosso foco", afirmou o então vice-presidente da Dell no

Brasil, Fernando Loureiro. Assim adotou a estratégia de curto prazo onde todas

as atenções se voltavam para os grandes consumidores. A Dell passou a

oferecer descontos generosos na venda de computadores e servidores para

empresas, a ponto de provocar protestos entre os concorrentes.

A partir de 2004 a companhia expandiu seus produtos para multimídia

e entretenimento com o lançamento de televisores, handhelds e jukeboxes

digitais. Em fevereiro de 2005, apareceu em primeiro lugar no ranking das

"Empresas mais admiradas", publicado pela revista Fortune. No ano seguinte

Inaugurou sua primeira loja própria em um centro de compra na cidade de

Dallas. O principal objetivo era proporcionar aos clientes uma maior interação

com os produtos da marca, permitindo assim que eles pudessem testar, tirar

dúvidas com a equipe de vendas e efetuar a compra.

Figura 8 - Fábrica da Dell em Hortolândia, SP(Extraído do site da DELL)

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37A Dell é uma empresa que chama a atenção pelo padrão de vendas.

Para os executivos da companhia e para os clientes esse é o grande diferencial

da empresa. Enquanto outras companhias produzem em larga escala, a Dell

produz um produto diferenciado. É o que os executivos da empresa chamam

de "modelo direto de vendas". Essa idéia é baseada em alguns conceitos

simples e bem aplicados. O mais importante deles é que a Dell não tem

estoque de produto. A produção só começa quando o produto é encomendado

e de acordo com a especificação de cada cliente. Mas não é só o modelo direto

de vendas que é marca registrada da Dell. Outra característica da companhia é

que a Dell mantém uma equipe de assistência técnica própria. A empresa não

trabalha com assistência técnica autorizada porque já tem todos os dados do

computador do cliente no seu cadastro. Assim que o cliente entra em contato,

imediatamente tem todas as informações sobre sua máquina. A Dell sabe

exatamente o que o cliente tem no seu equipamento e por isso também pode

solucionar rapidamente possíveis problemas. Atualmente cerca de 80% das

complicações são resolvidas pelo telefone, aumentando a qualidade do produto

e diminuindo os problemas para seus clientes.

A utilização da TI foi fator preponderante para o sucesso estratégico da

Dell. Os sistemas ERP, VMI e WMS foram apenas algumas das ferramentas

que a levou diretamente para o topo no seu nicho de negócio.

A Dell é hoje a fabricante de sistemas de computadores que apresenta

o maior crescimento da indústria, ocupando a primeira posição no ranking

mundial das empresas do setor. A empresa vende mais de 10 milhões de

computadores anualmente.

2. Wal-Mart

Em termos de complexidade, a operação da Wal-Mart, a maior rede de

varejo do planeta, provavelmente não encontra rivais em nenhuma outra

empresa. Com seus mais de 70.000 fornecedores e 6.660 lojas, manter as

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38gôndolas bem abastecidas é um tremendo desafio de logística. Para conseguir

organizar toda essa estrutura, a Wal-Mart foi pioneira no uso de uma das

principais ferramentas de controle de carga, as etiquetas de identificação por

radiofreqüência (RFID, a sigla em inglês). A quantidade de informações que

podem ser armazenadas por esse sistema é muito superior à dos tradicionais

códigos de barras. A identificação via rádio também faz com que não seja

necessário sequer abrir o caminhão para saber o que há dentro dele.

O sistema desenvolvido pela matriz americana da Wal-Mart foi aplicado

nos outros 15 países onde o grupo atua. No Brasil, algumas das inovações

mexeram com o mercado. Uma delas foi à introdução do agendamento para a

entrega de cargas. A Wal-Mart define um horário no qual o fornecedor tem

preferência para descarregar. Com isso, ganha agilidade de armazenamento.

Na outra ponta, o fornecedor fica com o caminhão menos tempo parado. Essa

tática tem impacto direto no custo do frete. Um caminhão que não pega fila

para descarregar tem um custo por tonelada de 75 reais para um frete de 300

quilômetros. Quando o tempo de espera é de um dia e meio, o valor chega a

250 reais.

Outra inovação logística desenvolvida pela Wal-Mart é o sistema "retail

link", uma plataforma de informações que processa nos Estados Unidos todas

as vendas da rede no mundo. Com uma senha, os fornecedores podem ter

acesso a dados que indicam o desempenho de seus produtos em cada uma

das lojas da Wal-Mart em qualquer lugar do planeta. Com base nesses

números, é possível reduzir ou aumentar o fornecimento de mercadorias para

uma determinada região -- e, se necessário, reestruturar completamente a

operação. A Wal-Mart é conhecida por puxar para baixo os preços dos

produtos expostos nas gôndolas, aspecto que tornou o fundador da companhia,

Sam Walton, um mito na história do capitalismo. A estratégia de preços baixos,

porém, não seria possível sem os enormes investimentos feitos em tecnologia

logística.

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39A principal estratégia da direção do Wal-Mart é torná-la uma empresa

flexível e aberta a mudanças, tornando assim seus métodos de trabalho em

permanente processo de evolução.

CONCLUSÃO

A vantagem competitiva baseada em sistemas integrados de gestão

logística, ocorre com o entendimento da necessidade de aquisição de

tecnologia de informação para integração da cadeia produtiva, a fim de atender

o cliente final é atualmente a fonte de vantagem competitiva mais cobiçada no

mercado, porém devem ser repensados os processos organizacionais ,bem

como e seu redesenho.

Toda a tecnologia que hoje está à disposição da solução da logística

empresarial é capaz de gerar soluções que satisfaçam qualquer necessidade

de mercado. Podemos efetuar links através de um sistema integrado, ERP, o

aplicativo de código de barras que migra informações para um sistema de

estoque onde tem informações atualizadas a qualquer tempo por meio de um

outro aplicativo de EDI. Isso tudo pode estar disponível na intranet e extranet

para toda a cadeia de produção afim de otimizar o processo em termos de

eficiência de resposta ao cliente.

Em face todo o exposto, devemos ter consciência do enfoque sempre

nos negócios e não na tecnologia, servindo a mesma apenas como suporte a

tomada de decisões de forma mais rápida e eficiente. Para isso é necessário

aliar o sistema de informações logísticas ao sistema de informações gerenciais,

sendo fundamental para a definição e operacionalização do conceito de supply

chain management.

De um modo geral, o sucesso da implantação de sistemas logísticos

nas empresas e as vantagens advindas de sua aplicação, depende do

processo de amadurecimento empresarial. Dessa forma, todo o processo

logístico pode ser otimizado, permitindo a maior eficácia nos processos

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40internos e de comunicação com a cadeia de suprimentos. Lee;Whang (2002)

indica que o segredo está em utilizar as informações e alavancar os recursos

disponíveis para coordenar ações, priorizando os fluxos de informações. A

palavra chave passa a ser a integração empresarial para obtenção de

vantagem competitiva.

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