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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE: EM RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DO MUNDO ATUAL Por: Carlos Eduardo Taylor March Orientador Prof. Ms. Marco A. Larosa Niterói 2007

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE:

EM RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DO MUNDO ATUAL

Por: Carlos Eduardo Taylor March

Orientador

Prof. Ms. Marco A. Larosa

Niterói

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE:

EM RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DO MUNDO ATUAL

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Auditoria e

Controladoria.

Por: Carlos Eduardo Taylor March

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus pelo

dom da vida - e que minha alegria

consista em vos servir de todo o

coração, pois só terei felicidades

completas, servindo a vós, o criador de

todas as coisas -; a minha mãe pelo

amor e pela educação dedicados por

toda a vida; a minha irmã e a minha

sobrinha que me acompanham a todo

o momento, no caminho da virtude,

com um carinho especial.

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DEDICATÓRIA

Dedico a realização e o sucesso deste

trabalho a minha mãe Edna, ao meu pai,

Eraldo (em memória) - os doutos da

verdadeira faculdade, "Vida" -, e a minha

esposa, Elisabete, pelo singelo

sentimento de estima.

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RESUMO

Provas arqueológicas datadas da pré-história mostram que inicialmente

a história da contabilidade se confundiu com a história da conta.

A história da Contabilidade, em seus mais de 8.000 anos, teve fases

distintas de evolução, adquirindo normas até chegar à dinâmica de controle

atual, foi ganhando espaço no mercado de trabalho. Com controle de

desenvolvimento no seu aspecto profissional, acompanhando os avanços do

contexto sócio-econômico e financeiro nas suas funções de controle e

orientação da atividade contábil.

Com o Renascimento econômico e comercial da Europa, a

Contabilidade assume novo papel voltado não somente para o registro do

patrimônio possuído, mas também das causas e efeitos de sua variação, em

função dos negócios praticados. Por conseguinte, as práticas contábeis

começam a ser sistematizadas, sendo as partidas dobradas as maiores

conquistas.

Com o desenvolvimento do capitalismo e o fortalecimento do mercado

acionário, a contabilidade passou a ser muito importante para a sociedade.

Além do proprietário outros tem interesse em conhecer a empresa.

Na "era da informação" o profissional detentor das informações, tem

um lugar de destaque, porém o mercado tem exigido também uma adequação

às novas exigências econômicas, políticas e sociais, induzindo o profissional a

seguir em frente e desenvolver competências e habilidades necessárias para

atender essa nova demanda.

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METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa utilizada para a realização desta monografia

foi a de bibliografias e de conceitos encontrados em livros, documentos e

Internet, ligados a assuntos proposto no tema.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Considerações Históricas 10

CAPÍTULO II - Profissionais e Usuários da Contabilidade 21

CAPÍTULO III - Contabilidade no Brasil 29

CONCLUSÃO 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36

ANEXOS 38

ÍNDICE 49

FOLHA DE AVALIAÇÃO 51

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INTRODUÇÃO

O estudo da história da contabilidade demonstra que a evolução da

disciplina está atrelada aos eventos e às necessidades do homem. À medida

que começava a possuir maior quantidade de valores, preocupavam saber-se

quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar suas

posses, tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior

volume, precisava ter registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos registros a fim

de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, consumo,

produção etc. A contabilidade foi evoluindo, adquirindo normas até chegar à

dinâmica de controle atual, foi ganhando espaço no mercado de trabalho,

surgindo o controle do desenvolvimento dessa ciência no seu aspecto

profissional, acompanhando o avanço do contexto socioeconômico e financeiro

nas suas funções de controle e orientação da atividade contábil.

Na medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o

seu controle se refina. A fim de apurar suas variações, para depois

imaginarem-se as formas de lançamento das operações elementares, as

escritas governamentais - desde a República Romana -, já traziam receitas de

caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos

itens salários, perdas e diversões. O grau de complexidade e os

desdobramentos jurídico-econômicos das normas contábeis exigem do

profissional o conhecimento das bases teóricas que as justificam, com isso, é

que acaba por diferenciar os profissionais em que atuam nessa área.

No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram

introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que

surge o termo Contabilitá. Em sua ciência essencialmente utilitária, no sentido

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de que responde, por mecanismo próprio, a estímulos informativos dos vários

setores de economia. Portanto, entender a evolução das sociedades, em seus

aspectos econômicos, dos usuários da informação contábil, em suas

necessidades informativas, é a melhor forma de entender e definir os objetivos

da contabilidade, fornecendo informação econômica relevante para que cada

usuário possa tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com

segurança, baseados em fluxos futuros, de renda ou de caixa, do que

propriamente em dados do passado.

Baseando no que foi apresentado sobre o princípio da evolução da

contabilidade e para melhor compreendermos como se deu esta progressão, a

qual foi organizada em seqüência de três capítulos, conforme as seguintes

discussões, respeitando o estudo histórico da contabilidade. Que será dividida

em: Considerações Históricas; Profissionais e Usuários da Contabilidade;

Contabilidade no Brasil. Com isso, mostrar-se-á o crescimento do

conhecimento humano discorrendo, de forma sucinta, sobre a trajetória das

primeiras fontes do conhecimento até a ciência. Abordando, ainda, com maior

detalhamento, o progresso da Ciência Contábil, com comentários sobre o

conteúdo dos enunciados de forma adequada para uma melhor compreensão.

Portanto, contribuindo para reflexão dos leitores sobre a importância da

contabilidade no mundo atual.

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CAPÍTULO I

CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS

"... Lute por aquilo em que acredita. Mas não diminua o trabalho de

nenhum colega, se sabe que ele luta por aquilo em que acredita. Deixe

o julgamento dos motivos para Deus. Mesmo que discorde do modo

como ele faz as coisas, respeite e valorize. Tenha uma palavra de

elogio até para a pessoa que você julga a mais retrógrada do mundo.

Não é preciso elogiar tudo, nem dizer que concorda com os métodos

dela, mas respeite e saiba ver o lado bom daquele esforço. Além do

mais, nada garante que daqui a vinte anos alguém não estará fazendo

o mesmo com você..." (Oliveira, 1982, p. 60).

Com base no entendimento da evolução histórica da disciplina, exalta-

se o reconhecimento de que o "estado da arte" se adiante muito em relação ao

grau de desenvolvimento das teorias contábeis e de suas práticas, associando

na maioria das vezes ao grau de desenvolvimentos econômicos, institucionais

e sociais das sociedades de cada época.

Antônio Carderelli assim conceitua a Teoria Contábil ¹ - "representa o

princípio geral da ciência contábil. A teoria contábil é representada pela

Doutrina Contábil, que tem a finalidade de apurar a eficiência, por meio da arte

ou prática objetiva, no processo de escrituração". E acrescenta: "Há várias

teorias já expostas, como a de Edmond Degrange (Contista), de Fábio Besta

(Controlista), de Vicenzo Masi (Patrimonialista) e outros". E afirmando

também: "Pode-se afirmar que no Brasil é aplicada com grande intensidade, à

teoria patrimonialista".

__________________________ ¹ CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia contábil brasileira, Formar, SP, 1967, p. 912.

1.1 - Breve histórico da Contabilidade

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"Foi Thomas Merton quem disse que para provar que estou certo não

basta provar que o outro esteve ou está errado. É preciso muito mais

do que isso para provar eficiência". (Oliveira, 1982, p. 60).

"Não Julgueis e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis

condenados; perdoai, e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á... Porque,

com a mesma medida com que medirdes, será medido para vós". (Lc

6, 37-38).

