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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LIDERANÇA EM PROJETOS DE TELECOMUNICAÇÕES AERONÁUTICAS Por: CARLOS ROBERTO TELLES LOURENÇO Orientador Prof. JORGE TADEU V. LOURENÇO Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LIDERANÇA EM PROJETOS DE TELECOMUNICAÇÕES

AERONÁUTICAS

Por: CARLOS ROBERTO TELLES LOURENÇO

Orientador

Prof. JORGE TADEU V. LOURENÇO

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LIDERANÇA EM PROJETOS DE TELECOMUNICAÇÕES

AERONÁUTICAS

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Projetos.

Por: Carlos Roberto Telles Lourenço

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AGRADECIMENTOS

À minha esposa pelo apoio;

Aos amigos Paulo e Natália pelo

incentivo.

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DEDICATÓRIA

A todos que direta ou indiretamente me

auxiliaram.

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RESUMO

A implantação do sistema de telecomunicações aeronáuticas se divide

basicamente em três grandes projetos que são: a instalação do sistema rádio;

instalação do sistema central de áudio e a instalação do sistema de gravação.

Apesar dos projetos servirem a um mesmo ideal, a implantação dos três

sistemas obedecem a cronogramas e atividades diversas e distintas. A atuação

do líder na coordenação dos projetos é fundamental para a obtenção dos

resultados desejados. O estudo foca principalmente as dimensões mais

importantes do comportamento do líder quanto as suas habilidades técnica,

humana e conceitual apontando também a diferença em termos de estilos de

liderança, podendo ser autocrático, liberal ou democrático, com orientação

para pessoas ou para tarefas. A eficácia do líder e o bom relacionamento entre

as parte (líder e comandados) é fundamental, pois envolve a motivação, a

produtividade e a satisfação das pessoas na realização de suas atribuições. O

resultado da pesquisa indica que o termo “liderança” possui uma complexidade

extensa, pois está relacionada diretamente ao ser humano não sendo possível,

portanto, se definir um modelo ideal para líder.

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METODOLOGIA

A metodologia empregada teve como base a leitura de livros, jornais,

revistas e sites de renomes onde, mediante consulta à bibliografia disponível a

respeito do assunto em tela, foram destacados os textos que ofereceram

sustentação teórica às hipóteses levantadas.

Os textos destacados foram analisados e interpretados visando elaborar

uma crítica a respeito.

Assim sendo, a pesquisa teve por finalidade encontrar uma

fundamentação teórica a fim de satisfazer / equacionar o problema aqui

proposto.

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................. 5

METODOLOGIA .................................................................................. 6

INTRODUÇÃO .................................................................................... 8

CAPÍTULO I - Os Projetos de Telecomunicações .............................. 10

CAPÍTULO II – Liderança .................................................................... 17

CAPÍTULO III - Tipos de Liderança ..................................................... 21

CAPÍTULO IV – Liderança e Produtividade ........................................ 28

CONCLUSÃO ...................................................................................... 33

BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 35

ÍNDICE ................................................................................................ 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................... 38

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INTRODUÇÃO

O tema aqui exposto objetiva identificar, dentro da literatura existente,

qual seria o melhor estilo de liderança a ser adotado para otimizar gestão de

projetos de telecomunicações aeronáuticas.

Liderar não é uma tarefa simples, pelo contrário, liderança exige

paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é

um organismo vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos. Dessa

forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e influenciar as

atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo.

O líder é o responsável pela criação da atmosfera em que as pessoas

trabalham e é responsável pela busca constante do desenvolvimento integral

de sua equipe visando a conclusão satisfatória do produto final.

A partir destas constatações, propõe-se como objetivo de estudo deste

trabalho as seguintes questões centrais:

- A liderança exerce um papel de grande importância na gestão de

projetos?

- Os estilos de decisão dos líderes interferem nos índices de

produtividades dos projetos?

Considerando que “um estilo de liderança é uma estratégia de

comportamento para a condução da equipe” (MAXIMIANO, 2002, p.205), então

qual seria o estilo de liderança a ser empregado para a otimização na área de

gestão de projetos?

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O trabalho avança sobre os seguintes assuntos: no capítulo 1, são

apresentados os projetos de telecomunicações e os seus respectivos

sistemas; no capítulo 2, é conceituado o termo “Liderança”; no capítulo 3 são

apresentados os tipos de liderança e seus estilos e o capítulo 4 versa sobre a

produtividade nos projetos. Os capítulos obedecem esta seqüência baseando-

se no desencadeamento das ideias e para facilitar o entendimento do tema

proposto.

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CAPÍTULO I

Os Projetos de Telecomunicações

“Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto,

serviço ou resultado exclusivo”. (PMI, 2004, p.5).

1.1 Sistema Rádio

As comunicações entre as aeronaves e os operadores de um

determinado centro de controle são realizadas através de equipamentos de

VHF-AM (Very High Frequency – Amplitude Modulation) que compõe o sistema

de estação integrada. Assim sendo, a estação de VHF-AM integrada é uma

estação de comunicações aeronáuticas destinada ao serviço móvel

aeronáutico.

A estação de VHF-AM integrada é composta de transmissores e

receptores sintetizados na configuração principal e reserva (1 + 1), ou seja, um

conjunto transmissor/receptor em operação e outro conjunto na condição de

reserva. A comutação automática entre os conjuntos, em caso de falha, é

realizada por unidade de controle de gerenciamento.

Os sinais a serem transmitidos/recebidos pela estação são combinados e

utilizam uma única antena de transmissão, da mesma forma fazem uso de

uma única antena de recepção. O conjunto da antena de transmissão mais a

antena de recepção formam um único sistema irradiante. Os equipamentos

rádios (transmissores e receptores) são combinados por meio de células

multiacopladoras para poderem usar a mesma antena. A combinação de várias

freqüências numa determinada estação integrada forma um sistema de

estação integrada que dispensa o uso de antenas individuais, vide figura 1.

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DIAGRAMA DO SISTEMA RÁDIO

Figura 1 – Diagrama do Sistema Rádio de Comunicações

A implantação de uma estação de VHF-AM integrada está interligada a

outras atividades afins, tais como:

• Obras de Infra-estrutura;

• Sistema de Energia primária e secundária;

• Climatização;

• Canalização; e

• Aterramento.

Sistema Rádio

Transmissores

Receptores

Gerenciamento

Energia Primária e Emergencial

(No-break)

Sistema Irradiante

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Os sinais de áudio provenientes das estações de VHF-AM são enviados

para equipamentos que fazem a interface com os operadores e as aeronaves.

Dessas interfaces, denominadas de “Centrais de Áudio”, saem os sinais de

áudio que serão gravados e servirão para apurações de acidentes ou

incidentes aeronáuticos.

Os sistemas ”Central de Áudio” e “Gravação” envolvem projetos que

serão vistos nos capítulos seguintes.

1.2 Sistema Central de Áudio

A finalidade do sistema é prover a interface entre os controladores de

tráfego aéreo e os meios de comunicações voltados para o controle de tráfego

aéreo. As funcionalidades essenciais do sistema são permitir que

controladores de tráfego aéreo se comuniquem através de canais rádio (VHF-

AM), linhas telefônicas e interfones, com sinalização e adequação ergonômica

apropriadas e elevado nível de disponibilidade.

O bloco principal do sistema é uma Unidade Central, para o qual

convergem todas as linhas provenientes dos meios de comunicação externos

(canais rádio e linhas telefônicas) e de onde partem as vias de conexão com

os Postos Operadores (para o transporte de sinais de áudio e

sinalização/controle), e os Postos Operadores, que são, efetivamente, a

interface do controlador de tráfego aéreo com os meios de comunicação,

provendo acesso a estes meios e toda a sinalização de eventos, e elementos

de entrada e saída (microfones, alto-falantes, headsets e handsets) para o

usuário – controlador de tráfego aéreo.

A unidade gerenciadora – o terminal de gerenciamento permite a

configuração, análise de falhas e análise de desempenho das partes do

sistema, dos seus elementos constituintes e dos meios de comunicação a ele

associados.

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A figura 2, a seguir, nos mostra o diagrama do sistema central de áudio.

DIAGRAMA DO SISTEMA CENTRAL DE ÁUDIO

Figura 2 – Diagrama do Sistema Central de Áudio

A implantação do sistema de central de áudio está interligada a outras

atividades afins, tais como:

• Obras de Infra-estrutura;

• Sistema de Energia primária e secundária;

• Climatização;

• Canalização; e

• Aterramento.

Central de Áudio

Posto Operador

Posto Operador

Posto Operador

Posto Operador

Linhas Telefônicas

Energia Primária e Emergencial

(No-break)

Gerência

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1.3 Sistema de Gravação

O sistema é composto por Subsistemas de Gravação, Gerenciamento

(microcomputador destinado à configuração, gerenciamento e monitoração do

sistema) e Reprodução.

A gravação é feita em formato digital com a referência de tempo

simultânea para todos os canais.

O sistema é capaz de gravar, reproduzir e monitorar canais

simultaneamente.

O subsistema de gravação opera em configuração principal / reserva,

com gravação simultânea e comutação automática em caso de falha,

possibilitando, também, a comutação manual entre os subsistemas principal /

reserva e vice-versa.

O subsistema permite gravação contínua e, opcionalmente, acionamento

de gravação por ring, loop de corrente ou presença de áudio.

O subsistema de reprodução permite a reprodução de trechos gravados

com pesquisa por Data/Hora de início em um ou mais canais e reprodução em

total sincronismo com a referência de tempo de reprodução.

O subsistema de gerenciamento permite configuração, gerenciamento e

monitoração por meio de microcomputador a ele conectado, através de

aplicativo com interface amigável com o usuário.

Os equipamentos que compõem os sistemas fornecem indicação visual e

sonora de condições anormais de funcionamento, bem como indicação visual

do estado das mídias (gravando, totalmente gravada, etc).

Todo o acesso lógico ao sistema é precedido de controle de acesso (com

o uso de senhas).

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A implantação do sistema de gravação está interligada a outras

atividades afins, tais como:

• Obras de Infra-estrutura;

• Sistema de Energia primária e secundária;

• Climatização;

• Canalização; e

• Aterramento.

1.4 Considerações

Como pode ser observado, a implantação de um sistema para possibilitar

as comunicações aeronáuticas, em uma determinada localidade, culmina num

conjunto de atividades e fases de outros projetos relacionados que geralmente

são terminados de forma sequencial, podendo, no entanto, se sobrepor em

várias situações do projeto.

A figura 3, a seguir, nos mostra a interligação entre os sistemas

envolvidos.

A coordenação geral dos projetos envolve decisões, atitudes e

temperamentos pessoais e grupais que interferem na produtividade dos

projetos.

As características do líder afetam diretamente no comportamento das

pessoas. As habilidades técnicas, humanas e conceituais e identificar quando

e qual estilo de liderança a ser aplicado, com quem e dentro de que

circunstâncias e tarefas a serem desenvolvidas tornam-se o principal problema

do líder, o qual veremos nos capítulos seguintes.

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DIAGRAMA EM BLOCO DO SISTEMA

Figura 3 – Diagrama em bloco do sistema de comunicações

Central de

Áudio

Posto Operador

Posto Operador

Posto Operador

Posto Operador

Gerência

Linhas Telefônicas

Sistema de Gravação

Sistema Rádio

Transmissores

Receptores

Gerenciamento

Sistema Irradiante

Energia Primária e Emergencial

(No-break)

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CAPÍTULO II

LIDERANÇA

Este capítulo apresenta definições de liderança e de motivação, bem

como a relação existente entre ambos e as influências sobre o comportamento

humano. O capítulo se divide nas seguintes seções:

2.1 Conceituação;

2.2 A motivação;

2.3 O Comportamento Humano e a Liderança; e

2.4 Considerações

2.1 Conceituação

A liderança é o estabelecimento de relações de influências entre

pessoas, independente de lugar ou situações. Entre outros, a liderança pode

ser exercida no local de trabalho, na política e no dia a dia com os familiares.

Considerando o envolvimento de duas ou mais pessoas e a influência

exercida sobre os seus liderados como denominador comum de todas as

teorias que abordam o tema liderança, Idalberto Chiavenato define:

A liderança é um fenômeno social que ocorre exclusivamente em grupos sociais. Ela é definida como uma influência interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida pelo processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos (CHIAVENATO 2006, p.157).

Em complementação, (CHIAVENATO 1992, 1994, p.148) assegura que:

A liderança é função das necessidades existentes numa determinada situação e consiste numa relação entre um indivíduo e um grupo. Trata-se de uma relação funcional. Essa relação funcional somente existe quando um líder é percebido por um grupo como possuidor ou controlador de meios para a satisfação de suas necessidades.

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A liderança é dirigida através do processo da comunicação humana. O líder exerce influência sobre as pessoas, conduzindo suas percepções de objetivos em direção aos seus objetivos.

A liderança visa à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. Assim, a liderança é uma faca de dois gumes: nenhuma pessoa pode ser um líder, a menos que consiga que as pessoas façam aquilo que ela pretenda que façam, nem será bem-sucedida a menos que seus seguidores a percebam como meio de satisfazer suas próprias aspirações pessoais ou atingir seus objetivos.

A liderança vai muito além da simples influência que o líder exerce sobre

um grupo, pois além das ações e do seu comportamento, há de ser

considerado o comportamento dos liderados e das circunstâncias do momento

e do ambiente.

2.2 A Motivação

A motivação deve ser tratada dentro de uma perspectiva da natureza

humana, levando-se em consideração que os fatores motivadores diferem de

pessoa para pessoa.

A motivação é o reflexo espontâneo do ser humano reagindo aos

“estímulos” que lhe são oferecidos, onde diferentes fatores se inter-relacionam

no processo motivador, tais como aspectos sociais, o trabalho em si,

recompensa financeira e a perspectiva de crescimento, entre outros.

Dentro do tema motivação incluem-se as necessidades humanas que

podem ser:

• Fisiológica – manutenção orgânica do indivíduo;

• Segurança – direito de ir e vir, por exemplo;

• Social – o bom relacionamento entre seus superiores,

pares e subordinados;

• Auto estima – reconhecimento profissional;

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• Higiene – ressaltando que o atendimento às necessidades

higiênicas não induz à motivação profissional, mas o não atendimento conduz

à insatisfação.

Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si. Os fatores responsáveis pela satisfação profissional das pessoas são totalmente desligados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação profissional. O oposto da satisfação profissional não é a insatisfação, mas a ausência de satisfação profissional. Também o oposto da insatisfação profissional é ausência dela e não a satisfação (CHIAVENATO 2000, p. 398).

Considerando a motivação dentro do processo de liderança há que se

estabelecer a relação entre as partes interessadas (líder e liderados),

considerando o aspecto motivador e comportamental das mesmas.

2.3 O Comportamento Humano e a Liderança

A liderança não está limitada apenas às ações do líder, mas está

relacionada com as características comportamentais dos liderados, da situação

e do objetivo do processo como um todo.

Os comportamentos são as reações às respostas que os indivíduos

apresentam a dado estímulo, sendo determinados pelo conjunto de

características adquiridas e hereditárias (genéticas), considerando ainda as

pressões exercidas pelo meio ambiente.

A compreensão das atitudes e comportamentos dos liderados envolve

conhecimentos que os subordinados possuem a respeito de seu trabalho. É

neste contexto que o papel da liderança ganha importância, pois é necessário

compreender os indivíduos, detectar seus motivos e acionar os meios para

envolvê-los e comprometê-los nos projetos.

Desse modo, a dedicação do indivíduo ao trabalho ocorre a partir do

momento em que ele percebe que a sua busca, as suas necessidades podem

ser atendidas. Os desafios a serem enfrentados servem como estímulos que o

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conduz para novas ações que geram posturas e comportamentos

diferenciados. Sendo assim, o líder é o grande responsável por estabelecer o

ambiente de trabalho propício para que as pessoas possam desenvolver o que

tem de melhor – o seu potencial criativo.

2.4 Considerações

O líder desempenha um papel de indiscutível importância no

desenvolvimento da motivação de seus liderados. É ele quem deve fazer a

avaliação das motivações dos subordinados, não na intenção de mudar

comportamentos, mas no sentido de que sua ação permita, tanto quanto

possível, maiores oportunidades de satisfação das pessoas, levando-as a

atingirem seus objetivos.

Em suma cabe ao líder identificar os pontos comportamentais e

positivos de seus subordinados, assumindo a natureza da motivação, de modo

a conduzir a energia que naturalmente se encontra dentro de cada um num

sentido compatível com os objetivos da organização e com o crescimento de

cada integrante de seu grupo de trabalho. A partir dessa relação, é necessário

entender como determinados aspectos do processo da liderança sucedem-se

no ambiente de trabalho. Estes aspectos são considerados no capítulo a

seguir.

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CAPÍTULO III

TIPOS DE LIDERANÇA

O capítulo anterior apresentou as definições à cerca dos conceitos de

liderança e motivação traçando uma relação entre os dois no que diz respeito à

influência de ambos no comportamento do ser humano. A partir destas

definições, este capítulo apresenta os diferentes estilos de liderança adotados

e / ou utilizados pelos líderes e como estes estilos se relacionam com o

aspecto “poder” nas organizações, além de analisar as questões mais

específicas, assim sendo, este capítulo se divide nas seguintes seções:

3.1 Habilidades do Líder;

3.2 Estilos de Liderança;

3.3 Poder e Liderança; e

3.4 Considerações

3.1 Habilidades do Líder

As pessoas têm se preocupado com a natureza da liderança desde o

início dos tempos. As primeiras pesquisas visavam identificar traços ou

características pessoais relativamente estáveis como os principais fatores para

o sucesso na liderança. De modo geral, não foi possível apresentar um perfil

definitivo de traços que separassem os líderes dos não-líderes. A ênfase atual

mudou, em grande parte, dos traços para a identificação de comportamentos

de liderança, que estão fundamentados em características como:

determinação, honestidade, integridade, autoconfiança, inteligência,

conhecimento e flexibilidade.

Dentro dessa ênfase, o sucesso da liderança depende de

comportamentos apropriados, habilidades e ações. Isto é muito significativo,

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uma vez que comportamentos podem ser aprendidos e modificados, enquanto

que traços são relativamente inflexíveis.

3.1.1 Habilidade Técnica

Habilidade técnica refere-se ao conhecimento da pessoa e a habilidade

em qualquer tipo de processo ou técnica. Na medida em que os empregados

vão sendo promovidos para as responsabilidades de liderança, suas

habilidades técnicas tornam-se proporcionalmente menos importantes, pois

passam a depender cada vez mais das habilidades técnicas dos liderados e,

em muitos casos, nunca praticaram algumas das habilidades técnicas que

estão supervisionando.

3.1.2 Habilidade Humana

A habilidade humana consiste em se trabalhar efetivamente com

pessoas e desenvolver equipes de trabalho. Nenhum líder, em qualquer nível

organizacional, pode escapar dos requisitos da “habilidade humana eficaz”.

3.1.3 Habilidade Conceitual

A habilidade conceitual é a habilidade de pensar em termos de modelos,

estruturas e amplas interligações, tais como planejamento de longo prazo.

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3.1.4 Considerações

Em suma, enquanto as habilidades conceituais lidam com idéias, as

habilidades humanas dizem respeitos às pessoas e a habilidade técnica

envolve coisas. Para que a liderança seja bem sucedida deve haver um

equilíbrio entre os três tipos de habilidades, pois são interdependentes nos três

elementos: líder, liderados e situação, que se afetam mutuamente na

determinação do comportamento adequado de liderança.

Considerando que o conjunto de características pessoais, isto é, os

traços da personalidade do líder definem a forma de se liderar um grupo de

pessoas, funcionários, colaboradores, o comportamento da liderança

caracteriza-se por diferentes estilos de decisões, abordados a seguir.

3.2 Estilos de Liderança

A valorização de fatores essenciais ou não determinará estilos de

liderança diferentes que afetam o desempenho das pessoas e o da equipe no

ambiente de trabalho. O padrão das ações do líder, conforme percebido por

seus liderados, é chamado de estilo de liderança. Ele apresenta as

habilidades, as atitudes e comportamento do líder na prática.

Os estilos que serão apresentados diferem-se basicamente quanto à

motivação, poder ou orientação para tarefas ou para pessoas, sendo que

podem ser utilizados em combinação ou não. Os estilos de liderança podem

ser:

3.2.1 Positiva ou Negativa

Existem diferenças entre as maneiras pelas quais os líderes focalizam a

motivação das pessoas.

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A liderança positiva é a que enfatiza recompensas, econômicas ou

outras, onde a independência dos subordinados se torna maior quanto melhor

for sua educação, e também permite às pessoas melhor desempenho e

satisfação no trabalho.

A liderança negativa ressalta as penalidades. Os líderes de estilo

negativo agem de forma a dominarem e serem superiores às pessoas,

exibindo sua autoridade a partir de falsa crença de que podem amedrontar

todos para que atinjam a produtividade – eles são mais chefe do que líderes.

3.2.2 Autocrática, Liberal e Democrática

A liderança autocrática destaca o líder. Os liderados têm pouca

participação nas decisões, pois são os líderes que tomam as decisões e

comunicam ao grupo. Esses líderes assumem toda a autoridade e toda a

responsabilidade. O líder autocrático é tipicamente negativo, porque baseia

suas ações em ameaças e punições.

A liderança liberal destaca os liderados. Os líderes desse estilo evitam o

poder e a responsabilidade, deixando aos membros do grupo que treinem a si

mesmos e promovam suas próprias motivações, neste caso, o líder tem

apenas um papel secundário.

A liderança democrática evidencia fortemente tanto o líder como os

liderados. O líder e seus liderados atuam como uma unidade social, onde as

decisões são bilaterais, isto é, a autoridade é descentralizada e os líderes

promovem a participação dos liderados nas decisões.

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3.2.3 Liderança / Tarefa e Liderança / Pessoas

A liderança voltada para a tarefa preocupa-se exclusivamente com o

trabalho e em conseguir que as coisas sejam feitas de acordo com os métodos

preestabelecidos e com os recursos disponíveis. Trata-se de um estilo de

liderança voltado estritamente à execução da tarefa e aos seus resultados.

A liderança voltada para as pessoas preocupa-se com os aspectos

humanos dos liderados, onde se procura manter uma equipe de trabalho

atuante, contando com maior participação nas decisões. Dá mais ênfase às

pessoas do que ao trabalho em si, procurando compreender e ajudar os

subordinados e preocupando-se mais com as metas do que com os métodos,

porém, sem descuidar-se do nível do desempenho desejado.

Logo, um líder pode utilizar todos os três tipos de estilos durante um

determinado período de tempo, contudo, um deles tende a ser o dominante.

Saber qual estilo, com quem, dentro de que circunstância e tarefas a serem

desenvolvidas e quando aplicar, torna-se o principal desafio da liderança.

A partir destas diferentes características presentes nos estilos de

liderança, é necessário analisar a questão do poder, inerente ao processo de

liderança.

3.3 Poder e Liderança

Autoridade é o poder legítimo que tem uma pessoa em virtude do papel

que exerce em uma estrutura organizacional. Sendo assim, poder legal,

também conhecido como poder legítimo, é socialmente aceito.

O poder se desenvolve através de um grande número de maneiras, mas

na prática se acha interligado. Surge na interação entre líder e subordinado,

em uma determinada situação. Existem vários graus de influência, indo desde

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a coação, a persuasão, a sugestão, até a rivalidade. Num ambiente

organizacional o tipo de poder se classifica em:

• Poder legítimo - é essencial à estrutura organizacional, como um

cargo ou função predefinidos e compartilhados na cultura da empresa;

• Poder de recompensa - é o reforço e reconhecimento de

determinado comportamento ou meta atingida;

• Poder coativo - diz respeito à autoridade que aplica punições

visando eliminar, reduzir ou controlar comportamentos e atitudes indesejadas

em um determinado contexto social;

• Poder de referência - é associado ao dom pessoal, decorrente do

caráter e da legitimidade de conhecimentos de uma pessoa; e

• Poder de informação - é a posse de dados estratégicos para uma

situação crítica que orienta processos decisórios.

Líder é aquele que tem a visão abrangente de longo prazo e consegue, a partir de uma alta inteligência emocional - habilidade de saber lidar com as próprias emoções e as dos demais -, arrastar os liderados pelo caminho a ser seguido, usando do poder de persuasão e capacidade de influenciar as pessoas sem precisar apelar para o uso do poder. O autoritário é um inseguro que se mascara atrás do poder. O líder moderno atua em equipe, conhecedor que é da sinergia e criatividade do trabalho em equipe/time e para isso procura desenvolver os seus liderados, utilizando e valorizando os treinamentos comportamentais como instrumento valiosíssimo do desenvolvimento pessoal, grupal e organizacional. Além disso, é claro, no dia-a-dia ele está muito voltado para o desenvolvimento e crescimento de seus liderados. (CASTELO LUCIANO, site www.geranegocios.com.br, 2000).

As lideranças possuem ou exercem tais poderes com ênfase em um dos

tipos citados ou em uma combinação de vários deles, todavia, a consolidação

desses poderes sempre pressupõe rigorosos padrões éticos, morais e de

responsabilidade social. E também, todos os tipos de poder contribui para uma

liderança eficaz e, para isso, dependem apenas de serem usados

corretamente.

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3.4 Considerações

O verdadeiro líder tem segurança psicológica. Não se sente ameaçado por compartilhar as decisões com os liderados e ser receptivo às suas idéias e iniciativas (o inseguro receia que esses apareçam mais do que ele), nem teme um clima saudável de transparência em que todos recebem feedback. Pelo contrário, ele é o primeiro a ouvir o que os liderados têm a lhe dizer para dar o exemplo. A sua principal preocupação não é destacar-se, mas que os resultados se destaquem a partir de uma equipe unida, comprometida, criativa, onde todos dão o melhor de si em mútua colaboração. Isso é que é visão e não ilusão. (CASTELO LUCIANO, site www.geranegocios.com.br, 2000).

Uma pessoa em posição de líder age das mais variadas formas,

adotando características bem particulares a respeito do processo de influência

de outras pessoas. Cada pessoa tem um perfil diferente e isso faz com que um

líder tenha ou desenvolva mais certas habilidades do que outras e defina sua

orientação, mais para pessoas ou mais para a produção / tarefas, além de

utilizar-se dos diversos tipos de estilos de liderança existentes.

Em resumo, todas as ações do líder estarão relacionadas em

decorrência destes aspectos, pois vão afetar diretamente as pessoas com as

quais se relaciona e que lidera. O estudo destes aspectos auxilia na

compreensão do processo de liderança entre si, que tem uma relação muito

grande com os níveis de produtividade apresentados pela organização e

também com os níveis de satisfação revelados pelos liderados no ambiente

das organizações. Este assunto será tratado no capítulo a seguir.

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CAPÍTULO IV

LIDERANÇA E PRODUTIVIDADE

O capítulo anterior abordou os aspectos que envolvem os indivíduos que

ocupam uma posição de liderança em qualquer organização ou grupo social e

como estes aspectos podem afetar o comportamento e o grau de desempenho

das pessoas no ambiente de trabalho. Levando-se em consideração estes

aspectos, este capítulo tem a finalidade de apontar os pontos chaves

referentes à questão da liderança e produtividade bem como a satisfação no

ambiente de trabalho, de modo que seja possível alcançar resultados

expressivos e impulsionar a produtividade. O assunto é apresentado nas

seguintes seções: O que é produtividade? A satisfação das pessoas no

trabalho; Liderança voltada para pessoas e Considerações.

4.1 A Produtividade;

4.2 A satisfação no Trabalho;

4.3 Liderança Voltada para Pessoas; e

4.4 Considerações

4.1 A Produtividade

Produtividade significa a quantidade de produtos ou serviços produzidos

com os recursos utilizados.

A compreensão dos pontos de vista que os indivíduos e grupos

possuem sobre o trabalho desempenhado possibilita entender como estas

influenciam o alcance da produtividade. As pessoas só se envolvem na

melhoria da produtividade se a liderança atuar de maneira a criar e manter um

ambiente favorável, onde cada indivíduo se sinta responsável pelo sistema

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como um todo e não apenas pela atribuição individual e possa satisfazer as

suas necessidades no ambiente profissional.

O conceito de produtividade vai muito além do nível econômico e atinge

o psicológico e social das pessoas. Para se chegar a uma definição, é

necessário esclarecer os conceitos de produção, bem econômico e fatores de

produção.

• Produção é a transformação de uma riqueza num bem

econômico, através de operações bem definidas.

• Bem econômico consiste em tudo o que satisfaz uma

necessidade humana.

• Fatores de produção são aqueles resultantes da interação com os

bens econômicos (matéria-prima, capital e mão de obra).

A atuação de um líder dentro de uma empresa tem íntima ligação com

os níveis de produtividade por apenas dois motivos: primeiro, é o líder que tem

que agir e fazer as coisas acontecerem, e segundo, tem que criar um ambiente

onde as pessoas possam ter sucesso pessoal e profissional. Os líderes não

são especialistas nas funções de todas as pessoas que se reportam a eles.

Porém, quando se aprende a colocar a responsabilidade final pela criatividade,

realização e melhoria da qualidade nas mãos dos liderados, torna-se possível

impulsionar o crescimento da organização, melhorar a qualidade como um

todo e aumentar a produtividade.

Por isso, é importante lembrar que os níveis de produtividade estão

atrelados com o que as pessoas pensam e sentem em relação ao seu

trabalho.

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4.2 A Satisfação das Pessoas no Trabalho

A satisfação no trabalho pode ser entendida como uma atitude do

indivíduo em relação ao trabalho que reúne um conjunto complexo de

conhecimentos, emoções, sentimentos, percepções e avaliações que

determinam ou influenciam as tendências comportamentais. As características

pessoais, como idade, sexo, raça, valores e necessidades e as características

do ambiente do trabalho como conflitos, ambiguidade, participação na tomada

de decisões, nível de cargo, salário, relação entre os amigos, são considerados

fatores determinantes do nível de satisfação no trabalho.

A motivação e a satisfação dos empregados como ponto forte para a

eficácia organizacional e a alteração, introdução ou eliminação de certos

fatores que, se na amplitude de vida do indivíduo, provoca mudanças na

disposição psicológica do mesmo, influenciando na eficácia individual e no

desempenho das tarefas e, conseqüentemente, na insatisfação em relação ao

trabalho que exerce.

A abordagem do tema liderança deve levar em consideração também a

sua dimensão servidora, isto é, o ser humano deve ser o foco para uma

liderança eficaz.

4.3 Liderança Voltada para Pessoas

A atenção do líder deve estar voltada para as pessoas, porque são elas

que fazem os resultados acontecerem, e a liderança é arma poderosa que vai

permitir com que as pessoas desenvolvam o que tem de melhor, seu potencial

e os valores inerentes do ser humano.

Uma liderança voltada para pessoas permite uma relação mais saudável

entre os funcionários e as organizações em que atuam, pois as pessoas

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passam a enxergar o sentido e um significado maior de seu trabalho, além do

que simplesmente a operação e o processo em si, e o resultado disso se

reflete em ganhos de produtividade e melhorias em termos de criatividade e

inovação. E para que as pessoas sigam o líder espontânea e habitualmente

sem se sentirem invadidas ou ameaçadas, é necessário que o líder apresente

um traço marcante que é a sensibilidade às pessoas, pois, a liderança é o

processo de encorajar e ajudar os outros a trabalhar com entusiasmo na

direção do objetivo.

Somente quando o líder se interessa pelas pessoas, isto é, serve as

pessoas e não apenas é servido, é que as levará a crescer e desenvolver o

seu potencial. Com isso, vai criar oportunidades para que as pessoas

assumam riscos, o que mostra resultados compensadores para impulsionar a

lucratividade e produtividade.

Em suma, as pessoas precisam ser munidas da oportunidade para

desenvolverem e exercitarem as capacidades que verdadeiramente possuem e

só conseguem desenvolver seu potencial energético se puderem contar com a

ação eficaz de um líder.

4.4 Considerações

Os líderes ideais ou eficazes são aqueles que reúnem energia nos

pontos fortes das pessoas que lideram, em si e nos pontos fortes do próprio

projeto em desenvolvimento, onde, à medida que os pontos fortes vão sendo

acumulados, os pontos fracos vão sendo naturalmente superados. Na verdade,

o líder precisa concentrar sua energia na busca do sucesso, ao invés de

desperdiçá-la tentando impedir fracassos. As pessoas trabalham mais felizes e

motivadas quando têm consciência de seu papel no seu local de trabalho e na

sociedade, quando gostam do que realizam e quando acreditam nos valores da

organização. Eis aí a grande responsabilidade do líder: buscar o

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desenvolvimento total de sua equipe a fim de que todos possam dar o melhor

de si, levando vigor e capacidade para o trabalho para melhorar o desempenho

e atingir seus resultados.

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CONCLUSÃO

O desenvolvimento desta pesquisa foi conduzido basicamente pela

questão de se identificar o valor do papel do líder na organização. A partir do

momento em que se imaginam liderados não mais agindo de forma passiva ou

como vítimas da ação do líder é que se tem a possibilidade de abrir caminho

para o melhor entendimento da dimensão abrangente da atividade do líder

eficaz, ou seja, é ele o influente da mudança da cultura organizacional.

Neste sentido, coordenar pessoas em vez de dirigi-las ou controlá-las é

um desafio sugerido à busca da liderança eficaz, pois o papel do líder é

articular as expectativas entre a organização e os liderados, administrando as

individualidades de cada pessoa e levando a equipe a alcançar os melhores

resultados, bem como satisfazer as necessidades dos liderados. Então, a

decisão mais importante não consiste apenas em como funcionará e se é

possível de ser colocado em prática. O fundamental tem a ver com a maneira

como as pessoas se sentem em relação ao exercício do poder. Diante disso, o

líder vem desenvolvendo-se, abdicando de ser controlador e passando a ser

facilitador.

O líder é o elo de ligação na composição da organização. Ele é o

elemento que interliga ambos os lados, alta administração e trabalhadores, e

torna possível para cada um deles desempenhar sua função de maneira

eficaz. A principal necessidade a ser acatada pelo líder é a de identificar

quando um estilo de liderança diferente deve ser utilizado. Por isso, em

primeiro lugar, ele deve analisar a situação e descobrir os fatores chaves da

tarefa, dos liderados ou da organização que indicarão qual estilo será o mais

apropriado, pois, o estilo de liderança adotado afeta o comportamento das

pessoas, consequentemente, a contribuição ou não destas para os objetivos

propostos e delas próprias.

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No entanto, o desempenho do papel do líder somente se dará pela

formação do vínculo com o liderado, porque não existe papel de líder

isoladamente. E por se tratar substancialmente de pessoas, o líder precisa ser

aceito pelo grupo de seguidores para que sua liderança seja eficaz.

Portanto, constatou-se que não há um modelo de líder padrão, pois tudo

vai depender das três variáveis que constituem o processo de liderança: líder,

seguidores e situação. Sendo assim, do líder do futuro se espera habilidade e

sensibilidade para identificar a inteligência emocional, que é a capacidade da

pessoa perceber através de sentimentos, emoções e sensibilidade social. Os

elementos que viabilizam a intuição diferenciada são: autoconhecimento,

automotivação, gerência das relações com outras pessoas, espontaneidade,

empatia e gerência das próprias emoções. Além disso, liderança compreende

o caráter, valores pessoais, competência, comprometimento e ética do líder.

E é nesse sentido que se pode chegar à firme conclusão de que, se as

organizações desejam assegurar seu sucesso frente a um ambiente em

constante mutação e com elevado grau de sofisticação, necessitam de

pessoas que queiram extrair o melhor das demais pessoas.

Eis aí o papel fundamental do Líder.

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BIBLIOGRAFIA

CASTELO, Luciano Montenegro. O Perfil do Líder Moderno. Disponível em

<http//www.geranegocios.com.br./html/geral/lid2.html>. Acesso em: 22 jun

2009, 09:10:30.

CASTRO, Alfredo Pires de. Automotivação: Como despertar esta energia e

transmiti-la às pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas: O passo decisivo para a

Administração Participativa. 3º Ed. São Paulo: Makron Books, 1992, 1994.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria geral da administração. 6º Ed.

Rio de Janeiro: Campus, 2004.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 3º Ed. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2006.

International Civil Aviation Organization (ICAO). Aeronautical Telecommu-

nicationes: Communication Systems, volume III. 2 Edº., JUL 2007.

International Civil Aviation Organization (ICAO). Aeronautical Telecommu-

nicationes: Aeronautical Radio Frequency, volume V. 2 Edº., JUL 2001.

KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas Organizações: O Homem

Rumo ao Século XXI. 2º Ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MAXIMINIANO, Antonio César Amaru. Administração de Projetos: Como

transformar idéias em resultados. São Paulo: Atlas, 2002.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ............................................................................. 2

AGRADECIMENTOS .......................................................................... 3

DEDICATÓRIA .................................................................................... 4

RESUMO ............................................................................................. 5

METODOLOGIA .................................................................................. 6

SUMÁRIO ............................................................................................ 7

INTRODUÇÃO .................................................................................... 8

CAPÍTULO I - OS PROJETOS DE TELECOMUNICAÇÕES

1.1 Sistema Rádio .................................................................... 10

1.2 Sistema Central de Áudio ................................................... 12

1.3 Sistema de Gravação ......................................................... 14

1.4 Considerações .................................................................... 15

Diagrama em Bloco do Sistema ............................................... 16

CAPÍTULO II – LIDERANÇA

2.1 Conceituação ...................................................................... 17

2.2 A Motivação ........................................................................ 18

2.3 O Comportamento Humano e a Liderança ......................... 19

2.4 Considerações .................................................................... 20

CAPÍTULO III - TIPOS DE LIDERANÇA

3.1 Habilidades do Líder ........................................................... 21

3.1.1 Habilidade Técnica ................................................ 22

3.1.2 Habilidade Humana ............................................... 22

3.1.3 Habilidade Conceitual ........................................... 22

3.1.4 Considerações ...................................................... 23

3.2 Estilos de Liderança ........................................................... 23

3.2.1 Positiva e Negativa ................................................ 23

3.2.2 Autocrática, Liberal e Democrática ....................... 24

3.2.3 Liderança/Tarefa e Liderança/Pessoas ................ 25

3.3 Poder e Liderança .............................................................. 25

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3.4 Considerações .................................................................... 27

CAPÍTULO IV – LIDERANÇA E PRODUTIVIDADE

4.1 A Produtividade .................................................................. 28

4.2 A satisfação das Pessoas no trabalho ................................ 30

4.3 Liderança Voltada para Pessoas ........................................ 30

4.4 Considerações .................................................................... 31

CONCLUSÃO ...................................................................................... 33

BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 35

ÍNDÍCE ................................................................................................ 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................... 38

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Pós-Graduação Lato Sensu

Instituto A Vez do Mestre

Título da Monografia: Liderança em Projetos de Telecomunicações

Aeronáuticas

Autor: Carlos Roberto Telles Lourenço

Data da entrega: 08 de julho de 2009

Avaliado por: Prof. Jorge Tadeu V. Lourenço Conceito: