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CAPÍTULO I TRABALHOS ACADÊMICOS E MONOGRAFIAS 1.1 Definições 1.1.1 Trabalho acadêmico O trabalho acadêmico é uma exposição escrita sobre determinado assunto que se destina à disciplina específica de cursos de graduação ou de especialização. 1.1.2 Monografia A monografia é uma exposição escrita e sistemática sobre um tema específico situado no âmbito de uma ciência. Resulta da realização de pesquisa pormenorizada e exaustiva sobre um tema em que é dado tratamento profundo, mas limitado, à sua análise e que é orientada por metodologia própria. Quando apresentada como requisito para a obtenção de título em cursos de graduação ou de especialização, a monografia também pode ser considerada como Trabalho de Conclusão de Curso - TCC. 1.2 Estrutura A monografia compõe-se dos seguintes elementos: a) Pré-textuais: folha de rosto, termo de aprovação, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, sumário, listas e resumo; b) Textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão; c) Pós-textuais: glossário, referências bibliográficas, bibliografia, apêndices e anexos. O trabalho acadêmico compõe-se dos seguintes elementos:

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CAPÍTULO I

TRABALHOS ACADÊMICOS E MONOGRAFIAS

1.1 Definições

1.1.1 Trabalho acadêmico

O trabalho acadêmico é uma exposição escrita sobre determinado assunto que se

destina à disciplina específica de cursos de graduação ou de especialização.

1.1.2 Monografia

A monografia é uma exposição escrita e sistemática sobre um tema específico situado

no âmbito de uma ciência. Resulta da realização de pesquisa pormenorizada e exaustiva sobre

um tema em que é dado tratamento profundo, mas limitado, à sua análise e que é orientada

por metodologia própria.

Quando apresentada como requisito para a obtenção de título em cursos de graduação

ou de especialização, a monografia também pode ser considerada como Trabalho de

Conclusão de Curso - TCC.

1.2 Estrutura

A monografia compõe-se dos seguintes elementos:

a) Pré-textuais: folha de rosto, termo de aprovação, dedicatória, agradecimentos,

epígrafe, sumário, listas e resumo;

b) Textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão;

c) Pós-textuais: glossário, referências bibliográficas, bibliografia, apêndices e anexos.

O trabalho acadêmico compõe-se dos seguintes elementos:

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a) Pré-textuais: folha de rosto, sumário e listas;

b) Textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão;

c) Pós-textuais: glossário, referências bibliográficas, bibliografia, apêndices e anexos.

Figura 1: Elementos que compõem um trabalho acadêmico

1.3 Elementos externos

1.3.1 Encadernação

Um trabalho acadêmico pouco volumoso pode ser entregue sem encadernação, fixado

por grampo. Recomenda-se que trabalho extenso e versão preliminar de monografia sejam

entregues encadernados.

A versão final de uma monografia deve ser encadernada utilizando-se capa dura.

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1.3.2 Capa

Na capa de monografia devem ser impressos a identificação da instituição e do curso,

o título da monografia, o autor, o local e o ano em que a mesma foi apresentada ou defendida.

Em trabalhos acadêmicos devem constar a identificação da instituição e do curso, o

título do trabalho, o(s) autor (es), o local, o mês e o ano em que o mesmo foi apresentado.

1.3.3 Lombada

A lombada somente está presente em monografia encadernada em capa dura e deve

conter o nome do autor, o título da monografia e o número do volume, quando esta for

composta por dois ou mais volumes.

1.4 Elementos pré-textuais

1.4.1 Folha de rosto

A folha de rosto é a página que reúne informações importantes para a identificação do

trabalho acadêmico ou monografia. Deve conter o nome do(s) autor(es), o título, nota

explicativa, o local e a data.

1.4.2 Termo de aprovação

O termo de aprovação somente está presente em monografia. Deve conter o nome do

acadêmico, o título da monografia, o texto da aprovação, o nome do orientador e dos

examinadores, indicando suas respectivas instituições, as assinaturas, o local e data da

aprovação.

1.4.3 Dedicatória

A dedicatória é opcional em monografia e consiste em uma página distinta contendo

uma breve menção indicando a quem o autor a dedica.

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1.4.4 Agradecimentos

A página de agradecimentos é opcional em monografia e consiste em uma página

distinta contendo menções feitas pelo autor acerca de pessoas e/ou instituições que

contribuíram para a realização da mesma.

1.4.5 Epígrafe

A epígrafe é opcional em monografia e consiste em uma página distinta contendo um

trecho de texto seguido da indicação de sua autoria. Esse texto deve ter relação com o

embasamento dado à monografia ou com a motivação do autor para a sua produção.

1.4.6 Sumário

O sumário relaciona as divisões e sub-divisões da monografia ou do trabalho

acadêmico, tais como figuram no texto. Trata-se de uma lista contendo os títulos de cada

divisão e suas páginas iniciais, ligados por uma linha pontilhada.

1.4.7 Listas

Existem vários tipos de ilustrações que podem ser inseridas no corpo de um trabalho

acadêmico ou monografia, tais como: tabelas, quadros, gráficos, equações, fotos e mapas.

Para cada tipo de ilustração contida, deve-se elaborar uma lista própria. Com exceção das

tabelas, quadros e equações, todas as demais ilustrações podem ser referenciadas como

figuras e incluídas em uma única lista. Todas as listas devem ser dispostas em folha distinta e

conter os seguintes dados para cada ilustração: o tipo, o número, o título e a página inicial.

Caso sejam pouco extensas podem ser dispostas em uma única página.

Também deve-se elaborar listas para abreviaturas, siglas e símbolos empregados no

trabalho acadêmico ou monografia, quando estes aparecem em quantidade significativa.

Servem para registrar o significado de cada elemento empregado e devem ser dispostas em

página distinta, exceto quando forem pouco extensas, nesse caso, podem figurar na mesma

página. Devem conter os seguintes dados: a abreviatura, sigla ou símbolo alinhado à margem

esquerda; um hífen precedido e seguido de um espaço de tabulação; o significado da

abreviatura, sigla ou símbolo.

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1.4.8 Resumo

O resumo deve estar presente somente em monografia e consiste em uma apresentação

sucinta dos elementos mais importantes da mesma. O texto do resumo deve ser apresentado

em um único parágrafo, com espaçamento simples entre suas linhas e deve conter no máximo

250 palavras. O tema tratado deve ser expresso em sua primeira frase e, se necessário, deve-se

especificar em que contexto temporal e geográfico este se insere. Cada frase do resumo deve

expressar uma idéia completa, sem o uso de citações bibliográficas e de termos com

significados particulares. No núcleo do resumo deve constar os objetivos da monografia, os

métodos empregados, os resultados obtidos e as conclusões a que se chegou.

1.5 Elementos textuais

1.5.1 Introdução

O texto da introdução deve apresentar o tema em estudo, expressar os seus objetivos, o

problema pesquisado, a metodologia utilizada e justificar a importância do estudo realizado.

Deve-se evitar retrospectos históricos extensos, a apresentação dos resultados alcançados e

discursos eloqüentes acerca do estudo realizado.

1.5.2 Desenvolvimento

O desenvolvimento de um trabalho acadêmico ou monografia tende a ser a sua parte

mais extensa, podendo ser dividido em capítulos, títulos, sub-títulos, etc. Em monografias,

geralmente compõe-se da fundamentação teórica, da exposição dos métodos empregados e

apresentação e análise dos resultados.

A definição de uma estrutura para o desenvolvimento, na qual será dividido o seu

conteúdo, deve levar em conta a natureza do estudo, a lógica e o bom senso. Não há nenhum

padrão universal que possa ser aplicado para isso, mas deve-se evitar o uso das palavras

desenvolvimento, corpo ou outras palavras análogas como divisões.

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1.5.3 Conclusão

A conclusão representa a síntese das idéias desenvolvidas no corpo do trabalho

acadêmico ou monografia. Seu texto deve descrever os resultados obtidos, enunciar deduções

lógicas que podem ser inferidas a partir destes resultados, destacando suas contribuições.

Também pode-se indicar problemas relacionados ao estudo que não tenham sido resolvidos e

sobre os quais recomende-se a realização de pesquisas.

1.6 Elementos pós-textuais

1.6.1 Glossário

O glossário consiste em uma relação das palavras ou expressões empregadas ao longo

do texto com significado restrito e suas respectivas definições. A finalidade do glossário é

tornar claro o sentido de cada termo ou expressão utilizados.

1.6.2 Referências bibliográficas

As referências bibliográficas consistem em uma lista de todos os documentos citados

pelo autor no corpo do trabalho e seus elementos devem ser ordenados alfabeticamente.

1.6.3 Bibliografia

A bibliografia é a relação alfabética de todos os documentos consultados pelo autor

durante a realização do trabalho, mas que não foram citados em seu corpo.

1.6.4 Apêndices e anexos

Os apêndices são complementos ao conteúdo central do trabalho acadêmico ou da

monografia e que são escritos pelo próprio autor. Deve-se incluir um apêndice para tratar de

assunto específico somente se for necessário para garantir a compreensão de parte ou de todo

o trabalho desenvolvido e se esse conteúdo não puder ser incluso no seu corpo por

caracterizar-se como um suplemento e não como parte integrante de sua linha mestra.

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Os anexos, por sua vez, constituem-se em documentos complementares ao conteúdo

do trabalho acadêmico ou monografia que não foram produzidos pelo próprio autor.

Geralmente são documentos que foram consultados durante a realização da pesquisa e que

devem ser anexados ao trabalho para garantir a sua transparência e completude.

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CAPÍTULO II

PROJETO DE PESQUISA

2.1 Definição

Antes de ser realizado, um trabalho de pesquisa precisa ser planejado. O projeto é o

registro deste planejamento. Para escrever o projeto, o pesquisador precisa ter claro seu objeto

de pesquisa, como está problematizado, quais as hipóteses que está levantando para resolver o

problema, com que elementos teóricos pode contar, de quais recursos instrumentais dispõe

para levar adiante a pesquisa e quais etapas pretende percorrer.

Para chegar a estes elementos, o pesquisador precisa desenvolver uma atitude

problematizadora, que pode se originar dos elementos de suas leituras, cursos já feitos,

debates de que participou e das demais contribuições do contexto acadêmico, profissional e

cultural.

Quando se decide desenvolver uma pesquisa deve-se atender algumas exigências e

tomar decisões acerca delas, como por exemplo: o que estudar, a abordagem teórica, os

procedimentos metodológicos, entre outras. Neste sentido, o projeto é de fundamental

importância.

Segundo GONSALVES (2001, p. 11) um projeto de pesquisa é um guia, é uma

organização de ações que serão desenvolvidas em relação ao estudo a ser realizado, por isto

“precisa ser bem pensado e bem redigido, pois ele é um documento escrito, é a materialização

de um planejamento”. Assim, um projeto de pesquisa deve atender uma seqüência de etapas

indispensáveis para a sua correta elaboração.

2.2 Estrutura

Um projeto de pesquisa é composto, segundo GONÇALVES (2003) e FACHIN

(2003), de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

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2.2.1 Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais de um projeto de pesquisa são: capa, folha de rosto, listas

(de figuras, de tabelas, de gráficos, de símbolos, de quadros, de siglas e/ou de abreviaturas) e

o sumário.

2.2.2 Elementos textuais

Os elementos textuais de um projeto de pesquisa referem-se ao conteúdo propriamente

dito, ou seja, aquele conjunto de tópicos que orientam uma investigação/estudo acerca de uma

determinada temática. Os elementos textuais são: tema, delimitação do tema, introdução,

identificação, objetivos, justificativa, fundamentação teórica, problema de pesquisa, hipóteses,

definição das variáveis, metodologia, orçamento, cronograma.

2.2.2.1 Tema e delimitação do tema

Projetos de pesquisa sempre começam com a escolha e a delimitação de uma temática

acerca de um determinado assunto. A escolha do tema pode surgir, de acordo com BARROS e

LEHFELD (1991), de várias situações, como por exemplo, da observação do cotidiano, das

experiências profissionais daquele que elabora o projeto, do próprio envolvimento com outros

profissionais da sua área de atuação, do levantamento e estudo de pesquisas já realizadas

sobre a temática definida para investigação e, fundamentalmente, da bibliografia pertinente à

sua área de exercício profissional e estudo do pesquisador.

No momento da delimitação da temática é importante ter em mente o tempo

disponível para execução da pesquisa, bem como o ambiente em que será desenvolvida – se

apenas um trabalho bibliográfico ou, além deste, um estudo de campo (prático). Assim, para

SANTOS (2000, p. 51) “o tema ideal para pesquisa é aquele que preenche três características:

atende ao gosto, aptidão e tempo do pesquisador; é relevante ou para uma sociedade, ou para

uma ciência ou para a escola; e sobre ele é possível obterem-se dados”.

RUIZ (1996) aponta as seguintes sugestões para a delimitação da temática em um

projeto de pesquisa: a) leitura exploratória, b) determinação da extensão do sujeito e do

objeto, c) determinação de objetivos. Na delimitação do tema é importante definir o espaço

temporal e geográfico da investigação/estudo, ou seja, identificar onde será realizada e o

intervalo de tempo que compreende a pesquisa.

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A determinação e delimitação do tema em um projeto de pesquisa é uma das etapas

mais importantes. É o momento em que o pesquisador estabelece o início do caminho

investigativo que se propõe trilhar.

2.2.2.2 Introdução

Na introdução de um projeto é apresentada a temática que será abordada e a sua

delimitação, os objetivos e a justificativa da pesquisa.

2.2.2.3 Identificação

Na identificação são apresentadas de forma sistematizada as informações pertinentes à

autoria, instituição/empresa/curso, coordenação, orientação, local de execução, colaboradores

e período de realização do projeto.

2.2.2.4 Objetivos

Os objetivos determinam o que se pretende realizar através da pesquisa, ou seja, nas

palavras de GONSALVES (2001, p. 56), “os objetivos servem para dar a direção da ação do

pesquisador e para definir a natureza do trabalho”. Assim, a correta e adequada elaboração

dos objetivos deve evidenciar o problema a ser analisado, contribuindo na escolha da

metodologia e da fundamentação teórica do projeto de pesquisa. Os objetivos devem ser reais

e possíveis de serem atingidos no tempo proposto para sua execução.

Na literatura que trata da estrutura de projetos de pesquisa é opinião unânime os tipos

de objetivos existentes. Segundo GONSALVES (2001), os objetivos de um projeto podem ser

gerais e específicos.

Os objetivos gerais são aqueles que dizem respeito ao que se pretende alcançar com a

pesquisa. É um tipo de objetivo mais abrangente. Os objetivos específicos cumprem a função

de definir aspectos mais delimitados da investigação/estudo, ou seja, são ações a serem

realizadas para que se atinja o objetivo geral.

Um aspecto importante que deve ser lembrado quando da elaboração de um projeto de

pesquisa e do estabelecimento dos objetivos gerais e específicos é que estes devem iniciar

com um verbo conjugado em seu tempo infinitivo.

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2.2.2.5 Justificativa

A justificativa de um projeto de pesquisa é o momento em que se apresentam as razões

para a sua execução, os motivos que levaram o pesquisador a escolher o tema e sua

delimitação, a localização da temática no conjunto da produção teórica sobre o assunto em

questão. Conforme afirma GONSALVES (2001, p. 59), “justificar um tema é evidenciar

razões suficientes para que haja o desenvolvimento da pesquisa”, o que significa dizer que

deve-se “apresentar bons e convincentes motivos para empreender o seu esforço de

investigação”.

Sugere-se que se tente responder às seguintes questões: “Por que escolhi esse tema? O

tema que escolhi é importante? Que motivos o justificam, nos planos teórico e prático? Qual é

a relação do tema e/ou problema formulado com o contexto social? Que contribuição posso

oferecer com esse estudo e, se for o caso, quais os aspectos inovadores do trabalho?”

(GONSALVES, 2001, p. 58-9)

2.2.2.6 Fundamentação teórica

Fundamentação teórica é a etapa do projeto em que o pesquisador apresentará as bases

teóricas que sustentarão a temática escolhida para estudo. Deve haver uma unidade teórica

que promova sustento ao tema, ao problema e objetivos estabelecidos para estudo.

Este é o momento da revisão da literatura que nas palavras de MOURA (1998, p. 38),

significa “uma busca sistemática no sentido de mapear o que se tem pesquisado na área”.

A respeito da fundamentação teórica GONÇALVES (2003, p. 40), ressalta que “as

fontes não devem ser resumidas, e sim analisadas, criticadas e interpretadas, podendo ser

apresentadas não só de modo individual como principalmente relacionadas entre si, de forma

a compor um debate que sustente a argumentação proposta pelo autor do projeto”.

2.2.2.7 Problema

O problema consiste em uma questão que deverá ser respondida de forma sistemática

e científica segundo métodos apropriados, pois segundo BARROS & LEHFELD (1991, p. 28-

9), “toda pesquisa tem origem num problema sentido, numa expectativa frustrada, numa

dificuldade teórica ou prática” e nos sugerem alguns elementos que podem contribuir para a

formulação de problemas de pesquisa, tais como: a criatividade, o uso de técnicas de

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levantamento bibliográfico, a formulação de perguntas frente à realidade, análise e

fracionamento desta mesma realidade e a sua interpretação e síntese.

O problema de pesquisa precisa estar diretamente relacionado com a delimitação dos

objetivos e com o referencial teórico escolhido. Assim, o problema é uma pergunta para a

qual o pesquisador buscará uma resposta, orientando-se por um conjunto de procedimentos

metodológicos. Deve correlacionar ao menos duas variáveis e ser passível de estudo

sistemático.

2.2.2.8 Hipóteses

As hipóteses são afirmativas relacionadas ao problema a ser investigado e que

passarão por uma verificação empírica através do uso de procedimentos metodológicos

previamente elaborados. De acordo com SANTOS (2000, p. 56), a “hipótese é caracterizada

como uma ‘verdade provisória’ sendo fundamental para qualquer processo de investigação

científica pois consiste no lançamento de uma afirmação a respeito de algo ainda

desconhecido (por exemplo, a resposta para o problema da pesquisa)”. Todavia, a elaboração

de hipóteses implica também em um certo grau de leitura da temática escolhida para estudo,

assim como um certo grau de criticidade acerca do assunto.

Para GONÇALVES (2003, p. 42), as hipóteses são “as prováveis respostas ao

problema (perguntas que deram origem à pesquisa) e são desdobradas em básica (resposta

completa ao problema) e secundárias (respostas complementares)”, podendo ser rejeitadas ou

confirmadas quando do encerramento da pesquisa.

2.2.2.9 Definição das variáveis

Variáveis são fatores relacionados com o objeto de estudo, que mantém uma relação

entre si e que precisam ser investigadas para a confirmação ou negação das hipóteses. Junto à

descrição de cada variável, deve-se eleger uma letra para representá-la e indicar seu tipo.

Estas podem ser independente, dependente ou moderadora.

Além de identificar cada uma das variáveis, também é preciso indicar a relação

existente entre elas.

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2.2.2.10 Metodologia de pesquisa

A metodologia define a trajetória a ser percorrida durante a pesquisa. A metodologia

incorpora em seu arcabouço um conjunto de concepções teóricas e técnicas que serão

desenvolvidas para chegar a uma resposta ao problema proposto.

Na metodologia se explicitam os instrumentos e procedimentos que serão adotados

para desenvolver o projeto de pesquisa, como o uso de entrevistas, questionários, observações

entre outros. É fundamental que o procedimento escolhido esteja articulado com o tipo de

informação que o pesquisador deseja coletar na realidade empírica. Caso a pesquisa implique

em uma coleta de dados em um determinado campo (uma escola, uma empresa, uma

comunidade, por exemplo) este é o momento de definir quem (população) e quantos serão os

sujeitos (amostragem), a sua localização geográfica, aspectos históricos entre outras

informações relevantes a fim de proceder a uma escolha adequada dos instrumentos de coleta

de dados. Deve-se informar também se haverá um tratamento estatístico dos dados e como

será elaborado.

É na metodologia que se indica o tipo de pesquisa que será realizada. Segundo

GONSALVES (2001) podemos classificar as pesquisa de acordo com distintos critérios: de

acordo com os seus objetivos procedimentos de coleta, fontes de informação e natureza dos

dados. O quadro a seguir expõe os tipos de pesquisa que podem ser utilizados em um projeto

em consonância com o problema, os objetivos e o referencial teórico.

QUADRO 01 – Tipos de pesquisa

TIPOS DE PESQUISA

Os objetivos Os procedimentos de coleta

As fontes de informação

A natureza dos dados

Exploratória Descritiva Experimental Explicativa

Experimento Levantamento Estudo de caso Bibliográfica Documental Participativa

Campo Laboratório Bibliográfica Documental

Quantitativa Qualitativa

Fonte: (GONSALVES, 2001, p. 64)

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2.2.2.11 Orçamento

O orçamento de um projeto de pesquisa só tem sentido quando se busca algum tipo de

financiamento para sua execução. Deve conter informações quanto às receitas e despesas do

projeto referentes aos recursos humanos, materiais e de expediente.

2.2.2.12 Cronograma

O cronograma delimita o tempo necessário para a execução do projeto em suas

diferentes etapas, ou seja, as atividades que serão desenvolvidas e o momento no tempo em

que cada uma delas ocorrerá. Para facilitar a visualização, sugere-se sua apresentação em

forma de tabela.

2.2.3 Elementos pós-textuais

Os elementos pós-textuais de um projeto de pesquisa são: referências bibliográficas,

apêndices, anexos e glossário.

2.2.3.1 Referências bibliográficas

São as bibliografias utilizadas na elaboração do projeto de pesquisa, tais como: livros,

artigos, documentos eletrônicos, fotografias, entre outras fontes de informação, que devem ser

referenciadas de acordo com as normatizações da instituição.

2.2.3.2 Apêndices e/ou anexos

Este item do projeto é composto pelos instrumentos que serão utilizados para coleta de

dados e todo tipo de material que contribui para o seu entendimento, como por exemplo,

fotos, documentos comprobatórios, entre outros.

2.2.3.3 Glossário

O glossário consiste na apresentação de termos ou palavras, com seus respectivos

significados, que constam no texto do projeto e que necessitam de explicação.

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CAPÍTULO III

NORMAS PARA REDAÇÃO E EDITORAÇÃO

3.1 Redação

O estilo de redação de trabalhos acadêmicos, monografias ou TCC podem variar de

acordo com as especificidades de cada área, devendo-se observar alguns princípios básicos,

que serão apresentados a seguir:

- Objetividade: o tema abordado deve ser desenvolvido de maneira direta, seguindo

um raciocínio lógico e coerente com as idéias apresentadas no texto, mantendo-se o objetivo

inicial, progredindo na exposição e fundamentando-se com dados e argumentos possíveis de

comprovação e não em suposições ou generalizações.

- Clareza: para que o texto possa atingir seus objetivos é necessário que a redação seja

compreensível e precisa. Por isso redigir em estilo objetivo, coerente e com destaque para as

idéias centrais. Evitar redundância e divagações usando uma linguagem precisa e clara.

Termos como: muito, pouco, médio, nenhum, alguns, a maioria, quase todos, é claro,

bastante, nunca, sempre, às vezes, entre outros prejudicam a compreensão do texto.

- Uniformidade: na redação deve-se manter a uniformidade e a coerência no decorrer

do texto em relação à forma de tratamento, pessoa gramatical, utilização de siglas, datas,

números, citações, referências, abreviaturas, títulos e subtítulos de seções.

- Impessoalidade: num texto científico o verbo deve ser utilizado no modo impessoal.

Por Exemplo: “Para a coleta de dados utilizou-se à aplicação de questionários.” “Verificou-se

o desenvolvimento gerencial da empresa.”

3.1.1 Números

Os números, de maneira geral, devem seguir os critérios a seguir.

a) Cardinais: devem ser escritos por extenso quanto sua indicação no texto for de um a

dez, quando for início de frase ou quando não se quer dar destaque à referida data ou ano.

Neste caso, deve-se usar somente uma palavra.

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Exemplos:

Gostaria de três refrigerantes.

Quarenta anos de revolução destruíram aquele país.

Aquele país foi marcado por trinta anos de luta.

Também podem ser escritos de forma mista, quando a indicação se tratar de mil,

milhão, bilhão, trilhão, etc.

Exemplo:

A cidade de Esperança arrecadou 2,3 milhões de reais em impostos em 2003.

b) Ordinais: estes são representados por extenso quando sua indicação no texto for do

primeiro ao décimo e em algarismos quando for do 11º em diante, seguido do símbolo que

indica a ordem, sem espaçamento.

3.1.2 Porcentagem

É representada por algarismo arábico, seguido do símbolo (%), sem espaço.

3.1.3 Valores monetários

Para se mencionar valor monetário deve-se adotar sempre algarismos, observando-se

alguns elementos:

a) Para valores abaixo de mil:

Evita-se usar o símbolo da unidade monetária quando valores redondos.

Exemplo:

10 reais.

Quando os valores forem quebrados podem ser expressos de duas formas.

Exemplos:

3,50 reais e R$ 3,50.

b) Para valores acima de mil:

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Valores redondos podem ser expressos de duas formas.

Exemplos:

20 mil reais e R$ 20 mil.

Para valores quebrados deve-se adotar a forma mista.

Exemplo:

R$ 33,5 bilhões.

3.1.4 Unidades de peso e medida

Unidades de peso e medidas seguem critérios internacionais quanto sua simbologia.

A forma abreviada deve ser utilizada quando associada a um número, com letras

minúsculas, sem ponto para indicar abreviação, com espaçamento entre a unidade e o valor

numérico.

Exemplos:

12 cm, 5 mm.

A forma por extenso deve ser utilizada quando não for associada a números.

Exemplo:

Milhares de quilos de arroz formam desperdiçados.

3.1.5 Datas completas

Para utilização de datas completas, pode-se utilizar uma das seguintes formas:

Representar em números cardinais dia, mês e ano, separados por ponto ou barra.

Exemplos:

12. 04. 99 ou 12/ 04/ 99

Representar em números cardinais dia e ano, intercalando-se o mês por extenso.

Exemplo:

12 de abril de 1999.

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3.1.6 Ano

O ano pode ser indicado por extenso ou em algarismos arábicos.

Exemplos:

O trabalho foi entregue no dia 27 de maio de dois mil e um.

A assembléia foi realizada em 1989. (nunca 1 989 ou 1.989)

3.1.7 Meses

A apresentação dos meses pode ser feita por extenso ou em algarismos arábicos.

Exemplo:

O festival será realizado do mês de maio até o mês de julho.

O festival será realizado nos meses 05, 06 e 07.

Quando utilizados em gráficos, tabelas e quadros pode-se abreviar em minúsculo, com

três letras, seguidas de ponto, com exceção do mês de maio.

Exemplos:

jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

3.1.8 Dias

Os dias do mês podem ser apresentados por extenso (em números cardinais ou

ordinais) ou em algarismos arábicos.

Exemplos:

O relatório foi entregue no quinto dia útil do mês de maio.

A cobrança sempre é feita no dia 30 de cada mês.

O ano letivo inicia-se no dia 1º de fevereiro.

Os dias da semana podem ser escritos por extenso ou abreviados.

Exemplos:

A reunião está marcada para quarta-feira, às 16 horas.

A reunião está marcada para 4ª feira, às 16 horas.

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3.1.9 Horas

Utilizam-se os seguintes critérios na indicação das horas:

a) As horas devem ser indicadas de 0 a 23;

b) Em horas redondas não se abrevia a palavra horas;

Exemplo:

A palestra está prevista para as 18 horas do dia 26 de abril de 2002.

c) Nas horas quebradas deve-se usar h, min, e s, sem espaçamento entre os números. A

abreviatura min só é necessária quando aparecer segundos.

Exemplo:

O debate está marcado para as 20h30, no auditório da Fasul.

A largada da corrida será as 8h25min30s.

3.2 Normas de apresentação

3.2.1 Papel

O papel de impressão de projetos, trabalhos acadêmicos, monografias e Trabalhos de

Conclusão de Curso deve ser de cor branca, tipo apergaminhado, gramatura mínima de 75

g/m2, ou equivalente, formato-padrão A4 (210 x 297 mm) da Associação Brasileira de

Normas Técnicas - ABNT.

3.2.2 Digitação

A impressão é feita somente em uma face do papel, em preto, permitindo-se cores nas

figuras, em situações em que sejam absolutamente necessárias.

Será aceita somente a fonte Times New Roman 12.

O corpo dos quadros, das figuras e dos rodapés podem conter letras menores, desde

que legíveis. Títulos e subtítulos são apresentados em negrito.

Nomes científicos e termos em língua estrangeira devem ser diferenciados pelo uso de

itálico.

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3.2.3 Espaçamento

Os textos devem ser digitados com espaço entrelinhas 1,5 cm. Espaço simples é usado

apenas em quadros longos, notas de rodapé, notas de fim de texto, títulos e subtítulos com

mais de uma linha e citações bibliográficas longas.

3.2.4 Margens e parágrafos

As margens terão as seguintes dimensões:

Superior 3,0 cm

Inferior 2,0 cm

Esquerda 3,0 cm

Direita 2,0 cm

Todo parágrafo é iniciado a 1,25 cm, a partir da margem esquerda.

Quando necessário, para completar uma nota de rodapé, ou a última linha de capítulo

ou de subdivisão, é permitido ultrapassar em uma linha o limite da margem inferior. O mesmo

se aplica a quadros, figuras e suas respectivas legendas. A última palavra da página não pode

ser dividida.

3.2.5 Títulos de seções e texto

Um texto pode ser dividido em seções primárias (capítulos), seções secundárias,

terciárias e assim sucessivamente.

Os títulos devem ter seqüência lógica e ordenada, objetividade e clareza de modo a

facilitar a compreensão do texto e sua visibilidade, como por exemplo:

- a seção primária deve aparecer com letras maiúsculas e em negrito;

Exemplo:

1 O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO EM TURISMO

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- a seção secundária inicia-se com a primeira letra da palavra em maiúscula, as demais

em minúscula e em negrito;

Exemplo:

1.1 A investigação científica

- a seção terciária e seqüentes iniciam-se com a primeira letra da palavra em maiúscula

e as demais de modo normal.

Exemplo:

1.1.1 A memória científica

3.2.6 Numeração das páginas

Os números de página devem utilizar o mesmo tipo e tamanho da fonte do texto. São

colocados sem pontuação no canto superior direito da página.

Todas as páginas onde haja texto, quadro(s) ou figura(s) devem ser numeradas.

As páginas do texto, da referência bibliográfica e dos apêndices são numeradas

consecutivamente com algarismos arábicos, começando com um (um) na primeira página do

texto.

Nas páginas que aparecem os elementos pré-textuais a numeração deve ser

consecutiva com algarismos romanos em minúsculo, começando com i, ii, iii, iv, etc.

A colocação horizontal ou vertical de quadros ou de figuras não altera a posição do

número da página e das margens.

3.3 Tabelas e figuras

"Quadro" ou “Tabela” (utilizar, preferencialmente, a palavra “Tabela”) geralmente

designa valores numéricos tabulados, sendo incluído no corpo do trabalho, diferenciando-se

somente quanto ao traço.

"Figura" geralmente designa outros materiais, como gráficos, fotografias ou

ilustrações, podendo ser incluída no corpo do texto.

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Modelo de Tabela:

3.3.1 Número

As tabelas devem ser numeradas de um a “n”. A palavra “Tabela” deve ser escrita

preferencialmente em letras maiúsculas.

Exemplos:

TABELA 1, TABELA 2.

3.3.2 Título

A numeração do título deve ser separada por um espaço, hífen e outro espaço. As

demais linhas devem ser alinhadas abaixo da primeira letra da primeira linha.

O título deve conter a denominação do fato observado e o local ou época de

ocorrência.

Exemplos:

TABELA 1 – Variação sazonal do volume do rio Paraná, no trecho entre as cidades de

Guaíra à Porto Primavera nos anos de 1990 – 1994.

QUADRO 1 – Variação sazonal do volume do rio Paraná, no trecho entre as cidades de

Guaíra à Porto Primavera nos anos de 1990 – 1994.

NÚMERO TÍTULO

CORPO

FONTE

NOTA

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3.3.3 Corpo

É a parte da tabela que contém as informações e dados. É dividido em cabeçalho e

coluna(s) indicadora(s).

3.3.4 Fonte

Consiste na indicação da(s) entidade(s) responsável(is) pelo fornecimento ou

elaboração dos dados e informações contidas no gráfico, figura ou tabela.

3.3.5 Cabeçalho

É a parte superior da tabela, onde é especificado o conteúdo das colunas e é

constituído de um ou mais níveis.

Exemplo:

TABELA 1 – Balanço trimestral de despesas da empresa Bellus - 2003.

BALANÇO MENSAL 1º nível

Itens mar. abr. maio 2º nível

Combustível 159,80 173,45 185,12

Serviços 933,48 1.274,98 1.107,65

TOTAL 1.093,28 1.448,43 1.292,77

FONTE: Departamento Contábil da empresa Bellus.

3.3.6 Níveis

O primeiro nível deve ser escrito em letras maiúsculas e conter preferencialmente

informações ou denominações apresentadas no título. Nos demais níveis letras minúsculas,

sendo somente a primeira letra em maiúscula.

Quando necessário, devem ser apresentadas às medidas ou unidades nos níveis e

colunas entre parênteses, preferencialmente abaixo da sua especificação, podendo ser

ilustradas com símbolos ou palavras, de acordo com o Quadro Geral de Unidades e Medidas,

do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro).

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3.3.7 Traço

O elemento traço é utilizado para delimitar as extensões (início e fim) de uma tabela

ou quadro. É usado para separar os níveis do cabeçalho.

Em tabelas não se recomenda o uso de traço na separação de colunas, no que se difere

da forma de apresentação dos quadros.

Exemplo:

TABELA 1 – Classificação das Equipes Campeãs da Gincana Nacional de Atletismo - 2003

COLOCAÇÃO EQUIPE/ESTADO PONTOS

1º Colocado Paraná 6.577

2º Colocado São Paulo 5.892

3º Colocado Santa Catarina 5.341

FONTE: Secretaria de Esportes Nacional.

QUADRO 1 – Número de matrículas por nível de ensino em Toledo - 2002

NÍVEL DE ENSINO NÚMERO DE MATRÍCULAS

Pré-escola 3.539

Ensino Fundamental 17.076

Ensino Médio 6.088

Ensino Superior 5.392

Fonte: Núcleo Regional de Educação de Toledo.

3.4 Gráficos

A exibição gráfica é a apresentação de dados ou informações na forma de diagramas,

desenhos, figuras ou imagens, que possibilite sua interpretação de forma rápida e direta. A

apresentação de gráficos deve ser feita com clareza, simplicidade e veracidade das

informações.

Os gráficos seguem, de maneira geral, o mesmo modelo das tabelas.

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Modelo:

3.4.1 Título

A numeração do título deve ser separada por um espaço, hífen e outro espaço. As

demais linhas devem ser alinhadas abaixo da primeira letra da primeira linha. O título deve

conter a denominação do fato observado e o local ou época de ocorrência.

Exemplo:

GRÁFICO 1 – Variação sazonal do volume do rio Paraná, no trecho entre as cidades de

Guaíra à Porto Primavera nos anos de 1990 – 1994.

3.4.2 Corpo

O corpo do gráfico é a parte que contém as informações e dados. Os gráficos podem

ser expressos de diferentes formatos como os de linha, dispersão, pizza, barras, colunas, área,

etc. Em alguns casos, o corpo pode apresentar legenda explicativa.

NÚMERO TÍTULO

CORPO

FONTE

NOTA

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Exemplo:

GRÁFICO 2 – Avaliação anual dos custos de produção para regiões leste, oeste e norte do

Brasil no ano de 2000.

01020

304050

607080

90

1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim

Leste

Oeste

Norte

FONTE: Microsoft Office, 2000.

NOTA: Gráfico modelo Microsoft Word 2000.

3.4.3 Notas

Utiliza-se nota para apresentar as informações de natureza geral, destinadas a

conceituar ou esclarecer o conteúdo abordado no gráfico ou na elaboração do dados.

3.4.4 Nota específica

É utilizada para esclarecer algum conceito ou termo específico adotado no gráfico.

3.5 Figuras

São representações de imagens por desenho, gravura ou fotografias. Na sua

representação preservam-se os modelos adotados aos gráficos (número, título, fonte, etc),

sendo alterado somente a ordem dos números e dos títulos.

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Modelo:

Exemplo:

FIGURA 1 – Construção da barragem principal, barragem lateral direita, barragens de terra e de enrocamento, vertedouro, casa de força e início das montagens eletrônicas principais. (1978 a 1982).

FONTE: Itaipu Binacional, 1978.

CORPO

FONTE

NÚMERO TÍTULO

NOTA (se necessário)

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CAPÍTULO IV

REFERÊNCIAS

Este capítulo trata de informações para a elaboração de referências para os diferentes

tipos de documentos, seguindo os padrões da NBR 6023 da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT).

4.1 Definições

4.1.1 Documento

Documento é uma base de conhecimento fixada materialmente e disposta de maneira

que se possa utilizar para consulta. Este pode estar na forma gráfica, visual, sonora, periódica,

entre outros.

4.1.2 Documento eletrônico

Documento eletrônico é uma base de conhecimento fixada e registrada na forma

eletrônica gerada por um aplicativo. Este pode ser armazenado em diferentes dispositivos,

como disquetes, discos rígidos, CDs-ROM, etc. Mensagens enviadas em listas de discussão,

mensagem enviada contendo anotações ou comentários técnicos e mensagem pessoal (e-mail)

também se enquadram como documentos eletrônicos.

4.1.3 Referência

Referência é o conjunto padronizado de informações agrupadas em elementos

descritivos, retirados de um documento e que permitem a sua identificação no todo ou em

parte.

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4.1.4 Referências

As referências constituem uma lista ordenada dos documentos citados pelo autor no

texto.

4.2 Elementos e regras gerais

4.2.1 Elementos de referência

Uma referência é composta de informações agrupadas em elementos, alguns essenciais

e outros complementares. As informações para a sua elaboração devem ser obtidas, sempre

que possível, da principal parte do documento, ou seja:

- Da folha de rosto de documentos impressos, como livros, monografias, periódicos e

similares;

- De etiquetas e invólucros de disquetes, fitas de vídeo, fitas cassetes, discos e

similares;

- De molduras e materiais explicativos de slides, transparências e similares;

- Do próprio documento, quando este se constitui em uma única parte, como globos,

cartões postais, cartazes, selos e similares.

Quando não encontrada a informação no próprio documento e esta for conhecida ou

obtida de outra fonte (bibliografias, catálogos de editoras, pessoas ou outra), pode-se

incorporá-la à referência, devendo-se para isso colocá-la entre colchetes.

4.2.2 Elementos essenciais

São aqueles obrigatórios à identificação de documentos, como autor, título, local,

editor ou produtor e ano de publicação/produção.

4.2.3 Elementos complementares

São elementos opcionais que, acrescentados aos essenciais, permitem uma melhor

caracterização do documento referenciado, como subtítulo, número de páginas e/ou volumes

completos, título e número da série, indicação de tipo de fascículo, tipo de suporte e notas.

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4.2.4 Transcrição dos elementos

As especificações a seguir identificam os elementos da referência e estabelecem uma

seqüência padronizada para a sua apresentação ou transcrição.

4.3 Autoria

A entrada dos nomes deve obedecer às seguintes orientações:

4.3.1 Um autor

MORAES, C. R.

e não: MORAES, Celso Rodrigues ou MORAES, Celso R.

No caso de grau de parentesco tais como: Júnior, Filho, Neto, Sobrinho:

Vidal Pereira Silva Junior SILVA JUNIOR, V. P.

Nomes com partículas: de, da, e:

Fernando Jorge de Almeida ALMEIDA, F. J. de

Com sobrenome composto:

Fernando Espinoza-Quiñones ESPINOZA-QUIÑONES, F.

4.3.2 Até três autores

Aloísio Roberto Trinto TRINTO, A. R.; RECTOR, M.; CUSTO. J. L.

Mônica Rector

Jorge L. Custo

4.3.3 Mais de três autores

Sérgio Vieira, João Ricardo Siqueira, Solange Matias e Paulo Mafri.

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VIEIRA, S. et al.

4.3.4 Entidades coletivas

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria da Receita Federal.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.

TOLEDO. Prefeitura Municipal.

4.3.5 Unidades subordinadas

FACULDADE SUL BRASIL. Coordenação do Curso de Turismo.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Centro de Engenharias e

Ciências Exatas.

4.3.6 Entidades conhecidas por suas siglas

IBGE.

CREA-PR.

IAP.

4.3.7 Eventos científicos

CONGRESSO BRASILEIRO DE BACHARÉIS DE TURISMO, 24., 2004, Balneário

Camboriú.

4.3.8 Coletâneas

VIEIRA, L. A. (Ed.).

FERNANDES, P. (Coord.).

SAINT, M. (Org.).

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4.4 Título

O título deve aparecer destacado em negrito.

MATIAS, M. Organização de eventos.

BISSOLI, M. A. Estágio em sistemas de informação.

4.4.1 Título com nomenclatura científica

FORNO, I. W. The occurrence of Salvinia molesta in Brazil.

4.4.2 Edição

Indica-se a edição somente quando esta é mencionada no documento, a partir da

segunda.

DIAS, M. P. Administração de materiais. 4. ed.

4.4.3 Local

MATIAS, M. Organização de eventos. 2. ed. São Paulo:

Quando o local faz parte do título de um periódico, não há necessidade de repeti-lo.

Exemplo:

SOUZA, D. Governo do Paraná calcula redução de até 62,3% no pedágio. Gazeta de Toledo, 24 mar. 2004.

4.4.4 Editora

LAGE, B. H. G. Economia do turismo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

4.4.5 Data de publicação ou produção

Indica-se sempre o ano de publicação ou produção em algarismos arábicos, sem

espaçamento ou pontuação.

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4.4.6 Número de páginas ou volumes

Quando o documento só tem um volume:

432 p.

342 f.

Quando o documento tem mais de um volume:

4 v.

4.4.7 Material especial

Indica-se o tipo e o número de unidades:

4 disquetes de 321

2 mapas

1 CD-ROM

3 CDs-ROM

3 folhas 21x29,7 cm

4.4.8 Séries e coleções

VERÍSSIMO, L. F. Todas as histórias do analista de Bagé. 100. ed. São Paulo: L&PM, 1981. (Coleção Pocket, 4).

4.5 Documentos impressos

4.5.1 Livros

AUTORIA. Título . Edição. Local: Editora, ano.

Exemplo:

ALMEIDA, F. J. de. Educação e informática, 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998.

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4.5.2 Partes de livros (capítulos, fragmentos e volumes)

AUTORIA DA PARTE DA OBRA. Título da parte. In: AUTORIA DA OBRA.

Título da obra. Local: Editora, ano. página inicial-final da parte.

Exemplo:

CALMANO, W. Metals in sediments: Remobilization and environment hazards. In: MUNAWAR, M; DAVE, G. P. Development and Progress in Sediment Quality Assessment: Rationale, Challenges, Techiques & Strategies. Glasgow: Blackie and Son, 1996. p. 51-74.

Quando o autor de parte da obra ou do capítulo é o mesmo do livro, substitui-se o seu

nome por um travessão, equivalente a cinco caracteres.

Exemplo:

ALLOWAY, B. J. Appendices. In:______. Heavy metals in soils. Glasgow: Blackie and Son, 1990. p. 322-330.

4.5.3 Verbetes de enciclopédias e dicionários

Exemplos:

TECNOLOGIA. In: ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Enciclopédia Britânica do Brasil Ltda, 1981.

RECEPTION. In: CATUREGLI, M. G. Dicionário inglês-português: turismo, hotelaia e comércio exterior. 3. ed. São Paulo: Aleph, 1998. p. 169.

4.6 - Relatórios

4.6.1 Relatórios oficiais

Exemplos:

FACULDADE SUL BRASIL. Relatório Anual 2003. Toledo, 2004.

PARQUE NACIONAL DE ILHA GRANDE. Plano de Manejo 2004. Guaíra, 2004.

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4.6.2 Relatórios governamentais

Exemplo:

CRUZ ALTA. Prefeito (1996-1999: Tavares). Relatório final de mandato da gestão do prefeito Carlos Alberto Tavares em 30 de dezembro de 1999. Cruz Alta, 2000.

4.6.3 Relatórios técnicos

Exemplo:

KOTZ, J. Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI. Toledo: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 1999. 48 p. Relatório Técnico.

4.7 Teses, dissertações e monografias

AUTORIA. Título . Local, ano. número de folhas. Tese, Dissertação, Monografia

(Grau e Área) – Unidade de Ensino, Instituição.

Exemplo:

MILANI, G. M. Estudo da contaminação pelos metais Cu, Pb, Cd e Zn na rede trófica dos reservatórios de Taiaçupeba e do Parque Ecológico do Tietê, SP. São Paulo, 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia Sanitária) – Faculdade de Saúde Pública da USP.

4.8 Trabalhos acadêmicos

AUTORIA. Título . Local, ano. Número de folhas. Trabalho acadêmico (Disciplina) –

Curso ou Departamento, Unidade de Ensino, Instituição.

Exemplo:

SOUZA, S. Levantamento econômico do preço da soja na região oeste do Paraná. Toledo, 2001. 32 f. Trabalho de graduação (Disciplina de Administração Rural) – Curso de Administração com Habilitação em Agronegócios, Faculdade Sul Brasil.

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4.9 Eventos científicos

NOME DO EVENTO, número do evento, ano de realização. Local. Título . Local:

Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume.

Exemplo:

SIMPÓSIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIOS, 1., 2003, Faculdade Sul Brasil. Mercado nacional: oportunidades e desafios. Toledo: Curso de agronegócios, 2003. 1 v.

4.9.1 Trabalhos apresentados em eventos científicos

AUTORIA. Título do trabalho. In: NOME DO EVENTO, número do evento, ano de

realização, local. Título . Local: Editora, ano de publicação. página inicial-final.

Exemplo:

DIAS, S.; MARINHO. R. C.; SANTANNA, R. Avaliação do rendimento da cana-de-açúcar na região nordeste do estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 36., 1996, Campinas. Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola. Campinas: CREA-SP, 1996. p. 37-39.

4.10 Publicações periódicas

4.10.1 Periódicos considerados no todo (coleção)

TÍTULO DO PERIÓDICO. Local: Editor, ano de ínicio-término da publicação.

4.10.2 Artigos e periódicos

AUTORIA DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Periódico, Local de publicação,

número do volume, número do fascículo, página inicial-final do artigo, data.

Exemplo:

HAZIN, G.; MARTINS, V. Perfil sócio-econômico dos moradores do município de Toledo-PR. Revista Brasileira de Sociologia, São Paulo, v. 11, n. ½, p. 13-19, mar./jun. 1994.

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4.10.3 Artigos de jornais

AUTORIA DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, local de publicação,

data (dia, mês, ano). número ou título do caderno, seção, suplemento, etc., página(s) do artigo

referenciado, número de ordem da(s) coluna(s).

Exemplo:

SANCHEZ, E. Caça, pesca e preservação. Jornal da Tarde, São Paulo, Caderno Canal de Notícias, Ecologia e Turismo, 30 abr. 1997, v. 34, n 289, p. 4. 4.11 Traduções

AUTORIA DO DOCUMENTO ORIGINAL. Título . Edição. Tradução de/por: Nome

do tradutor. Local: Editora, ano.

Exemplo:

TAHAN, M. O homem que calculava. Tradução de: Breno Alencar Bianco. 21. ed. Rio de Janeiro: Conquista, 1962.

4.12 Documentos legislativos

4.12.1 Leis de decretos

NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Título e número da lei ou decreto,

data. Ementa. Dados da publicação que divulgou o documento.

Exemplo:

BRASIL. Decreto-lei n. 9.433 de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1 da lei n. 8.001, de março de 1990, que modificou a Lei n. 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, v. 115, n. 56, p. 6027, 09 de janeiro de 1997. Secção 1 , pt. 1.

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4.13 Entrevistas

4.13.1 Entrevistas não publicadas

AUTORIA (entrevistado). Ementa da entrevista. Local, data.

Exemplo:

KUPFER, M. Entrevista concedida a Fabio Hernandez. Londrina, 05 abr. 2002.

4.13.2 Entrevistas publicadas

AUTORIA (entrevistado). Título da entrevista. Referenciação do documento. Nota

indicativa de entrevista.

Exemplo:

TEIXEIRA, R. Confederação Brasileira de Futebol. Isto É Revista, Rio de Janeiro, n. 293, 26 de nov. 1999. p. 67-72. Entrevista.

4.14 Desenho técnico

AUTORIA. Título de desenho ou projeto. Local, ano. Descrição física.

Exemplo:

SILVA, C. R. Edifício Dol Pissol. Propriedade Raul Dol Pissol à Rua Castro Alves, esq. Av. Brasil. Cascavel, 23-26. 36 fls. Originais em papel vegetal.

4.15 Atas de REUNIÕES

AUTORIA (instituição, associação, organização ou outro), Local. Título e data. Livro

número, página inicial-final.

Exemplo:

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FACULDADE SUL BRASIL. Núcleo de Pesquisa, Toledo. Ata da reunião realizada dia 18 mar. 2002. Livro 03, p. 41 verso.

4.16 Documentos cartográficos

4.16.1 Mapas

AUTORIA. Título . Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor;

altura x largura. Escala.

Exemplo:

ITAIPU BINACIONAL. Reservatório de Itaipu. Foz do Iguaçu, 1999. 1 mapa: color, 60 x 80 cm. Escala 1:500.000.

4.16.2 Fotografia Aérea

Exemplo:

IBGE. Região Oeste do Paraná: foto aérea. Escala: 1:1.000.000. Curitiba, Fx27, n. 06, 2001.

4.16.3 Imagem de satélite

Exemplo:

LANDSAT TM 5. Escala:1:250.000. Toledo: Prefeitura Municipal de Toledo, 532-533. Imagem de satélite. Canal 3 e composição colorida.

4.17 Gravações sonoras (discos de vinil e cds)

AUTORIA (compositor). Título . Executante. Local: Gravadora, ano. Número de CDs

(tempo de gravação em minutos): tipo de gravação, número de canais sonoros. Número do

CD.

Exemplo:

CIDADE NEGRA. O Erê. São Paulo: Som Livre, 1997. 1 CD (56 min): digital, estéreo.

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4.18 Filmes e gravações em cassete

4.18.1 Legenda

Minutos – min.;

Som – mudo, sonoro (son.), legendado (leg.) ou dublado (dubl.);

Cor – p & b para preto e branco e color para colorido;

Dimensões – largura em milímetros (mm) ou polegadas (pol);

Gravação – VHS, NTSC, PAL-M e Betamax.

Foto – fot.

4.18.2 Filmes

TÍTULO. Direção de. Local: Produtora: Distribuidora, ano. Número de unidades

físicas (duração em minutos): indicação de som (legenda ou dublagem), indicação de cor;

largura em milímetros.

Exemplo:

PULP FICTION, Direção Quentin Tarantino. Los Angeles: Warner Film: Dist. Warner Bros. Brasil, 1998. 1 filme (96 min.): son., color.; 16 mm.

4.18.3 Gravações em cassete

TÍTULO. Direção de. Local: Distribuidora, ano. Número de unidades físicas (duração

em minutos): indicação de som (legenda ou dublagem), indicação de cor; largura e

milímetros. Sistema de gravação.

Exemplo:

POTENCIAL DA PESCA no reservatório de Itaipu: pesca ao tucunaré. Toledo: Fasul; Silvio produções, 2003. 1 cassete (17 min.): son.; 12 mm. VHS NTSC.

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4.19 Fotografias

AUTORIA (fotógrafo). Título . Ano. Número de unidades físicas: indicação de cor;

dimensões.

Exemplo:

GOMES, R. O vaqueiro. 1997. 1 fot.: p & b.; 16 x 56 cm.

4.20 Originais e reproduções de arte

4.20.1 Originais

AUTORIA (artista). Título . Ano. Número de unidades físicas e identificação da

técnica utilizada: indicação de cor; dimensões. Nome da instituição ou do proprietário do

acervo.

Exemplo:

BRAUN, E. Barco pesqueiro. 1999. 1 óleo sobre tela: color.; 80 x 70 cm. Casa do Artesão, Toledo.

4.21 Cartões postais

TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor.

Exemplo:

TEATRO MUNICIPAL. Toledo: Secom, [199-] 1 cartão postal: color.

4.22 Cartazes (pôsteres)

TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor.

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Exemplo:

LAGO MUNICIPAL. Toledo: Secom, [199-] 1 cartaz: color.

4.23 Comerciais (publicidade e/ou propaganda)

AUTORIA. Título (nome do produto, serviço ou outro aspecto anunciado). Editor,

produtor (se houver), data (dia, mês, ano). Nota indicativa de publicidade e/ou propaganda.

Exemplo:

NOVA SCHIN. Experimenta. 02 fev. 2004. Propaganda.

4.23.1 Jogos eletrônicos

TÍTULO DO JOGO. Local: Fabricante, ano. Descrição física.

Exemplo:

WARCRAFT III, São Paulo: Eletronic Arts, 2002. CD-ROM.

4.24 Informações e documentos eletrônicos

4.24.1 Arquivos eletrônicos

4.24.1.1 Arquivos de dados e textos (criados no computador)

AUTORIA DO ARQUIVO. Nome do arquivo. Extensão. Ementa. Custódia

(depositário). Local, data (dia, mês, ano). Descrição física. Programa gerador.

Exemplo:

CRUZ, R. M. Documento.doc. Toledo, 23 set. 2002. Arquivo (133 KB); disquete 3 21

pol. Word for Windows 6.0.

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4.24.2 Softwares (programas eletrônicos)

4.24.2.1 Programa

AUTORIA DO PROGRAMA. Nome do programa e versão. Local, ano. Descrição

física; tipo de suporte. Nota indicativa sobre aplicação do programa.

Exemplo:

SANTOS, A. S. R. dos. Cape 1.0. Toledo, 2003. 3 disquetes 321

pol (3.64 MB). Programa para cadastros de pescadores.

4.24.3 Disquetes

Exemplo:

FASUL. Secretaria Financeira. Balanço financeiro do mês de outubro 2003. Toledo, nov.

2003. 1 disquete 321

.

4.24.4 CD-ROM (compact disc on read only memory)

As referências de CD-ROM no todo, obedecem às normas padrão de referência

acrescidas do termo CD-ROM ao final.

Exemplo:

BISSOLI, M. A. Estágio em turismo e hotelaria. São Paulo: Aleph, 2002. 1 CD-ROM

4.25.1 Fontes eletrônicas online

AUTORIA. Título . Fonte (se for publicado). Disponível em: <endereço eletrônico>

Acesso em: data (dia, mês, ano).

Exemplo:

ITAIPU BINACIONAL. Itaipu – a maior usina hidrelétrica do mundo. Foz do Iguaçu: ITAIPU, 1974-1999. 2. ed. Curitiba, 2000. Disponível em: <http://www.itaipu.gov.br> Acesso em: 08 dez. 2000.

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CAPÍTULO V

NORMAS PARA CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ

Neste capítulo serão apresentadas as normas para apresentação de citações e notas de

rodapé, baseadas na NBR 10520 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, que

estabelece as condições exigidas para a apresentação de citações em documentos técnico-

científicos e acadêmicos da Faculdade Sul Brasil.

5.1 Citações

Ao ato de mencionar em um texto informações extraídas de outras fontes dá-se o

nome de citação. Faz-se necessária para esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto

apresentado.

As citações são consideradas diretas quando se faz a transcrição literal de um texto ou

parte dele e indiretas quando são escritas pelo autor do trabalho, mas com base nas idéias de

outros autores. Recomenda-se evitar citações referentes a assuntos de conhecimento rotineiros

ou amplamente divulgados, o mesmo deve acontecer com publicações de origem didática,

como apostilas e anotações de aula.

As citações podem ser obtidas de documentos ou de canais informais (palestras,

debates, conferências, entrevistas, entre outros). As fontes das quais foram extraídas as

citações podem ser indicadas no texto pelo sistema autor-data ou pelo sistema numérico.

5.1.1 Citação direta

Trata-se da transcrição literal de um texto ou de parte dele onde se mantém a grafia, a

pontuação, o uso de maiúsculas e o idioma originais. Geralmente é utilizada para mencionar

um pensamento importante quando este é bem expresso, ou quando é indispensavelmente

necessário e essencial transcrever as palavras de um autor.

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Na citação direta podem ser adotados tanto os sistemas autor-data como o sistema

numérico.

5.1.1.1 Citação com até cinco linhas

A citação com até cinco linhas, ou citação curta, é transcrita entre aspas, com o mesmo

tipo e tamanho da letra utilizada no parágrafo do texto no qual será inserida.

O uso das aspas delimita a citação direta. Caso o texto citado já contenha sinal de

pontuação encerrando a frase, as aspas finais são colocadas após este sinal; caso contrário, as

aspas delimitam o final da citação.

A citação que apresenta ponto final no original:

- no sistema autor data:

Exemplo:

O livro de Cleffi pode ser usado para iniciar um curso de Biologia, mostrando-nos

noções básicas de ecologia, como “ ...que os seres vivos interagem, continuamente e de varias

maneiras, uns com os outros e com o ambiente onde vivem. Como essas interações são

complexas, é preciso considerá-las separadamente, uma de cada vez, quando se quer estudar a

biosfera.” (CLEFFI, 1985, p. 3)

- no sistema numérico

Exemplo:

“Previsões são resultados teóricos, lógicos e esperados para um problema proposto.

Fazer previsões é um procedimento comum e freqüente em ciências.”1

Citação que não apresenta ponto final no original:

- no sistema autor-data

Exemplo:

Na aqüicultura intensiva, “os custos com rações representam mais de 50% do custo

total de produção” (EL-SAYED, 1999, p. 23).

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- no sistema numérico

Exemplo:

“A evolução da nutrição animal esta diretamente ligada a estudos referentes a

digestibilidade dos nutrientes presentes nos alimentos utilizados na formulação de rações”.1

5.1.1.2 Citação com mais de cinco linhas

A citação com mais de cinco linhas, ou citação longa, é transcrita em parágrafo

distinto. Inicia na margem de parágrafo, sem deslocamento na primeira linha e termina na

margem direita. A segunda linha e seguintes são alinhadas sob a primeira letra do texto da

citação. Deve ser apresentado sem aspas e transcrito com entrelinhamento e letra menor,

deixando-se uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e posterior.

Exemplo:

CLEFFI (1985, p. 73), refere-se às modificações ocorridas nos ecossistemas,

esclarecendo que:

As atividades humanas já produziram uma grande soma de terras devastadas e de desertos. O imenso Saara é, em parte, resultado de superpasteio, irrigação errada, desmatamento. Atualmente esse deserto avança para o sul a uma velocidade de vários quilômetros por ano. O grande deserto de Thar, nas índias Ocidentais, deve-se também a ação humana – há cerca de 2000 anos, o atual centro desse deserto era uma selva: praticas deficientes de cultivo, corte de árvores e superpasteio exterminaram-na, provocando o crescimento do deserto. Casos como os do Saara e de Thar podem se repetir em muitas partes do globo.

5.1.1.3 Citação de poemas e de textos teatrais

Neste caso, sem restrições quanto ao seu tamanho, segue-se as mesmas orientações

para a apresentação da citação com mais de cinco linhas.

Exemplo:

Ecoa um grito na alma, estou perdido, o que vou fazer. (REIS, 2001, p. 67)

Os poemas e textos teatrais diferenciam-se dos demais em alguns aspectos:

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Quando se cita um poema inteiro, deve-se observar entrelinhamento menor entre os

versos e maior entre as estrofes.

Exemplo:

Não lhe quero coberta de ouro, Nem tão pouco coberta de prata. Você era o meu tesouro, E hoje, você não faz falta.

O teu fingimento, foi o causador, Do rompimento, do nosso amor. Vai, fingida, e me deixa em paz, Porque nesta vida, não lhe quero mais. (REIS, 2001, p. 51)

Se uma linha ultrapassar a margem direita, o excedente deve vir recuado em relação à

margem esquerda e alinhado à direita.

Exemplo:

Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos, recompus a figurinha que

chorava (BADEIRA, 1974, p. 193).

5.1.1.4 Omissões em citação

As omissões são permitidas desde que não alterem o sentido do texto citado. São

indicadas pelo uso de reticências no início ou no final da citação. Quando houver omissões no

meio da citação, usam-se reticências entre parênteses.

O uso de reticências indica interrupção do pensamento ou omissão intencional de algo

que se devia ou podia-se dizer e que apenas se sugere, por estar nitidamente subentendido. As

omissões podem ocorrer da seguinte maneira:

5.1.1.5 Omissão no meio da citação

Exemplo:

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“Algumas declarações assinadas pelos responsáveis da empresa (...) permitiram duplo

entendimento. Como afirma um diretor científico no setor químico-farmacêutico, creio que a

tendência de fundo é uma empresa cidadã.” (BRODHAG, 1994, p. 45)

5.1.1.6 Omissão no início da citação

Exemplo:

“...novas descobertas e novas formas de pensamento evidenciaram as limitações do

modelo newtoniano e prepararam o caminho para as revoluções cientificas do século XX.”

(CAPRA, 1997, p. 65)

5.1.1.7 Omissão no final da citação

Exemplo:

“Essas terras foram ocupadas, inicialmente, através de atividades extrativistas...”

(GREGORY, 2002, p. 109)

5.1.1.8 Interpolações em citação

Interpolações são esclarecimentos ou comentários inseridos em citações, que são

apresentados entre colchetes.

Exemplo:

“Uma primeira aproximação para se quantificar o grau de desenvolvimento de um país

está relacionado a produção do país dividido pelo seu número de habitantes [produto per

capita].”(GREMAUD, 2002, p. 77)

5.1.1.9 Ênfase e destaque em citação

Para dar ênfase (indicar espanto, entusiasmo ou embaraço) em citação, usa-se o ponto

de exclamação entre colchetes imediatamente após o que se deseja enfatizar.

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Exemplo:

“O produto turístico é um conjunto composto de bens e serviços produzidos em

diversas unidades econômicas[!], que sofre uma agregação no mercado ao serem postos em

destaque os atrativos turísticos”. (BENI, 2001, p. 172)

Quando for indispensável destacar palavras ou frases em citações diretas, estas devem

ser negritadas, seguidas de uma das expressões: sem grifo no original, grifo meu ou grifo

nosso, entre colchetes.

Exemplos:

“A melhor maneira de se estudar o mercado turístico é por meio de segmentação

[sem grifo no original], que é a técnica estatística de comparar...”. (BENI, 2001, p. 172)

BENI (2001, p.172) afirma que “a melhor maneira de se estudar o mercado turístico é

por meio de segmentação [grifo meu], que é a técnica estatística de comparar...”.

Se a citação já apresenta um destaque no original, usa-se a expressão [grifo do autor]

entre colchetes.

Exemplo:

“Ao longo de 1988, o Ministro Maílson adotou a chamada política “feijão com arroz”

[grifo do autor]...”. (GREMAUD, 2002, p. 445)

5.1.1.10 Citação direta em rodapé

A citação direta incluída em nota de rodapé aparece sempre entre aspas,

independentemente de sua extensão.

No texto:

Nos Estados Unidos, por exemplo, a distribuição de cruzeiros marítimos por meio das

agências representa 95% a 99% das vendas das companhias marítimas.1

No rodapé:

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1 Dados obtidos durante o I Seminário de Cruzeiros, realizado no Rio de Janeiro, de 2

a 3 de dezembro de 2001. (Boletim de Turismo e Administração Hoteleira, 2002, p. 97)

5.1.2 Citação indireta

Dá-se o nome de citação indireta para os testos redigidos pelo autor do trabalho tendo

como referência as idéias de outros autores, porém, traduzindo fielmente o sentido do texto

original. Esta citação pode aparecer de duas maneiras, apresentadas a seguir.

5.1.2.1 Paráfrase

Significa expressar a idéia(s) de outro(s) autor(es), com a(s) palavra(s) do autor do

trabalho, mantendo aproximadamente o mesmo tamanho da citação original. Geralmente

utilizada para substituir longas citações diretas, é escrita sem aspas com o mesmo tipo e

tamanho de letra e podem ser acrescentados os números da página inicial e final do texto

original.

No sistema autor-data:

Exemplo:

Confessou, então, que só soube que o jornal ia parar nas mãos de Antonio Carlos

depois de assinado o contrato (GOMES, 2001, p. 289).

No sistema numérico:

Exemplo:

Segundo CARNEGIE, ninguém pode, por certo responder a uma pergunta tão vasta

como esta, mas nós sabemos que certas doenças, como a sífilis, atacam e destroem as células

do cérebro, causando a loucura1.

5.1.2.2 Condensação

É o resumo de um texto longo, um capítulo, uma seção ou parte, sem alterar a idéia

principal do autor. Podem ser acrescentados os números da página inicial e final do texto

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original (parte ou capítulo), porém, tratando-se de leitura de uma obra completa, estes não são

necessários. A condensação é escrita sem aspas, com o mesmo tipo e tamanho de letra

utilizado no parágrafo do texto no qual está inserida.

Exemplo:

Em O outro lado do poder, ABREU (1979), conta através de um depoimento sua

participação no Governo Geisel, fala sobre o que fez e o que viu durante mais de três anos em

que esteve do outro lado do poder.

5.1.3 Outras formas de citação

5.1.3.1 Citação de citação

Torna-se necessário quando se menciona um trecho de um documento ao qual não se

teve acesso, porém, se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho. Neste caso

pode-se utilizar tanto o sistema autor-data quando o sistema numérico.

A indicação da fonte de uma citação de citação pode ser feita:

- Na forma textual: pelo sobrenome do autor do documento original, com iniciais

maiúsculas, seguido do número sobrescrito correspondente a nota de rodapé, de vírgula, da

expressão citado por, do sobrenome do autor do documento consultado, com inicial

maiúscula, e ainda do ano e da página, estes dois últimos entre parênteses.

No texto:

HANLEY3, citado por CYRINO et al. (2000) afirma que as pesquisas sobre as

exigências em proteína, energia e adequação da relação energia/proteína em rações para

peixes são oportunas e necessárias.

No rodapé: 3 HANLEY, F. Effects of feeding supplementary diets containing varying levels of lipid on growth, food conversion, and body composition of Nile tilapia, Oreochromis Niloticus (L.). Aquaculture, v.93, p.323-334, 1991.

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Na lista de referências:

CYRINO, J. E. P.; PORTZ, L.; MARTINO, R. C. 2000. Retenção de proteína e energia em juvenis de “black bass” - Micropterus Salmoides. Scientia Agrícola, v.57, n.4, p.609-616, out./dez. 2000.

- Após a idéia do autor: pelo sobrenome do autor do documento original, com inicial

maiúscula, seguido do número sobrescrito correspondente à nota de rodapé, de vírgula, da

expressão citado por ou apud, do sobrenome do autor do documento consultado, com letra

maiúscula e, ainda, do ano e da página entre parênteses.

No texto:

As pesquisas sobre as exigências em proteína, energia e adequação da relação

energia/proteína em rações para peixes são oportunas e necessárias (HANLEY3, apud

CYRINO et al., 2000).

No rodapé: 3HANLEY, F. Effects of feeding supplementary diets containing varying levels of lipid on growth, food conversion, and body composition of Nile tilapia, Oreochromis Niloticus (L.). Aquaculture, v.93, p.323-334, 1991.

Na lista de referências:

CYRINO, J. E. P.; PORTZ, L.; MARTINO, R. C. 2000. Retenção de proteína e energia em juvenis de “black bass” Micropterus Salmoides. Scientia Agrícola, v.57, n.4, p.609-616, out./dez. 2000.

5.1.3.2 Citação de informação obtida por meio de canais informais

São citações originarias de palestras, debates, conferências, entrevistas ou ainda de

correspondências pessoais, anotações de aula, entre outras. É preferível se utilizar essas

citações somente quando for possível comprová-las, isto é, quando for possível retomar o

depoimento e demonstrar que este é fidedigno, através de cartas, documentos oficiais,

gravações em vídeos, entre outros.

Quando não há registro dos dados obtidos (anotações de aula, por exemplo) pode-se

indicar entre parênteses a expressão “informação verbal” logo após a citação no texto, ou

pode-se fazer uma chamada para a nota de rodapé, porém essa não deve ser incluída na lista

de referências.

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Só no texto:

Exemplo:

Joaquim Soares Freitas, em palestra proferida em 22 de abril de 1981, no I Encontro

de Cientistas da América do Sul, ressalta que a pesquisa necessita urgentemente de recursos

financeiros oriundos do poder público. (informação verbal)

No texto, usando nota de rodapé:

No texto:

Para SILVA (1957), a praia de Copacabana é o ponto de encontro de belas mulheres1.

No rodapé: 1 Comunicação pessoal do autor (16 de dezembro de 1957).

5.1.3.3 Citação de trabalho em fase de elaboração ou não publicado

Na citação extraída de trabalhos em fase de elaboração ou não publicados, deve-se

indicar os dados bibliográficos disponíveis, seguidos da expressão no prelo, em fase de

elaboração, em fase de pré-publicação ou não publicado, entre parênteses, no texto. Este

documento deve ser incluído na lista de referências.

No texto:

Segundo COLDEBELLA (não publicado), o excesso de manejo proporcionado pelas

trocas de água e limpeza da cuba interferiu na digestão dos alimentos, bem como, a falta de

um ambiente refrigerado para coleta das fezes pode ter gerado alterações nas mesmas.

Na lista de referências:

COLDEBELLA, A. Determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente de alguns alimentos convencionais e alternativos para o “black bass” - Micropterus Salmoides. (2004). Não publicado.

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5.1.3.4 Citações em tabelas

Quando ocorrem citações em tabelas, quadros ou figuras, seja no corpo ou na fonte

dos dados, os documentos citados em tabelas, quadros ou figuras devem ser incluídos na lista

de referências.

Exemplo:

TABELA 01 - Composição Química dos ingredientes testados no treinamento alimentar de M.

Salmoides.

INGREDIENTES (g/100g)

NUTRIENTE Farinha de

Peixe Chilena1

Coração

Bovino2 Sardinha2

Filé de

Tilápia3

Matéria Seca 89,10 +/- 0,85 71,73 25,60 21,79

Proteína Bruta 67,47 +/- 1,01 50,92 79,00 85,24

Extrato Etéreo 8,48 +/- 3,89 21,54 16,09 11,00

Cinzas 5,20 +/- 1,86 0,69 4,98 3,80

Fonte: 1PORTZ, L., 2001; 2LUZ, R. K. et al., 2002; 3COLDEBELLA, A. et al., 2002.

Na lista de referências:

COLDEBELLA, A.; GENTELINI, A. L.; SIGNOR, A.; MARTINS, C. V. B.; FEIDEN, A.; BOSCOLO, W. R. Caracterização bromatológica do filé e pasta protéica da carcaça da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). In: XI Encontro Anual de Iniciação Científica, 2002, Maringá, Pr. Resumos... Maringá: UEM, 2002. CD-ROM. LUZ, R. K.; SALARO, A. L.; SOUTO, E. F.; OKANO, W. Y.; DE LIMA, R. R. Condicionamento alimentar de alevinos de trairão (Hoplias cf. lacerdae). Revista Brasileira de Zootecnia, v. 31, n. 5, p. 1881 – 1885, 2002.

PORTZ, L. Utilização de diferentes fontes protéicas em dietas formuladas pelo conceito de proteína ideal para o “black bass” (Micropterus salmoides). Piracicaba, 2001. 111 f. Tese – Escola Superior de Agricultura “Luis de Queiroz”, Universidade de São Paulo – USP.

5.1.4 Indicação das fontes citadas

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Pode ser feita tanto para o sistema autor-data quanto pelo sistema numérico sempre

buscando dar uniformidade à fonte no texto e notas bibliográficas em rodapé ou na lista de

referências e mantendo o sistema escolhido do início ao final do documento.

A indicação do número da(s) página(s) do documento que contêm a citação pode ser

feita da seguinte forma:

Quando forem citadas páginas consecutivas, os números da página inicial e final são

separados por hífen.

Exemplo:

p. 345-348

Quando as páginas não forem consecutivas, os números são separados por vírgula.

Exemplo:

p. 2, 7, 11

5.1.4.1 Sistema autor-data

É o sistema mais recomendado, porém, faz-se necessário observar algumas condições:

a) Ao se usar este sistema, não podem ser incluídas as fontes em rodapé, exceto nos

casos de citação de citação em que somente o autor citado figura em nota de rodapé e o autor

que o criou, em lista de referências;

b) A referência completa de documento deve figurar em lista, no final do capítulo ou

do trabalho, organizada alfabeticamente;

c) As entradas de autoria são escritas com letras maiúsculas, seguidas da data de

publicação do documento citado e da página ou seção da qual foi extraída a citação, entre

parênteses e após a citação.

Exemplo:

(BENI, 2001, p. 409)

Quando a menção ao nome do autor está incluída na frase, a data de publicação do

documento e a paginação são transcritas entre parênteses, precedidas pela abreviatura

correspondente.

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Exemplos:

Mário Carlos BENI (2001, 4ª parte)

GREMAUD (2002, p. 351-356)

As notas explicativas ou informativas são chamadas normalmente no texto por

números altos e alceados ou entre parênteses, ou entre colchetes.

5.1.4.1.1 Autor

O sobrenome do autor deve ser escrito com letra maiúscula no texto, podendo ser

precedido pelas iniciais dos prenomes ou pelos próprios prenomes, e seguido pela indicação

do ano e da(s) página(s).

Exemplos:

De acordo com BENI (2001, p. 409)

De acordo com M. C. BENI (2001, p. 409)

De acordo com Mário Carlos BENI (2001, p. 409)

5.1.4.1.2 Autor entidade

No caso de autor entidade, pode-se citar das seguintes maneiras:

a) Pelo nome da entidade escrito por extenso ou pela sigla, ambos com letras

maiúsculas.

Exemplo:

(FACULDADE SUL BRASIL, Coordenação de Sistemas de Informação, 2002, p. 11).

b) Pela jurisdição, quando se tratar de órgão do poder público federal, estadual ou

municipal.

Exemplos:

(UnB, 2002, p. 11)

Segundo estudos da UnB (2002) ...

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5.1.4.1.3 Dois autores

No caso de haver dois autores, seus nomes devem ser grafados com letras maiúsculas,

separados por “e”, com indicação do ano e página(s) entre parênteses, na forma textual, ou

por ponto e vírgula, seguidos de ano e página(s), quando mencionados após a idéia do autor

do trabalho.

Exemplos:

(PIZZOLATO; WELLNER, 1997, p. 37-42)

De acordo com PIZZOLATO e WELLNER (1997, p. 37-42) ...

5.1.4.1.4 Três autores

Todos devem ter seus nomes grafados com letras maiúsculas, separados por vírgula,

seguidos do ano e página(s), para o caso de serem mencionados após a idéia do autor do

trabalho; com ano e páginas entre parênteses ou por ponto e vírgula quando citados após a

idéia do autor do trabalho.

Exemplo:

(RAGAB; DARAWISH; MALEK, 1968, p. 9-30)

Conforme RAGAB, DARAWISH e MALEK (1968, p. 9-30)...

5.1.4.1.5 Mais de três autores

Neste caso cita-se o primeiro sobrenome, seguido da expressão et al. (do latim et alii,

que significa e outros), do ano e página(s).

Exemplo:

DRUDI, A. et al. (1976, p.139-147)

(DRUDI, A. et al., 1976, p.139-147)

5.1.4.1.6 Vários documentos de um mesmo autor publicados em um mesmo ano

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Se houver mais de um documento publicado no mesmo ano, acrescenta-se a estes

letras minúsculas em ordem alfabética. O que ocorre também na lista de referências.

Exemplos:

(SILVA, 1985a, p. 35)

(SILVA, 1985b, p. 72)

BRUDI, A. et al. (1976a)

BRUDI, A. et al. (1976b)

Segundo dados do IBGE (2001a, 2001b)...

5.1.4.1.7 Vários autores com uma mesma idéia ou argumento

Quando se faz necessário citar trabalhos de diferentes de autores sobre um mesmo

assunto, as citações seguem uma ordem cronológica, do mais antigo para o mais atual.

Exemplo:

De acordo com JORGE, A. M. et al. (1993, p. 404), MOLETTA, J. L. (1990, 99 f),

MÜLLER, L. et al. (1994, p. 127-129) as características...

5.1.4.1.8 Eventos científicos

Cita-se seu nome completo, na ordem direta, grafado com iniciais maiúsculas e ao

final da citação, menciona-se o nome completo do evento, grafado com letras maiúsculas,

seguido do ano, entre parênteses, conforme indicação na lista de referências.

Exemplo:

Os resumos apresentados no XIII Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca,

realizado em Porto Seguro – BA, 2003, indicam...

(XIII Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, 2003).

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5.1.4.2 Sistema numérico

É também conhecido por citação-nota, sendo que a fonte da qual foi extraída a citação

é indicada em nota de rodapé no final do artigo ou do capítulo, que também deve aparecer na

lista de referências no final do trabalho. Quando se escolhe este sistema, a numeração das

citações deve ser aplicada somente para referências, utilizando-se outra forma de remissão

(asterisco, por exemplo) para notas explicativas ou informativas.

5.1.4.2.1 Apresentação

As citações devem ser numeradas em ordem crescente dentro de um mesmo capítulo

ou artigo e, os números no rodapé, indicam a fonte citada no texto. Os números podem ser

indicados no texto entre parênteses, entre colchetes ou sobrescrito logo após a citação:

No texto:

KUBITZA recomenda (...) intensivo. (1)

KUBITZA recomenda (...) intensivo. [1]

KUBITZA recomenda (...) intensivo. 1

No rodapé:

(1) KUBITZA, F. Titulação. Jundiaí. 1999. p. 35.

[1] KUBITZA, F. Titulação. Jundiaí. 1999. p. 35. 1 KUBITZA, F. Titulação. Jundiaí. 1999. p. 35.

Na lista de referências deve-se obedecer a ordem numérica, desconsiderando a ordem

alfabética.

No rodapé:

Quando transcritas no rodapé as fontes devem seguir os seguintes critérios:

- Iniciar com o indicativo numérico, no recuo de parágrafo;

- O indicativo numérico deve ser separado do texto da nota por um espaço;

- São escritas com letra e entrelinhamento menores que o do texto;

- A segunda linha e as seguintes iniciam na margem esquerda;

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- Devem vir separadas do texto por uma linha em branco;

- Devem começar e terminar na página em que a nota foi inserida, sendo que a última

linha deve coincidir com a margem inferior da página.

Citações inseridas em nota de rodapé devem aparecer entre aspas, independentemente

de sua extensão. Neste caso, a referência aparece entre parênteses, após a citação.

Quando as notas do mesmo autor estiverem em seqüência, poderão ser usadas

expressões latinas, seguidas do número da página citada:

apud (citado por, junto a, em): citação de segunda mão;

cf. (confer: compare, confira): confrontar, refere-se a;

et. seq. (sequentia: seguinte ou que segue): quando se menciona somente a primeira

página em que aparece a citação, porém refere-se também às demais;

ibid. (ibidem: na mesma obra): do mesmo autor, mesmo documento, porém as páginas

são diferentes. Exemplo: Ibid., p. 234;

id. (idem: do mesmo autor): mesmo autor, mesmo documento e mesma página;

escreve-se apenas o termo id., sem indicação de páginas;

loc. cit. (loco citato: no lugar citado): documento já citado na página anterior;

op. cit. (opere citato: na obra citada): é usado quando o autor vai se reportar a um

documento já citado, mas há outro intercalado;

passim (aqui e ali): quando um assunto é tratado pelo autor citado em todo o seu

documento, não sendo identificada uma página precisa:

5.1.5 Notas de rodapé

São utilizadas para abordar pontos não incluídos no texto, de modo a não

sobrecarregá-lo. Aparecem no pé da página, onde são indicadas, e podem caracterizar-se por:

a) Notas de conteúdo: que evitam explicações longas dentro do texto (prejudiciais à

linha de argumentação), podendo incluir uma ou mais referências usadas para esclarecimentos

e para referências cruzadas;

b) Notas de referência: que indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes

da obra em que o assunto foi abordado e são usadas para citação de autoridade e para citação

de citação;

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c) Notas de esclarecimento: são utilizadas quando se fazem necessários comentários,

explanações ou traduções que não devem ser incluídas no texto para não interromper a linha

de pensamento. As notas de esclarecimento ou explicativas devem ser breves, sucintas e

claras;

Exemplo:

No texto:

Este artigo foi concebido com objetivo de discutir a sustentabilidade da educação

superior em turismo e hotelaria2 no Brasil.

No rodapé: 2 Este artigo refere-se a turismo e hotelaria de forma genérica. Entretanto, há variações na nomenclatura dos cursos nessas áreas, como Turismo, Hospitalidade, Administração Hoteleira, Turismo e Hotelaria.

d) Citação de autoridade ou indicação de fonte: a nota de referência é usada para

indicar a fonte consultada e que foi mencionada no texto.

No texto:

De acordo com MARIANI (2002) a vivência do lugar constitui um dos elementos

importantes para entender o afluxo de turistas para Bonito5.

No rodapé: 5 MARIANI, M. A. P. Percepção dos turistas e moradores do município de Bonito: o lugar, os sujeitos e o turismo. Turismo – visão e ação. Itajaí, ano 4, n. 11, p. 56-58, 2002.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 1992. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2000. BARROS, A. J. P. de e LEHFELD, N. A. S. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. FACHIN, O. Fundamentos de metodologia, 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. GONÇALVES, H. A. Manual de projetos de pesquisa científica. São Paulo: Avercamp, 2003. GONSALVES, E. P. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Alínea, 2001. INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Redação e editoração. Curitiba: UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos científicos, 8.) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Tabelas. Curitiba: UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos científicos, 9.) RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos, 4.ed. São Paulo: Atlas, 1996. SANTOS, A. R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento, 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Citações e Notas de rodapé. Curitiba: UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos científicos, 7.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Referências. Curitiba: UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos científicos, 6.)