O conhecimento mínimo de conta, e, portanto, de Contabilidade seja

talvez muito antigo, comparando-o com a história da civilização. Alguns

historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de

contas, cuja história está ligada às primeiras manifestações humanas da

necessidade social de proteção à posse e à interpretação dos fatos ocorridos,

que de forma simplificada pode ser entendida pela diferença entre o que se

possui e o que se deve, ou seja, fazer daquilo que se tem ou daquilo que

deverá ser entregue a terceiros. O homem primitivo já praticava uma forma

rudimentar de contabilidade, baseando-se ao inventariar o número de

instrumentos de caça e pesca; ao contar seus rebanhos e suas ânforas de

bebidas. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou

relatórios sobre o fato; não entendendo necessariamente uma transação

envolvendo moeda ou afins. Mas, os impostos a recolher já se faziam com

escribas, na Babilônia. Na invenção da escrita, a representação dos números

normalmente tem como procedência histórica.

Diante do exposto fica claro que a contabilidade já existia, ficando

evidente que ela é tão antiga quanto à existência do homem em atividade

econômica. Entretanto a preocupação com a riqueza faz parte do ser humano,

e à medida que foram desenvolvendo as dimensões e complexidade, o homem

teve que aperfeiçoar suas técnicas de avaliação profissional.

Interessante saber, também, que a Contabilidade teve evolução

relativamente lenta até o aparecimento da moeda. Na época da troca pura e

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simples de mercadorias, os negociantes anotavam as obrigações, os direitos e

os bens perante terceiros, porém, obviamente, tratava-se de um mero elenco

de inventário físico, sem avaliação monetária.

A Contabilidade reflete um dos aspectos dos anseios enraizados no

homem, impulsionando o empreendimento e comparando a situação inicial

com outra mais avançada no tempo. Certamente, o homem "contador" põe

ordem, classifica, agrega e inventaria o que o "produtor" produz, dando

condições a este último, para aprimorar cada vez mais a quantidade e a

qualidade dos bens produzidos, mediante a obtenção de maiores informações

sobre o que conseguiu até o momento.

A definição de Quantitativo ² por Antônio Calderelli, "É a maneira

proposta pela Escola Patrimonialista, para se observar um patrimônio, no que

diz respeito aos seus valores". E Qualitativo ³ segundo Calderelli, se define

como: "É a maneira proposta pela Escola Patrimonialista, para se observar um

patrimônio, no que diz respeito aos bens, direitos e obrigações”. Contabilidade

pode ser ajustada pelo que se realiza dentro da atividade econômica, e

também se verificar mediante sistema simples de registro e análise contábil.

O acompanhamento da evolução do patrimônio líquido das entidades

de qualquer natureza constituiu-se no fator mais importante da evolução da

disciplina contábil. Em conseqüência de peculiaridades da legislação

comercial, principalmente na Itália, o grau de confiabilidade e a importância

das análises e perícias não são ainda enfatizados, comparativamente aos

Estados Unidos. Entretanto os problemas ocorridos nos Estados Unidos

durante a crise econômica entre os anos de 1929 e 1932 influíram de maneira

__________________________ ² e ³ CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia contábil brasileira, Formar, SP, 1967, p. 698. significante no fortalecimento da contabilidade como sistema de informações

de negócios, provocando a ascensão da escola americana.

1.2 - Datas e eventos históricos

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O objetivo desse subtítulo é apresentar em síntese a evolução histórica

da contabilidade, de forma clara e objetiva, destacando as tendências e

formas, evolutivas, e suas datas e eventos. É claro que a contabilidade teve

evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda. Na época da troca

pura e simples de mercadorias.

A primeira etapa de conhecimento contábil, na pré-história, mostra que

a história da contabilidade se confundiu com a história da conta. A partir daí,

inicia-se a Idade de Sistematização ou Idade Média Contábil, caracterizada

pelo surgimento do método das partidas dobradas (digrafia). Já na terceira

fase, em 1494, a Contabilidade toma um novo rumo com fundamentos em

estudos no método da digrafia, conhecida como a era da Literatura Contábil.

Em 1840, inicia-se uma nova fase de desenvolvimento desta ciência,

conhecida como Idade Contemporânea ou Idade Científica da Contabilidade,

da qual surgiram às teorias e escolas de contabilidade. Para Calderelli, Escolas

da Contabilidade 4 - “São as doutrinas de várias correntes contábeis, surgidas

a partir do ano 1494,...”. Desde 1494, surgiram outras escolas doutrinárias,

com propósito de expor seus pontos de vista sobre os métodos e sistemas de

escrituração, estendendo-se até o campo científico. Entre essas doutrinas,

destacaram-se as seguintes:

a) Escola Contista;

b) Escola Neo-Contista;

c) Escola Controlista;

__________________________ 4 CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia contábil brasileira, Formar, SP, 1967, p. 319.

d) Escola Aziendalista;

e) Escola Personalística;

f) Escola Patrimonialista.

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A História da Contabilidade segundo alguns estudiosos, destacando-se

o Professor Federigo Melis, dividiu-se em quatro períodos distintos, desde os

primórdios desta ciência, até a atualidade:

1º período - História Antiga ou da Contabilidade Empírica, que vai há

cerca de 8.000 anos até o ano de 1202 de nossa era, onde estão localizados

os primeiros vestígios das antigas civilizações. Período em que a contabilidade

se manifesta pela simples anotação de fatos, sem, contudo apresentar

qualquer método ou princípio.

2º período - História Média ou da Sistematização da Contabilidade, de

1202 a 1494.

Um período importante na história do mundo, especialmente na

história da Contabilidade, denominado a "Era Técnica", devido às grandes

invenções. E, surgimento das primeiras escriturações sistematizadas, com os

primeiros livros de escrituração feitos sob a forma de partidas dobradas.

A Indústria de artesanato proliferou com o surgimento de novas

técnicas.

O comércio exterior incrementou-se, como conseqüência das

necessidades da época, o livro-caixa, que recebia registros de recebimentos e

pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o

crédito, oriundos das relações entre diretos e obrigações, e referindo-se,

inicialmente, a pessoas.

3º período - História Moderna ou da Literatura da Contabilidade, de

1494 a 1840.

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O período moderno foi à fase pré-ciência. A contabilidade tornou-se

uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o

Novo Mundo representava.

No século XV, marca-se o início da fase moderna da Contabilidade. Na

Itália restringiu-se à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. O

governo passou a somente reconhecer como contadores as pessoas

devidamente qualificadas para o exercício da profissão.

4º período - História Contemporânea ou Científica da Contabilidade,

que vai de 1840 até os dias atuais. Nessa época, na Itália, a Contabilidade já

chegara à universidade, sendo lecionada com a aula de comércio da corte.

O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da

equação, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o

fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um

instrumento básico de gestão.

Pode-se considerar a nossa atualidade, com inventos eletrônicos e

obras altamente especializadas.

No período científico que a Contabilidade deixa de ser "arte" para se

tornar "ciência", surgindo várias doutrinas contábeis, como: Contistas,

Controlistas, Personalistas, Aziendalistas e Patrimonialistas. Há acerca de

1920, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da

contabilidade. As escolas norte-americanas cresciam com suas teorias e

práticas contábeis, enquanto as européias diminuam-se.

Calderelli, assim conceitua:

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Escola Contista 5 – “A Escola Contista tem por princípio, a

personalização das contas, cuja doutrina, em parte, foi sorvida pela Escola

Personalística”.

Escola Controlista 6 – “Foi lançada por Fábio Besta e dá bases para o

desenvolvimento do Neocontismo,...”.

Segundo Calderelli (1976, p. 574) “A escola Neocontista surgiu para

combater as teorias impostas pelos adeptos da Escola Personalística, entre os

quais se destacaram Cerboni e Marchi”.

“(...) Fábio Besta se preocupava com os controles, tendo em vistas

a análise econômica e financeira, relegando sempre para um segundo plano, a

parte que representava as artes contábeis, que era a escrituração

propriamente dita, da qual se servia somente para obtenção de dados

analíticos”.

