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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Badminton na Escola
Por: Bruno Luiz Calvelo Barreira Paraiso
Orientadora
Profª. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Badminton na Escola
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Psicomotricidade.
Por: Bruno Luiz Calvelo Barreira Paraiso
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AGRADECIMENTOS
Só tenho que agradecer a DEUS, pois foi ele
quem me deu forças para estudar com todas
as minhas dificuldades e iluminou meu
caminho.
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DEDICATÓRIA
Dedico o presente trabalho em primeiro lugar
para minha esposa Fernanda, pois desde o
ínicio do curso ela vem me apoiando e
ajudando a estudar e também a três pessoas
espaciais, minha mãe Ana Maria a melhor
mãe do mundo, minha irmã Mayra pois me
ajudou bastante com minha monografia e a
minha professora Fátima Alves que teve a
maior paciência em me ajudar.
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RESUMO
O Badminton é um esporte ainda muito desconhecido no Brasil e por isso,
são raras as escolas em que aplicam o esporte na educação física escolar ou até
mesmo em escolinhas de esportes. O Badminton além de ser legal de se jogar,
ele ajuda muito no desenvolvimento motor do aluno, pois trabalha a lateralidade,
coordenação motora fina, coordenação motora global, esquema corporal, estrutura
espacial, estrutura temporal, equilíbrio, rítmo e também pode ser dado de forma
Cooperativa e Competitiva. Para jogar este esporte, o aluno terá que ter muita
determinação, pois no início é um pouco difícil. Para aprender a jogar, o professor
terá que trabalhar as áreas psicomotoras dando bastantes exercícios e com
muitas repetições. Por estas questões esta pesquisa terá como foco principal
demonstrar o esporte Badminton como contribuição para o desenvolvimento motor
da criança
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METODOLOGIA
Esta pesquisa será realizada a partir de análise de estudos bibliográficos
com o aprofundamento de investigar o esporte Badminton, sua história, suas
principais regras, suas contribuições psicomotoras e saber qual a melhor método
de ensino para se trabalhar numa aula de Educação Física.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................08
CAPÍTULO I
História do Badminton.............................................................................................11
CAPÍTULO II
Áreas Psicomotoras que contribuem para o aprendizado do Badminton..............16
CAPÍTULO III
Trabalhando o Badminton na Educação Física Escolar.........................................21
CONCLUSÃO.........................................................................................................26
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................27
ÍNDICE....................................................................................................................28
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INTRODUÇÃO
O tema abordado nesta monografia, Badminton na escola, irá partir da
história deste esporte Olímpico, praticado muito na Ásia e jogado com uma
raquete de metal super leve, uma peteca e uma rede com a altura de 1,55 m.
Atribui-se a invenção do Badminton aos Indianos, no entanto, o esporte foi
posteriormente adaptado ao ser levado á Inglaterra por oficiais ingleses.
O Badminton pode ser jogado individualmente ou em duplas, é um esporte
masculino, feminino e também pode ser misto. Essas particularidades do esporte,
bem como suas principais regras, maiores dificuldades para aprender a jogar,
suas contribuições para o desenvolvimento motor dos alunos e como se trabalhar
o Badminton na escola serão tratados no desenvolvimento do presente trabalho.
No primeiro capítulo será explanada uma parte da história e das regras do
Badminton, que é o segundo esporte mais praticado do mundo, fato atribuído
principalmente a sua prática em países da Ásia e Europa.
O Badminton ainda é desconhecido para muitos brasileiros, afinal não
costumamos acompanhar partidas pela televisão, tampouco encontramos
facilmente clubes e espaços destinados á sua prática.
No Brasil, embora ainda não seja muito divulgado, já existe um bom número
de adeptos pelo esporte. No Rio de Janeiro, depois do Pan 2007, houve certo
crescimento da popularidade do esporte.
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De modo geral, as escolas estão acostumadas a trabalhar na Educação
Física esportes mais populares como Futsal, Handebol, Basquetebol e Voleibol e
são raríssimos os casos em que o Badminton é tratado no ambiente escolar.
No segundo capítulo iremos abordar a contribuição do Badminton para os
alunos em seus aspectos motores, visto que o jogo está presente na vida e na
educação da humanidade desde os tempos mais remotos.
É impossível não nos rendermos às evidências de sua fundamental
importância na construção do conhecimento e no desenvolvimento das
habilidades motoras básicas das crianças. Trata-se, portanto, de uma atividade
espontânea e legítima do aluno.
Entre as contribuições do Badminton podem ser citadas: lateralidade,
equilíbrio, coordenação motora fina, coordenação motora grossa, aumento de
flexibilidade, bem como trata-se de uma forma agradável de fugir do sedentarismo.
No terceiro capítulo iremos abordar a forma de se trabalhar o Badminton na
escola e a metodologia a ser usada. Pois os jogos como Futsal, Voleibol,
Handebol e Basquetebol são importantes nas aulas de educação física, mas
inovar também é preciso.
Um dos papéis do professor de Educação Física é tornar as aulas úteis e
atraentes para o aluno, neste caso, para que as aulas não fiquem repetitivas e
para que os alunos tenham novas possibilidades dentro do ambiente escolar o
Badminton mostra-se como uma boa e viável alternativa.
Os principais objetivos desta monografia são os seguintes: Fazer com que
os alunos conheçam o Badminton para que possivelmente gostem do esporte;
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Incentivar a prática deste esporte nas escolas, enfatizando exercícios
psicomotores com repetições.
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CAPÍTULO I
HISTÓRIA DO BADMINTON
Há muito tempo atrás na Inglaterra foi registrado um jogo chamado
Battlepads and Shuttlecocks, onde crianças usavam uma raquete igual a de tenis
de mesa para manter a peteca no ar o maior tempo possível.
No século XIX, na Índia surgiram as primeiras competições, onde era
conhecido como Poona. E foi levado para a Inglaterra em 1870 por soldados
Ingleses que se interessaram pelo esporte.
O nome Badminton passou a ser chamado, a partir de 1860, pelos
convidados do Duque de Beaufort em Gloucestershire na Inglaterra, onde se
divertiam-se em bater uma peteca de um lado para o outro, com uma raquete por
cima de uma rede. Desde então passou a ser conhecido como o jogo do
Badminton, com algumas regras trazidas da Índia até 1887, quando um grupo
fundou um clube que ajustaram as regras atuais.
1.1- Badminton nas Olimpíadas.
O Badminton surgiu pela primeira vez em uma Olimpíada em 1974 nos
Jogos Olímpicos de Munique ( Alemanha ), como desporto de demonstração. E
em 1988 em Seul ( Coréia do Sul ) o Badminton foi jogado como desporto de
exibição.
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Em 1992 nos Jogos de Barcelona ( Espanha ) devido a grande magnitude
do esporte o mesmo passou a valer medalhas e não foi nenhuma novidade as
equipes asiáticas ganharam todas as medalhas.
1.2- Badminton nos Jogos Pan-Americanos.
O Badminton foi incluído e jogado pela primeira vez nos XII Jogos Pan-
Americanos de Mar del Plata na Argentina em 1995 e foi o maior sucesso com um
grande número de espectadores em todas as partidas.
Foi jogado novamente em 1999 no Jogos de Winnipeg ( Canadá ) e com a
popularização do Badminton depois destes dois Pan-Americanos, se firmou até
hoje inclusive nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro ( Brasil ), onde o
Brasil conquistou sua primeira medalha na competição. Os atletas que
conseguiram este feito se chamam, Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo da
categoria dupla masculina, que conquistaram a medalha de bronze.
1.3- Badminton nas Olimpíadas Escolares.
O Badminton foi incluído pelo COB na maior competição esportiva
estudantil do Brasil. O Badminton já vinha sendo praticado nas Olimpíadas
Escolares como atividade complementar ao evento. A partir deste ano, o
Badminton passa a valer medalhas para os participantes. “Estamos muito
satisfeitos com a inclusão do Badminton. As Olimpíadas Escolares estão
envolvendo um número cada vez maior de estudantes atletas, seja nas etapas
municipais, estaduais ou na etapa nacional.
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Desta forma, muitos jovens serão incentivados a conhecer e praticar o
Badminton. Com esta inclusão estamos fortalecendo no Brasil a base de uma
modalidade olímpica muito importante”, disse o gerente de Iniciação, Fomento e
Eventos do COB e diretor geral das Olimpíadas Escolares, Edgar Hubner.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Badminton, Celso Wolf
Júnior, a inclusão da modalidade nas Olimpíadas Escolares é mais um passo na
popularização da modalidade. “Essa talvez seja a maior oportunidade que temos
em todos os estados de popularizar nosso esporte, mesmo naqueles estados que
ainda não são filiados à Confederação Brasileira. Vamos ter a oportunidade de ver
jovens tendo contato com a modalidade e isso poderá nos render no futuro o
aparecimento de grandes atletas. Vamos trabalhar duro para que essa inclusão do
Badminton nas Olimpíadas Escolares seja um grande sucesso”, explicou Wolf
Júnior.
1.4- Principais Regras do Badminton.
• Para começar o jogo: Sorteie com uma moeda ou gire a raquete, o
vencedor tem a opção de servir ou receber.
• Posição na quadra no começo de um game: O atleta que saca deve ficar
dentro da área de saque no lado direito da quadra de frente para rede.
Quem recebe fica dentro da área de serviço da quadra na diagonal do
sacador. Nos jogos de duplas, o parceiro pode ficar em qualquer lugar da
quadra desde que não bloqueie a vista do receptor.
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• Posição do sacador: Se o placar do sacador for par, o serviço deve ser
feito do lado direito e se for ímpar do lado esquerdo. Nos jogos de duplas,
quando o placar da dupla for par, a dupla permanece na posição inicial do
jogo e quando for ímpar, invertem-se as posições, isso somente para as
duplas que está com o serviço.
• O saque: Os saques, no Badminton sempre são feitos na diagonal como no
tênis. O serviço tanto no jogo de simples como no de duplas, inicia-se pelo
lado direito da quadra do sacador. Vencendo o ponto, continua sacando o
mesmo jogador, devendo apenas inverter a sua posição na quadra,
havendo perda do ponto, o saque passa ao atleta da outra equipe sem que
haja modificação na posição da quadra. Na hora do saque a peteca terá
que está abaixo da altura da linha da cintura.
• Servindo ou recebendo do lado errado: O jogador repetirá o saque se o
atleta que cometeu o erro vencer o rally e se o erro for descoberto antes do
próximo serviço. O placar continua o mesmo se a pessoa que cometeu o
erro perde o rally, neste caso os jogadores permanecerão na posição
errada e repete-se o serviço e se o próximo serviço for efetuado, o placar
continua e os jogadores continuam na posição errada.
• Será considerado falta: Se a peteca cair fora das linhas da quadra, se o
atleta encostar na rede enquanto a peteca está em jogo, se a peteca for
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golpeada mais de duas vezes no mesmo lado, se a peteca encostarna
roupa ou teto da quadra, se o parceiro do receptor receber o serviço.
• Fim do jogo: Os jogos são disputados num total de três games, o vencedor
é o que ganhar dois games primeiro. Em todas as modalidades, os games
são de 21 pontos, se houver o empate de 20 a 20, vencerá aquele que abrir
2 pontos de vantagem, havendo empate em 29 a 29, vencerá aquele que
marcar o 30.
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CAPÍTULO II
ÁREAS PSICOMOTORAS QUE CONTRIBUEM PARA O
APRENDIZADO DO BADMINTON.
A Psicomotricidade é a ciência que tem como objetivo de estudo o homem
através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e
externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das
aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.É sustentada por três conhecimentos
básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.
Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de
movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas sujeito
cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.
2.1- Lateralidade.
É a capacidade de controlar os dois lados do corpo juntos ou
separadamente. É importante que exista a percepção da diferença entre direita e
esquerda, é necessário também que tenha noção de distância entre elementos
posicionados tanto do lado direito como do lado esquerdo.
Os movimentos bilaterais envolvem o uso de ambos os lados de modo
simultâneo e paralelo, como por exemplo pegar uma bola com as duas mãos, já
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os movimentos unilaterais envolvemvo uso de apenas de um lado do corpo, como
por exemplo bater a mão num alvo.
Trabalhar a lateralidade no badminton é de extrema importância, pois é um
dos movimentos mais utilizados na hora do saque ou até mesmo durante o jogo, o
atleta pode receber a peteca tanto do lado direito, quanto do lado esquerdo, então
é importânte fazer bastantes exercícos de repetições e movimentações utilizando
os dois lados.
2.2- Orientação Espaço Temporal.
A noção espaço temporal se estrutura envolvendo a integração do sistema
visual com o sistema auditivo. Podemos entender a orientação espaço-temporal
como a capacidade de situar-se e orientar-se a si próprio, localizar outros e
objetos num determinado espaço. É ter noção dos conceitos de direção ( acima,
abaixo, frente, trás, direita, esquerda ), a distância ( longe, perto ).
A noção de espaço de espaço se desenvolve a partir do sistema visual e a
noção de tempo se desenvolve a partir da audição, é mais difícil apreendê-lo do
que a noção de espaço.
2.3- Praxia Global.
São uma série de funções que se unem para a representação de atividades
globais e mais amplas. É a atuação conjunta, harmônica e econômica do sistema
nervoso central dos músculos, nervos e sentidos, na execução de um
movimento.
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A Praxia Global é composta por quatro subfatores, sendo uma importante
para a prática do badminton, a coordenação oculomanual que são movimentos
manuais associados com visão. Neste tipo de coordenação requer noção de
distância e precisão do lançamento.
2.4- Equilíbrio.
É a capacidade de manutenção e orientação do corpo e de suas partes em
relação ao espaço externo e a ação da gravidade. É obtido por meio de
informações visuais, labirínticas, cinésicas e proprioceptivas intregadas ao tronco
cerebral e cerebero.
É uma condição básica da psicomotricidade, visto que envolve vários
ajustamentos posturais que dão suporte a atos motores. É a resposta motora
vigilante e integrada, face a força gravitacional que atua sobre o indivíduo. Reúne
um conjunto de aptidões estáticos e dinâmicos, abrangendo o controle postural e o
desenvolvimento das aquisições de locomoções.
2.5- Rítmo.
É um dos conceitos mais importantes da orientação temporal. O ritmo está
ligado também ao espaço e a combinação dos dois dá origem ao movimento. O
ritmo não é o movimento, mas o movimento é meio de expressão do ritmo.
Toda criança tem um ritmo natural, espontâneo. Seu grito e suas manifestações
são ritmados. Tem horas de repouso e horas de impulsos e se manifesta através
delas.
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A vida moderna impede-nos de aflorar o nosso ritmo natural. Estamos
constantemente sendo cobrados através do relógio, do tempo, a realizar tarefas
em determinados prazos. Mesmo assim, muito de nosso ritmo natural se conserva
conosco. Cada um tem um ritmo de trabalho, uns são mais rápidos do que outros,
temos um relógio corporal do qual normalmente não tomamos conhecimento. As
células e as substâncias químicas de nosso organismo trabalham com precisão,
dentro de um determinado ritmo.
Possuímos um ritmo endógeno, automantido pelo organismo e que é
influenciado pelo ritmo exógeno, ou estímulo externo. Existem três tipos de ritmos:
motor, auditivo e visual.
O ritmo motor está ligado ao movimento do organismo que e realiza em um
intervalo de tempo constante. Andar, nadar, correr são exemplos de ritmos
motores.
O ritmo auditivo normalmente é trabalhado em associação com algum
movimento. Muitas crianças não percebem os ritmos auditivos a não ser que
estejam realmente unidos ao componente motor.
O ritmo visual envolve a exploração sistemática de um ambiente visual
muito amplo para ser incluído no campo visual em uma só fixação. Por exemplo,
muitas vezes, os olhos de uma criança, não lêem cm ritmo constante, isto é, uma
palavra atrás da outra. Na escrita, também verificamos o ritmo quando a criança
respeita os espaços entre as palavras e quando consegue ordenar as letras dentro
das palavras e as palavras na frase. Uma letra deve suceder a outra. A pontuação
e a entonação que acompanham uma leitura e uma escrita são conseqüências
das nossas habilidades rítmicas.
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O rítmo envolve, a noção de ordem, de sucessão, de duração e de
alternância. O ritmo permite uma maior flexibilidade de movimentos, um maior
poder de atenção e concentração, na medida que obriga a criança a seguir uma
cadência determinada. Um outro fator fundamental é a aquisição de automatismo
elementares. A percepção de alternância de tempos fortes e fracos leva à
percepção do relaxamento e das pausas. Além disso, habitua o corpo a responder
prontamente às situações imprevistas. A atividade psicomotora não tem por
objetivo fazer a criança adquirir os ritmos, senão favorecer a expressão de sua
motricidade natural, cuja característica essencial é a psicomotricidade.
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CAPÍTULO III
TRABALHANDO O BADMINTON NA EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR
A Psicomotricidade não é apenas para a educação física, mas também para
Psicologos, Psiquiatra, Neurologista, Reeducadores, Orientadores Educacionais,
Professores e outros profissionais que trabalham com crianças.
Nesta abordagem a educação física trabalha muito com a criança com o ato
de aprender a cognição, a afetividade e o lado psicomotor, para garantir a
formação integral do aluno.
Contraposição aos modelos anteriores a abordagem da psicomotricidade na
educação física é o primeiro movimento mais articulado que surge a partir da
década de 70.
3.1. A Educação Física.
A Educação Física é uma das áreas do conhecimento humano ligada ao
estudo e atividades de aperfeiçoamento, manutenção ou reabilitação da saúde do
corpo e mente do ser humano, além de ser fundamental no desenvolvimento do
ser como um todo. Ela trabalha, num sentido amplo, com prevenção e cura de
determinadas doenças humanas num contexto terapêutico e também é
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fundamental na formação básica do ser humano, devido sua atuação no contexto
psicossocial no conhecimento corporal (conhecimento do próprio corpo) suas
possibilidades de ação e suas limitações. É a área de atuação do profissional
formado em uma Faculdade de Educação Física. É um termo usado para designar
tanto o conjunto de atividades físicas não-competitivas e esportes com fins
recreativos quanto a ciência que fundamenta a correta prática destas atividades,
resultado de uma série de pesquisas e procedimentos estabelecidos.
3.2. Trabalhando com o Badminton.
As aulas de Badminton podem ganhar muito com o esporte, por não ser
muito praticado no Brasil e muito menos nas escolas é sempre legal implantar
novidades e os alunos sempre gostam.
Dependendo do espaço em que tem disponível para a turma e dos
recursos, podem ser colocadas diversas redes de badminton ou esticar uma corda
de improviso. Em cada rede podem ser colocados 4 alunos e os outros podem
fazer o exercício de um bater para o outro para que não fiquem parados.
Para dar as aulas de Badminton o professor terá que estudar bastante as
regras que são muitas e também trabalhar bastante as áreas psicomotoras, pois
no início para quem nunca jogou o Badminton é um pouco difícil.
O ensino do Badminton torna-se mais compreensivo e mais facilitado para
todos, tanto para quem ensina como para quem aprende se analisarmos o esporte
pelas conquistas inicialmente técnicas da execução de cada batimento e
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percebemos que uma estrutura que demarca a progressão das aquisições
motoras das mais simples para as mais complexas.
O badminton pode ser trabalhado tanto na forma Competitiva como na
Cooperativa.
O Jogo surgiu com o homem, pois da necessidade de comer ele tinha que
caçar para ele e para os outros e ao mesmo tempo fugir para não ser caçado.
Então desde esta época já havia os Jogos Competitivos que seria caçar e não ser
caçado e também os Jogos Cooperativos que seria a caça da comida para todos.
Huizinga define jogo como uma atividade voluntária exercida dentro de
certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotada de um fim em si mesmo,
acompanhando de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de
ser de vida cotidiana.
Competição é um processo social que ocorre quando recompensas são
dadas as pessoas com base em seu desempenho comparando com os
desempenhos dos outros indivíduos que esteja realizando a mesma tarefa ou
participando no mesmo evento ( COAKLEY, 1994 ).
As regras rígidas são as principais funções dos Jogos Competitivos, pois
um grupo sempre perde e o principal objetivo é vencer. Mas também existe
Cooperação na competição.
A competição e a cooperação caminham juntas e fazem parte do mesmo
contexto, para BROTTO. Competição e cooperação são processos sociais e
valores humanos presentes no jogo, no esporte e na vida. São características que
se manifestam no contexto da existência humana e da vida em geral. Porém, não
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representam, e nem definem e muito menos substituem, a natureza do jogo, do
esporte e da vida. Somente o melhor conhecimento desse processo, pode
oferecer condições para dosar competição e cooperação nos diferentes contextos
nos quias se manifestam.( BROTTO op.cit, p.34 ) Apud FAUSTO, Eliana Rossetti,
2001.
Segundo Reinado Soler (2008), os Jogos Cooperativos sempre existiram,
consciente ou inconscientemente. A competição ganhou ênfase na sociedade
moderna quando a riqueza passou a ser controlada apenas por alguns e estes
tinham poder sobre os outros. Ainda segundo este autor, na organização social
anterior ao surgimento da distribuição do poder, os homens eram eminentemente
cooperativos, dividiam mais e não existia quem fosse mais ou menos importante.
Talvez os argumentos de Soler sejam por demais romantizados, mas o fato
é que há culturas que lidam com a questão da competição e da cooperação de
modo diferente ao da sociedade capitalista.
Nesse sentido, os jogos dos índios canelas são ilustrativos. O objetivo é a
confraternização entre os povos indígenas de diversas regiões do país. É um
evento cultural e esportivo em que as tribos têm a oportunidade de apresentar sua
organização, produção e história. Bem como trocar experiências com o grupo
adversário sem grande preocupação com o resultado e sim com celebração entre
eles. Nos jogos dos povos indígenas, são realizadas canoagem, arco e flecha,
lutas, danças, pinturas e competições como a corrida de toras, que é uma corrida
em que os índios se revezam para transportar um tronco denominado tora até o
local pré-determinado. Essa corrida precisa da cooperação de vários corredores,
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pois o tronco é muito pesado para ser levado por um só corredor durante o longo
trajeto percorrido (RÚBIO, FURTADO e SILVA, 2006).
Cooperação é um processo social por meio do qual o desempenho é
avaliado e recompensado em termos da realização coletiva de um grupo de
pessoas trabalhando juntas para alcançar um determinado objetivo ( Coakley,
1994 ).
Os jogos não são apenas diversão e recreação para alunos. Eles também
têm uma grande influência no desenvolvimento psicomotor.
Profissional da área educacional, comprometidos com a qualidade da sua prática pedagógica, reconhecem a importância do jogo como um veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos. O jogo não é simplesmente um passatempo para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive ( TEZANI, 2004 ).
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CONCLUSÃO
O presente trabalho apresentado, abordou um pouco do que é Badminton,
sua história, suas regras, quais as áreas psicomotoras são utilizadas no esporte e
de que forma pode ser utilizada na educação física escolar.
Com base na literatura foi possível observar que a prática do Badminton
trabalha praticamente todas as áreas psicomotoras e também pode trazer
algumas melhorias oriundas tais como:
• Propicia o desenvolvimento das habilidades motoras básicas (movimentos
fundamentais e combinados).
• O entusiasmo pela prática esportiva esta relacionado às constantes
adaptações as situações lúdicas que o jogo de badminton propicia.
• Os benefícios motores são: organização e orientação espacial,
coordenação-óculo manual, coordenação visio-motora, lateralidade,
equilíbrio, coordenação motora fina e grossa e ritmo.
• Reforça o desenvolvimento da capacidade motora: força, resistência
aeróbica, velocidade, flexibilidade e coordenação.
• Desperta o espírito de competição saudável, com a superação dos próprios
limites.
• Redução do peso corporal e o combate ao sedentarismo através da pratica
esportiva.
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BIBLIOGRAFIA
BROTTO.F.O. Jogos Cooperativos: Se o importante é competir, o fundamental é cooperar. São Paulo, O autor, 1995. DARIDO.S.C; RANGEL.I.C.A, Educação Física na Escola: Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. MIRANDA, N. 210 Jogos Infantis. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002. PEDROSO, A.R; SILVA, J.F; NETO, A.R.M, Jogos Cooperativos na Escola: Possibilidades de inclusão nos currículos da Educação Física. Revista Digital, Buenos Aires, Ano 13, n.127, 2008. Disponível em: <http://www.cdof.com.br/escola3.htm>. Disponível em: <http://badmintonpr.wikidot.com/beneficios-do-esporte>. Acesso em: 17 mai 2011. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/educacaofisica/badminton.htm>. Acesso em: 17 mai 2011. Disponível em: <http://badmintonap.blogspot.com/search/label/T%C3%A1ticas>. Acesso em: 25 mai 2011. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22135>. Acesso em: 08 jun 2011.
Disponívelem:<http://www.prof2000.pt/users/cref/projecto_cref_area_profs/menu_vertical/3_ciclo/b>. Acesso em: 09 jun 2011.
Disponível em: <http://www.badminton.org.br/r02/>. Acesso em: 22 jun 2011.
Disponível em: <http://www.febarj.com.br/novosite/index.asp>. Acesso em: 09 jul 2011. Disponível em: <http://www.psicomotricidade.com.br/apsicomotricidade.htm>. Acesso em: 13 jul 2011.
28
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO...............................................................02
AGRADECIMENTOS.............................................................03
DEDICATÓRIA......................................................................04
RESUMO...............................................................................05
METODOLOGIA....................................................................06
SUMÁRIO..............................................................................07
INTRODUÇÃO.......................................................................08
CAPÍTULO I
História do Badminton...........................................................11
1.1.Badminton nas Olimpíadas.............................................11
1.2.Badminton nos Jogos Pan-Americanos..........................12
1.3.Badminton nas Olimpíadas Escolares.............................12
1.4.Principais Regras do Badminton.....................................13
CAPÍTULO II
Áreas Psicomotoras que Contribuem para o aprendizado do
Badminton..............................................................................16
2.1.Lateralidade.....................................................................16
2.2.Orientação Espaço Temporal..........................................17
2.3.Praxia Global...................................................................17
2.4.Equilíbrio..........................................................................18
2.5.Rítmo...............................................................................18
29
CAPÍTULO III
Trabalhando o Badminton na Educação Física Escolar........21
3.1.A Educação Física...........................................................21
3.2.Trabalhando com o Badminton.......................................22
CONCLUSÃO........................................................................26
BIBLIOGRAFIA......................................................................27
ÍNDICE...................................................................................28
24