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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
MARKETING DE RELACIONAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES
Por: Leize Alves Carneiro
Orientador
Prof. Carlos Cereja
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
MARKETING DE RELACIONAMENTO NAS ORGONIZAÇÕES
Trabalho de Conclusão do curso de Pós-
Graduação “LATU SENSU” em Marketing para
obtenção do título de Pós-graduado em
Marketing na Universidade Cândido Mendes.
Aluna: Leize Alves Carneiro Bandeira
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu Deus por mais uma
conquista e mais esta vitória. Agradeço ao meu
esposo Alexander e meus familiares pela
compreensão, apoio e incentivo.
E todos aqueles amigos que dividiram comigo
mais esta trajetória da minha vida.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho acadêmico a minha
estrela maior que brilha todos os dias lá no céu
e que é a minha maior fonte de inspiração,
minha querida Mãe Luzanete Alves Martins.
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RESUMO
Nos últimos anos, a maioria das empresas passou por algum processo
de mudança com o intuito de se adequar a um mercado exigente e
competitivo. Para a análise do tema escolhido, poder ser completa será preciso
compreender a conceituação de Marketing de Relacionamento e suas
características dentro das empresas e o reflexo no desempenho
organizacional. Este trabalho tem como objetivo descrever as técnicas do
Marketing de Relacionamento, pois atualmente as empresas investem para
treinar seus vendedores na arte de vender e o principal foco do treinamento
está na abordagem aos consumidores para realização de um produto ou
serviço.
Palavra Chave: Marketing de Relacionamento; empresa; treinamento.
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METODOLOGIA
Levantamento bibliográfico em autores nacionais e internacionais,
artigos sobre Marketing de Relacionamento, os registros de documentos
escritos como revistas e um estudo de caso, também fizeram parte deste
trabalho e que auxiliaram no desenvolvimento da fundamentação teórica,
assim como web sites onde foi possível pesquisar diversas empresas ligadas
ao assunto de Marketing de Relacionamento.
A metodologia da pesquisa tem caráter formal e o estudo é descritivo,
como estabelecem Cooper e Schindler (2003, p. 221) “são tipicamente
estruturados com claras e definidas hipóteses ou questões investigativas”.
Trata-se de uma pesquisa descritiva por utilizar ações de observar,
descrever e classificar fenômenos que ocorrem ou ocorreram.
O referencial teórico dessa pesquisa se concentra em abordar temas
como: conceitos e características de Marketing e Marketing de
Relacionamento; Ferramentas de Marketing de Relacionamento; Tendências
atuais no Marketing de Relacionamento; Modelos Teóricos que avaliam o
relacionamento.
Conforme Cooper e Schindler (2003, p. 136):
“O trabalho desenvolvido apresenta variáveis já
definidas, pois estas já ocorreram, sendo então definidas como ex post facto; ou seja, o pesquisador não tem controle das varáveis no sentido de capaz de manipulá-las.”
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - DEFINIÇÕES DE MARKETING 10
CAPÍTULO II - FERRAMENTAS DE MARKETING DE 16
RELACIONAMENTO
CAPÍTULO III - MODELOS TEÓRICOS QUE AVALIAM O 21
RELACIONAMENTO
CAPÍTULO IV - ESTUDO DE CASO: DROGARIA PAGUE MENOS 32
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 43
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
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INTRODUÇÃO
Com os consumidores cada vez mais exigentes, as empresas para
garantirem o seu crescimento e solidez no mercado estão aderindo a uma
postura de transparência diante de seus clientes, mostrando seus valores,
objetivos e projetos sociais. Através da Comunicação Empresarial as empresas
podem apresentar sua filosofia, missão e visão, tornando-se cada vez mais
próximo e confiável ao seu público.
Este processo da Comunicação empresarial dentro das empresas é um
conjunto de ações, estratégias e processos com o objetivo de construir e
reforçar a identidade da companhia junto ao seu público-alvo ou junto à opinião
pública. Entretanto, a Comunicação Empresarial não pode ser considerada
pelas empresas apenas como uma atividade estratégica que trabalha para a
construção da imagem da empresa e sim cabe aos gestores entenderem a
importância desde setor e como ela pode agregar valor à empresa.
Comunicação Empresarial é uma atividade sistêmica, de caráter
estratégico ligada ao mais alto escalões da empresa e que tem nos objetivos
criar – onde já existir – ou ainda, mudar para favorável – onde for negativa a
imagem da empresa junto a seus públicos prioritários. (CAHEN, 1990, p.32)
As empresas precisam se comunicar corretamente com seu público-
alvo, visto a importância deles para a vida da organização e para o seu
sucesso também. A Comunicação Empresarial se ramifica em duas distintas
direções, duas vertentes que apóiam a empresa em grupos diferentes: A
Comunicação Interna e a Comunicação Externa.
Hoje as empresas que estão investindo no Marketing de
Relacionamento sabem que cada contato com o Cliente é uma oportunidade
de conhecê-lo melhor, a fim de desenvolver ações que façam com que esse se
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sinta especial, transformando desconhecidos em consumidores, consumidores
em Clientes, e Clientes em amigos que recomendam para outros amigos,
essas informações facilitam no desenvolvimento e fortalecimento das suas
marcas no mercado. Na atualidade conquistar posições singulares
diferenciadas dentro do mercado, é fundamental e esta capacidade é uma
força poderosa no setor de Marketing, e em toda boa estratégia empresarial se
destaca a de Marketing de Relacionamento, portanto o Marketing Moderno
podemos dizer que é como uma batalha pela fidelidade do cliente, onde este
posicionamento é vital para o sucesso, sem ele a empresa não consegue
acompanhar as tendências do mercado e de seus concorrentes.
Dessa forma as empresas precisam estabelecer suas estratégias e
conhecer melhor a estrutura do mercado, observando que seus clientes e
fornecedores influenciam nas mudanças dos produtos e serviços.
Esta pesquisa se fundamentará em autores de nome dentro do tema
escolhido de Marketing como: Regis McKenna, Philip Kotler, Marcos Cobra,
David Aaker, Saul Faingaus, Eduardo Vieira Cortez e entre outros.
O objetivo Geral deste trabalho é mostrar a importância da utilização do
Marketing de Relacionamento para conquistar e reter clientes.
Os objetivos específicos são: levantar os pontos positivos e negativos do
atendimento ao cliente, mostrar as possíveis correções nos processos de
atendimento ao cliente e destacar a importância do Marketing de
Relacionamento dentro de uma organização.
Justifica-se pesquisa pelo interesse atual das empresas na melhoria do
relacionamento com seus clientes e fornecedores. Dessa forma o presente
estudo contribuirá para a identificação do conjunto de elementos que servirá
como norteador na aplicação do conceito básico de Marketing de
Relacionamento.
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CAPÍTULO I
DEFINIÇÕES DE MARKETING
Segundo Richers (2000, p.5) define Marketing como “simplesmente
como a intenção de entender e atender o mercado”.
No entender desse autor, essa é uma definição operacional, e não
filosófica, como muitas outras encontradas na bibliografia existente. É inegável
que o Marketing é essencial para a sobrevivência da maioria das empresas,
como também para a das instituições que têm responsabilidade pela
educação.
Para Cortez (1996) o Marketing é o conjunto de atividades que
permitem o melhor atendimento das necessidades do consumidor, garantindo
maior solidez e competitividade para a empresa.
Começa com a pesquisa que o cliente quer o que pode comprar como
quer e vai até as atividades pós-venda, atendimento ao consumidor, passando
por propaganda, distribuição etc.
Para Brum (2005) o Marketing está mais voltado para um processo de
comunicação interna. Sua função é integrar a noção de cliente nos processos
internos da cultura organizacional propiciando melhoria de qualidade de
produtos e serviços com produtividade pessoal e de processos.
Os principais objetivos desse tipo de comunicação interna nas
empresas, segundo Brum, são:
• Prática dos valores estabelecidos como base da nova cultura:
• A manutenção de um clima ideal de valorização e reconhecimento das
empresas;
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• Obtenção de índices maiores de produtividade e qualidade com a
conseqüência redução de custos;
• Estabelecimentos de canais adequados de comunicação interpessoal
que permitirão a eliminação de conflitos e insatisfações que possam
afetar o sistema organizacional;
• Melhoria do relacionamento interpessoal;
• Estabelecimento da administração participativa;
• Implantação de ações gerenciais preventivas.
Para Bekin (2004) o Marketing vem a ser bem sucedida de contratar,
treinar e motivar funcionários capazes de servir bem aos clientes.
Precedendo assim o Marketing externo, significando que a empresa de
serviços deve efetivamente treinar e motivar os funcionários que contatam
os clientes, treinando também o pessoal de apoio, para que todos ajam
como um grupo, proporcionando satisfação ao cliente.
A diferença entre Marketing e venda está no foco, a venda visa
agressividade para alcançar resultados, e o Marketing ao contrário, seu
foco está nas necessidades do consumidor, para que assim as empresas
atinjam seus objetivos e metas estabelecidos pelo planejamento estratégico
e como consequência, as vendas e os lucros.
1.1 Marketing de Relacionamento
Para Gordon (1998) para se estender o relacionamento deve-se fazer
comentários sobre o produto ou serviço, tentar contato informal ou fora das
horas de trabalho, certificar-se que o prometido foi prometido; a cada visita
pergunte sobre sua satisfação com o serviço prestado; se o serviço de
negocio ocorreu de acordo com a sua expectativa, não deixando que
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pequenos problemas não resolvidos possam manchar a imagem do
vendedor, da empresa ou do produto. Sabe-se que a venda não acaba
quando se pega o pedido. É necessário que o cliente seja visitado
sistematicamente para que seja criado um relacionamento duradouro entre
ambos. Criar uma sequência e frequência na visitação do cliente, também é
uma maneira de estreitar vínculos e gerar credibilidade.
Para Miguel (2001) o Marketing de Relacionamento seria o processo
pelo qual uma empresa constrói alianças no longo prazo com seus clientes
em potencial e compradores existentes, em que ambos o vendedor e
comprador, trabalham direcionados a um conjunto comum de objetivos
específicos.
Esses objetivos compreendem: entender as necessidades do
comprador; tratá-lo como parceiro; assegurar que os funcionários
satisfaçam as necessidades do comprador, permitindo-lhes o exercício de
iniciativas além das normas; e fornecer aos compradores a melhor
qualidade possível, tanto no atendimento, quanto nas negociações,
gerando mais satisfação, para ambas as partes.
De acordo com Stone e Woodcock (1998) destacam a necessidade de
encarar o Marketing de Relacionamento como um investimento. Segundo
os mesmos autores, os benefícios do Marketing de Relacionamento
geralmente se apresentam das seguintes formas: aumento da retenção e
lealdade do cliente, eles ficam com o vendedor por mais tempo, compram
mais e também o fazem com maior frequência.
Maior rentabilidade por cliente, não apenas porque cada cliente compra
mais, mas em função também dos custos menores para seduzir os clientes,
não há necessidades de conquistar tantos clientes caso objetiva-se um
volume de negócios mais ou menos estável e a redução do custo da venda,
geralmente os clientes já existentes reagem mais e melhor ao Marketing.
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Assim, Marketing de Relacionamento é um processo contínuo e em
longo prazo, que exige do vendedor uma dedicação e comunicação
freqüente com os clientes para assegurar a realização dos objetivos
comuns.
De acordo com Kotler (2000) o melhor Marketing de Relacionamento
atualmente em prática é impulsionado pela tecnologia. As empresas não
poderiam direcionar boletins informativos tão bem, por exemplo, não
fossem os avanços em softwares de banco de dados. As companhias estão
utilizando e-mails, sítios na internet, centrais de atendimento telefônico,
banco de dados e software de banco de dados para nutrir o contato
contínuo entre empresas e clientes. O sitio de uma empresa tornou-se uma
mina de ouro para o Marketing de Relacionamento.
A central de atendimento telefônico automaticamente é uma poderosa
ferramenta tecnológica para extrair o máximo de cada interação com o
cliente. A central de atendimento é uma operação de tele marketing de
tecnologia de ponta que permite que as empresas se direcionem para os
clientes mais lucrativos, aumenta as compras por clientes regulares,
impedem o abandono de clientes, atraiam clientes dos concorrentes, traz
novidades e ofertas diferenciadas e muito mais se consegue através desta
eficiente ferramenta.
Um dos maiores valores que os clientes esperam de fornecedores é alta
qualidade de produtos e serviços. Os executivos de hoje vêem a tarefa de
melhorar a qualidade de produto e serviços como prioridade. A maioria dos
clientes não mais aceitará nem tolerará qualidade mediana. Isso tudo em
função da quantidade de opções que hoje o cliente tem no mercado, e que
é divulgado pelo Marketing.
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Portanto, o Marketing de Relacionamento viabiliza a obtenção de uma
posição de liderança no mercado, boa aceitação de um novo produto ou
serviço e a fidelização do consumidor. Manter relações estreitas com seus
clientes é uma arma fundamental para a empresa, principalmente com seus
melhores clientes em termos de custo e benefício.
1.2 Vendas x Marketing de Relacionamento
De acordo com Cortez (1996) para alguns, vendas e Marketing são
sinônimos. Para outros, Marketing constitui-se num estágio sofisticado de
vendas. Para muitos, vendas e Marketing são sistemas isolados com
tênues interligações.
Para Las Casas (1999) essas interpretações, muito comuns na prática,
distorcem o pensamento, visto que o objetivo deste trabalho é o de fixar o
papel das vendas no contexto de Marketing. Entretanto, a venda se
preocupa com a necessidade do vendedor em converter seu produto em
dinheiro, o Marketing se concentra com a idéia de satisfazer as
necessidades do comprador, por meio do produto e de todo o conjunto de
coisas ligadas a sua fabricação, a sua entrega, e finalmente, ao seu
consumo. Essa integração deve existir desde que haja uma perfeita
dosagem entre os fatores: produto, preço, promoção e pontos de
distribuição, e uma adequação necessária do composto mercadológico
para cada situação do mercado, se os vendedores da empresa não
estiverem convenientemente preparados, treinados, estimulados e
satisfeitos com a empresa que trabalham de nada valerão os esforços
planejados pela empresa, o funcionário também cliente.
Os líderes de mercado, para sobreviver e obterem crescimento nas suas
vendas deve fundamentalmente capitalizar o potencial da Tecnologia de
Informação e antecipar rapidamente as mudanças no comportamento de
compra e criar novos modelos de venda.
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Toda via esses rápidos avanços tecnológicos produzem riscos e
oportunidades que abrangem questões estratégicas de planejamento,
fundamentais para o resultado positivo de suas metas e objetivos, tais
como: Planejamento e alocação de recursos; Administração de vendas e
canais de distribuição; Expansão e desenvolvimento de produtos x
mercados; Compreensão do comportamento do consumidor; Administração
dos parceiros de negócio; Consolidação das vendas e o Marketing;
Ampliação dos incentivos e controles de performances e Marketing de
Relacionamento.
Para Miguel (2001) o Marketing de Relacionamento seria o processo
pelo qual uma empresa constrói uma aliança no longo prazo com seus
clientes em potencial e compradores existentes, em que ambos – vendedor
e comprador trabalham direcionados a um conjunto de objetivos
específicos.
Esses objetivos compreendem: entender as necessidades do
comprador; tratá-lo como parceiro; assegurar que os funcionários
satisfaçam as necessidades do comprador, permitindo-lhes o exercício de
iniciativas além das normas; e fornecerem aos compradores a melhor
qualidade possível.
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CAPÍTULO II
FERRAMENTAS DE MARKETING DE
RELACIONAMENTO
Segundo Aaker (2001) o CRM – Customer Relationship Manegement,
conhecido também como: Marketing Um a Um; Marketing individualizado;
Marketing One to One e ainda o Marketing de Relacionamento é uma infra-
estrutura para implementar-se a filosofia one to one que se define em ter visão
única do cliente e agir de acordo com as necessidades manifestadas por ele.
O fator chave de sucesso, conforme o autor é um ativo competitivo ou
uma competência que é necessária para vencer em um mercado, ou seja, é o
conjunto de fatores cuja existência depende do sucesso de um
empreendimento, estratégia ou ação gerencial e a ausência compromete o
sucesso de todo o planejamento.
Para Gorgon (1998) CRM é uma estratégia de negócio voltada ao
entendimento e a antecipação das necessidades dos clientes atuais e
potenciais de uma empresa. Do ponto de vista tecnológico, o CRM envolve
capturar os dados do cliente ao longo de toda empresa, consolidar todos os
dados capturados interna e externamente em um banco de dados centrais,
analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos
vários pontos de contato com o cliente através de qualquer ponto de contato
com a empresa.
O CRM representa o e reconhece o valor que tem um cliente para as
organizações da atualidade, sejam eles quais forem os negócios a que se
dedicam. O mercado com êxito tem por finalidade conhecer e compreender o
consumidor tão bem, que o produto ou serviço satisfaça suas necessidades
precisas e se venda sem promoção alguma.
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O Marketing com banco de dados usa tecnologia específica e técnicas
analíticas sofisticadas combinadas com métodos de Marketing Direto. Muitas
empresas ainda confundem uma lista de clientes com um banco de dados de
Marketing. A lista de clientes é apenas um conjunto de nomes, endereços e
números de telefone, já banco de dados, contêm além dessas informações,
dados demográficos, psicográficos e registro sobre compras anteriores com
informações sobre rentabilidade, freqüência, valor monetário e outros dados
relevantes.
Para consistir a ideia de trabalhar com o cliente individualmente, é
primordial aplicar o modelo dos quatro pilares do CRM: identificar, diferenciar,
interagir e personalizar.
Na fase de identificação passa-se a conhecê-lo e a partir disso
desenvolve-se um sistema que identifique cada cliente em todos os seus
contatos; na diferenciação classificam-se os clientes conforme seu valor para a
empresa, em seguida ocorre à diferenciação conforme a necessidade de cada
um; logo após há a interação, que é a forma de aprender cada vez mais sobre
suas necessidades e por fim entra a personalização que se resume em usar o
conhecimento adquirido sobre cada cliente para personalizar os produtos e a
forma de como tratá-lo (GORDON, 1998).
Segundo Mckenna (1997) o Marketing de Relacionamento é essencial
ao desenvolvimento da liderança no mercado, à rápida aceitação de novos
bens e serviços e à consecução da fidelidade do consumidor. A criação sólida
e duradoura é tarefa árdua, de difícil manutenção. Para a autora a base
essencial e mais importante para o desenvolvimento do Marketing de
Relacionamento é o posicionamento.
Isso se deve em função de que o processo de relacionamento tem seu
início justamente na figura do consumidor e o esforço do posicionamento tem
inicio á partir desse ponto. São eles que irão analisar e comparar produtos e
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empresas, que definiram suas cadeias de hierarquia de valores, desejos e
necessidades baseadas em suas experiências e em seus conhecimentos
empíricos e nas informações que recebem do meio onde está inserida, por isso
a importância do posicionamento da empresa, é através dele que a empresa
expõe ao mercado e aos seus clientes seus valores, seus conceitos, suas
políticas e será por meio dele que o cliente definirá e tomará suas decisões.
Os consumidores passam a analisar e comparar produtos e empresas
com relação aos concorrentes. Os consumidores definem uma hierarquia de
valores, desejos e necessidade com base em dados empíricos, opiniões,
referências obtidas através de propaganda de boca e experiência anteriores
com produtos e serviços. Além disso, os clientes usam essas informações na
tomada de decisões.
Muitas empresas já perceberam isso e adotam como estratégia à de
Marketing a conquista de posições singulares no mercado, bem como para
seus produtos e serviços. No centro de toda boa estratégia de Marketing está
inserida uma boa estratégia de posicionamento visto que a diferenciação não
está mais relacionada ao serviço ou setor, mas sim na percepção e desejo dos
consumidores.
Isso significa que o Marketing Moderno é uma batalha pela fidelidade do
cliente e que “o que realmente importa é como os possíveis clientes e os já
existentes vêem uma empresa e as concorrentes,” (McKENNA, 1997, p.45) e
deve compreender mais do que a simples consciência de uma hierarquia de
marcas e nomes de empresas.
Demanda uma relação especial com o cliente e a infra-estrutura do
mercado. As estratégias de Marketing tradicionais tornaram-se inadequadas
devido às mudanças constantes dos hábitos dos consumidores e por não
considerar a tecnologia como fator crítico de sucesso.
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Atualmente, o mais importante é o desenvolvimento e a manutenção de
boas relações com os clientes, pois as compras se repetem e as necessidades
não se extinguem, impelindo o consumidor a repetir suas compras, levando-o a
refletir suas experiências anteriores no seu processo de decisão da compra.
O posicionamento dinâmico, ao contrário do tradicional, é um processo
multidimensional que compreende três etapas sobrepostas posicionamento do
produto, posicionamento no mercado e posicionamento da empresa, sempre
havendo uma interação entre elas, influenciando-as. Na primeira etapa, a
empresa tem que determinar como deseja colocar seu produto no mercado,
como ele deverá ser percebido dentro do ambiente competitivo (MCKENNA,
1997).
Na segunda o produto tem que ganhar o reconhecimento do mercado e
credibilidade junto ao consumidor. No posicionamento da empresa o estágio
final do processo as empresas têm que posicionar não os produtos, mas a elas
mesmas, e isso é feito principalmente através do sucesso financeiro
(MCKENNA, 1997).
O ideal, portanto é que as empresas achem um equilíbrio e ofereçam
um mix balanceado de produtos, a fim de construir uma imagem sólida e de
liderança tecnológica, mas nunca se esqueçam de ampliarem sua linha de
produtos, pois a estagnação pode levar a empresa a perder suas vantagens
competitivas uma vez que as vantagens vindas do produto podem ser
facilmente superadas pela concorrência, e assim facilmente levaram a
vantagem.
2.1 Tendências do Marketing de Relacionamento
Para Cobra (1998) o Marketing de Relacionamento é um conjunto de
estratégias que visam o entendimento e a gestão do relacionamento em todos
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os pontos de contato entre uma empresa e seus públicos, atuais e potenciais,
com o objetivo de aumentar a percepção do valor da marca e a rentabilidade
da empresa ao longo do tempo. Em resumo, é fazer o consumidor valorizar a
marca para que o empresário tenha um cliente cada vez mais rentável e
satisfeito com o produto ou serviço.
Ele pressupõe capacidade de entender o consumidor e de gerir o
relacionamento entre ele e a empresa. E isso utilizando três disciplinas: o
Marketing Direto, o Marketing Digital (hoje presente na Internet, nos celulares e
daqui a muito pouco tempo na TV interativa) e a chamada Database Marketing,
o banco de dados dos clientes (COBRA, 1998).
É uma administração empresarial baseada na aceitação da orientação
para o cliente e para o lucro por parte de toda a empresa, e no reconhecimento
de que se devem buscar novas formas de comunicação para estabelecer um
relacionamento profundo e duradouro, com os clientes, prospectos,
fornecedores e todos os intermediários, como forma de obter uma vantagem
competitiva sustentável.
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CAPÍTULO III
MODELOS TEÓRICOS QUE AVALIAM O
RELACIONAMENTO
Para Kotler (2000) o ambiente de Marketing está mudando num ritmo
acelerado. Sendo assim, a necessidade de informações de mercado em tempo
real é maior do em outra época. O Contexto sócio-econômico em que vivemos
torna importante ter novas respostas e ajuste das empresas aos novos tema
de Marketing provocado pelas tendências, modificações e problemas do
mercado, além de mudanças no comportamento do consumidor.
O Marketing nasceu para entender as necessidades do mercado e
atender de forma satisfatória o cliente. Porém nem todas as empresas que
aplicam esse conceito parecem atingir seus objetivos de rentabilidade.
Este processo é de relacionamento entre o cliente e a empresa deve ser
frequente e de interdependência e que deve sempre estar presente no
Marketing de Serviços, distinção entre produção, entrega e consumo, a
interação vendedor-comprador, tudo isso deve ser considerada como parte da
tarefa de Marketing, que será cumprida somente com um bom relacionamento
com o cliente.
Custumer Relationship Managemente ou Gerenciamento do
Relacionamento, é a interação entre o Marketing e a tecnologia da informação
para prover a empresa de meios mais eficazes e integrados para atender,
reconhecer e cuidar do cliente, em tempo real e transformar estes dados em
informações que disseminadas pela organização permite que o cliente seja
“conhecido”.
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O CRM é a combinação da filosofia do Marketing de Relacionamento,
que ensina a importância de cultivar os clientes e estabelecer com os mesmos
um relacionamento estável e duradouro através do uso intensivo da
informação, aliado a tecnologia da informação.
Essa integração singular pressupõe que a empresa esteja disposta a
manter um relacionamento suportado por processos operacionais mais ágeis e
selecione a tecnologia adequada, e isso requer metodologia, expertise e
experiência comprovada neste tipo de solução, hoje podemos contar com um
bom número de soluções a disposição.
Portanto, hoje é fundamental adotar rápido um método de CRM
(Custumer Relatioship Management) isso por questão de competitividade, pois
os clientes aumentam as suas expectativas e não se contentam apenas com
um acesso rápido e fácil nas centrais de atendimento.
Um bom modelo de relacionamento começa definindo como o cliente
será tratado, quais serão os eventos de relacionamento que irão responder
melhor e como o plano de comunicação deverá ser desenvolvido para construir
o relacionamento e fazer a entrega de valor proposta pela empresa.
Esta é uma etapa fundamental, pois a especificação e customização dos
softwares de CRM e o processo dependem dessas definições. Neste processo
o envolvimento da alta direção é indispensável, pois implica numa série de
decisões que determinarão uma mudança de postura em relação ao cliente,
atendimento e diversas outras atividades realizadas que precisam ser
repensadas para adaptar a empresa na nova realidade em tempo real.
Com esta interação do Marketing e a tecnologia da informação dentro
das empresas, para se manterem em uma posição competitiva, elas acabam
agregando ainda mais serviços aos seus clientes, pois entendem de que a
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lealdade dos clientes diminui a sua a sua dependência da inovação de
produtos e serviços, e as torna menos suscetível a guerra de preços.
Para Correa e Freitas (1999) o Marketing de Relacionamento usa as
ferramentas de Database Marketing, Telemarketing e Comunicação. Dirigida,
assentando-se sobre informações, conhecimento (Knowledge-based) e
experiência (experience-based) e visando o desenvolvimento de estratégia que
objetivem, entre outros, o aumento da lealdade e o incremento das vendas.
As principais características do Marketing de Relacionamento
relacionadas com o paradigma de knowledge-based são: A integração do
cliente no processo de planejamento dos produtos ou serviços, para garantir
que estes sejam desenvolvidos, não somente em função das necessidades e
desejos do cliente, mas também de acordo com a estratégia do cliente. Isso é
válido, principalmente, no mercado bussiness-to-bussiness.
O desenvolvimento de nichos de mercado, onde o conhecimento da
empresa sobre canais de distribuição e a identificação de segmentos levam a
um ganho de mercado. (CORREA E FREITAS, 1999).
Segundo Porter (1999) sobre a vantagem competitiva, esta pode ser
vista como objetivo das ações da empresa pode ser usado para explicar a
diversidade entre as empresas, pode ser vista como o objetivo final da função
corporativa e, ainda, pode explicar o sucesso ou fracasso na competição
internacional.
Os custos de mudança são custos fixos enfrentados pelo comprador ao
trocar de fornecedor. Suas causas são, entre outras, as especificações dos
produtos pelo comprador, que criam certa acomodação em relação a
determinados a determinados fornecedores.
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O autor referindo-se à estratégia da empresa em caso de
posicionamento baseados nas necessidades de um público-alvo considera que
a grande questão é identificar que dentro de um segmento de clientes existem
aqueles mais importantes. A diferença está em alinhar as atividades da
empresa para esses clientes.
A revolução da informação está afetando a competição de três maneiras
vitais: Muda a estrutura setorial e, assim, altera as regras da competição; Gera
vantagem competitiva ao proporcionar às empresas novos modelos de superar
o desempenho dos rivais; Dissemina negócios inteiramente novos, em geral a
partir das atuais operações da empresa. (PORTER, 1999).
Segundo Chiavenato (2004) o desenvolvimento da infra-estrutura de
fornecedores, vendas, parceiros, governo e clientes, em que o relacionamento
irá ajudar a criar e sustentar a imagem da empresa e o seu desenvolvimento
tecnológico.
Quanto aos aspectos de “experience-based”, o Marketing de
Relacionamento enfatiza a interatividade, conectividade e criatividade,
significando que a empresa irá despender mais esforços mercadológicos e
tempo com os seus clientes, observando constantemente as mudanças que
ocorrem no ambiente competitivo, através de um Sistema de Suporte a
Decisões Mercadológicas, possuindo um afinado sistema de Market
Inteligence” integrado a toda empresa.
Observar constantemente a Concorrência, onde uma análise da
concorrência é usada como um importante ponto de partida para prever as
condições futuras da indústria. Em que os prováveis movimentos de cada
concorrente e da sua capacidade de responder a mudanças pode determinar a
perda ou ganho de vantagem competitiva dentro da empresa.
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Desenvolvimento de um Sistema de Análise Mercadológica, que pelo
“feedback” (principalmente pela mensurabilidade) retorna a informação sobre
mercado, concorrência, lançamentos e comportamento dos clientes,
fornecedores e outros intermediários, para o Sistema de Suporte à Decisão,
aperfeiçoando o próprio sistema e permitindo uma tomada de decisão rápida e
consistente, num processo contínuo de adaptação às condições mutantes do
ambiente competitivo.
O Marketing de Relacionamento é aplicado com sucesso nas seguintes
linhas estratégicas: Suporte à Força de Vendas, Geração de Leads, Cross
Selling, Vendas Diretas, Promoção de Vendas e Programas de Fidelização.
(CHIAVENATO, 2004).
Muitas dessas atividades e não apenas a produção física ou o serviço
contribuem para a diferenciação nas empresas. As necessidades dos
compradores, por sua vez, dependem não apenas do impacto do produto da
empresa, mas apenas das outras atividades, por exemplo, a logística e os
serviços de pós-venda, todos esses fatores integrados que geram o sucesso.
O segundo componente é tudo que o comprador precisa saber para
obter e consumir melhor o produto, a fim de conquistar os resultados por ele
desejados. (PORTER, 1999).
A abordagem até hoje utilizada pela maioria das empresas do mercado
não considera a individualidade das estratégias de Marketing, a rentabilidade
das mesmas e nem o ambiente competitivo que as empresas estão inseridas.
Na verdade, existe uma realidade heterogênea de mercados que não podem
ser entendidos de maneira simplificada.
De acordo com Kotler, as estratégias de Marketing considerando as
condições de demanda da empresa são definidas às tarefas de Marketing, os
profissionais desta área são responsáveis pela gestão da demanda. Os
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profissionais de Marketing, então, têm a tarefa de influenciar o nível, a
velocidade, e a composição da demanda em benefícios da organização. As
decisões do profissional de Marketing, na visão do autor se resumem na
administração de demandas. Uma das situações possíveis é o caso da
demanda plena. Ela existe quando há satisfação com o volume de negócios.
A tarefa de Marketing se restringe a monitorar a satisfação dos clientes
através de ferramentas de aferição de satisfação e monitorar a concorrência
para que não ocorram vácuos de diferenciação.
É possível, partindo dessa visão, tratar a função do Marketing, no caso
onde a demanda é total, e também desenvolver mais o relacionamento entre
empresa e clientes, já que a cada passo dos concorrentes novas ações
deverão ser implementadas para manter a vantagem competitiva sobre os
demais participantes de um determinado mercado.
Existem cinco orientações de Marketing que, como demonstrado acima,
evoluíram no tempo, mas existem indícios que nem todas as empresas e
mercados acompanharam essa evolução.
Por essa razão, as estratégias das empresas são diferentes e ainda
necessariamente as empresas não têm que operacionalizar suas ações da
mesma maneira. Então, as orientações são: orientações para a produção,
orientação para o produto, orientação para as vendas, orientação para o
marketing, orientação para o Marketing societal, “a orientação para produção
sustenta que os consumidores dão preferência a produtos fáceis de encontrar
e de baixo custo” (KOTLER, 2000, p.39).
Essa orientação faz sentido em mercados que as pessoas estão mais
interessadas em obter produtos, mercados virgens, de concorrência baixa,
onde as características embutidas no conceito dos produtos não fazem quase
nenhuma diferença. Esta orientação diz que os consumidores dão maior
27
preferência para produtos que tem maior qualidade e desempenho e que
sejam produtos inovadores
Essa orientação traz junto consigo preconceitos de visão de quantidade.
A empresa corre o risco de perceber quantidade no seu conhecimento e
eficácia no desenvolvimento de um determinado produto, se esquecendo de
entender as necessidades do mercado e fomentar a qualidade percebida pelo
cliente, aquele conjunto de características intrínsecas nos bens ou no serviço
que forma a sua parte intangível percebido pelos clientes como valor.
(KOTLER, 2000).
Já esta orientação para o marketing afirma que a chave para alcançar
as metas organizacionais está no fato de que a empresa deve ser mais efetiva
que a concorrência na criação, entrega e comunicação de valor para que o
cliente de seus mercados-alvo selecionados. Visando o mercado-alvo,
necessidades dos clientes, marketing integrado, e lucratividade. Fazendo com
que o papel do Marketing integrado seja este, a integração de todos os
departamentos e que todos da empresa trabalhe em conjunto para atender os
anseios dos clientes.
Uma cadeia de valor entende que tanto as informações pertencentes a
cada empresa participante, quanto o poder de cada uma nas relações internas
a cadeia é menos importante quando se trata de criar velocidade de resposta
aos anseios do consumidor final. A idéia é de uma evolução para a quebra dos
muros entre os participantes da cadeia e uma integração para melhor fluxo de
informações.
Os novos temas de Marketing são:
• Marketing de Relacionamento
• Valor do cliente ao longo do tempo
• Participação nos clientes
• Marketing para Mercado-alvo
• Individualização
28
• Banco de dados de clientes
• Comunicação integrada de Marketing
• Canais de distribuição como parceiros
Sobre a importância dos dados para o Marketing de Relacionamento,
segundo os autores Stanton, Alker, Etzel, reunir um grande número de dados,
sobre os consumidores individuais, juntar todos estes dados e a partir daí,
chegarem a conclusões sobre suas necessidades e preferências dos
consumidores.
É isso, portanto, o que significa Marketing de Relacionamento, um
processo contínuo de criação e compartilhamento de valores com os clientes
que a empresa escolhe para atender. Reconhecer a importância de aprender
com clientes a criar o valor que cada um deseja embora isso não signifique
necessariamente que valor criado para os clientes individuais seja único.
Em resumo o Marketing de Relacionamento deve criar um novo valor
para os clientes e compartilhar esse valor entre seus produtos e o consumidor
final. Reconhecer o papel fundamental de cada cliente individualmente como
comprador e na definição do valor que deseja e necessita. Alinhar os
processos de negócios, comunicações, tecnologia e pessoal para manter o
valor de cada cliente. Isso Exige uma quebra de barreiras entre empresas que
participam da mesma rede – cadeia produtiva que produz o pacote de
benefícios para o cliente – fazendo com que as comunicações de dados e
experiências sejam compartilhadas. Reconhece o valor do cliente no tempo,
não avalia a lucratividade dos mesmos pela ocasião de compra. O Marketing
de Relacionamento procura unir progressivamente a empresa aos clientes.
Trabalhar maior relacionamento com clientes exige mais atenção,
facilidades, benefícios, que muitas vezes acabam sendo financeiros. Esses
esforços demandam investimentos, esses investimentos precisam ser
29
recuperados. Por isso essas questões são primordiais para as empresas, elas
devem escolher quem são seus clientes preferenciais, especiais.
Os critérios para essa decisão devem ser bem pensados, não deveriam ser
somente financeiros, devem levar em consideração os objetivos da relação das
empresas com o cliente e com o ambiente de Marketing que está inserida. É
importante entender que a filosofia de Marketing de Relacionamento utiliza
várias ferramentas que já existem a mais tempo no Marketing tradicional
embora de forma diferente.
Diferente porque parte de um princípio de Marketing Integrado e de uma
filosofia de gestão focada nos clientes, mas aqueles escolhidos como clientes
mais rentabilidade e especiais.
A empresa que pensa em trabalhar na de acordo com filosofia de
Marketing de Relacionamento, deve ter foco sobre as capacidades
estratégicas. Ela deve combinar vantagens competitivas de forma a criar um
emaranhado, uma rede de vantagens que se combinam, pois assim a
concorrência consegue até juntar o mesmo conjunto de vantagens, mais
dificilmente conseguirá organizá-los da mesma maneira.
A filosofia de Marketing de Relacionamento é totalmente adaptável e
combina com a estratégia genérica de proximidade com o cliente e vantagens
competitivas que virá do conhecimento e da relação frequente com eles.
Quando a empresa segmenta seus mercados para se concentrar no
relacionamento individual e então desenvolve capacidade para atender cada
cliente diferenciadamente, a suposição é de que o relacionamento oferece a
empresa vantagens mais competitivas e duradouras. Os concorrentes podem
até dispor de recursos comparáveis, porém podem estar atrasados para
concentrá-los no relacionamento com o cliente que já esta consolidada.
30
A estrutura de uma empresa de Marketing de Relacionamento deve facilitar
e dar suporte para criação de valor com um dos seus pares. Ela deve ser
organizada conforme o Marketing de Relacionamento terá gerentes que
possuam categorias próprias de relacionamento, com clientes atuais, novos
clientes, funcionários, fornecedores, investidores.
Então, em vez de ter um departamento de vendas e marketing, por exemplo,
uma empresa poderá ter um departamento para criar novos valores com os
clientes atuais mais importantes, enquanto que outro poderá ter um
departamento para criar novos valores com os clientes atuais mais
importantes, enquanto que outro poderá ficar encarregado de conquistar novos
clientes cujos perfis combinem com os dos melhores clientes da empresa.
(GORDON, 1998, p.77).
As pessoas no Marketing de Relacionamento devem ser capacitadas para
construir relacionamento e devem ser conscientizadas da importância dessa
habilidade; sendo assim, os vendedores, os atendentes, as secretárias, o
pessoal da área de produção, todos, sem exceção, deve estar preparado para
criar valor para o cliente.
A tecnologia torna-se uma grande aliada da empresa de Marketing de
Relacionamento, principalmente porque torna mais fácil guardar dados do
cliente, acessar e se comunicar com eles de forma interativa, através de mails,
o que facilita ainda mais a construção de relacionamento. A tecnologia também
permite um contato mais inteiramente através de intranets, que são usadas
para treinamentos e comunicação interna.
Dentre outras funções a tecnologia é muito útil para comunicações externas,
comunicações internas, informática e conteúdo. Com a satisfação dos clientes
geralmente leva à retenção dos clientes e, por meio da propaganda boca a
boca, à conquista de novos clientes. Ao reter clientes, a empresa pode
aumentar sua fatia dos negócios à participação nas compras dos clientes fiéis.
31
E por fim, a retenção dos clientes existentes aumenta a rentabilidade dos
negócios, pois o custo de mantê-los é em geral menor que o custo de
conquista ou da reposição de novos clientes.
Essa mudança provocada pela tecnologia da informação, promove na
verdade um dos princípios do Marketing de Relacionamento a integração de
tecnologia e Marketing. “Uma empresa ganha dinheiro ao satisfazer as
necessidades dos clientes melhor do que a concorrência o faz” (KOTLER,
2000, p.45).
A decisão de se utilizar o Marketing de Relacionamento deve afetar todas
as pessoas, a tecnologia e os processos dentro da organização.
Não se trata de somente utilizar conceitos isolados, como Marketing com
banco de dados, ou database marketing ou modelagem de comportamento de
clientes por prognósticos, marketing pessoal, venda de relacionamento,
customização de massa, intimidade ou união com o cliente, muito embora cada
um desses aspectos e outros mais desempenha um importante fator como
componentes do conceito geral de Marketing de Relacionamento.
O Marketing de Relacionamento visa alinhar a empresa às expectativas de
certos clientes e conquistar continuamente o valor que esses clientes esperam.
32
CAPÍTULO IV
ESTUDO DE CASO: DROGARIA PAGUE MENOS
O estudo de caso escolhido foi sobre a Rede de Drogarias Pague
Menos, que nos exemplifica de forma prática que a utilização do Marketing
de Relacionamento bem explorado gera crescimento, rentabilidade e
maiores oportunidades, com seus funcionários, fornecedores, e
principalmente com seus clientes. E agindo de forma diferenciada dos
concorrentes, sempre inovando em seus conceitos e com o foco no seu
público-alvo, a rede de Drogarias Pague menos hoje é a maior Rede de
Drogarias do varejo farmacêutico. De acordo com o Presidente da Rede de
Drogaria Pague Menos, Deusmar Queiroz, saber aonde se quer chegar é
sempre o começo da caminhada. Essa história começa no ano de 1981 no
bairro Éllery em Fortaleza, CE. Quatro anos depois em 1985 a
consolidação da empresa no mercado levou à construção da atual sede de
operações da Drogaria Pague Menos, em 1989 inova em ser a primeira
rede de varejo do país a comercializar vales-transporte e também se torna
a pioneira a receber contas de água, luz e telefone descentralizando a
operação dos bancos e trazendo o público para dentro de sua loja.
Em 1990 ocorre a total informatização da administração geral e da
gestão de estoque. Em 1993 a expansão da rede pelo nordeste, chegando
até ao Rio Grande do Norte. Com um ritmo de crescimento acelerado,
novas filiais foram estabelecidas, consecutivamente em 1995 no Piauí, em
1996 no Pará, em Pernambuco, Paraná e Paraíba em 1997. Neste mesmo
ano a Pague Menos, para estreitar o seu relacionamento com o público
feminino cria o “Encontro de Mulheres pague menos”, o maior evento
feminino do Brasil, reunindo mais de seis mil mulheres em três dias, com
palestras, apresentações artísticas com temas do interesse do universo
33
feminino. Com o foco de entender os anseios e necessidades de seus
clientes, um dois maiores fatores para o sucesso da empresa.
Em 1998 foi lançado o Cartão de Crédito Pague menos. Em 1999 foram
inauguradas as primeiras lojas na Bahia, Sergipe e Alagoas. Em 2000, é
criado o SAC FARMA, um serviço farmacêutico de atendimento ao público
gratuito com serviço 24h. Mais um trabalho de desenvolvimento de
relacionamento do cliente junto à equipe de farmacêuticos especializados
para prestar esclarecimentos aos clientes sobre medicamentos, princípios
ativos, genérico, indicações e contra-indicações, interação
medicamentosas além de procedimentos básicos de emergência. Em 2002
inaugura sua primeira loja em São Paulo, em 2003 sua primeira loja no
Paraná. E em 2004 o início de suas atividades no Rio de Janeiro.
Tanta eficiência que possibilitou o lançamento do Cartão Fidelidade
Sempre Pague Menos, com o intuito de cada vez mais reter o seu cliente.
E em 2005 a abertura das lojas em Santa Catarina, Amazonas e Rio
Grande do Sul, além de uma nova farmácia no Espírito Santo, em 2006. E
neste mesmo ano em parceria com o Governo do Federal, implanta a
“Farmácia Popular” em todas as suas lojas. Este programa tem o objetivo
de levar o medicamento com até 90% de desconto para todo cidadão
brasileiro, mais um ponto de parceria com o consumidor.
Em 2007 mais pontos de vendas surgem ao longo do Brasil, agora em
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Além disso,
neste mesmo ano nasce o Pague Menos On-line, um canal de vendas via
internet. Em 2008 chega aos Estados de Tocantins, Acre, Rondônia e
Distrito Federal.
Visando abrangência em cadeia nacional, estreou o Sempre Bem, um
programa de TV semanal das farmácias Pague menos, que leva saúde e
beleza para todo o Brasil. É com este ritmo acelerado que a Rede de
34
Drogaria Pague Menos é considerada a maior Rede de Farmácias de todo
o Brasil.
POR QUE A DROGARIAS PAGUE MENOS É A REDE DO VAREJO
FARMACÊUTICO QUE MAIS CRESCE NO BRASIL?
- No mercado há três décadas, tem um histórico de muita transparência
empresarial. Desde o primeiro contato com seu cliente até o ato da compra.
- A Rede de Drogaria Pague menos tem um criterioso Planejamento
Estratégico, que definem suas políticas, ações e estratégias voltadas para o
alcance de cada objetivo estabelecido. Com a base de seu tripé construída
na Inovação, Conveniência e Cidadania.
- Respeitando sempre à prescrição médica, com medicamentos dentro da
data de validade com procedência comprovada de seus fornecedores e
com o registro da vigilância sanitária sempre em dia.
- Sua política comercial sempre tem o foco no principal beneficiário, o
cliente, contando com uma equipe bem preparada e motivada e com um
atendimento farmacêutico 24 horas através de um SAC (Serviço de
Atendimento ao Consumidor).
- É uma empresa cidadã, ética e pró-ativa nas relações com o governo.
- Lucratividade com base para o desenvolvimento sustentável.
- Agilidade e criatividade para melhores resultados.
- Destacando-se também pela excelência na atração e retenção de
profissionais qualificados e no seu relacionamento com os Stakeholders.
- Sendo referência na indicação médica e percebida pelos seus clientes
como uma empresa que alia preço justo e qualidade no atendimento, com
eficiência, também, na venda “off- store”.
- Segundo um levantamento realizado pela Nielsen, a rede de farmácias
Pague Menos alcançou, em março deste ano, 4,8% das vendas de não-
medicamentos de todo o País.
35
- Neste segmento onde há 55 mil estabelecimentos, a maior rede brasileira
de farmácias, segundo dados fornecidos pela IMS, detinham uma
participação de 3,1% em dezembro de 2007.
- Nesta mesma pesquisa foi constatado que as mais de 300 lojas da Pague
Menos distribuídas em 24 Estados são responsáveis por 8,3% de todos os
antissépticos bucais vendidos no Brasil, 8,1% das fraldas descartáveis,
6,5% dos bronzeadores e 6,2% dos cremes para assadura.
- Está sempre entre as empresas mais admiradas.
- Ao longo destas três décadas foram inúmeros premiações e registros que
a sociedade promoveu em reconhecimento à atuação da Pague Menos.
- Destaques em rankings de desempenho também são fatos comuns de
seu cotidiano.
- O “recall” de 73,4 da marca, no segmento farmacêutico em Fortaleza,
impulsionou a Rede a ganhar muitos prêmios.
- 2010: Top of Mind - João Pessoa – PB.
- 2009: Top Of Mind - João Pessoa –PB, Mérito Logista - Brasília – DF,
Prêmio SINE - Palmas – TO, 10 Cearenses da década - Fortaleza – CE,
Prêmio Recall de Marcas - Jornal do Comércio – PE, Profissionais de
Marketing 2009 - Revista Marketing, Prêmio Contribuintes do Ano – CE.
- 2008: Marcas que Marcam - Natal – RN, Top Of Mind - Natal – RN,
Prêmio Contribuintes - Teresina – PI, Prêmio Contribuintes - Maceió – AL,
Top Of Mind - Recife – PE, Marcas que Marcam - João Pessoa – PB.
- 2007: Top Of Mind - João Pessoa – PB, Sereia de Ouro - Fortaleza – CE,
Top Of Mind - Natal – RN, Destaque Empresarial - Fortaleza – CE, Orgulho
de Pernambuco - Marcas que Marcam - Recife – PE.
- 2006: Top Of Mind - João Pessoa – PB.
- 2005: Prêmio Delmiro Gouveia - Bolsa de Valores Regional - Maiores e
Melhores, Prêmio Programa Alfabetização Solidária, Destaque Empresarial
– Ceará, 1º lugar entre as marcas mais lembradas pelos potiguares no
segmento farmácia - Diário de Natal - Marcas que Marcam.
- 2004: Líder Empresarial - Gazeta Mercantil, Prêmio Delmiro Gouveia -
Bolsa de Valores Regional - Maiores e Melhores, Prêmio Programa
36
Alfabetização Solidária, Destaque Empresarial no Ceará, 1º lugar entre as
marcas mais lembradas pelos potiguares no segmento farmácia - Diário de
Natal - Marcas que Marcam, 1º lugar como a marca mais lembrada em
João Pessoa. Prêmio Top of Mind - Sistema Correio de Comunicação e
CDL.
- 2003: Líder Empresarial - Gazeta Mercantil, Prêmio Delmiro Gouveia -
Bolsa de Valores Regional - Maiores e Melhores, Prêmio Responsabilidade
Social FIEC, Prêmio Programa Alfabetização Solidária, Destaque
Empresarial no Ceará, 1º lugar entre as marcas mais lembradas pelos
potiguares no segmento farmácia - Diário de Natal - Marcas que Marcam,
1º lugar como a marca mais lembrada em João Pessoa. Prêmio Top of
Mind - Sistema Correio de Comunicação e CDL.
- 2002: Líder Empresarial - Gazeta Mercantil, Prêmio Delmiro Gouveia -
Bolsa de Valores Regional - Maiores e Melhores, Prêmio Programa
Alfabetização Solidária, Destaque Empresarial no Ceará, 1º lugar em
"recall" como empresa do segmento farmácia mais lembrada pelo
consumidor piauiense - Instituto de Opinião Pública (IPOP), 1º lugar entre
as marcas mais lembradas pelos potiguares no segmento farmácia - Diário
de Natal - Marcas que Marcam, 1º lugar como a marca mais lembrada em
João Pessoa - PB. Prêmio Top of Mind - Sistema Correio de Comunicação
e CDL.
- 2001: Líder Empresarial - Gazeta Mercantil, 1º lugar em vendas de
medicamentos em Salvador. Instituto O Globo de Pesquisa, 1º lugar na
preferência dos recifenses. Instituto Hoop de Pesquisa de Mercado, Prêmio
Delmiro Gouveia - Bolsa de Valores Regional - Maiores e Melhores, Prêmio
Programa Alfabetização Solidária, Destaque Empresarial no Ceará.
- 2000: Prêmio Internacional Quality Service, Líder Empresarial - Gazeta
Mercantil, Solução Criativa em Software de Varejo – DN, Prêmio Programa
Alfabetização Solidária, Destaque Empresarial no Ceará.
- 1999: Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil,
Imagem Empresarial - Gazeta Mercantil, Líder Empresarial - Gazeta
37
Mercantil, Prêmio Programa Alfabetização Solidária, Destaque Empresarial
no Ceará.
- 1998: Top de Marketing – Brasmarketing, Líder Empresarial - Gazeta
Mercantil, Prêmio Programa Alfabetização Solidária, Destaque Empresarial
no Ceará.
- 1997: Top de Marketing – Brasmarketing, Líder Empresarial - Gazeta
Mercantil, Prêmio Internacional Quality Service.
- 1996: Top de Marketing – Brasmarketing, Líder Empresarial - Gazeta
Mercantil.
ESTRATÉGIAS DO MARKETING DE RELACIONAMENTO DA PAGUE
MENOS
Com planejamentos estratégicos de relacionamento direcionados para
seus clientes, a Pague Menos promove uma série de eventos voltados para
cada um seus públicos em específicos, com muito trabalho árduo ao longo
de todos os meses do ano. Os resultados obtidos são mensuráveis em
termos quantitativos, no entanto seu maior ganho é o fortalecimento e
reconhecimento de sua marca neste período.
O presidente da empresa, Deusmar Queiroz, ao falar sobre o mercado,
pontua que a adoção da substituição tributária e da nota fiscal eletrônica,
tem permitido as grandes cadeias ganhar ainda mais participação em
detrimento da queda de sonegadores de impostos. Fidelização com
investimento aproximadamente de um milhão de reais, a Pague Menos
promoveu seu principal evento de relacionamento com o público, “O
Encontro de Mulheres”, realizado no centro de convenções Edson Queiroz
em Fortaleza (CE). Reunindo inúmeras clientes, que formavam filas perante
a dezenas de estandes de empresas como a gigantes Sanofi- Aventis,
Procter & Gamble, EMS, entre outras. Um dos pontos alto do evento foi o
sorteio de um carro zero quilômetro. O evento é realizado de dois em dois
anos e este ano completa sua nona edição, com um público
38
aproximadamente de seis mil pessoas. Neste encontro além de estandes
dos laboratórios parceiros e de shows, também são realizadas várias
palestras, onde a inscrição é feita nas lojas Pague Menos, instigando cada
vez mais a ida de seu consumidor às lojas.
Outro evento de sucesso foi o “Primeiro Circuito de Corridas Pague
Menos”, responsabilidade social ABRAME (Associação Brasileira de
Amiotrofia Espinhal), o evento que reúne toda a família e dezenas de
atletas entre corredores e torcedores. Para a empresa é este diferencial
que dá maior eficiência aos serviços, fideliza consumidores e sempre ajuda
a superar a concorrência, esta foi a motivação para a criação do AME
(Atendimento de Medicamentos Especiais), que independente das lojas,
localizadas em Fortaleza, oferece atendimento voltados exclusivos para a
venda de medicamentos especiais. São produtos de valor agregado alto,
que necessitam de cuidados extras e temperaturas controladas para
estocagem e comercialização, raros em boa parte das farmácias.
Este evento, ao longo de 2010, reunirá milhares de pessoas nas
principais capitais brasileiras, Fortaleza, Salvador, Recife, São Paulo e Rio
de Janeiro. Em todas as etapas haverá o espaço Sempre Bem, com
orientação de saúde e beleza e atividades como massagens e aplicações
de cosméticos.
A primeira etapa acontece em Fortaleza, à expectativa é de reunir dois
mil participantes nos percursos de 1,5 e 10 quilômetros. No dia anterior da
corrida o evento ainda patrocina uma palestra com o maratonista Vanderlei
Cardoso de Lima, medalha de bronze nas Olimpíadas de Atenas em 2004,
no anfiteatro do parque. Nas etapas de São Paulo e Rio de Janeiro, devem
reunir três mil e quatro mil atletas, respectivamente.
39
"Esta é mais uma iniciativa para estimular cuidados com a saúde, o bem-estar e até a auto-estima dos participantes," conta Patriciana Rodrigues, diretora de marketing e compras da Pague Menos. "A consciência ecológica também será destacada. Todo material utilizado é ecologicamente correto e lixeiras seletivas serão espalhadas," complementa. Em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também será feito recolhimento de medicamentos vencidos para incineração.
Outros pequenos eventos também são feitos nas farmácias, como o
“Concurso de beleza do bebê Pague Menos”, que dão prêmios em dinheiro e
fraldas para as melhores fotografias do mês. E entre outros pequenos eventos
pontuais ao longo dos meses nas farmácias.
Outra maneira que a Pague menos encontro para a fidelização e
retenção de seus clientes, é o investimento de produtos de marca própria.
Investir em produtos de qualidade, inovadores e com embalagens
diferenciadas, vendidos apenas nas lojas Pague Menos. Neste segmento há
um ano e meio, hoje a empresa conta com 122 marcas próprias, todas elas
produtos da categoria de higiene pessoal e beleza, com a expectativa de
chegar aos 200 itens até ao final de 2010. Realizando também, ações de
marketing e mídia, para divulgar seus produtos de marca própria. Hoje o
segmento de não-medicamentos cresce em torno de 5% e o objetivo da Pague
menos é crescer 10% nesta categoria com seus produtos de marca própria. A
tendência é a busca pela fidelização e retenção do cliente, aliando produtos de
qualidade, com bons preços e exclusivos da Rede de Drogarias Pague Menos.
Com este pensamento é que a Rede de Drogaria de Pague Menos
atingiu o primeiro lugar no ranking das principais drogarias do varejo
farmacêutico. Sem esquecer-se de sua missão, que é “Encantar pessoas,
promovendo saudabilidade, através de atitudes inovadoras e cidadãs”.
40
CONCLUSÃO
A evolução do ambiente de negócios trouxe novas exigências e desafios
inéditos. Estar atento às mudanças passou a ser condição de sobrevivência
para a empresa. O ambiente de negócios tem sua própria ordem, que pode ser
interpretada através de observações de seus sinais e da utilização dos
diversos recursos existentes que auxiliam no entendimento de suas possíveis
configurações.
Acompanhando as mudanças, profissionais de diversas áreas ajustaram
suas bases e se encontram fortemente preparados para lidar com os percalços
ambientais. Dentre eles, os profissionais de Marketing merecem especial
destaque, por terem incrementado suas técnicas, passando a usar também as
estratégias de relações públicas, num esforço para alcançar o tão sonhado
relacionamento.
Ou seja, o Marketing de Relacionamento aliou estratégias
mercadológicas a ações que não se destinam diretamente a vendas, mas
podem ser traduzidas como esforços no sentido de fortalecer o conceito da
organização. Tudo isso em um esforço de se aproximar cada vez mais dos
clientes a ponto de antecipar-se às suas necessidades.
Além disso, a venda a todo custo passou a ser vista como um equívoco
por área, que não vê na comercialização dos produtos a importância de todo o
negócio. Pelo contrário, admite que as vendas não constituam o objetivo
principal. É resultado de todo um esforço que envolve não apenas o cliente,
mas todos aqueles que estão relacionados com alguma das etapas pelas qual
o produto passa até ser exposto nas prateleiras.
A manutenção de um bom relacionamento com clientes de uma
empresa, nunca esteve tão em alta. Mercados cada vez mais exigentes levam
as empresas a se dedicarem melhor e mais eficientemente nas técnicas de
41
vendas. Diante deste cenário, as empresas deixam de concentrar em
transações para se preocupar com a construção de relacionamentos lucrativos
de longo prazo com os clientes. E o desafio, não é só atrair os clientes, mas
mantê-lo fiel ao negócio. Para isso as empresas têm investido em ações de
fidelização, assim como faz a Rede de Drogarias do varejo farmacêutico,
Pague Menos.
O interessante a ser observado é a qualificação do profissional que tem
realizado a tarefa de desenvolver essa aproximação com os públicos,
considerada demasiadamente importante para o bom desempenho da
empresa. Profissionais da área de vendas têm inovado muito em suas ações,
promovendo significativas mudanças no próprio conceito que reagem à
profissão.
Os esforços de aproximação com os clientes, principalmente, do
Marketing de Relacionamento, aliam estratégias mercadológicas a ações de
relações públicas com o intuito de alcançar a fidelização.
Muitas ações podem ser conduzidas, com resultados positivos,
utilizando estratégias criativas e com custos menores do que se costumava
operar. Isso porque, o foco das iniciativas passou a ser o aumento da
participação em cada cliente, e não apenas o ganho de participação de
mercado.
Comunicação é a palavra-chave em empresas modernas. Mas não a
velha comunicação, composta por um determinado veículo. Esta foi substituída
pela comunicação integrada, que revela uma importante mudança na filosofia
empresarial.
Acompanhando as tendências, a relação com os intermediários dentre
outros aspectos, também sofreu alterações. Atendendo às mudanças, o
conceito do Marketing que vigora atualmente é amplo e envolve um processo
42
complexo de relacionamento entre uma organização e o mercado. Enfatiza a
satisfação do cliente e sua fidelização, e não se preocupa apenas com a venda
do produto, entendendo que relacionamento não é apenas o que se faz para
atingir diretamente o consumidor.
Por fim, nada se compara ao hábito de ouvir os clientes. Por isso,
grandes empresas investem na avaliação da satisfação de seus clientes
regularmente e tentam exceder as expectativas, não apenas atendê-las.
Algumas companhias pensam estar obtendo uma indicação da satisfação de
clientes por meio do registro de reclamações.
A empresa deve estar preparada para tratar o cliente individualmente,
ou seja, conhecer seu histórico, suas preferências e expectativas. Deve
conhecer toda experiência de cliente com os seus produtos e serviços.
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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44
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Estudo de Casos Disponível em: WWW.paguemenos.com.br/paguemenos
Estudo de casos Disponível: http://blogclaudemir.blogspot.com/2009/07pague-
menos
Estudo de casos Disponível em: WWW.guiadafarmacia.com.br
Estudo de casos Disponível em: WWW.cidademarketing.com.br
Estudo de casos Disponível: http://promoview.com.br
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMENTOS 02
DEDICATÓRIA 03
RESUMO 04
METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
DEFINIÇÕES DE MARKETING 09
1.1 – Marketing de Relacionamento 10
1.2 – Vendas X Marketing de Relacionamento 13
CAPÍTULO II
FERRAMENTAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO 16
2.1 Tendências do Marketing de Relacionamento 18
46
CAPÍTULO III
MODELOS TEÓRICOS QUE AVALIAM O RELACIONAMENTO 21
CAPÍTULO IV
ESTUDO DE CASO: DROGARIA PAGUE MENOS 32
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ÍNDICE 45