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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE “CONTABILISTA EMPREENDEDOR” DE CONTADOR A CONSULTOR Por: Marilene dos Santos de Jesus Orientador Prof. Ms. Marco A. Larosa Niterói 2006

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

“CONTABILISTA EMPREENDEDOR”

DE CONTADOR A CONSULTOR

Por: Marilene dos Santos de Jesus

Orientador

Prof. Ms. Marco A. Larosa

Niterói

2006

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

“CONTABILISTA EMPREENDEDOR”

DE CONTADOR A CONSULTOR

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Auditoria e

Controladoria.

Por: Marilene dos Santos de Jesus

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AGRADECIMENTOS

.Ao meu Senhor e Deus que disse:

¨Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isso

será a vossa sabedoria e o vosso entendimento

perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes

estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e

entendida.” Dt. 4:6

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DEDICATÓRIA

.....Dedica-se ao pai, mãe, amigos,

irmãos, a família, igreja, que muito

contribuíram para as realizações dos

meus sonhos.......

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RESUMO

As funções tradicionais do contador vêm passando por mudanças,

acompanhando o desenvolvimento da economia globalizada. É fundamental

que o empresário contábil e o próprio contador busquem novas funções para

fazer frente às ameaças a suas tarefas tradicionais e para aproveitar as novas

oportunidades que têm surgido. Nesse cenário, a consultoria apresenta-se

como excelente alternativa, por ser atraente e viável para os contadores.

O objetivo será ajudar aos profissionais a otimizarem seus negócios,

abrangendo na execução do portfólio de serviços contábeis, sem que este

profissional venha a desistir ou abandonar seu ramo de negócio, por falta de

motivação ou de estímulo.

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METODOLOGIA

Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros,

jornais, revistas, internet, observação do objeto de estudo, as entrevistas, etc.

os livros de contabilidade trouxe uma compreensão deste assunto, de forma

esclarecedora, onde o referencial possa trazer a luz do entendimento de uma

forma sistemática visando um alto grau de compreensão, na maneira que

todos possam ter uma visão esclarecida dos problemas e possam também ver

as soluções dos problemas sob uma ótica favorável, onde já passaram pelos

mesmo, mas de um outro ângulo, porém agora faz-se necessário passar por

esta dificuldade e aprender com o que lhe esta sendo oferecido e reagir, a

ponto de vencer e sair com mais experiência de mercado, econômico, social,

cultural, religioso, enfim, uma série de oportunidade e chances conseguidas

através de pesquisas em internet, livro acadêmicos, jornais , reportagens

diversas onde o tem,a sobre o Contador empreendedor foi exposto.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O que é contabilidade? 10

CAPÍTULO II - O Consultor contábil 21

CAPÍTULO III – Como ser um empreendedor 35

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48

ANEXOS 49

ÍNDICE 55

FOLHA DE AVALIAÇÃO 57

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INTRODUÇÃO

O que é contabilidade? O que faz um contabilista? Qual é o seu papel?

Essas perguntas são relevantes no momento em que profundas mudanças

tecnológicas tendem a tornar desnecessárias a muitos tipos de empresas, pelo

advento da grande explosão da informática e da internet, muitas atividades de

registrar, agregar, associar, transmitir informações estão perdendo espaço. E

qual é o papel do contador em meio a tantas formas de buscar conhecimento

generalizado, talvez até venha a ter um lugar no mundo informatizado, ou

poderá simplesmente ser esquecido e desaparecer juntos com as tarefas que

podem ser executadas por máquinas ou serem abandonadas, por não

existirem ou não serem mais necessárias ao mercado empresarial.

Essas grandes mudanças que surgem de tempos em tempos,

ocasionadas por revoluções tecnológicas ou evento em área social.

Econômica, política, com tantas leis, reformas tributárias, legislações cabíveis a

vários tipos de empresas, trazendo riscos que precisam ser reduzidos por meio

de um trabalho racional, sistemático e bem planejados, pois o empresário

precisará acreditar que as estratégias, objetivos e metas traçados por ele,

serão satisfatórios.

Alguns provavelmente agirão de modo mais pró-ativo, isto é, controlarão

sua insegurança, aceitarão os riscos racionalmente calculados e buscarão

adaptar-se as novas exigências do meio, e provavelmente serão privilegiados

por essa atitude de ousadia, porem outros hesitarão, retardarão suas decisões

e poderão pagar um preço mais elevado pela posição que foi imposta por eles

mesmos, e infelizmente existirão aqueles que mudarão de profissão, buscando

outras alternativas.

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O profissional desta área não é muito valorizado por parte de alguns

empresários, achando que este é apenas um guarda-livros, e um escriturário.

Isso inicia uma nova visão que, acompanhada do desenvolvimento e da

tecnologia, impulsionará, não só a responsabilidade de darem baixas e

entradas no famoso “livro preto”, mas agora, o de tomar decisões e descobrir

caminhos legais para a economia de tributos. Sabemos que é um mercado

bastante concorrido e com a necessidade cada vez maior de se prestar o

melhor serviço a um custo ainda menor, as grandes empresas contábeis

deverão passar por uma grande reformulação e modernização, tendo que

buscar ferramentas tecnológicas para garantir mais agilidade, segurança e com

custos compatíveis ao “preço de mercado”. Não será fácil para estas

empresas, mas em nosso País temos grandes empresários contábeis que, sem

dúvida, alcançarão, buscarão o caminho do sucesso. Muitas das vezes tendo

ele que se desviar das ameaças e aproveitar-se ao máximo as oportunidades

ainda existentes em seu mercado de trabalho.

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CAPÍTULO I

BREVE HISTÓRICO DA CONTABILIDADE

A contabilidade que tem como objetivo prover seus diversos usuários de

informações sobre o patrimônio das organizações pode auxiliar o processo de

gestão das empresas, contribuindo não só com dados que permitam o

planejamento e controle das atividades, mas que também forneçam elementos

que dêem suporte às decisões do administrador.

Segundo Franco (1996), sua finalidade é assegurar o controle desse

patrimônio, fornecendo a seus administradores, informações e orientações

necessárias à ação administrativa, bem como a seus titulares (proprietários do

patrimônio) e demais pessoas a ele relacionadas, as informações e

interpretações sobre o estado patrimonial e o resultado das atividades

desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins. Para Sá (1997), a

contabilidade nasceu com a civilização e jamais deixará de existir em

decorrência dela; talvez, por isso, seus progressos quase sempre tenham

coincidido com aqueles que caracterizam os da própria evolução do ser

humano.

Das formas primitivas utilizadas para quantificar o patrimônio,

percorrendo o caminho do método por partidas dobradas na época do comércio

medieval, os sistemas de custos na Revolução Industrial e a criação da

Contabilidade Gerencial após o surgimento das sociedades por ações, verifica

que a contabilidade sempre procurou adaptar-se às mudanças ao longo da

história da humanidade, para que pudesse cumprir seu papel de fomentadora

de informações sobre o patrimônio de seus usuários.

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Nas últimas décadas, graças aos avanços tecnológicos e aos sistemas

informatizados permitiram que os trabalhos de registro de dados fossem feitos

de forma mais rápida, o contador moderno possui mais tempo para analisar as

informações constantes nos relatórios gerados pela contabilidade. No qual

ainda podem criar diversos relatórios que auxiliam ao administrador, pois

geralmente é o próprio proprietário que se encontra mergulhado nas rotinas

operacionais e não tem tempo para o controle e planejamento dos negócios.

Segundo Padoveze (1997), a contabilidade deve ser vista como um

instrumento essencial para a gestão das organizações e não somente um meio

para atender às exigências legais. Para Veiga (2003), a função básica de um

contador gerencial é processar dados operacionais e financeiros, extraídos do

ambiente externo próximo (concorrentes, fornecedores, clientes e

consumidores), gerando informações que ajudem a organização em suas

decisões estratégicas. O homem primitivo já apresentava a preocupação com a

variação da riqueza que detinha. Com o uso de sua arte, passou a contabilizar

sua riqueza patrimonial através de inscrições nas paredes das grutas

(produzindo pinturas) onde qualificava o objeto patrimonial e também

simbolizava o registro da quantidade desse mesmo bem.

A evolução da contabilidade foi lenta, tendo em vista que por milênios a

história da contabilidade é a própria história do homem cercada de toda

complexidade inerente. Esta teve evolução significativa com o nascimento dos

registros em partida dobrada. Este procedimento baseia-se no princípio de que

todo crédito sempre corresponde a um débito de igual valor e vice-versa.

No entanto, a intensificação da difusão do conhecimento Contábil só

efetivou-se com o desenvolvimento dos meios de imprensa, que possibilitou a

impressão, em 1494, de um trabalho sobre a partida dobrada.

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Conforme relata Sá (1997), a partir do século XVI surgem as primeiras

obras dedicadas exclusivamente, à escrituração Contábil. Iniciou-se nesta

época a teorização da contabilidade e muitos conceitos foram apresentados e

analisados. Contudo, a contabilidade só se estruturou cientificamente em 1923,

com a doutrina de Masi, na Itália, que tinha como objetivo conhecer as relações

que existem entre os acontecimentos da riqueza patrimonial e explicar o que

acontece com esta, a partir das referidas relações. Num primeiro momento da

evolução do pensamento Contábil o foco era a “conta” como se esta fosse a

alma ou o registro fosse a finalidade maior da contabilidade. Com o

aparecimento de uma escola de pensamento denominada Lombarda, a

contabilidade adquiriu de forma modesta a função gerencial, deixando de ser

apenas um modelo de escrituração, para ser um instrumento de

acompanhamento e controle, ou seja, a informação gerada pela contabilidade

serviria de apoio na administração dos negócios. Para esta escola os registros

eram apenas dados, ou seja, subsídios para estudos, devendo ser

interpretados, não se admitindo que a contabilidade se limitasse apenas aos

registros. A corrente Personalista partiu do raciocínio de que tudo o que ocorre

na empresa ou na entidade motiva direitos e obrigações, e que tais relações

são importantes para a vida das organizações. Com isso, os personalistas

definiram o patrimônio como um conjunto de direitos e obrigações. Desta

corrente, podemos perceber que a Contabilidade Gerencial está se tornando,

cada vez mais, um instrumento de apoio na administração.

Em seguida surgiram os controlistas, que criaram novas formas de

observar o objeto de estudos da contabilidade e conseguiram contribuir de

forma expressiva para o desenvolvimento da ciência Contábil. Eles admitiam

que o objetivo era estudar a matéria sob o ângulo do controle da riqueza. Esta

corrente foi de extrema importância, sendo considerada umas das mais

expressivas produções da era moderna científica.

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Segundo Iudícibus (1998), a Contabilidade Gerencial pode ser

caracterizada como um enfoque especial conferido a técnicas e procedimentos

contábeis tratados na Contabilidade Financeira e na Contabilidade de Custos,

colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou

numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar

os gerentes das entidades em seu processo decisório. A partir da utilização de

algumas ferramentas gerenciais mais relevantes, o contador poderá ajudar

significativamente a equipe na tomada de decisões. Conhecendo bem as

técnicas contábeis, dedicando-se em explorar e explicar variações nos

resultados e envolvendo-se nas decisões executivas, o contador poderá

apresentar boas propostas, participando de todas as ações importantes da

empresa. A força estratégica da empresa precisa estar concentrada em sua

capacidade administrativa, utilizando práticas modernas e flexíveis que irão

refletir na qualidade de seus serviços prestados.

1 - O QUE É A CONTABILIDADE

A Ciência contábil enquanto ciência social tem a finalidade de fornecer

aos meios de informações e de controle com o intuito de coletar todos os dados

ocorridos numa empresa e que tenham, ou possam ter, impactos e causar

variações em sua posição patrimonial. A contabilidade é o instrumento de

mediação e avaliação do patrimônio e dos resultados auferidos pela entidade

financeira.

No Brasil os profissionais de contabilidade deveriam ser mais

conscientes de sua importância nos cenários econômico e social, buscando a

renovação para vencer os novos desafios que são gerados pelos mercados

financeiros, visando atender as expectativas dos consumidores externos, que

se tornam mais exigentes e seletivos na escolha de seus produtos e serviços

decorrentes de ofertas que surgem com as mudanças nos aspectos

relacionados à diversas áreas profissionais, tendo que aprender a lidar com as

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adversidades, com capacidade de criar, interagir e estudar as realidades

políticas, sociais e financeiras, saber orientar as empresas para o melhor

caminho de forma que estas sobrevivam aos fortes abalos gerados pela

globalização da economia.

Entre as principais justificativas estão os constantes problemas

verificados em companhias de grande porte principalmente nos paises

desenvolvidos. Podemos identificar que as informações que eram utilizadas

durante muitos anos pelos administradores para tomarem suas decisões

(Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultado), já não eram mais

suficientes e não atendiam plenamente as necessidades dos mesmos.

Além das antigas informações, os administradores têm utilizado muito

intensamente para suas decisões o Demonstrativo de Fluxo de Caixa e

Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos, que basicamente

mostram onde ingressou o dinheiro na empresa e onde o mesmo foi aplicado,

essas informações do fluxo de dinheiro e aplicação do mesmo eram utilizadas,

basicamente, por empresas de pequeno porte.

Contudo as grandes companhias e seus tomadores de decisão tem

solicitado para seu departamento Financeiro a elaboração desse relatório

diáriamente com uma previsão para o futuro o mais longe possível.

Para muitos administradores, o fluxo de caixa representa uma

representação mais realista da posição econômica e financeira da empresa em

contrapartida a outros demonstrativos que representam uma posição estática

em determinando período, sendo mais difícil à tomada de decisão baseados

nos mesmos pela dificuldade de entender como se comportaram em períodos

passados.

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1.1 - O QUE FAZ UM CONTABILISTA

A tarefa básica do contador é produzir ou gerenciar informações úteis

para usuários da contabilidade para a tomada de decisões, pois o gerar lucros

deixam os empresários sem saberem de que forma irão investir o seu dinheiro,

onde, como, e qual é momento exato de aplicá-lo no mercado financeiro, de

forma que ele não venha a ter perdas em seu investimento.

1.2 - O CONTABILISTA NO MERCADO FINANCEIRO

Podemos admitir que para alguns profissionais da área contábil, esta

sendo difícil acompanhar esta explosão financeira, social, e econômica no

campo da contabilidade, conclui-se que a globalização e a evolução

tecnológica abriu o mercado internacional, com isso, a contabilidade necessita

de algumas reformulações para preparar os profissionais a atuarem no

mercado cada vez mais competitivo, garantindo uma maior nível de

confiabilidade e informações disponíveis aos usuários, para que possam ser

utilizadas como ferramentas no processo decisório, pois muito tiveram que

despedir alguns dos seus funcionários, pois não tinham recursos financeiros

para acompanhar toda esta mudança, por causa de suas complexidades, e as

necessidades de controle de um número relevante de fatos contábeis que

ocorrem diariamente nas empresas.

Este novo contexto, o contador precisa estar ciente das inovações

tecnológicas, incorporando-as não apenas nos procedimentos contábeis

básicos, como também em situações que exijam uma análise contábil mais

apurada e complexa e observar onde esta a parte mais vulnerável de sua

empresa.

1.3 - A DEPENDÊNCIA DA INFORMÁTICA

A informática atualmente é fundamental em todos os segmentos da

sociedade.

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Por outro lado, a contabilidade é um segmento que não vive sem a ajuda

dos computadores e, hoje se percebe um investimento crescente nas

organizações em softwares e hardwares ligados à área contábil. Por estes

motivos vários profissionais fecharam suas portas por não terem condições de

manter seus funcionários, investir em tecnologia e isto veio a prejudica-los,

como profissionais, pois um escritório não pode sobreviver sem este

mecanismo, porque quase todos os formulários, documentos on-line, e-mails,

estão interligados a esta área, nem todos os contadores tem condições de

manter um provedor, ter assinatura de revistas eletrônicas, a informática

tornou-se um mal necessário para o contabilista do séc. XX.

Diante das mudanças tecnológicas que estão conquistando o mundo

com soluções práticas e inteligentes, melhorar o padrão de qualidade de seus

serviços tornou-se uma imposição para os contadores. Como todas as

profissões, a contabilidade vem sofrendo impacto das novas tecnologias

vivenciadas na atualidade, principalmente a influência da Internet. É inevitável

o impacto da Internet no cotidiano de todos. Facilmente são notados seus

benefícios em todas as áreas profissionais que são impulsionados a utilizarem

essa tendência tecnológica.

A contabilidade é uma das profissões que fortemente se aproveita dessa

importante ferramenta. Cabe aos contabilistas, confirmar sua importância

perante a sociedade, reafirmar o seu papel, utilizando a Internet de forma

eficiente, mostrando que essa aliança além de fortalecer o profissional,

contribuirá para o enriquecimento das informações geradas na área contábil.

São considerados fatores que influenciam na cultura contábil, cada vez

massacrada pelo avanço prodigioso da informática, a internacionalização dos

mercados, que impõe modificações nos procedimentos de concorrência através

de preços e qualidades, muitas vezes agindo de maneira incorretas e sem

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escrúpulos, colaborando para o declínio considerável da ética e da

moral. Influenciando a outros profissionais a terem o mesmo procedimento de

forma inescrupulosa e corrupta.

Contudo é um lamentável engano imaginar que as maquinas substituirão

os profissionais da contabilidade. As máquinas não pensam, elas são

programadas para cumprir determinações. Sua principal função é facilitar o

controle e agilizar a guarda e obter as informações na empresa.

O contador tem um grande desafio a ser enfrentado neste novo milênio,

está no fato da aplicação da informática na contabilidade houve um expressivo

aumento da velocidade de informações, ampliação de informativos da

contabilidade de forma expressiva, inclusive no da pesquisa e cabe ao

profissional caminhar com grande velocidade para esta à frente de seus

concorrentes e oferecer seus trabalhos e pesquisas com rapidez e clareza

prestando relevantes informações quantitativas e qualitativas

As empresas nacionais têm ainda um outro problema, pois algumas leis

são criadas no final de determinado ano e no ano seguinte as mesmas já têm

que atender a legislação, havendo pequeno espaço de tempo para se adequar

às novas necessidades. Como exemplo temos a legislação do ISSQN (Imposto

sobre serviços), que foi regulamentada pelos municípios em 2003 e o Cofins

(Imposto Federal), no sentido de suspender a exigibilidade da Cofins na forma

da MP n. º 135 (posteriormente convertida na Lei n.º 10.833/03), imposto que

também sofreu alteração no final de 2005.

A perda de credibilidade das informações levou a mudança acentuada,

como a exigência dos trabalhos realizados por uma empresa de auditoria terem

de ser revisados por outras empresas de auditoria (Revisão de Qualidade).

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Ainda aumentou acentuadamente as informações que as empresas tem

que fornecer aos órgãos de fiscalização e controle, já as Empresas

Multinacionais, além da necessidade de atender a legislação brasileira,

também tem que apresentar demonstrativos que atendam a necessidade da

matriz no exterior, os dirigentes das empresas multinacionais situadas no

exterior apresentam grande dificuldade na compreensão das mudanças

ocorridas na legislação brasileira, pois a mesma muda muito rapidamente.

As grandes corporações têm que possuir departamentos especializados

nas várias áreas como fiscal, contábil, administrativas, controladoras e

orçamentárias, o que aumenta os custos das mesmas e a competitividade dos

produtos nacionais, outro problema é a falta de integração entre o setor público

e privado, onde as leis são elaboradas, sem discussão prévia com os vários

entes envolvidos.

Esse problema pode ser facilmente resolvido com a participação e a

colaboração de profissionais especializados que atuem na área fiscal e contábil

na elaboração e execução das leis, intervindo no gerenciamento das mesmas,

de uma forma equilibrada e vantajosa para ambas as partes, não visando

somente encher os cofres do governo, mas atender ás necessidade

empresariais visando um bem comum, em relação ao setor público também

existe uma constante necessidade de atuação de um modelo gerencial, onde

os recursos sejam utilizados de forma eficiente, nos últimos dias tem havido

uma discussão sobre o controle a ser exercido sobre um dos poderes

constitucionais. Contudo, acredito que o importante é que esse controle

continue sendo realizado pelos órgãos já existentes de forma eficiente e

integrada.

Portanto deve ocorrer uma simplificação da legislação vigente e melhoria

da qualificação dos órgãos de fiscalização, entre os elaboradores das leis e a

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área operacional das empresas, minimizando as possibilidades de erros e

fraudes. A contabilidade deve sofrer as mudanças necessárias, visando a

integração nacional e internacional, para que os investidores, administradores,

funcionários e órgãos fiscalizadores e reguladores, consigam ler, compreender

e principalmente confiar nas informações publicadas.

A cada momento o Contador necessita estar atualizado, preparado e

acima de tudo, disposto a encarar as mudanças que o mercado exige de nossa

profissão. Não podemos simplesmente ficar às margens dos acontecimentos e

das constantes transformações que vêm ocorrendo na economia brasileira e

mundial, o empresário é impulsionado a recorrer ao auxílio de um profissional

que lhe demonstre capacidade e confiança.

Através de informações fidedignas, documentos concisos e relatórios

condizentes, o empresário pode ficar consciente da realidade econômica de

seu empreendimento. É neste momento que o Contador deve se mostrar

pronto a auxiliá-lo, pois é um profissional qualificado para controlar eficaz e

eficientemente um capital empreendido que sempre busca um único objetivo, a

obtenção de lucro.

O Profissional da Contabilidade não deve apenas contabilizar

documentos, calcular e pagar impostos, taxas e emitir relatórios mas,

principalmente saber transformar seus conhecimentos em informações

precisas, sejam elas de natureza Patrimonial, Econômica, Financeira e Social,

para que a partir deste ponto, todas as necessidades e dúvidas do empresário

sejam supridas, e, portanto, sejam tomadas as devidas decisões.

O Contador põem em prática seus conhecimentos perante uma empresa

a partir do seu planejamento de atividades, que poderá iniciar no ato da

constituição da empresa.

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Logo após, dando continuidade a uma Gestão empresarial, juntamente com o

empresário sob vários aspectos como: Contabilidade Comercial, Contabilidade

Gerencial, Contabilidade de Custos, Auditoria e Controladoria.

O Contador deve ser sinônimo de competência, confiança,

responsabilidade, dinamismo e principalmente satisfação plena para seus

clientes, pois grande é a importância deste profissional para o contexto

financeiro do País, estando ele ou não desatualizado, desmotivado, sem

perspectivas, é chegada a hora da valorização profissional, através de jornais,

livros, revista, televisão, informativo. Não há razão e nem motivos para o

desanimo, mas o caminho certo é prosseguir para o alvo, e acreditar que tudo

é possível ao que crer, e não ficar olhando as barreiras, mas sim as conquista

almejada ao longo dos anos que passaram e que ainda hão de vir.

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CAPÍTULO II

1 - COMO SER UM CONSULTOR

Afinal, o que é consultoria? Percebe-se que, para muitos, o termo

Consultoria, assim como Marketing, Rightsizing, Merchandising, Downsizing e

tantos outros, são expressões de impacto, uma maneira de “falar bonito”,

porém, muitas vezes tais expressões são utilizadas de maneira vaga,

superficiais, pouco específicas e até mesmo de forma contraditória ao real

conceito.

De acordo com a sua abrangência, o trabalho de consultoria pode ser

desenvolvido por um consultor individualmente ou através de uma equipe

multidisciplinar. Uma consultoria organizacional possibilita a indicação de

métodos e soluções a serem adotados pela organização contratante, bem

como, orienta a criação de condições para sua implementação.

Para desenvolver um trabalho com consultores não importa o tamanho

da empresa, seu faturamento, ramo de atividade, localização, número de

funcionários, etc. Uma boa consultoria levará em conta as condições reais da

empresa, do mercado e da conjuntura geral para atuar de forma efetiva e

atingir os resultados esperados.

1.1 - O QUE É CONSULTORIA

Consultoria, de uma forma ampla, é o fornecimento de determinada

prestação de serviço, em geral por profissional qualificado e conhecedor do

tema. O serviço de consultoria oferecido ao cliente acontece por meio de

diagnósticos e processos e tem o propósito de levantar as necessidades do

cliente, identificar soluções e recomendar ações. De posse dessas

informações, o consultor desenvolve implantar e viabilizar o projeto de acordo

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com a necessidade específica de cada cliente. É o produto de um trabalho de

co-participação, de casamento de dois tipos diferentes de “Know-How”, aquele

técnico específico sobre o assunto e aquele decorrente da vivência

organizacional e de conhecimento de suas peculiaridades políticas e

contextuais. É a arte de influenciar as pessoas que nos pedem para fazê-lo.

É um conjunto de atividades desenvolvidas pelo consultor, que ajudam o

cliente a perceber, entender e agir sobre fatos interrelacionados que ocorrem

no seu ambiente. É a influencia exercida por uma pessoa sobre um indivíduo,

grupo ou organização, no sentido de mudar ou melhorar uma situação, seu

controle direto sobre a implementação.

1.2 - PARA QUE SERVE A CONSULTORIA

São diversos os motivos que levam à contratação de um profissional

para realizar um trabalho de Consultoria em uma empresa, que tem a visão de

futuro.

a) Necessidade de um especialista

Muitas vezes a organização precisa dos serviços de um especialista, pois

quando existem problemas que demandam know-how específico, faz-se

necessária a presença de um profissional que detenha tal know-how. A grande

vantagem dos serviços de consultoria, neste caso, é que não há necessidade

de contratação de um profissional a mais para o quadro permanente da

organização, ou seja, terminado o projeto a empresa não necessita mais do

consultor, o problema é resolvido sem a necessidade de absorver mais um

custo fixo na folha de pagamento.

b) Projetos específicos

Existem ainda aqueles trabalhos para os quais os funcionários existentes nas

empresas possuem a aptidão necessária para realização, porém, face às ativi-

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dades rotineiras do dia-a-dia da empresa, não conseguem encontrar tempo

para realizá-lo (esta é uma realidade crescente no meio empresarial,

principalmente na alavancagem de projetos, que demandam bastante

trabalho). Nestes casos o consultor assume o novo projeto até que ele esteja

pronto para ser incorporado na rotina operacional diária da empresa.

c)Parecer técnico Profissional

Outra necessidade comum nas organizações, que concorrem para a

contratação de um profissional de consultoria é a necessidade de um parecer

independente sobre determinado projeto ou procedimento na empresa. Nestes

casos, em especial, a expectativa do empresário é minimizar as possibilidades

de falhas no projeto, evitando-se gastos futuros não previstos.

O Consultor não é um Santo Milagreiro, deverá contar com a

colaboração de todos, para facilitar o entendimento, Tenhamos uma breve

analogia do serviço prestado por um médico com os serviços prestados por um

consultor. Quando você vai a um médico realizar uma consulta, você fala o que

está sentindo. Ou seja, você relata ou demonstra o sintoma aparente do seu

problema para o profissional (Médico). O mesmo ocorre com o serviço prestado

por um consultor, você também relata ou demonstra o sintoma aparente do

problema para o profissional (Consultor).

Existe uma questão na qual a analogia entre o serviço de um médico e o

de um consultor retrata uma significativa diferença; trata-se da percepção da

necessidade por parte do cliente. Os sintomas relativos ao cliente (paciente) de

um médico geralmente vêm acompanhados de dor, ou de desconforto físico

constante, pois tais clientes são pessoas físicas, de carne e osso, com toda a

sensibilidade que a natureza humana permite. Já os sintomas relativos aos

clientes de um consultor (empresa), ou seja, de uma pessoa jurídica, não vêm

acompanhados do forte estímulo da dor, fazendo com que, muitas vezes, o

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cliente não perceba o grave problema que enfrenta. Outras vezes o cliente,

pessoa jurídica, até percebe que está convivendo com problemas para os quais

não encontra solução eficaz, mas, por uma falsa sensação de economia,

prefere a “automedicação” acreditando que está poupando o dinheiro da

consulta.

Ocorre que, geralmente nesses casos, as verdadeiras causas dos

problemas não são atacadas e, a exemplo do que acontece na medicina, o

problema tende a se agravar, dificultando cada vez mais a cura. Creio que

questões culturais, paradigmas fortemente arraigados, influenciam

sensivelmente na contratação ou não de serviços de consultoria, afinal, uma

parcela significativa do empresariado ainda dedica a maior parte de seu tempo

para ações operacionais, para “apagar incêndios” do dia-a-dia, deixando ações

estratégicas, que garantirão a efetiva competitividade futura da empresa, em

segundo plano. Assim como o cuidado com a saúde de uma pessoa física (o

mais rápido possível, com a técnica certa e o tratamento adequado) o cuidado

com a saúde de uma pessoa jurídica é uma questão de vida ou morte; o

detalhe é que pessoas jurídicas normalmente são o meio de vida de várias

pessoas físicas, que são fatalmente afetadas pela falta de acompanhamento da

saúde da empresa pelo empresário.

O consultor não é o “dono da verdade”, isto mesmo! Ninguém conhece,

ou ao menos, ninguém deveria conhecer melhor o seu negócio do que você,

certo? Quem atende os clientes todos os dias e conhece as suas expectativas?

Quem conhece a fundo as “manhas” do negócio? Quem conhece bem os

funcionários da sua empresa? O Consultor só poderá ajuda-lo se houver uma

troca, uma forte interação e sinergia entre ambos. E não esqueça, toda e

qualquer mudança necessária à organização deve ser um compromisso seu,

não do consultor, afinal, ao terminar o trabalho o consultor irá embora e você

terá o papel decisivo para consolidar as melhorias conquistadas.

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2 - TIPOS DE CONSULTORIAS

a) Organizacional - atividade que visa a investigação, identificação, estudo e

solução de problemas atinentes a estrutura, ao funcionamento e a

administração de empresas e entidades privadas ou estatais.

b) Autônoma - Profissional qualificado que atua em determinado projeto de

forma independente, não vinculado a uma estrutura organizacional.

c) Associada - Parceiros de empresas de consultoria empresarial, solicitada

para a realização de determinados projetos.

d) Externa - profissional não integrante da empresa a qual presta serviços.

e) Exclusiva - Profissional que se dedica a oferecer aconselhamento e a

conduzir projetos especiais de consultoria a determinada empresa.

f) Interna - Funcionário da empresa que, em geral, desempenha atividades

técnicas. É um facilitador. Elabora diagnóstico, busca soluções para os

problemas, sugere e opina.

g) Intervenção - É a meta ou produto final obtido de uma atividade de

consultoria. Descreve quaisquer ações que se deva adotar em relação a um

sistema do qual você não faz parte.

h) Cliente Interno - É um profissional, um grupo de trabalho, um setor,

departamento, que o consultor quer influenciar, sem exercer controle direto.

g) Por Projetos - é o conjunto de atividades desenvolvidas pelo consultor, que

diagnostica a situação-problema e propõe alternativas de solução ao cliente.

h) Por Processos - é o conjunto de atividades desenvolvidas pelo consultor,

que ajudam o cliente a perceber, entender e agir sobre fatos inter-relacionados

que ocorrem no seu ambiente.

O profissional consultor pode estar ou não vinculado a uma organização

específica. O consultor que se dedica totalmente a uma empresa é chamado

Consultor Interno (normalmente empregado desta), e aquele que presta

serviços ocasionais é chamado Consultor Externo (ou Autônomo). Muitos

autores consideram apenas o segundo como Consultor efetivamente.

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2.1- CONSULTORIA INTERNA

O consultor interno normalmente é um funcionário da empresa cliente.

Faz parte da estrutura organizacional e está inserido em sua cultura e valores.

Possui vantagens por estar diariamente em contato com os procedimentos

internos, possuir maior conhecimento dos aspectos informais. (os chamados

atalhos organizacionais), possuir maior acesso a pessoas e grupos de

interesse, além de participar da avaliação e do controle do processo inerente

ao trabalho. Por último, o consultor interno possui um certo poder informal que

pode facilitar seu trabalho.

Por outro lado, o consultor interno carece de atualização prática. Seus

conhecimentos são adquiridos de maneira teórica, por este não ter

oportunidade de aplicar esses novos conhecimentos em diferentes casos e

empresas. Por esse mesmo motivo, o consultor interno geralmente possui

menos experiência que o consultor autônomo. Dentro da empresa, suas idéias,

geralmente tem menor aceitação nos altos escalões da empresa ("santo de

casa não faz milagre") e, por normalmente por não haver vínculo empregatício

com o cliente, possuem menor liberdade para dizer e fazer as coisas.

2.2 - CONSULTORIA EXTERNA

O consultor externo é autônomo. Geralmente trabalha em equipe com

outros consultores de outras especialidades em uma empresa de consultoria

com denominação "Consultores Associados". O consultor externo possui maior

experiência prática que o interno, por estar sempre em atividade em empresas

diferentes, com problemas diferentes. Por esse mesmo motivo, o consultor

externo pode trabalhar com maior imparcialidade, tendo dos altos escalões da

empresa uma maior confiança. O consultor externo, ao contrário do interno,

pode correr maiores riscos. Mas também existem desvantagens: o consultor

externo possui menor conhecimento dos atalhos organizacionais, pois

normalmente não está presente diariamente na empresa cliente.

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Tem menor acesso a pessoas e grupos de interesse, além de possuir somente

um relativo "poder formal". Muitas vezes as empresas possuem ambos os tipos

de consultoria operando ao mesmo tempo.

O consultor interno não vem em substituição ao externo, mas sim em

complementação. O consultor interno servirá como apoio e ponto focal dos

projetos de consultoria, inclusive para minimizar as desvantagens das duas

condições isoladamente.

3 - ASPECTOS MERCADOLÓGICOS DA CONSULTORIA

A consultoria não pode ser vendida. A empresa-cliente deve comprá-la

de acordo com suas necessidades. Compara-se a um médico cirurgião, que

não pode sair buscando pacientes oferecendo cirurgias de ponte-de-safena a

qualquer um. Não é o consultor que deve vender seus serviços, e sim a

empresa cliente que deve reconhecer que algo está errado e buscar a ajuda de

um profissional.

3.1 - CONTRATANDO UM SERVIÇO DE CONSULTORIA

A empresa-cliente deve primeiro identificar o problema existente e

decidir pela contratação de um serviço de consultoria. Essa decisão se dá pelo

fato de não haver pessoal capacitado para resolver o problema ou então pela

falta de tempo para fazê-lo. A partir da decisão, a empresa passa a estudar as

alternativas para que o melhor serviço seja contratado. Eis os aspectos a

considerar:

• .Qual a especialidade que necessito para meu problema?

• .Vamos contratar consultores externos ou internos?

• . Se caso for externo, consultores autônomos ou uma empresa de

consultoria?

• . Qual a estrutura de consultoria que melhor se aplica ao meu negócio?

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4 - CONSULTORIA QUANTO A SUA ESTRUTURA

Podemos ter dois tipos de estrutura de consultoria: A consultoria por

pacote e a consultoria artesanal.

4.1 - CONSULTORIA POR PACOTE

A consultoria por pacote consiste em fornecer ao cliente produtos pré-

formatados, ou seja, é a transferência de fortes estruturas de metodologia e de

técnicas administrativas à empresa cliente. Esse tipo de consultoria era muito

comum nas décadas de 60 e 70. Hoje esse tipo de consultoria é pouco

procurado, com exceção de trabalhos de tecnologia, organização pura ou

preparação para certficicação ISO.

É contratada pela média administração, e seu desenvolvimento se dá

com a baixa administração. Porém, sua implantação tem contato com todos os

níveis. É um tipo de consultoria de baixo custo e de alto impacto. Seus

resultados vêm em curto prazo. Ademais, não existe a preocupação com

processo de mudança planejada, há um reduzido nível de treinamento

conceitual, metodológico e conceitual na tarefa, e pode gerar dependência da

consultoria no cliente.

Exemplos de empresas que fornecem esse tipo de consultoria: Microsiga,

Pandora, outras empresas de ERP.

4.2 - CONSULTORIA ARTESANAL

A consultoria artesanal procura atender às necessidades da empresa-

cliente, através de um projeto baseado em metodologia e técnicas

administrativas especificamente estruturadas para a referida empresa. Trata-se

de fornecer ao cliente um atendimento personalizado aos seus problemas. Há

uma busca muito forte das causas, com pouco valor aos seus efeitos.

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É contratada pela alta administração e seu desenvolvimento com a média

administração. Sua implantação também tem contato com todos os níveis. Este

tipo de consultoria enfrenta menor resistência nos momentos de

desenvolvimento e implantação.

Este tipo de consultoria desenvolve-se em uma velocidade adequada,

além de contar com melhor treinamento dos envolvidos. Como dito, há menor

resistência aos trabalhos da consultoria. O resultado final tem mais qualidade e

gera uma maior independência da empresa-cliente em relação à empresa de

consultoria.

Mas é fundamental que se procure a consultoria artesanal para assuntos

de média ou elevada abrangência na empresa-cliente, além de procurar

consultores com elevada experiência no assunto considerado.

Exemplos de empresas que fornecem esse tipo de consultoria: Trevisan

Consultores Associados, PriceWaterHouse Coopers, Empresas juniores, etc.

4.3 - CONSULTORIA QUANTO A AMPLITUDE (especializada e

Total)

4.3.1 - CONSULTORIA ESPECIALIZADA

É aquela que atua em um ou poucos assuntos dentro de uma área de

conhecimento. É a de maior crescimento nos últimos tempos e pode evoluir

para a consultoria total.

A contratação é geralmente feita pela baixa e média administração, que

é onde se concentram as especialidades (RH, Marketing, Finanças, etc). Tem

como vantagens maior qualidade dos serviços, menor resistência, maior

interação com os sistemas da empresa cliente, maior rapidez e menor custo e

maior nível de treinamento dos envolvidos, verificando a Sustentação -

Conhecimento - Experiência - Postura de Atuação.

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4.4 - CONSULTORIA TOTAL

Consultoria total é aquela que atua em praticamente todas as áreas do

cliente. Este tipo de consultoria tem sofrido diversos tipos de restrições.como

por exemplo: tratar de vários assuntos de maneira não integrada, dar tiro para

todos os lados e provocar desperdício de esforços. Como alternativa, há a

Consultoria Total Integrada.

Contratação se dá diretamente com a alta administração.

Desenvolvimento se dá com a média administração e a implantação se dá em

toda estrutura. Há uma maior abrangência e facilidade de atuação nos diversos

sistemas da empresa, um otimizado nível de treinamento, além de possibilitar

investimentos menores para as empresas clientes.

É importante verificar se as metodologias a serem aplicadas estão

integradas adequadamente e se existe no mínimo um especialista para cada

um dos assuntos tratados.

4.5 - CONSULTORES ASSOCIADOS

São profissionais especialistas que complementam a amplitude ideal dos

serviços em uma empresa cliente. Não pode ser forma de contratação de

pessoal, mas sim serem formados por consultores experientes e

especializados em assuntos específicos.

4.6 - COOPERATIVA DE CONSULTORES

Empresa de propriedade coletiva. Mantém-se a necessidade de ser

composta por consultores especializados e experientes, em assuntos distintos

ou até no mesmo assunto.

Características: Adesão voluntária de associados, capital social em

quotas-partes, intransferibilidade das quotas-partes, singularidade de voto e

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retorno das sobras líquidas para os consultores. Necessidades: Estabelecer a

amplitude e forma de atuação, definir as atribuições e responsabilidades,

rodizio da equipe diretiva, forma de interação entre os trabalhos dos diversos

consultores, estabelecer plano de divulgação e definir as despesas

corporativas e rateios.

4.7 - CONSULTORIA GLOBALIZADA

Consultoria Global ou globalizada é a que consolida serviços em

empresas globalizadas e que atua em países diferentes. É de amplitude

basicamente territorial. Possui forte evolução tecnológica, principalmente

tecnologia da informação. Atua em formação de áreas de livre comércio e

blocos econômicos e interligação dos mercados, principalmente o financeiro e

de consumo.

Pode ser consultoria de TI, RH, gestão empresarial, econômica, entre

outras, mas você já deve ter trabalhado com pelo menos alguma delas uma

vez na vida. O fato é que, cada vez mais, empresas contratam o trabalho

desses profissionais, que acaba saindo mais em conta do que um executivo

full-time na empresa, principalmente no caso de projetos específicos, que têm

prazo para começar e terminar, ou mesmo quando há uma necessidade de

reengenharia organizacional na empresa, em virtude de um processo grande

como uma fusão ou aquisição, por exemplo.

De acordo com o Instituto Brasileiro dos Consultores de

Organização, o trabalho de consultoria pode ser definido como "o processo

interativo entre um agente de mudanças (externo e/ou interno) e seu cliente,

que assume a responsabilidade de auxiliar os executivos e colaboradores do

respectivo cliente nas tomadas de decisão, não tendo, entretanto, o controle

direto da situação que deseja ser mudada pelo mesmo".

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Em outras palavras, a consultoria existe para criar soluções práticas e

solucionar problemas que a empresa não consegue resolver sozinha. O

presidente do IBCO, Cristian Welsh Miguens, conta que muitos profissionais

têm procurado o Instituto.

Para saber mais informações sobre o mercado e dicas de como começar

a carreira. "Costumo falar para essas pessoas que a premissa básica é ter

experiência sólida na área que se vai atuar, já que o consultor é um cargo de

confiança, que geralmente chega nas empresas por indicação e deve passar

muita credibilidade".

O mercado de consultoria começou a se abrir mais no Brasil no início

dos anos 90, com a abertura de mercado e competitividade que se iniciou nos

tempos do Governo Collor. Muitas empresas estatais acabavam se ser

privatizadas, como a Telesp, e estas organizações precisavam de um trabalho

pesado de reengenharia e mudança organizacional, e foi aí que o trabalho do

consultor tornou-se mais conhecidos e divulgados por aqui. "Pode-se dizer que

o mercado de consultoria no Brasil teve três fases. A primeira foi com a

privatização das estatais, onde todas as companhias resolveram ir a busca de

competitividade. Depois veio o conceito de qualidade total, com a implantação

da ISO 9000 no Brasil. A terceira e última fase é mais recente e compreende os

últimos cinco anos, onde os sistemas de gestão (ERP) viraram febre no mundo

empresarial", explica Dino Carlos Mocsányi, consultor de empresas há 15 anos

e especialista em Gestão de Mudanças organizacionais, Estratégia,

Reorganização Empresarial, Competitividade, Produtividade e Qualidade.

Consu ltores de TI não são mais tão requisitados como alguns anos

atrás, justamente pelo fato de existirem muitos profissionais na área, e o

mercado estar saturado.

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Para Luiz Augusto Costa Curta, vice-presidente do Instituto MVC, a área

que está mais em alta para os consultores hoje é a consultoria de estratégia

empresarial, que auxilia empresas a se reorganizarem e se modernizarem. "Eu

acredito que outro mercado que perdeu espaço é o dos headhunters, os

caçadores de talentos. Com a chegada da internet e consolidação dos sites de

emprego e os sites das empresas, ficou mais fácil recrutar pessoas, mesmo

para o nível executivo. O trabalho do headhunter nem sempre é customizado e

tem um custo alto", afirma ele.

5 - DIFICULDADES

O presidente do IBCO, Cristian Welsh Miguens, afirma que uma das

grandes dificuldades das consultorias é transmitir credibilidade para o cliente,

principalmente no caso das empresas menores e consultores autônomos,

ainda sem um nome formado na praça. Este é exatamente o perfil de

consultorias associadas do Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização:

consultorias pequenas, com três consultores, no máximo. "Existe muito

mercado para os pequenos, por que empresas de médio e pequeno porte que

precisam de uma consultoria e não podem arcar com os custos de uma firma

de renome, acabam recorrendo a especialistas que cobrem menos, e mesmo

assim possam oferecer um bom trabalho", afirma Cristian.

Perfil e competências necessárias para o profissional que quer atuar

como consultor:

a) Capacidade diagnóstica - saiba ver o problema através das suas causas

b) Multidisciplinaridade - saiba ver uma questão de vários ângulos diferentes,

principalmente o ângulo que a empresa não percebeu ou mesmo não quer lhe

contar.

c) Capacidade de análise - não repita modelos utilizados em outras empresas.

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E quando for fazer um projeto para uma empresa concorrente de alguma

outra com a qual você já tenha trabalhado, informe-a sobre isso, e saiba

separar, os dois casos de forma ética e transparente.

Vale a pena aprender mais sobre esta nova opção profissional que se

agrega a todas as outras áreas, interagindo através do conhecimento, relações

humanas, dinamismo, otimismo, enfim um profissional que deverá esta à frente

de todas as novidades, ter carisma, conhecimento universal, conhecer os mais

variados tipos de clientes existentes em sua empresa e oferecer seus serviços

com sabedoria, dinamismo, eficiência, fazendo deste cliente o seu Para

finalizar este artigo, gostaria de fazer uma afirmação que, espero, ajude-o a

adotar um novo paradigma ao analisar o trabalho de um consultor.

A sobrevivência e o desenvolvimento de qualquer organismo dependem

do ambiente onde ele vive, sendo assim as forças ambientais ditam as regras e

sobrevivem aqueles organismos mais capazes de adaptar-se com maior

eficiência, o que implica na capacidade de fazer no tempo certo, as

necessárias mudanças quando o ambiente mudar, o consultor terá que ser

sagaz, incansável, conhecedor de vários assuntos, mas saber quais serão os

tipos de serviços a serem oferecidos as empresas, para que a consultoria

possa atender as necessidades básicas do cliente.

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CAPÍTULO III

1 - COMO SER UM EMPREENDEDOR

A palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph

Schumpeter em 1950 como sendo uma pessoa com criatividade e fazer

sucesso com inovações. Mais tarde, em 1967 com K. Knight e em 1970 com

Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora

precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Pinchot foi introduzido o

conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora a mais dentro de

uma organização.

1.1 - ANÁLISE HISTÓRICA

A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer

dizer aquele que assume riscos e começa algo de novo. Século XVII: Os

primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo

ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo

contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos.

Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é

considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo,

tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assume

riscos), do capitalista (aquele que fornecia o capital). Século XVIII: Nesse

século o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados,

provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo,

através da Revolução Industrial.

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Século XIX e XX: No final do século XIX e início do século XX, os

empreendedores foram freqüentemente confundidos com os administradores (o

que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de

vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam

empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na

organização, mas sempre a serviço do capitalista.

1.2 - EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de

1990, durante a abertura da economia. A entrada de produtos importados

ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a

crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam

competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de

confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o País

precisou mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se

modernizar para poder competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma

série de reformas, controlando a inflação e ajustando a economia, em poucos

anos o País ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou a

crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho.

Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as

exportações aumentaram. Ano a ano, as micro e pequenas empresas ganham

mais espaço e importância na economia. Hoje, de cada 100 empresas

brasileiras, 95 são micro ou pequenas empresas. Juntas elas empregam cerca

de 40 milhões de trabalhadores, mais da metade de toda mão-de-obra do País.

Os números são grandes, mas o espaço para crescimento é ainda maior. O

futuro é promissor e cabe, a cada um de nós, fazer dele uma realidade.

Havendo 03 áreas a serem classificadas:

a) Técnicas: envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações,

ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe.

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b) Gerenciais: incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da

empresa (marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada

de decisão, planejamento e controle).

c) Características pessoais: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter

ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e

principalmente ter paixão pelo que faz.

1.3 - RAZÕES DO EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo busca a auto-realização que quem utiliza este

método de trabalho, estimular o desenvolvimento como um todo e o

desenvolvimento local, apoiando a pequena empresa, ampliando a base

tecnológica, criar empregos, evitar armadilhas no mercado que está incindido.

E re-orientar o ensino brasileiro para a velocidade nas mudanças, novas

tendências internacionais, adaptar-se ao novo mercado, com ética e cidadania.

1.4 - QUAIS OS CAMINHOS DO EMPREENDEDORISMO

a) Auto-conhecimento - Espaço de sí estreito (Teoria X) versus. Espaço de sí

amplo (Teoria Y).

b) Perfil do empreendedor - Comparação das características do empreendedor

e da pessoa.

c) Aumento da criatividade - Dominar os processos internos para gerar

inovação e criatividade.

d) Processo visionário - Desenvolver uma visão e aprender a identificar

oportunidades.

e) Rede de relações - Estabelecer relações que possam servir de suporte ao

desenvolvimento e aprimoramento da idéia do negócio e sua sustentação.

f) Avaliação das condições para iniciar um plano - Reunir e avaliar todas as

condições para elaborar um plano.

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g) Plano de negócio - Metas mensuráveis, flexibilidade no plano, indicadores

de evolução, compromisso coletivo, revisão de metas, aprender com a

experiência.

h) capacidade de negociar e apresentar uma idéia -Cooperação entre pessoas,

parceiros ou empresas para alcançar objetivos de tal forma que todos saiam

ganhando.

Características de uma pessoa empreendedora precisa ter

características diferenciadas como originalidade, ter flexibilidade e facilidade

nas negociações, tolerar erros, ter iniciativa, ser otimista, ter auto-confiança e

ter intuição e ser visionário para negócios futuros. Um empreendedor é um

administrador, necessita ter conhecimentos administrativos, ter uma política

para a empresa, ter diligência, prudência e comprometimento.

2 - A ARTE DE EVOLUIR COM OS ERROS

Através de mudanças, se obtém experiências e estas, traduzem-se Em

ciência, que por sua vez é utilizada para fins evolutivos. Logo não parece ser

apenas um golpe de sorte, quando observamos elevado know how de

empreendedores em ambientes de negócios. Quando há evolução, há

melhora. Definitivamente, empreendedores são pessoas que não apreciam

situações de normalidade ou mediocridade. Empreendedores adoram não

como resposta, a Inovações em corporações e corporações com inovações,

surgem em sua maioria das vezes, em momentos de necessidade. Momentos

de necessidade demandam grandes soluções, que por sua vez, demandam

grandes idealizadores. Para qualquer solução necessária, exigi-se riscos e

tentativas. Riscos e tentativas costumam estar presentes em ambientes

dinâmicos e hostis. Em resumo, alguém precisa ter "estrutura" profissional e

emocional para irem direção contrária do fluxo praticado. Em primeira estância

e, em 99% das vezes, o primeiro feedback solicitado trará péssimos incentivos.

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"Não, isto não vai dar certo". Empreendedores adoram não como

resposta, eles seguem adiante exaurindo possibilidades e visionando o por vir.

Ultimamente as empresas precisaram de verdadeiros

“empreendedores”. Cada funcionário deve ter a atitude e comportamentos de

“dono do negócio” e as empresas de sucesso são aquelas que tem em seus

quadros verdadeiros “empreendedores”. Até mesmo as universidades vêm

discutindo como formar empreendedores em todas as áreas do conhecimento.

Isso se deve ao fato de que mesmo como pesquisador, professor, cientista, se

a pessoa não tiver espírito empreendedor dificilmente vencerá nos dias de

hoje. Com as empresas enxugando seus quadros, terceirizando seus serviços,

o profissional moderno deve ter igualmente uma perspectiva de ser auto-

empregado e, portanto ser a cada dia mais empreendedor de suas próprias

capacidades.

Uma das coisas que mais me perguntam nos programas de televisão ou

durante cursos e atividades de consultoria é quais as reais características de

um empreendedor e como formar ou transformar alguém em empreendedor.

Empreendedores são antes de tudo, pessoas que tem a capacidade de

enxergar o invisível. A isso, intitula-se a famosa máxima: Empreendedores

possuem visão.

3 – CARACTERISTICAS DE UM EMPREENDEDOR

Boas idéias são comuns as pessoas, a diferença esta naqueles que

conseguem fazer as idéias se transformarem em realidade, isto é, implementar

as idéias. A maiorias das pessoas ficam apenas na “boa idéias” e não passam

para a ação. O empreendedor passa do pensamento à ação e faz as coisas

acontecerem.

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Todo empreendedor tem uma verdadeira paixão por aquilo que faz.

Paixão faz a diferença. Entusiasmo e Paixão são as principais características

de um empreendedor!

O empreendedor é aquele que consegue escolher entre várias

alternativas e não fica pensando no que deixou para trás. Sabe ter foco e fica

focado no que quer, O empreendedor tem profundo conhecimento daquilo que

quer e daquilo que faz e se esforça continuadamente para aumentar esse

conhecimento sob todas as formas possíveis.

O empreendedor tem uma tenacidade incrível. Ele não desiste!

acredita na sua própria capacidade. Tem alto grau de auto-confiança;

O empreendedor não tem fracassos. Ele vê os "fracassos" como

oportunidades de aprendizagem e segue em frente;

O empreendedor faz uso de sua imaginação. Ele imagina-se sempre

vencedor

O empreendedor tem sempre uma visão de vários cenários pela frente.

Tem na cabeça, várias alternativas para vencer;

O empreendedor nunca se acha uma "vítima". Ele não fica parado,

reclamando das coisas e dos acontecimentos. Ele age para modificar a

realidade!

4 - COMO ACONTECEM AS RESISTENCIAS

Agentes multiplicadores, que as vezes, tem dificuldades em lidar com

mudanças naturalmente irão transmitir sua insegurança aos outros, e assim

será instalado o clima de temor na organização.

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O servidor ameaçado tende a compreender tudo o que vê sob a ótica do

pessimismo. Trata-se de profissionais que não tomam decisões com medo de

errar, e quando erram, não aprendem com o erro. Temem o “feedback” e a

crítica.

A resistência ao novo é um processo emocional e por trás dela estão

sentimentos. Em qualquer processo de mudança, quando as pessoas estão

resistindo, na realidade estão demonstrando um receio de perda do controle,

do poder e da segurança. Muitos acreditam que mantêm o controle mantendo o

status quo, embora isso resulte em desempenho inadequado.

A resistência não é um adversário a ser derrubado. Ao tentar fazer isso,

ela somente se intensificará. Lidar com ela é mais difícil do que elaborar

diagnóstico, e muito mais difícil ainda do que fazer boas intervenções, mas

saber administrá-la é um desafio a ser vencido para o sucesso da implantação.

4.1 - A RESISTENCIA ORGANIZACIONAL

Questionamentos infindáveis - intenção de descobrir eventuais

desvantagens para então poder ter subsídios para criticá-lo.

Cliente interno alega falta de tempo - não consigo gerir meus próprios

problemas e o RH, como participar disto?

Criação de barreira e distância - profissional que não se envolve nos

trabalhos, falta a reuniões agendadas, não participa com idéias, permanece

frio, e reservado.

Ataques ao trabalho de Consultoria Interna - alega não estar vendo

resultados propostos, ou pressiona por soluções imediatas.

Profissionais alegam que outras empresas já tentaram a experiências

tentando mostrar o insucesso de outras empresas, esse tipo de profissional

encontra uma forma de evitar a dor ou o medo causados pela nova situação

que se esta enfrentando.

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• Profissional com súbito processo de envolvimento - pode também

ser vista como uma forma de resistência camuflada. Acompanhá-lo de

perto oferecendo apoio é o mais indicado.

Para enfrentar esses dificultadores, mostre que se está buscando a

solução e não só apontando problemas. Sem colocar o seu Cliente em situação

delicada e de forma bastante cuidadosa, tende dizer que o comportamento

resistente é absolutamente normal. Permanecer em silêncio deixando o cliente

desabafar sua ansiedade e medo, não é fácil, mas pode ser uma solução. Com

o tempo, ele compreenderá e aceitará o novo modelo.

Competências do Consultor Interno e o desafio de atuar no novo papel

As atividades do Consultor Interno de RH dentro das empresas, mais do

que qualquer outra, exige, além da vocação de lidar com pessoas, a

predisposição de lidar com constantes desafios. Aliadas a isso, as

competências profissionais inerentes à função e a firme convicção de fazer

desse o seu futuro profissional.

• “Lidera o mercado quem oferece preço mais baixo ou quem acena com

o melhor produto ou ainda que oferece ao cliente o que ele efetivamente

quer”. Este é o papel do Consultor Interno: oferecer ao seu cliente o

melhor serviço, com qualidade e dentro de suas reais necessidade.

Porque muitos profissionais não dão certo nesse papel?

Para estar apto a aceitar esse grande desafio de atuar como Consultor

Interno, esse profissional necessita ter, ou desenvolver, as seguintes

competências:

• ser um agente de mudanças

• estar comprometido com os resultados

• estar inteirado

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• mostrar racionalidade / isenção

• ter bom nível de cultura geral

• conhecer sua área de atuação

• agregar conhecimentos

• ter facilidade de diálogo e relacionamento

• estabelecer relação de confiança

• ter perfil negociador

• colocar ênfase nas pessoas

• ter comportamento ético

• ter perfil inovador

• ter disposição para assumir riscos

• ter equilíbrio

• ter pensamento estratégico

• saber compartilhar responsabilidade

• perceber e lidar com sentimentos

• propor ações que possam ir a raiz do problema

• saber lidar com resistências

5 - DEFINIÇÃO DA PALAVRA - Empreendedorismo

• Eder Luiz Bolson, autor do livro Tchau, Patrão! (Editora SENAC):

"empreendedorismo é um movimento educacional que visa desenvolver

pessoas dotadas de atitudes empreendedoras e mentes planejadoras".

• Robert Menezes define: "Empreendedorismo é a arte de fazer acontecer

com motivação e criatividade".

• Robert Menezes faz o seguinte comentário: "Ser empreendedor é

preparar-se emocionalmente para o cultivo de atitudes positivas no

planejamento da vida.

• É buscar o equilíbrio nas realizações considerando as possibilidades de

erros como um processo de aprendizado e melhoramento.

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• Ser empreendedor é criar ambientes mentais criativos, transformando

sonhos em riqueza".

• Louis Jacques Fillion disse que o empreendedor é uma pessoa que

imagina, desenvolve e realiza visões.

• Jeffry Timmons disse que o empreendedor é alguém capaz de

identificar, agarrar e aproveitar oportunidade, buscando e gerenciando

recursos para transformar a oportunidade em negócio de sucesso.

• Marcio Benvenuto de Lima Disse que o empreendedor é aquele que

conhece profundamente o que faz e ao mesmo tempo ama o que faz, se

dedicando ao Máximo a sua atividade e sempre buscando novos

caminhos que o leve ao sucesso em seu empreendimento.

• Hélio Nascimento define o empreendedor como capaz de formar outro

profissional melhor que ele.

• Marcelo Benvenuto define empreendedor é aquele que detecta uma

oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo

riscos calculados - gostaria de citar George Bernard Shaw:

"Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam:"Por quê?”. Eu sonho

com as coisas que nunca existiram e pergunto:"Por que não?”.

Algumas empresas que a área de RH está atuando como Consultaria

Interna

BCN - Banco de Crédito Nacional

ABB - Asea Brown Boveri

Bayer

Ceras Johnson

Elevadores Vilares

Laboratórios Roche

Um empreendedor não deve ter medo de arriscar, pois ele aprende a

sonhar e por em pratica os seus sonhos, não os deixando trancados e nem

esquecidos. Um empreendedor antes de qualquer coisa, é um eterno

sonhador, filosofo com idéias que poderão se tornar verdadeiras “fontes de

dinheiro”.

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A cada ano que se passa, o numero de pessoas que decidem sair do

atual emprego, fechar empresas, muitas vezes estáveis, para uma “aventura”

em busca de um sonho vem aumentando mais e mais. Essas pessoas de

sucesso possuem características em comuns, pois acreditam que a sua área e

a sua profissão necessitam de melhorias e não de desistências, o modelo atual

pode ser melhorado. Ele compreende que não será nada fácil traduzir esta

frase em resultados e por isso, é a primeira pessoa a aceitar o desafio de

mudar. É a primeira pessoa a se responsabilizar caso algo falhe em toda a

trajetória do empreendimento. Empreendedores gostam de mudanças.

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CONCLUSÃO

Por este motivo o contabilista não deve desanimar nunca, deve lutar,

crescer, vencer obstáculos, saltar barreiras, enfim, correr atrás de seus sonhos,

torna-los real, tudo esta em suas mãos, basta acreditar no seu potencial e que

apropria existente já o tornou um empreendedor. O contabilista não pode parar

no meio do caminho.

Existe uma missão que deverá se cumprida até o fim, não importa o que

irá acontecer durante a jornada, mas se traçar os alvos e por em pratica suas

metas, algo novo e extraordinário irá acontecer, houve um grande investimento

para que ele chegasse aonde chegou e agora é hora de prosseguir tornando-

se ou não um consultor, deixando fluir em seu sangue o empreendedor que

estava adormecido dentro dele, não tendo medo, mas crendo que ele já se

tornou um empreendedor contabilista, que servirá de parametro para outros

profissionais desta área, que estão passando pelos mesmos problemas, que

ele já passou em tempos remotos.

Crendo que depois de concluir uma faculdade, estudar quase 15 anos ou mais,

faz sua pós-graduação. Entra esse profissional e comece a sua carreira cheio

de planos, idealizações de lucros excessivos, viagens, famas, palestras, e no

decorrer dos tempos, seus sonhos, ideais, vão se tornando cada vez mais

impossíveis, devido aos gastos administrados por ele, então os anos passam, o

custos cada vez mais altos, seus empregados insatisfeitos, legislação cada vez

mais desfavorável ao empresários, fornecedores, clientes, enfim, outro colegas

dentro da área contábil, crescendo, mas as suas perspectivas,são

desanimadoras, surge então a proposta de uma nova direção,

onde o contabilista vai poder observar de outra maneira e melhorar a suas

atividades com o que ele tem de melhor, que são as informações.

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Novas chances de demonstrar como é necessária para o pequeno e grande

empresário usufruir desta classe. Ser ou não ser consultor, eis a questão, o

contador só irá agregar valores, terá que estudar mais, fazer novos cursos,

buscar recursos, procurar parceira com outros profissionais.

Não há necessidade que o contador saia de sua zona de conforto, mas

ouse, isto não irá lhe custar nada, basta apenas confiar e acreditar que o

portfolio da empresa e toda a gestão empresarial, será vista por ângulos

diferentes, porém, com as mesma característica de transparência,

cumplicidade, lealdade, e principalmente ética, vale a pena tentar, e não temer

pelo desconhecido, mas prosseguir para o alvo, pois a vida, proporciona a cada

momento uma nova maneira de caminhar e por não generalizar e começar a

não ter medo do desconhecido, mesmo que aja risco, mas a própria vida tem

risco e não é linda para se viver. Então não deixe para amanha o que já pode

começar hoje.

O empreendedor que tem em você (contabilista) quer começar a gerar

frutos, pois as sementes já foram lançadas ao solo, a necessidade de

mudança, já se encontra dentro de você, esta faltando somente um referencial.

Então acredite e lute, pois as respostas virão, e com elas o sucesso tão sofrido

e esperado pela classe empresarial contábil, com tantas experiências,

aprendizados, congressos, enfim, a bagagem esta lotada, vamos começar a

tirar os objetos bons e tornar a usa-los, de uma forma toda especial, e as

ultrapassadas, renove-as e vá atrás de seus ideais, que foram consumidos

pelos desgates da jornada, pois com toda esta vantagem favorável a você

(contabilista) avance e Vença-as.

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BIBLIOGRAFIA

ROSA, José Antonio. Coleção Contabilista empreendedor. 1ª ed. SP: IOB

Thonson, 2004

MARION, José Carlos. Coleção Contabilista empreendedor. 1ª ed. SP: IOB

Thonson, 2004

FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23ª ed. São Paulo: Atlas, 1996.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços: Análise da liquidez e do

endividamento, Análise do giro, rentabilidade e alavancagem financeira. 7ª ed.

São Paulo: Atlas, 1998.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de

informação contábil. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.

SÁ, Antônio Lopes de. História Geral e das doutrinas da Contabilidade. São

Paulo: Atlas, 1997.

VEIGA, Walmir da Fonseca. Contabilidade Gerencial Estratégica: o uso da

Contabilidade Gerencial como suporte ao processo de Gestão Estratégica.

Brasília: Revista Brasileira de Contabilidade nº 142, 2003.

internet

www.anthropos.com.br

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ANEXO 1

Síndrome do Empregado

A palavra síndrome do empregado nasceu com o personagem "Seu André"

do livro O Segredo de Luísa do autor brasileiro Fernando Dolabela. "Seu

André" preocupado em explicar a ineficácia de grande parte dos empregados

da sua indústria, disse: "eles estão contaminados com a síndrome do

empregado". A síndrome do empregado designa um empregado:

Desajustado e infeliz, com visão limitada.

Dificuldade para identificar oportunidades.

É dependente, no sentido que necessita de alguém para se tornar produtivo.

Sem criatividade.

Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descuida de outros

conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou a sua

especialidade.

Dificuldade de auto-aprendizagem, não é auto-suficiente, exige supervisão e

espera que alguém lhe forneça o caminho.

Domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um

todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a evolução do setor.

Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender,

especializar-se a melhorar somente no que já existe.

Mais faz do que aprende, não é pró-ativo

Não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de

comunicações.

Tem medo do erro, não trata como uma aprendizagem.

Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em

produtos/serviços. Não sabe ler o ambiente externo: ameaças, oportunidades.

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Anexo 2

E ENTÃO VOCÊ QUER SER CONSULTOR?

L. A. Costacurta Junqueira

Nunca houve tantos consultores no Brasil; nunca foi tão difícil vender serviços

de consultoria.

As duas colocações acima estão no bojo da crescente onda de desemprego

que assola o país (cada desempregado é um consultor em potencial), do

natural crescimento do setor terciário da economia (serviços) e uma demanda

da crescente por especialização.

Transformar-se em consultor é tarefa aparentemente fácil, o difícil é sobreviver

como consultor; ligado ao problema da sobrevivência está o fato de que a

maioria dos profissionais tem uma boa competência técnica, mas não são tão

bons no marketing e venda dessa competência.

Para efeito de nosso texto vamos considerar as atividades de consultoria e

treinamento como metodologias complementares.

Nosso artigo se reveste de características operacionalizantes, de modo que o

leitor possa, a partir de sua vivência, ampliar e especificar seu conteúdo, bem

como aplicar de imediato aquelas idéias que considerar mais adequadas à sua

realidade.

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ANEXO 3

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ANEXO 4

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ANEXO 5

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ANEXO 6

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INDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

BREVE HISTORICO DA CONTABILIDADE 10

1- O QUE É CONTABILIDADE 13

1.1 – O QUE FAZ UM CONTABILISTA 15

1.2 – O CONTABILISTA NO MERCADO FINANCEIRO 15

1.3 - A DEPENDÊNCIA DA INFORMÁTICA 15

CAPITULO II

1 - COMO SER UM CONSULTOR 21

1. 1 - O QUE É CONSULTORIA 21

1.2 - PARA QUE SERVE A CONSULTORIA 22

2 - TIPOS DE CONSULTORIAS 25

2.1 - CONSULTORIA INTERNA 26

2.2 - CONSULTORIA EXTERNA 26

3 - ASPECTO MERCADOLÓGICO DA CONSULTORIA 27

3.1 - CONTRATANDO UM SERVIÇO DE CONSULTORIA 27

4 - CONSULTORIA QUANTO A ESTRUTURA 28

4.1 - CONSULTORIA POR PACOTE 28

4.2 - CONSULTORIA ARTESANAL 28

4.3 - CONSULTORIA QUANTO A AMPLITUDE 29

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4.3.1 - CONSULTORIA ESPECIALIZADA 29

4.4 - CONSULTORIA TOTAL 30

4.5 - CONSULTORES ASSOCIADOS 30

4.6 - COOPERATIVA DE CONSULTORES 30

4.7 - CONSULTORIA GLOBALIZADA 31

5 – DIFICULDADES

CAPITULO III

1 – COM SER EMPREENDEDOR 35

1.1 – ANALISE HISTORICA 35

1.2 – EMPREEDEDORISMO NO BRASIL 36

1.3 – RAZOES DO EMPREENDEDORISMO 37

1.4 – QUAIS OS CAMINHOS DO EMPREENDEDOR 37

2 – A ARTE DE EVOLUIR COM OS ERROS 38

3 – CARACTERISTICAS DE UM EMPREENDEDOR 39

4 – COMO ACONTECEM AS RESISTENCIAS 40

4.1 – RESISTENCIA ORGANIZACIONAL 41

5 – DEFINIÇÕES DA PALAVRA -EMPREENDEDORISMO 43

CONCLUSÃO 46

BIBILOGRAFIA CONSULTADA 48

ANEXOS 1 – SINDROME DO EMPREGADO 49

ANEXOS 2 – E ENTÃO VOCE QUE SER CONSULTOR 50

ANEXOS 3 – ALEIJADINHO E SEU TEMPO - CCBB 51

ANEXOS 4 – MUSEU IMPERIAL - PETROPOLIS 52

ANEXOS 5 – DEUSES GREGO – MAC 53

ANEXOS 6 – DÁ UM JEITINHO AI – CCBB 54

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

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Avaliado por: Conceito: