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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O PESO DO LIXO NO MEIO AMBIENTE. Por: Rafael Motta Teixeira Orientador Profª. Mary Sue Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O PESO DO LIXO NO MEIO AMBIENTE.

Por: Rafael Motta Teixeira

Orientador

Profª. Mary Sue

Rio de Janeiro

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O PESO DO LIXO NO MEIO AMBIENTE

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Docente do

Ensino Superior.

Por: Rafael Motta Teixeira

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, irmãos, tios, tias,

primos, primas, aos colegas do curso

Docência do Ensino Superior, aos

professores, aos colegas de profissão,

amigos, clientes.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho ao meu pai, a minha

mãe, aos meus irmãos, e a minha

orientadora.

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RESUMO

Certamente nos dias de hoje a produção acentuada de lixo e o seu

desordenado armazenamento são uns dos principais fatores geradores da

destruição do nosso meio ambiente; sendo a emissão de gases poluentes

gerados pela grande quantidade do lixo armazenado nos aterros sanitários de

todo os mundos o principal “vilão” neste caso, colaborando dessa forma para o

aumento do aquecimento global.

Esse trabalho tem como objetivo principal, auxiliar através de um

inovador sistema de recolhimento do lixo gerado nas residências e pequenos

comércios; a diminuição do lixo produzido destinado aos aterros sanitários de

todo mundo, haja vista que, essas residências e pequenos comércios são os

maiores geradores de lixo não reciclados em primeira instância que acabam

sendo recolhidos e encaminhados de forma errada ao seu destino final.

Alguns materiais como o alumínio, do lixo reciclável tem um alto valor de

mercado nos dias atuais, esse valor é pago pelas grandes indústrias brasileiras

de reciclagem a quem os retira do meio ambiente através da coleta seletiva;

outros materiais ainda não têm o seu “valor de mercado” interessante, por esse

motivo ainda são destinados aos aterros sanitários, colaborando para o

aumento de lixo poluente ao meio ambiente, que por suas características

demoram muito a se decompor no meio ambiente.

A proposta é que haja uma coleta seletiva primária dentro de casa ou do

pequeno comércio, e que através do peso do lixo produzido, seja cobrada a

taxa de recolhimento, na medida em que quem produzir menos lixo, ou seja,

quem fizer uma coleta seletiva primária de uma forma bem apurada com os

materiais separados de forma organizada pelas suas características, produzirá

menos lixo, e consequentemente pagará uma taxa menor pelo pouco peso do

lixo produzido, e que ainda receba descontos proporcionais na sua “conta” do

lixo quando produzir muito peso de “lixo limpo”, tecnicamente chamado de lixo

reciclável, podendo até não ter despesas com recolhimento de lixo.

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METODOLOGIA

Para realização desse trabalho, o método adotado foi tanto o de

pesquisa em campo, com visitação nas empresas de recolhimento de lixo e z

limpeza urbana em alguns municípios do estado do Rio de Janeiro e também

nas prefeituras que as contratam; quanto o de pesquisa em livros, cartilhas,

sites e outras fontes que citam e descrevem as características do lixo e da

forma de recolhimento do mesmo praticadas atualmente nesses municípios.

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SUMÁRIO

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8 A11

CAPÍTULO I

COMO É O NOSSO LIXO?

12 A14

CAPÍTULO II

ONDE ESTÁ O ERRO NO RECOLHIMENTO DO LIXO?

15 A16

CAPÍTULO III PARA QUE E COMO RECOLHER E MENSURAR

CORRETAMENTE A PRODUÇÃO O LIXO GERADO?

17 A 34

CAPÍTULO IV EMFIM RECOLHEMOS CORRETAMENTE O LIXO E

PRESERVAMOS O MEIO AMBIENTE.

35 A38

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40 A 43

ATIVIDADES CULTURAIS 44

ÍNDICE 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

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INTRODUÇÃO

HISTÓRICO

Historicamente, desde que os seres humanos começaram a se agrupar

e viver em cidades, sempre existiu a produção de resíduos os quais eram

essencialmente compostos por matéria orgânica. Sua disposição desordenada

e sem controle contribuiu de forma marcante para o desenvolvimento das

grandes Epidemias Européias da Idade Média. Para debelá-las

desenvolveram-se nesta época os primeiros projetos de saneamento básico

nas grandes cidades do mundo como Paris, Bruxelas, etc., bem como o hábito

de dispor os resíduos sólidos fora das chamadas áreas urbanas.

Vale observar que ainda hoje, Século XXI, existem cidades onde os

habitantes dispõem seu lixo de forma desordenada, em frente as suas casas,

no meio da rua e catadores públicos, com carroças de burro, fazem a coleta

precária destes resíduos.

Com o avanço do processo de industrialização e extensão da vida

média dos seres humanos, houve um crescimento demográfico considerável,

um aumento significativo da produção de resíduos, além da modificação das

características dos mesmos, surgindo na década de 60, os plásticos,

diminuindo gradativamente nas sociedades mais desenvolvidas a participação

da matéria orgânica.

Um bom exemplo é a média de resíduos produzida por uma cidade

onde o poder aquisitivo é elevado, que chega a 1,7 Kg/dia/habitante, enquanto

em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro a média de lixo diário por

habitante é próxima de 1,0 Kg. Nas grandes cidades brasileiras o percentual de

matéria orgânica é próximo aos 60%, e em certas cidades do interior ele pode

chegar a 80%, sendo que a produção de resíduos média por habitante nestas

cidades do interior não chega a 0,5 Kg/dia/habitante. Ainda dependendo do

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bairro, nas grandes cidades como Rio e São Paulo o percentual de matéria

orgânica pode cair para 40%, sendo que em regiões de população com menor

poder aquisitivo, em especial favelas, pode ser de 60 ou mais por cento.

Assim, à medida que a população brasileira cresce, se reorganiza,

aumentam consideravelmente os problemas ocasionados pela produção e

disposição final do lixo.

Na atualidade, inúmeros fatores contribuem para a formação da massa

de resíduos sólidos urbanos. Acompanhando as modificações tecnológicas

que acontecem em ritmo cada vez mais acelerado, a produção de resíduos

também se altera. São novas matérias-primas que passam a integrar o

processo produtivo, novos produtos e subprodutos. Das mais variadas formas,

através dos processos industriais, são gerados resíduos com alto grau de

complexidade em sua composição.

Essas novas substâncias, muitas das quais permanecem por tempo

indefinido nos locais de destinação, não sofrendo processo de desintegração,

como é o caso de materiais plásticos, pilhas, materiais eletrônicos etc.,

constituem sérios desafios para os sistemas de tratamento e destinação final.

De outro lado, também o lixo doméstico, historicamente composto de

alto percentual de matéria orgânica, vem-se modificando significativamente,

com o aumento de embalagens, vasilhames descartáveis de plástico e outros

materiais não degradáveis.

A periculosidade de substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis ou com

alto potencial de contaminação, como é o caso de substâncias contendo

elementos biológicos ou químicos, representa um outro fator fundamental em

qualquer sistema de coleta, tratamento e destinação. Novas matérias-primas,

novos hábitos de consumo, novos processos de transformação industrial

fazem da gestão de resíduos uma tarefa cada vez mais difícil.

As administrações Municipais, Estaduais, e Federais, têm, de forma

geral, se mostrado incompetentes para resolver esse problema cujos danos à

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sociedade são quase incalculáveis e certamente atingirão diversas gerações

após a atual. O trato com o meio ambiente é um indicativo de evolução

cultural, econômica e política de uma sociedade. Mesmo as soluções triviais

atualmente recomendadas, como disposições em aterros sanitários, deixarão

marcas indeléveis na natureza, as quais serão sentidas e obrigatoriamente

tratadas pelas sociedades futuras, devendo ser consideradas como soluções

temporárias. A educação do cidadão comum no trato com o lixo por ele

produzido é um dos aspectos que precisa ser considerado.

DOS LOCAIS DE DISPERSÃO

Trata-se de lixões a céu aberto situado em áreas perimétricas nos

municípios e por falta de um controle adequado dos locais; desenvolve-se a

atividade dos chamados catadores, reunindo cerca de 30 (trinta) famílias, ou

seja, em média 120 pessoas que vivem diretamente da atividade de catação

de materiais recicláveis dispostos no lixão, brigando contra os urubus, e todo o

tipo de vetores existentes no local. Expostos também a diversos tipos de

doenças causadas pela disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos

originários de diversas atividades como: Construção Civil, Hospitalar,

Indústrias, Domésticas, Podas de Arvores, Etc., ali existentes.

A história dos CATADORES dos lixões não é diferente da história de

todos os outros que vivem na miséria durante muitos anos recolhendo lixo nos

Lixões existentes. Retrata com cores fortes as conseqüências da falta do

tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos, (LIXO), da cidade.

Recebendo toda a sorte de resíduos, das construções, dos hospitais, das

indústrias, lixo doméstico etc., fica todo o material recebido, a céu aberto, sem

cobertura.

Sem a devida proteção da área com um policiamento adequado, foi-se

instalando a atividade de catação de materiais e produtos, de início realizado

por pessoas que, por falta absoluta de recursos e condições de obter outro

trabalho, passam a sobreviver da renda obtida com a venda desses materiais

recicláveis. Com passar do tempo, gradativamente, desenvolveu-se um

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assentamento de famílias no entorno e no interior da própria área do Lixão.

Hoje sabemos que existe uma exploração mais acentuada por parte de

pessoas que quase não aparecem, que ficam por trás usando esses pobres

catadores, explorando a sua mão-de-obra barata na atividade de separação do

lixo, submetendo-os a uma verdadeira Degradação Humana, e Exclusão

Social.

Sabemos de casos em outros Municípios que funcionários da própria

Prefeitura que trabalhavam na coleta recebiam permissão para “explorar” o

“lixão”. Na memória das pessoas que conseguiram de alguma forma, deixar

de viver desse tipo de atividade mistura-se lembranças de um tempo de muita

luta e, principalmente muito sofrimento com o abandono e o descaso da

sociedade vivida por eles.

Além dos resíduos coletados pela Prefeitura, há a disposição de

caminhão limpa fossa, e resíduos de processo encaminhados pelos geradores

industriais. Os resíduos hospitalares sem uma diretriz para a destinação

adequada desse tipo lixo, também está sendo encaminhado para os lixões.

Esse sistema de disposição inadequada e sem nenhum critério técnico

durante todo esse tempo de utilização das áreas dos lixões, com a disposição

desordenada de resíduos de todos os tipos, resultou na poluição do solo, das

águas superficiais e subterrâneas de toda a área ocupada pelo lixão. Algumas

providências deverão ser tomadas para minimizar esses impactos ambientais,

decorrentes da exposição de resíduos a céu aberto.

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CAPÍTULO I

COMO É O NOSSO LIXO?

Estatísticas e características do Mercado de recolhimento e

reciclagem do lixo atualmente produzido

Já foi dito anteriormente que um dos grandes problemas da atualidade é

o lixo. O homem colocando o lixo para o lixeiro, ou jogando-o em terrenos

baldios, resolve o seu problema individual, não se dando conta que as áreas

de lixo nas cidades estão cada vez mais escassas e que o lixo jogado nos

terrenos baldios favorece o desenvolvimento de animais transmissores de

doenças.

Para a prevenção do meio ambiente, o lixo deve ser considerado como

uma questão de toda a sociedade e não um problema individual.

Cada um de nós, brasileiros, produz mais ou menos 500 gramas de lixo

todos os dias. Parece pouco, mas é só fazer as contas. Todos os dias, esse

lixo vira um bolão de milhões de toneladas! Só na cidade de São Paulo, umas

das maiores do mundo, são produzidas 12 mil toneladas por dia.

Um dos maiores “vilões” da poluição através do lixo é o plástico. Entre

os plásticos, destacam-se as embalagens PET que são 100% recicláveis, essa

embalagem é considerada um dos melhores materiais para a fabricação de

garrafas e embalagens para refrigerantes, cervejas, águas, sucos, óleos

comestíveis, medicamentos e cosméticos, entre outros produtos. O PET

também pode ser utilizado na fabricação de roupas, móveis, bolsas, etc, mas

infelizmente ainda se encontra em grande número presente nos rios e aterros

sanitários de todo o país.

O papel e o papelão são os materiais mais coletados e reciclados,

graças aos catadores. No Brasil, 71% do papelão é reciclado, índice superior

ao dos Estados Unidos.

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O vidro é 100% reciclável, mas infelizmente ainda é muito desperdiçado

e muito presente em grandes quantidades nos aterros sanitários.

As Latas de alumínio e alumino em geral também são 100% recicláveis

e segundo o compromisso Empresarial para reciclagem - CEMPRE, em 2002 o

Brasil recuperou mais de 9 bilhões de latas de alumínio, equivalente a 87% da

produção nacional. O país ocupa o primeiro lugar nesse tipo de reciclagem,

superando a Europa (41%), os Estados Unidos (55%) e até o Japão, que

recupera 83% de suas latinhas de acordo com dados das coletas seletivas .

Todos esses tipos de lixo citados acima, quando dispostos na natureza

seja nos aterros sanitários ou nos rios e lagos em todo o país são muito

nocivos devido ao tempo que levam para se decompor. Abaixo segue um

quadro apropriando o tempo aproximado em que cada material leva para ser

extinto no meio ambiente.

Tempo de decomposição do lixo:

Material Tempo de Degradação Aço Mais de 100 anos Alumínio 200 a 500 anos Cerâmica Indeterminado Chicletes 5 anos Cordas de nylon 30 anos Embalagens Longa Vida Até 100 anos (alumínio) Embalagens PET Mais de 100 anos Esponjas Indeterminado Filtros de cigarros 5 anos Isopor Indeterminado Louças Indeterminado Luvas de borracha Indeterminado Metais (componentes de equipamentos) Cerca de 450 anos

Papel e papelão Cerca de 6 meses Plásticos (embalagens, equipamentos) Até 450 anos Pneus Indeterminado Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos Vidros Indeterminado

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Vemos de acordo com o quadro acima que uma simples sacola plástica

quando depositada na natureza leva longos 100 anos para se extinguir, ou um

simples pneu de borracha nem sabemos em quanto tempo desaparecerá, ou

até mesmo uma aparentemente inocente garrafa plástica de refrigerante são

eternos 450 anos para se decompor. Podemos imaginar com o conteúdo

relatado acima o quanto a natureza necessita da nossa ajuda.

Trataremos a seguir, no próximo capítulo, onde nós e nossos

governantes com a sua forma corrupta de elaborar contratos com as empresas

que coletam o nosso lixo, estamos errando quando não temos consciência do

simples fato de não separar o nosso lixo dentro de casa.

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CAPÍTULO II

ONDE ESTÁ O ERRO NO RECOLHIMENTO DO LIXO?

Deficiência no sistema atual de recolhimento e reciclagem do lixo

produzido nas residências e no comércio

No Brasil, são produzidas diariamente mais de 100 ton. de lixo, destas

somente 17% são destinadas a aterros, o restante é jogado em lixões a céu

aberto sem qualquer controle ambiental e de proteção à saúde humana. O lixo

disposto sem qualquer tratamento polui o solo alterando suas características

físicas, químicas e biológicas tornando-o inóspito à vida. O lixo queimado libera

substâncias tóxicas e perigosas poluindo o ar.

O lixo sem tratamento contamina as águas da superfície e do subsolo,

pondo em risco a saúde humana. Oitenta por cento das doenças dos países

em desenvolvimento estão diretamente relacionadas à falta de saneamento. O

lixo sem tratamento permite a proliferação de vetores prejudiciais à saúde

pública.

Ante o exposto, e alicerçado nos elementos técnicos coligidos,

devidamente interpretados e fundamentados, conclui-se que devemos tomar

medidas corretivas urgentes quanto aos lixões, e mais quanto a forma correta

de recolhimento e dispersão do lixo atualmente produzido, pois a disposição do

lixo a céu aberto da forma que está ocorrendo, deixará marcas indeléveis na

natureza.

Uma enorme quantidade de catadores, inclusive velhos e crianças,

ainda participam das ações de coleta neste local. Evitar essa exclusão social é

ação decisiva para o resgate da cidadania.

COMO É FEITO O RECOLHIMENTO ATUAL?

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Todas as segundas e quartas, em minha rua é dia de recolhimento de

lixo; os moradores juntam o lixo dos dias anteriores, os depositam em sacolas

ou até mesmo em latões e colocam esses em suas portas para que os

caminhões com os seus garis recolham o lixo e o levem para os aterros

sanitários. Em princípio nada de errado não é mesmo? Negativo, tudo errado,

o que há nesses sacos ou latões? Existem todos os materiais imagináveis

compondo esse lixo, desde embalagens plásticas e de papel, embalagens de

vidro, borrachas, ferro, alumínio, até e lixo orgânico, tudo misturado e

depositado de uma forma desordenada. Mas qual o preço que pagamos por

esses serviços de recolhimento? Como conseguimos mensurar isso?

Essa é a grande questão, não temos dimensão exata do preço que

pagamos pela quantidade de lixo que geramos, certamente um preço irrisório,

que os nossos governantes não sabem sequer como mensurar, não sabem ou

não querem mensurar, pois dessa forma a corrupção em suas gestões se

torna mais fácil de ser desempenhada.

É justo que a minha família gere, por exemplo, 30 kg de lixo por mês e a

família do meu vizinho gere 90 kg de lixo por mês e pague pelo recolhimento

desse lixo a mesma taxa que a minha família?Não me parece muito justo.

Aliás, a meu ver, essa forma de mensuração nivelada de pagamento de taxa

de lixo é um incentivo à geração de mais e mais quantidade de lixo pelo

principal e primário gerador.

O problema é justamente esse; por exemplo, se vou a um restaurante e

consumo dois diferentes tipos de comida, pago um preço determinado “X”, se a

família da mesa ao lado consumir quatro diferentes tipos de comida, ela vai

pagar “2X” por isso, ou seja, se consumiu o dobro, a tendência natural é que

pague o dobro também; é simples, por que não adotamos o mesmo simples e

convencional sistema de mensuração para pagamento de taxa de recolhimento

de lixo para cada gerador, diretamente proporcional a sua produção por um

período determinado.

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No capítulo a seguir, trataremos justamente dessa mensuração, de que

forma podemos implantar um sistema de recolhimento de lixo, em que se paga

pelo peso do lixo gerado.

CAPÍTULO III

PARA QUE E COMO RECOLHER E MENSURAR

CORRETAMENTE A PRODUÇÃO O LIXO GERADO?

A Proposta de Mudança e Readequação do sistema atual de recolhimento

do lixo produzido, para preservação do Meio Ambiente.

Como já citado no capítulo anterior, a forma de mensuração de

cobrança da taxa de lixo praticada atualmente pelos municípios não tem

nenhum critério, favorecendo desta forma a produção desorganizada e

desenfreada de lixo orgânico misturado com um “lixo limpo” que não deveria

estar sendo jogado na natureza conforme está acontecendo.

A proposta desse trabalho é justamente a organização da forma de

recolhimento do lixo gerado pelas residências e pequenos comércios, tornando

então a produção de lixo limitada à capacidade de endividamento individual de

cada família e cada pequeno comércio.

Levemos em consideração as nossas contas de Luz. O fornecimento de

energia é vinculado ao consumo de cada família, a cobrança é mensurada de

uma forma diretamente proporcional ao consumo de cada família e cada

pequeno comércio, desta forma também acontece em nossas contas de

telefone.

A questão é como podemos uniformizar de uma forma prática e eficiente

a mensuração e a conseqüente cobrança da taxa do lixo gerado

individualmente por unidade familiar. Primeiro temos que considerar uma

unidade de medida do produto em questão, o lixo. O consumo de energia é

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medida em KWs, o consumo do telefone medido em minutos, a geração de

lixo, pode ser convenientemente de uma forma individual medido em Kg.

Mas como poderemos medir esse lixo gerado? No caso da energia, a

concessionária investe em medidores popularmente chamados de relógio,

esse custo é repassado ao consumidor com responsabilidade de instalação e

manutenção da concessionária; no caso do consumo de minutos do telefone a

concessionária detém o seu total controle em suas centrais medindo

automaticamente quando os nossos aparelhos de telefone são utilizados por

nós, ou seja, quando originamos chamadas.

No nosso caso, para a mensuração do lixo gerado será necessário um

investimento por parte da empresas de limpeza urbana e recolhimento do lixo.

E de que forma?

Haverá necessidade de adaptação dos caminhões, com a instalação de

balanças eletrônicas em sua parte traseira ou lateral, essas balanças estarão

programadas para através de código de barras, identificar o gerador daquele

lixo e pesá-lo; o lixo deverá ser depositado e lacrado em sacos de material

biodegradável com volume a ser determinado de acordo com a demanda

devidamente estudada de cada município e que serão fornecidos em

quantidades limitadas aos geradores já com o seu código de barras o

identificando. Será emitido no momento do recolhimento um ticket que deverá

conter o nome do gerador daquele lixo (informação obtida através do código de

barras) e o peso daquele lixo (obtido através da pesagem realizada no

momento do recolhimento), e consequentemente o preço do serviço,

proporcionalmente calculado em prol do peso. O preço será determinado

através de estudos de renda da população.

Dessa forma, não haverá mais incentivo à demasiada geração de lixo,

mas um incentivo à não produção de lixo, forçando a população a aderir o

sistema de coleta seletiva primária do lixo gerado dentro de casa ou do

pequeno comércio.

Ai vem uma outra pergunta, e o que o gerador fará com o produto

gerado pela coleta seletiva primária? Essa é a melhor parte, todo o produto

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gerado pela coleta seletiva primária é considerado 100% reciclável, como

citado no primeiro capítulo os vários tipos de “lixo limpo”, tem um bom valor de

mercado e tem em sua finalidade a confecção de diversos produtos,

produzidos pelas indústrias de reciclagem no país. Citarei abaixo um resumo

de alguns programas de reciclagem para ilustrar o quão importante e saudável

para o meio ambiente é a reciclagem do “lixo limpo” gerado em todo o país.

Podemos destacar o programa da madeira de plástico, projeto

idealizado pelo UFRJ, transformando milhões de garrafas PETs e todo tipo de

plástico, retirado do lixo que sofre um processo de derretimento e choque

térmico, transformando esse material pastoso de plástico em qualquer tipo de

madeira, para confecção de telhados, esquadrias, tampas de PV e ralos de

rua.

Existe também o programa do asfalto ecológico, produzido através do

derretimento de pneus, uma parte complexa do “lixo limpo” diversas vezes

abordado nesta pesquisa, gerando um asfalto de uma qualidade muito superior

ao asfalto produzido atualmente.

A reciclagem de entulho, provindos de sobras e demolições geradas na

construção civil, um outro complexo tipo de lixo a ser gerido; pode-se produzir

com ele, a escória, uma opção bem mais acessível para a pavimentação de

ruas, execução de tijolos e materiais granulados para composição de concreto

e argamassas de revestimento.

Abaixo seguem informações mais específicas retiradas de alguns sites citados na bibliografia de alguns dos mais expressivos programas de reciclagem em nosso país, que ilustra e traz diversas benfeitorias ao meio ambiente:

MADEIRA PLÁSTICA

A pesquisa em Reciclagem de Plásticos foi iniciada no IMA em 1990, sob a orientação da Professora Eloisa B. Mano, e tem um carater pioneiro no país, uma vez que foi a primeira linha de pesquisa regular na área, em nível universitário, já tendo gerado duas teses de Mestrado no assunto, defendidas em 1993.

O grupo vem realizando pesquisa envolvendo principalmente a reciclagem de poliolefinas pós-consumidas, recuperadas dos resíduos sólidos urbanos do Rio de Janeiro, visando transformar em matéria-prima em materiais

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de engenharia alternativos, com enfoque na construção civil, embora possa interessar outras áreas, como a indústria automobilística.

O grupo conseguiu registrar 4 marcas no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), quais sejam:

1 IMAWOODÒ É uma "madeira plástica", obtida a partir de poliolefinas encontradas nos resíduos sólidos urbanos, consistindo principalmente de sacos de plásticos descartados, empregados em embalagens diversas. O material foi desenvolvido em 1990-93 pelo grupo e tem aplicações potencias na indústria de construção civil, em divisórias, pisos, treliças, etc; em área agropecuária, na construção de mourões de cerca, estábulo, estrados, etc.

2 IMARBLEÒ É um material plástico obtido a partir de embalagens descartadas de cadeias de lanchonetes. Foi desenvolvido pelo grupo em 1994-95 e pode ser utilizado em substituição ao mármore sob a forma de pisos, placas, azulejos, peitoril de janelas, revestimento de bancadas, etc.

3 IMACARÒ É um material de cor negra à base de plástico recuperado de peças descartadas de automóveis (para-choques) de marcas diversificadas. Foi desenvolvido no período de 1993-94 e suas aplicações potenciais são placas, painéis, molduras, cestas de lixo, revestimentos.

4 IMAPLACÒ É um material poroso, sob a forma de placas, à base de plástico reciclado. Foi desenvolvido entre 1992-93 e tem aplicações potenciais na área acústica, como divisórias, painéis, tetos, etc.

Amostras de produtos fabricados a partir de plástico reciclado

Estes produtos ainda não se encontram comercializados, embora tenham despertado interesse no setor de pequenas empresas e na comunidade.

O grupo tem interagido com várias universidades e instituições, dentre elas a COMLURB (Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro), o CEMPRE, a ABREMPLAST (Associação Brasileira para Reciclagem de Materiais Plásico, o Instituto Politécnico do Rio de Janeiro – Campus Nova Friburgo, e a Plastivida.

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II. Grupo de Pesquisa do Professor Marcos Lopes Dias

Coordenador:

Professor Marcos Lopes Dias

Participantes:

Elen Beatriz A. Pacheco, M.Sc. Suedina Maria L.S.Ramos, M.Sc. Maria Josumitra Abreu Fernandes, M.Sc. Alberto Carlos Leão e Silva, M.Sc. Cristine Rabello Nascimento, M.Sc. Alexandre Paladino Ferreira da Silva

Desde 1994 o IMA vem desenvolvendo também pesquisa na área de reciclagem de garrafas de poli(tereftalato de etileno) – PET e já desenvolveu uma Tese de Mestrado no assunto. O PET é um poliéster semi-cristalino obtido pelo processo de policondensação e está sujeito a degradação hidrolítica e termomecânica durante o processamento. Esses processos degradativos provocam a redução do peso molecular, resultando em um reciclado com propriedades óticas reduzidas e baixa viscosidade e resistência do fundido. Além disso, a presença de contaminantes nos flocos resultantes da moagem das garrafas é um fator que diminui a qualidade do produto reciclado.

Os estudos que estão sendo desenvolvidos no IMA têm enfocado basicamente duas rotas para a obtenção de materiais reprocessados de boa qualidade:

a. o uso de aditivos extensores de cadeia, que promovem a estabilização do reciclado durante o reprocessamento;

b. a mistura com outros polímeros na presença de agentes compatibilizandos, objetivando a obtenção de materiais com propriedades de polímeros de engenharia.

III. Grupo de Pesquisa do Professor Carlos A. Hemais

Coordenador:

Professor Carlos A. Hemais

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Participantes:

André T. Vilhena, M.Sc. Élen Beatriz A. Pacheco, M.Sc. Glaucio de Almeida Carvalho

Esse grupo desenvolve atividades na área gerencial da reciclagem de materiais e seus membros fazem parte do Grupo de Gestão Tecnológica (GET) do IMA. Os tópicos estudados são:

a. estudos mercadológicos de produtos feitos a partir de plásticos reciclados;

b. gestão integrada de resíduos sólidos urbanos;

c. gestão de resíduos químicos perigosos;

d. marketing ambiental;

e. impacto ambiental da reciclagem de plásticos.

O GET tem interagido com o Instituto Politécnico do Rio de Janeiro – Campus Nova Friburgo, com referência à implantação de programa-piloto de coleta seletiva na cidade do Rio de Janeiro, e com o Instituto Iguaçu de Pesquisa e Preservação Ambiental, visando a realização de encontros técnicos na área de reciclagem.

ASFALTO ECOLÓGICO

Um dos grandes problemas ambientais da atualidade é o descarte de pneus usados. Estima-se que no Brasil existem cerca de 300 milhões de carcaças de pneus dispostas de modo inadequado, ou seja, em aterros sanitários, cursos d’água, terrenos baldios e outros. A cada ano são descartados mais 30 milhões de pneus usados.

Nos Estados Unidos da América, os números são mais impressionantes: o passivo beira 3 bilhões de carcaças, sendo que a cada ano são geradas mais 300 milhões de carcaças inservíveis.

Preocupado com o crescimento de um passivo que leva quase 1.000 anos para degradar-se, no início dos anos 60, Charles Mc Donald (nenhum parentesco com o dono das lanchonetes!) desenvolveu um processo que incorporava borracha moída de pneus em asfalto, melhorando as características deste último e dando um destino adequado a uma grande quantidade de pneus que seria descartada sem grandes cuidados.

Após a incorporação da borracha no asfalto, verificou-se que o ligante obtido apresentava características de recuperação elástica, viscosidade e suscetibilidade térmica jamais encontradas nos asfaltos convencionais.

A massa asfáltica obtida com o emprego do ligante então batizado de asfalto-borracha (AR – asphalt rubber) apresentava maior durabilidade, menor tendência a deformações permanentes, mais elasticidade, maior resistência a

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intempéries e maior resistência à fadiga do que aquela obtida com o emprego do asfalto convencional, o que gerava pavimentos mais duráveis e de melhor qualidade.

Diversos países adotaram o asfalto borracha não apenas como uma boa solução ecológica, mas também como uma maneira de se obter pavimentos mais duráveis e seguros, a um preço razoável e com baixa necessidade de manutenção. No Brasil, as aplicações de asfalto borracha em rodovias se iniciaram em escala comercial após o ano de 2000, depois da realização do 1° congresso mundial sobre o assunto, em Portugal. Hoje, podemos afirmar que o Brasil, em particular a Petrobrás Distribuidora, dominam a tecnologia de produção, transporte e aplicação do asfalto borracha, com centenas de quilômetros já aplicados nas principais rodovias do país.

2-COMPROMISSO ECOLÓGICO - CONCER A Concer, Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio, em parceria com a Petrobrás, tem sido um vetor na área de aplicabilidade de novas tecnologias. Ela é pioneira na implantação do Asfalto Borracha no Rio de Janeiro. O primeiro recapiamento na BR-040 ocorreu no ano de 2004. Essa tecnologia já foi utilizada nos trechos do Km 45 ao 82 e no trecho da obra da duplicação do trecho de Juiz de Fora (Km 810 ao Km 799). Atualmente, cerca de 30 milhões de pneus são descartados todos os anos. A utilização da técnica do Asfalto Borracha pela Concer, contribui em parte para a redução desses pneus, ajudando a eliminar focos de doença e poluição. Um outro fato importante é a contribuição para a redução de CO2 na atmosfera. Quando um pneu inservível tem como seu ponto de disposição final um aterro sanitário, a energia incorporada é perdida e há um impacto adicional da sua contribuição para geração do metano. Da mesma maneira, quando um pneu é incinerado, a energia incorporada é perdida e há o impacto adicional da emissão de CO2. Uma tonelada de pneu picotado emite 2,7 t de CO2, quando incinerada. Entretanto quando o pneu é picotado e misturado, toda a energia incorporada é retida dentro do sistema e não há emissão de CO2. Além do seu valor ecológico, a aplicação do asfalto borracha possui grandes vantagens com relação ao asfalto convencional:

• Maior viscosidade

• Maior elasticidade

• Menos sensível a variações extremas de temperaturas

• Maior resistência à luz solar (raios UV)

• Maior resistência a intempéries

• Envelhecimento mais lento

• Retarda a reflexão de trinca

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• Permite utilizar traços abertos e descontínuos

• Maior adesividade aos agregados

• Maior poder impermeabilizante

3-Durabilidade Observações e monitoramento de pistas nos Estados Unidos nos últimos 40 anos apontam para uma durabilidade que é o dobro daquela encontrada nos pavimentos construídos com ligantes convencionais, além do retardamento da reflexão de trincas; a reflexão de trincas em pavimentos construídos com asfalto borracha chega a ser 3 vezes menor que nos pavimentos convencionais, ou seja, as trincas levam 3 vezes mais tempo para aparecer na superfície do revestimento asfáltico.

Essas observações foram constatadas em simuladores de tráfego. A Petrobrás Distribuidora possui um analisador de pavimentos asfálticos que mede a vida de fadiga e a deformação permanente (trilhas de rodas) de pavimentos, simulando sua vida útil. Corpos de provas de pavimentos executados com asfaltos modificados são analisados rotineiramente neste simulador, sendo os resultados surpreendentes quando se trata de asfalto borracha: as deformações para 10 anos de uso do pavimento chegam a ser 4 vezes menores e a vida de fadiga é mais do que o dobro, chegando em alguns casos ao triplo daquela dos pavimentos executados com asfalto convencional. 4-Tecnologia Existem 2 métodos de se obter o asfalto borracha: por via seca ou via úmida.

O processo via seca destina de maneira limpa os pneus usados, mas não melhora significativamente os pavimentos construídos usando esta técnica, pois a borracha moída de pneus entra na usinagem da massa asfáltica como “carga”, alterando muito pouco o desempenho do ligante asfáltico, e, por conseguinte, da massa asfáltica assim obtida.

O asfalto borracha via úmida, por sua vez, apresenta um ligante com qualidades indiscutivelmente superiores às do asfalto convencional, tais como maior resistência à oxidação pela luz solar, maior viscosidade, mais elasticidade e baixa sensibilidade às variações de temperaturas.

O teor de borracha normalmente utilizado no asfalto borracha é de 15% a 20% em peso. O teor varia em função das características que se deseja obter no ligante modificado. 5-Custos O asfalto borracha e o asfalto modificado por polímeros custam mais caro que o asfalto convencional, nem poderia ser diferente, considerando os insumos e a tecnologia utilizada.

Enquanto um asfalto com 4 %de SBS, por exemplo, custa cerca de 60 % mais caro que um asfalto “in natura”, o asfalto borracha custa cerca de 20 %

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mais caro, o que já se configura em uma vantagem em relação ao asfalto-polímero, considerando seu custo-benefício.

RECICLAGEM DE ENTULHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Caracterização do material

O resíduo de construção e demolição (resíduo de C&D) ou simplesmente entulho, possui características bastante peculiares. Por ser produzido num setor onde há uma gama muito grande de diferentes técnicas e metodologias de produção e cujo controle da qualidade do processo produtivo é recente, características como composição e quantidade produzida dependem diretamente do estágio de desenvolvimento da indústria de construção local (qualidade da mão de obra, técnicas construtivas empregadas, adoção de programas de qualidade, etc.).

Dessa forma, a caracterização média deste resíduo está condicionada a parâmetros específicos da região geradora do resíduo analisado.

Composição química

O entulho é, talvez, o mais heterogêneo dentre os resíduos industriais. Ele é constituído de restos de praticamente todos os materiais de construção (argamassa, areia, cerâmicas, concretos, madeira, metais, papéis, plásticos, pedras, tijolos, tintas, etc.) e sua composição química está vinculada à composição de cada um de seus constituintes.

No entanto, a maior fração de sua massa é formada por material não mineral (madeira, papel, plásticos, metais e matéria orgânica). Dois exemplos da análise qualitativa da sua fração mineral, para locais distintos, são apresentados a seguir:

Composição média da fração mineral do entulho (%)

MATERIAL PINTO (1987) 1

ZORDAN e PAULON (1997) 2

Argamassa 64,4 37,6

Concreto 4,8 21,2

Material Cerâmico

29,4 23,4

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Pedras 1,4 17,8

Classificação ambiental

Embora o entulho apresente em sua composição vários materiais que, isoladamente, são reconhecidos pela NBR 10.004/ set. 87: Resíduos Sólidos – Classificação, como resíduos inertes (rochas, tijolos, vidros, alguns plásticos, etc.), não está disponível até o momento, análises sobre a solubilidade do resíduo como um todo, de forma a garantir que não haja concentrações superiores às especificadas na norma referida acima, o que o enquadraria como "resíduo classe II – não inerte". Vale ainda lembrar, que a heterogeneidade do entulho e a dependência direta de suas características com a obra que lhe deu origem pode mudá-lo de faixa de classificação, ou seja, uma obra pode fornecer um entulho inerte e outra pode apresentar elementos que o tornem não-inerte ou até mesmo perigoso - como por exemplo, a presença de amianto que, no ar é altamente cancerígeno.

Apresentação do material

O entulho se apresenta na forma sólida, com características físicas variáveis, que dependem do seu processo gerador, podendo apresentar-se tanto em dimensões e geometrias já conhecidas dos materiais de construção (como a da areia e a da brita), como em formatos e dimensões irregulares: pedaços de madeira, argamassas, concretos, plástico, metais, etc.

Produção

Origem

Praticamente todas as atividades desenvolvidas no setor da construção civil são geradoras de entulho. No processo construtivo, o alto índice de perdas do setor é a principal causa do entulho gerado. Embora nem toda perda se transforme efetivamente em resíduo - uma parte fica na própria obra - os índices médios de perdas (em %) apresentados abaixo fornecem uma noção clara do quanto se desperdiça em materiais de construção - a quantidade de entulho gerado corresponde, em média, a 50% do material desperdiçado.

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MATERIAIS AGOPYAN et al. 1

PINTO 2

SOILBELMAN 2

SKOYLES 2

Areia 76 39 46 12

Cimento 95 33 84 12

Pedra 75

Cal 97

Concreto 9 1 13 6

Aço 10 26 19 4

Blocos e Tijolos

17 27 13 13

Argamassa 18 91 87 12

Já nas obras de reformas a falta de uma cultura de reutilização e reciclagem são as principais causas do entulho gerado pelas demolições do processo.

Nas obras de demolição propriamente ditas, a quantidade de resíduo gerado não depende dos processos empregados ou da qualidade do setor, pois se trata do produto do processo, e essa origem, sempre existirá.

Localização

Grande parte dos produtores de entulho, principalmente o "construtor formiga", continuam jogando esse material ao longo de estradas e avenidas e em margens de rios e córregos. O surgimento dos caçambeiros contribuiu para que esse quadro fosse amenizado com a criação de locais pré-determinados – nem sempre apropriados – para o depósito do resíduo.

Algumas prefeituras (Belo Horizonte, Ribeirão Preto, etc.) estão implantando locais apropriados para receber o resíduo. São as "Usinas de Reciclagem de Entulho", constituídas basicamente por um espaço para deposição do resíduo, uma linha de separação (onde a fração não mineral é

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separada), um britador, que processa o resíduo na granulometria desejada e um local de armazenamento, onde o entulho já processado aguarda para ser utilizado.

Estatísticas

Estimativas da quantidade do entulho produzido no país e no exterior são apresentadas abaixo.

LOCAL GERADOR GERAÇÃO ESTIMADA (t/mês)

São Paulo 372.000

Rio de Janeiro 27.000

Brasília 85.000

Belo Horizonte 102.000

Brasil 1 Porto Alegre 58.000

Salvador 44.000

Recife 18.000

Curitiba 74.000

Fortaleza 50.000

Florianópolis 33.000

Europa 2 16.000 a 25.000

Reino Unido 3 6.000

Japão 3 7.000

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Tecnologias para reciclagem

Reciclar o entulho - independente do uso que a ele for dado - representa vantagens econômicas, sociais e ambientais, tais como:

• economia na aquisição de matéria-prima, devido a substituição de materiais convencionais, pelo entulho;

• diminuição da poluição gerada pelo entulho e de suas conseqüências negativas como enchentes e assoreamento de rios e córregos, e

• preservação das reservas naturais de matéria-prima.

A seguir são citadas algumas possibilidades de reciclagem para este resíduo e as vantagens específicas de cada uma.

Utilização em pavimentação.

A forma mais simples de reciclagem do entulho é a sua utilizado em pavimentação (base, sub-base ou revestimento primário) na forma de brita corrida ou ainda em misturas do resíduo com solo.

Vantagens

• é forma de reciclagem que exige menor utilização de tecnologia o que implica menor custo do processo;

• permite a utilização de todos os componentes minerais do entulho (tijolos, argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, etc.), sem a necessidade de separação de nenhum deles;

• economia de energia no processo de moagem do entulho (em relação à sua utilização em argamassas), uma vez que, usando-o no concreto, parte do material permanece em granulometrias graúdas;

• possibilidade de utilização de uma maior parcela do entulho produzido, como o proveniente de demolições e de pequenas obras que não suportam o investimento em equipamentos de moagem/ trituração;

• maior eficiência do resíduo quando adicionado aos solos saprolíticos em relação a mesma adição feita com brita. Enquanto a adição de 20% de entulho reciclado ao solo saprolítico gera um aumento de 100% do CBR, nas adições de brita natural o aumento do CBR só é perceptível com dosagens a partir de 40%;

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Processo de produção

O entulho, que pode ser usado sozinho ou misturado ao solo, deve ser processado por equipamentos de britagem/ trituração até alcançar a granulometria desejada, e pode apresentar contaminação prévia por solo – desde que em proporção não superior a 50% em peso. O solo empregado na mistura com o entulho reciclado deve ser classificado de acordo com a Metodologia MCT, especificada pela Norma P01 da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Pesquisas (BODI, 1997) avaliam os resultados de ensaios de dosagens da mistura entulho-solo e as variações da capacidade de suporte, da massa específica aparente máxima seca, da umidade ótima e da expansão.

O resíduo ou a mistura podem então ser utilizados como reforço de subleito, sub-base ou base de pavimentação, considerando-se as seguintes etapas: abertura e preparação da caixa (ou regularização mecânica da rua, para o uso como revestimento primário) corte e/ou escarificação e destorroamento do solo local (para misturas), umidecimento ou secagem da camada, homogeneização e compactação.

Grau de desenvolvimento

A eficiência desta prática já comprovada cientificamente, vem sendo confirmada pela utilização, na prática, por diversas administrações municipais como São Paulo, Belo Horizonte e Ribeirão Preto

Vantagens

• utilização de todos os componentes minerais do entulho (tijolos, argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, etc.), sem a necessidade de separação de nenhum deles;

• economia de energia no processo de moagem do entulho (em relação à sua utilização em argamassas), uma vez que, usando-o no concreto, parte do material permanece em granulometrias graúdas;

• possibilidade de utilização de uma maior parcela do entulho produzido, como o proveniente de demolições e de pequenas obras que não suportam o investimento em equipamentos de moagem/ trituração;

• possibilidade de melhorias no desempenho do concreto em relação aos agregados convencionais, quando se utiliza baixo consumo de cimento;

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Limitações

A presença de faces polidas em materiais cerâmicos (pisos, azulejos, etc.) interferem negativamente na resistência à compressão do concreto produzido.

Processo de produção

O entulho processado pelas Usinas de Reciclagem (onde sua fração mineral é britada em britadores de impacto) é utilizado como agregado no concreto, em substituição simultânea à areia e à brita convencionalmente utilizadas. A mistura é a tradicional, com cimento e água, esta em quantidade bastante superior devido à grande absorção do entulho.

Grau de desenvolvimento

Embora pesquisas tenham demonstrado eficácia do processo, vários fatores como os relacionados à durabilidade do concreto produzido ainda precisam ser analisados. As prefeituras de São Paulo e a de Ribeirão Preto já utilizam blocos de concreto feitos com entulho reciclado.

Utilização como agregado para a confecção de argamassas

Após ser processado por equipamentos denominados "argamasseiras", que moem o entulho, na própria obra, em granulometrias semelhantes as da areia, ele pode ser utilizado como agregado para argamassas de assentamento e revestimento.

Vantagens

• utilizado do resíduo no local gerador, o que elimina custos com transporte;

• efeito pozolânico apresentado pelo entulho moído;

• redução no consumo do cimento e da cal, e

• ganho na resistência a compressão das argamassas.

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Limitações

As argamassas de revestimento obtidas apresentam problemas de fissuração, possivelmente pela excessiva quantidade de finos presente no entulho moído pelas argamasseiras.

Processo de produção

A partir da mistura de cimento, areia e água, a fração mineral do entulho é adicionada a uma caçamba de piso horizontal, onde dois rolos moedores girando em torno de um eixo central vertical, proporciona a moagem e homogeneização da mistura que sai do equipamento pronta para ser usada.

Grau de desenvolvimento

Esta reciclagem vem sendo utilizada, com freqüência, por algumas construtoras do país e pesquisas estão em andamento para tentar solucionar as limitações desta técnica.

Outros usos

• Utilização de concreto reciclado como agregado;

• Cascalhamento de estradas;

• Preenchimento de vazios em construções;

• Preenchimento de valas de instalações;

• Reforço de aterros (taludes).

TIJOLO ECOLÓGICO

Tijolo por tijolo

Evelyn Delgado*

28.01.2006

No início dos anos 90, Joaquim Carneiro, professor de Física e Matemática, foi a São Paulo conhecer uma máquina de fazer tijolos. Encantou-se com a idéia, e levou para Volta Redonda, cidade onde mora no interior do

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Rio, o projeto de construir uma fábrica de tijolo solo-cimento.

Naquela época, ele ainda não era conhecido como tijolo-ecológico. Mas merece o nome que ganhou mais tarde. As matérias-primas para fazê-lo são terra, água, cimento e resíduos industriais. O projeto ficou na gaveta até que, quase uma década depois, ganhou o incentivo do professor Francisco Casanova, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ. E, finalmente, conquistou a prefeitura. A Fábrica de Tijolos Ecológicos de Volta Redonda (clique para ver o vídeo) foi a primeira do tipo instalada no estado do Rio. A obra, inaugurada em 28 de novembro de 2004, teve investimento de R$ 178 mil e tem capacidade para produzir 3 mil tijolos por dia, quantidade suficiente para construir uma casa popular. O projeto surgiu a partir de outra preocupação da prefeitura: combater as ocupações irregulares. “Procuramos tirar as pessoas que moravam em áreas de risco, que moravam em encostas, que praticavam desmatamento para cortar o barranco e poder morar”, explica Paulinho Geléia, secretário de Planejamento do município. Para baratear as obras de construção civil, a prefeitura conseguiu fabricar um tijolo mais econômico e de menor impacto ambiental. A fábrica possibilitou a redução de 50% no custo final das construções. O tijolo ecológico tem preço médio de R$ 0,23 e já foi utilizado em vários projetos do município, como a construção da Policlínica da Mulher e do Sítio Escola (destinado a alunos deficientes da rede pública). A intenção gora é empregá-lo em projetos de casas populares. Rápido e limpo O tijolo-ecológico é auto-encaixável. Dois furos na vertical permitem o assentamento rápido de uma parede, não é necessário quebrar nada para fazer instalação elétrica e hidráulica e o ambiente no interior da casa fica totalmente arejado. Cada tijolo pesa 4 quilos e mede de 30cm por 15cm. O processo de fabricação é simples. Primeiro, a terra passa por um triturador para fazer a quebra dos grãos. Depois, o pó-de-pedra, a argila, a areia amarela e a terra são misturados em uma betoneira. A mistura é jogada em outro triturador e segue para a esteira, onde é lançada em uma peneira rotativa. Aí, só falta colocá-lo na água para endurecer, e protegê-lo do sol e do vento por sete dias. Além de rápida, a fabricação do tijolo-ecológico dispensa o uso de forno. O que é um grande ganho, pois as olarias convencionais costumam funcionar à base de forno a lenha, muitas vezes obtida pelo desmatamento de florestas nativas. Outra vantagem ambiental é a matéria-prima. “O tijolo cozido precisa de um barro apropriado em sua composição, um barro raro, vermelho, que tem

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muita argila e muita liga. O tijolo ecológico, não: só terra preta que não serve. Até escória de alto-forno dá um ótimo tijolo, assim como entulho. E, se quebrar, ele é reciclado em novos tijolos. Por isso tem tudo para ser o tijolo do futuro”, comenta Joaquim Carneiro. Na prisão Inspirado no projeto de Volta Redonda, o governo do estado inaugurou, em agosto de 2005, uma fábrica de tijolos-ecológicos na Penitenciária Esmeraldino Bandeira, zona oeste do Rio. Os detentos trabalham na fábrica e passam por uma formação técnica, com direito a diploma da UFRJ. Coordenador do projeto, o professor Francisco Casanova diz que a meta é capacitar 180 prisioneiros para a área de produção e utilizar outros 200 do regime semi-aberto na construção de casas populares. Atualmente, a fábrica da penitenciária produz cerca de 8 mil tijolos por dia e emprega 40 detentos no projeto "Construir e Reintegrar".

MEDIDAS A SEREM TOMADAS NOS ATERROS SANITÁRIOS

Em relação aos aterros devem ser elaborados projetos executivos e de

implantação, com características operacionais como compactação e cobertura

dos resíduos, impermeabilização do solo, execução de drenos, aceleração dos

processos biológicos, considerando que somente serão depositados os lixos

orgânicos. A drenagem do gás do lixo, que é basicamente composto dos gases

metano, carbono e sulfídrico, indicam a possibilidade de seu aproveitamento,

após tratamento em estações de purificação, para uso industrial e mesmo

domiciliar. Contudo, apesar de experiências pilotos terem sido bem sucedidas,

dificuldades de várias ordens impediram a continuidade do projeto do

aproveitamento do gás do lixo. A falta de desenvolvimento tecnológico dos

motores adaptados, as dificuldades na gestão do sistema como um todo, entre

outros fatores, levou ao encerramento do projeto e às experiências

desenvolvidas atualmente.

Além disso, também deve ser realizado Plano de Encerramento dos

aterros com vida útil já esgotada, com previsão de serviços adequados de

monitoramento ambiental e de manutenção.

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CAPÍTULO IV

EMFIM RECOLHEMOS CORRETAMENTE O LIXO E

PRESERVAMOS O MEIO AMBIENTE.

Recomendações de Melhorias e formas de adequação do sistema de

recolhimento do lixo produzido

Com dados descritos nos capítulos anteriores podemos identificar que podemos fazer muito pelo nosso meio ambiente, com a quantidade de lixo deixada de ser lançada na natureza. Ainda estamos muito retardados nesse processo, mas é de uma forma simples que podemos iniciar esse trabalho de conscientização,

Não podemos contar com esse errôneo sistema de recolhimento do nosso lixo, pois daqui a alguns anos nossos netos e bisnetos não terão mais terra fértil e limpa para plantar, nem sequer água potável pra beber.

E nem estamos falamos do popular aquecimento global, onde como já foi dito, é causado em grande parte pela emissão de gases poluentes provenientes de da grande produção e armazenamento de uma forma equivocada do lixo nos aterros sanitários em todo mundo. Temos que nos conscientizar que daqui a alguns breves anos, nossa orla não terá mais as confortáveis e espaçosas faixas de areia que compõe as nossas lindas praias, pois com o aquecimento global nossas geleiras dos pólos estão derretendo, e consequentemente aumentando exageradamente o nível e volume de água nos oceanos. Ainda temos que considerar as mudanças climáticas, onde estão sendo geradas catastróficas tempestades de verão, tsunamis destruidoras e enormes tornados e furacões.

Por todos esses motivos, devemos em regime de urgência, começar a agir, e essa pesquisa tem o objetivo de colaborar com uma forma inovadora de cuidar e dar um destino ecologicamente correto ao nosso lixo; que a cada dia, por conseqüência da globalização e industrialização desenfreadas, tende a aumentar com proporções catastróficas.

Em relação aos cuidados que devemos tomar com os lixões, ou aterros sanitários, que já estão poluindo, pela superlotação, e fim da vida útil tecnicamente correta, abaixo seguem informações e métodos e dados

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importantes para recuperá-los e entrega-los novamente sadios ao meio ambiente.

Deve-se prever que teremos 80% da área urbanizada, campo de futebol,

play ground, horta comunitária, plantio de árvores frutíferas, e parque

ecológico, serviços como áreas de lazer, apresentando ainda uma seqüência

de lagoas com peixes ornamentais, as quais têm função de servir como

indicador preventivo das condições de manutenção. Toda a ação das

Prefeituras deve ser desenvolvida de forma que permita recuperar e urbanizar

definitivamente o local, com monitoramento permanente da área.

TRATAMENTO BIOLÓGICO

O tratamento biológico do lixo, como forma de aceleração do processo

de decomposição da matéria orgânica, tem sido objeto de estudos com bons

resultados até o presente momento, iniciando-se no Brasil os primeiros

experimentos, em nível de instalações em dimensões e condições reais de

operação, somente nos últimos anos. Esta alternativa exige a aquisição da

tecnologia do processo e um controle rigoroso de todas as suas fases, através

de equipe especializada de operação.

O tratamento acelerado do lixo, através da decomposição da matéria

orgânica por meio de microrganismos específicos desenvolvidos em reatores,

transforma a fração orgânica sólida em líquidos e gases. Resulta assim na

possibilidade de reabertura das células de lixo, segregação e destinação final

dos resíduos (inertes), e compostos orgânicos, com tratamento final dos

líquidos resultantes e queima dos gases ao longo do processo. Assim, o local

do aterro sanitário se transforma num local para tratamento, sendo dispostos

os inertes em área específica, podendo-se, inclusive, minimizar o seu volume

através de técnicas de separação e reciclagem.

Essa técnica tem sido aplicada no Brasil, na América do Norte e em

alguns países da Europa. A partir da possibilidade de concepção apresentadas

e, optando-se por aquela mais adequada às características gerais,

anteriormente levantadas, procede-se à execução do projeto do aterro

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sanitário para o local escolhido definindo-se, função de cada concepção, as

instalações necessárias, sistemas e esquemas de operação. Qualquer que

seja a concepção adotada, devem-se considerar medidas de proteção

ambiental e monitoramento devidamente projetado, de maneira a garantir

condições de não-poluição dos locais durante as diversas fases da obra:

implantação, operação e fechamento.

A biorremediação como processo tecnológico não é um tema novo, pois

surgiu a partir dos trabalhos de Pasteur em 1860, quando ele descobriu os

microrganismos anaeróbicos promovendo um grande salto na busca de

qualidade de vida da humanidade.

É um processo de aceleração da decomposição dos resíduos sólidos

obtidos através da inserção de bactérias no chorume, que é reciclado na célula

do aterro sanitário. Possibilita a reutilização da célula prolongando a vida útil do

aterro sanitário.

Essa técnica como ferramenta da biotecnologia, quando aplicada ao

tratamento de resíduos, permite, além da eliminação de passivos ambientais, a

produção de insumos e subprodutos comercializáveis; como a produção de

compostos bioestabilizados apropriado à produção de flores, possibilitando

novas oportunidades de geração de emprego e renda nos Municípios pelo uso

de um produto de fonte inesgotável, que é o lixo urbano.

A CONSISTÊNCIA TECNOLÓGICA PODE GERAR OS SEGUINTES

BENEFÍCIOS

• Tecnologia de baixo custo compatível com a realidade orçamentária municipal;

• Elevada eficiência; • Segurança ambiental; • Resgate da cidadania; • Geração de emprego e renda;

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MODELO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Tecnologia inovativa adotadas pelo nosso método de tratamento dos

resíduos sólidos urbanos:

• Reciclagem do lixo na origem; • Aterro sanitário celular; • Biorremediação do aterro sanitário.

VANTAGENS

• Sistema de gestão integrada e modular; • Otimização dos recursos existentes; • Adequada para países em desenvolvimento de clima tropical; • Compatível com a realidade orçamentária dos Municípios brasileiros; • Modelo de desenvolvimento sustentável;

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CONCLUSÃO

Com a leitura dessa pesquisa podemos concluir que não é preciso muito

para poder iniciar uma guerra contra a destruição do meio ambiente, tratamos

da questão do recolhimento e disposição final do lixo que produzimos em

nossas casas e em pequenos comércios; e vimos que ao invés de fazer uma

coleta seletiva primária, ainda cometemos o erro de depositar em nossas

lixeiras todo tipo do lixo que produzimos, sendo “jogados” diretamente sem

nenhum tratamento no meio ambiente.

Na composição desse lixo temos em grande parte materiais 100%

recicláveis e que para se decompor irão levar intermináveis décadas ou até

mesmo centenas de anos.

A proposta dessa pesquisa foi a readequação da forma de coleta e

cobrança dos serviços prestados pelas empreiteiras que cuidam do

recolhimento do lixo e da limpeza urbana dos nossos municípios.

A idéia central foi de mensurar e adequar a cobrança da taxa de

recolhimento do lixo onde o valor pago será proporcional à quantidade de lixo

produzido, que através do seu peso será mensurado.

Na certeza de que com as propostas existentes nessa pesquisa sendo

analisadas e quem sabe colocada em prática pelos nossos governantes,

conseguiremos diminuir de forma drástica a degradação do nosso meio

ambiente; e poder como conseqüência deixar que através da conscientização

por parte de nossos netos e bisnetos e que eles continuem esse trabalho para

garantia de uma qualidade de vida melhor para o futuro.

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ATIVIDADES CULTURAIS

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8 A11

CAPÍTULO I

COMO É O NOSSO LIXO?

12 A14

CAPÍTULO II

ONDE ESTÁ O ERRO NO RECOLHIMENTO DO LIXO?

15 A16

CAPÍTULO III PARA QUE E COMO RECOLHER E MENSURAR

CORRETAMENTE A PRODUÇÃO O LIXO GERADO?

17 A34

CAPÍTULO IV EMFIM RECOLHEMOS CORRETAMENTE O LIXO E

PRESERVAMOS O MEIO AMBIENTE.

35 A38

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40 A 43

ATIVIDADES CULTURAIS 44

ÍNDICE 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: O PESO DO LIXO NO MEIO AMBIENTE

Autor: RAFAEL MOTTA TEIXEIRA

Data da entrega: 24 DE SETEMBRO DE 2007.

Avaliado por: Conceito:

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