universidade candido mendes avm – faculdade … · terra (2005, 2003, 2001), tonet e torres da...

53
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO DO CONHECIMENTO: RECURSO ESTRATEGICAMENTE RELEVANTE NO ÂMBITO DAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS Marília Pacheco Teixeira Telles ORIENTADOR: Prof. Carlos Cereja Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Upload: others

Post on 02-Apr-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

GESTÃO DO CONHECIMENTO: RECURSO

ESTRATEGICAMENTE RELEVANTE NO ÂMBITO DAS

ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS

Marília Pacheco Teixeira Telles

ORIENTADOR:

Prof. Carlos Cereja

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Marília Pacheco Teixeira Telles

GESTÃO DO CONHECIMENTO: RECURSO

ESTRATEGICAMENTE RELEVANTE NO ÂMBITO DAS

ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS

Rio de Janeiro 2016

3

AGRADECIMENTOS

À Deus, por tudo que permite acontecer em minha

vida!

Ao meu marido, Paulo Roberto, pelo incentivo, pelo

apoio e pela compreensão dispensados a mim.

4

DEDICATÓRIA

Ao Paulo Roberto, sempre ao meu lado,

incentivando, estimulando e apoiando minhas

conquistas!

5

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de apresentar como a Gestão do

Conhecimento tornou-se primordial para o atingimento de vantagem

competitiva nas organizações brasileiras. Isso porque, com o crescimento

econômico mundial acelerado e o mercado em constantes mudanças e

transformações, o conhecimento tornou-se o principal ativo dentro das

organizações, em termos de diferencial competitivo, valorizando cada vez mais

o capital intelectual. As informações gerenciais tornaram-se ferramentas

essenciais numa organização, onde novas competências surgiram criando um

novo perfil de trabalhador, com atitudes e capacidade intelectual cada vez mais

valorizados. E a Gestão do Conhecimento veio agregar mais valor às

informações, distribuindo-as e disseminando-as na organização, transformando

o capital intelectual num dos principais ativos da empresa. A educação

corporativa, como forma de aprendizagem continuada, e na maiorias das

vezes, à distância, veio para acrescentar e desenvolver os profissionais dessas

organizações, de forma consolidada, continuada e com o objetivo maior de

desenvolver competências, para o alcance de níveis e performances

adequadas ao cargo, num aprimoramento e atingimento de metas e objetivos

traçados pela organização.

6

METODOLOGIA

Os procedimentos de pesquisa utilizados para atingir os objetivos

propostos neste estudo envolveram pesquisa exploratória descritiva, com

instrumentos de pesquisa exploratória descritiva, com instrumentos de

pesquisa documental e bibliográfica. A análise dos dados secundários será de

modo qualitativo e baseado em materiais e fontes registradas na mídia

impressa e eletrônica, tais como livros, revistas, periódicos, monografias,

dissertações e websites.

Inicialmente serão destacadas as abordagens de ordem teórico-

conceitual quanto à Gestão do Conhecimento.

Em seguida, o destaque será para as estratégias baseadas em

conhecimento e a importância de uma administração da informação.

E, por cima construção de oportunidades e aprendizados

organizacionais para aumentar a vantagem competitiva.

Para fomentar esta análise, diversos estudiosos importantes da

Gestão do Conhecimento fazem parte das referências deste trabalho, dentre

eles, Fleury e Oliveira Júnior (2001), Sveiby (1998), Nonaka e Takeuchi (1997),

Terra (2005, 2003, 2001), Tonet e Torres da Paz (2006), De Sordi (2015),

estudioso da área de Administração da Informação e de Gestão de Processos,

assim como Idalberto CHIAVENATO (2012), especialista na área de

administração de empresas e recursos humanos.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

GESTÃO DO CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO 10

CAPÍTULO II

G

ESTÃO DO CONHECIMENTO E GESTÃO DE RH 20

CAPÍTULO III

GESTÃO DO CONHECIMENTO E VANTAGEM COMPETITIVA 38

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 48

WEBGRAFIA 50

ÍNDICE 51

8

INTRODUÇÃO

O conhecimento, cada vez mais tornou-se um recurso indispensável

nas organizações para valorização do capital intelectual, obtenção de

vantagem competitiva e diferenciação estratégica. Com a sociedade

globalizada, na era da informação e do conhecimento, conhecimento e

inovação tornaram-se elementos principais num contexto organizacional. Não

há como se adaptar às mudanças, estar aberto à aprendizagem organizacional

ou gerar inovação sem o uso da informação e de conhecimento.

Diante disso, surgiu um questionamento: De que maneira a Gestão

do Conhecimento contribui para o desenvolvimento e o crescimento

organizacional?

A Gestão do Conhecimento é um processo que concilia tecnologias

da informação e processos de comunicação no desenvolvimento constante do

aprendizado organizacional. E sob esse enfoque, o conhecimento é visto como

um ativo corporativo intangível, que agrega valor à maioria dos produtos e

serviços, tendo a inteligência humana por trás disso tudo.

Nasce daí uma necessidade de transformação total e irrestrita das

organizações a partir das pessoas que compõem as organizações e de como

compartilham seus conhecimentos.

Para que o processo de Gestão do Conhecimento aconteça,

independente da estratégia baseada em conhecimento a ser adotada, é

necessário haver uma administração eficaz da informação.

Identificar como a Gestão do Conhecimento, aliada à uma eficaz

gestão da informação pode contribuir para o desenvolvimento e o crescimento

organizacional e é o objetivo principal deste trabalho.

Portanto, não resta dúvida de que a sociedade globalizada, ou

melhor, a era da informação e do conhecimento, deixa evidente de que é

preciso investir no recurso conhecimento de maneira séria, com muito

empenho e de forma sistematizada, de identificação, maximização e

codificação de informações e de conhecimentos estrategicamente relevantes. A

9

Gestão do Conhecimento é um processo que concilia tecnologias de

informação, processos de comunicação no desenvolvimento constante do

aprendizado organizacional.

Diante disso tudo serão abordados no capítulo I, termos conceituais

sobre Gestão do Conhecimento e Gestão da Informação, assim como suas

evoluções na sociedade.

No decorrer do capítulo II serão apresentadas como organizações

bem desenvolvidas estão utilizando sistemas de administração de recursos

humanos para desenvolver pessoas, agregar-lhes valor e torná-las cada vez

mais capacitadas e habilitadas para o trabalho. No decorrer, como a gestão de

competências e a gestão do capital intelectual tem contribuído para a

valorização do recurso intangível das organizações, assim como a educação

corporativa vem sendo muito utilizada no aprimoramento e desenvolvimento

das pessoas, num ambiente de aprendizagem acelerada e continuada.

Por fim, no capítulo III, a vantagem competitiva é apresentada de

forma a destacar as organizações que fazem uso dela como diferencial

estratégico, num mercado moderno e acelerado, a partir de novas

oportunidades e vantagens.

10

CAPÍTULO I

GESTÃO DO CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO

As organizações compreendidas como núcleos sociais que interagem com a sociedade estão imersas em um contexto complexo e extremamente competitivo, cuja dinâmica impõe constantes desafios aos seus gestores. Da mesma maneira, a relação entre dados, informação e conhecimento, as tecnologias de informação e comunicação e as pessoas é essencial para a sobrevivência organizacional nesse contexto. (DE SORDI, 2015, prefácio).

1.1. Conceitos

- Dados: são simples observações, facilmente obtidos por máquinas,

frequentemente quantificados e transferíveis. Pode ser entendido como a

matéria-prima básica da informação e do conhecimento. Melhor dizendo, é o

meio através do qual informação e conhecimento são armazenados e

transferidos. Num contexto organizacional, dados são utilitariamente descritos

como registros estruturados de transações, descrevendo parte daquilo que

aconteceu, sem julgamento, nem interpretação para tomada de ação. Para um

dado se transformar em informação é necessário estar dentro de um contexto.

- Informação: é composta por dados organizados, dispostos numa estrutura

específica. Pode-se considerar informação como dados dotados de relevância

e propósito (DRUCKER, 1990, p.74).

- Conhecimento: é resultado da interpretação da informação e de sua

utilização para algum fim, especificamente para gerar novas ideias, resolver

problemas ou tomar decisões. Conhecimento é o resultado de nossa

aprendizagem, daquilo que experimentamos e podemos utilizar novamente em

diversas situações. Este difere da informação, porque é dinâmico, humanístico

e contextual (NONAKA & TAKEUCHI, 2000, p.96).

11

O conhecimento existe quando uma informação é interpretada e

suficientemente compreendida por alguém, dando a este indivíduo a

capacidade para agir ou tomar decisões (SVEIBY, 2001, p.9-12)

A diferença entre informação e conhecimento está nas pessoas,

porque estas possuem experiências, valores, crenças, know-how e insights que

as ajudam a discernir e julgar o uso apropriado da informação. Acredita-se que,

assim, o usuário dá sentido aquela informação, conseguindo aplicá-la e a

transformá-la em conhecimento.

1.2. Tipos de Conhecimento

Segundo Nonaka e Takeuchi (1997, p. 362), criar conhecimento em

uma organização depende da interação contínua e dinâmica entre os

conhecimentos explícito e tácito.

Estes dois teóricos de Gestão de Conhecimento agruparam o

conhecimento em duas categorias para explicar a natureza do conhecimento:

- conhecimento explícito: é aquele expresso em palavras e números, e

facilmente comunicado e compartilhado sob a forma de dados brutos, fórmulas

científicas, procedimentos codificados ou princípios universais. Pode ser

externalizado em procedimento escrito, em manual ou em sistema de

computadores, e assim, ser mensurado, identificado e distribuído.

- conhecimento tácito : é aquele que está em nossas mentes, mas é de difícil

transmissão (NONAKA, 2000, p.367). Este detém de fatores intangíveis

enraizados nas crenças pessoais, experiências, bases cognitivas e valores.

Muitas organizações têm tradicionalmente focalizado suas

estratégias e atividades em função do conhecimento explícito. Como o

conhecimento tácito encontra-se nas mentes dos funcionários, as organizações

precisam focar muito mais nas pessoas da organização e nas relações entre

elas, maximizando valores que enfatizam o trabalho em equipes e o trabalho

colaborativo, além das redes informais.

12

1.2.1. Modos de Conversão do Conhecimento

Considerando que conhecimento é criado e compartilhado a partir

de vários processos de conversão entre o conhecimento tácito e o explícito,

Nonaka e Takeuchi (1997, p.298-312) argumentam que existem quatro modos

de conversão de conhecimento, que é o ciclo da G.C. Segundo eles:

socialização, externalização, internalização e combinação.

- Socialização: do Conhecimento Tácito em Conhecimento Tácito

A socialização é um processo de compartilhamento de experiências,

e daí a criação do conhecimento tácito, como modelos mentais ou técnicas

compartilhadas. No contexto organizacional, a aquisição do conhecimento

tácito é a experiência compartilhada, que sem ela, é difícil projetar-se no

processo de raciocínio de outro indivíduo.

- Externalização/Explicitação: do Conhecimento Tácito em

Conhecimento Explícito

A externalização é um processo de articulação do conhecimento

tácito em conceitos explícitos. É um processo de criação do conhecimento

perfeito, o conhecimento tácito se torna explícito, expresso por metáforas,

analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. Geralmente é provocada por

diálogo ou reflexão coletiva. A externalização é a chave para a criação do

conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento

tácito.

- Combinação: do Conhecimento Explícito em Conhecimento

Explícito

A Combinação acontece quando os indivíduos trocam e combinam

conhecimento através de meios como documentos, reuniões, conversas ao

telefone ou redes de comunicação computadorizada. É o que acontece na

criação do conhecimento através da educação e de treinamentos.

- Internalização: do Conhecimento Explícito em Conhecimento

Tácito

13

A Internalização é o processo de incorporação do conhecimento

explícito em conhecimento tácito. É o “aprender fazendo” ou “aprendizagem na

prática” A documentação internaliza experiências, aumentando o conhecimento

tácito, além de facilitar a transformação do conhecimento explícito para outra

pessoas, ajudando-as a vivenciar as experiências dos outros (reexperimentá-

las).

Em uma organização, torna-se necessário estimular ações e

atividades que permitam a disseminação e o compartilhamento de vários tipos

de conhecimento. Para o conhecimento explícito, o foco das ações deve ser na

valorização do capital humano, no trabalho em equipe, na utilização do

conhecimento acumulado para resolução de problemas. Sempre, é claro,

alinhados com os objetivos estratégicos da empresa. Com isso, os

investimentos em processos de gestão integrada permitiram mais aprendizados

e, consequentemente, maior valorização do patrimônio tangível das

organizações. Nesse cenário, toda organização que investe em Gestão do

Conhecimento assegura novas possibilidades de inovação e,

consequentemente, novos caminhos para a estruturação de seu diferencial

competitivo.

1.3. Áreas da Ciência Pertinentes à Administração da

Informação

Um dos principais desafios de um Sistema de Gestão do

Conhecimento é a codificação, armazenamento e a transformação do

conhecimento para uma forma que possa ser transferido ou ficar acessível a

todos que necessitarem dele em qualquer momento e realimentar o sistema na

medida da sua utilização em função do contexto organizacional.

Segundo De Sordi (2015, p.21-31) diversas áreas da ciência utilizam

o conceito de “Informação” no seu próprio contexto para o estudo e a

compreensão dos fenômenos de seu interesse. Ele mesmo destaca em suas

apresentações, algumas técnicas e fundamentos destas diferentes áreas das

14

ciências que potencializam a eficaz gestão da informação no ambiente das

organizações.

* Ciência da Informação : entenda-se Centro de Documentação : é

de grande relevância para a qualidade da informação especial atenção ao

atributo indexação da informação. E, no processo de gestão do conhecimento

organizacional, o trabalho de indexação da informação é realizado na atividade

de obtenção/aquisição da mesma. Com isso, o cientista da informação passa a

ter posições de destaque nas organizações, do ponto de vista dos

administradores.

* Ciência da Computação : entenda-se Informática (T.I.): a gestão da

informação é tratada pela área de TI de modo muito simplista, principalmente

no que diz respeito à gestão dos dados, do ponto de vista de coleta,

armazenamento e transporte. As intensas discussões sobre padrões,

procedimentos e novos recursos de TI predominam sobre a discussão das

dimensões da qualidade da informação. Para Davenport (2002, p. 241-254)

denominou essa gestão do ambiente informacional, extremamente

direcionadas recursos tecnológicos empregados como “utopia tecnocrática”,

caracterizada por gestores que acreditam que o simples fato de investir em

recursos de TI já é suficiente para uma eficaz gestão do ambiente

informacional das organizações.

* Ciência Contábil : entenda-se Contabilidade: na ciência contábil, os

aspectos de comparabilidade, de confiabilidade, de relevância e de

entendimento asseguram que as informações contábeis estejam alinhadas às

boas práticas de administração. Desta forma, enfatiza-se muito a questão da

transparência de dados (disclosure) da empresa de forma igualitária a todos

interessados evitando informações privilegiadas. Para isso, as informações

precisam ser íntegras, precisas, confiáveis, de abrangência adequada e que

tenham alta disponibilidade.

* Ciência da Psicologia : entenda-se Comportamento Informacional:

um dos atributos da competência é a atitude. O estudo das atitudes, conhecido

como comportamento informacional, em relação à informação é aplicável no

15

contexto da gestão do conhecimento. Isto porque concentram-se em

comportamentos diferenciados, tais como:

- comportamento de busca por informação (information seeking

behavior): busca de informações de diferentes meios para atender

determinados objetivos (contatos telefônicos, reuniões, bases físicas e/ou

digitais).

- comportamento de pesquisa da informação (information searching

behavior): estudo do ambiente micro ou específico da pesquisa informacional

(pesquisa softwares, variáveis de pesquisa e técnicas de condução de

entrevistas).

- comportamento de uso da informação (information use behavior):

estudo de ações físicas e mentais das pessoas para integrar a informação

encontrada em sua base de conhecimento (marcar um parágrafo de texto

durante a leitura para enfatizar importância, e até mesmo, ação mental de

comparar informação lida com conhecimento de domínio.

* Ciência Pedagógica : entenda-se Capacitação/Educação

Corporativa: no processo de Gestão do Conhecimento, a atividade

“aprender/criar” utiliza os fundamentos e as técnicas da ciência pedagógica de

modo intensivo.

A organização por si só não capaz de aprender; para tanto, ela

depende de seus funcionários e colaboradores. É o indivíduo que é dotado de

capacidade. Assim, as L.Os. – Learning Organizations – “organizações que

aprendem” são organizações que desenvolvem práticas que promovem o

processo de aprendizado das pessoas, ou seja, tem o indivíduo como foco. Na

K.M. (Knowledge Management), ou melhor, na Gestão do Conhecimento,

concentra-se no aprendizado em termos organizacionais, desenvolvendo o

conceito de bases de conhecimento organizacional, ou seja, foco nos

resultados do processo de aprendizado.

Nesse contexto, percebemos que a preocupação central dos

gestores do século XXI é a produtividade do conhecimento, ou melhor, como

transformar informação e conhecimento em valor. As metodologias e técnicas

da gestão industrial são, atualmente, de pouca serventia. Aqueles processos

16

produtivos baseados em terra, capital mão-de-obra, energia e matéria prima

vêm perdendo espaço para novos modelos de produção intensivos em

informação e conhecimento o modelo de desenvolvimento baseado na grande

indústria, na produção padronizada e centrado na fabricação de bens tangíveis

vem sendo superado. Novas redes de micro, pequenas e médias empresas,

juntamente com redes produtivas e arranjos locais surgem como alternativas a

este desenvolvimento decadente. Os sucessos destas redes produtivas e

arranjos locais dependem de uma efetiva gestão do complexo fluxo de

informações e conhecimento da rede.

1.4. Trabalhadores do Conhecimento e da Informação

Para De Sordi (2015, p. 221-230), quando se pretende agir com

eficácia em relação às pessoas críticas para um processo eficiente de Gestão

do Conhecimento, dois grupos devem ser bem identificados e compreendidos

pela organização: os trabalhadores da informação e os do conhecimento.

1.4.1 – Conceituação e Categorizações de Trabalhadores do

Conhecimento e da Informação

Nos últimos anos surgiram muitas definições para estes

trabalhadores, destacadas abaixo:

Radical Knowledge Workers: aqueles que trabalham o conhecimento

de forma não convencional. Prosperam em ambientes criativos e soltos, não se

sentem confortáveis com o estilo de gerenciamento industrial ou militar.

Descentralização é o melhor método para assegurar maior desempenho na

criação do conhecimento. Estudos de tempo e movimento não se aplicam a

esses trabalhadores.

Knowledge Workers (trabalhadores do conhecimento): apresentam

como função primária a criação do conhecimento, gerado por meio de trabalho

17

colaborativo e cognitivo. Analistas financeiros, executivos e pesquisadores são

bons exemplos destes trabalhadores.

Information Workers (trabalhadores da informação): usam a

informação como parte do processo que constitui-se fluxo de trabalho, ou seja,

este inclui atividade cognitiva, mas ela não é foco primário do seu trabalho.

Considere como exemplos destes trabalhadores, professores, enfermeiras,

operadores de call center e atendentes de agências bancárias.

Standard Knowledge Workers: trabalhadores que aplicam

conhecimento de forma padronizada normalmente estão vinculados a

atividades rotineiras, previsíveis, monitoradas. São mais facilmente

gerenciados por intermédio de um controle central, considerando-se que

necessitam ser monitorados a partir de objetivos bem definidos e são menos

qualificados para uma aplicação independente do conhecimento. Considere

como exemplo os operadores de call center.

High-end Knowledge Workers: trabalhadores com alto nível de

autonomia e controle sobre o seu próprio ambiente de trabalho. Os

pesquisadores, os projetistas e os profissionais de nível sênior são os melhores

exemplos.

Professional Knowledge Workwers (trabalhadores do conhecimento

profissional ou científico): alto nível de criatividade em seu trabalho, faz uso

intensivo de habilidades intelectuais, e faz mais uso de teorias do que

conhecimento contextual (FRENKEL, 1995, p. 773-796). Trata-se de profissões

clássicas do tipo médico, engenheiro, advogado, consultor, auditor, contador. O

trabalhador do conhecimento profissional obrigatoriamente lida com uma base

de conhecimento teórico atual e relevante com o objetivo de realizar uma

contribuição original e efetiva ao seu campo teórico, por intermédio de

conhecimento científico explicitado é passível de ser generalizado e aplicado

em outras situações similares.

Para RYBCZYNSKI (2007, p. 31), as fronteiras entre trabalhadores

da informação e do conhecimento não são facilmente identificáveis no mundo

real das organizações, considerando que os profissionais desempenham

diversos papéis dentro delas. O profissional pertence, a uma dessas duas

18

categorias, em função da quantidade e da intensidade de sua atuação em

relação à criação do conhecimento.

No exemplo do docente e do docente pesquisador, o primeiro

representa o trabalhador da informação e o segundo, este retrata o típico

trabalhador do conhecimento. O aspecto comum entre as definições dos

diversos autores é a capacidade para criação de conhecimento como elemento

central e diferenciador do trabalhador do conhecimento em relação ao

trabalhador da informação. O trabalhador da informação se caracteriza pelo

envolvimento intensivo em diversas atividades do processo de Gestão do

Conhecimento, excetuando-se a atividade aprender (criar ou desenvolver)

novos conhecimentos; ênfase nessa atividade é a característica principal do

trabalhador do conhecimento.

1.4.2. Organizações de Conhecimento Intensivo e

Organizações de Informação Intensiva

Organizações de Conhecimento Intensivo (Knowledge-intensive

Organization) ou Organizações Intensivas em Conhecimento possui

características diferenciadas das demais por terem como principal ativo a

capacidade intelectual de seus profissionais. Os produtos (bens ou serviços)

dessas empresas são intangíveis e incorporam, essencialmente o

conhecimento que precisa ser identificado, capturado, codificado, armazenado

e difundido. Esse termo é utilizado também para designar empresas que

gerenciam e desenvolvem seu capital intelectual e que têm um dos seus

principais desafios, tornar o conhecimento parte de sua cultura. Possuem uma

força de trabalho composta, predominantemente, de pessoas qualificadas e

bem formadas. São organizações objetivam produzir e prestar serviços de alta

qualidade, ou seja, empresas de serviço profissional (escritórios de advocacia,

empresas de contabilidade, de administração ou gerenciamento, de engenharia

e consultoria computacional, agências de propaganda e publicidade) e

unidades de pesquisa e desenvolvimento (organizações industriais,

farmacêuticas e de alta tecnologia, do tipo high-tech).

19

A engenharia do conhecimento permite focar as oportunidades e

gargalos a respeito de como as organizações desenvolvem, distribuem e

aplicam seus recursos de conhecimento, de modo a fornecer as ferramentas

para a gestão do conhecimento corporativo. Srhreiber et al. (apud Viegas et al,

2006, p.2).

Organização de Informação Intensiva (Information Intensive

Organization) é utilizado este termo para empresa mais direcionada à

informação, do tipo, escolas,colégios, faculdades, empresas de comunicação e

afins (radiofusão, telecomunicações ou mídia impressa).

A proporção de cada categoria de trabalhadores – conhecimento,

informação e serviço – em uma organização dependerá de diversos fatores,

entre eles, o segmento de negócio no qual ela atua.

O que se pode verificar é uma carência crescente de profissionais

da informação e do conhecimento, inclusive nos países desenvolvidos. Com

isso, as organizações precisarão desenvolver as competências requeridas

desses profissionais. Há necessidade de investimentos renovados em projetos

de treinamentos de níveis gerenciais, a fim de desenvolver competências

comportamentais que gerem impacto no desempenho da mão-de-obra

diretamente relacionada ao conhecimento.

O que podemos ver com isso tudo é que a informação, neste

contexto e sob o impacto da utilização de tecnologia de informação tem uma

influência cada vez maior na organização do futuro, visto que essas novas

tecnologias puderam ampliar as potencialidades da informação como recurso

estratégico, além de modificarem as relações entre tempo e espaço.

As ligações entre ciência, tecnologia e sistemas produtivos ou entre

governo e sociedade ainda apresentam falhas. Ferreira (1994, p. 19) observa

que a capacidade competitiva de uma empresa está intimamente relacionada à

conjugação de gestão e informação tecnológica, devido às crescentes

exigências do mercado com relação a novos produtos e serviços de alto

conteúdo tecnológico.

20

CAPÍTULO II

GESTÃO DO CONHECIMENTO E GESTÃO DE RH

2.1. Sistema de Administração de Recursos Humanos

No mundo corporativo e na sociedade em geral, fenômenos

econômicos e sociais de alcance mundial, tais como a globalização da

economia e a generalização do uso da tecnologia da informação transformaram

o conhecimento no principal fator de produção, ou melhor, a produtividade do

conhecimento tornou-se responsável em transformar informação e

conhecimento em valor.

Na Era do Conhecimento, a base da excelência organizacional

passou a ser o elemento humano. De forma empírica, o conhecimento é o fato

ou a condição do saber, obtido através de experiências ou de uma associação

e todo saber reside ou tem potencial para ser guardado na nossa mente, e ser

armazenado em uma organização, nos seus processos, produtos, serviços,

sistemas e documentos. Com a globalização, o desenvolvimento tecnológico e

a mudança e transformação da sociedade fazem com que a capacidade de

sobrevivência e excelência das organizações passe a depender das

habilidades e competências das pessoas que nelas trabalham. São as pessoas

que pensam, interpretam, avaliam, raciocinam, decidem e agem dentro das

organizações. É esse o ativo intangível que reside na cabeça das pessoas. A

Gestão do Conhecimento parte da premissa que todo conhecimento existente

nas organizações, seja ele individual ou coletivo, nas veias dos processos e no

coração dos departamentos, pertence também à organização. E todos os

colaboradores podem usufruir de todo o conhecimento presente nesta

organização.

21

Cabe, então, às organizações, agregar valores humanos, integrá-los

e alinhá-los em suas atividades, buscando pessoas no mercado que tenham

condições suficientes de “somarem” valores a elas.

É desta forma que, o desenvolvimento de recursos humanos passa

a se tornar o principal meio de melhorar e acrescentar conhecimentos,

habilidades, e competências às pessoas e transformá-las em verdadeiros

talentos humanos capazes de formar o cérebro, a inteligência e o sistema

nervoso da organização moderna.

2.2. Gestão do Conhecimento Organizacional

“Somente a organização pode oferecer a continuidade básica de que os trabalhadores do conhecimento precisam para serem eficazes. Apenas a organização pode transformar o conhecimento especializado do trabalhador em desempenho”. (DRUCKER, 1999, p.79).

A Administração de Recursos Humanos (ARH) constitui uma área

contingências e situacional, extremamente sensível a três aspectos

organizacionais:

- a estrutura organizacional escolhida;

- a cultura organizacional dominante;

- o estilo de gestão adotado.

Além desses aspectos, devemos considerar também as

características do contexto ambiental, do negócio da organização, das

características internas, dos processos básicos e de infinitas variáveis

importantes.

Para adotar uma Gestão do Conhecimento é necessário desenhar

estratégias de implantação e estar consciente de que se trata de uma filosofia

organizacional, com uso de práticas adotadas para melhor desempenho e

alcance de resultados estrategicamente definidos pela organização.

22

A Gestão do Conhecimento é um processo corporativo, focado na

estratégia empresarial e que envolve a Gestão das Competências, a Gestão do

Capital Intelectual, a Aprendizagem Organizacional e a Educação Corporativa.

A Gestão do Conhecimento, ainda segundo Terra (2000, p. 127),

tem um “caráter universal”, ou seja, aplica-se a empresas de todos os portes e

nacionalidades e a sua efetividade requer a criação de novos modelos

organizacionais (estruturas, processos, sistemas gerenciais), novas posições

quanto ao papel da capacidade intelectual de cada colaborador e uma efetiva

liderança disposta a enfrentar, ativamente, as barreiras existentes ao processo

de transformação.

Na Era da Informação, o conhecimento tornou-se um recurso

importante e fundamental para o sucesso das organizações. O capital

intelectual do indivíduo torna-se uma riqueza organizacional e organização que

consegue catalisar o conhecimento individual em prol do conhecimento

organizacional e colocá-lo ao seu serviço, atinge patamares de desempenho,

otimização e inovação elevados.

A Gestão do Conhecimento na Era da Internet é algo novo, revolucionário e sem precedentes na História da Humanidade, porque é sustentada por uma Tecnologia da Informação aliada às melhores Práticas e Teorias de Gestão. Sem esses dois alicerces, não haveria a Gestão do Conhecimento que tanto falam por aí hoje em dia em plena Era da Internet. (EGOSHI, 2006, p.02).

Desta forma, organizações bem sucedidas sabem exatamente

consolidar e reciclar o conhecimento entre funcionários, treinando, preparando

e desenvolvendo, a fim de proporcionarem condições permanentes para

lidarem com a mudança e inovação. Com isso, poderão agregar valor à

organização e mantê-la sempre eficaz e competitiva num mundo globalizado e

de intensa concorrência.

A ARH do terceiro milênio está passando por grandes mudanças e

inovações, com a crescente globalização dos negócios e forte concorrência

mundial. Neste cenário, as palavras de ordem passaram a ser produtividade,

qualidade e competitividade. Com isso, as pessoas deixam de ser o desafio

23

para se tornarem a vantagem competitiva das organizações, ou melhor, o

parceiro principal do negócio.

2.2.1. Os Subsistemas da Administração de Recursos Humanos

A ARH deve ser abordada como um sistema integrado. Nessa

abordagem sistêmica, a ARH é um sistema composto de cinco subsistemas

básicos, a saber : ( CHIAVENATO, 2005, p. 04).

Os cinco subsistemas básicos na ARH

Subsistema => Objetivo => Atividades envolvidas

PROVISÃO => Quem irá trabalhar na organização => Pesquisa de mercado de RH / Recrutamento de

pessoas / Seleção de

pessoas

APLICAÇÃO => O que as pessoas farão na organização => Integração de pessoas / Desenho de cargos

/Descrição e análise de

cargos / Avaliação de

desempenho

MANUTENÇÃO => Como manter as pessoas na organização => Remuneração e compensação /

Benefícios e serviços

sociais / Higiene e

segurança do trabalho /

Relações sociais

DESENVOLVIMENTO => Como preparar e desenvolver pessoas => Treinamento / Desenvolvimento

organizacional

MONITORAÇÃO => Como saber o que são e o que fazem as pessoas => Banco de dados / Sistemas

de informação

O importante é que estes cinco subsistemas funcionem de maneira

integrada e articulada como vasos comunicantes, numa conexão que permita

produzir sinergia e resultados excelentes. Eles são contingentes ou situacionais

e variam conforme a organização e dependem de fatores ambientais,

organizacionais, humanos, tecnológicos, etc. Estes cinco subsistemas formam

24

um processo global e dinâmico por meio do qual as pessoas são captadas e

atraídas, aplicadas em suas tarefas, mantidas na organização, desenvolvidas e

monitorizadas pela organização.

Para avaliar a ARH, é necessário percorrer os indicadores de sua

eficiência e eficácia, a saber e segundo CHIAVENATO (2012, p. 10-14).

. Resultados do negócio: medidas do desempenho organizacional,

análises financeiras, participação no mercado, lucratividade. Servem para

indicar como a organização está sendo bem-sucedida em seus negócios. São

os indicadores de resultado final;

. Impulsionadores de desempenho: são medidas de resultados

intermediários como produtividade, qualidade, inovação e satisfação do cliente.

Os resultados finais do negócio são alcançados por meio do desempenho

organizacional. São eles que permitem o alcance dos resultados finais;

. Competências humanas: resultam do capital humano da

organização e consistem das qualidades mais imediatas e visíveis (atitudes e

habilidades) que são necessárias para alcançar resultados críticos do negócio.

. Sistema de ARH: consiste de práticas que conduzem a um forte e

eficaz aumento do capital humano da organização. Envolve a conjugação dos 5

subsistemas de ARH. Permite o aumento e consolidação das competências

humanas da organização.

2.2.2. Desenvolvimento de Recursos Humanos

Desenvolver e capacitar pessoas é o começo de uma jornada, na

qual a finalidade está nos resultados que o desenvolvimento provocará nessas

pessoas, nas organizações e na sociedade. O importante é treinar para que as

pessoas desenvolvam e possam contribuir com o máximo de suas

potencialidades, pois elas têm enorme capacidade para aprender novas

habilidades, captar informações, adquirir novos conhecimentos e modificar

atitudes e comportamentos. O crescimento individual conduz ao crescimento

25

das equipes, o qual conduz ao crescimento das áreas funcionais e este ao

crescimento da organização. As organizações bem sucedidas estão migrando

do investimento em recursos tangíveis para o investimento em recursos

intangíveis, pois este produz os melhores retornos e resultados, assim como

estão lançando mão de uma variedade de meios para desenvolver pessoas,

agregar-lhes valor e torná-las cada vez mais capacitadas e habilitadas para o

trabalho.

O subsistema de desenvolvimento de RH deve levar em conta que

não é somente ensinar e transmitir, mas sobretudo, aprender e aplicar novos

conhecimentos, habilidades, julgamento e atitudes.

2.3. Gestão das Competências

Competência é o elo entre o conhecimento e a estratégia. É a

capacidade do indivíduo gerar resultados observáveis, necessários ao alcance

dos objetivos definidos estrategicamente pela organização. Está associada às

realizações das pessoas, àquilo que elas produzem e/ou entregam.

Para utilizarem eficazmente suas competências estratégicas, as

organizações contam com pessoas que disponham de competências

individuais adequadas para o sucesso organizacional. Para estas

organizações, não existem mais o foco no cargo, e sim nas competências das

pessoas. O estilo de gestão migra do velho comando autocrático do gerente

para a condução de pessoas por meio da liderança renovadora e

impulsionadora do coaching apoiador.

2.3.1. Competências Individuais

As competências individuais resultam da conjugação de quatro

fatores: ( CHIAVENATO, 2012, p. 130-154).

26

- Conhecimento : é incorporado por meio da aprendizagem e

consiste em aprender a aprender e a aprender continuamente. É a riqueza na

Era da Informação.

- Habilidade: é o saber fazer. É a capacidade de saber fazer é fazer

bem determinada atividade. As habilidades somente são desenvolvidas e

fortalecidas com a pratica por meio da efetiva realização das atividades.

- Julgamento: e o saber analisar, ponderar e julgar. Nada mais é que

o discernimento e sentido de oportunidade para escolher determinado curso de

ação.

- Atitude: é o saber fazer acontecer (garra, ânimo, vontade,

perseverança e insistência no alcance dos objetivos até que sejam

alcançados).

Surge daí a Gestão de Competências, que é um programa

sistematizado e desenvolvido para definir perfis profissionais que proporcionem

maior produtividade e adequação ao negócio, identificando pontos de carência

e de excelência, podendo então, suprir lacunas e agregar conhecimento , tendo

sempre por base certos critérios mensuráveis objetivamente.

2.3.2. Competências Organizacionais

Com a Gestão do Conhecimento, o tradicional levantamento de

necessidades de treinamento é substituído por uma visão das necessidades do

negócio e como as pessoas poderão aportar valor à empresa. Podem ser

desdobradas em :

- Competências essenciais da organização (core compenetres):

definem e personalizam cada organização e constituem suas vantagens

competitivas em um mundo de negócios altamente concorrente e dinâmico.

Elas devem: a) ser vitais para o sucesso do negócio da organização; b)

constituírem um agregado de características próprias, únicas e exclusivas da

organização (cultura,conhecimentos,estilo de gestão); c) ser difíceis de copiar

27

ou imitar graças às características individuais da organização. Exemplos:

competitividade, liderança, oferta de valor ao mercado, imagem e marca, etc;

- Competências funcionais de cada unidade da organização: são

específicas para cada área da organização, devendo ser reunidas e integradas

para desenvolvimento das atividades da unidade. Exemplos: área de finanças:

planejamento, controle, custos/área de marketing: atendimento ao cliente,

oferta de valor, assistência pós-venda;

- Competências gerenciais: necessárias para desenvolvimento dos

líderes e gerentes que ficarão com a responsabilidade de conduzir e gerenciar

pessoas, do tipo liderança, comunicação, desenvolvimento de equipes,

motivação, etc;

- Competências individuais: habilidades das pessoas em agir em

determinadas situações. São as competências que cada pessoa deve reunir e

integrar para realizar o seu trabalho (educação, experiências, valores e

habilidades sociais).

2.4. Gestão do Capital Intelectual

O Capital Intelectual se encontra em três formas e em três lugares distintos: a) na forma de conhecimento dentro da cabeça de cada pessoa; b) na forma de conhecimento adicional que é gerado quando as pessoas se relacionam e compartilham o seu conhecimento; c) na forma de conhecimento armazenado em livros, revistas, jornais, fotografias, desenhos, fitas, CD, CD ROM, bases de dados, etc. (TAPSCOTT, 2000, p.37).

Capital Intelectual é a soma do conhecimento de todos em uma

organização: é a capacidade mental coletiva, a capacidade de criar

continuamente e proporcionar valor de qualidade superior. É criado a partir do

intercâmbio entre o capital humano (pessoas, intelecto, conhecimentos,

educação, experiências, valores e habilidades sociais) , o capital estrutural ou

capital interno (soma das patentes, marcas, processos, conceitos, manuais,

28

sistemas administrativos, bancos de dados, tecnologia, estruturas

organizacionais – são criados pelas pessoas e utilizados pela organização) e o

capital de clientes ou capital externo (valor dos relacionamentos de uma

empresa com as pessoas e fornecedores com os quais faz negócios -

dependem de como a organização resolve e oferece soluções para os

problemas dos clientes).

2.5. Aprendizagem Organizacional

A aprendizagem organizacional para acontecer precisa que exista

uma cadeia integrada de líderes e de todas as pessoas que possuem o

conhecimento adequado às necessidades da organização.

O conceito de ensinar é diferente do conceito de aprender: ensina-se

transmitindo informações e aprende-se com as vivências. A aprendizagem

humana é o resultado dinâmico de relações entre as informações e os

relacionamentos interpessoais.

A aprendizagem organizacional busca desenvolver o conhecimento

e desenvolver habilidades que capacitem as pessoas a compreender e a agir

eficazmente dentro das organizações. Nada mais é do que o somatório de

estudos, diretrizes e orientações necessários para a implementação do

processo de aprendizagem organizacional, de forma que a organização possa

aprender melhor e em menor espaço de tempo. A organização bem-sucedida

é aquela que aprende eficazmente. É aquela que cria o novo conhecimento de

modo consistente, disseminando-o amplamente pela organização e incorporam

imediatamente às novas tecnologias e aos produtos. Os mais bem-sucedidos

projetos organizacionais que focam no conhecimento devem atentar para uma

sinergia entre os fatores humanos, organizacionais, técnicos e estratégicos.

A habilidade de aprender mais rápido do que os concorrentes pode

ser a única vantagem competitiva sustentável. Nesse tipo de organização, o

aprendizado ocorre continuamente em todos os níveis, por meio das equipes,

das redes internas, das unidades dados, bem como dos fornecedores, outros

grupos externos e das redes de clientes.

29

A organização de aprendizagem é um sistema complexo baseado

em uma cultura focada na melhoria contínua do capital humano. O aprendizado

envolve a organização, as equipes e as pessoas. O segredo é transformar a

organização em uma estrutura que estimule e promova um ambiente focado na

mudança e no aprendizado contínuo. Começa com o aprendizado no nível

individual para criar contínuas oportunidades de aprendizado graças aos

resultados do trabalho de cada pessoa. Nesse nível, o diálogo e a discussão

são encorajados, com questionamentos e experimentação. No nível de equipe,

a colaboração e a cooperação são encorajadas, onde o foco maior é o

aprendizado como equipe. No nível organizacional, o aprendizado é capturado

em políticas, procedimentos, linhas mestras e estratégias. O nível final é o

ambiente externo, onde a organização aprende com clientes, fornecedores e

até concorrentes que estão além de suas limitações.

O foco principal de organização de aprendizagem é a transformação,

como conhecimento sendo capturado e compartilhado, continuamente. Nessas

organizações, o capital intelectual está em crescente aumento, pois elas sabem

e conseguem utilizar esse conhecimento e transformá-lo em realidade.

2.6. Educação Corporativa

As organizações estão migrando do velho e tradicional T&D

(treinamento e desenvolvimento) para a educação corporativa no sentido de

proporcionar e atualizar competências, tais como aprender a aprender,

comunicação e colaboração, raciocínio criativo e solução de problemas,

conhecimento tecnológico, conhecimento global dos negócios da organização e

liderança e autogerenciamento da carreira às pessoas. Numa era de mudanças

e transformações rápidas e velozes, a educação corporativa mostra um enorme

e variado leque de oportunidades de aprendizagem para que as pessoas

possam se desenvolver na velocidade das mudanças. É necessária uma nova

abordagem de formação, agora necessariamente continuada, para que as

pessoas permaneçam produtivas, em condições de acompanhar as mudanças

30

e otimizando seu tempo. Além disso, a tecnologia vem permitindo desenvolver

experiências para treinar mais pessoas com menos custos.

A educação corporativa é um esforço global e oferece amplas

condições para que ocorra aprendizagem. Conhecimentos, habilidades,

julgamentos e atitudes somente são aprendidos em larga escala e

transformados em competências apenas quando a organização concentra seus

esforços em transmitir continuamente estímulos no sentido de proporcionar e

promover aprendizado.

Assim, a educação corporativa se desdobra em duas vertentes

principais, onde na primeira – a gestão do conhecimento corporativo – a

organização cria, identifica, integra, recupera, compartilha e utiliza o

conhecimento a respeito do seu negócio, dos seus produtos e serviços,

processos e métodos de trabalho. As universidades corporativas têm sido um

dos instrumentos preferidos para tal investimento, pois são baseados em EAD -

ensinos à distância. Na segunda vertente – gestão das competências – a

organização procura desenvolver em seus funcionários novas e diferentes

competências a fim de alavancar suas competências essenciais e, assim, criar

vantagens competitivas.

2.7. Objetivos do Subsistema de Desenvolvimento de Pessoas

O desenvolvimento de pessoas, ou melhor, o RH, tem a

incumbência de realizar as seguintes transformações:

. Transformar pessoas em talentos: para transformar pessoas em

talentos torna-se necessário dota-lãs de competências que as tornem mais

valiosas e assim poderem agregar valor à organização, ao cliente e a elas

mesmas. Os talentos constituem parceiros importantes da organização porque:

a) assumem a responsabilidade pela execução das tarefas de maneira

excepcional e constituem a base da excelência operacional das organizações;

b) são pessoas responsáveis pela melhoria contínua, pois sempre fazem

melhor do que antes, revelando excelência no que fazem; c) são orientados

31

por metas a serem alcançadas e cumpridas; d) estão orientados para o cliente

externo ou interno, que recebe o fruto de seu trabalho; e) gostam de trabalhar

em equipes; f) agregam valor, intelectual ou financeiro, àquilo que fazem.

. Transformar talentos em capital humano: os talentos precisam

estar inseridos num contexto organizacional em que trabalhem

adequadamente, a fim de realizarem suas potencialidades por excelência.

Capital humano são talentos trabalhando em uma estrutura organizacional

adequada (equipes, e não em cargos restritos) flexível e integradora , por uma

cultura organizacional (participativa e empreendedora e não limitativa), e por

um estilo de gestão baseado na liderança, no coaching e no mentoring. Capital

humano nada mais é do que talentos envolvidos por um ambiente de trabalho

dinâmico, empreendedor, participativo, envolvente, alegre e agradável.

Empresas mais avançadas querem ser o melhor lugar para trabalhar.

. Transformar capital humano em capital intelectual: para que o

capital humano possa integrar o capital intelectual, precisa ser compartilhado

pelo capital interno e pelo capital externo, ambos intangíveis.

. Transformar capital intelectual em resultados tangíveis: para valer

no mercado, o capital intelectual precisa converter-se em resultados concretos

que adicionem valor financeiro. Isto tudo em forma em forma de lucratividade,

valor econômico agregado, valor de mercado, participação, produtividade,

qualidade, crescimento organizacional, imagem e reputação, competitividade.

Isso só acontece quando existe uma sinergia entre estrutura

organizacional, cultura organizacional e estilo de gestão, que proporcione um

ambiente que propicie os talentos tornarem-se um poderoso ativo

organizacional.

2.8. Desenvolvimento Organizacional

O DO – desenvolvimento organizacional – envolve a organização em

sua totalidade, pois refere-se a um programa educacional de longo prazo,

32

orientado para melhorar os processos de resolução de problemas e de

renovação de uma organização. Ao referir-se à auto-renovação organizacional,

percebe-se a necessidade de evitar a decadência e o envelhecimento da

organização, resgatando a vitalidade, a criatividade e a inovação, aprimorando

a flexibilidade e a adaptabilidade. Desta forma, passa a estabelecer condições

que incentivam a motivação individual, o desenvolvimento e a realização, bem

como os processos de produzir resultados de mudança, sempre mantendo os

propósitos da organização.

Melhorar os processos de resolução de problemas também está

intimamente ligado com a melhoria dos processos de renovação

organizacional. Os processos de iniciar, criar e confrontar mudanças

necessárias possibilitam que condições externas venham a resolver

problemas.

2.8.1. Origens do DO

São quatro as condições básicas que deram origem ao DO

(BENNIS, 1966, p. 23-27).

- uma transformação rápida e inesperada do ambiente externo das

organizações;

- um aumento do tamanho e amplitude das organizações, fazendo com que o

volume das atividades tradicionais da organização não seja suficiente para

sustentar o seu crescimento.

- uma crescente diversificação e gradativa complexidade da tecnologia

moderna, exigindo íntima integração entre atividades e pessoas altamente

especializadas e de competências muito diferentes.

- uma mudança no comportamento administrativo em virtude de:

. um novo conceito de homem: baseado em um crescente e maior

conhecimento de suas complexas e mutáveis necessidades. Isso

33

substitui a ideia do homem ultra-simplificado, inocente e do tipo

“aperta-botões “;

. um novo conceito de poder: baseado na colaboração, no

engajamento e na iniciativa pessoal que substitui o modelo de poder

baseado na coação e na ameaça para obter obediência;

. um novo conceito de valores organizacionais: baseados em ideais

humanísticos democráticos, o qual substitui o velho sistema de

valores despersonalizado e mecanístico do modelo burocrático.

Resumindo, o DO significa um esforço planejado e consciente de

mudança organizacional. E, para que essa mudança possa ocorrer, ela requer

mudanças individuais em termos de postura, atitude, comportamento,

pensamento,conceitos, ideias, etc. Nada mais é do que criar e encorajar uma

cultura de aprendizado e de mudança na organização.

Fases da mudança organizacional:

São três fases distintas:

- Preparação para a mudança :

. Defina sua estratégia de gestão da mudança;

. Prepare sua equipe de gestão da mudança;

. Desenvolva seu modelo de gestão;

- Gestão da mudança:

. Desenvolva planos de gestão da mudança;

. Implemente os planos e faça a ação;

- Reforço da mudança:

. Colete e analise dados de retroação;

. Diagnostique gaps e gerencie a resistência;

. Implemente ações corretivas e celebre o sucesso

alcançado.

34

2.8.2. Tendências nos processos de desenvolver pessoas

Em um mundo em constante mudança, a área de RH de uma

organização está passando por transformações. Os processos de desenvolver

pessoas estão apresentando as seguintes tendências (CHIAVENATO, 2012, p.

187-193):

- Forte ênfase em agregar valor às pessoas e à organização: a cultura

predadora e exploradora já se foi, quando as pessoas precisavam chegar às

organizações, para serem selecionadas e recrutadas, com conhecimentos e

habilidades conhecidos e dominados. Atualmente, a preocupação fundamental

das empresas bem-sucedidas é acrescentar valor às pessoas de maneira

contínua e intensa, num esforço constante e permanente. Desta forma, as

empresas estão enriquecendo seu próprio patrimônio, melhorando seus

processos internos e incrementando qualidade e produtividade às suas tarefas,

bem como aos seus produtos e serviços. E isso faz parte integrante da

competitividade empresarial: agregar conhecimentos, experiências, habilidades

e valor;

- Foco na aprendizagem e nas competências: o importante é aprender cada

vez mais, melhor e continuamente. Cada vez mais se torna imprescindível

aprender a aprender. Isso se refere a pessoas, equipes e organizações -

aprendizagem individual, em equipe e organizacional. É preciso também,

construir competência, individuais, gerenciais, funcionais e organizacionais.

São elas, as competências, que garantem vantagens competitivas que levam

ao sucesso organizacional.

35

- Participação ativa dos gerentes e suas equipes: o ARH de uma

organização passa a funcionar como um órgão de suporte de staff e de

consultoria, onde gerentes e equipes cada vez mais decidem, planejam e

implementam os conteúdos dos programas de treinamento e desenvolvimento.

Isso nada mais é do que administração participativa e democrática, onde existe

uma responsabilidade gerencial e, além de tudo, uma responsabilidade

individual de cada pessoa da organização.

- Intensa ligação com o negócio da empresa: os processos de

desenvolvimento de RH são elaborados como partes integrantes do

planejamento estratégico da empresa e, cada vez mais, voltados para o

negócio da empresa. Com isso, substituem qualquer forma de controle externo

sobre o comportamento das pessoas.

- Aprimoramento pessoal como parte da melhoria da qualidade de vida

das pessoas: pessoas treinadas e habilitadas trabalham com mais facilidade e

confiabilidade e, consequentemente, com mais prazer e felicidade. A qualidade

de vida das pessoas pode ser aumentada por meio de sua constante

capacitação e crescente desenvolvimento profissional.

- Continua preparação da empresa e das pessoas para o futuro e para o

destino: cada empresa cria, molda e planeja seu futuro, como ela deverá ser a

médio e longo prazo. Com isso, enfatizam-se a inovação, a mudança e a

criatividade.

- Novas abordagens decorrentes da influência da tecnologia da

informação: na Era da Informação, a ARH não poderia ficar distanciada das

modernas tecnologias de difusão do conhecimento existentes. O treinamento

está surgindo agora como um subproduto da TI. É o treinamento móvel, ou

36

melhor, o centro de treinamento virtual. O treinamento é a nova arma das

empresas rumo à competitividade.

- Adequação das práticas de treinamento às diferenças individuais das

pessoas: os processos de desenvolvimento de RH estão levando em conta as

diferentes características das pessoas e adequando-se gradativamente a elas,

considerando características pessoais como personalidade e aptidões

(aspectos vocacionais, interesses, objetivos de vida, necessidades pessoais,

etc).

- Ênfase em técnicas grupais e solidárias: os processos de treinamento e

desenvolvimento estão estimulando uma nova forma de trabalho em que os

grupos e equipes passam a constituir o núcleo da atividade humana. Estão,

também, privilegiando o trabalho em conjunto e a atividade grupal.

- Utilização de mecanismos de motivação e de realização pessoal: muitas

empresas estimulam seus funcionários a aprender sempre e a valorizar o

conhecimento. Isso faz com que as pessoas, em todos os níveis da

organização, se interessem vivamente em participar de programas de

treinamento e desenvolvimento, não somente como treinados, mas como

instrutores. A conscientização da importância do desenvolvimento pessoal e

gerencial é aspecto comum nos dias de hoje.

- Busca incessante da excelência: em plena era da qualidade e da

produtividade, tudo dentro da empresa pode e deve ser melhorado

continuamente. A excelência está constituindo o padrão básico de referência

para essa mentalidade de mudança e de inovação para a obtenção de

competitividade. Isso vale para tudo aquilo que ocorre dentro da empresa, e

não somente para pessoas, equipes ou gerentes.

37

- Compartilhamento da informação em substituição aos controles

externos: as empresas estão descobrindo que os controles externos podem

ser extintos e substituídos por outras maneiras mais suaves, construtivas e

efetivas de conduzir o comportamento das pessoas para os objetivos

empresariais. Os programas de treinamento e desenvolvimento estão

adquirindo enorme importância como meio de preparar e aglutinar a força de

trabalho frente a novos rumos ou situações. A pessoa que possui a informação

é o conhecimento pode assumir responsabilidades, assumir riscos e tornar-se

uma verdadeira empreendedora dentro da organização, porque sabe aonde e

como chegar.

- Permanente fonte de retroação ou retroinformação: a informação de

retorno constitui importante elemento orientador do comportamento das

pessoas e favorece mudanças de rumo para o alcance de determinados

objetivos. A retroação permite que a pessoa saiba como está se

desempenhando, permite auto-avaliação e autodireção a cada pessoa,

proporcionando maior autonomia é maior lapso de tempo de supervisão ou de

controle externo. A retroação é a principal responsável pela aprendizagem,

pelo reforço positivo em relação a novos comportamentos.

38

CAPÍTULO III

GESTÃO DO CONHECIMENTO E VANTAGEM

COMPETITIVA

A vantagem competitiva tem muita importância no entendimento das

estratégias empresariais utilizadas pelas organizações. Isso porque, com a

evolução desta abordagem no decorrer das últimas décadas, as diretorias

responsáveis pelas estratégias da organização verificaram as necessidades de

planejamentos por períodos mais longos, a fim de alcançarem um bom nível no

atingimento de vantagens competitivas no mercado em que atuam.

3.1. Vantagem Competitiva como Estratégia Organizacional

Desde a época dos gregos, o conceito de estratégia vinha

acompanhado de componentes de planejamento e com tomadas de decisões,

já que os generais gregos eficazes tinham de liderar um exército, além de

garantir e manter territórios e resguardar a cidade contra invasões.

Diz-se, portanto, que aquele que conhece o inimigo e conhece a si mesmo não ficará em perigo diante de centenas de batalhas. Aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo às vezes perde. Aquele que não conhece o inimigo nem a si mesmo invariavelmente perde todas as batalhas. (SUN TZU, 1999, p.14).

Como alcançar vantagem competitiva? Conforme Porter (1986,

p.20), na era da absoluta concorrência, existiam duas maneiras para se obter

vantagem competitiva: os custos baixos e a diferenciação. E acrescenta que a

lucratividade de uma organização depende do seu posicionamento em relação

aos seus concorrentes, assim como também da estrutura do setor em que ela

atua.

39

A fonte de vantagem competitiva é encontrada na capacidade da

organização diferenciar-se dos seus concorrentes na visão dos clientes, assim

como, pela capacidade de operar a baixo custo, consequentemente, maior

lucratividade. Porter (1986, p.22) ainda descreve estratégia como o conjunto de

ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição defensável em uma

indústria ou grupo estratégico, para enfrentar as cinco forças competitivas

(entrada, ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores,

poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os atuais

concorrentes) e assim, obter um retorno sobre o investimento maior para a

empresa. Em conjunto, essas forças determinam a intensidade da concorrência

da organização e até mesmo a sua rentabilidade. Isto porque influenciam os

preços, os custos e os investimentos necessários (elementos de retorno sobre

o investimento). O poder do comprador influencia os preços que a organização

pode cobrar, da mesma forma que a ameaça da substituição, além de poder

influenciar o custo é o investimento, porque compradores exigentes e

poderosos exigem serviços dispendiosos. De acordo com Ansoff e McDonnel

(1993, p. 590), o enfoque na estratégia está em uma potencialidade interna da

organização para garantir êxito em um ambiente futuro. Para eles, a estratégia

é a busca deliberada de um plano de ação por parte da alta administração para

alcançar resultados consistentes com os objetivos gerais da organização.

A estratégia pode oferecer dois cenários: o da Variabilidade e o da

Previsibilidade, que se subdividem:

- Variabilidade:

. Complexidade do ambiente da empresa;

. Novidade relativa dos desafios sucessivos enfrentados pela

empresa no ambiente.

- Previsibilidade:

. Rapidez da mudança: trata-se da relação entre a velocidade com a

qual os desafios evoluem no ambiente e a velocidade de reação da

organização;

40

. Visibilidade do futuro: o que considera a adequação e a

oportunidade da informação a respeito o futuro.

3.1.2. Tipos Básicos de Estratégias

Segundo Oliveira (2006, p. 194) que divide estratégia em quatro

partes:

- Estratégia de Sobrevivência: somente devem ser adotadas quando não

houver alternativa;

- Estratégia de Manutenção: indicada para casos onde a organização estiver

enfrentando ou prestes a enfrentar dificuldades, preferindo adotar atitudes

defensivas frente às ameaças;

- Estratégia de Crescimento: mesmo havendo pontos fracos, há chances de

transformá-los em oportunidades;

- Estratégia de Desenvolvimento: é caracterizada pela predominância de

pontos fortes e de oportunidades, a fim de desenvolver ainda mais a

organização.

Ainda assim, Oliveira (2006, p. 196) alerta que a combinação de

estratégias deve ser feita de forma a aproveitar todas as oportunidades

possíveis, utilizando a estratégia certa, no momento certo.

41

3.1.3. Estratégias Genéricas

A vantagem competitiva deve surgir a partir de uma compreensão

elaborada de regras da concorrência que determinam a atratividade da

organização. As regras de concorrência estão englobadas em cinco forças

competitivas: a entrada de novos concorrentes, a ameaça de substitutos, o

poder de negociação dos compradores, o poder de negociação dos

fornecedores e a rivalidade entre os concorrentes existentes.

As organizações, através de suas estratégias podem influenciar as

cinco forças, modelando suas estruturas organizacionais, e até mesmo

modificarem tais atratividades, melhorando-as. Uma organização é capaz de

obter altas taxas de retorno, mesmo que a rentabilidade média do setor seja

modesta. A base fundamental do desempenho acima da média em longo prazo

é a vantagem competitiva sustentável (PORTER, 1989, p. 232). Ele ainda

sustenta que para lidar adequadamente com as cinco forças (relações de inter-

influência), existem somente dois tipos básicos de vantagem competitiva que

uma empresa pode possuir: baixo custo ou diferenciação, que combinadas

com o escopo competitivo resultam em três estratégias genéricas para alcançar

um desempenho superior: liderança de custo, diferenciação, e foco. Ainda

Porter (1989, p. 237), fala sobre as “Estratégias Genéricas: Estratégia de

Liderança de Custo, Estratégia de Diferenciação; e Estratégia de Foco.

- Estratégia de Liderança de Custo: a empresa parte para tornar-se o produto

de mais baixo custo.(LOBATO, 2002, p. 116).

Visa obter vantagens competitivas pela oferta de produtos e serviços

(em geral padronizados) a custos mais baixos do que os concorrentes, com

produção em grande escala, acompanhamento cuidadoso dos custos,

gerenciamento de qualidade e outras medidas, com a busca de menor custo na

organização. Tem como requisitos organizacionais comuns: controle de custo

rígido; relatórios de controle frequentes e detalhados; organização e

42

responsabilidade estruturadas; incentivos baseados em metas estritamente

quantitativas.

- Estratégia de Diferenciação: a empresa busca ser a única, ao longo de

dimensões valorizadas, e aos olhos dos clientes.

Procura alcançar vantagens pela introdução de um ou mais elementos

de diferenciação nos produtos e/ou serviços que justifiquem preços mais

elevados, trabalhando produtos e/ou serviços únicos, com melhor qualidade,

melhor desempenho ou características únicas que justifiquem preços mais altos.

Tem como requisitos organizacionais comuns: avaliação e incentivos subjetivos

ao invés de medidas quantitativas; ambiente ameno para atrair mão-de-obra

altamente qualificada, cientista ou altamente criativa.

- Estratégia de Foco: a empresa escolhe um ambiente competitivo restrito

dentro da empresa (determinados segmentos de demanda, tais como grupo de

clientes, linha de produtos ou região geográfica) associada a uma estratégia de

baixo custo ou de diferenciação. Tem como requisitos organizacionais comuns a

combinação de políticas acima dirigidas para a meta estratégica em particular.

Com base nisso, pode-se dizer que estratégia designa o conjunto de

critérios de decisão escolhido pelo núcleo estratégico da organização. As

decisões estratégicas dizem respeito à relação entre a empresa e o seu

ecossistema, levando em consideração meios, produtos, mercado, vetor,

crescimento, vantagem competitiva, sinergia. Além de optar entre vantagem

por diferenciação ou por menor custo, a organização precisa ter em vista sua

estratégia, identificando os possíveis segmentos que decidir atender e é criar

uma cadeia de valor devidamente projetada para este segmento.

A tecnologia tem evoluído de maneira acelerada, gerando aumento

na produtividade e na busca por melhoria nos processos de trabalho. Os ciclos

de desenvolvimento dos bens e serviços estão cada vez mais curtos, em

constantes mudanças e inovações, requerendo, com isso, organizações mais

dinâmicas. A questão da competitividade tornou-se fator primordial para

alcance de bons resultados. Empresas, pessoas e governos terão que sofrer

transformações e renovações em busca de boas colocações e destaques, no

mercado onde atuam.

43

3.2. A Informação Como Vantagem Competitiva

Como já foi dito anteriormente, as empresas utilizavam a tecnologia

da informação para automatização de atividades burocráticas, tais como

digitação e processamento de dados repetitivos, do tipo, processamento de

pedidos de compra e controle de estoques.

Atualmente, a tecnologia da informação (TI) tem desempenhado

funções de otimização do tempo e controle, assim como atividades de

julgamento e análise.

Nesse ritmo acelerado e competitivo em que vivemos, a tecnologia

da informação, além de ampliar o desempenho individual, ampliou ainda mais

a capacidade das empresas explorarem ao máximo suas cadeias de valores,

tanto no âmbito interno quanto no externo.

Com isso, criando elos mais estreitos entre fornecedores e clientes,

as empresas ampliaram suas atividades, podendo coordenarem atividades de

valor entre localidades geográficas com grande dispersão e atingindo, de

maneira mais rápida, suas maximizações.

Paralelamente, a tecnologia da informação proporciona aos grandes

administradores e executivos, excesso de informação. Segundo PORTER

(1999, p. 199), a tecnologia da informação está alterando as regras de

competição de três maneiras: permitindo alterações da estrutura setorial,

proporcionando criação de vantagem competitiva, e disseminando novos

negócios.

44

3.2.1. Alteração de Estrutura Setorial

A estrutura de um setor econômico está incorporada em cinco forças

competitivas que determinam a rentabilidade do setor. A tecnologia da

informação tem a capacidade de alterar cada uma dessas forças, e em

consequência, atingir atratividade. A tecnologia da informação tem causado

impactos sobre os relacionamentos de negociação entre fornecedores e

compradores, criando em muitas das vezes, uma conectividade direta entre

ambos. A tecnologia da informação proporcionou aos trabalhadores melhoria

de condições de trabalho, em nível de ambientação tecnológica, com sistemas

de software mais rápidos e máquinas com hardware mais modernos no

ambiente diário de trabalho. Isso tudo para um alcance de resultados muito

mais rápido e eficiente.

3.2.2. Criação de Vantagem Competitiva

Segundo PORTER (1998, p. 501), com os avanços tecnológicos, as

empresas passaram a conquistar vantagens competitivas por meio de

exploração de mudanças no escopo da competição, através de:

- redução dos custos: a TI é capaz de alterar custos da empresa

em qualquer cadeia de valor, pois muitas das vezes ela altera os vetores de

custo das atividades, de forma a melhorar algum custo ou prejudicar outro.

- acentuação da diferenciação: a TI também causa impacto sobre

as estratégias da diferenciação, quando possibilita incluir algo que personalize

o produto ou serviço, destacando-o e inserindo-o nos sistemas de informação,

distinguindo-o do concorrente.

- mudança no escopo competitivo: a TI também é capaz de alterar

a relação entre o escopo competitivo e a vantagem competitiva, criando inter-

45

relacionamentos entre setores, tais como tecnologia de computadores e

telecomunicações, ou tecnologia da informação e medicina, e por aí vai.

3.2.3. Disseminação de novos negócios

A tecnologia da informação passou a dar origem a novos setores de

três maneiras diferentes:

- passou a viabilizar novos negócios em termos tecnológicos;

- passou a difundir novos negócios por meio da criação da demanda derivada

para novos produtos;

- passou a criar novos negócios dentro de setores tradicionais.

Para a organização alcançar suas metas e objetivos, torna-se

necessário obter vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes,

através de estratégias definidas pela alta administração.

46

CONCLUSÃO

A Gestão do Conhecimento surge como um processo de suma

importância para o crescimento organizacional. É um processo baseado na

capacidade de identificar, maximizar, codificar, compartilhar, acessar e utilizar

arquivos de dados e informações tácitas e explícitas que compõem a memória

organizacional. A Gestão do Conhecimento quando utiliza tecnologias de

informação e de comunicação torna-se um processo de gerenciamento de

capital intelectual, ou melhor, um processo de gestão integrada do conhecimento

individual e organizacional. As pessoas são os únicos verdadeiros agentes na

organização, sendo todos os ativos e estruturas, tangíveis e intangíveis,

resultados de ações humanas. Para que novas metas sejam criadas e traçadas

e para que os processos que irão atendê-las possam ser desenvolvidos e

adaptados, é imprescindível o apoio e o comprometimento da gestão superior.

As novas tecnologias de informação vieram para complementar e

tornaram-se fundamentais para a criação de um ambiente favorável à

implantação de processos que permitam alcançar vantagem competitiva com o

uso da gestão do conhecimento. Mas é bom destacar que somente a tecnologia

da informação não é suficiente, nem tampouco solução para tudo.

A administração de processos em Gestão do Conhecimento estimula

e incentiva a valorização do capital intelectual no desenvolvimento de recursos

humanos com maior grau de comprometimento, responsabilização e orientados

para o conhecimento. Com isso, a capacitação dos funcionários, o

desenvolvimento e o aprimoramento de competências e habilidades,

devidamente adequadas a cada atividade introduziram novas práticas de

treinamento e desenvolvimento de pessoas. Para o compartilhamento de

conhecimentos que estimulam a criatividade, o favorecimento de ambientes que

propiciem trocas dinâmicas de conhecimentos, sejam eles tácitos ou explícitos, é

47

bom que seja de forma articulada, sistematizada e inventiva. Surgiram as

universidades corporativas e redes de intranet e internet corporativas.

O fenômeno da globalização cria um mundo sem fronteiras, onde a

vantagem competitiva é concedida aos centros detentores de tecnologia

ajustadas ao mercado de interesse da respectiva empresa e que apresenta

investimentos consistentes em P&D (pesquisa e desenvolvimento). Redes

tecnológicas se transformam-se em redes de negócios e estas, finalmente,

transformam-se em redes organizacionais.

Os programas de educação corporativa devem promover o

desenvolvimento de pessoas alinhado às estratégias do negócio, possibilitando

melhoria na competitividade e desempenho geral dos funcionários. Profissionais

que se mantém atualizados e competitivos em suas carreiras, além de se

integrarem aos valores e competências requeridos pela empresa, aumentam o

seu comprometimento e produtividade. Para isso, é fundamental aperfeiçoar o

processo de educação adequando as atividades às práticas que resultem em

profissionais bem preparados e motivados para o desempenho de suas funções.

Muitas empresas obtém diferencial competitivo com o uso de

tecnologia da informação. A forma como se articulam nestas organizações, o

planejamento e a capacitação contínua de seus funcionários têm contribuído

muito para isso. Marcadas por uma visão estratégica e por uma estrutura

organizacional devidamente adequada, estas organizações com o uso da TI

estão contribuindo para o novo cenário mundial da pesquisa e dos negócios.

As organizações para garantirem o alcance de vantagens

competitivas deverão, cada vez mais, gerenciar o conhecimento corporativo,

garantindo uma equipe de alta qualidade e performance, sempre em busca de

inovações e competitividade.

48

BIBLIOGRAFIA

CHIAVENATO, Idalberto. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos

Humanos: como incrementar talentos na empresa. 7ª ed. São Paulo: Manole,

2009 (2ª reimpressão 2012).

DAVENPORT, Thomas.H.; PRUSAK, Laurence. Conhecimento Empresarial:

como as organizações gerenciam seu capital intelectual. 4ª ed. Rio de Janeiro:

Campus, 1998.

DE ARAÚJO, Isabel. Relação entre Gestão do Conhecimento e Vantagem

Competitiva nas Organizações. Rio de Janeiro, AVM, 2005.

DE HOLANDA, Carla Cavalcante. A Gestão do Conhecimento Corporativo

como Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro: AVM, 2003.

DE SORDI, José Osvaldo. Administração da Informação: fundamentos e

práticas para uma nova gestão do conhecimento. 2ª ed. São Paulo: Saraiva,

2015.

DRUCKER, Peter. Desafios Gerenciais para o Século XXI. São Paulo: Pioneira,

LEAL, Eliane de Fátima Lyra. Relação de Gestão do Conhecimento e a

Vantagem Competitiva das Organizações. Rio de Janeiro, AVM, 2004.

1999.

LOBATO, David Menezes. Administração Estratégica: Uma visão orientada

para a busca de vantagens competitivas. Rio de Janeiro: Editoração, 2002.

NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação do conhecimento na empresa.

Rio de Janeiro: Campus, 1998.

NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação do conhecimento na empresa:

como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 2ª ed. Rio de

Janeiro: Campus, 1997.

OLIVEIRA, D.P.R. de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e

práticas. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.

PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva. 18ª ed. Rio de Janeiro: Campus,

1986.

PORTER, Michael E. Estratégia : a busca da vantagem competitiva. 4ª ed. Rio

de Janeiro: Campus, 1998.

49

ROBBINS, Sterphen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo:

Saraiva, 2002.

STEWART, T. A.. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das

empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

SVEIBY, Karl Erik. A Nova Riqueza das Organizações: gerenciando e

avaliando patrimônios de conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

SVEIBY, Karl Erik. Gestão do Conhecimento: as lições dos pioneiros. Global

Brands: Sveiby Associados, 2001.

TEIXEIRA FILHO, Jayme. Gerenciando Conhecimento. Rio de Janeiro: Senac ,

2000.

50

WEBGRAFIA

ABREU, Aline França; FRANÇA, Thamara da Costa Vianna; SINZATO,

Carmen Isabel Pereira. Acesso à Informação – Promovendo Competitividade

em P & D com o Uso de Tecnologia de Informação. Brasília: C.I. Inf., SchiELO

Brasil, 1999. Disponível em

http://www.scielo.br/SchiELO.php.script=sci_abstract&pid=s0100-

19651999000300010&lng=en&nrm=iso , acessado em 25/01/16.

DE SOUZA, Daniela Borges Lima. Gestão do Conhecimento nas

Organizações: desafios e oportunidades. Juiz de Fora: Estação Científica,

2006. Disponível em http://www.potal.estacio.br/5-gestao-conhecimento-

organizacoes-desafios-oportunidades.pdf , acessado em 25/01/16.

FILHO, Valdir Antônio Vitorino; PERESIN, Glenda Leite; NETO, Mario

Sacomano. Vantagem Competitiva: uma releitura teórica de Porter. VIII

Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração.

Disponível em www.convibra.com.br/uploadpaper/adm/adm_2472.pdf ,

acessado em 19/01/16.

LUCHESI, Eunice Soares Franco. Gestão do Conhecimento nas Organizações.

Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, NT 221. Disponível em

http://www.cetsp.com.br/media/117897/notatecnica221.pdf, acessado em

28/09/15.

QUINCOZES, Eliana da Rosa Freire; CÂNDIDO, Marcondes da Silva; DOS

SANTOS Neri; CADORI, Aluizia Aparecida. Gestão do Conhecimento Aplicada

a uma Organização Intensiva em Conhecimento: o Caso da Embrapa Clima

Temperado - V Congresso Nacional de Excelência em Gestão. Disponível em

http://www.excelenciaemgestao.org/portals/2/documents/cneg5/anais/t8_0203_

0672.pdf , acessado em 16/12/15.

51

52

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

G

ESTÃO DO CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO 10

1.1. Conceitos 10

1.2. Tipos de Conhecimento 11

1.3. Áreas da Ciência Pertinentes à Administração da Informação 13

1.4. Trabalhadores do Conhecimento e da Informação 16

CAPÍTULO II

G

ESTÃO DO CONHECIMENTO E GESTÃO DE RH 20

2.1. Sistema de Administração de Recursos Humanos 20

2.2. Gestão do Conhecimento Organizacional 21

2.3. Gestão das Competências 25

2.4. Gestão do Capital Intelectual 27

2.5. Aprendizagem Organizacional 28

53

2.6. Educação Corporativa 29

2.7. Objetivos do Subsistema de Desenvolvimento Organizacional 30

2.8. Desenvolvimento Organizacional 31

CAPÍTULO III

GESTÃO DO CONHECIMENTO E VANTAGEM COMPETITIVA 38

3.1. Vantagem Competitiva como Estratégia Organizacional 38

3.2. A Informação como Vantagem Competitiva 43

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 48

WEBGRAFIA 50

ÍNDICE 51