Escola Personalista 7 – “A idéia de personificação das contas surgiu

logo após a exposição do método das partidas dobradas, em 1494, na cidade

de Veneza”.

“Não passava de mera teoria, destinada a esclarecer as funções do

débito e crédito das contas, que seriam utilizadas numa partida ou em um

lançamento contábil”.

Escola Aziendalista 8 – “Doutrina contábil surgida nas discussões entre

Giuseppe Cerboni e Fábio Besta,...”.

__________________________ 5 a 8 CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia contábil brasileira, Formar, SP, 1967, p. 317 a 320.

“(...) ambos convergiam para o campo onde a contabilidade encontra a

sua aplicação efetiva: as Aziendas”.

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“No sentido de provar as suas teorias, acrescentaram à parte científica

da contabilidade, a organização, a administração e o controle”.

Escola Patrimonialista 9 – “Corrente doutrinária comandada pelo

Professor Vicenzo Masi, na qual dá o patrimônio como objeto principal dos

estudos financeiros, econômicos e dos réditos”.

1.3 - História da disciplina

Os trabalhos de grande relevância na história da disciplina, segundo

autores consagrados das escolas do pensamento contabilístico.

1202 - Um compêndio sobre o cálculo comercial, segundo Federigo

Melis, o limite entre a era da Contabilidade Antiga e da Contabilidade Moderna.

Até 1494, diversos trabalhos sobre práticas comerciais,

destacam-se o de Fibonacci, nos quais difundem o mecanismo de

funcionamento das instituições jurídicas e comerciais; os usos e costumes do

comércio.

Até a metade do século XIII, delimitado por Melis, o uso de

partidas simples, e o aparecimento de partidas dobradas apenas nos grandes

empreendimentos.

1340 - Francesco di Balduccio Pegolotti, para análise da evolução da

contabilidade e dos usos e costumes comerciais.

__________________________ 9 CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia contábil brasileira, Formar, SP, 1967, p. 319.

1458 - Benedetto Cotrugli, com destaques da etapa fundamental da

história da contabilidade.

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1494 - Luca Pacioli - considerado o pai dos autores -, o método

contábil é explicado integralmente, começando do inventário.

1558 - Alvise Casanova, com um trabalho notável para a época.

1586 - Angelo Pietra, aplicação do método contábil e a referência a

aplicações contábeis, e também sobre provisões orçamentárias.

1636 - Ludovico Flori, a aplicação do método das partidas dobradas.

1803 - Niccolo D'Anastasio, demostrar o caráter científico da

contabilidade.

1838 - Giuseppe Ludovico Crippa, com a teoria econômica das contas.

1840 - Francesco Villa - Com o início da Contabilidade Científica -, a

afirmação da contabilidade como ciência.

1867 - Francesco Marchi, com a teoria personalista das contas,

classificando-as em quatro categorias: do proprietário, do gerente ou

administrador, dos consignatários e dos correspondentes.

1873 - Giuseppe Cerboni. Em 1986 escreveu seu melhor trabalho.

Notabilizou-se, por ter aprofundado a teoria personalística das contas.

1891 - Fábio Besta - Maior vulto da Contabilidade -, a Contabilidade

sendo a ciência do controle econômico; Delimitando o campo de aplicação da

Contabilidade; Desenvolvendo a teoria materialística das contas. Segundo

Judícibus: Fábio Besta e também Pacioli, são considerados na opinião dele e

de alguns autores, "... os maiores vultos da Contabilidade, até o momento, e

em todos os tempos". (Judícibus, 1981, p. 43).

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1905 - O Decreto nº 1.339, reconheceu a Escola de Comércio do Rio

de Janeiro como a primeira escola de Contabilidade no Brasil, cujo formando

recebia o diploma de guarda-livros e perito judicial.

1920 - Iniciada a fase de predominância americana dentro da

Contabilidade, com grande poder econômico e político.

1945 - O Decreto nº 7.988, de vinte e dois de setembro, instituiu o

Curso Superior de Ciências Contábeis, baseados inicialmente em método de

escrituração. Com início nos anos de 60 o curso superior começou a se

desenvolver. E o Decreto nº 8.191, de vinte de novembro, muda a

denominação de guarda-livros para Técnico de Contabilidade. (Vide Anexo 2)

1946 - Criado o Conselho Federal de Contabilidade, os Conselhos

Regionais de Contabilidade, através do Decreto-lei nº 9.295, com a finalidade

de habilitar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, definindo as

atribuições de Contador e de Técnico em Contabilidade.

1970 - Aprovado o Código de Ética Profissional, conforme a Resolução

do CFC nº 290, e alterado pela CFC nº 803, de 10/10/1996, a qual dispõe

sobre a ética profissional do contabilista. (Vide Anexo 4)

1983 - A Resolução nº 560, do CFC, dispõe sobre as prerrogativas

profissionais do contabilista, de que trata o artigo 25 do Decreto-lei nº

9.295/1946. (Vide Anexos 5 e 1, respectivamente)

25 de abril - Dia do Contabilista - "(...) Em 1916, o senador João Lyra

Tavares já defendia no Senado a conveniência de se regularizar o exercício da

profissão, acentuando a merecida e geral confiança nos profissionais da

contabilidade, e foi ele que, em 25/04/1926, no Hotel Términus, em São Paulo,

num memorável almoço, agradecendo as homenagens que lhe prestavam os

contabilistas daquele Estado afirmou a certa altura: “Trabalhemos, pois, tão

convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril, o dia

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dos Contabilistas Brasileiros”. Estava instituído o “Dia do Contabilista”, não por

decreto, mas por afirmação da vontade de um homem, que os seus colegas

transformaram em realidade (...)". De acordo com o texto do Anexo 3.

A necessidade de acompanhar a evolução dos patrimônios foi o

grande motivo para o desenvolvimento da contabilidade. Essa importante

disciplina cresceu com o surgimento do capitalismo, potencializando seu uso e

aumentando sua eficácia na gestão de qualquer regime econômico, de

mercado ou centralizado, mas é nas economias de mercado que a

contabilidade atinge seu ponto mais alto. Suas preocupações com a

propriedade e a riqueza tornaram-se constantes no homem da antiguidade,

como hoje também, mas o homem teve de ir aperfeiçoando seu instrumento de

avaliação da situação patrimonial à medida que as atividades foram

desenvolvendo-se em dimensão e em complexidade.

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CAPÍTULO 2

PROFISSIONAIS E USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

"Peça ao bom Deus a graça da humildade de saber que você sozinho

não conseguirá. Peça também a graça da perseverança. Ele, nosso

Deus, não deixará de ouvi-lo”.

As funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente

fiscal, tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas

as informações mais precisas possíveis para a tomada de decisões e para

atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque no mercado em

Auditoria, Controladoria e Atuarial.

2.1 - Profissão contábil

De acordo com Calderelli (1967, p. 678), o Profissional da

Contabilidade, denominado contabilista: “É aquele que, devidamente

habilitado, exerce a função de Contador ou Técnico em Contabilidade”. Todo e

qualquer patrimônio necessita de critérios de formatação e de avaliação, são

circunstanciais para o profissional de Contabilidade, devendo apresentar-se

com um amplo e variado conhecimento.

O Profissional Contábil está treinado e habilitado - com requisitos

mínimos em assuntos econômicos, tributários e organizacionais - a direcionar

as conclusões da lógica contábil. Sempre respaldado por princípios e normas

técnicas, dando espaço à interpretação da condição, da qualidade e valor do

patrimônio.

Nenhuma decisão de negócio é tomada sem os dados contábeis.

Portanto, o profissional contábil dispõe de preparo técnico para com tais dados

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disponibilizar a verdade patrimonial e a direção dos negócios, assumindo uma

função que oferece à sociedade vários benefícios e incluindo menores riscos

ao investir e a melhor destinação de recursos

O profissional contábil não pode se deter apenas dos conhecimentos

de sua área específica. Mas deve assumir novas características, dominando

técnicas e conhecimentos de áreas, por exemplos: administração, economia,

informática, direitos, entre outras também.

O avanço tecnológico e o crescimento da informação, sem limites, vêm

apresentando desafios para a ciência contábil que, forçosamente, levarão a um

redirecionamento no papel desempenhado pelos profissionais ligados a essa

área. Com a globalização, surge ainda, um novo perfil de profissional, o qual

deverá ser mais flexível, estudioso e preparado para conhecer as minúcias de

sua profissão, não mais apenas em nível nacional, mas também em nível

internacional.

2.1.1 - Profissão: Técnico em Contabilidade.

O guarda-livros, expressão usada no passado, para identificar o

contabilista. Atualmente usa-se em lugar de guarda-livros (considerado

arcaico), a denominação de Técnico em Contabilidade, profissional que hoje se

diploma nos cursos técnicos, com formação em nível de segundo grau.

Nas organizações, chamadas pequenas, não faltará o Técnico em

Contabilidade, para fazer a escrituração. Isso caracteriza sua funcionalidade,

cujo desempenho e crescimento dependem da evolução organizacional e das

dimensões do empreendimento.

2.1.2 - Profissão: Contador

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Contador ou Bacharel em Ciências Contábeis, curso superior (3º grau)

em Contabilidade. É o profissional que exerce as funções contábeis. O

mercado de trabalho oferece muitas oportunidades para essa carreira. A

função básica do contador é produzir informações úteis aos usuários da

contabilidade para a tomada de decisões.

Tem sua profissão regulamentada pelo Decreto-lei nº 9.295/1946 (vide

Anexo 1), e suas atribuições definidas pela Resolução nº 560/1983, do

Conselho Federal de Contabilidade (CFC), ( vide Anexo 5).

Contador, um profissional em exercício de funções variadas, entre as

quais se destacam:

• Auditor (Independente e Interno)

• Analista Financeiro

• Perito Contábil

• Professor de Contabilidade

• Pesquisador Contábil

• Cargos Públicos

• Cargos Administrativos

Áreas de atuação:

• Contabilidade Financeira.

• Contabilidade de Custos.

• Contabilidade Gerencial.

Contador se torna também o primeiro analista das informações

produzidas pelo sistema. Assim, a relevância e a essencialidade da

contabilidade são incontestes para os iniciados. Mesmo assim, essa

essencialidade da antiga disciplina é por poucos reconhecidos.

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E que o Contabilista não seja mais visto como um funcionário indireto

do fisco, ou simplesmente como um preenchedor de formulários, mas sim de

um gerador de informações importantes para toda a sociedade.

2.2 - Usuários das informações contábeis

O fundamento do objetivo da contabilidade pode ser feito nas duas

abordagens distintas: se o objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários,

independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações que,

presumivelmente, deveria atender igualmente a todos os tipos de usuários ou a

contabilidade deveria ser capaz e responsável pela apresentação de cadastros

de informações totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário.

Freqüentemente, está tem sido a consideração correta citada por autores.

Todavia, segundo Sérgio de Indícibus (p. 16) "... a natureza do modelo

decisório de cada tipo de usuário não foi ainda inteiramente revelada ou por

não ser do conhecimento dos contadores, o fato é que raramente se tem visto

um desenvolvimento coerente e completo de quais seriam os vários conjuntos

completos de informações a serem fornecidos a cada tipo de usuário". E

Hendriksen assim diz:

“Embora possa ser possível estabelecer os modelos

decisórios que descrevem com os usuários realmente

tomam suas decisões e qual informação desejam, este

procedimento pode não levar aos melhores resultados,

porque os usuários estão limitados pela informação

contábil disponível no momento ou porque eles podem

não estar usando os melhores modelos...".

(HENDRIKSEN, 1971, p. 104).

O Objetivo da contabilidade resume-se em fornecer as informações de

forma transparente para todos os tipos de usuários, as quais propiciarão à

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tomada de decisão com mais segurança. Ainda segundo Hendriksen,

afirmando também que:

“O objetivo da contabilidade é fornecer um conjunto de

relatórios financeiros para usuários indeterminados com

relação à riqueza ou transações econômicas da

empresa...".

"Um leitor bem informado é capaz de selecionar a

informação que ele necessita e fazer uma escolha e

decisão adequada..." (HENDRIKSEN, 1971, p. 104 e

105).

Baseando-se em um comportamento racional do usuário, com

conhecimentos dos princípios de contabilidade, e principalmente das

informações relativas ao lucro ou à posição financeira apresentada de forma

clara nos demonstrativos financeiros e em consonância das informações

adicionais, como por exemplo: os pareceres.

2.2.1 - Tipos de usuários

Os usuários são as pessoas que utiliza a Contabilidade, interessando-se

pela situação da empresa e buscando nos instrumentos contábeis as

respectivas respostas. Apresentam em dois tipos: os internos e os externos.

a) Os internos - são todas as pessoas ou grupos de pessoas

relacionadas com a empresa, cuja afinidade proporciona facilidade de acesso

às informações contábeis, tais como:

• Gerente - para a tomada de decisões.

• Funcionário - com interesses para pleitear melhorias.

• Diretoria - para a execução de planejamento organizacionais.

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Esses tipos de usuários têm um papel fundamental na entidade

moderna, podendo solicitar a elaboração de relatórios específicos para auxiliar

na gestão do negócio, de acordo com as necessidades administrativas.

b) Os externos - são todas as pessoas ou grupos de pessoas, com

restrições a acesso direto, mas recebem informações mediante publicações

das demonstrações financeiras da empresa, como exemplos:

• Bancos - interessados nas demonstrações financeiras a fim de

analisar a concessão de financiamentos nos resultados, apresentados através

das demonstrações financeiras, e medir a capacidade de retorno do capital

emprestado.

• Concorrentes - interessados em conhecer a situação da empresa

para poder atuar no mercado.

• Governo - necessita obter informação sobre as receitas e as

despesas da empresa, para poder atuar sobre o resultado operacional no que

concerne a sua parcela de tributação e planejamento macroeconômico.

• Fornecedores - interessados em conhecer a situação da entidade

para poder continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além

de medir a garantia de recebimento futuro.

• Clientes - interessados em medir a integridade da empresa e a

garantia de que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo

acordado.

Outros em que também devem ser considerados, com as respectivas

metas, tais como:

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• Acionista minoritário - garantir-se com um fluxo regular e seguro

de dividendos.

• Acionista majoritário - garantir-se com o fluxo de dividendos,

valorizando o mercado de ação e buscando o lucro por ação.

• Acionista preferencial - fluxo de dividendos mínimos.

• Emprestadores em geral - geração de fluxo de caixa, garantindo o

retorno do principal e os juros.

• Entidades Governamentais - valor adicionado, produtividade, e o

lucro tributável.

• Empregados em geral - fluxo de caixa futuro. Liquidez.

• Administração - retorno do ativo e sobre o patrimônio líquido,

situação de liquidez e endividamento confortáveis.

A contabilidade e as informações prestadas são de utilidade e

importância inquestionáveis, não somente para as empresas, mas também

para a sociedade. Com essas informações, a sociedade adquire capacidade e

também oportunidade de analisar e julgar a importância da parcela de

contribuição de uma determinada empresa.

Em grande momento de transição, os profissionais contábeis

preocupam-se amplamente com os avanços tecnológicos na contratação e

realização de serviços. Esses profissionais garantem que há, ainda um longo

caminho a ser percorrido, para manter a categoria frente às mudanças,

conforme dispõem seus próprios princípios, mantendo também profissionais

capacitados e atualizados no mercado nacional.

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Os contadores, são chamados de os grandes porteiros de nossos

mercados de valores, para assegurar a qualidade e integridade das

informações financeiras. Os mercados de capitais seriam menos e eficientes, o

custo de capital seria muito alto e nosso padrão de vida seria mais baixo.

A informática possibilita que a contabilidade invada outras áreas e os

usuários estão precisando disso, já que as suas expectativas vão muito além

da atividade fiscal e contábil pura e simples.

Na grande maioria das empresas, em razão principalmente da

influência fiscal, ocorrem distorções relevantes nas informações contábeis. As

demonstrações contábeis legais tornam-se de difícil entendimento e de pouca

utilidade, o que leva à contabilidade a imagem de algo que existe somente

para o atendimento da fiscalização, ficando relegado, a segundo plano, o

atendimento às necessidades da gestão dos negócios. Cabe aos contadores, o

desafio de inverter essa situação, pois a contabilidade possui tecnologia que,

com criatividade, talento e garra, podem contribuir com o corpo gerencial da

organização.

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CAPÍTULO 3

CONTABILIDADE NO BRASIL

"(..) Todas as obras do Senhor são boas, e cada uma delas, chegada a

sua hora, fará o seu serviço. Não se pode dizer: isto é pior do que

aquilo, porque todas as coisas serão achadas boas a seu tempo. E

agora, de todo o coração e com a boca, louvai todos juntos, e bendizei

o nome do Senhor". (Ecl. 39,39-41)

Com a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade

colonial, exigindo um melhor aparato fiscal. Para isso, constituiu-se o Erário

Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil. As

Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um

contador e um procurador fiscal, responsável pela arrecadação, distribuição e

administração financeira e fiscal.

3.1 - Breve histórico da Contabilidade no Brasil

No final do século XVIII, a cidade de São Carlos, no Estado de São

Paulo, era considerada uma das cidades mais próspera e rica do estado,

talvez do Brasil. Para essa cidade vinham profissionais de todas as áreas,

inclusive da contabilidade, em busca de um bom emprego. Eram, os Guarda-

livros, formados na prática, porque não havia, naquele tempo, ensino comercial

no País.

Em 1902, fundou-se a escola de Comércio "Alvares Penteado", de São

Paulo, uma das primeiras do Brasil, especializada no ensino da Contabilidade.

Produziu alguns professores consagrados (para a época), entre os quais, o

professor Francisco D'Auria, Frederico Herrmann Júnior, Coriolano Martins

(este mais especializado em Matemática Financeira) e outros.

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Os livros da Contabilidade, balanço e relatórios da Câmara Municipal,

estabelecimentos industriais e bancários de São Carlos, anteriores ao ano de

1895, são a fonte mais rica e preciosa para demonstrar como aqui, em anos

tão distantes, já se praticavam de forma adiantada o estado e aplicação

completa das partidas dobradas e da Logismografia. E aqueles livros são,

ainda, elementos valiosos que indicam a grande força econômica do nosso

município e sintetizam a atividade econômica do povo dessa cidade, naqueles

tempos.

Logismografia 11, segundo comentários de Calderelli, – “Sistema de

contabilidade de que foi autor o Giuseppe Cerboni, chefe da contabilidade

geral do Estado Italiano. Em exercício ou prática de registros contábeis”.

Continuando, com Calderelli. "Na Logismografia há duas contas fundamentais:

a do proprietário e a dos agentes (Consignatários e Correspondentes)". Ainda

para Calderelli: "A Logismografia foi considerada uma concepção notável e a

Itália adotou-a nos programas oficiais do ensino secundário técnico".

Mas o surgimento oficial da contabilidade como profissão no Brasil, por

volta dos anos 40. A primeira escola a ensinar ciências contábeis surgiu em

1942, a Faculdade “Álvares Penteado” hoje conhecida como Fecap (Faculdade

de Ciências Econômicas de São Paulo. Naquele tempo, essa faculdade

ensinava administração, contabilidade e economia num único curso).

Em 1946, as aulas foram desmembradas e então surgiu o perfil

profissional do contador. A qual se tornou o primeiro núcleo efetivo de

pesquisa contábil nos moldes norte-americanos.

A Contabilidade no Brasil evoluiu sob a influência da escola italiana, não sem aparecerem traços de uma escola verdadeiramente brasileira, até que as __________________________ 11 CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia contábil brasileira, Formas, SP, 1967, p. 512 e 513.

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firmas de auditoria de origem anglo-americana acabaram exercendo forte

influência, invertendo a tendência.

A Contabilidade no Brasil não é como a de outros países. De fato, o

que se observa é a diversidade, pois os sistemas e métodos contábeis diferem

muito em cada país devido, principalmente, sua cultura e ao seu

desenvolvimento econômico.

Esta diversidade é uma pequena parte da variedade de ambientes

empresariais ao redor do mundo e a contabilidade tem se mostrado sensitivo

ao ambiente no qual opera. É interessante notar, também, que quando o

ambiente empresarial dos países é similar, seus sistemas financeiro-contábeis

também tendem a ser similar.

A contabilidade tem um enfoque diferente e desempenha papéis

também diferentes. Por exemplo: em alguns países, está designada

primeiramente para assegurar que o montante apropriado do imposto de renda

seja arrecadado pelo governo. Este é o caso de muitos países sul americano.

No Brasil este enfoque ainda permanece. A Lei nº 6.404/1976

contempla o tratamento tributário, porém está mais voltada à proteção dos

credores da entidade. Em alguns países, da Europa e da Ásia, a contabilidade

é designada para auxiliar no cumprimento das políticas macroeconômicas, tais

como o alcance de uma taxa pré-determinada de crescimento na economia

nacional.

A realidade de mercado de hoje exige um profissional pronto para

assumir novas responsabilidades. Mais do que apenas registrar os atos e fatos

da empresa. Para desempenhar essas funções com a máxima competência,

sua formação atual dever conter não só noções sólidas de finança, economia e

gestão, mas, também, de ciência humana, ética e responsabilidade social.

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Atualmente, a profissão vive um momento áureo. Vale lembrar, onde houver

uma empresa pequena, média ou grande, sempre existirá a figura do contador.

Com a globalização, a Contabilidade se coloca no papel de repensar

suas normas, entre os países, tornando-as homogêneas, com o objetivo de

que a informação da empresa possa ser compreendida por todos. Assim,

conseguir com essa meta árdua, um vantajoso avanço para os profissionais.

Como elemento introdutor de mudanças, em sua essência, a globalização

aparece como um desafio para as empresas e para os profissionais.

O atual ambiente sócio-econômico em que as organizações e seus

profissionais estão inseridos também agrega a importância do avanço

tecnológico e as necessárias adequações para que o profissional continue

ativo no mercado de trabalho. Evidencia a contabilidade como instrumento

para a tomada de decisão e a sua importância em nível internacional, Mercosul

e Brasil, assim como a situação em que se apresenta a profissão contábil

nesses ambientes. Não resta dúvida de que a informação e o conhecimento

compor-se-ão em recursos estratégicos essenciais para o sucesso futuro

daquelas organizações que buscam a perpetuidade de suas ações e negócios.

A Contabilidade tem experimentado muitas mudanças nos anos

recentes. As pressões inflacionárias e seus efeitos nos relatórios contábeis têm

sido muito discutidos. Hoje, com a globalização da economia e a

internacionalização dos mercados, os meios de controles internos, as formas

de análise e interpretações de dados não se prendem a formas tão rígidas. As

empresas entram em um novo estágio evolutivo, pois estão cientes que as

tradicionais práticas administrativas não são mais apropriadas num mundo de

competição crescente e de economias sem fronteiras. Essa crescente

competitividade mundial passou a exigir, cada vez mais, informações apuradas

de custo. Assim, praticamente impossível prever exatamente como se

comportarão e funcionarão esses sistemas no futuro. Entretanto, uma coisa é

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certa, serão radicalmente diferentes dos existentes. Essa transição para o

futuro deve caracterizar-se por grandes mudanças.

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CONCLUSÃO

"(...) Assim também vós. Depois de terdes feito tudo o que vos foi

mandado, dizei: somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer".

(Lc 17,10)

A Contabilidade é um dos conhecimentos mais antigos e surgiu em

função da necessidade prática do próprio gestor do patrimônio, normalmente

seu proprietário, em controlar e analisar a evolução de seu patrimônio, assim

obter informações precisas sobre os produtos.

Essa Ciência se estrutura e se racionaliza fundamentalmente no

campo doutrinário e, com isso, surgem inúmeros estudos e trabalhos, cujo foco

central era a busca da eficiência no processamento contábil.

A questão fundamental nessa nova ambiência empresarial é saber

como direcionar as competências dos profissionais contábeis para as

necessidades contemporâneas. Nos panoramas atuais, caracterizados pela

universalização da economia e da concorrência, além da evolução tecnológica

e do crescimento das complexidades e incertezas empresariais, as

companhias deverão ser capazes de reagir rapidamente aos eventos. Assim,

manter-se-ão sempre competitivas e atingirão os objetivos propostos,

garantindo também sua perenidade e antecipando ações que permitam sua

evolução harmoniosa com o ambiente.

A Contabilidade vem sofrendo os reflexos do avanço científico, sendo

forçada a empreender verdadeiro esforço para acompanhá-lo e, assim,

responder ao seu sentido maior como ciência responsável pela geração de

informações úteis para o processo de gestão empresarial. Seu papel está,

felizmente, deixando de ser o de simples "guarda-livros", aquele profissional

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cuja preocupação era, basicamente, manter a escrituração da empresa e

calcular seus tributos, para se tornar uma peça fundamental na geração de

informações confiáveis e vitais para a administração das entidades, bem como

tomar parte no processo decisório.

A Contabilidade tem como característica de ser útil, mostrando-se

capaz de responder a dúvidas e de atender as necessidades de seus usuários.

Diferença entre a contabilidade atual e a da época de Luca Paccioli:

• O sistema contábil anterior visava informar apenas o proprietário;

• No século XVI, os ativos e passivos do proprietário e do negócio

se confundiam;

• Não existia a idéia de período contábil nem a de continuidade;

• Inexistia um denominador comum monetário.

Em face do processo de mudanças tecnológicas cada vez mais

acentuadas, observa-se que os empreendimentos, ou mesmo os aplicativos,

tornam-se obsoletos rapidamente, fato que vem impelindo profundamente o

modo de vida moderno. Logo, será necessário que os contadores abandonem

os velhos hábitos e a postura tradicionalmente passiva, adotando

procedimentos mais positivos, de forma a assimilar e apreciar as novas

tecnologias e melhorar sua capacidade pessoal de absorção de informações

para a melhoria da sua própria competência.

O contador do futuro deverá ser um eterno aprendiz. Essa é a

tendência inevitável em um mundo versátil, onde tudo fica arcaico

rapidamente. O mercado está mais apertado e competitivo e tudo se torna

mais complicado. Manter-se ligado e preparado para aprender sempre algo

mais e não se contentar nunca com o que já se sabe será a única solução.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1981.

CALDERELLI, Antônio. Enciclopédia contábil brasileira. São Paulo: Formar,

1967.

www.classecontábil.com.br, trabalhos/evolução, Rio de Janeiro, acesso em

25/11/2006.

www.portaldecontabilidade.com.br, tematicas/historia, Rio de Janeiro, acesso

em 25/11/2006.

www.redecontábil.com.br, artigo/arquivos, Rio de Janeiro, acesso em

25/11/2006.

www.ix.congresso.iscap.ipp.pt,

resumo/brasil/história_da_contabilidade/origem_e_evoluçao_da_contabilidade

.pdf, Rio de Janeiro, acesso em 25/11/2006.

www.cresp.org.br, profissional_contabil, Rio de Janeiro, acesso em

25/11/2006.

www.crc.org.br, crc.asp/evolução, Rio de Janeiro, acesso em 05/12/2006.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1 - OLIVEIRA, José Fernandes de. Senhor, que queres que eu faça?. SP: Ed.

Paulinas, 1982.

2 - CALDERELLI, Antônio. Enciclopédia contábil brasileira. São Paulo: Formar,

1967.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Legislação;

Anexo 2 >> Legislação;

Anexo 3 >> Internet;

Anexo 4 >> Resolução;

Anexo 5 >> Resolução.

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ANEXO 1

DECRETO-LEI Nº 9.295, DE 27 DE MAIO DE 1946.

Vide Lei nº 4.399, de 31.8.1964.

Cria o Conselho Federal de Contabilidade, define as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, DECRETA:

CAPÍTULO I

DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E DOS CONSELHOS REGIONAIS

Art. 1º Ficam criados o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade, de acordo com o que preceitua o presente Decreto-lei.

CAPÍTULO IV

DAS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS

Art. 25. São considerados trabalhos técnicos de contabilidade: a) organização e execução de serviços de contabilidade em geral; b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações; c) perícias judicias ou extrajudiciais. Revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade. Art. 26. Salvo direitos adquiridos ex-vi do disposto no art. 2º do Decreto nº 21.033, de 8 de Fevereiro de 1932, as atribuições definidas na alínea c do artigo anterior são privativas dos contadores diplomados.

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ANEXO 2

DECRETO-LEI N° 7.988, DE 22 SETEMBRO DE 1945.

Dispõe sobre o ensino superior de ciências econômicas e de ciências contábeis e atuariais

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, DECRETA:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º O ensino, em grau superior, de ciências econômicas e de ciências contábeis e atuariais far-se-á em dois cursos seriados, a saber: 1. Curso de ciências econômicas. 2. Curso de ciências contábeis e atuariais.

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ANEXO 3

http://www.crc.org.br/crc.asp

DIA DO CONTABILISTA - 25 DE ABRIL

"Os profissionais da contabilidade do início do século XX, já sentiam a necessidade de se organizarem para colocar a contabilidade no seu verdadeiro pedestal; deixando o então guarda-livros para atender exigências mais técnicas de nosso primeiro Código Comercial Brasileiro, de 25/06/1850”. Em 1916, o senador João Lyra Tavares já defendia no Senado a conveniência de se regularizar o exercício da profissão, acentuando a merecida e geral confiança nos profissionais da contabilidade, e foi ele que, em 25/04/1926, no Hotel Términus, em São Paulo, num memorável almoço, agradecendo as homenagens que lhe prestavam os contabilistas daquele Estado afirmou a certa altura: “Trabalhemos, pois, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril, o dia dos Contabilistas Brasileiros”. Estava instituído o “Dia do Contabilista”, não por decreto, mas por afirmação da vontade de um homem, que os seus colegas transformaram em realidade. Mesmo com toda a luta do senador João Lyra Tavares, de Carlos de Carvalho e tantos outros profissionais que engrandeceram a classe, a regulamentação do ensino comercial no Brasil só ocorreu em 30/06/1931, com o advento do Decreto n° 20.158. “Todavia, o dia mais marcante para a classe contábil foi o da assinatura da Lei n° 9295/46, quando a classe assumiu a sua maioridade”.

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ANEXO 4

RESOLUÇÃO CFC Nº 803(1) de 10 de outubro de 1996

Aprova o Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC. O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO que o Código de Ética Profissional do Contabilista aprovado em 1970 representou o alcance de uma meta que se tornou marcante no campo do exercício profissional; CONSIDERANDO que decorridos 26 (vinte e seis) anos de vigência do Código de Ética Profissional do Contabilista, a intensificação do relacionamento do profissional da Contabilidade com a sociedade e com o próprio grupo profissional exige uma atualização dos conceitos éticos na área da atividade contábil; CONSIDERANDO que nos últimos 5 (cinco) anos o Conselho Federal de Contabilidade vem colhendo sugestões dos diversos segmentos da comunidade contábil a fim de aprimorar os princípios do Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC; CONSIDERANDO que os integrantes da Câmara de Ética do Conselho Federal de Contabilidade após um profundo estudo de todas as sugestões remetidas ao órgão federal, apresentou uma redação final, RESOLVE: Art. 1º Fica aprovado o anexo Código de Ética Profissional do Contabilista. Art. 2º Fica revogada a Resolução CFC nº 290-70. Art. 3º A presente Resolução entra em vigor na data de sua aprovação. Brasília, 10 de outubro de 1996. José Maria Martins Mendes – Presidente

ANEXO 5

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RESOLUÇÃO CFC Nº 560(1) de 28 de outubro de 1983

Dispõe sobre as prerrogativas profissionais de que trata o artigo 25 do decreto-lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO os termos do Decreto-lei n° 9.295-46, que em seu artigo 25 estabelece as atribuições dos profissionais da Contabilidade, e que no 36 declara-o o órgão ao qual compete decidir, em última instância, as dúvidas suscitadas na interpretação dessas atribuições; CONSIDERANDO a necessidade de uma revisão das Resoluções CFC nº 107-58, 115-59 e 404-75, visando a sua adequação às necessidades de um mercado de trabalho dinâmico, e ao saneamento de problemas que se vêm apresentando na aplicação dessas Resoluções; CONSIDERANDO que a Contabilidade, fundamentando-se em princípios, normas e regras estabelecidas a partir do conhecimento abstrato e do saber empírico, e não a partir de leis naturais, classificasse entre as ciências humanas e, até mais especificamente, entre as aplicadas, e que a sua condição científica não pode ser negada, já que é irrelevante a discussão existente em relação a todas as ciências ditas “humanas”, sobre elas são “ciências” no sentido clássico, “disciplinas científicas” ou similares; CONSIDERANDO ser o patrimônio o objeto fundamental da Contabilidade, afirmação que encontra apoio generalizado entre os autores, chegando alguns a designá-la, simplesmente, por “ciência do patrimônio”, cabe observar que o substantivo “patrimônio” deve ser entendido em sua acepção mais ampla que abrange todos os aspectos quantitativos e qualitativos e suas variações, em todos os tipos de entidades, em todos os tipos de pessoas, físicas ou jurídicas, e que adotado tal posicionamento a Contabilidade apresentar-se-á, nos seus alicerces, como teoria de valor, e que até mesmo algumas denominações que parecem estranhas para a maioria, como a contabilidade ecológica, encontrarão guarida automática no conceito adotado; CONSIDERANDO ter a Contabilidade formas próprias de expressão e se exprime através da apreensão, quantificação, registro, relato, análise e revisão de fatos e informações sobre o patrimônio das pessoas e entidades, tanto em termos físicos quanto monetários; CONSIDERANDO não estar cingida ao passado a Contabilidade, concordando a maioria dos autores com a existência da contabilidade orçamentária ou, mais amplamente, prospectiva, conclusão importantíssima, por conferir um caráter extraordinariamente dinâmico a essa ciência;

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CONSIDERANDO que a Contabilidade visa à guarda de informações e ao fornecimento de subsídios para a tomada de decisões, além daquele objetivo clássico da guarda de informações com respeito a determinadas formalidades, RESOLVE:

Capítulo I

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DOS CONTABILISTAS

Art. 1° O exercício das atividades compreendidas na Contabilidade, considerada este na sua plena amplitude e condição de Ciência Aplicada, constitui prerrogativa, sem exceção, dos contadores e dos técnicos em contabilidade legalmente habilitados, ressalvadas as atribuições privativas dos contadores. Art. 2º O contabilista pode exercer as suas atividades na condição de profissional liberal ou autônomo, de empregado regido pela CLT, de servidor público, de militar, de sócio de qualquer tipo de sociedade, de diretor ou de Conselheiro de quaisquer entidades, ou, em qualquer outra situação jurídica definida pela legislação, exercendo qualquer tipo de função. Essas funções poderão ser as de: Analista, assessor, assistente, auditor, interno ou externo, conselheiro, consultor, controlador de arrecadação, “controller”, educador, escritor ou articulista técnico, escriturador contábil ou fiscal, executor subordinado, fiscal de tributos, legislador, organizador, perito, pesquisador, planejador, professor ou conferencista, redator, revisor. Essas funções poderão ser exercidas em cargos como os de: Chefe, subchefe, diretor, responsável, encarregado, supervisor, superintendente, gerente, subgerente, de todas as unidades administrativas onde se processem serviços contábeis. Quanto à titulação, poderá ser de: Contador, contador de custos, contador departamental, contador de filial, contador fazendário, contador fiscal, contador geral, contador industrial, contador patrimonial, contador público, contador revisor, contador seccional ou setorial, contadoria, técnico em contabilidade, departamento, setor, ou outras semelhantes, expressando o seu trabalho através de: Aulas, balancetes, balanços, cálculos e suas memórias, certificados, conferências, demonstrações, laudos periciais, judiciais e extrajudiciais, levantamentos, livros ou teses científicas, livros ou folhas ou fichas escriturados, mapas ou planilhas preenchidas, papéis de trabalho, pareceres, planos de organização ou reorganização, com textos, organogramas, fluxogramas, cronogramas e outros recursos técnicos semelhantes, prestação de contas, projetos, relatórios, e todas as demais formas de expressão, de acordo com as circunstâncias.

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Art. 3° São atribuições privativas dos profissionais da contabilidade: 1) avaliação de acervos patrimoniais e verificação de haveres e obrigações, para quaisquer finalidades, inclusive de natureza fiscal; 2) avaliação dos fundos do comércio; 3) apuração do valor patrimonial de participações, quotas ou ações; 4) reavaliações e medição dos efeitos das variações do poder aquisitivo da moeda sobre o patrimônio e o resultado periódico de quaisquer entidades; 5) apuração de haveres e avaliação de direitos e obrigações, do acervo patrimonial de quaisquer entidades, em vista de liquidação, fusão, cisão, expropriação no interesse público, transformação ou incorporação dessas entidades, bem como em razão de entrada, retirada, exclusão ou falecimentos de sócios, quotistas ou acionistas; 6) concepção dos planos de determinação das taxas de depreciação e exaustão dos bens materiais e dos de amortização dos valores imateriais, inclusive de valores diferidos; 7) implantação e aplicação dos planos de depreciação, amortização e diferimento, bem como de correções monetárias e reavaliações; 8) regulações judiciais ou extrajudiciais, de avarias grossas ou comuns; 9) escrituração regular, oficial ou não, de todos os fatos relativos aos patrimônios e às variações patrimoniais das entidades, por quaisquer métodos, técnicas ou processos; 10) classificação dos fatos para registros contábeis, por qualquer processo, inclusive computação eletrônica, e respectiva validação dos registros e demonstrações; 11) abertura e encerramento de escritas contábeis; 12) execução dos serviços de escrituração em todas as modalidades específicas, conhecidas por denominações que informam sobre o ramo de atividade, como contabilidade bancária, contabilidade comercial, contabilidade de condomínio, contabilidade industrial, contabilidade imobiliária, contabilidade macroeconômica, contabilidade de seguros, contabilidade de serviços, contabilidade pública, contabilidade hospitalar, contabilidade agrícola, contabilidade pastoril, contabilidade das entidades de fins ideais, contabilidade de transportes, e outras; 13) controle de formalização, guarda, manutenção ou destruição de livros e outros meios de registro contábil, bem como dos documentos relativos à vida patrimonial; 14) elaboração de balancetes e de demonstrações do movimento por contas ou grupos de contas, de forma analítica ou sintética; 15) levantamento de balanços de qualquer tipo ou natureza e para quaisquer finalidades, como balanços patrimoniais, balanços de resultados, balanços de resultados acumulados, balanços de origens e aplicações de recursos, balanços de fundos, balanços financeiros, balanços de capitais, e outros; 16) tradução, em moeda nacional, das demonstrações contábeis originalmente em moeda estrangeira e vice-versa; 17) integração de balanços, inclusive consolidações, também de subsidiárias do exterior;

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18) apuração, cálculo e registro de custos, em qualquer sistema ou concepção: custeio por absorção ou global, total ou parcial; custeio direto, marginal ou variável; custeio por centro de responsabilidade com valores reais, normalizados ou padronizados, históricos ou projetados, com registros em partidas dobradas ou simples, fichas, mapas, planilhas, folhas simples ou formulários contínuos, com processamento manual, mecânico, computadorizado ou outro qualquer, para todas as finalidades, desde a avaliação de estoques até a tomada de decisão sobre a forma mais econômica sobre como, onde, quando e o que produzir e vender; 19) análise de custos e despesas, em qualquer modalidade, em relação a quaisquer funções como a produção, administração, distribuição, transporte, comercialização, exportação, publicidade, e outras, bem como a análise com vistas à racionalização das operações e do uso de equipamentos e materiais, e ainda a otimização do resultado diante do grau de ocupação ou do volume de operações; 20) controle, avaliação e estudo da gestão econômica, financeira e patrimonial das empresas e demais entidades; 21) análise de custos com vistas ao estabelecimento dos preços de venda de mercadorias, produtos ou serviços, bem como de tarifas nos serviços públicos, e a comprovação dos reflexos dos aumentos de custos nos preços de venda, diante de órgãos governamentais; 22) análise de balanços; 23) análise do comportamento das receitas; 24) avaliação do desempenho das entidades e exame das causas de insolvência ou incapacidade de geração de resultado; 25) estudo sobre a destinação do resultado e cálculo do lucro por ação ou outra unidade de capital investido; 26) determinação de capacidade econômico-financeira das entidades, inclusive nos conflitos trabalhistas e de tarifa; 27) elaboração de orçamentos de qualquer tipo, tais como econômicos, financeiros, patrimoniais e de investimentos; 28) programação orçamentária e financeira, e acompanhamento da execução de orçamentos-programa, tanto na parte física quanto na monetária; 29) análise das variações orçamentárias; 30) conciliações de contas; 31) organização dos processos de prestação de contas das entidades e órgãos da administração pública federal, estadual, municipal, dos territórios federais e do Distrito Federal, das autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações de direito público, a serem julgadas pelos Tribunais, Conselhos de Contas ou órgãos similares; 32) revisões de balanços, contas ou quaisquer demonstrações ou registros contábeis; 33) auditoria interna operacional; 34) auditoria externa independente; 35) perícias contábeis, judiciais e extrajudiciais; 36) fiscalização tributária que requeira exame ou interpretação de peças contábeis de qualquer natureza;

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37) organização dos serviços contábeis quanto à concepção, planejamento e estrutura material, bem como o estabelecimento de fluxogramas de processamento, cronogramas, organogramas, modelos de formulários e similares; 38) planificação das contas, com a descrição das suas funções e do funcionamento dos serviços contábeis; 39) organização e operação dos sistemas de controle interno; 40) organização e operação dos sistemas de controle patrimonial, inclusive quanto à existência e localização física dos bens; 41) organização e operação dos sistemas de controle de materiais, matérias-primas, mercadorias e produtos semifabricados e prontos, bem como dos serviços em andamento; 42) assistência aos conselhos fiscais das entidades, notadamente das sociedades por ações; 43) assistência aos comissários nas concordatas, aos síndicos nas falências, e aos liquidantes de qualquer massa ou acervo patrimonial; 44) magistério das disciplinas compreendidas na Contabilidade, em qualquer nível de ensino, inclusive no de pós-graduação; 45) participação em bancas de exame e em comissões julgadoras de concursos, onde sejam aferidos conhecimentos relativos à Contabilidade; 46) estabelecimento dos princípios e normas técnicas de Contabilidade; 47) declaração de Imposto de Renda, pessoa jurídica; 48) demais atividades inerentes às Ciências Contábeis e suas aplicações. § 1° São atribuições privativas dos contadores, observado o disposto no § 2°, as enunciadas neste artigo, sob os números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 29, 30, 32, 33, 34, 35, 36, 42, 43, além dos 44 e 45, quando se referirem a nível superior. (2) § 2° Os serviços mencionados neste artigo sob os números 5, 6, 22, 25, 30, somente poderão ser executados pelos Técnicos em Contabilidade da qual sejam titulares. Art. 4° O contabilista deverá apor sua assinatura, categoria profissional e número de registro no CRC respectivo, em todo e qualquer trabalho realizado.

Capítulo II

DAS ATIVIDADES COMPARTILHADAS

Art. 5° Consideram-se atividades compartilhadas, aquelas cujo exercício é prerrogativa também de outras profissões, entre as quais: 1) elaboração de planos técnicos de financiamento e amortização de empréstimos, incluídos no campo da matemática financeira; 2) elaboração de projetos e estudos sobre operações financeiras de qualquer natureza, inclusive de debêntures, “leasing” e “lease-back”; 3) execução de tarefas no setor financeiro, tanto na área pública quanto privada; 4) elaboração e implantação de planos de organização ou reorganização;

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5) organização de escritórios e almoxarifados; 6) organização de quadros administrativos; 7) estudos sobre a natureza e os meios de compra e venda de mercadorias e produtos, bem como o exercício das atividades compreendidas sob os títulos de “mercadologia” e “técnicas comerciais” ou “merceologia”; 8) concepção, redação e encaminhamento, ao Registro Público, de contratos, alterações contratuais, atas, estatutos e outros atos das sociedades civis e comerciais; 9) assessoria fiscal; 10) planejamento tributário; 11) elaboração de cálculos, análises e interpretação de amostragens aleatórias ou probabilísticas; 12) elaboração e análise de projetos, inclusive quanto à viabilidade econômica; 13) análise de circulação de órgãos de imprensa e aferição das pesquisas de opinião pública; 14) pesquisas operacionais; 15) processamento de dados; 16) análise de sistemas de seguros e fundos de benefícios; 17) assistência aos órgãos administrativos das entidades; 18) exercício de quaisquer funções administrativas; e 19) elaboração de orçamentos macroeconômicos. Art. 6° Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as Resoluções n° 107-58, 115-59, e 404-75. Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1983. João Verner Juenemann – Presidente (1) Publicada no DOU, de 28-12-83. (2) O item 31 foi excluído pela Resolução CFC nº 898, publicada no DOU, de 26-03-01.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO

02

AGRADECIMENTO

03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS 10

1.1 - Breve histórico da Contabilidade 11

1.2 - Datas e eventos históricos 13

1.3 - História da disciplina 17

CAPÍTULO II 21

PROFISSIONAIS E USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 21

2.1 - Profissão Contábil 21

2.1.1 - Profissão: Técnico em Contabilidade 22

2.1.2 - Profissão: Contador 23

2.2 - Usuários das informações Contábeis 24

2.2.1 - Tipos de usuários 25

CAPÍTULO III 29

CONTABILIDADE NO BRASIL 29

3.1 - Breve histórico da Contabilidade no Brasil

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CONCLUSÃO 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36

ANEXOS 38

ÍNDICE 49

FOLHA DE AVALIAÇÃO 51

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE: EM RESPOSTA

ÀS NECESSIDADES DO MUNDO ATUAL

Autor: CARLOS EDUARDO TAYLOR MARCH

Data da entrega: 25/01/2007

Avaliado por: Conceito: