universidade anhanguera-uniderp › bitstream › 123456789...um sorriso, uma palavra amiga, um...

101
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP NAYARA ZIELASKO TROMBINI GARCIA ÓLEOS ESSENCIAIS DA ERVA CIDREIRA BRASILEIRA (Lippia alba MILL.) N. E. BR (VERBENACEAE) E ALFAVACA (Ocimum gratissimum LINN.) (LAMIACEAE) SOBRE A LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera frugiperda) (J. E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) CAMPO GRANDE MS 2018

Upload: others

Post on 07-Jul-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

NAYARA ZIELASKO TROMBINI GARCIA

ÓLEOS ESSENCIAIS DA ERVA CIDREIRA BRASILEIRA (Lippia alba MILL.)

N. E. BR (VERBENACEAE) E ALFAVACA (Ocimum gratissimum LINN.)

(LAMIACEAE) SOBRE A LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera

frugiperda) (J. E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

CAMPO GRANDE – MS

2018

Page 2: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

NAYARA ZIELASKO TROMBINI GARCIA

ÓLEOS ESSENCIAIS DA ERVA CIDREIRA BRASILEIRA (Lippia alba MILL.)

N. E. BR (VERBENACEAE) E ALFAVACA (Ocimum gratissimum LINN.)

(LAMIACEAE) SOBRE A LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera

frugiperda) (J. E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Tese apresentada ao Programa de Pós-

graduação em Meio Ambiente e

Desenvolvimento Regional da

Universidade Anhanguera-Uniderp,

como parte dos requisitos para a

obtenção do título de Doutor em Meio

Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Comitê de Orientação

Profa. Dra. Rosemary Matias

Prof. Dr. Ademir Kleber Morbeck

CAMPO GRANDE – MS

2018

Page 3: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

3

Candidato: NAYARA ZIELASKO TROMBINI GARCIA

Dissertação defendida e aprovada em 31/08/2018 pela banca examinadora:

Page 4: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

4

AGRADECIMENTOS

Tão difícil quanto foi escrever está tese, foi escrever este item. Somente

quem esta, realmente, próximo, ou já passou por isso, sabe o quanto este

período é árduo e gratificante ao mesmo tempo.

Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças

para continuar lutando para fazer pesquisa no Brasil, mesmo com todas as

barrerias que estamos enfrentando, agradeço a CAPES pela bolsa que foi

concedida, sem esta não teria condições de fazer este trabalho, e espero que

meus futuros colegas possam ter esta mesma oportunidade.

Agradeço imensamente a toda equipe da secretária do curso de pós-

graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, em especial a Alinne

Signorelli por sempre nos atender da melhor forma possível com um imenso

sorriso no rosto.

Não consigo expressar em palavras a minha gratidão por todos os

professores do programa, todo conhecimento que recibi, toda sabedoria de

grandes “mestres” a serem seguidos. Muito obrigada por cada disciplina, por

cada aula, sempre sai diferente do que entrei, cheia de novos questionamentos

e vendo o quão amplo é a nossa área e o quão restrito é o meu conhecimento.

Em especial, queria agradecer aos professores, e agora meus

orientadores, Rosemary Matias e Ademir Kleber Morbeck. Professor Ademir,

muito obrigada pela contribuição ao meu trabalho e pelas palavras de apoio e

incentivo em um momento tão delicado de minha vida particular, suas palavras

foram certeiras e me motivaram, o senhor não pode imaginar o quanto.

Professora Rose, fico sem palavras para agradecer tudo o que já fez em minha

vida, a senhora que abriu as portas da pesquisa para mim, e agora na finalização

da minha tese foi meu refugio, minha incentivadora e acima de tudo uma

excelente orientadora, muito obrigada pelas suas contribuições e pela sua

compreensão diante de tudo.

Quero agradecer a equipe do Laboratório de Pesquisa em Entomologia,

em especial ao Luiz Octávio e Heidine Malaquias, foi muito gratificante trabalhar

com vocês, aprendi muito, no âmbito profissional, mas acima disso, na vida.

Vocês são seres humanos maravilhosos o qual eu tenho a honra de chamar de

amigos, sou grata por tê-los em minha vida particular.

Page 5: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

5

Para muitos a família são pessoas que compartilham de laços

sanguíneos, para mim são as pessoas que posso contar nos momentos mais

obscuros da vida. Posso não ter uma família sanguínea, mas tenho uma enorme

família que a espiritualidade me deu, e sou grata a cada um deles, pois, se hoje

estou escrevendo este item da minha tese foi porque vocês me apoiaram.

Ao professor Silvio Favero, meu eterno orientador, não tenho palavras que

possam expressar a gratidão que sinto por tê-lo conhecido, por ter trabalho com

o senhor e ter desenvolvido este trabalho. Foram anos de muitos aprendizados,

tanto na parte profissional quanto pessoal. Espero um dia ser 10% do profissional

que o senhor é, para mim já seria de grande valia e queria ser 1% do ser humano

que o senhor é. Um verdadeiro exemplo a ser seguido, como pesquisador e

como ser humano, detentor de um enorme coração cheio de bons sentimentos

por todos, obrigada por ter me orientado profissionalmente e para vida.

Ao José Ricardo de Carvalho Bignardi, meu amor, meu companheiro, meu

porto seguro, devo primeiro iniciar com as desculpas. Desculpa, pelas vezes que

cheguei irritada e descontei em você, pela ausência, pelo cansaço eterno, pelos

milhares de vezes que abri mão de estar com você para estar com este trabalho,

pelas viagens que não fizemos, me desculpe por todas as vezes que te

preocupei nos momentos de crises, “será que dou conta? ”, enfim, me desculpa

por tudo de ruim que foi namorar uma doutoranda. Por outro lado, queria

agradecer todas as vezes que me incentivou, que me acalmou, que me deu

forças. Todas as vezes que veio ao laboratório, sábados, domingos, feriados, de

manhã cedinho, ou tarde da noite, muito obrigada por ser meu melhor estágiario

mesmo sendo advogado. Muito obrigada por ser esta pessoa maravilhosa, muito

obrigada por simplismente existir na minha vida. Se tive forças é porque você foi

meu maior incentivador, eu te amo.

Enfim, obrigada a todas as pessoas que contribuíram com este trabalho,

direta ou indiretamente. Gratidão!

Page 6: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

6

SUMÁRIO

1. Resumo Geral.............................................................................................

2. General Summary......................................................................................

3. Introdução Geral........................................................................................

4. Revisão de Literatura................................................................................

4.1. Aumento da população; controle de pragas e suas consequências

4.2. A seleção de pragas resistentes em consequência da má

utilização dos inseticidas químicos sintéticos ...........................................

4.3. Impacto a saúde humana por resíduos de

inseticidas.......................................................................................................

4.4. Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae)..........

4.5.Modo de ação dos inseticidas

neurotóxicos...................................................................................................

4.6. Óleos essenciais como inseticidas para S. frugiperda (Smith, 1797)

(Lepidoptera-Noctuidae) ..................................................................................

4.7. Lippia alba (Mill.) N. E. Brown...............................................................

4.8. Ocimum gratissimum L. .........................................................................

4.9. Efeito dos óleos essenciais sobre o inseto........................................

5. Referências Bibliográficas........................................................................

6. Artigos

7

8

9

12

12

13

14

16

18

20

24

27

30

33

52

52

52

53

53

55

58

66

66

66

74

Artigo I............................................................................................................

Toxicidade do óleo essencial de folhas de Lippia alba e Ocimum

gratissimum sobre Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera:

Noctuidae).......................................................................................................

Resumo...........................................................................................................

Abstract...........................................................................................................

Introdução.......................................................................................................

Material e Métodos.........................................................................................

Resultados e Discussão................................................................................

Conclusões.....................................................................................................

Agradecimentos.............................................................................................

Referências Bibliográficas............................................................................

Artigo II ...........................................................................................................

Page 7: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

7

Alterações comportamentais de larvas e adultos de Spodoptera

frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) frente ao óleo

essencial de folhas de Lippia alba e Ocimum gratissimum

..........................................................................................................................

74

74

75

75

77

80

88

88

88

100

Resumo...........................................................................................................

Abstract...........................................................................................................

Introdução.......................................................................................................

Material e Métodos.........................................................................................

Resultados e Discussão................................................................................

Conclusões.....................................................................................................

Agradecimentos.............................................................................................

Referências Bibliográficas............................................................................

7.Conclusão geral..........................................................................................

Page 8: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

8

1. Resumo Geral

A sociedade contemporânea se depara com a necessidade de aumentar

a produção de alimentos; porém estudos revelam que as práticas agrícolas

convencionais estão acarretando impactos ao ambiente e a saúde humana. Com

o intuito de mitigar estes impactos, pesquisas com produtos naturais, como os

óleos essenciais, como inseticidas de baixo risco aumentou consideravelmente

e tem demonstrando potencial de utilização. Os óleos essenciais, produzido pelo

metabolismo secundário das plantas, são ricos em compostos terpenóides, com

ação inseticida sobre o sistema nervoso dos insetos, demonstrando potencial a

ser explorado para o controle de pragas. Desta maneira, objetivo-se avaliar o

potencial inseticida e insetistático dos óleos essenciais de Lippia alba (Mill.) NE

Brown e Ocimum gratissimum Linn para o controle da Spodoptera frugiperda

(Smith, 1797) (Lepidoptera- Noctuidae), uma das pragas que atacam culturas

como o milho e a soja, e comtempla a linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e

Desenvolvimento Regional Sustentável. Os óleos essenciais foram extraídos das

folhas frescas das plantas, cultivas na horta de plantas medicinais da

Universidade Anhanguera – Uniderp, por hidrodestilação e os insetos, criados

em dieta artificial a base de feijão, gérmen de trigo e levedo de cerveja, no

Laboratório de Pesquisas em Entomologia da Universidade Anhanguera -

UNIDERP. Foram realizados bioensaios de Toxicidade Aguda Tópica, por

Superfície de Contato, Periodo Residual, Fagoinibição com e sem chance de

escolha e Inibição de Oviposição. O óleo essencial de L. alba apresentou DL50

de 0,05 µL.inseto e DL90 de 0,14 µL.inseto e CL50 de 0,27µL.cm-2 e CL90 0,48

µL.cm-2 . O. gratissimum apresentou DL50 de 0,06 µL.inseto e DL90 de 0,24

µL.inseto e CL50 de 0,024 µL.cm-2 e CL90 0,046 µL.cm-2. O óleo essencial de L.

alba é mais heterogêneo e tem um potencial residual mais prolongado em

relação a O. gratissimum; porém, este apresentou um potencial residual agudo.

Ambos os óleos apresentaram potencial fagoinibidor e diminuíram as posturas

das mariposas e portanto, tem potencial inseticida para o controle da S.

frugiperda. Desta maneira, a utilização de métodos baseados em óleos pode ser

uma alternativa viável para o combate de determinadas pragas agrícolas,

diminuindo os impactos ambientais no ambiente.

Page 9: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

9

Palavras-chave: Recursos Naturais, Agricultura Sustentável, Controle de

Pragas, Inseticida Botânico, Terpenos.

2. General Summary

Essential oils of the brazilian cider herb (Lippia alba Mill.) N. E. BR

(Verbenaceae) and alfavaca (Ocimum gratissimum Linn.) (Lamiacea) on the

fall armyworm (Spodoptera frugiperda) (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae)

Contemporary society comes across the necessity of increasing the

production foods; however studies shows that the conventional agriculture

practices are bringing impacts to the environment and the human health. Trying

to moderate these impacts, researches with natural products, like the essential

oils, insecticides of low risk increased considerably and it has demonstrating

potential of use. The essential oils, produced by the secondary metabolism of the

plants, are rich in terpenoids compounds, with insecticide action on the nervous

system of insects, demonstrating potential to be explored for pests control.

Objected evaluate the insecticide and insetistatic potential of essential oils of

Lippia alba (Mill.) NE Brown and Ocimum gratissimum Linn for the control of

Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera-Noctuidae), one of the pests

that attacks crops such as corn and soy and contemplates the Society,

Environment and Regional Sustainable Development research lines. Essential

oils were extracted from fresh leaves of plants grown in the University Anhaguera

– Uniderp vegetable garden of medicinal plants of the by hydrodistillation and the

insects was rearing in artificial diet of bean, wheat germ and brewer's in

Laboratory of Entomology Research at the University Anhanguera - UNIDERP.

They were carried out bioasseys of Topical Acute Toxicity, for Surface of Contact,

Residual Period and Antifee danl efct with and without chance of choice and

Inhibition of oviposition. The essential oil of L. alba presented DL50 of 0,05 µL.

insect and DL90 of 0,14 µL.insect and CL50 of 0,27 µL.cm-2 and CL90 0,48 µL.cm-

2. O. gratissimum presented DL50 of 0,06 µL.insect and DL90 of 0,24 µL.insect and

CL50 of 0,024 µL.cm-2 and CL90 0,046 µL.cm-2. The essential oil of L. alba is more

heterogeneous and it has a residual potential more extended than O.

gratissimum; however, this one presented a acute residual potential. Both oils

presented Antifee danl efct potential and reduced the postures of the moths so,

Page 10: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

10

it has potential insecticide for the control of S. frugiperda. In this way, the use of

methods based on oils can be a viable alternative for the conthol of certain

agricultural pests, decreasing the environmental impacts in the environment.

Keywords: Natural resources, Sustainable Agriculture, Pest Control, Botanical

Insecticide, Terpenes.

3. Introdução Geral

Discussões políticas e econômicas sobre a falta de alimento e a

conservação dos recursos naturais vêm ganhando destaque. De acordo com a

Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), uma em

cada nove pessoas não tem alimento disponível para levar uma vida ativa e

saudável e este número deve aumentar, considerando as projeções de

crescimento populacional (FAO, 2009).

Em 2009 a FAO realizou um estudo que considerou o crescimento

populacional e a produção agrícola e concluiu que o setor agrícola terá que

aumentar aproximadamente 70% da sua produção até 2050, a fim de suprir as

necessidades nutricionais básicas da população mundial (FAO, 2009).

Esta pressão exercida sobre o setor agrícola alavancou as pesquisas em

novas tecnologias, para aumentar a produtividade das áreas já agricultáveis,

sem suprimir áreas nativas. De acordo com REGNAULT-ROGER et al., (2012),

as práticas agrícolas contemporâneas ainda são insustentáveis, o que acarreta

impacto ao ambiente e a saúde humana.

O recurso mais utilizado para aumentar a produtividades das áreas

plantadas são os agroquímicos, que mal manejados podem acarretar impactos

negativos ao sistema agroecológico, incluindo os seres humanos (VEIGA et al.,

2006). De acordo com GOMES e BARIZON (2014), no Brasil a cultura da soja e

do milho são as que mais utilizam agroquímicos (volume por hectare) em seu

manejo.

O milho é uma das culturas mais cultivadas no Brasil e seu plantio ocorre

desde pequenas propriedades (para subsistência) até grandes propriedades,

com a utilização de alta tecnologia. Segundo a Companhia Nacional de

Abastecimento (CONAB), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial deste grão,

sendo que a produção total da safra 2016/2017 foi de 80 milhões de toneladas

(CONAB, 2017).

Page 11: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

11

O milho (Zea mays) pertence à família Poaceae, originária da América

Central, com grande capacidade de adaptação a diversos climas. É um alimento

rico em carboidratos e fonte de óleo, fibras e pequenas quantidades de vitaminas

E, B1, B2 e ácido pantatênico, além de alguns minerais, como o fósforo e o

potássio (MATOS et al., 2012). O grão é transformado em óleo, farinha, ração,

amido, margarina, xarope de glicose e flocos para cereais matinais (SILOTO,

2002).

Apesar do aumento do número de pesquisas sobre a cultura e técnicas

de plantio, fatores bióticos e abióticos podem comprometer a fisiologia e a

produtividade da área. Entre os fatores bióticos se destacam os fitopatógenos e

os insetos-praga.

A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera:

Noctuidae), é considerada praga chave da cultura, causando danos em todas as

fases do desenvolvimento da planta e afetando a produtividade da área infestada

(SILOTO, 2002).

De acordo com FERREIRA FILHO et al. (2010), a média do custo para o

controle da S. frugiperda nas plantações de milho no Brasil oscilou entre R$

97,28/hectare a 122,56/hectare, dependendo da região. Ao projetar uma safra

de verão e uma “safrinha” de inverno, o valor médio gasto no Brasil para o

controle da lagarta-do-cartucho foi de 1,2 bilhões de reais ao ano; porém, o

controle químico não tem demonstrado muitas vezes resultados satisfatórios.

Segundo o Comitê de Ação a Resistência a Inseticidas (IRAC), o controle

de S. frugiperda não tem sido eficiente devido ao aumento de indivíduos

resistentes nas lavoras, em consequência da pulverização excessiva e de

inseticidas com mesmo mecanismo de ação (OMOTO et al., 2013).

Com o objetivo de diminuir as populações de insetos resistentes e mitigar

os impactos da utilização excessiva dos agrotóxicos, o uso de extratos vegetais

e os óleos essenciais derivados de plantas com potencial inseticidas aumentou

consideravelmente no controle de insetos pragas.

A atividade inseticida dos óleos essenciais está correlacionada com sua

substância majoritária, os terpenos(SIMÓES, 2017). Esses compostos podem

afetar os processos bioquímicos, fisiológicos e comportamentais nos insetos,

podendo ser prospectados como inseticidas naturais. Suas características

químicas e físicas fornecem propriedades que colaboram para um produto

Page 12: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

12

eficiente e de baixo impacto, tais como: (1) complexa mistura de substâncias,

dificultando a seleção de indivíduos resistentes; (2) volatilização, indicando baixo

traço residual do produto; (3) biodegradável e, (4) baixa toxicidade a vertebrados

(ISMAN, 2006; PRATES e SANTOS, 2002; KIM et al., 2003; MENEZES, 2005).

Portando, diante deste contexto mundial da necessidade de aumentar a

produção agrícola aliado à conservação da biodiversidade e baixo risco a saúde

humana, objetivou-se avaliar o potencial inseticida dos óleos essenciais Lippia

alba (Mill.) NE Brown e Ocimum gratissimum Linn para o controle de S.

frugiperda.

Page 13: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

13

4. Revisão de Literatura

4.1. Aumento da população; controle de pragas e suas consequências

Nos últimos séculos, a população mundial vem crescendo e estimativas

apontam que este crescimento é de 97 milhões de novos indivíduos por ano,

sendo que em 2050 a população mundial estimada será de 10 bilhões de

pessoas (SARAVI e SHOKRZADEH, 2011). Este aumento populacional

pressiona o setor agrícola para que a produção de alimento supra o aumento da

demanda.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e

Agricultura (FAO), em seu Relatório Especial sobre o Direito à Alimentação de

2017, a produção de alimentos tem que crescer cerca de 70% para suprir a

necessidade mundial dos próximos anos. Nos últimos 50 anos, as terras

agricultáveis mundiais aumentaram cerca de 10% (KÖHLER e TRIEBSKORN,

2013); porém, este crescimento ocorreu com a diminuição dos hábitats naturais.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a diminuição de

hábitats naturais acarreta impactos aos seres humanos pela diminuição, ou

encerramento, dos serviços ecossistêmicos e pela diminuição da biodiversidade

(RAMBALDI e OLIVEIRA, 2003). Logo, o setor agrícola depara-se com a

necessidade de aumentar a produção sem que novas áreas sejam suprimidas.

Neste processo de aumento da produtividade agrícola, novas tecnologias

foram introduzidas, tais como: o uso de fertilizantes, maquinário de precisão,

herbicidas, fungicidas,bactericidas, nematicidas e inseticidas. Segundo a

CROPLIFE (2010) a utilização de pesticidas vem aumentando e em 2005, a

movimentação monetária mundial foi de US$ 31 bilhões e em 2010 passou para

US$ 38 bilhões.

No Brasil, os pesticidas mais comercializados são os da classe dos

inseticidas. Do ano de 2011 para 2012, as vendas aumentaram 27,4% (MAPA,

2013); porém, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento

(CONAB), as áreas plantadas, neste mesmo período, cresceram 3%, o que

indica um aumento nas aplicações dos inseticidas (por hectare) (CONAB, 2013).

O aumento da frequência de aplicações e da dosagem faz com que os

insetos-praga se dispersem para novos ambientes e/ou se adaptem às novas

Page 14: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

14

condições (COTHRAN et al., 2013), com as populações capazes de adaptarem-

se as novas condições, denominadas resistentes.

4.2 A seleção de pragas resistentes em consequência da má utilização dos

inseticidas químicos sintéticos

De acordo com FORATTINI (2002), uma população é resistente quando

a mesma tem a capacidade de sobreviver a doses consideradas tóxicas para a

maioria dos indivíduos da mesma espécie. Em concordância com a classificação

proposta, por BRATTSTEN et al. (1986) e BRAGA e VALLE (2007), os

mecanismos de resistência são agrupados em: (1) comportamentais, (2)

fisiológicos e, (3) bioquímicos.

O primeiro grupo de mecanismos, o comportamental, inclui as mudanças

nos hábitos dos insetos, que pode ocorrer por alterações nos órgãos sensoriais

e na capacidade de aprendizado. Por consequência, gera uma maior habilidade

em evitar os efeitos letais das substâncias tóxicas, como por exemplo, reduzindo

sua entrada em domicílios que receberam inseticidas (BRATTSTEN et al., 1986;

MATHENGE et al., 2001).

O segundo grupo, os fisiológicos, está relacionado às mudanças na

fisiologia do inseto, que inclui: (a) aumento na capacidade de excreção das

substâncias tóxicas, (b) capacidade de isolar as moléculas tóxicas em estruturas

inertes no interior do corpo do inseto e, (c) diminuição da penetração do

inseticida no organismo (modificação do tegumento) (BRATTSTEN et al.,1986;

GALLO et al., 2002).

O terceiro grupo é considerado o mais importante e está relacionado à

resistência bioquímica, que ocorre através de dois processos: o primeiro é o

aumento da capacidade de destoxificação metabólica, por ação de enzimas

especificas, esstas têm a função de aumentar a polaridade da molécula do

inseticida, o que facilita a sua excreção pelo organismo. As principais enzimas

relacionadas a este processo são as esterases, as glutationa-S-transferases e o

complexo das oxidases microssomais (oxidase de função mista). A fim de

aumentar a eficácia dos inseticidas e diminuir a seleção de populações

resistentes, alguns inseticidas têm em sua composição substâncias que agem

de forma sinérgica com o composto majoritário, inativando estas enzimas e

dificultando ou até mesmo cessando o mecanismo de excreção (SCOTT, 1999).

Page 15: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

15

O outro mecanismo que compõe o grupo de resistência bioquímica é a

alteração no sítio de ação da molécula inseticida, que pode ocorrer, por exemplo,

nos canais de sódio da membrana do neurônio. Insetos que forem capazes de

realizar esta modificação são resistentes aos inseticidas piretroides e aos

organoclorados do grupo do DDT (diclorodifeniltricloretano) (LIU et al., 2000).

De acordo com CAMPANHOLA (1990), a resistência pode ser classificada

como cruzada ou múltipla. A cruzada é quando um único mecanismo tem a

capacidade de anular a ação de dois ou mais inseticidas do mesmo grupo

químico. Já a múltipla é quando o indivíduo tem a presença de vários

mecanismos de resistência, tornando-o resistente a vários grupos inseticidas.

Para mitigar os efeitos da seleção dos organismos resistentes, é

necessário a utilização de inseticidas menos persistentes, diminuir a frequência

de aplicação, aumentar a imigração de insetos susceptíveis e ter área de refúgio

disponível. Porém, com o surgimento das populações resistentes, os produtores

aumentaram de forma inadequada as dosagens e a frequência das aplicações

dos inseticidas que, mal manejados, acarretaram impactos ao ambiente e a

saúde humana.

4.3 Impacto a saúde humana por resíduos de inseticidas

Atualmente são raros os grupos de pessoas que não tenham contato com

inseticidas, que pode ocorrer por contaminação do solo, água e ar, por resíduos

em alimentos e pela amamentação (GASPARI et al., 2012; EYHORN et al.,

2015).

Diversas doenças estão sendo correlacionados com a exposição crônica

aos agrotóxicos, tais como: (1) câncer, (2) Parkinson, (3) Alzheimer, (4)

distúrbios hormonais e, (5) esterilidade, além de (6) diversos efeitos neurológicos

(perda de memória, perda da coordenação motora e redução da capacidade

visual) (KÖHLER e TRIEBSCORN, 2013). A bioacumulação nos tecidos

adiposos e a biomagnificação na cadeia trófica, potencializam a contaminação

indireta e a exposição crônica a essas substâncias.

De acordo com a FAO (2017), 200 mil pessoas morrem todos os anos por

intoxicações causadas por contato direto com estas substâncias. Desse total,

90% ocorre em países em desenvolvimento, o que indica a precariedade no

Page 16: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

16

ambiente de trabalho, por falta de treinamento prévio para manusear estas

substâncias, ou pela ausência dos equipamentos de segurança necessários.

Quando ocorre contaminação do solo, água e ar, o ser humano e os

ecossistemas também são afetados. Os inseticidas podem permanecer no

ambiente por décadas, ameaçando os ecossistemas naturais, assim como os

agroecossistemas, provocando perda da diversidade biológica, diminuição das

populações de insetos benéficos e inimigos naturais (diversos invertebrados,

peixes, anfíbios, répteis, morcegos e aves).

Na China, recentes publicações do governo classificam a contaminação

de seu solo de moderada a grave, sendo que em 26 milhões de hectares de terra

agricultável, cerca de 20% não pode mais ser cultivada (ONU, 2017).

Na Guatemala, a poluição do rio La Pasíon com inseticida malathion

(organofosforado) provocou a morte de milhares de peixe e 23 espécies estão

ameaçadas de extinção. Este alto nível de poluição também afetou 12.000

pessoas de 14 comunidades cuja principal fonte de alimentos era advinda do rio

(FAO, 2017).

Outro dado alarmante sobre o mal uso dos inseticidas está relacionado

com as populações de insetos não alvo, como por exemplo, as abelhas. Estima-

se que nos últimos 25 anos ocorreu uma diminuição de 50% das populações de

abelhas dos Estados Unidos, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

(ALLSOPP, 2014).

A Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços

Ecossistêmicos (IPBES) estima que, aproximadamente 71% das espécies

cultivadas são polinizadas por abelhas; portanto, o sistema de produção agrícola

poderá sofrer um declínio com a diminuição de suas populações

(OPGENOORTH e HOTES, 2016).

No Brasil, o estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (EMBRAPA) intitulado “Panorama da contaminação ambiental por

agrotóxicos e nitrato de origem agrícola no Brasil: cenário de 1992 a 2011”,

mostrou que apesar de escassos, programas de monitoramento de resíduos

agrícolas indicaram que todas as amostras das 5 regiões brasileiras,

apresentavam traços residuais de agrotóxicos, inclusive de substâncias

proibidas, como o DDT. A cultura da soja e do milho são as que mais utilizam

pesticidas (volume por hectare) em seu manejo (GOMES e BARIZON, 2014).

Page 17: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

17

Segundo TSUNECHIRO et al. (2012), de 2008 a 2011, ocorreu uma

diminuição das vendas de inseticidas para a cultura do milho, devido a introdução

do milho Bt na safra de 2008/2009. Este é um milho transgênico e apresenta

atividade inseticida, devido à incorporação de genes da Bacillus thuringiensis,

uma bactéria que produz uma substância inseticida para larvas de alguns

lepidópteras (MENDES e WAQUIL, 2009). Porém, MELGAREJO et al. (2013) em

seu trabalho intitulado “Transgênicos no Brasil: a manipulação não é só

genética”, já apontaram falhas e a ineficiência que foi a introdução do milho Bt;

posteriormente, a venda de inseticidas aumentaram, para tentar suprir a

ineficiência do milho Bt.

As novas tecnologias que visam aumentar a produtividade e mitigar os

impactos da cadeia produtiva do milho brasileiro vêm aumentando, devido à

importância econômica que esta cadeia representa para o agronegócio do país.

De acordo com a Federação das Industriais de São Paulo (FIESP), o Brasil é o

3º maior produtor de milho e o 2º exportador do produto (FIESP, 2017); porém,

esta cadeia também gera grandes impactos a saúde humana e ao ambiente,

pelo volume de agroquímicos utilizados em seu manejo.

4.4 Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae)

As espécies pertencentes ao gênero Spodoptera são amplamente

distribuídas no mundo, ocorrendo desde a região central dos Estados Unidos até

a Argentina e, em algumas ilhas da Índia (CAPINERA, 2008).

Das 30 espécies descritas, 15 são classificadas como praga por

apresentar importância econômica a diversas culturas (POGUE, 2002). A

espécie Spodoptera frugiperda, popularmente conhecida como a lagarta-do-

cartucho ,destaca-se por seu hábito alimentar generalista com 80 espécies de

plantas, incluindo cultivares de importância comercial, como milho, soja e

algodoeiro (POGUE, 2002; CAPINERA, 2008).

No Brasil, a lagarta-do-cartucho foi registrada em quase todos os Estados

brasileiros e durante todo o ano, as perdas podem variar com a cultivar, local de

semeadura e práticas de manejo (MATOS NETO et al., 2004; SILVA et al., 2017).

Apesar de sua amplitude alimentar, S. frugiperda é considerada uma das

mais importantes praga de plantas pertencentes à família Poaceae (gramíneas),

como milho, arroz e trigo (BUSATO et al., 2002; CAPINERA, 2008). Porém suas

Page 18: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

18

infestações têm ocasionado perdas significativas também em outras culturas,

como algodão, soja e solanáceas cultivadas (CAPINERA, 2008; POGUE, 2002;

BASTOS e TORRES, 2004), além da capacidade de utilizar hospedeiros

alternativos para permanecer nos agroecossistemas.

De acordo com MIRANDA et al. (2005), S. frugiperda tornou-se uma

importante praga da cultura do algodão, sendo atualmente classificada como

praga chave, devido a diminuição da produtividade da cultura gerando prejuízos

econômicos aos produtores.

Na cultura do milho, a lagarta S. frugiperda tem o cartucho como sua

preferencia alimentar, o que lhe confere o nome popular, lagarta-do-cartucho do

milho (CRUZ e MONTEIRO, 2004). No milheto, seu comportamento é similar ao

observado no milho; porém na soja, as lagartas alimentam-se, inicialmente, das

folhas e depois, consomem as vagens em fase inicial de formação (BARROS et

al., 2010). No algodoeiro, alimentam-se tanto das folhas com dos botões florais;

porém, sua preferencia alimentar principal são as maçãs em formação (ALI et

al., 1990; LUTTRELL e MINK, 1999).

No Brasil, o controle da S. frugiperda é dificultado pelas sucessões de

plantio com culturas que servem de hospedeiros, como por exemplo, sucessão

da soja com o milho, ou sorgo na “safrinha”. Além disso, nos plantios onde é

utilizado pivô central na época de seca (inverno), aumenta a disponibilidade de

hospedeiros. Assim, uma área que poderia estar em vazio sanitário, encontra-se

com indivíduos em desenvolvimento (NAGOSHI, 2009).

A espécie S. frugiperda apresenta metamorfose completa em seu

desenvolvimento, isto é, passa por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto (Figura

1). Na fase adulta são de coloração, geralmente, pardo-acinzentada e depositam

os ovos em massa, podendo variar entre nove a 593 ovos por postura, com

capacidade de depositar até 13 posturas por dia (CRUZ, 1995).

Com a eclosão das larvas, inicia-se o processo alimentar onde,

primeiramente, ingere o que sobrou de seu ovo e depois, começa a ingerir as

folhas, causando o sintoma de “folhas raspadas”. Neste momento, ocorre o

comportamento de canibalismo, onde restará somente um indivíduo que se

deslocará para a região do cartucho (quando a infestação ocorre no milho), o

que impede o desenvolvimento da planta (CRUZ, 1995).

Page 19: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

19

No sexto ínstar, as lagartas deslocam-se para o solo onde ocorre o

processo de pupação. As pupas são de coloração marrom-avermelhada e com,

aproximadamente, sete a 13 dias emerge a mariposa, iniciando novamente o

ciclo. A duração do ciclo esta relacionada às condições climáticas, podendo ser

diminuída ou aumentada a fim de preservar a espécie (CRUZ, 1995).

Figura 1. Ciclo biológico de Spodotpera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae)

(CESAVEG, 2015).

4.5 Modo de ação dos inseticidas neurotóxicos

De acordo com GALLO et al. (2002), para que o controle de pragas ocorra

de forma menos impactante, é necessário conhecer o modo de ação dos

inseticidas, a fim de diminuir os efeitos da resistência e aumentar a seletividade

do produto; porém, para que isso seja possível, é necessário conhecer a

fisiologia do inseto.

No sistema nervoso do inseto, a transmissão do impulso nervoso ocorre

de duas formas: transmissão elétrica e transmissão química.

A transmissão elétrica ocorre por meio do fenômeno conhecido como

Bomba de Sódio (Na+) e Potássio (K+). Este processo de transporte ativo ocorre

Page 20: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

20

com o auxilio de enzimas para que as concentrações destes íons não sejam

igualadas no meio intra e extracelular. A concentração de ions Na+ é maior no

meio extracelular enquanto a de K+, maior no meio intracelular. Deste modo, este

mecanismo é importante porque estabelece a diferença de carga elétrica entre

o meio intra e extracelular, promovendo: (1) a facilitação da penetração de

aminoácidos e açúcares, (2) manutenção da concentração de íons K+ dentro da

célula (fator é importante para síntese de proteína e respiração) e, (3) equilíbrio

osmótico (CHAPMAN, 2012).

A transmissão química ocorre entre neurônios; na extremidade do axônio

pré-sináptico, localizam-se as vesículas sinápticas que armazenam a

acetilcolina. O neurotransmissor é liberado na fenda sináptica e é modulado

pelos canais de cálcio (Ca) presentes na membrana pré-sináptica, para que o

impulso se propague para o neurônio pós-sináptico. Em seguida, a acetilcolina

é degradada pela enzima acetilcolineterase em ácido acético e colina (Figura 2).

Também existem outros neurotransmissores que são associados à transmissão

química do impulso nervoso: l-glutamanto e ácido ɤ- aminobutírico (GABA)

(GALLO et al., 2002; CHAPMAN, 2012).

Figura 2. Impulso químico entre neurônios dos insetos. Adaptado de GALLO et

al. (2002).

Algumas substâncias químicas, seja sintética ou natural, apresentam

mecanismos de atuação no sistema nervoso do inseto, alterando a transmissão

química entre os neurônios. Dentre as substâncias naturais, pesquisas vêm

demonstrando a ação inseticida dos óleos essenciais.

A atividade inseticida dos óleos essenciais está relacionada a seus

componentes majoritários, formados por terpenóides. Estas moléculas têm ação

Page 21: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

21

direta no sistema nervoso do inseto, no sitio de ligação octopaminérgico. Este

sítio é receptor da octopamina, que é um neurotransmissor, neuromodulador e

neuro-hormônio. Disfunções neste sitio causam disruptura da transmissão

química, levando a morte do indivíduo; porém, este sítio de ligação não está

presente no sistema nervoso de vertebrados e consequentemente, não é tóxico

aos seres humanos (ENAN, 2001; TRIPATHI et al., 2009; DUBEY et al., 2010).

Devido a sua característica de volatizar, os óleos essenciais são produtos

de baixo resíduo; além disso, a complexa mistura de moléculas em sua

composição dificulta a seleção de indivíduos resistentes, o torna um produto com

potencial a ser explorado para o controle de insetos-praga.

4.6 Óleos essenciais como inseticidas para S. frugiperda (Lepidoptera-

Noctuidae)

As pesquisas por compostos bioativos de origem vegetal vêm crescendo

nos últimos anos com a descrição de diversas substâncias advindas de

metabólitos secundários (REGNAULT-ROGER et al., 2012). Estes metabólitos

dão origem a uma série de substâncias, tais como alcalóides, flavonóides,

cumarinas, saponinas, taninos e terpenos, entre outros (CARVALHO et al.,

2002).

Os terpenos, que constituem a parte maior dos óleos essenciais, têm

como função (1) a atração de polinizadores, (2) proteção contra predadores, (3)

auxílio na perda de água, e, (4) inibidor de germinação, dentre outras. Assim,

justificando-se a expansão de pesquisas com objetivo de sua utilização como

fungicidas, bactericidas e inseticidas (CRAVEIRO e MACHADO, 1986).

Os óleos essenciais, são prospectados como modelo na síntese de novos

agrotóxicos, mais eficientes, menos tóxicos e persistentes no ambiente (ISMAN,

2000; DUBEY et al., 2010; LIMA et al., 2010). A biodiversidade brasileira propicia

uma variedade de óleos (BIZZO et al., 2009) e são conhecidos cerca de 3.000,

dos quais 300 são comercialmente importantes (BAKKALI et al., 2008).

A variação da composição química dos óleos essenciais é determinada

pelas condições edafoclimáticas onde se encontra a planta e pelo método de

extração. Os óleos são misturas complexas e seus constituintes podem ser de

diversas classes de compostos secundários; porém os terpenos e os

fenilpropenos são mais comumente encontrados. Os terpenos são formados da

Page 22: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

22

justaposição sucessiva de unidades de cinco carbonos, denominadas

isopentenilpirofosfato (IPP) (WINKEL-SHIRLEY, 2001).

O IPP é formado na rota do ácido mevalônico e é pré-cursor de diversos

terpenos. Nos óleos essenciais são encontrados com maior frequência os

monoterpenos e sesquiterpenos e estas moléculas podem ocasionar alterações

nas funções bioquímicas e fisiológicas em insetos (BOUVIER et al., 2003).

No entanto, na composição dos óleos, é possível encontrar compostos

fenólicos advindos da rota do ácido chiquímico, que possuem pelo menos um

anel aromático, neste, ao menos um hidrogênio é substituído por um grupamento

hidroxila. Outros compostos encontrados são os alcaloides, também advindos

da rota do ácido chiquímico, compostos cíclicos que possuem pelo menos um

átomo de nitrogênio no seu anel (VANDAR-UNLÜ et al., 2003; MELLO et al.,

2014).

O potencial inseticida dos óleos essenciais está relacionado às interações

das diferentes substâncias que os compõem, seja uma interação de sinergismos

ou de antagonismo (CASTRO et al., 2006; CRUZ et al., 2014). FAZOLIN et al.

(2017) estudaram a ação da interação dos óleos com inseticidas comerciais e

concluíram que a eficiência dos inseticidas beta-cipermetrina e fenpropatrina foi

majorada com a adição do óleo essencial de Piper aduncun L. (Piperaceae).

É importante destacar que a ação dos óleos essenciais sobre os insetos

não se restringe apenas a mortalidade do indivíduo. Além dissopode3 provocar

alterações comportamentais, tais como a repelência e deterrência alimentar e/ou

de oviposição, assim como seus efeitos subletais, também são ferramentas de

manejo importantes para o controle de insetos-praga (COLPO et al., 2014;

MELLO et al., 2014).

Diversas pesquisas têm evidenciado o efeito dos óleos essenciais sobre

parâmetros biológicos e comportamentais de S. frugiperda, demonstrando o

potencial dessas substâncias no controle desta praga. LIMA et al. (2010)

analisaram o efeito de mortalidade do óleo de Ageratum conyzoides L. para o

controle da lagarta, com experimento realizado em folhas de milho tratadas com

diferentes concentrações do óleo. Após 24 horas foi realizada a leitura,

constatando a atividade inseticida, que foi atribuída ao precoceno, composto

majoritário da amostra, que induz a metamorfose das larvas.

Page 23: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

23

KNAAK et al. (2015) avaliaram o potencial inseticida dos óleos essenciais

de Zingiber officinale Rosc., Cymbopogon citratus (DC.) Staf, Artemisia

absinthium L. e Ruta graveolens L. sobre S. frugiperda pela via de intoxicação

aguda tópica e superfície de contato e também a mudança comportamental do

inseto pelo bioensaio de repelência e todos os óleos demonstraram ter potencial

inseticida.

O trabalho realizado por SOUZA et al. (2010), para verificar a ação tóxica

e fagoinibidora de óleos essenciais de Corymbia citriodora (Hook) K.D. Hill &

L.A.S Johnson, Eucalyptus urophylla S. T. Blake e Eucalyptus urograndis (hibrido

de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden X E. urophylla) para o controle de S.

frugiperda, demonstraram ter potencial inseticida pela via de aplicação tópica e

potencial fagoinibidor.

SANTOS et al. (2016), estudando óleos de plantas amazônicas

(Astrocaryum aculeatum G. Meyer, Oenocarpus bataua Mart., Orbignya

phalerata Mart., Mauritia flexuosa L.f., Caryocar brasiliense Cambess,

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan, Carapa guianensis Aubl., Platonia

insignis Mart., Pentaclethra macroloba (Willd) e, Vernonia polysphaera Less.),

verificaram o potencial inseticida e também o potencial ovocida para S.

frugiperda.

ÁVILA et al. (2014) avaliaram o potencial inseticida para S. frugiperda dos

óleos essenciais de Piper subtomentosum Trel. & Yunck (folhas e

inflorescências) e Piper septuplinervium (Minq,) C. DC. (partes aéreas),

determinando seus compostos. O componente mais abundante nas partes

aéreas e nos óleos de inflorescência foi α-pineno (27,3 e 21,0%,

respectivamente); já δ-cadineno foi o principal componente do óleo foliar. O óleo

que demonstrou ser mais tóxico foi o das partes áreas de Piper septuplinervium

(LC50 = 9,4 μL L-1 de ar). Porém, no bioensaio para verificar os efeitos subletais

(atraso no desenvolvimento e deterrência de oviposição), os óleos essenciais

apresentaram efeitos, porém não deferiram entre si.

Pesquisas vêm demonstrando que além dos efeitos de mortalidade, os

óleos também apresentam efeitos subletais, como demonstrado no trabalho de

CRUZ et al. (2014), onde o óleo essencial de Syzygium aromaticum (L.) Merr. &

L.M.Perry provocarão diminuição no tamanho das larvas e o peso das pupas de

S. frugiperda, em comparação com o controle. Além disso, os autores verificaram

Page 24: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

24

o aumento na produção de óxido nitro, que está associado ao aumento das

células hematócitas, que ocorre em resposta a presença de agentes estranhos

no corpo do inseto.

TAVARES et al. (2013), ao analisaram o efeito de prolongamento da

incubação dos ovos de S. frugiperda e os efeitos subletais nas larvas, utilizando

o óleo essencial extraído do rizoma de Curcuma longa L., observaram que

ocorreu um espessamento da casca do ovo, dificultando a eclosão das larvas; já

no desenvolvimento larval foi observado uma diminuição do tamanho das larvas,

causada pela deterrência alimentar em decorrência da dieta ter sido tratada com

o óleo.

ALVES et al. (2014) descreveram as modificações histoquímicas do óleo

essencial de Piper hispidinervum C. DC. sobre os ovariolos e a

espermatogênese da S. frugiperda, verificando modificações em todos os

tecidos, parede de revestimento dos órgãos, ductos, zona da região basal do

folíolo e zona de formação testicular. O trabalho atribui este efeito aos

monoterpenos, substância majoritária da amostra.

ORTEGA et al. (2015) avaliaram os efeitos subletais (viabilidade larvar e

viabilidade pupal) em dieta artificial tratada com óleo de Salvia ballotiflora Benth,

com componentes majoritários sendo o β-cariofileno e o óxido de cariofileno, ao

qual foi atribuída a ação inseticida e insetistática observadas.

CRUZ et al. (2016) determinou a Dose Letal10 dos óleos essenciais de

Foeniculum vulgare Mill. (5,04 mg.g-1), Eucalyptus staigeriana F. Muell. (3,20

mg.g-1) e Ocimum gratissimum L. (1,52 mg.g-1). Sendo o O. gratissimum mais

tóxico dos três óleos testados. No bioensaio de alterações biológicas, todos os

óleos apresentaram picos de mortalidade e posteriormente, modificações na

biologia, demonstrando seu potencial de uso para o controle de S. frugiperda.

Estudando os efeitos da toxicidade aguda tópica, a fim de determinar a

DL50 e DL90, NICULAU et al. (2013) avaliaram os óleos essenciais de

Pelargonium graveolens L. e Lippia alba (Mill.) N. E. Brown usado no presente

trabalho, porém, com origem de coletas diferentes. Ambos apresentaram

potencial inseticida; porém, ao analisar seus intervalos de confiança, não

diferiram entre si. As DL50 e DL90 também foram comparadas as do bioinseticida

Azamax® (azadiractina) e demonstraram ser mais tóxicas que o produto

comercializado.

Page 25: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

25

Em concordância com VIEIRA (2004), uma das vantagens da utilização

dos óleos essenciais no controle de pragas, em comparação com a utilização

dos inseticidas sintéticos, é que sua obtenção é por meio de recursos renováveis;

porém, ainda há a necessidade de mais estudos sistematizados nesta área.

4.7 Lippia alba (Mill.) N. E. Brown

A família Verbenaceae, onde L. alba esta inserida, é composta por outras

plantas classificadas como medicinais, tais como cidrão (Aloysia triphylla (L’Hèr.)

Britton. e gervão (Verbena officinalis L.) (HENNEBELLE et al., 2008) e, alecrim-

pimenta (Lippia sidoides Cham) (MATTOS et al., 2007), entre outras espécies. É

distribuída na América Central e do Sul e sul dos Estados Unidos (PASCUAL et

al., 2001; HENNEBELLE et al., 2008) e no Brasil é encontrada em todas as

regiões (JANNUZZI et al., 2011).

Sua utilização é ampla na medicina popular da América Latina, devido ao

seu odor aromático e propriedades químicas (HENNEBELLE et al., 2008). No

Brasil, L. alba é conhecida popularmente por diversos nomes, tais como erva-

cidreira, falsa-melissa, chá-de-tabuleiro, erva cidreira-do-campo, salva-do-Brasil,

salva-limão e erva-cidreira-brava (MATOS, 2000), chá-da-febre, erva-cidreira-

brasileira e alecrim do campo (HOLETZ et al., 2002) e alvia sija (PASCUAL et

al., 2001).

Além dos diversos nomes populares, apresenta um número elevado de

sinonímias botânicas: L. alba (Mill.) N.E. Brown ex Britton e Wilson; L. asperifolia

A. Rich.; L. crenata Sesse e Moc.; L. geminata microphylla Griseb.; L. germinata

H.B.K.; L. glabriflora Kuntze; L. haanensis Turcz; L. lantanoides Coult.; L. trifolia

Sesse e Moc.; Lantana alba Mill.; Lantana canescens Hort.; Lantana geminata

(H.B.K.) Spreng.; Lantana geminata Spreng.; Lantana lippioides Hook. e Arn.;

Phyla geminata H.B.K.; 2, Verbena lantanoides Willd (PASCUAL et al., 2001).

A espécie é considerada um subarbusto de morfologia variável,

alcançando até 1,5 metros de altura. Apresenta ramos finos, esbranquiçados,

arqueados e quebradiços, com folhas opostas, elípticas, de largura variável, com

bordos serrados e ápice agudo. Suas flores estão dispostas em inflorescência

capituliformes (Figura 3) (MATOS, 2000).

Page 26: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

26

Figura 3. Lippia alba, apresentando folhas opostas e inflorescências (GARCIA,

2017).

Nas folhas, em estruturas denominadas tricomas secretores, parênquima

paliçádico e lacunoso, é armazenado seu óleo essencial, que é sintetizado por

meio de três vias do metabolismo secundário: chiquimato (compostos

aromáticos), mevalonato (derivados dos terpenóides) e malonato (ácidos graxos

saturados e insaturados, polifenóis e poliacetilenos). Porém, seus constituintes

majoritários são os terpenos (monoterpenos e sesquiterpenos) (GOMES et al.,

1993; CRAVEIRO e QUEIROZ, 1993; CASTRO et al., 2001; CORAZZA, 2002).

A biosíntese do óleo essencial é afetada por vários fatores, tais como

clima, solo, regiões geográficas, duração do dia e noite, idade da planta e

estresses, dentre outros (MATTOS et al., 2007). Sua composição e concentração

de substâncias também variam, conforme a genética da planta e dos estímulos

do ambiente, podendo mudar continuamente com o tempo e a localização

(MATOS, 2000; EHLERT, 2003; SANTOS, 2003).

HENNEBELLE et al. (2008) classificaram sete quimiotipos de L. alba,

baseando-se nos componentes químicos majoritários do óleo essencial:

quimiotipo 1 - citral, linalol e β-cariofileno; quimiotipo 2 - tagetenone; quimiotipo

3 - limoneno com quantidades variáveis de carvona; quimiotipo 4 - mirceno;

quimiotipo 5 - γ-terpineno; quimiotipo 6 - camphor-1,8-cineol; e, quimiotipo 7 -

estragole.

Page 27: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

27

O óleo de L. alba possui a característica de manter, qualitativamente, seu

o perfil químico, mesmo em diferentes ambientes de cultivo. YAMAMOTO

(2006), realizou seis experimentos para verificar a variação dos compostos

químicos, quatro em Campinas, dois em Monte Alegre do Sul e dois em

Pindorama, Estado de São Paulo. Foi observado apenas variações quantitativas

na composição química do óleo essencial de 20 genótipos e nenhuma variação

qualitativa, como uma nova substância ou o desaparecimento de outra,

indicando alta determinação genotípica para a caracterização do óleo.

PIERRE et al. (2011), estudando a cariótipo de três quimiotipos de L. alba,

citral, carvona e linalol, observaram que os cromossomos diferem na morfologia

e no número (citral 2n=30, carvona 2n=60 e linalol 2n=12), sendo, portanto, a

espécie mixoploide. TAVARES et al. (2005) propõem que está diferenciação

genética no quimiotipo do óleo essencial é decorrente do processo de

especiação.

O potencial inseticida do óleo essencial de L. alba para o controle da S.

frugiperda pela via de intoxicação aguda tópica foi verificado por NICULAU et al.

(2013), indicando que os três quimiotipos estudados tem potencial inseticida

para o controle desta praga (DL50 de 1,24; 1,56 e 1,20 µg g-1 e DL90 de 2,60; 3,75

e 3,08 µg g-1).

De acordo com ISMAN (2006), a ação inseticida dos óleos essenciais esta

correlacionada aos seus compostos majoritários (monoterpenos e

sesquiterpenos); porém, seu potencial pode ser modulado pelas demais

substâncias que compõem amostra (HOET et al., 2006).

O quimiotipo 1 citral é formado por uma mistura de dois isômeros: citral A

ou isômero E (geranial) e citral β ou isômero Z (neral) e ambas substâncias

apresentam potencial inseticida (Quadro 1).

Page 28: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

28

Quadro 1. Pesquisas sobre potencial inseticida dos compostos majoritários

geranial e neral

Substância Origem Inseto alvo Autor

Geranial isolado Platypus koryoensis KIM et al.

(2018)

Lippia alba Sitophilus

zeamais e Tribolium

castaneum

PEIXOTO et

al. (2015)

Bracon hebetor Galleria mellonella MOAWAD

et al. (2015)

Produto

comercial

Callosobruchus

maculatus e

Sitophilus zeamais

REIS et al.

(2016)

Ligusticum

chuanxiong

Aphis citricola ZHANG et

al. (2016)

Cymbopogon

citratus

Trichoplusia ni

TAK e

ISMAN

(2016)

Eucalyptus

staigeriana

Spodoptera

frugiperda

CRUZ et al.

(2017)

Ocimum

basilicum

Rhynchophorus

ferrugineus

KAREIN et

al. (2017)

Leptospermum

citratum

Drosophila suzukii PARK et al.

(2017)

Foeniculum

vulgare

Myzus persicae PAVELA

(2018)

4.8 Ocimum gratissimum L.

Pertencente à família Lamiaceae, originária da Ásia, é uma importante

fonte de óleos essenciais utilizados mundialmente na medicina popular. É

classificada como subespontânea em todo o Brasil, dando origem a diversos

quimiotipos (VIEIRA et al., 2001).

Page 29: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

29

Seu nome popular mais utilizado é alfavaca, o que gera diversos conflitos,

por ser a denominação utilizada para várias plantas deste gênero. Podendo

ainda ser denominada de alfavaca-da-américa, basílico-grande, erva-real,

manjericão-de-folha-larga, majericão-de-molho, manjericão-dos-grandes,

manjericão-de-cozimentos, remédio-de-vaqueiro e, alfavacão. Possui duas

sinonímias, O. guineense Schumach e Thonn e O. viride Willd. (LORENZI e

MATOS, 2008).

Suas folhas são ovalado-lanceoladas, de bordos duplamente dentados,

membranáceas, com 4 a 8 cm de comprimento. As flores são pequenas, de

coloração roxo-pálidas, dispostas em racemos paniculados eretos e geralmente

em grupos de três. Os frutos são do tipo cápsula, pequeno, possuindo quatro

sementes esféricas (Figura 4) (MATOS, 2000).

Figura 4. Ocimum gratissimum L. apresentando folhas e inflorescência

(GARCIA, 2017).

A parte aérea da planta (folhas e flores) é onde fica armazenada a maior

quantidade de óleo essencial, rico em eugenol e 1,8 cineol; suas concentrações

variam de acordo com a idade vegetal e condições edafoclimáticas (LORENZI e

MATOS, 2002). O eugenol já teve seu potencial inseticida atestado por diversos

autores (Quadro 2).

Page 30: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

30

Quadro 2. Pesquisas sobre potencial inseticida do composto majoritário eugenol

Substância Origem Potencial inseticida sobre: Autor (s)

Produto

comercial

Bactrocera dorsalis e

Bactrocera zonatus

ULLAH et

al. (2015)

Produto

comercial

Cyrtohinus lividipennis,

Anagrus nilaparvatae e

Trichogramma japonicum

XU et al.

(2015)

Plectranthus

barbatus

Anopheles subpictus, Aedes

albopictus e Culex

tritaeniorhynchus

GOVIND

ARAJAN

et al.

(2015)

Syzygium

aromaticum

Spodoptera frugiperda CRUZ et

al. (2015)

Produto

comercial

Anopheles gambia e Aedes

aegyti

LARSON

et al.

(2017)

Eugenia

caryophillata

Pochazia

shantungensis

LEE et al.

(2016)

Cinnamomum

zeylanicum

Tyrophagus putrescentiae,

Dermatophagoides sp., e

Ricania sp.

JEON et

al. (2017)

Produto

comercial

Bactrocera dorsalis GU et al.

(2018)

Isolado Sitophilus oryzae

SAAD et

al. (2018)

O potencial inseticida deste óleo já foi verificado por KÉITA et al. (2001),

aplicado por fumigamento ou em pó de Caolin sobre o caruncho Callosobruchus

maculatus (Fabr., 1775) (Coleoptera – Chrysomelidae), que ataca sementes de

feijão armazenadas.

Page 31: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

31

FURTADO et al. (2005) estudaram o efeito de óleo de O. gratissimum e

de outros óleos (A. conyzoides, Cymbopogom citratus D.C, Lippia sidoides

Cham., Ocimum basilicum L., Ocimum tenuiflorum L., Cymbopogon winterianus

Jowitt ex Bor., Vanillosmopsis arborea Baker e, Citrus limon L.) em larvas de

Aedes aegypti L. (Diptera - Culicidae). Todos demonstram potencial inseticida

para larvas de A. aegypti. O óleo essencial de O. gratissimum apresentou

concentração letal CL50 de 95,80 mg mL-1 e CL90 de 102,86 mg mL-1, indicando

ser o menos tóxico para as larvas, em comparação com os outros óleos.

CONTE et al. (2002) avaliaram a atividade repelente dos óleos essenciais

de O. gratissimum, Mentha villosa Huds. e, L. alba, demonstrando ser altamente

repelentes (acima de 64%) para o Sitophilus zeamais Mots. 1855 (Coleoptera -

Curculionidae).

CRUZ et al. (2016) analisaram o potencial inseticida dos óleos de E.

staigeriana, Foeniculun vulgare Mill. e O. gratissimum pela via de intoxicação

aguda tópica, a fim de determinar a dose letal (DL10) a ser utilizada no bioensaio

de efeito subletal para S. frugiperda. O óleo essencial de O. gratissimum

apresentou menor DL10 ao ser comparado com os outros óleos, o que indica ter

maior toxicidade para as larvas. Todos os óleos diminuíram a taxa de

sobrevivência das larvas, peso das pupas e fecundidade em relação ao controle;

porém, não se diferiram entre si.

4.9 Efeito dos óleos essenciais sobre o inseto

Os metabólitos secundários das plantas são constituídos de inúmeras

substâncias que podem ser empregadas no desenvolvimento de métodos

seguros para o controle de insetos; porém, é essencial saber seu modo de ação

(SADEK, 2003). De acordo com ISMAN (2006), o contato do inseto com as

substâncias químicas, pode desencadear uma alteração em seu tegumento,

além de atuar em enzimas digestivas e neurológicas, indicando que os óleos

essenciais têm diversos modos de ação.

É possível dividir em três categorias a ação dos óleos sobre os insetos,

que são: (1) toxicidade/mortalidade, (2) mudanças comportamentais e, (3)

efeitos subletais (ISMAN, 2000; PRATES e SANTOS, 2002; KIM et al., 2003;

MENEZES, 2005).

Page 32: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

32

A categoria mudanças comportamentais está correlacionada à repelência,

deterrência alimentar e de oviposição e diminuição de copula, entre outras

alterações comportamentais do inseto, relacionadas aos quimiorreceptores

encontrados em todo o corpo (PRATES e SANTOS, 2002; KIM et al., 2003).

Os quimiorreceptores são células sensoriais que tem por função receber

e transmitir informações de substâncias químicas presentes no ambiente. São

divididas em: receptores de gustação e de olfação (WARREN et al., 2000). Estes

receptores são responsáveis pela interação inseto-inseto e inseto-meio, tais

como: reprodução (feromônios), reconhecimento de predadores, percepção

alimentar e, reconhecimento de substâncias tóxicas, por exemplo, alterando o

comportamento habitual do inseto (SCHMIDT-NIELSEN, 1996; MORDUE e

NISBET, 2000).

A categoria efeitos subletais está relacionada aos efeitos que não causam

morte do inseto; porém, modificações morfológicas e anatômicas que

prejudicarão seu desenvolvimento, tais como: prolongamento do

desenvolvimento larval, diminuição do peso larval e pupal, má formação

congênita das mariposas, diminuição da fecundidade, esterilidade e mudanças

hormonais, dentre outros (BREUER e SCHMIDT, 1995; PUSHPALATHA e

MUTHUKRISHNAN, 1999; ROEL, 2001; SAITO, 2004; FERNANDES et al.,

2016; CRUZ et al., 2016).

Os efeitos subletais são importantes para o manejo de pragas por serem

considerados uma oportunidade de diminuir as populações resistentes. Apesar

dos resultados em laboratório serem promissores, são necessárias mais

pesquisas de campo, que levem em consideração os fatores bióticos e abióticos

do agroecossistema, porque nesta categoria as concentrações utilizadas são

baixas, dificultando as técnicas de manejo (STARK et al., 1995; FERNANDES et

al., 2016).

Na categoria toxicidade, ENAN (2001), ISMAN (2006), TRIPATHI et al.

(2009) e DUBEY et al. (2010) avaliaram as alterações neurológicas que levam o

inseto a morte, relacionadas a disfunções ocorridas no sitio octopaminérgico.

Nos insetos, a função da octopamina é ampla, sendo classificada como

neuro hormônio, neurotransmissor e neuromodulador, agindo diretamente na

modulação de receptores sensoriais e interneurônios. Sua função está

relacionada à aprendizagem e memória dos insetos, ao aumento na tensão de

Page 33: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

33

vários músculos, ao estímulo do metabolismo energético e também aos

mecanismos de ventilação e circulação (HOMBERG, 2002; ROEDER, 2005;

UNOKI et al., 2005).

Os terpenos presentes nos óleos essenciais têm a capacidade de inativar

o sitio de ligação octopaminergico, acarretando uma disruptura no sistema

nervoso do inseto, o que ocasiona morte do indivíduo. Ao prospectar o uso dos

óleos essenciais como inseticida, a capacidade dos terpenos de inativar os sítios

de ligação octopaminergicos é muito explorada, devido à ausência deste sítio no

sistema nervoso de vertebrados; logo, o óleo essencial não apresenta toxicidade

a peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos (ISMAN, 2006).

Page 34: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

34

5. Referências Bibliográficas

ALI, A.; LUTTRELL, R. G.; PITRE, H. N. Feeding sites and distribution of fall

armyworm (Lepidoptera: Noctuidae) larvae on cotton. Environmental

Entomology, Oxford, v. 19, n. 4, p. 1060-1067, 1990.

ALLSOPP, M.; TIRADO, R.; JOHNSTON, P.; SANTILLO, D.; LEMMENS, P. Plan

Bee – Living Without Pesticides: Moving Towards Ecological Farming

Ámsterdam: Greenpeace, 2014. 80p.

ALVES, T. J. S.; CRUZ, G. S.; TEIXEIRA, V. W.; TEIXEIRA, A. A. C., OLIVEIRA,

J. V., CORREIA, A. A.; CUNHA, F. M. Effects of Piper hispidinervum on

spermatogenesis and histochemistry of ovarioles of Spodoptera frugiperda.

Biotechnic & Histochemistry, Betesda, v. 89, n. 4, p. 245-255, 2014.

ÁVILA, M. M.; CUCA, S. L.; CERÓN, S. J. Chemical composition and insecticidal

properties of essential oils of Piper septuplinervium and P. subtomentosum

(Piperaceae). Natural product communications, Westerville, v. 9, n. 10, p.

1527-1530, 2014.

BAKKALI, F.; AVERBECK, S.; AVERBECK, D.; IDAOMAR, M. Biological effects

of essential oils–a review. Food and chemical toxicology, Sant Llorenç, v. 46,

n. 2, p. 446-475, 2008.

BARROS, E. M.; TORRES, J. B.; BUENO, A. F. Oviposição, desenvolvimento e

reprodução de Spodoptera frugiperda (JE Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) em

diferentes hospedeiros de importância econômica. Neotropical Entomology,

Londrina, v. 39, n. 6, p. 996-1001, 2010.

BASTOS, C. S.; TORRES, J. B. Os perigos às escondidas. Revista Cultivar,

Pelotas, v. 60, p. 10-13, 2004.

BIZZO, H. R.; HOVELL, A. M. C.; REZENDE, C. M. Óleos essenciais no Brasil:

aspectos gerais, desenvolvimento e perspectivas. Química Nova, São Paulo, v.

32, n. 3, p. 588-594, 2009.

Page 35: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

35

BOUVIER, F.; DOGBO, O.; CAMARA, B. Biosynthesis of the food and cosmetic

plant pigment bixin (annatto). Science, Washington, v. 300, n. 5628, p. 2089-

2091, 2003.

BRAGA, I. A.; VALLE, D. Aedes aegypti: inseticidas, mecanismos de ação e

resistência. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 16, n. 4, p. 179-

293, 2007.

BRATTSTEN, L. B.; HOLYOKE, J. R.; L. W.; LEEPER, J. R.; RAFFIA, K. F.,

Insecticide resistance: challenge to pest management and basic research.

Science, Washington, v. 231, n. 4743, p. 1255- 1260, 1986.

BREUER, M.; SCHMIDT, G.H. Influence of a short period treatment with Melia

azedarach extract on food intake and growth of the larvae of Spodoptera

frugiperda (J.E. Smith) (Lep., Noctuidae.) Journal of Plant Diseases and

Protection, German, v. 102, p. 633-654. 1995.

BUSATO, G. R.; GRÜTZMACHER, A. D.; GARCIA, M. S.; GIOLO, F. P.;

MARTINS, A. F. Consumo e utilização de alimento por Spodoptera frugiperda

(JE Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) originária de diferentes regiões do Rio

Grande do Sul, das culturas do milho e do arroz irrigado. Neotropical

Entomology, Londrina, v. 31, n. 4, p. 525-529, 2002.

CAMPANHOLA, C. Resistência de insetos a inseticidas: Importância

características e manejo. Jaguariúna: Embrapa-CNPDA, 1990. 45p. (Embrapa:

CNPDA. Documentos, 11).

CAPINERA, J. L. Encyclopedia of entomology. 2ed. Dordrecht/The

Netherlands: Springer. 2008. v. 1-4. 4346p.

Page 36: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

36

CARVALHO, J. C. T.; GOSMANN, G.; SCHENKEL, E. P. Compostos fenólicos

simples e heterosídicos. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMAN,

G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia – da

planta ao medicamento. 4ed. Porto Alegre/Florianópolis: UFSC, 2002. p. 443-

461.

CASTRO, D. P.; CARDOSO, M. G.; MORAES, J. C.; SANTOS, N. M.; BALIZA,

D. P. Não preferência de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) por

óleos essenciais de Achillea millefolium L. e Thymus vulgaris L. Revista

Brasileira de Plantas Medicinais, Paulínia, v. 8, n. 4, p. 27-32, 2006.

CASTRO, H. G.; FERREIRA, F. A.; SILVA, D. J. H.; MOSQUIM, P. R.

Contribuição ao estudo das plantas medicinais: metabólitos secundários.

Visconde do Rio Branco: Suprema, 2001. 104p.

CHAPMAN. R. F. The insects structure and function. 5ed. United States of

American: Cambridge University Press, 2012. 959p.

COLPO, J. F., JAHNKE, S. M., FÜLLER, T. N. Potencial inseticida de óleos de

origem vegetal sobre Grapholita molesta (Busck) (Lepidoptera: Tortricidae).

Revista brasileira de plantas medicinais, Botucatu, v. 16, n. 2, p. 182-188,

2014.

CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra

brasileira: grãos, safra 2016/17, décimo levantamento. Brasília: CONAB, v.

4, n. 12, 2017. 158p.

CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento de safra

brasileira: grãos, nono levantamento, julho 2013. Brasília: CONAB. 2013.

29p.

Page 37: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

37

CONTE, C. O.; LAURA, V. A.; BATTISTELLI, J. Z.; CESCONETTO, A. O.;

SOLON, S.; FAVERO, S. Rendimento de óleo essencial de alfavaca por arraste

a vapor em Clevenger, em diferentes formas de processamento das folhas.

Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, Suplemento- CD-ROM, 2002.

CORAZZA, S. Aromacologia. 4ed. São Paulo: SENAC, 2002. 416p.

COTHRAN, R. D.; BROWN, J. M.; RELYEA, R. A. Proximity to agriculture is

correlated with pesticide tolerance: evidence for the evolution of amphibian

resistance to modern pesticides. Evolutionary Applications, Laval, v. 6, n. 5, p.

832-841, 2013.

CRAVEIRO, A. A.; MACHADO, M. I. L. De insetos, aromas e plantas. Química

Nova, São Paulo, v. 4, n. 23, p. 54-63, 1986.

CRAVEIRO, A. A.; QUEIROZ, D. C. Óleos essenciais e química fina. Química

Nova, São Paulo, v. 16, n. 3, p. 224-228, 1993.

CROPLIFE. International. Facts and Figures – The Status of Global

Agriculture. Africa: CROPLIFE, 2010. 7p.

CRUZ, G. S.; WANDERLEY-TEIXEIRA, V.; OLIVEIRA, J. V.; LOPES, F. S. C.;

BARBOSA, D. R. S.; BREDA, M. O.; TEIXEIRA, A. A. C. Sublethal effects of

essential oils from Eucalyptus staigeriana (Myrtales: Myrtaceae), Ocimum

gratissimum (Lamiales: Laminaceae), and Foeniculum vulgare (Apiales:

Apiaceae) on the biology of Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae).

Journal of economic entomology, Oxford, v. 109, n. 2, p. 660-666, 2016.

Page 38: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

38

CRUZ, G. S.; TEIXEIRA, V. W.; DA SILVA, L. M.; DUTRA, K. A.; GUEDES, C.

A.; OLIVEIRA, J. V.; NAVARRO, D. M. A. F.; ARAÚJO, B. C.; TEIXEIRA, Á. A.

C. Chemical Composition and Insecticidal Activity of the Essential Oils of

Foeniculum vulgare Mill., Ocimum basilicum L., Eucalyptus staigeriana F. Muell.

ex Bailey, Eucalyptus citriodora Hook and Ocimum gratissimum L. and Their

Major Components on Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). Journal

of Essential Oil Bearing Plants, Westminster, London, v. 20, n. 5, p. 1360-1369,

2017.

CRUZ, G. S.; TEIXEIRA, V. W.; OLIVEIRA, J. V.; CORREIA, A. A.; BREDA, M.

O.; ALVES, T. J. S.; CUNHA, F. M.; TEIXEIRA, A. A. C.; DUTRA, K. A.;

NAVARRO, D. M. A. F. Bioactivity of Piper hispidinervum (Piperales: Piperaceae)

and Syzygium aromaticum (Myrtales: Myrtaceae) Oils, With or Without

Formulated Bta on the Biology and Immunology of Spodoptera frugiperda

(Lepidoptera: Noctuidae). Journal of economic entomology, Oxford, v. 107, n.

1, p. 144-153, 2014.

CRUZ, G. S.; TEIXEIRA, V. W.; OLIVEIRA, J. V.; TEIXEIRA, A. A. C.; ARAÚJO,

ALVES, A. C.; T. J. S.; DA CUNHA, F. M.; BREDA, M. O. Histological and

histochemical changes by clove essential oil upon the gonads of Spodoptera

frugiperda (JE Smith) (Lepidoptera: Noctuidae). International Journal of

Morphology, Temuco, v. 33, p. 1393-1400, 2015.

CRUZ, I. A lagarta-do-cartucho na cultura do milho. Sete Lagoas: Embrapa

Milho e Sorgo, 1995. 45 p. (Embrapa: Milho e Sorgo. Circular técnica, 21).

CRUZ, I.; MONTEIRO, M. A. R. Controle Biológico da lagarta do cartucho do

milho Spodoptera frugiperda utilizando o parasitóide de ovos Trichogramma

pretiosum. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2004. 4p. (Embrapa Milho e

Sorgo. Comunicado Técnico, 98).

DUBEY, N.K., SHUKLA, R.; KUMAR, A.; SING, P.; PRAKASH, B. Prospects of

botanical pesticide in sustainable agriculture. Current Science, Índia, v. 98, n. 4,

p. 479-480, 2010.

Page 39: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

39

EHLERT, P. A. D. Épocas de plantio, idades e horários de colheita na

produção e qualidade do óleo essencial de Lippia alba (Mill.) N. E. Br.,

quimiotipo limonenocarvona. 2003. 106f. Tese (Doutorado em Agronomia) -

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências

Agronômicas, Botucatu.

ENAN, E. Insecticidal activity of essential oils: octopaminergic sites of action.

Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Toxicology &

Pharmacology, Miami, v. 130, n. 3, p. 325-337, 2001.

EYHORN, F.; RONER, T.; SPECKING, H.; Pesticide use in agriculture – What

are the issues? In: Reducing Pesticide Use and Risks – What Action is

Needed? Zurique: HELVETAS Swiss Intercooperation, 2015. p. 7-10.

FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. State of Food

Insecurity in the World 2015. Meeting the 2015 international hunger targets:

taking stock of uneven progress. Rome: FAO, 2009. 8p.

FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. The state of food

and agriculture. Rome: FAO, 2017. 180p.

FAZOLIN, M.; ESTRELA, J. L. V.; MEDEIROS, A. F. M.; GOMES, L. P.; SILVA,

I. M.; SILVA, M. S. F. Potencial sinérgico do óleo de Piper aduncum para

inseticidas formulados com misturas de princípios ativos. Revista de Ciências

Agrárias, v. 59, n. 4, p. 362-369, 2017.

FERNANDES, M. E.; ALVES, F. M.; PEREIRA, R. C.; AQUINO, L. A.;

FERNANDES, F. L.; ZANUNCIO, J. C. Lethal and sublethal effects of seven

insecticides on three beneficial insects in laboratory assays and field trials.

Chemosphere, Amsterdam, v. 156, p. 45-55, 2016.

Page 40: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

40

FERREIRA FILHO, J. B. S., ALVES, L., GOTTARDO, L., & GEORGINO, M.

Dimensionamento do custo econômico representado por Spodoptera frugiperda

na cultura do milho no Brasil. In: XLVIII Congresso da sociedade brasileira de

economia, administração e sociologia rural, 2010, Campo Grande. Anais

eletrônicos... Campo Grande: SOBER, 2010. Disponível

em:<http://www.sober.org.br/palestra/15/1168.pdf>. Acesso em: 7 ago. 2017.

FIESP. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Safra Mundial de

Milho 2017/18 – Quinto levantamento do USDA. São Paulo: DEAGRO/FIESP,

2017. 1p.

FORATTINI, O. P. Culicidologia Médica. Identificação, Biologia,

Epidemiologia. v. 2. São Paulo: USP, 2002. 860p.

FURTADO, R. F.; LIMA, M. G.; ANDRADE NETO, M.; BEZERRA, J. N.; SILVA,

M. G. D. V. Larvicidal activity of essential oils against Aedes aegypti L. (Diptera:

Culicidae). Neotropical Entomology, Londrina, v. 34, n. 5, p. 843-847, 2005.

GALLO, D.; NAKANO, O. S.; SILVEIRA NETO, R. P. L.; CARVALHO, G. C. B.;

BAPTISTA, G. C.; BERTI FILHO, J. R. P; PARRA, R. A.; ZUCCHI, S. B.; ALVES,

J. D.; VENDRAMIM, L. C.; MARCHINI, J. R. S.; LOPES, C.; OMOTO.

Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920p.

GASPARI, L.; SAMPAIO, D. R.; PARIS, F.; AUDRAN, F.; ORSINI, M.; NETO, J.

B.; SULTAN, C. High prevalence of micropenis in 2710 male newborns from an

intensive‐use pesticide area of Northeastern Brazil. International journal of

andrology, Copenhague, v. 35, n. 3, p. 253-264, 2012.

GOMES, E. C.; MING, L. C.; MOREIRA, E. A.; MIGUEL, O. G.; MIGUEL, M. D.;

KERBER, V. A.; WEISS FILHO, A. Constituintes do óleo essencial de Lippia alba

(Mill.) NE Br. (Verbenaceae). Revista Brasileira de Farmácia, Rio de Janeiro,

v. 74, n. 2, p. 29-32, 1993.

Page 41: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

41

GOMES, M. A. F.; BARIZON, R. R. M. Panorama da contaminação ambiental

por agrotóxicos e nitrato de origem agrícola no Brasil: cenário 1992/2011.

Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2014. 36p. (Embrapa Meio Ambiente.

Documentos, 98)

GOVINDARAJAN, M.; RAJESWARY, M.; HOTI, S. L.; BHATTACHARYYA, A.;

BENELLI, G. Eugenol, α-pinene and β-caryophyllene from Plectranthus barbatus

essential oil as eco-friendly larvicides against malaria, dengue and Japanese

encephalitis mosquito vectors. Parasitology research, Berrien Springs, v. 115,

n. 2, p. 807-815, 2016.

GU, X.; CAI, P.; YANG, Y.; YANG, Q.; YAO, M.; IDREES, A.; JI, Q.; YANG, J.;

CHEN, J. The response of four braconid parasitoid species to methyl eugenol:

Optimization of a biocontrol tactic to suppress Bactrocera dorsalis. Biological

Control, College Station, v. 122, p. 101-108, 2018.

HENNEBELLE, T.; SAHPAZ, S.; JOSEPH, H.; BAILLEUL, F.

Ethnopharmacology of Lippia alba. Journal of ethnopharmacology, Pretoria, v.

116, n. 2, p. 211-222, 2008.

HOET, S.; STEVIGNY, C.; HERENT, M. F.; QUETIN-LECLERCQ, J.

Antitrypanosomal compounds from leaf essential oil of Strychnos spinosa. Planta

Medica, Betesda, v. 72, n. 5, p.480-482, 2006.

HOLETZ, F. B.; PESSINI, G. L.; SANCHES, N. R.; CORTEZ, D. A. G.;

NAKAMURA, C. V.; DIAS FILHO, B. P. Screening of some plants used in the

Brazilian folk medicine for the treatment of infectious diseases. Memórias do

Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 97, n. 7, p. 1027-1031, 2002.

HOMBERG, U. Neurotransmitters and neuropeptides in the brain of the locust.

Microscopy research and technique, Genoa, v. 56, n. 3, p. 189-209, 2002.

Page 42: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

42

ISMAN, M. B. Botanical insecticides, deterrents, and repellents in modern

agriculture and an increasingly regulated world. Annual Review Entomology,

Palo Alto, v. 51, p. 45-66, 2006.

ISMAN, M. B. Plant essential oils for pest and disease management. Crop

protection, Toowoomba, v. 19, n. 8, p. 603-608, 2000.

JANNUZZI, H.; MATTOS, J. K. A.; SILVA, D. B.; GRACINDO, L. A. M.; VIEIRA,

R. F. Avaliação agronômica e química de dezessete acessos de erva-cidreira

[Lippia alba (Mill.) NE Brown] - quimiotipo citral, cultivados no Distrito Federal.

Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 13, n. 3, p. 258-264,

2011.

JEON, Y. J.; LEE, S. G.; LEE, H. S. Acaricidal and insecticidal activities of

essential oils of Cinnamomum zeylanicum barks cultivated from France and India

against Dermatophagoides spp., Tyrophagus putrescentiae and Ricania

sp. Applied Biological Chemistry, Jeonju, v. 60, n. 3, p. 259-264, 2017.

KAREIM, A. A. I.; MOHAMED A. M.; RASHED, AHMED, A. A. S.; QASIM, F. M.

M. A.; SAAD M. M. Oviposition deterrent effect of four essential oils against the

date palm weevil, Rhynchophorus ferrugineus Olivier. Middle East Journal of

Agriculture Research, Cairo, v. 6, n. 4, p. 1336-1345, 2017.

KÉITA, S. M.; VINCENT, C.; SCHMIT, J. P.; ARNASON, J. T.; BÉLANGER, A.

Efficacy of essential oil of Ocimum basilicum L. and O. gratissimum L. applied as

an insecticidal fumigant and powder to control Callosobruchus maculatus (Fab.)

[Coleoptera: Bruchidae]. Journal of Stored Products Research, Manhattan, v.

37, n. 4, p. 339-349, 2001.

KIM, H. K.; SEO, J. W.; KANG, W. J.; LEE, J. S.; CHO, W. S.; SEO, S. T.; KWON,

Y. D.; KWON, G. H.; KIM, G. H. Attractant effect of citral on Platypus koryoensis

(Coleoptera: Curculionidae). Entomological research, Daegu, v. 48, n. 1, p. 27-

31, 2018.

Page 43: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

43

KIM, S. I.; ROH, J. Y.; KIM, D. H.; LEE, H. S.; AHN, Y. J. Insecticidal activities of

aromatic plant extracts and essential oils against Sitophilus oryzae and

Callosobruchus chinensis. Journal of Stored Products Research, Manhattan,

v. 39, n. 3, p. 293-303, 2003.

KNAAK, N., WIEST, S. L. F., SOARES, W., FIUZA, L. M. Natural products:

insecticidal and antimicrobial activity. In: Méndez-Vilas, A. The Battle Against

Microbial Pathogens: Basic Science, Technological Advances and

Educational Programs. Badajoz: FORMATEX RESEARCH CENTER, v. 10.

2015. p. 328-335.

KNAAK, N.; FIUZA, L. M. Potencial dos óleos essenciais de plantas no controle

de insetos e microrganismos. Neotropical Biology & Conservation, São

Leopoldo, v. 5, n. 2, p. 120-132, 2010.

KÖHLER, H. R.; TRIEBSKORN, R. Wildlife ecotoxicology of pesticides: can we

track effects to the population level and beyond? Science, Washington, v. 341,

n. 6147, p. 759-765, 2013.

LARSON, N. R.; CARLIER, P. R.; GROSS, A. D.; ISLAM, R. M.; MA, M.; SUN,

B.; TOTROV, M. M.; YADAV, R.; BLOOMQUIST, J. R. Toxicology of potassium

channel-directed compounds in mosquitoes. NeuroToxicology, Davis, v. 60, p.

214-223, 2017.

LEE, HWA-WON; LEE, SANG-GUEI; LEE, HOI-SEON. Active component

isolated from Eugenia caryophyllata leaves and its structural analogues show

insecticidal properties against Pochazia shantungensis. Applied Biological

Chemistry, Seul, v. 59, n. 4, p. 609-614, 2016.

LIMA, R. K., CARDOSO, M. G.; MORAES, J. C.; ANDRADE, M. A.; MELO, B. A.;

RODRIGUES, V. G. Caracterização química e atividade inseticida do óleo

essencial de Ageratum conyzoides L. sobre a lagarta-do-cartucho do milho

Spodoptera frugiperda (JE Smith, 1797) (Lepidoptera: noctuidae). Bioscience

Journal, Uberlândia, v. 26, n. 1, p. 1-5, 2010.

Page 44: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

44

LIU, Z.; VALLES, S. M.; DONG, K. Novel point mutations in the German

cockroach para sodium channel gene are associated with knockdown resistance

(kdr) to pyrethroid insecticides. Insect biochemistry and molecular biology,

Riverside, v. 30, n. 10, p. 991-997, 2000.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais do Brasil: nativas e

exóticas. 2ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 576p.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e

exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. 512p.

LUTTRELL, R. G.; MINK, J. S. Damage to cotton fruiting structures by the fall

armyworm, Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). Journal Of Cotton

Science, Baton Rouge, v. 3, n. 2, p. 35-44, 1999.

MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Mercado de

defensivos: câmara temática de insumos agropecuários, janeiro a

novembro/ 2013. Brasília: MAPA. 2013. 6p.

MATHENGE, E. M.; GIMNIG, J. E.; KOLCZAK, M.; OMBOK, M.; IRUNGU, L. W.;

HAWLEY, W. A. Effect of permethrin-impregnated nets on exiting behavior, blood

feeding success, and time of feeding of malaria mosquitoes (Diptera: Culicidae)

in western Kenya. Journal of medical entomology, Oxford, v. 38, n. 4, p. 531-

536, 2001.

MATOS NETO, M.; DA COSTA, F.; CRUZ, I.; ZANUNCIO, J. C.; SILVA, C. H.

O.; PICANÇO, M. C. Parasitism by Campoletis flavicincta on Spodoptera

frugiperda in corn. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 39, n. 11, p.

1077-1081, 2004.

MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais: guia de seleção e emprego de plantas

usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2ed. Fortaleza: UFC, 2000.

346p.

Page 45: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

45

MATOS, F. M.; ANDRADE, C.; AMARAL, T.; MOURA, B.; DE CASTRO, L. A.;

RODRIGUES, C.; PAIXÃO, J. Produtividade do milho cultivado sob diferentes

regimes hídricos. In: XXIX Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 29, 2012,

Águas de Lindóia. Anais eletrônicos...Águas de Lindóia: Associação Brasileira

de Milho e Sorgo, 2012. p. 3244-3250.

MATTOS, S. H.; INNECCO, R.; MARCO, C. A.; ARAÚJO, A. V. Plantas

medicinais e aromáticas cultivadas no Ceará: tecnologia de produção e

óleos essenciais. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2007. 108p.

MELGAREJO, L.; FERRAZ, J. M.; FERNANDES, G. B. Transgênicos no Brasil:

a manipulação não é só genética. Agriculturas, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p.

14-21, 2013.

MELLO, M. B.; BOTREL, P. P.; DO VALLE TEIXEIRA, I. R.; FIGUEIREDO, F.

C.; PINTO, J. E. B. P.; BERTOLUCCI, S. K. V. Atividade inseticida do óleo

essencial de Hyptis marrubioides no controle de Zabrotes subfasciatus

(Coleoptera, Chrysomelidae, Bruchinae). Revista Agrogeoambiental, Pouso

Alegre, v. 6, n. 1, p. 79-86, 2014.

MENDES, S. M.; WAQUIL, J. M. Uso do milho Bt no manejo integrado de

lepidópteros-praga: recomendações de uso. Sete Lagoas: Embrapa Milho e

Sorgo, 2009. 8p. (Embrapa Milho e Sorgo. Comunicado Técnico, 170).

MENEZES, E. L. A. Inseticidas botânicos: seus princípios ativos, modo de

ação e uso agrícola. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2005. 58p. (Embrapa

Agrobiologia. Documentos, 205).

MIRANDA, J. E.; SANTOS, J. B.; LUCENA, W. A.; PEDROSA, M. B.; ALENCAR,

A. R. Nível de controle de Spodoptera frugiperda na cultura do algodoeiro do

oeste da Bahia. In: V Congresso Brasileiro de Algodão. 5, 2005, Salvador. Anais

eletrônicos... Salvador: Página rural, 2005. Disponível

em:<http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/algodao/publicacoes/trabalhos_cba

5/129.pdf>. Acesso em 7 ago. 2017.

Page 46: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

46

MOAWAD, S. S.; EL BEHERY, H. H.; EBADAH, I. M. Effect of Volatile oils on

Some Biological Aspects of Galleria mellonella L. and Its Parasitoid Species,

Bracon hebetor Say. (Hymenoptera: Braconidae). Egyptian Journal of

Biological Pest Control, Cairo, v. 25, n. 3, p. 603-607, 2015.

MORDUE, A. J.; NISBET, A. J. Azadirachtin from de neem tree Azadirachta

indica: its actions against insects. Anais da Sociedade de Entomologia do

Brasil, Londrina, v. 29, n. 4, p.615-632, 2000.

NAGOSHI, R. N. Can the amount of corn acreage predict fall armyworm

(Lepidoptera: Noctuidae) infestation levels in nearby cotton? Journal of

economic entomology, Oxford, v. 102, n. 1, p. 210-218, 2009.

NICULAU, E. D. S.; ALVES, P. B.; NOGUEIRA, P. C. D. L.; MORAES, V. R. D.

S.; MATOS, A. P.; BERNARDO, A. R.; BLANK, A. F. Insecticidal activity of

essential oils of Pelargonium graveolens l'Herit and Lippia alba (Mill) NE Brown

against Spodoptera frugiperda (JE Smith). Química Nova, São Paulo, v. 36, n.

9, p. 1391-1394, 2013.

OMOTO, C.; BERNARDI, O.; SALMERON, E.; FARIAS, R. Manejo da

resistência da Spodoptera frugiperda a inseticida e plantas Bt. Piracicaba:

IRAC-BR, 2013. p. 1-2.

ONU. Organizacion De Las Naciones Unidas. Informe de la Relatora Especial

sobre el derecho a la alimentación. Nueva York: ONU/ Assemblea General,

2017. 27p.

OPGENOORTH, L.; HOTES, S. IPBES is in the books: Pollination and scenario

assessments are two steps to guiding policy makers in the global biodiversity

crisis. Frontiers of Biogeography, Merced, v. 8, n. 1, p. -5, 2016.

Page 47: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

47

ORTEGA, N. C. C.; GONZÁLEZ-CHÁVEZ, M. M.; FIGUEROA-BRITO, R.;

FLORES-MACÍAS, A.; ROMO-ASUNCIÓN, D.; MARTÍNEZ-GONZÁLEZ, D. E.;

RAMOS-LÓPEZ, M. A. Composition of the essential oil of Salvia ballotiflora

(Lamiaceae) and its insecticidal activity. Molecules, Basel, v. 20, n. 5, p. 8048-

8059, 2015.

PARK, C. G.; JANG, M.; SHIN, E.; KIM, J. Myrtaceae plant essential oils and their

β-triketone components as insecticides against Drosophila suzukii. Molecules,

Basel, v. 22, n. 7, p. 1050, 2017.

PASCUAL, M. E.; SLOWING, K.; CARRETERO, E. Villar, Á. Antiulcerogenic

activity of Lippia alba (Mill.) NE Brown (Verbenaceae). Farmaco, France, v. 56,

n. 5-7 p. 501-504, 2001.

PAVELA, R. Essential oils from Foeniculum vulgare Miller as a safe

environmental insecticide against the aphid Myzus persicae

Sulzer. Environmental Science and Pollution Research, Bordeaux, v. 25, n.

11, p. 10904-10910, 2018.

PEIXOTO, M. G.; BACCI, L.; BLANK, A. F.; ARAÚJO, A. P. A.; ALVES, P. B.;

SILVA, J. H. S.; SANTOS, A. A.; OLIVEIRA, A. P. DA COSTA, A. S.; ARRIGONI-

BLANK M. F. Toxicity and repellency of essential oils of Lippia alba chemotypes

and their major monoterpenes against stored grain insects. Industrial Crops

and Products, St Martin d'Heres, France, v. 71, p. 31-36, 2015.

PIERRE, P. M.; SOUSA, S. M.; DAVIDE, L. C.; MACHADO, M. A.; VICCINI, L. F.

Karyotype analysis, DNA content and molecular screening in Lippia alba

(Verbenaceae). Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v.

83, n. 3, p. 993-1006, 2011.

POGUE, M. G. A world revision of the genus Spodoptera Guenée

(Lepidoptera: Noctuidae). Philadelphia: American Entomological Society, 2002.

202p.

Page 48: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

48

PRATES, H. T; SANTOS, J. P. Óleos essenciais no controle de pragas de grãos

armazenados. In: LORINI, I.; MIIKE, L. H.; SENSSEL, V. M. Armazenagem de

grãos. Campinas: Instituto Bio Geneziz, 2002. p. 443-461.

PUSHPALATHA, E.; MUTHUKRISHNAN, J. Efficacy of two tropical plant extracts

for the control of mosquitoes. Journal of Applied Entomology, Gotinga, v. 123,

n. 6, p. 369-373, 1999.

RAMBALDI, D. M.; OLIVEIRA, D. A. S. DE. Fragmentação de ecossistemas:

causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas

públicas. Brasília: MMA/SBF. 2003. 510p.

REGNAULT-ROGER, C.; VINCENT, C.; ARNASON, J. T. Essential oils in insect

control: low-risk products in a high-stakes world. Annual review of entomology,

Stanford, v. 57, p. 405-424, 2012.

REIS, S. L.; MANTELLO, A. G.; MACEDO, J. M.; GELFUSO, E. A.; DA SILVA,

C. P.; FACHIN, A. L.; CARDOSO, A. M.; BELEBONI, R. O. Typical monoterpenes

as insecticides and repellents against stored grain pests. Molecules, Basel,

Switzerland, v. 21, n. 3, p. 258, 2016.

ROEDER, T. Tyramine and octopamine: ruling behavior and metabolism. Annual

Review Entomology, Louisville v. 50, p. 447-477, 2005.

ROEL, A. R. Utilização de plantas com propriedades inseticidas: uma

contribuição para o desenvolvimento rural sustentável. Revista Internacional de

Desenvolvimento Local, Campo Grande, v.1, n. 2, p.43-50, 2001.

SAAD, MONA MG; ABOU-TALEB, HAMDY K.; ABDELGALEIL, SAMIR AM.

Insecticidal activities of monoterpenes and phenylpropenes against Sitophilus

oryzae and their inhibitory effects on acetylcholinesterase and adenosine

triphosphatases. Applied Entomology and Zoology, Swtzerland, v. 53, n. 2, p.

173-181, 2018.

Page 49: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

49

SADEK, M. M. Antifeedant and toxic activity of Adhatoda vasica leaf extract

against Spodoptera littoralis (Lep., Noctuidae). Journal of applied entomology,

Gotinga, v. 127, n. 7, p. 396-404, 2003.

SAITO, L. M. As plantas praguicidas: alternativa para o controle de pragas

da agricultura. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2004. 4p.

SANTOS, A. C. V. D.; FERNANDES, C. C.; LOPES, L.; SOUSA, A. H. D.

Inseticidal oils from amazon plants in control of fall armyworm. Revista Caatinga,

Mossoró, v. 29, n. 3, p. 642-647, 2016.

SANTOS, M. R. A. Estudos agronômicos e botânicos de erva cidreira

(quimiotipo limoneno-carvona). 2003. 62f. Dissertação (Mestrado em

Fitotecnia) – Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará,

Fortaleza.

SARAVI, S. S. S.; SHOKRZADEH, M. Role of pesticides in human life in the

modern age: a review. In: STOYTCHEVA M. Pesticides in the Modern World-

Risks and Benefits. Croatia: InTech, 2011. p. 4-11.

SCHMIDT, F. G. V.; MONNERAT, R.; BORGES, M.; CARVALHO, R. Criação de

insetos para avaliação de agentes entomopatogênicos e semioquímicos.

Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2001. 20p. (Embrapa

Recursos Genéticos e Biotecnologia. Circular técnica, 11).

SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia Animal: Adaptação e Meio Ambiente. 5ed.

São Paulo: Santos Comércio e Importação, 1996. 600p.

SCOTT, J. G. Cytochromes P450 and insecticide resistance. Insect

Biochemistry and Molecular Biology, Riverside, v. 29, n. 9, p. 757-777, 1999.

SILOTO, R. C. Danos e biologia de Spodoptera frugiperda (JE Smith, 1797)

(Lepidoptera: Noctuidae) em genótipos de milho. 2002. 93f. Tese (Doutorado

em Entomologia). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade

de São Paulo, Piracicaba.

Page 50: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

50

SILVA, D. M. D.; BUENO, A. D. F.; ANDRADE, K.; STECCA, C. D. S.; NEVES,

P. M. O. J.; OLIVEIRA, M. C. N. D. Biology and nutrition of Spodoptera frugiperda

(Lepidoptera: Noctuidae) fed on different food sources. Scientia Agricola,

Piracicaba, v. 74, n. 1, p. 18-31, 2017.

SOUZA, T. F.; FAVERO, S.; CONTE, C. O. Bioatividade de óleos essenciais de

espécies de eucalipto para o controle de Spodoptera frugiperda (JE Smith, 1797)

(Lepidoptera: Noctuidae). Revista Brasileira de Agroecologia, Pelotas, v. 5, n.

2, p. 152-164, 2010.

SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia: do Produto Natural ao Medicamento. 1ed.

Porto Alegre: Artmed, 2017. 502p.

STARK, J. D.; JEPSON, P. C.; MAYER, D. F. Limitations to use of topical toxicity

data for predictions of pesticide side effects in the field. Journal of Economic

Entomology, Oxford, v. 88, n. 5, p. 1081-1088, 1995.

TAK, J. H; ISMAN, M B. Metabolism of citral, the major constituent of lemongrass

oil, in the cabbage looper, Trichoplusia ni, and effects of enzyme inhibitors on

toxicity and metabolism. Pesticide biochemistry and physiology, Amherst,

Massachusetts. v. 133, p. 20-25, 2016.

TAVARES, W. S.; FREITAS, S. S., GRAZZIOTTI, G. H., PARENTE, L. M. L.,

LIÃO, L. M., ZANUNCIO, J. C. Ar-turmerone from Curcuma longa

(Zingiberaceae) rhizomes and effects on Sitophilus zeamais (Coleoptera:

Curculionidae) and Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). Industrial

crops and products, Saint-Martin-d'Hères, v. 46, p. 158-164, 2013.

TAVARES, E. S.; JULIÃO, L. S.; LOPES, D.; BIZZO, H. R.; LAGE, C. L. S.;

LEITÃO, S. G. Análise do óleo essencial de folhas de três quimiotipos de Lippia

alba (Mill.) N. E Br. (Verbenaceae) cultivados em condições semelhantes.

Revista Brasileira de Farmacognosia, Curitiba, v. 15, n. 1, p. 1-5, 2005.

TRIPATHI, A. K.; UPADHYAY, S.; BHUIAN, M.; BHATTACHARYA, P. R. A

review on prospects of essential oils as biopesticide in insect-pest management.

Page 51: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

51

Journal of Pharmacognosy and Phytotherapy, New Delhi, v. 1, n. 5, p. 52-63,

2009.

TSUNECHIRO, A.; FERREIRA, C. R. R. P. T.; MIURA, M. Gastos com

Inseticidas, Fungicidas e Herbicidas na Cultura do Milho, Brasil, 2008-2011. In:

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 29, 2012, Águas de

Lindóia. Anais eletrônicos... Águas de Lindóia: ABMS, 2012.

ULLAH, FARMAN.; WARDAK, H. U. R.; BADSHAH, H.; AHMAD, A.; KAKAR, M.

Q. Response of male fruit fly (Diptera: Tephritidae) to various food essences in

Methyl Eugenol and Cue-Lure baited traps. Journal of Entomology and

Zoology Studies, Hooghly, India, v.3, n.5, p. 239-245, 2015

UNOKI, S.; MATSUMOTO, Y.; MIZUNAMI, M. Participation of octopaminergic

reward system and dopaminergic punishment system in insect olfactory learning

revealed by pharmacological study. European Journal of Neuroscience,

Bruxelas, v. 22, n. 6, p. 1409-1416, 2005.

VARDAR-UNLÜ, G.; CANDAN, F.; SÖKMEN, A.; DAFERERA, D.; POLISSIOU,

M.; SÖKMEN, M.; DÖNMEZ, E.; TEPE. B. Antimicrobial and antioxidant activity

of essential oil and methanol extract of Thymus pectinatus Fish. et Mey. var.

pectinatus (Lamiaceae). Journal of Agricultural and Food Chemistry,

Washington, v. 51, n. 1, p. 63-67, 2003.

VEIGA, M. M.; SILVA, D. M.; VEIGA, L. B. E.; FARIA, M. V. C. Análise da

contaminação dos sistemas hídricos por agrotóxicos numa pequena comunidade

rural do Sudeste do Brasil. Pesticide pollution in water systems in a small rural

community in Southeast Brazil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.

22, n. 11, p. 2391-2399, 2006.

VIEIRA, I. G. Estudos caracteres silviculturais e de produção de óleos

essenciais de progênies de Corymbia citriodora (HOOK) K. D. Hill & L. A. S.

Johnson procedente de Anhembi SP Brasil, Ex. Atherton QLD - Austrália.

Page 52: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

52

Piracicaba. 2004. 80f. (Mestrado em Recursos Florestais) - Escola Superior de

Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, São Paulo.

VIEIRA, R. F., GRAYER, R. J., PATON, A., SIMON, J. E. Genetic diversity of

Ocimum gratissimum L. based on volatile oil constituents, flavonoids and RAPD

markers. Biochemical Systematics and Ecology, Richmond, v. 29, n. 3, p. 287-

304, 2001.

WARREN, B.; RANDALL, D.; FRENCH, K. Fisiologia Animal (Eckert):

mecanismos e adaptações. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

729p.

WINKEL-SHIRLEY, Brenda. Flavonoid biosynthesis. A colorful model for

genetics, biochemistry, cell biology, and biotechnology. Plant Physiology, v.

126, n. 2, p. 485-493, 2001.

XU, H. X.; ZHENG, X. S.; YANG, Y. J.; TIAN, J. C.; LU, Y. H.; TAN, K. H.;

HEONG, K. L.; LU, Z. X. Methyl eugenol bioactivities as a new potential botanical

insecticide against major insect pests and their natural enemies on rice (Oriza

sativa). Crop Protection, Lincoln, v. 72, p. 144-149, 2015.

YAMAMOTO, PAULA YURI. Interação genótipo x ambiente na produção e

composição de óleos essenciais de Lippia alba (Mill.) N.E. Br. 2006. 71f.

Dissertação (Mestrado em Agricultura Tropical e Subtropical). Curso de Pós-

Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical, Instituto Agronômico de

Campinas, Campinas.

ZHANG, C.; LIU, R.; HE, J.; MA, Z.; ZHANG, X. Chemical compositions of

Ligusticum chuanxiong Oil and Lemongrass oil and their joint action against Aphis

citricola Van Der Goot (Hemiptera: Aphididae). Molecules, Basel, v. 21, n. 10, p.

1359-1369, 2016.

Page 53: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

53

Artigo I

Toxicidade do óleo essencial de folhas de Lippia alba (Mill.) N. E. Brown e

Ocimum gratissimum L. sobre Spodoptera frugiperda (Smith, 1797)

(Lepidoptera - Noctuidae)

Nayara Zielasko Trombini Garcia

Resumo

A espécie Spodoptera frugiperda é considerada uma praga chave para a

cultura do milho (Zea mays Starch). Seu controle convencional com inseticidas

sintéticos nem sempre é efetivo, acarretando aumento do número de aplicações,

o que leva a seleção de insetos resistentes e ao aumento dos impactos ao

ambiente e a saúde humana. Em decorrência destes impactos, os óleos

essenciais, vêm demonstrando um potencial de uso para o controle da praga.

Diante deste cenário, objetivou-se avaliar o potencial inseticida dos óleos

essenciais de Lippia alba e Ocimum gratissimum para o controle de S.

frugiperda. As folhas frescas das espécies em estudo, foram coletadas na área

de cultivo da Universidade e sepadamente foram trituras e submetidas a

extração do óleo essencial, utilizando aparelho Clevenger. A composição

química foi determinada por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria

de Massas (CG e CG-MS) e resultaram na identificação de sete constituintes

para L. alba e os isomeros Geranial (40,21%) e Neral (28,53%), como

constituinte majoritário. Para O. gratissimum foram encontrados seis

constitiuintes e o eugenol (68,90%) como principal. Os bioensaios realizados

foram: Toxicidade Aguda Tópica, Toxicidade por Superfície de Contato e

Toxicidade Residual. O óleo de L. alba apresentou DL50 de 0,05 µL.inseto e DL90

de 0,14 µL.inseto e CL50 de 0,27 µL.cm-2 e CL90 0,48 µL.cm-2 . O óleo essencial

de O. gratissimum apresentou DL50 de 0,6 µL.inseto e DL90 de 0,24 µL.inseto e

CL50 de 0,024 µL.cm-2 e CL90 0,046 µL.cm-2 , com maior desempenho, em

relação ao óleo essencial de L. alba; porém, o óleo de L. alba apresentou melhor

poder residual, o que pode ser relacionado com os constituintes majoritário das

amostras. Ao final, ambos os óleos essenciais têm potencial inseticida para o

controle da S. frugiperda, verificado através de sua ação, em condições de

laboratório.

Palavras-chave: Agricultura Sustentável, Controle de Pragas, Inseticida

Botânico, Terpenos, Lagarta-do-cartucho.

Page 54: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

54

Toxicity of the essential oils of leaves of Lippia alba and Ocimum gratissimum

against Spodotoptera frugiperda (Lepidoptera - Noctuidae)

Abstract

The Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera - Noctuidae)

species is considered a key pest for the culture of the maize (Zea mays Starch).

Its conventional control with synthetic insecticides It is not always effective,

causing increase of the number of applications, which takes to the selection of

resistant insects and to the increase of the impacts to the environment and the

human health. In result of these impacts, the essential oils, demonstrate a

potential of use for the control of the pest. In the face of this scenario, the objective

was to evaluate the insecticide potential of Lippia alba (Mill.) N. E. Brown e

Ocimum gratissimum L. essential oil for the control of S. frugiperda. The fresh

leaves of the species under study were collected in University cultivation area

and crushed separately and subjected to extraction of essential oil, using

Clevenger, and the chemical composition was determined by Gaseous

Chromatography connected the Spectrometry of Masses (GC and GC-MS) and

had resulted in the identification of seven main constituent for L. alba and the

Geranial (40.21%) and Neral (28,53%) isomers as constituent majority, for O.

gratissimum had been found six constitiuintes and eugenol (68.90%) as main.

The bioasseys performed were Topical Acute Toxicity, Contact Surface Toxicity

and Residual Toxicity. The oil of L. alba presented LD50 de 0,5 µL.insect and LD90

de 0,14 µL.insect and LC50 of 0,27 µL.cm-2 and LC90 of 0,48 µL.cm-2. The

essential oil of O. gratissimum presented LD50 0,6 µL.insect and LD90 of 0,24

µL.insect and LC50 0,024 µL.cm-2 and LC90 0,046 µL.cm-2, with best performance,

when compored with essential oil of L. alba; however, the oil of L. alba presented

better residual power, which can be related with the constituent majority of the

samples. To the end, both the essential oils have insecticidal potential for the

control of the S. frugiperda, verified through its action, in laboratory conditions.

Keywords: Sustainable Agriculture, Pest Control, Botanical Insecticide,

Terpenes, Fall armyworm.

Page 55: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

55

Introdução

O milho (Zea mays L.) é considerado uma das principais culturas no Brasil,

podendo ser cultivado duas vezes ao ano (TOSCANO et al., 2012). De acordo

com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção de milho

na safra de 2017 foi de aproximadamente 96 milhões de toneladas, sendo

considerado o segundo grão mais produzido no país (CONAB, 2017).

Nos últimos 70 anos, a produção do milho brasileiro teve aumento,

aproximado, de 14 vezes, enquanto a área plantada aumentou

aproximadamente, quadro vezes, indicando um crescimento da produtividade.

Este acréscimo foi impulsionado pela utilização de novas tecnologias, como a

utilização de fertilizantes, maquinários de precisão e o controle de doenças e

pragas, através de defensivos agrícolas (GALVÃO et al., 2014).

Os defensivos agrícolas são os recursos mais utilizados pelos produtores

para mitigar as perdas ocasionadas por pragas no plantio; porém, se mal

manejados, acarretam impactos negativos ao ambiente e a saúde humana

(VEIGA, 2007).

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e

Agricultura (FAO), 200 mil pessoas morrem todos os anos pela intoxicação direta

com pesticidas. Porém, o impacto do contato indireto por meio dos resíduos

tóxicos nos alimentos e na água de consumo, seja superficial e/ou subterrânea,

de difícil análise (ONU, 2017).

Um dos fatores que contribuiu para o uso indiscriminado dos inseticidas

foi a seleção de populações resistentes, ocasionada pelo aumento do número

de aplicação de produtos químicos com o mesmo sitio de ação. Os principais

mecanismos de resistência descritos são: (1) resistência metabólica, (2)

alteração do sítio-alvo, (3) penetração reduzida e, (4) resistência

comportamental (COITINHO et al., 2006; RESTELLO et al., 2009; FAZOLIN et

al., 2017).

Contudo, o uso de substâncias de origem vegetal, como os óleos

essenciais, vem sendo uma alternativa em potencial para o controle de pragas,

pois apresentam propriedades inseticidas, repelentes e de inibição alimentar,

associando a sua baixa toxicidade á vertebrados, além de serem biodegradáveis

(ISMAN, 2000; ISMAN, 2006). Desta maneira, podem ser utilizados no Manejo

Page 56: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

56

Integrado de Pragas (MIP), na agricultura familiar e orgânica, contemplando uma

agricultura mais sustentável.

Os óleos são substâncias voláteis, originadas por meio dos metabólitos

secundários das plantas e produzidas em estruturas especializadas como pêlos

glandulares, células parenquimáticas modificadas, canais oleíferos ou bolsas

específicas (VITTI e BRITO, 2003). São compostos por diversas substâncias,

tais como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres,

óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas, e, seu

composto majoritário, os terpenos (SIMÕES, 2017).

Ao ser prospectado como bioinseticida, os óleos essenciais agregam

características químicas e físicas que corroboram para a sua utilização. Sua

toxicidade está relacionada aos terpenos, que inibem o sitio de ligação

octopaminérgico presente no sistema nervoso do inseto, causando uma

disruptura na comunicação neural e acarretando a morte do indivíduo.

Levando-se em consideração que este sítio de ligação neural não está

presente em vertebrados, os óleos essenciais não apresentam toxicidade a este

grupo; além disto, possuem baixo traço residual por ser uma substância volátil,

são biodegradáveis e proveniente de fontes renováveis (ENAN, 2001; ISMAN,

2006; TRIPATHI et al., 2009; DUBEY et al., 2010).

Levando-se em consideração as vantagens de uso dos óleos essenciais,

objetivou-se avaliar o potencial inseticida dos óleos essenciais de L. alba e O.

gratissimum para o controle de Spodoptera frugiperda (Smith, 1797)

(Lepidoptera: Noctuidae), praga classificada como chave para a cultura do milho.

Material e Métodos

Obtenção do óleo essencial

A coleta de folhas de L. alba e O. gratissimum ocorreu em área de cultivo,

localizada na horta experimental da Universidade Anhanguera-Uniderp, Campus

Agrárias, localizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil

(20º26’20.64’’S; 54º32’26.78’’O). As coletas foram feitas nas primeiras horas da

manhã (entre 7 e 8h), durante os anos de 2016 e 2017. As plantas estavam em

período reprodutivo.

As folhas foram processadas por turbolise e vertidas em balões

volumétricos e posteriormente foram colocados para o processo de

Page 57: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

57

hidrodestilação em aparelho tipo Cleverger por duas horas, com extração do óleo

essencial realizado de acordo com os procedimentos descritos por CONTE et al.

(2002).

Determinação da composição química dos óleos essenciais

As análises por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de

massas (CG-MS) foram realizadas em cromatógrafo de gás (CG 3900), equipado

com detector de espectrômetro de massa de tração de íons (Varian Saturn

2100), usando ZB-5 (5% de fenil-dimetilpolisiloxano), coluna de sílica fundida (30

mx 0,25 mm, 0,25 mm de espessura do filme), nas seguintes condições: gás

hélio transportador; volume de injeção de 1 mL, razão de divisão (1:20), com

temperatura inicial do forno de 50 ºC e aquecimento de 50 a 250 ºC a 3 ºC/min.

A temperatura do injetor e a temperatura do detector de armadilha de íons foram

de 250ºC. Os parâmetros de varredura MS incluíram tensão de ionização por

impacto de elétrons de 70 eV, uma faixa de massa de 40-500 m / z e um intervalo

de varredura de 0,5 s.

As análises de cromatografia gasosa (CG) capilar foram realizadas

utilizando um cromatógrafo de gás Shimadzu CG-17A equipado com uma coluna

de sílica fundida ZB-5 (30 m x 0,25 mm, espessura de película de 0,25 mm). A

temperatura programada foi de 50 a 250 ºC a 3ºC/min. A temperatura do injetor

e do detector de ionização de chamas (DIC) foi de 240 e 260 ºC,

respectivamente, com o hélio sendo usado como gás transportador.

Os índices de retenção programados por temperatura foram calculados

utilizando uma série homologa de não alcanos (C8-C28), como referências

externas. As identificações foram completadas pela comparação dos espectros

de massa obtidos nas bibliotecas de Nist 2.0 e Saturn e bibliografia (ADAMS,

2007).

Criação de Spodoptera frugiperda

A criação larval foi mantida em dieta artificial padrão a base de gérmen de

trigo, levedo de cerveja e feijão, em sala climatizada, com temperatura de 27 ±

2 ºC, umidade relativa de 70 ± 5% e, fotoperiodo de 12 h (PANIZZI e PARRA,

2009).

Page 58: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

58

Após a pupação, os insetos foram sexados e colocados em gaiolas de

tubo PVC com 10 cm de diâmetro por 15 cm de altura, revestidas internamente

com folhas de papel sulfite, que serviu como substrato para as mariposas

realizarem a postura, alimentadas com solução de mel a 10%. Os ovos foram

retirados e colocados em placas de Petri (90 mm), mantidas em sala climatizada,

nas mesmas condições descritas anteriormente, até o momento da eclosão das

larvas; então, foram inoculadas em tubos contendo dieta artificial para dar início

a um novo ciclo. As larvas utilizadas nos bioensaios estavam no 3° instar de

desenvolvimento e com peso médio de 9,1 mg.

Bioensaios

Todos os bioensaios foram realizados em ambientes controlado como

descrito para a criação da S. frugiperda.

Toxicidade aguda tópica

Pré-testes foram realizados com as concentrações iniciais 0,125; 0,25;

0,50; 0,75; e, 1,0 µL.inseto, com uma testemunha contendo apenas o solvente

(acetona). Essas concentrações iniciais foram utilizadas para determinação da

faixa de mortalidade entre 10 e 90%, o que possibilitou gerar cinco novas

concentrações em progressão geométrica, conforme descrito em FAVERO e

CONTE (2008).

Foi aplicado 1µL da solução na região protorácica do inseto, com o auxílio

de micropipeta; em seguida, as larvas foram acondicionadas individualmente em

placas de Petri (60 mm) e foram realizadas 30 repetições por tratamento, uma

larva por repetição.

Após 24 horas, foi realizada a contagem dos indivíduos mortos e os dados

foram tabulados e submetidos à análise de Probit, para determinar a curva de

dose-mortalidade e as doses letais médias 50 e 90 (DL50 e DL90) (FINNEY, 1971).

A mortalidade, quando necessário, foi corrigida pela equação de ABBOTT

(1925).

Toxicidade por superfície de contato

Os pré-testes foram realizados com as concentrações iniciais 1,0; 0,75;

0,50; 0,25; e, 0,125 μL.cm-1, além de testemunha composta do solvente

Page 59: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

59

(acetona). Essas concentrações iniciais foram utilizadas para determinação da

faixa de mortalidade entre 10 e 90%, o que possibilitou gerar cinco novas

concentrações em progressão geométrica, conforme descrito por FAVERO e

CONTE (2008).

As placas de Petri (60 mm com área de 27,28 cm2) foram tratadas com

0,3 mL da solução, utilizando uma micropipeta e, colocadas para evaporar

durante 20 minutos. Após a evaporação, as larvas foram liberadas na superfície

tratada e as placas foram fechadas, sendo 30 repetições por tratamento, uma

larva por repetição.

Após 24 horas, foi realizada a leitura com a contagem dos indivíduos

mortos. Os dados de mortalidade foram tabulados e submetidos à análise de

Probit para determinar a curva de concentração-mortalidade e as concentrações

letais 50 e 90 (CL50 e CL90) (FINNEY, 1971). A mortalidade, quando necessária,

foi corrigida pela equação de ABBOTT (1925).

Toxicidade por Período residual

O bioensaio consistiu em tratar as placas de Petri (60 mm com área de

27,28 cm2) com 0,3 mL de solução, com auxílio de micropipeta e após, deixar

evaporar por 20 minutos. Após a evaporação do solvente, foi realizada a primeira

liberação das larvas, correspondendo ao tempo zero e fechadas às demais

placas. Posteriormente, foram realizadas as outras liberações correspondendo

aos tempos de 3, 12, 24 e, 36 h, após o tempo zero.

A concentração utilizada foi à concentração letal 50 (CL50), determinada

no bioensaio de Toxicidade por Superfície de Contato, sendo utilizadas 30

repetições por tratamento, uma larva por repetição.

Após 24 horas de cada liberação, foi realizada a contagem dos indivíduos

mortos, com os dados tabulados e analisados por regressão. A mortalidade,

quando necessária, foi corrigida pela equação de ABBOTT (1925) e as curvas

obtidas, comparadas por análise de covariância (ANCOVA).

Resultados e Discussão

Constata-se que o óleo essencial de L. alba possui a maior diversidade

de componentes (sete), tendo como constituinte majoritário o Geranial (40,21%)

e o isômero Neral (28,53%), em relação ao óleo de O. gratissimum, com seis

Page 60: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

60

componentes e apenas um composto majoritário, o Eugenol (68,90%) (Tabela

1).

Além disso, no óleo essencial de L. alba os componentes minoritários

estão em uma faixa 3,23 a 10%, enquanto os componentes minoritários do óleo

essencial de O. gratissimum, na faixa de 2,80 a 8,20%.

Em concordancia com a classificação proposta por HENNEBELLE et al.

(2008), o óleo essencial de L. alba, utilizado neste trabalho, pertence ao

quimiotipo 1 - citral (monoterpenóide oriundo da mistura de 2 isômeros, o

geranial e neral).

Este quimiotipo já foi descrito em plantas provenientes todas as regiões

brasileiras (VENTRELLA, 2000; MATOS, 2000; CASTRO et al., 2001; BARBOSA

et al, 2006) e também na Índia (RAO et al., 2000). Porém, estudos indicam que

esta espécie apresenta grande diversidade em seus compostos majoritários,

gerando diferentes quimiotipos, tais como: carvona, germacreno D-limoneno,

piperitona, γ-terpineno, linalol e, 1,8-cineol (ZOGHBI et al., 1998; SENATORE e

RIGANO, 2001; ATTI-SERAFINI et al., 2002; STASHENKO et al., 2004;

TAVARES et al., 2008).

Tabela 1. Composição química (%) do óleo essencial de Lippia alba e Ocimum

gratissimum coletadas na Horta de Plantas Medicinais e Aromáticas, Campus

Agrárias, Universidade Anhanguera-Uniderp, Campo Grande, Mato Grosso do

Sul, 20016 - 2017

Compostos de

Lippia alba (%)

Compostos de

Ocimum gratissimum (%)

Geranial 40,21 Eugenol 68,90

Neral 28,53 β -selinene 8,20

Trans-6-hydroxy-α-terpineol 10,13 β-ilangene 4,99

Acetate nerile 6,48 1,8 cineol 4,10

Caryophyllene oxide 5,03 Viridifloreno 3,90

Citronellal 3,35 ʏ-himachalene 2,80

Angelato prenila 3,23 ----------- -----

Outras substâncias com área < que 1 Outras substâncias com área < que 1

Page 61: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

61

Segundo TAVARES et al. (2005), as diferenças quimiotípicas dos óleos

essenciais de L. alba são determinadas pelas variações no genótipo, pois,

plantas cultivadas lado a lado mantiveram seu perfil químico, indicando baixa

relação edafoclimáticos. Porém, de acordo com MATOS (2000), as

características morfológicas da planta também são fatores determinantes para o

quimiotipo do óleo essencial. Plantas com folhas e ramos jovens, apresentam

teores elevados de citral e limoneno.

Foi relatado que o óleo essencial das folhas de O. gratissimum é rico em

eugenol, porém, seu perfil químico é variável, sendo também influenciado pelas

condições edafoclimáticas e hora de coleta (DUDAREVA et al., 2004). MATOS

(2000) verificou que o teor de luminosidade no momento da coleta influencia na

composição química do óleo. No início do dia e no crepúsculo ocorre o

predomínio do terpeno 1,8-cineol e nos momentos de mais incidência de raios

solares, uma predominância do terpeno eugenol.

Segundo KOTHARI et al. (2005), plantas de O. gratissimum cultivadas em

clima tropical apresentam 55,8% de eugenol e 1,4% de β-cariofileno. Estes

valores são diferentes aos encontrados neste estudo, evidenciando que a

influência edafoclimática é determinante para sua composição química.

De acordo com RAJENDRAN e SRIRANJINI (2008), os óleos essenciais

podem ser absorvidos pelos insetos via tegumento, sistema respiratório e/ou

sistema digestivo, e tem ação sobre o sistema nervoso do inseto, justificando

seu de potencial como inseticida.

A mistura de substâncias que compõem o óleo é importante, pois contribui

para a diminuição de pragas resistentes, devido à diversidade de substâncias

que compõem os óleos essenciais delongarem este processo de seleção

(FERRARI, 1996).

Os óleos essenciais de L. alba e O. gratissimum apresentaram potencial

inseticida para o controle de S. frugiperda pela via de intoxicação Aguda Tópica

(Tabela 2), ajustando-se ao modelo proposto de Probit (p≥ 0,05) nas seguintes

doses: L. alba 0,015; 0,023; 0,034; 0,051; e, 0,077 µL.inseto e O. gratissimum

0,017; 0,028; 0,047; 0,079; e, 0,0134 µL.inseto.

A toxicidade óleos essenciais de L. alba e O. gratissimum (DL50 0,05 µL-1

e 0,6 µL-1, respectivamente) é semelhante, devido a sobreposição dos seus

intervalos de confiança (Tabela 2). A menor declividade da curva do óleo de O.

Page 62: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

62

gratissimum indica que a variação dose/mortalidade é mais homogênea em

comparação com a do óleo essencial de L. alba.

Tabela 2. Dose letal (DL50 e DL90) do óleo essencial de Lippia alba e Ocimum

gratissimum coletadas na Horta de Plantas Medicinais e Aromáticas, Campus

Agrárias, Universidade Anhanguera-Uniderp, sobre Spodoptera frugiperda pela

técnica de Toxicidade Aguda Tópica (µL.inseto ). Campo grande, Mato Grosso

do Sul, 2017 – 2018.

Óleo N DL50 (IC95%)

µL.inseto

DL90 (IC95%)

µL.inseto

D (± EP)

2 p

L. alba 180 0,05 (0,04–0,06) 0,14 (0,094–0,29) 2,70±

0,47

0,66 0,88

O. gratissimum 180 0,06 (0,05–0,08) 0,24 (0,15–0,56) 2,13±

0,37

0,68 0,88

N = número de indivíduos utilizados no bioensaio. IC = intervalo de confiança.

EP = erro padrão Declividade. D = declividade.2 = qui-quadrado. P =

probabilidade.

Os óleos essenciais de L. alba e O. gratissimum apresentaram potencial

inseticida para o controle de S. frugiperda pela via de intoxicação por Superfície

de Contato (Tabela 3) e, ajustaram-se ao modelo de Probit (p≥ 0,05) nas

seguintes concentrações: L. alba 0,15; 0,20; 0,27; 0,37; e, 0,50 µL.cm-2 e O.

gratissimum 0,014; 0,020; 0,027; 0,038; e, 0,053 µL.cm-2 .

O óleo de O. gratissimum foi mais tóxico em relação ao óleo de L. alba;

porém a maior declividade da curva do óleo essencial de O. gratissimum indica

uma variação na relação concentração/mortalidade. Sendo a resposta mais

heterogênea em comparação com o óleo de L. alba (O. gratissimum - CL50 de

0,024 µL.cm-2 e CL90 de 0,046 µL.cm-2; L. alba - CL50 de 0,25 µL.cm-2 e CL90 de

0,48 µL.cm-2).

No bioensaio de Toxicidade Aguda Tópica e Toxicidade por Superfície de

Contato, o óleo essencial de L. alba apresentou uma maior declividade da curva

(2,7 e 5,23 respectivamente) em comparação com o óleo essencial de O.

gratissimum (2,13 e 4,55 respectivamente).

Page 63: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

63

De acordo com LIRA (2014), quanto menor a declividade da curva mais

homogênea é a resposta; por outro lado, quanto maior a declividade, mais

heterogênea é a resposta indicando que, mínimas variações nas concentrações

acarretam grande variação na mortalidade.

Tabela 3. Concentração letal (CL50 e CL90) do óleo essencial de Lippia alba e

Ocimum gratissimum coletadas na Horta de Plantas Medicinais e Aromáticas,

Campus Agrárias, Universidade Anhanguera-Uniderp, sobre Spodoptera

frugiperda pela técnica de Toxicidade por Superficie de Contato (µL.cm-2).

Campo grande, Mato Grosso do Sul, 2017 – 2018.

Óleo N CL50 (IC95%)

µL.cm-2

CL90 (IC95%)

µL.cm-2

D (±

EP) 2 p

L. alba 180 0,25 (0,20–0,37) 0,48 (0,35–1,33) 5,1±

0,70 5,9 0,11

O. gratissimum 180 0,024 (0,02–0,03) 0,05 (0,039–0,061) 4,4±

0,66 1,15 0,76

N= número de indivíduos utilizados no bioensaio. IC= intervalo de confiança. EP=

erro padrão. D= declividade. 2= qui-quadrado. P= probabilidade.

De acordo com SILVA et al. (2007), ao comparar o potencial inseticida de

diferentes substâncias, só é possível afirmar que a substância “a” é mais tóxica

que a “b” se não ocorrer a sobreposição de seus intervalos de confiança; caso

ocorra, as toxicidades são estatisticamente semelhantes.

A variação de toxicidade entre os bioensaios, onde no bioensaio de

Toxicidade Aguda Tópica os óleos essenciais apresentaram valores de

toxicidade estatisticamente semelhantes e no bioensaio de Toxicidade por

Superfície de Contato, o óleo de O. gratissimum apresentou maior toxicidade,

indica que a via de intoxicação também é um fator determinante na toxicidade

das substâncias (MORAES et al., 2000). Segundo SANTOS et al. (2013), a

toxicidade nos bioensaios de Superfície de Contato, pode estar correlacionada

com a respiração traqueal, devido a localização dos espiráculos na lateral do

tórax e do abdômen do inseto, facilitando a absorção do óleo e potencializando

sua toxicidade.

Page 64: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

64

No bioensaio de Toxicidade por Periodo Residual, o óleo essencial de O.

gratissimum apresentou toxicidade mais aguda em relação ao óleo de L. alba;

porém, o óleo de L. alba apresentou toxicidade mais prolongada, indicando ter

maior efeito residual (Figura 1). A concentração utilizada foi a CL50 determinada

no bioensaio anterior, sendo que para L. alba a CL50 foi 0,25 µL.cm-2 e para o

óleo essencial de O. gratissimum, 0,024 µL.cm-2.

Detectou-se diferenças significativas nos interceptos; porém, ocorreu

diferença significativa na declividade, observada pela menor inclinação (0,0059

para L. alba e 0,0134, O. gratissimum).

Figura 1. Efeito inseticida por Perido Residual do óleo essencial de Lippia alba

e Ocimum gratissimum coletadas na Horta de Plantas Medicinais e Aromáticas,

Campus Agrárias, Universidade Anhanguera-Uniderp, sobre Spodoptera

frugiperda. Campo grande, Mato Grosso do Sul, 2017 – 2018.

Esta diferenciação nos resultados pode estar relacionada às

características das estruturas moleculares dos compostos majoritários dos óleos

essenciais (Figura 2), que em geral são pouco discutidas em relação à estrutura

atividade. Segundo TONG e COATS (2012), os monoterpenóides por

apresentarem diversos esqueletos e grupos funcionais, tem ação no sistema

nervoso do inseto, causando uma disruptura no sitio de ligação octopaminérgico.

Desta forma, com base no exposto e para um melhor entendimento da

ação dos óleos analisados frente a S. frugiperda será utilizado as estruturas

y = -0,5867x + 54,6R² = 0,9716

y = -1,35x + 55,05R² = 0,9701In

div

ídu

os m

ort

os (

%)

Tempo após a aplicação (h)

Lippia alba

Ocimum gratissimum

Page 65: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

65

química dos compostos majoritários dos óleos essenciais de L. alba (Geranial e

Neral) e O. gratissimum (Eugenol) (Figura 2).

Figura 2. Estrutura química dos compostos majoritários dos óleos essenciais de

L. alba, Geranial ((2E)-3,7-dimetilocta-2,6-dienal) e Neral ((2Z)- 3,7-dimetilocta-

2,6-dienal, e o Eugenol (4-alil-2-metoxifenol) de O. gratissimum.

Assim, quando se analisa estruturas moleculares das substâncias

majoritárias dos dois óleos essenciais, constata-se que o aldeído, geranial e seu

isômero neral, tem maior permeabilidade na cutícula do inseto em relação à

substância eugenol devido a sua polaridade, que lhe confere um caráter mais

hidrofóbico. Porém, a substância eugenol pode apresentar uma maior toxicidade

devido aos seus grupos polares (hidrofílicos), por ter maior solubilidade no meio

intracelular (aquoso) e consequentente maior interação com os receptores do

inseto, pelas ligações de hidrogênio, dipolo-dipolo e sua cadeia carbônica

hidrofóbica, e com isto ser um indicativo da inativação dos receptores.

De acordo com TONG e COATS (2012) as diferentes categorias de

monoterpenos por apresentarem diferentes esqueletos e grupos funcionais

atuam em diferentes sítios de ligação acarretando diversos efeitos sobre as

funções desses alvos. Ficou evidente para estes autores que os grupos

funcionais com átomos de oxigênio podem ser necessários para a ligação com

os receptores, assim como as propriedades eletrônicas carbono e caborno

afetam as atividades de ligação, a hidrofobicidade e o nível de energia das

moléculas monoterpenóides, também desempenham papéis fundamentais para

a ligação com os receptores.

Page 66: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

66

Infere-se, portanto, que a ação do eugenol esta relacionada aos grupos

funcionais (fenol e éter) e o geranial e o neral presente no óleo essencial de L.

alba, possam estar agindo da mesma maneira com menor efeito de ligação

(aldeído), porém com maior potencial residual pelas caraterísticas hidrofóbicas

de sua cadeia carbônica, com menor número de insaturações que o eugenol.

Outra caraterística importante a ser analisada esta relacionada à

permeabilidade da cutícula do inseto. De acordo com LEWIS (1980), o potencial

de permeabilidade da cutícula do inseto é maior para substâncias apolares,

como os óleos essenciais. Esta situação ocorre por causa da característica

anatômica da cutícula, que se divide em: (1) epicutícula e (2) exocutícula

(quitinizadas e lipofílicas) e, (3) endocutícula (levemente quitinizada e hidrofílica).

A quitina é um polissacarídeo o que lhe confere a característica hidrofóbica;

porém, no meio intracelular o meio é aquoso, apresentando maior solubilidade

às substâncias hidrofílicas.

Os resultados obtidos concordam com os dados de CRUZ et al. (2016) e

NICULAU et al. (2013), onde a toxicidade dos óleos essenciais de O.

gratissimum e L. alba são eficazes para o controle de S. frugiperda. CRUZ et al.

(2016) analisou o potencial inseticida dos óleos de Eucalyptus staigeriana F.

Muell., Foeniculun vulgare Mill. e O. gratissimum pela via de intoxicação Aguda

Tópica, a fim de determinar a dose letal (DL10) para ser utilizada no bioensaio de

efeito subletal dos óleos sobre S. frugiperda. O óleo de O. gratissimum

apresentou menor DL50 (1,52 (1,36–1,67) mg-1) e seu composto majoritário é o

anetol (35,94%). Este valor difere deste trabalho, onde a DL50 15,82 mg.g-1

inseto, indicando que a composição química do óleo essencial é fator

determinante para a toxicidade pois, a amostra estudada apresentou como

composto majoritário o eugenol (68,9%).

NICULAU et al. (2013) avaliou o potencial inseticida de três quimiotipos

do óleo essencial de L. alba para o controle da S. frugiperda pela via de

intoxicação Aguda Tópica e verificou que os 3 quimiotipos têm potencial

inseticida para o controle desta praga (DL50 de 1,24; 1,56 e 1,20 µg.inseto e

DL90 de 2,60; 3,75 e 3,08 µg.inseto). O quimiotipo 1 (geranial e neral) apresentou

DL50 de 1,24 µg/g de inseto e este quimiotipo é o mesmo do óleo essencial

utilizado neste trabalho; porém, a DL50 obtida foi de 9,89 µg.inseto de inseto.

Page 67: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

67

HOET et al. (2006) elucidam que as diferentes toxicidades em amostras

com o mesmo composto majoritário indicam que a atividade biológica dos

componentes majoritários é modulada por substâncias de menor proporção,

podendo agir de modo sinérgico ou antagônico.

De acordo com ENAN (2001), VIEGAS-JÚNIOR (2003), ISMAN (2006),

TRIPATHI et al. (2009) e DUBEY et al. (2010), a toxicidade dos óleos essenciais

está relacionada as substâncias terpenóides, principalmente monoterpenos e

sesquiterpenos, que, geralmente, são as substâncias majoritárias da

composição do óleo essencial. Estas substâncias atuam inativando o sitio de

ligação octopaminérgico presente no sistema nervoso dos insetos, impedindo a

transmissão, entre neurônios, da octopamina, que é um neurotransmissor,

neuromodulador e neurohormônio do inseto. Esta alteração no sitio de ligação

octopaminérgico causa uma disruptura no sistema nervoso, o que leva a morte

do inseto. Convem salientar que este sitio de ligação não está presente no

sistema nervoso dos vertebrados, indicando vantengem para sua utilização

como inseticida.

Logo, ao prospectar os óleos essenciais como inseticida, suas

características de rápida volatilização o fazem um produto de baixo resíduo e

biodegradável. Além disso confere baixa toxicidade aos vertebrados, pela

ausência do sitio de ligação octopaminérgico, o faz um produto de menor impacto

ao ambiente e seres humanos.

Conclusões

O óleo essencial de L. alba e O. gratissimum apresentam potencial

inseticida no controle de larvas S. frugiperda. O óleo essencial de O. gratissimum

apresentou CL50 e CL90 menor em relação ao óleo de L. alba. Porém, o óleo de

L. alba apresenta um potencial residual mais prolongado. Esta diferença pode

estar relacionda com os constituintes majoritários das amostras observadas na

analise cromatográfica.

Agradecimentos

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES) - Código de

Financiamento 001 e, da Universidade Anhanguera-Uniderp, através do

Page 68: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

68

pagamento de bolsa de estudo, pelas bolsas de produtividade em pesquisa do

CNPq. Ao CNPq, INAU, CPP, FUNDECT e FUNADESP, pelo apoio financeiro e

também à Universidade Anhanguera-Uniderp, pelo financiamento do Grupo de

Pesquisa em Produtos Naturais (PPN).

Referências Bibliográficas

ABBOTT, W. S. A method of computing the effectiveness of an insecticide.

Journal of Economic Entomology, Maryland, v. 18, n. 1, p. 265-266, 1925.

ADAMS, R. P. 2007. Identification of Essential Oils Components by Gás

Chromatography/ Quadrupole Mass Spectroscopy. Carol Stream: Allured

Publishing Corporation, 2007. 804p.

ATTI-SERAFINI, L.; PANSERA, M. R.; ATTI-SANTOS, A. C.; ROSSATO, M.;

PAULETTI, G. F.; ROTA, L. D.; MOYNA, P. Variation in essential oil yield and

composition of Lippia alba (Mill.) N. E Br. grown in Southern Brazil. Revista

Brasileira de Plantas Medicinais, Paulínia, v. 4, n. 2, p. 72-74, 2002.

BARBOSA, F. F.; BARBOSA, L. C. A.; MELO, E. C.; BOTELHO, F. M.; SANTOS,

R. H. S. Influência da temperatura do ar de secagem sobre o teor e a composição

química do óleo essencial de Lippia alba (Mill) N.E. Brown. Química Nova, São

Paulo, v. 29, n. 6, p.1221-1225, 2006.

BARREIRO, E. J.; FRAGA, C. A. M. Química Medicinal: As bases moleculares

da ação dos fármacos. Porto Alegre: Artmed Editora, 2014. 608p.

CASTRO, D. M.; MING, L. C.; MARQUES, M. O. M. Composição fitoquímica dos

óleos essenciais de folhas de Lippia alba (Mill). N. E. Br em diferentes épocas de

colheita e partes do ramo. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Paulínea,

v.4, n. 75, p. 9, 2002.

COITINHO, R. L. B. C.; OLIVEIRA, J. V.; JUNIOR, M. G. C. G.; CÂMARA, C. A.

G. Atividade inseticida de óleos vegetais sobre Sitophilus zeamais Mots.

Page 69: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

69

(Coleoptera: Curculionidae) em milho armazenado. Revista Caatinga, Mossoró,

v. 19, n. 2, p. 176-182, 2006.

CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra

brasileira: grãos, safra 2016/17, décimo levantamento. Brasília: CONAB. v.

4, n. 12, 2017. 158p.

CONTE, C. O.; LAURA, V. A.; BATTISTELLI, J. Z.; CESCONETTO, A. O.;

SOLON, S.; FAVERO, S. Rendimento de óleo essencial de alfavaca por arraste

a vapor em Clevenger, em diferentes formas de processamento das folhas.

Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, Suplemento- CD-ROM, 2002.

CRUZ, G. S.; WANDERLEY-TEIXEIRA, V.; OLIVEIRA, J. V.; LOPES, F. S. C.;

BARBOSA, D. R. S.; BREDA, M. O.; TEIXEIRA, A. A. C. Sublethal effects of

essential oils from Eucalyptus staigeriana (Myrtales: Myrtaceae), Ocimum

gratissimum (Lamiales: Laminaceae), and Foeniculum vulgare (Apiales:

Apiaceae) on the biology of Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae).

Journal of economic entomology, Oxford, v. 109, n. 2, p. 660-666, 2016.

DUBEY, N. K.; SHUKLA, R.; KUMAR, A.; SING, P.; PRAKASH, B. Prospects of

botanical pesticide in sustainable agriculture. Current Science, Bengaluru, v. 98,

n. 4, p. 479-480, 2010.

DUDAREVA, N.; PICHERSKY, E.; GERSHENZON, J. Biochemistry of plant

volatiles. Plant physiology, Glasgow, v. 135, n. 4, p. 1893-1902, 2004.

ENAN, E. Insecticidal activity of essential oils: octopaminergic sites of action.

Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Toxicology &

Pharmacology, Miami, v. 130, n. 3, p. 325-337, 2001.

FAVERO, S.; CONTE, C. O. Métodos de ensaios para determinação de atividade

insetistatica de derivados de plantas com alternativa sustentável de controle de

pragas agrícolas. In: BAUER, F. C.; VARGAS JUNIOR, F. Mestrado de

Page 70: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

70

Produção e Gestão Agroindustrial. v. 2. Campo Grande: UNIDERP, 2008. p.

235-249.

FAZOLIN, M.; ESTRELA, J. L. V.; MEDEIROS, A. F. M.; GOMES, L. P.; SILVA,

I. M.; SILVA, M. S. F. Potencial sinérgico do óleo de Piper aduncum para

inseticidas formulados com misturas de princípios ativos. Revista de Ciências

Agrárias, Belém, v. 59, n. 4, p. 362-369, 2017.

FERRARI, J. A. Population genetics in vector biology. In: MARQUARDT, W. C.;

BEATY, B. J. The Biology of Disease Vectors. Colorado: Niwot, 1996. p. 512-

525.

FINNEY, D. J. Probit Analysis. 3ed., London: Cambridge Press, 1971. 338p.

GALVAO, J. C. C.; MIRANDA, G. V.; TROGELLO, E.; FRITSCHE-NETO, R. Sete

décadas de evolução do sistema produtivo da cultura do milho. Revista Ceres.

Viçosa, v. 61, sup., p.819-828, 2014.

HENNEBELLE, T.; SAHPAZ, S.; JOSEPH, H.; BAILLEUL, F.

Ethnopharmacology of Lippia alba. Journal of Ethnopharmacology, Pretoria,

v. 116, n. 2 p. 211-222, 2008.

HOET, S.; STEVIGNY, C.; HERENT, M. F.; QUETIN-LECLERCQ, J.

Antitrypanosomal compounds from leaf essential oil of Strychnos spinosa. Planta

Medica, Betesda, v. 72, n. 5, p.480-482, 2006.

ISMAN, M. B. Botanical insecticides, deterrents, and repellents in modern

agriculture and an increasingly regulated world. Annual Review Entomology,

Palo Alto, v. 51, p. 45-66, 2006.

ISMAN, M. B. Plant essential oils for pest and disease management. Crop

protection, Toowoomba, v. 19, n. 8, p. 603-608, 2000.

Page 71: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

71

KOTHARI, S. K.; BHATTACHARYA, A. K.; SINGH, K.; RAMESH, S. I.;

PRAKASA RAO, E. V.; GARG, S. N. Pre-flowering harvesting of Ocimum

gratissimum for higher essential oil and eugenol yields under semi-arid tropics.

Journal of Essential Oil Research, Messina, v. 17, n. 2, p. 212-216, 2005.

LEWIS, C. T. The Penetration of Cuticle by Insecticides. In: MILLER, A. T.

Cuticle Techniques in Arthropods. New York: Springer, 1980. p. 367-400.

LIRA, S. A. Análise de correlação: abordagem teórica e de construção dos

coeficientes com aplicações. 2014. 209f. Dissertação (Mestrado em Ciências)

- Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais: guia de seleção e emprego de plantas

usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2ed. Fortaleza: Imprensa

Universitária, 2000. 346p.

MATTOS, S. H.; INNECCO, R.; MARCO, C. A.; ARAÚJO, A. V. Plantas

medicinais e aromáticas cultivadas no Ceará: tecnologia de produção e

óleos essenciais. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2007. 108p.

MING, L. C. Coleta de plantas medicinais. In: DI STASI, L. C. Plantas

medicinais: Arte e ciência: um guia de estudos multidisciplinar. São Paulo:

UNESP, 1996. p. 69-86.

MORAES, S. S.; BAUTISTA, A. R. L.; VIANA, B. F. Avaliação da toxicidade

aguda (DL50 e CL50) de inseticidas para Scaptotrigona tubiba (Smith)

(Hymenoptera: Apidae): via de contato. Anais da Sociedade Entomológica do

Brasil, Londrina, v. 29, n. 1, p. 31-37, 2000.

NICULAU, E. D. S.; ALVES, P. B.; NOGUEIRA, P. C. D. L.; MORAES, V. R. D.

S.; MATOS, A. P.; BERNARDO, A. R.; BLANK, A. F. Insecticidal activity of

essential oils of Pelargonium graveolens l'Herit and Lippia alba (Mill) NE Brown

against Spodoptera frugiperda (JE Smith). Química Nova, São Paulo, v. 36, n.

9, p. 1391-1394, 2013.

Page 72: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

72

ONU. Organizacion De Las Naciones Unidas. Informe de la Relatora Especial

sobre el derecho a la alimentación. Nueva York: ONU/ Assemblea General,

2017. 27p.

PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. P. Bioecologia e nutrição de insetos: base para

o manejo integrado de pragas. Brasília: Embrapa soja, 2009. 1164p.

RAJENDRAN, S.; SRIRANJINI, V. Plant products as fumigants for stored-product

insect control. Journal of Stored Products Research, Oxford, v. 44, n. 2, p.

126-135, 2008.

RAO, G. P.; SINGH, M.; SINGH, P.; SINGH, S. P.; CATALAN, C.; KAPOOR, I.

P. S.; SINGH, G. Studies on chemical constituents and antifungal activity of leaf

oil of Lippia alba (Mill). Indian Journal of Chemical Technology, New Delhi, v.

7, n. 6, p. 332-335, 2000.

RESTELLO, R. M.; MENEGATT, C.; MOSSI, A. J. Efeito do óleo essencial de

Tagetes patula L. (Asteraceae) sobre Sitophilus zeamais Motschulsky

(Coleoptera, Curculionidae). Revista Brasileira de Entomologia, Curitiba, v. 53,

n. 2, p. 304-307, 2009.

SANTOS, M. D.; LIMA, R. A.; FERNANDES, C. F.; SILVA, A. G.; LIMA, D. K. S.;

TEIXEIRA, C. A. D.; FACUNDO, V. A. Atividade inseticida do óleo essencial de

Schinus terebinthifolius Raddi sobre Acanthoscelides obtectus Say e Zabrotes

subfasciatus Boheman. Revista Fitos Eletrônica, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p.

77-84, 2013.

SENATORE, F.; RIGANO, D. Essential oil of two Lippia spp. (Verbenaceae)

growing wild in Guatemala. Flavour and Fragrance Journal, Genebra, v. 16, n.

3, p. 169-171, 2001.

SILVA, W. C.; RIBEIRO, J. D.; SOUZA, H. D.; CORRÊA, R. D. S. Atividade

inseticida de Piper aduncum L. (Piperaceae) sobre Aetalion sp. (Hemiptera:

Page 73: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

73

Aetalionidae), praga de importância econômica no Amazonas. Acta Amazonica,

Manaus, v. 37, n. 2, p. 293-298, 2007.

SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia: do Produto Natural ao Medicamento. 1ed.

Porto Alegre: Artmed, 2017. 502p.

STASHENKO, E. E.; JARAMILLO, B. E.; MARTÍNEZ, J. R. Comparison of

different extraction methods for the analysis of volatile secondary metabolites of

Lippia alba (Mill.) N.E. Brown, grown in Colombia and evaluation of its in

vitroantioxidant activity. Journal of Chromatography, Barcelona, v. 30, n. 1025,

p. 93-103, 2004.

TAVARES, A. C.; GONÇALVES, M. J.; CAVALEIRO, C.; CRUZ, M. T.; LOPES,

M. C.; CANHOTO, J.; SALGUEIRO, L. R. Essential oil of Daucus carota subsp.

halophilus: composition, antifungal activity and cytotoxicity. Journal of

Ethnopharmacology, Pretoria, v. 119, n. 1, p. 129-134, 2008.

TAVARES, E. S.; JULIÃO, L. S.; LOPES, D.; BIZZO, H. R.; LAGE, C. L. S.;

LEITÃO, S. G. Análise do óleo essencial de folhas de três quimiotipos de Lippia

alba (Mill.) N. E Br. (Verbenaceae) cultivados em condições semelhantes.

Revista Brasileira de Farmacognosia, Curitiba, v. 15, n. 1, p. 1-5, 2005.

TONG, F.; COATS, J. R. Quantitative structure–activity relationships of

monoterpenoid binding activities to the housefly GABA receptor. Pest

management science, New York, v. 68, n. 8, p. 1122-1129, 2012.

TOSCANO, L. C.; CALADO FILHO, G. C.; CARDOSO, A. M.; MARUYAMA, W.

I.; TOMQUELSKI, G. V. Impact of insecticides on Spodoptera frugiperda

(Lepidoptera, Noctuidae) and its natural enemies on off-season maize in

Cassilândia and Chapadão do Sul, State of Mato Grosso do Sul, Brazil. Arquivos

do Instituto Biológico, São Paulo, v. 79, n. 2, p. 223-231, 2012.

TRIPATHI, A. K.; UPADHYAY, S.; BHUIAN, M.; BHATTACHARYA, P. R. A

review on prospects of essential oils as biopesticide in insect-pest management.

Page 74: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

74

Journal of Pharmacognosy and Phytotherapy, New Delhi, v. 1, n. 5, p. 52-63,

2009.

VEIGA, M. M. Agrotóxicos: eficiência econômica e injustiça socioambiental.

Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 145-152, 2007.

VENTRELLA, M. C. Produção de folhas, óleo essencial e anatomia foliar

quantitativa de Lippia alba (Mill.) N.E.Br (Verbenceae) em diferentes níveis

de sombreamento e épocas de colheita. 2000. 86f. Tese (Tese em agronomia)

- Universidade Estadual Paulista, São Paulo.

VIEGAS JÚNIOR, C. Terpenos com atividade inseticida: uma alternativa para o

controle químico de insetos. Química Nova, São Paulo, p. 390-400, 2003.

VITTI, A. M. S.; BRITO, J. O. Óleo essencial de eucalipto. Documentos

florestais n 17. Piracicaba: Esalq/USP, 2003. 35p.

ZOGHBI, M. G. B.; ANDRADE, E. H. A.; SANTOS, A. S.; SILVA, M. H. L.; MAIA,

J. G. S. Essential oil of Lippia alba (Mill.) N.E.Br. grown wild in Brazilian Amazon.

Flavour and Fragrance Journal, Genebra, v. 13, p. 47-48, 1998.

Page 75: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

75

Artigo II

Atividade antialimentar e inibidora de oviposição de Spodoptera frugiperda

(Lepidoptera: Noctuidae) frente ao óleo essencial de folhas de Lippia alba

e Ocimum gratissimum

Nayara Zielasko Trombini Garcia

Resumo

O uso de extratos e óleos essenciais de plantas pode ser uma opção

adicional ao manejo de pragas, como a lagarta do cartucho do milho, Spodoptera

frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera-Noctuidae), uma praga chave para a

cultura do milho; pois o uso de inseticidas químicos sintéticos é nem sempre é

efetivo e acarreta impactos ao ambiente e a saúde humana, além de selecionar

populações de insetos resistentes. Assim este trabalho objetivou avaliar as

mudanças comportamentais de larvas e adultos de S. frugiperda frente ao óleo

essencial de Lippia alba (Mill.) e Ocimum gratissimum L, por bioensaios de

Fagoinibição sem e com chance de escolha e de Inibição de Oviposição. Os

óleos essenciais de L. alba e O. grantisimium, foram obtidos de folhas frescas,

de exemplares cultivados na horta da Universidade, trituradas e submetidas a

extração por hidrodestilação. A sua composição química foi determinada por

Cromatografia Gasosa e Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de

Massa (CG e CG-MS). No teste de fagoinibição sem chance de escolha, o óleo

de L. alba apresentou de boa à muito boa fagoinibição e o óleo de O.

gratissimum, de média à muito boa. No teste de fagoinibição com chance de

escolha, ambos os óleos apresentaram muito boa fagoinibição. No bioensaio de

Inibição de Oviposição, o óleo essencial de L. alba a cada 1 µL.cm-2 reduz 3,75

cm2 da área da oviposição e o óleo de O. gratissimum, a cada 1µL.cm-2, reduz

14,08 cm2 da área da oviposição. Os resultados obtidos indicaram que os óleos

essenciais, ricos nos isômeros Geranial (40,21%) e Neral (28,53%) (L. alba) e

eugenol (68,90%) (O. gratissimum), de ambas as espécies testadas alteraram o

comportamento alimentar e de oviposição da S. frugiperda, demonstrando

potencial para utilização no manejo desta praga.

Palavras-chave: Agricultura Sustentável, Manejo de pragas, Inseticida

Botânico, Plantas inseticida,Terpenos, Deterrência alimentar e de postura.

Page 76: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

76

Behavioral changes and adults of Spodoptera frugiperda larvae

(Lepidoptera- Noctuidae) apposite the leaf essential oil Lippia alba and

Ocimum gratissimum

Abstract

The use of extracts and essential oils of plants can be an additional option

to the pest management, as the caterpillar corn Spodoptera frugiperda (Smith,

1797) (Lepidoptera - Noctuidae), a typical pest of maize; since the use of

synthetic chemical insecticides It is not always effective and results in impacts to

the environment and the human health, as well as select populations of resistant

insects. So this study aimed to evaluate the behavioral changes of larvae and

adults of S. frugiperda front of of the essential oil of Lippia alba (Mill.) and Ocimum

gratissimum L. per fagoinhibition bioasseys with and without chance of choice

and oviposition inhibition. The essential oils of L. alba and O. grantisimium, were

obtained from fresh leaves of cultivated specimens in the garden of the

University, crushed and submitted to extraction by hydrodistillation and its

chemical composition was determined by Gaseous Chromatography connected

the Spectrometry of Masses (GC and GC-MS). In the test of fagoinhibition without

chance of choice, the oil of L. alba presented good to very good fagoinhibition

and the oil of O. gratissimum, average to very good. In the test of fagoinhibition

with chance of choice, both oils presented very good fagoinhibition. In the

oviposition inhibition bioessey, the essential oil of L. alba, each 1 µL.cm-2 reduces

3,75 cm2 of the oviposition area and the oil of O. gratissimum, to each 1µL.cm-2,

14,08 cm2 of the oviposition area. The results showed that the essential oils rich

in Geranial isomers (40.21%) and Neral (28.53%) (L. alba) and eugenol (68.90%)

(O. gratissimum) of both species tested altered the feeding and oviposition

behavior of S. frugiperda cells, demonstrating potential for use in the

management of this pest.

Keywords: Sustainable Agriculture, Pest Management, Botanical Insecticide,

Plants insecticide, Terpenes, Feed and Posture Deterrence.

Introdução

A lagarta do cartucho do milho Spodoptera frugiperda (J.E Smith, 1797)

(Lepidoptera: Noctuidae) é classificada como praga primária da cultura do milho,

causando perdas significativas na produtividade (SENNA et al., 2003; TAVARES

Page 77: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

77

et al., 2010; RIFFEL et al., 2012; PANIZZI, 2013). As larvas de S. frugiperda,

iniciam a sua alimentação nos tecidos da planta já nos primeiros instares,

acarretando danos ao desenvolvimento vegetativo (BUSATO et al., 2004;

BARROS et al., 2010; BLESSING et al., 2010).

O controle S. frugiperda é realizado de forma convencional com produtos

químicos sintéticos (BUGHIO e WILKINS, 2004; BOYER et al., 2012); porém, o

manejo inadequado e o uso indiscriminado de organofosforados, piretroides e

carbanatos (proibido no Brasil) tem colaborado com a seleção de populações

resistentes destes insetos (BOYER, et al., 2012), além de aumentar a toxicidade

residual, seja nos alimentos como no agroecossistema (RAO et al., 2003;

RATTAN, 2010; SILVA-FILHO et al., 2014).

Diante desta problemática, surgiu um crescente interesse por substâncias

químicas de origem vegetal (AGUIAR et al., 2014; ISMAN e GRIENEISEN,

2014). Estas substâncias já fazem parte de formulações comerciais de

inseticidas, por serem seletivos, de baixa toxicidade a vertebrados e eficientes

no controle de praga (JINDAL et al., 2013; FOUAD et al., 2014). Sua rápida

degradação diminui seus resíduos, assim, mitigando os impactos ao ambiente e

a saúde humana (MATOS-NETO et al., 2002; CLOYD, 2004; BAKKALI et al.,

2008; REGNAULT-ROGER et al., 2012).

Produtos químicos de origem vegetal, como os óleos essenciais, podem

contribuir para o controle de insetos-praga, corroborando com o Manejo

Integrado de Pragas (MIP) e a agricultura familiar e orgânica (TEIXEIRA et al.,

2013).

Os óleos essenciais são uma mistura de substâncias voláteis, lipofílicas,

odoríferas e líquidas. São compostos de hidrocarbonetos terpênicos, alcoóis

simples e terpenos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, óxidos, peróxidos,

furanos, ácidos orgânicos, lactonas e compostos contendo enxofre. Dentre

estes, os terpenóides são formados pela fusão de unidades isoprênicas, os quais

formam hemiterpenos, monoterpenos, sesquiterpenos, diterpenos, triterpenos e

tetraterpenos (CASTRO et al., 2006; BRIELMANN et al. 2006; TAIZ e ZEIGER,

2013; SIMÕES, 2017).

Os terpenos são considerados os compostos majoritários dos óleos

essenciais e a atividade inseticida desta mistura está relacionada a estas

moléculas. Eles podem afetar os processos bioquímicos, fisiológicos e

Page 78: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

78

comportamentais nos insetos e deste modo, ser prospectados como inseticidas

naturais (ISMAN, 2000; PRATES e SANTOS, 2002).

As características químicas e físicas dos óleos fornecem propriedades

que colaboram para um produto eficiente e de baixo impacto, tais como: (1)

complexa mistura de substâncias, dificultando a seleção de indivíduos

resistentes, (2) volatilização, permitindo baixo traço residual do produto, (3)

biodegradável e, (4) baixa toxicidade a vertebrados (KIM et al., 2003; MENEZES,

2005). A maioria dos estudos utilizando substâncias de origem vegetal é voltada

a alterações nos efeitos fisiológico do inseto em detrimento das alterações

comportamentais (GUEDES et al., 2009).

O mecanismo comportamental é o conjunto de ações que o inseto exerce

em resposta às pressões seletivas exercidas por um determinado composto

químico, aumentando a capacidade de minimizar os efeitos letais do inseticida

(LOCKWOOD et al., 1984; HOY et al., 1998). De forma geral, ocorre alterações

comportamentais no que se referem à mobilidade, orientação, alimentação,

oviposição e aprendizagem (GUEDES, 1990; DESNEUSX et al., 2007).

HAYNES (1988) realizou uma revisão sobre o efeito subletal de

inseticidas convencionais de ação neurotóxica (organofosforados, carbamatos e

piretróides) e verificou que os insetos tiveram sua fertilidade e fecundidade

afetadas. Embora os estudos sobre os efeitos subletais ainda serem restritos, a

literatura mostra que os resultados são relevantes para o MIP e para a

diminuição de populações resistentes (ÁVILA e NAKANO, 1999; LYRA et al.,

1998; PERVEEN, 2000; STORCH et al., 2002; PATISSOLI et al., 2004; SÁENZ-

DE-CABEZÓN et al., 2006; BATISTA NETO et al., 2011).

Diante da necessidade de controle dos insetos-praga e a mitigação dos

impactos causados pelos produtos químicos sintéticos, objetivou-se avaliar o

potencial anti alimentar e de deterrência de oviposição do óleo essêncial de L.

alba e O. gratissimum sobre S. frugiperda.

Material e Métodos

Obtenção do óleo essencial

As folhas de L. alba e O. gratissimum foram coletadas entre 7 e 8 h da

manhã, ao longo do ano de 2016 e 2017, na horta de plantas medicinais e

aromáticas, Universidade Anhanguera-Uniderp, Campus Agrárias, Campo

Page 79: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

79

Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil (20º26’20.64’’S; 54º32’26.78’’O). As plantas

estavam em estágio de desenvolvimento reprodutivo.

A extração do óleo essencial foi realizada com as folhas frescas de L. alba

e O. gratissimum, através de procedimento de CONTE et al. (2002), que consiste

em processar as folhas com água por turbolise e a extração por hidrodestilação

em aparelho tipo Cleverger por duas horas.

Determinação da composição química dos óleos essenciais

A caracterização química dos compostos encontrados no óleo essencial

de de L. alba e O. gratissimum foi realizada através de cromatografia gasosa

acoplado a espectrometria e já descrito por GARCIA (2018).

Criação de Spodoptera frugiperda

A fase larval da criação foi mantida em dieta artificial padrão a base de

gérmen de trigo, levedo de cerveja e feijão, em tubos de vidro (2,5 × 8,5 cm), em

sala climatizada, com temperatura de 27 ± 2 ºC, umidade relativa de 70 ± 5% e

fotoperiodo de 12h (PANIZZI e PARRA, 2009).

Após o período de pupação, os insetos foram sexados e oito casais foram

colocados em gaiolas de tubo PVC com 10 cm de diâmetro, revestidas

internamente com folhas de papel sulfite, que serviu como substrato para as

mariposas realizarem a postura.

Com a emergência dos adultos, estes foram alimentados com solução de

mel a 10%. Diariamente, os ovos foram retirados e acondicionados em placas

de Petri (90mm) e mantidos em sala climatizada, nas mesmas condições

descritas anteriormente. Com a eclosão das larvas, ocorre a inoculação das

mesmas em dieta artificial, dando início a um novo ciclo. As larvas utilizadas nos

bioensaios estavam no 3° instar de desenvolvimento e com peso médio de 9,1

mg.

Bioensaios

Fagoinibição sem chance de escolha

Este bioensaio foi realizado conforme método descrito por ESCOUBAS et

al. (1993) com adaptações propostas por FAVERO et al. (2002).

Page 80: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

80

O experimento consistiu em tratar discos de folhas milho de 2 cm2 de

áreas com diferentes concentrações de óleo essencial. Com o auxílio de uma

micropipeta, os discos foram tratados com 7 µL das soluções. Os óleos

essenciais foram diluídos em acetona, obtendo-se os tratamentos de 0,35; 0,7;

1,0; 1,4; e, 1,75 µL.cm-2. Como tratamento controle, os discos foram tratados

somente com o solvente (acetona).

As folhas foram acondicionadas individualmente em placa de Petri de

60mm de diâmetro e forrada com papel filtro umedecido. Em cada placa foi

liberada uma lagarta de 3º instar, 20 repetições para cada tratamento. Após duas

horas da liberação, as larvas de S. frugiperda foram retiradas.

Ao término do período de duas horas, os discos foram digitalizados com

auxílio de um scanner de mesa e por meio do programa Quant, foi calculada a

área do disco consumida. Foi utilizado o método proposta por KOUL (2005)

ajustado, que classificou a inibição alimentar por meio da formula:

𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑔𝑜𝑖𝑛𝑖𝑏𝑖çã𝑜 =(𝐶 − 𝑇)

(C + T)𝑥 100

Onde, C é o consumo do disco controle e T, consumo do disco tratado.

Fagoinibição com chance de escolha

Este bioensaio foi realizado conforme método descrito por ESCOUBAS et

al. (1993) com adaptações propostas por FAVERO et al. (2002).

O experimento foi realizado em placas de Petri de 90 mm contendo dois

discos de folhas de milho com 2 cm2 de área, sendo um disco tratado e outro

controle, assim dando a opção de escolha para o inseto. O disco tratado recebeu

a aplicação de 7 µL da solução com o auxílio de micropipeta, obtendo-se os

tratamentos de 0,35; 0,7; 1,0; 1,4; e, 1,75 µL.cm-2, sendo a acetona o solvente

utilizao para os óleos essenciais. No tratamento controle, os discos foram

tratados somente com a acetona.

Em cada placa, forrada com papel filtro umedecido, os discos de folhas

de milho foram colocados equidistantes de um ponto central, onde foi liberada

uma lagarta de 3º ínstar.

Os demais procedimentos foram semelhantes aos descritos para o teste

sem chance de escolha.

Page 81: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

81

Inibição de Oviposição

Foi utilizado gaiolas de PVC com 10 cm de diâmetro e 15 cm de altura,

revestidas internamente com papel sulfite para oviposição das mariposas.

Metade da gaiola foi tratada com as concentrações de 0,086; 0,12; 0,17; 0,23; e,

0,32 µL.cm-2 para a L. alba e, 0,0093; 0,012; 0,017; 0,024; e, 0,034 µL.cm-2 para

O. gratissimum; estas concentrações foram determinadas em bioensaios

anteriores. A outra metade da gaiola foi tratada com acetona, que foi o solvente

utilizado para fazer as diluições.

Os papéis sulfites foram para pulverização e colocados para a evaporação

do solvente em temperatura ambiente e depois anexados às gaiolas, sendo cinco

gaiolas por tratamento e cada uma com dois casais de mariposas, alimentados

com uma solução de mel a 10%.

A avaliação foi realizada com 72 horas após a montagem do bioensaio,

onde os papéis com os ovos foram congelados e depois digitalizadas com auxílio

de scanner de mesa e por meio do programa Quant, calculada a área de postura

de cada tratamento. Os dados foram tabulados e analisados por regressão.

Resultados e Discussão

Com base na composição química das duas amostras do óleo essencial

obtidos das folhas frescas registrados por GARCIA (2018).

Os constituintes majoritários dessas amostras são os monoterpenos

Geranial (40,21%) e Neral (28,53%) e fenilpropanoide Eugenol (68,90%),

respetivamente para L. alba e O. gratissimum. Os resultados estão de acordo

com valores descritos na literatura por SOUSA et al. (2004) e OLIVEIRA et al.

(2016); porém o perfil químico da espécie pode ser muito variado.

A complexidade de substâncias que o compõe os óleos essenciais

contribuiem para a diminuição da seleção de indivíduos resistentes. Pragas

resistentes são um dos maiores problemas advindos da utilização indiscriminada

dos inseticidas sintéticos, com a adaptação do inseto podendo ocorrer pela

modificação metabólica, tegumentar ou comportamental (FERRARI, 1996).

A diversidade dos compostos químicos dos óleos essênciais nas plantas

está correlacionada a espécie vegetal e aos fatores bióticos e abióticos do

ambiente onde o espécime está inserida (MORAIS, 2009), podendo variar. De

acordo com DUDAVERA et al. (2004) e MATOS (2000), as condições

Page 82: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

82

edafoclimáticas e a hora da coleta (quantidade de luminosidade), interferem na

composição química do óleo essencial e a espécie O. gratissimum é mais

susceptível aos fatores ambientais, que alteram a composição do mesmo. Desta

maneira, no início do dia e no crepúsculo, a planta produz mais 1,8 cineol e no

momento que os raios solares estão mais intensos, uma maior quantidade de

eugenol.

Já o óleo essencial de L. alba não sofre modificações em seus

componentes majoritários pelas condições edafoclimáticas. Nesta espécie o

genótipo é determinante, pois, plantas de genótipos diferentes cultivadas lado a

lado em um mesmo canteiro mantiveram seu perfil químico (TAVARES et al.,

2005). Estudos realizados por SILVA et al. (2007) e NICULAU et al. (2013)

corroboram com esta afirmativa.

HENNEBELLE et al. (2008) propôs uma classificação para os quimiotipos

de L. alba, que tem como fator determinante os componentes majoritários. De

acordo com esta classificação, o óleo utilizado neste trabalho enquadra-se no

quimiotipo 1, onde o composto majoritário é formado por dois isômeros de

posição geranial e neral, mistura conhecida como citral.

Esta diversidade de compostos, de diferentes polaridades, é importante,

pois segundo VIEIRA et al. (2014), moléculas anfipáticas, com caráter lipofílico

da sua cadeia de hidrocarbonetos e carácter hidrófilo dos seus grupos

funcionais, são de grande importância na bioatividade dos componentes dos

óleos essenciais. A cadeia de hidrocarbonetos tem maior facilidade para passar

pela bicamada lipídica da parede celular e pelas áreas quitinizadas do

exoesqueleto do inseto e seus grupos funcionais permitem uma maior

mobilidade no meio intracelular, por ter um caráter mais polar.

A ação destes grupos químicos vem sendo discutida, investigada e

relacionanda com a estrutura das moléculas, alguns autores indicam,

especificamente a relação da estrutura atividade dos isômeros Geranial e Neral

e do Eugenol (GARCIA, 20018).

De acordo com GARCIA (2018) os aldeídos (Geranial e Neral) em relação

ao Eugenol, são mais hidrofóbicos o que facilta a penetração na biocamada

lipídica e possuem maior efeito residual, por serem poucos solúveis na

eliminação, por sua vez o Eugenol, maior polaridades, relacionadas aos grupos

fenol e éter possuem maior efeito agudo. Com isto, ao analisar a resposta destes

Page 83: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

83

dois óleos com base em seus constituintes majoritários é possível inferir que o

eugenol por apresentar um número de ligações π superiores aos outros dois

isômeros (Geranial e Neral) e em ressonância com os dois grupos doadores de

elétrons (nucleofilicos) tem uma passagem mais lenta pela biocamada lípdica,

porém no meio intracelular tem maior ação nos receptores do inseto, pelas

ligações de hidrogênio, dipolo-dipolo e interações hidrofóbicas, logo maior efeito

agudo. Por outro lado, os monoterpenos geranial e neral possuem maior efeito

crônico, por sua lipofilicidade.

De acordo com KIM et al. (2003), para entender a ação dos óleos

essências a relação entre a estrutura química e atividade biológica é de suma

importância; quanto maior a lipofilicidade, maior a penetração no tegumento do

inseto.

Segundo RAJENDRAN e SRIRANJINI (2000) e ISMAN (2006), os óleos

essenciais podem ser absorvidos via tegumento, sistema respiratório e/ou

sistema digestivo, podendo causar morte do indivíduo, deformações em todos

os estádios de desenvolvimento, repelência, deterrência alimentar e/ou

diminuição na oviposição.

Nos bioensaios de Fagoinibição, o óleo essência de L. alba e O.

gratissimum apresentaram potencial para inibir a alimentação de larvas de S.

frugiperda do 3º instar em folhas de milho (Tabela 1 e 2).

No bioensaio de Fagoinibição sem chance de escolha (Tabela 2), o óleo

de L. alba demonstrou ter maior potencial fagoinibidor, em relação a O.

gratissimum. Na concentração de 1,75 µL.cm-2, o óleo de L. alba obteve um

Coeficiente de Deterrência de 200 para a alimentação da larva, o óleo de O.

gratissimum, 176.

Tabela 1. Coeficiente de Deterrência (CD) do óleo essência de Lippia alba e

Ocimum gratissimum sobre larvas do 3º instar de Spodoptera frugiperda no

bioensaio de Fagoinibição sem chance de escolha

Concentração (µL.cm-2) CD

Lippia alba

CD

Ocimum gratissimum

0,35 56 50

0,7 61 58

Page 84: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

84

1,0 72 61

1,4 77 63

1,75 100 88

No bioensaio de Fagoinibição com chance de escolha o óleo essencial de

O. gratissimum demonstrou ter maior potencial fagoinibidor em relação ao óleo

essencial de L. alba. Porém, na concentração de 1,0 µL.cm-2 ambos os óleos

essenciais obtiveram o índice de 200 (Tabela 2).

Tabela 2. Coeficiente de Deterrência (CD) do óleo essência de Lippia alba e

Ocimum gratissimum sobre larvas do 3º instar de Spodoptera frugiperda no

bioensaio de Fagoinibição com chance de escolha

Concentração (µL.cm-2) CD

Lippia alba

CD

Ocimum gratissimum

0,35 82 87

0,7 95 96

1,0 100 100

1,4 100 100

1,75 100 100

Nos bioensaios de fagoinibição utilizou-se como referência a escala

proposta por KOUL (2005) adaptada, que classifica o Coeficiente de Deterrência

como: (1) resultado igual a zero, a substância é classificada como atrativa aos

insetos, (2) de zero a 25, pouco deterrente, (3) 26 a 50, média deterrência, (4)

51 a 75, boa deterrência e, (5) de 76 a 100, muito boa deterrência.

No teste de fagoinibição sem chance de escolha, o Coeficiente de

Deterrência do óleo de L. alba ficou dentro da escala de boa deterrência a muito

boa deterrência, enquanto o Coeficiente de Deterrência de O. gratissimum, na

escala de média deterrência a muito boa deterrência.

No teste de fagoinibição com chance de escolha, o Coeficiente de

Deterrência de ambos os óleos essenciais ficou dentro da escala de muito boa

deterrência.

Page 85: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

85

Esta diferenciação na resposta do inseto ao ter a possibilidade, ou não,

de escolha do alimento pode ser explicada pela presença dos quimiorreceptores,

que auxiliaram para que o inseto optasse pelo disco não tratado no experimento

com chance de escolha, logo tendo um Coeficiente de Deterrência melhor ao ser

comparado com o experimento sem chance de escolha.

Os quimiorreceptores são células sensoriais responsáveis por detectar

substâncias químicas presentes no ambiente e são classificados, basicamente

de duas formas: (1) receptores de gustação: a percepção sensorial se dá após

o contato com o alimento e, (2) receptores de olfação: detectam substâncias que

estão distantes e são transportadas por propagação ou correntes convectivas

até o epitélio olfativo. Este segundo também interfere na oviposição dos insetos

(WARREN et al., 2000).

De acordo com KOUL (2005), terpenos, de diversas classes, podem atuar

como agentes inibidores na alimentação de insetos; o autor correlaciona o efeito

fagoinibidor com o níveis das aminas biogênicas, assim demonstrando a relação

entre a ingestão da substância e em seguida, o processo de fagoinibição.

Como observado neste trabalho, dependendo da concentração, a

substância pode atuar como deterrênte alimentar, onde o inseto não inicia a sua

alimentação, podendo levar à morte por inanição (MOREIRA et al., 2007).

Correlacionando os bioensaios de fagoinibição com a bioecologia e

nutrição dos insetos, considerando que ocorreu impacto negativo em sua

alimentação, PANIZZI e PARRA (2009) dizem que ocorre consequências na

performance e no seu fitness, ou seja, a sua contribuição reprodutiva para a

próxima geração será afetada.

GUEDES et al. (2000) verificaram o efeito do geranial e do citronelal nas

alterações dos parâmetros bioquímicos do inseto, como proteínas e açúcares e

constataram que os parâmetros nutricionais podem sofrer interferência em

decorrência do contato com estas substâncias.

As proteínas são fundamentais para os processos relacionados à

sobrevivência dos insetos e, alterações nos níveis de proteína podem causar

efeitos reprodutivos negativos (GUIZZO et al., 2012; ROSAS-MEJÍA et al., 2015).

De acordo com SENTHILKUMAR e VENKATESALU (2009), a redução de

proteína pode ocorrer devido a interação das substâncias dos óleos essenciais

Page 86: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

86

com os hormônios, alterando sua síntese. Já para ETEBARI et al. (2006), esta

diminuição pode ser devido ao estresse da fome.

Ao prospectar a característica fagoinibidora dos óleos essenciais,

considerando a desnutrição do inseto, é possível supor que a geração futura terá

um alto nível de deformidades na população (ROSAS-MEJÍA et al., 2015); por

consequência, as populações resistentes também serão afetadas, corroborando

para a sua diminuição.

Diversas substâncias que compõem os óleos essenciais tais como, α-

pineno, timol, linalol, citronelal, 1,8-cineol, eugenol, carvacrol e α-terpineol,

dentre outras, já tiveram sua atividade fagoinibidora comprovada para a lagarta

do tabaco, Spodoptera litura (Fabricius, 1775) (Lepidoptera: Noctuidae), S.

frugiperda e também para os coleópteros Tribolium castaneum (Herbst, 1797)

(Coleoptera: Tenebrionidae), Sitophilus zeamais (Motschulsky, 1885)

(Coleoptera: Curculionidae), Sitophilus granarium (Multon, 1988) (Coleoptera:

Curculionidae) e Sitophilus oryzae (Linnaeus, 1763) (Coleoptera: Curculionidae)

(ISMAN, 2000; KOUL et al., 2008; SOUZA et al., 2010).

Nos Bioensaios de Inibição de Oviposição observou-se que o óleo

essencial de L. alba a cada 1µL.cm-2 reduz 3,75 cm2 da área da oviposição das

mariposas de S. frugiperda, resultado inferior ao óleo de O. gratissimum, em que

cada 1µL.cm-2 reduz 14,08 cm2 da área da oviposição (Figuras 1 e 2).

Figura 1. Efeito inibidor do óleo essencial de Lippia alba sobre a oviposição de

Spodoptera frugiperda.

y = -3,7578x + 1,0195R² = 0,8707

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

2,5

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35

Tam

anh

o d

a p

ost

ura

(cm

²)

Concentração (µL.cm-2 )

Page 87: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

87

Figura 2. Efeito inibidor do óleo essencial de Ocimum gratissimum sobre a

oviposição de Spodoptera frugiperda.

MORDUE e BLACKWELL (1993) afirmam que a seleção do substrato

para oviposição de lepidópteros é realizada por meio de estímulos sensitivos,

sendo os tarsos e a probóscisde os principais locais quimiorreceptores. TORRES

et al. (2006) supõem que a diminuição na oviposição possa ocorrer em

decorrência da ação repelente dos compostos voláteis e/ou pela irritabilidade

das fêmeas em contato com as superfícies tratada.

SILVA et al. (2011) também correlacionam a deterrência de oviposição com

moléculas voláteis, que impedem que o inseto continue a ovipositar,

corroborando com os dados encontrados neste estudo, levando-se em

consideração que os óleos essenciais são substâncias voláteis (SIMÕES, 2017).

Com a diminuição da oviposição do inseto-praga, a geração seguinte terá

um número populacional menor do que o esperado. Esta característica pode

corroborar com o Manejo Integrado de Pragas (MIP), por levar em consideração

o equilíbrio do agroecossistema e só fazer a aplicação dos inseticidas se estiver

ocorrendo dano econômico a cultura atacada.

As diferentes taxas de inibição de oviposição encontrada neste estudo

podem ser explicadas por KOUL (2005), que afirma que a bioatividade dos óleos

y = -14,086x + 0,4694R² = 0,8492

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04

Tam

anh

o d

a p

ost

ura

(cm

²)

Concentração (µL.cm-2 )

Page 88: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

88

essenciais está correlacionada aos seus compostos majoritários, e estes podem

variar de uma espécie vegetal para outra. E segundo HOET et al. (2006), as

atividades biológicas dos componentes majoritários podem ser moduladas, de

forma sinérgica ou antagônica, por substâncias de menor proporção que

compõem a amostra.

No campo, a preferência para oviposição está relacionada com as

características do substrato; assim, os insetos tendem a fazer a oviposição em

locais que garantam o sucesso e a sobrevivência da espécie (GRIPENBERG et

al., 2010).

SHARMA et al. (2009) relatam que inibidores de proteinase,

oligossacárideos, taninos, ácido fítico e fenóis presentes em plantas de feijão

guandu, influenciaram na oviposição de lepidópteros.

Com base nestas informações e analisando as estruturas moleculares dos

compostos majoritários do óleo essêncial de L. alba (geranial e neral) e O.

gratissimum (eugenol), é possível inferir que os grupo hidroxilas (fenol) e

metoxila (éter) por suas características nucleofilicas, doadores de elétrons,

possuem maior potencial de inibição de oviposição em relação ao geranial e

neral.

Além disso, os fenóis são ácidos orgânicos fracos, facilmente

desprotonados em meio alcalino, o que leva à formação do ânion fenolato o que

aumenta a velocidade de reação deste ânion, podendo também influenciar

positivamente no potencial inibidor nutricional, uma vez que o mesentero tem o

pH alcalino, e consequentemente maior ação do eugenol. Outro ponto a ser

considerado refere-se ao ânion, fenolato atuar nos sítios ligação

octopaminérgico.

De acordo com COITINHO et al. (2011) o modo de ação dos óleos

essenciais nos insetos está correlacionado a sua ação no neuromodulador

octopamina, presente somente em invertebrados. A octopamina nos insetos é

análoga a noroadrenalina nos vertebrados, e age como neurohormônio,

neuromodulador e neurotransmissor. Sua função está ligada ao metabolismo do

inseto, regulação dos batimentos cardíacos, movimento e comportamente

(ROEDER, 1999). Portanto podendo alterar todas estas funções.

Ao prospectar a utilização dos óleos essenciais como inseticidas, sua

eficácia aliada as suas características físicas e químicas, corroboram para um

Page 89: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

89

produto de baixo traço residual no ambiente e nos alimentos, biodegradável e de

baixa toxicidade a vertebrados, sendo um produto com potencial a ser explorado.

Conclusões

Nos experimentos realizados observa que o comportamento dos insetos

é alterado em decorrência do contato com o óleo essencial, seja em sua

alimentação ou comportamento de reprodução. Onde os óleos essenciais de L.

alba e O. gratissimum alteram o comportamento de S. frugiperda, indicando

potencial fagoinibidor e de deterrência alimentar para larvas do 3º instar e

diminuição da postura das mariposas.

Agradecimentos

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES) - Código de

Financiamento 001 e, da Universidade Anhanguera-Uniderp, através do

pagamento de bolsa de estudo, pelas bolsas de produtividade em pesquisa do

CNPq. Ao CNPq, INAU, CPP, FUNDECT e FUNADESP, pelo apoio financeiro e

também à Universidade Anhanguera-Uniderp, pelo financiamento do Grupo de

Pesquisa em Produtos Naturais (PPN).

Referências Bibliográficas

ADAMS, R. P. 2007. Identification of Essential Oils Components by Gás

Chromatography/ Quadrupole Mass Spectroscopy. Carol Stream: Allured

Publishing Corporation, 2007. 804p.

AGUIAR, R. W. S.; OOTANI, M. A.; ASCENCIO, S. D.; FERREIRA, T. P. S.;

SANTOS, M. M.; SANTOS, G. R. D. Fumigant Antifungal Activity of Corymbia

citriodora and Cymbopogon nardus Essential Oils and Citronellal against Three

Fungal Species. Scientific World Journal, Londres, p. 1–8, 2014.

ÁVILA, C. J.; NAKANO, O. Efeito do regulador de crescimento lufenurom na

reprodução de Diabrotica speciosa (Germar) (Coleoptera: Chrysomelidae).

Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Jaboticabal, v.28, n.2, p.293-

299, 1999.

Page 90: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

90

BAKKALI, F.; AVERBECK, S.; AVERBECK, D.; IDAOMAR, M. Biological effects

of essential oils – a review. Food and Chemical Toxicology, Catalunha, v. 46,

p. 446–475. 2008.

BATISTA NETO, O. A.; SILVA, M. B.; GARCIA, M. S.; SILVA, A. Efeito de

inseticidas reguladores de crescimento sobre ovos, lagartas e adultos de

Grapholita molesta (BUSCK) (LEP.: Tortricidae). Revista Brasileira de

Fruticultura, Jaboticabal, v.33, p.420-428, 2011.

BARROS, E. M.; TORRES, J. B.; BUENO, A. F. Oviposition, development, and

reproduction of Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) fed

on different hosts of economic importance. Neotropical Entomology, Brasilia,

v. 39, 996-1001, 2010.

BRIELMANN, H. L.; SETZER, W. N.; KAUFMAN, P. B.; KIRAKOSYAN, A.

Phytochemicals: The chemical components of plants. Natural products from

Plants. 2ed. London: Taylor & Francis Group. 2006. p. 10-19.

BLESSING, L. D.; COLON, O. A.; POPICH, S.; NESKE, A.; BARDON, A.

Antifeedant and toxic effects of acetogenins from Annona montana on

Spodoptera frugiperda. Journal of Pest Science, Insbruque, v. 83, p. 307-310.

2010.

BOYER, S.; ZHANG, H.; LEMPÉRIÈRE, G. A review of control methods and

resistance mechanisms in stored-product insects. Bulletin of Entomological

Research, Cambridge, v. 102, p. 213-229, 2012.

BUGHIO, F.M.; WILKINS, R. Influence of Malathion resistance status on survival

and growth of Tribolium castaneum (Coleoptera: Tenebrionidae), when fed on

flour from insect-resistant and susceptible grain rice cultivars. Journal of Stored

Products Research, Manhattan, v. 40, p. 65-75, 2004.

Page 91: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

91

BUSATO, G. R.; GURTZMACHER, A. D.; GARCIA, M. S.; GIOLO, F. P.;

NORNBERG, S. D. Consumption and utilization of food by Spodoptera frugiperda

(J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) at two different temperatures.

Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 28, p. 1278-1283, 2004.

CASTRO, D. P.; CARDOSO, M. G.; MORAES, J. C.; SANTOS, N. M.; BALIZA,

D. P. Não preferência de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) por

óleos essenciais de Achillea millefolium L. e Thymus vulgaris L. Revista

Brasileira de Plantas Medicinais, Paulínia, v. 8, n. 4, p. 27-32, 2006.

COITINHO, R. L. B. C.; OLIVEIRA, J. V.; GONDIM JUNIOR, M. G. C.; CAMARA,

C. A. G. Toxicidade por fumigação, contato e ingestão de óleos essenciais para

Sitophilus zeamais Motschulsky, 1885 (Coleoptera: Curculionidae). Ciência e

agrotecnologia, v.35, n.1, p.172-178, 2011.

CONTE, C. O.; LAURA, V. A.; BATTISTELLI, J. Z.; CESCONETTO, A. O.;

SOLON, S.; FAVERO, S. Rendimento de óleo essencial de alfavaca por arraste

a vapor em Clevenger, em diferentes formas de processamento das folhas.

Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, Suplemento- CD-ROM, 2002.

CLOYD, R. A. Natural indeed: are natural insecticides safer and better than

conventional insecticides? Pesticide Review, Chicago, v.17, p. 1-7. 2004.

DESNEUX, N.; DECOURTYE, A.; DELPUECH, J. M. The sublethal effects of

pesticides on beneficial arthropods. Annual Review Entomology, Palo Alto, v.

52, p. 81–206. 2007.

DUBEY, N. K., SHUKLA, R.; KUMAR, A.; SING, P.; PRAKASH, B. Prospects of

botanical pesticide in sustainable agriculture. Current Science, Bengaluru, v.

98, n. 4, p. 479-480, 2010.

DUDAREVA, N.; PICHERSKY, E.; GERSHENZON, J. Biochemistry of plant

volatiles. Plant physiology, Glasgow, v. 135, n. 4, p. 1893-1902, 2004.

Page 92: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

92

ESCOUBAS, P.; LAJIDE, L.; MIZUTANI, J. An improved leaf-disk antifeedant

bioassay and its application for the screening of Hokkaido plants. Entomologia

Experimentalis et Applicata, v. 66, n. 1, p. 99-107, 1993.

ENAN, E. Insecticidal activity of essential oils: octopaminergic sites of action.

Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Toxicology &

Pharmacology, Miami, v. 130, n. 3, p. 325-337, 2001.

ETEBARI, K.; BIZHANNIA, A. R.; SORATI, R; MATINDOOST, L. Biochemical

changes in haemolmph of silkworm larvae due to pyriproyphen residue.

Pesticide Biochemistry and Physiology, n. 88, v.1, p.14-19, 2006.

FAVERO, S.; CONTE, C. O.; BAPTISTA, A. P. Atividade anti-alimentar de óleos

essenciais de plantas aromáticas sobre Spodoptera frugiperda (Lepidoptera:

Noctuidae). Horticultura Brasileira, Vitória da Conquista, v. 20, n. 2. supl. 2.

2002.

FERRARI, J. A. Population genetics in vector biology. In: MARQUARDT, W. C.;

BEATY, B. J. The Biology of Disease Vectors. Colorado: Niwot, 1996. p. 512-

525.

FOUAD, H. A.; FARONI, L. R. D.; TAVARES, W. S.; RIBEIRO, R.; FREITAS, S.

S.; ZANUNCIO, J. C. Botanical extracts of plants from the Brazilian Cerrado for

the integrated management of Sitotroga cerealella (Lepidoptera: Gelechiidae) in

stored grain. Journal of Stored Products Research, Manhattan, v. 57, p. 6–11.

2014.

GARCIA, N. Z. T. A utilização de óleos essenciais da erva cidreira brasileira

(Lippia alba M.) e alfavaca (Ocimum gratissimum L.) sobre a lagarta-do-

cartucho (Spodoptera frugiperda (J. E. Smith). 2018. 64f. Tese (Doutorado em

Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional) - Universidade Anhanguera-

UNIDERP, Campo Grande.

Page 93: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

93

GRIPENBERG, S.; MAYHEW, P. J.; PARNELL, M.; ROSLIN, T. A meta‐analysis

of preference–performance relationships in phytophagous insects. Ecology

Letters, v. 13, n. 3, p. 383-393, 2010.

GUEDES, A, C.; WANDERLEY-TEIXEIRA, V.; DOS SANTOS CRUZ, G.; DE

ANDRADE DUTRA, K.; LAPA NETO, J. C.; TEIXEIRA, A. C.; DE OLIVEIRA, J.

Effects of geraniol and citronellal compounds on biochemical and reproductive

parameters of Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). Journal of Crop

Protection, Astralian, v. 7, n. 3, p. 293-302, 2000.

GUEDES, N. M. P.; GUEDES, R. N.C.; FERREIRA, G. H.; SILVA, L. B. Flight

take-off and walking behavior of insecticide-susceptible and resistant strains of

Sitophilus zeamais exposed to deltamethrin. Bulletin of Entomological

Research, Cambridge, v. 99, p. 393-400. 2009.

GUEDES, R. N. C. Resistência a inseticidas: desafio para o controle de pragas

de grãos armazenados. Seiva, Viçosa, v. 50, p. 24-29, 1990.

GUIZZO, M. G.; ABREU, L.; MASUDA, A.; LOGULLO, C.; JUNIOR, I. S. V.

Metabolism of biomolecules in the embryogenesis of the tick rhipicephalus

(boophilus) microplus. Acta Scientiae Veterinariae, Porto Alegre, v. 40, n.1,

p.1010-1022, 2012.

HAYNES, K. F. Sublethal effects of neurotoxic insecticides on insect

behavior. Annual Review of Entomology, Palo Alto, v. 33, n. 1, p. 149-168,

1988.

HENNEBELLE, T.; SAHPAZ, S.; JOSEPH, H.; BAILLEUL, F.

Ethnopharmacology of Lippia alba. Journal of ethnopharmacology, v. 116, p.

211-222, 2008.

HOET, S.; STEVIGNY, C.; HERENT, M. F.; QUETIN-LECLERCQ, J.

Antitrypanosomal compounds from leaf essential oil of Strychnos spinosa. Planta

Medica, Betesda, v. 72, n. 5, p.480-482, 2006.

Page 94: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

94

HOY, C. W.; HEAD, G. P.; HALL, F. R. Spatial heterogeneity and insect

adaptation to toxins. Annual Review of Entomology, Palo Alto, v. 33, p.149-

168, 1988.

ISMAN, M. B. Plant essential oils for pest and disease management. Crop

protection, v. 19, n.8, p.603-608, 2000.

ISMAN, M. B. Botanical insecticides, deterrents, and repellents in modern

agriculture and an increasingly regulated world. Annual Review Entomology,

Palo Alto, v. 51, p. 45-66, 2006.

JINDAL, V.; DHALIWAL, G. S.; KOUL, O. Pest management in 21st century:

roadmap for future. Biopesticides International, Jalandhar, v. 9, p. 1–22. 2013.

KIM, S. I.; ROH, J. Y.; KIM, D. H.; LEE, H. S.; AHN, Y. J. Insecticidal activities of

aromatic plant extracts and essential oils against Sitophilus oryzae and

Callosobruchus chinensis. Journal of Stored Products Research, Manhattan,

v. 39, n. 3, p. 293-303, 2003.

KIM, E.H.; KIM, H.K.; CHOI, D.H.; AHN, Y.J. A caricidal activity of clove bud oil

compounds against Tyrophagus putrescentiae (Acari:Acaridae). Applied

Entomology and Zoology, Japão, v. 38, n. 2, p. 261-266, 2003.

KOUL, O. Insect Antifeedants. Florida: CRC Press, 2005. 989p.

KOUL, O. Phytochemicals and insect control: An antifeedant approach. Critical

Reviews in Plant Sciences, Florida v. 27, n. 1, p. 1-24, 2008.

LOCKWOOD, J. A.; SPARKS, T. C.; STORY, R. N. Evolution of insect resistance

to insecticides: a reevaluation of the roles of physiology and behavior. Bulletin

of the Entomological Society of America, Annapolis, v. 30, p. 41-51. 1984.

LYRA, J. R. M.; FERRAZ, J. M. G.; SILVA, A. P. P. Action of chitin synthesis

inhibitors on reproduction of Spodoptera littoralis (Boisd.) (Lepidoptera:

Page 95: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

95

Noctuidae). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Jaboticabal, v.27,

n.4, p.569-576, 1998.

MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais: guia de seleção e emprego de plantas

usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2ed. Fortaleza: Imprensa

Universitária, 2000. 346p.

MATTOS, F.C.; I. CRUZ, J.C. ZANUNCIO; C.H.O. SILVA & M.C. PICANÇO.

Parasitism by Campoletis flavicincta on Spodoptera frugiperda in corn. Pesquisa

Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 39, p. 1077- 1081, 2004.

MATTOS, S. H.; INNECCO, R.; MARCO, C. A.; ARAÚJO, A. V. Plantas

medicinais e aromáticas cultivadas no Ceará: tecnologia de produção e

óleos essenciais. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2007. 108p.

MENEZES, E. L. A. Inseticidas botânicos: seus princípios ativos, modo de

ação e uso agrícola. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2005. 58p. (Embrapa

Agrobiologia. Documentos, 205).

MORAIS, L.A.S. Influência dos fatores abióticos na composição química dos

óleos essenciais. Horticultura Brasileira, Brasília, v.27, n.2, p. 4050-4063,

2009.

MORDUE, A. J.; BLACKWELL, A. Azadirachtin: an update. Journal of insect

physiology, v. 39, n. 11,1993, p. 903-924.

MOREIRA, M. D.; PICANÇO, M. C.; BARBOSA, L. C. D. A.; GUEDES, R. N. C.;

CAMPOS, M. R. D.; SILVA, G. A.; Martins, J. C. Plant compounds insecticide

activity against Coleoptera pests of stored products. Pesquisa Agropecuária

Brasileira, Brasília, v. 42, n. 7, p. 909-915, 2007.

NICULAU, E. D. S.; ALVES, P. B.; NOGUEIRA, P. C. D. L.; MORAES, V. R. D.

S.; MATOS, A. P.; BERNARDO, A. R.; BLANK, A. F. Insecticidal activity of

essential oils of Pelargonium graveolens l'Herit and Lippia alba (Mill) NE Brown

Page 96: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

96

against Spodoptera frugiperda (JE Smith). Química Nova, São Paulo, v. 36, n.

9, p. 1391-1394, 2013.

OLIVEIRA, L. B. S.; BATISTA, A. H. M.; FERNANDES, F. C.; SALES, G. W. P.;

NOGUEIRA, N. A. P. Atividade antifúngica e possível mecanismo de ação do

óleo essencial de folhas de Ocimum gratissimum (Linn.) sobre espécies de

Candida. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 18, n. 2, p.

511-523, 2016.

PANIZZI, A.R. History and contemporary perspectives of the integrated pest

management of soybean in Brazil. Neotropical Entomology, Brasília, v. 42, p.

119-127, 2013.

PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. P. Bioecologia e nutrição de insetos: base para

o manejo integrado de pragas. Brasília: Embrapa soja, 2009. 1164p.

PATISSOLI, D.; THULER, T. R.; PEREIRA, F. F.; REIS, F. E.; FERREIRA, T. A.

Ação transovariana de lufenuron (50 G/L) sobre adultos de Spodoptera

frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) e seu efeito sobre o parasitóide

de ovos Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae).

Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.28, n.1, p.9-14, 2004.

PERVEEN, F. Sublethal effects of chlorfluazuron on reprodutivity and viability of

Spodoptera litura (Fabricius) (Lepidoptera: Noctuidae). Journal of Applied

Entomology, Gotinga, v.124, p.223-231, 2000.

PRATES, H. T; SANTOS, J. P. Óleos essenciais no controle de pragas de grãos

armazenados. In: LORINI, I.; MIIKE, L. H.; SENSSEL, V. M. Armazenagem de

grãos. Campinas: Instituto Bio Geneziz, 2002. p. 443-461.

RAO, J.V.; SHILPANJALI, D.; KAVITHA, P.; MADHAVENDRA, S.S. Toxic effects

of profenofos on tissue acetylcholinesterase and gill morphology in a euryhaline

fish, Oreochromis mossambicus. Archives of Toxicology, Dortmund, Germany,

v. 77, p. 227-232. 2003.

Page 97: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

97

RAJENDRAN, S.; SRIRANJINI, V. Plant products as fumigants for stored-product

insect control. Journal of Stored Products Research, Oxford, v. 44, n. 2, p.

126-135, 2008.

ROEDER, T. Octopamie in invertebrates. Progress in Neurobiology, v.59, n5,

p.533-561, 1999.

ROSAS-MEJÍA, M.; CORREA-SANDOVAL, A.; VENEGAS-BARRERA, C. S.;

HORTA-VEJA, J. V. Preferências entre cinco carbohidratos en Pheidole bilimeki

(Hymenoptera: Formicidae). Acta Zoologica Mexicana, Cidade do México, v.

31, n. 2, p.291-297, 2015.

RATTAN, R. S. Mechanism of action of secondary metabolites of plant origin.

Crop Protection, Lincoln, v. 29, p. 913–920. 2010.

REGNAULT-ROGER, C.; VINCENT, C.; ARNASON, J.T. Essential oils and

insect control: Low-risk products in a high-stakes world. Annual Review of

Entomology, Palo Alto, v. 57, p. 405–424. 2012.

RIFFEL, C. T.; GARCIA, M. S.; SANTI, A. L.; BASSO, C. J.; DELLA FLORA, L.

P.; CHERUBIN, M. R.; EITELWEIN, M. T. Densidade amostral aplicada ao

monitoramento georreferenciado de lagartas desfolhadoras na cultura da soja.

Ciência Rural, Santa Maria, v. 42, p. 2112–2119. 2012.

SÁENZ-DE-CABEZÓN, J.F.; PÉREZ-MORENO, Z.F.G.; MARCO, V. Effects of

lufenuron on Lobesia botrana (Lepidoptera: Tortricidae) egg, larval, and adult

stages. Journal of Economic Entomology, College Park, v.99, n.2, p.427-431,

2006.

SENTHILKUMAR A.; VENKATESALU V. Chemical composition and larvicidal

activity of the essential oil of Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng against

Anopheles stephensi; a malarial vector mosquito. Parasitoloy Reserarch, n.

107, p.1275-1278, 2010.

Page 98: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

98

SILVA, W. C.; RIBEIRO, J. D.; SOUZA, H. D.; CORRÊA, R. D. S. Atividade

inseticida de Piper aduncum L. (Piperaceae) sobre Aetalion sp. (Hemiptera:

Aetalionidae), praga de importância econômica no Amazonas. Acta Amazônica,

Manaus, v. 37, n. 2, p. 293-298, 2007.

SILVA, J. P. G. F.; ZACHÉ, R. R. C.; BALDIN, E. L. L.; OLIVEIRA, F. B.;

VALTAPELI, E. R. Repelência e deterrência na oviposição de Bemisia tabaci

biótipo B pelo uso de extratos vegetais em Cucurbita pepo L. Revista Brasileira

de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 14, n. 1, p. 76-83, 2012.

SILVA-FILHO, R.; SANTOS, R. H. S.; TAVARES, W. S.; LEITE, G. L. D.;

WILCKEN, C. F.; SERRÃO, J. E.; ZANUNCIO, J. C. Rice–straw mulch reduces

the green peach aphid, Myzuspersicae (Hemiptera: Aphididae) populations on

Kale, Brassica oleracea var. acephala (Brassicaceae) plants. PloS one,

Cambridge, v. 9, n. 4, p- e 49174, 2014.

SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia: do Produto Natural ao Medicamento. 1ed.

Porto Alegre: Artmed, 2017. 502p.

SOUSA, M. P.; MATOS, F. J. A.; MATOS, M. E. O.; MACHADO, M. I. L. M.;

CRAVEIRO, A. A. Constituintes químicos ativos e propriedades biológicas

de plantas medicinais brasileiras. 2ed. Fortaleza: Edições UFC, 2004. 445p.

SOUZA, T. F.; FAVERO, S.; CONTE, C. D. O. Oliveira. Bioatividade de óleos

essenciais de espécies de eucalipto para o controle de Spodoptera frugiperda

(JE Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae). Revista Brasileira de

Agroecologia, v. 5, n. 2, p. 157-164, 2010.

SHARNA, P.; KAUL, S.; DHAR, M. K. Can phaseolin patterns help resolve the

Phaseolus Vigna comples. Genetic Resources and Crop Evolution, Dordrecht,

v. 53, p. 1573-1578, 2006.

Page 99: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

99

STORCH, G.; LOECK, A. E.; COSTA, M. A. G.; GARCIA, M. S. Efeito de dois

inseticidas sobre o desenvolvimento e progênie de Spodoptera frugiperda

(Lepidoptera: Noctuidae) sobreviventes a aplicação em lavoura comercial de

milho. 2002. In: Anais ... Mostra de Iniciação Científica, 1 e Jornada de Pós-

Graduação, Pesquisa e Extensão, 1. Bagé, 2002, Resumos. URCAMP, p.217,

2002.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 5ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 719p.

TAVARES, W. S.; CRUZ, I.; FONSECA, F. G.; GOUVEIA, N. L.; SERRÃO, J. E.;

ZANUNCIO, J. C. Deleterious activity of natural products on postures of

Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) and Diatraea saccharalis

(Lepidoptera: Pyralidae). Zeitschritf fur Naturforschung C, Berlin, v. 65, p. 412-

418, 2010.

TAVARES, E.S.; JULIÃO, L.S.; LEITÃO, S.G.; LAGE, C.L.S.; VICCINI, L.;

PIERRE, P.M.O.; DAVIDE, L.C. 2003. Diferenças morfológicas, anatômicas e

fisiológicas de dois quimiotipos de Lippia alba (Mill) N. E. Br. relacionadas à

poliploidia. Anais... Congresso de Ecologia do Brasil, Simpósios Biodiversidade,

Unidades de Conservação, Indicadores Ambientais, Cerrado e Caatinga, 6.

Fortaleza: Editora da Universidade Federal do Ceará, 99.

TEIXEIRA, B.; MARQUES, A.; RAMOS, C.; NENG, N. R.; NOGUEIRA, J. M.;

SARAIVA, J. A.; NUNES, M. L. Chemical composition and antibacterial and

antioxidant properties of commercial essential oils. Industrial Crops and

Products, St Martin d'Heres, France, v. 43, p. 587–595. 2013.

TORRES, A. L.; BOIÇA JÚNIOR, A. L.; MEDEIROS, C. A. M.; BARROS, R. Efeito

de extratos aquosos de Azadirachta indica, Melia azedarach e Aspidosperma

pyrifolium no desenvolvimento e oviposição de Plutella xylostella. Bragantia, v.

65, n. 3, p. 447-457, 2006.

TRIPATHI, A. K.; UPADHYAY, S.; BHUIAN, M.; BHATTACHARYA, P. R. A

review on prospects of essential oils as biopesticide in insect-pest management.

Page 100: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

100

Journal of Pharmacognosy and Phytotherapy, New Delhi, v. 1, n. 5, p. 52-63,

2009.

VIEGAS JÚNIOR, C. Terpenos com atividade inseticida: uma alternativa para o

controle químico de insetos. Química Nova, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 390-400,

2003.

VIEIRA, P. R.; DE MORAIS, S. M.; BEZERRA, F. H.; FERREIRA, P. A. T.;

OLIVEIRA, Í. R.; SILVA, M. G. V. Chemical composition and antifungal activity of

essential oils from Ocimum species. Industrial Crops and Products, New York,

v. 55, p. 267-271, 2014.

WARREN, B.; RANDALL, D.; FRENCH, K. Fisiologia Animal (Eckert):

mecanismos e adaptações. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

729p.

Page 101: UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP › bitstream › 123456789...Um sorriso, uma palavra amiga, um “bom dia” caloroso te enche de forças para continuar lutando para fazer pesquisa

101

7. Conclusão Geral

O óleo essência de L. alba e de O. gratissimum apresentam potencial para

o controle da praga S. frugiperda.

Ambos os óleos apresentam toxicidade aguda tópica, por contato e

residual, além de afetar seu comportamento alimentar, agindo de forma

fagoinibidora e deterrênte, também diminuiu a postura das mariposas.

Assim podendo ser prospectado como um futuro inseticida botânico de

baixo traço residual, biodegradável, e baixa toxicidade a vertebrados. Porém se

faz necessário estudos mais aprofundados de caráter multidisciplinar para que

possa ser comercializado de forma segura.