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1 UNIOESTE/CAMPUS FRANCISCO BELTRÃO Vera Lúcia Salazar Pessôa (Organizador) MANUAL DE NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS Uberlândia (MG) 2013

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1

UNIOESTE/CAMPUS FRANCISCO BELTRÃO

Vera Lúcia Salazar Pessôa

(Organizador)

MANUAL DE NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS

CIENTÍFICOS

Uberlândia (MG)

2013

2

Organizador

Vera Lúcia Salazar Pessôa

Professora do Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFG/Campus Catalão

Colaborador

Luciano Zanetti Pessôa Candiotto

Professor Adjunto dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia da

UNIOESTE, Campus Francisco Beltrão/Doutor em Geografia pela UFSC

3

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..................................................................................................... 8

1 PROJETO DE PESQUISA.................................................................................... 10

1.1 Orientações básicas para elaboração................................................................. 10

1.1.1 Parte externa........................................................................................................ 10

1.1.1.1 Capa................................................................................................................. 10

1.1.1.2 Lombada........................................................................................................... 10

1.1.2 Parte interna........................................................................................................ 10

1.1.2.1 Elementos pré-textuais..................................................................................... 10

1.1.2.1.1 Folha de rosto............................................................................................... 10

1.1.2.1.2 Lista de ilustrações....................................................................................... 11

1.1.2.1.3 Lista de tabelas............................................................................................. 11

1.1.2.1.4 Lista de abreviaturas e siglas....................................................................... 11

1.1.2.1.5 Lista de símbolos........................................................................................... 11

1.1.2.1.6 Sumário......................................................................................................... 12

1.1.2.2 Elementos textuais............................................................................................ 12

1.1.2.2.1 Introdução..................................................................................................... 12

1.1.2.2.2 Referencial teórico........................................................................................ 12

1.1.2.2.3 Metodologia.................................................................................................. 12

1.1.2.2.4 Recursos........................................................................................................ 12

1.1.2.2.5 Cronograma.................................................................................................. 12

1.1.2.3 Elementos Pós-textuais.................................................................................... 12

1.1.2.3.1 Referências.................................................................................................... 12

1.1.2.3.2 Glossário....................................................................................................... 12

4

1.1.2.3.3 Apêndice........................................................................................................ 13

1.1.2.3.4 Anexo............................................................................................................. 13

1.1.2.3.5 Índice............................................................................................................ 13

1.2 Normas para apresentação ................................................................................. 15

1.2.1 Formato............................................................................................................... 15

1.2.2 Espaçamento....................................................................................................... 15

1.2.3 Notas de rodapé................................................................................................... 15

1.2.4 Indicativo de seção.............................................................................................. 16

1.2.5 Títulos sem indicativo numérico......................................................................... 16

1.2.6 Paginação............................................................................................................ 16

1.2.7 Numeração progressiva. ..................................................................................... 17

1.2.8 Citações............................................................................................................... 17

1.2.9 Siglas................................................................................................................... 17

1.2.10 Equações e fórmulas......................................................................................... 17

1.2.11 Ilustrações......................................................................................................... 17

1.2.12 Tabelas.............................................................................................................. 17

2 O TRABALHO ACADÊMICO............................................................................. 18

2.1Orientações básicas para elaboração.................................................................. 18

2.1.1 Parte externa........................................................................................................ 19

2.1.1.1 Capa................................................................................................................. 19

2.1.1.2 Lombada........................................................................................................... 19

2.1.2 Parte interna........................................................................................................ 19

2.1.2.1 Elementos pré-textuais..................................................................................... 19

2.1.2.1.1 Folha de rosto............................................................................................... 19

2.1.2.1.2 Anverso.......................................................................................................... 19

5

2.1.2.1.3 Verso............................................................................................................. 20

2.1.2.1.4 Errata............................................................................................................ 20

2.1.2.1.5 Folha de aprovação...................................................................................... 20

2.1.2.1.6 Dedicatória................................................................................................... 21

2.1.2.1.7 Agradecimento.............................................................................................. 21

2.1.2.1.8 Epígrafe......................................................................................................... 21

2.1.2.1.9 Resumo em língua vernácula........................................................................ 21

2.1.2.1.10 Resumo em língua estrangeira................................................................... 21

2.1.2.2.11 Lista de ilustrações..................................................................................... 21

2.1.2.2.12 Lista de tabelas........................................................................................... 22

2.1.2.2.13 Lista de siglas e abreviaturas..................................................................... 22

2.1.2.2.14 Lista de símbolos......................................................................................... 22

2.1.2.2.15 Sumário....................................................................................................... 22

2.1.2.2 Elementos textuais............................................................................................ 22

2.1.2.2.1 Introdução..................................................................................................... 23

2.1.2.2.2 Desenvolvimento........................................................................................... 23

2.1.2.2.3 Conclusão...................................................................................................... 23

2.1.2.3 Elementos pós-textuais..................................................................................... 24

2.1.2.3.1 Referências.................................................................................................... 24

2.1.2.3.2 Glossário....................................................................................................... 24

2.1.2.3.3 Apêndice........................................................................................................ 24

2.1.2.3.4 Anexo............................................................................................................. 25

2.1.2.3.5 Índice............................................................................................................. 25

2.2 Normas para apresentação.................................................................................. 25

2.2.1 Formato............................................................................................................... 25

2.2.2 Espaçamento....................................................................................................... 26

6

2.2.3 Notas de rodapé................................................................................................... 26

2.2.4 Indicativo de seção.............................................................................................. 26

2.2.5 Títulos sem indicativo numérico......................................................................... 27

2.2.6 Elementos sem título e sem indicação numérica................................................ 27

2.2.7 Paginação............................................................................................................ 27

2.2.8 Numeração progressiva....................................................................................... 27

2.2.9 Citações............................................................................................................... 28

2.2.10 Siglas................................................................................................................. 28

2.2.11 Equações e fórmulas......................................................................................... 28

2.2.12 Ilustrações......................................................................................................... 28

2.2.13 Tabelas.............................................................................................................. 29

3 CITAÇÕES.............................................................................................................. 30

3.1 Tipos de citações................................................................................................... 30

3.2 Localização das citações...................................................................................... 30

3.3 Apresentação das citações................................................................................... 30

3.4 Como fazer as citações......................................................................................... 31

3.5 Outras observações importantes......................................................................... 32

4 ILUSTRAÇÕES E TABELAS............................................................................... 35

4.1 Ilustrações............................................................................................................. 35

4.2 Tabelas.................................................................................................................. 35

5 REFERÊNCIAS: normas para elaboração.......................................................... 37

6 EXPRESSÕES LATINAS...................................................................................... 40

7 NOTAS, ABREVIATURAS E NUMERAIS: como colocar no texto

acadêmico....................................................................................................................

47

7.1 Notas...................................................................................................................... 47

7.2 Abreviaturas......................................................................................................... 48

7

7.3 Numerais............................................................................................................... 48

8 A COMUNICAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS EM EVENTOS

E PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS..........................................................................

50

8.1 Resumo.................................................................................................................. 50

8.2 Resenha................................................................................................................. 52

8.3 Artigo científico.................................................................................................... 53

8.4 Relatório técnico- científico................................................................................. 54

8.5 Paper ou comunicação científica......................................................................... 54

8.6 Ensaio científico.................................................................................................... 55

8.7 Relato de experiência........................................................................................... 56

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 57

APÊNDICES............................................................................................................... 58

APÊNDICE A – Seções nos trabalhos acadêmicos..................................................... 59

APÊNDICE B – Organização do sumário no trabalho acadêmico.............................. 64

ANEXOS..................................................................................................................... 66

ANEXO A - Regulamento bacharelado UNIOESTE.................................................. 67

ANEXO B – Regulamento licenciatura UNIOESTE.................................................. 74

8

APRESENTAÇÃO

As normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para

a elaboração e formatação de trabalhos científicos, ao mesmo tempo em que são

fundamentais para a produção científica e acadêmica, podem ser também um obstáculo

para os estudantes de qualquer curso de graduação. Além do desafio de redigir o

trabalho de conclusão de curso (TCC), a dissertação, a tese ou outro tipo de trabalho

acadêmico, é preciso capacitar os estudantes para que consigam adequar tais trabalhos à

padronização estabelecida pelas normas técnicas.

A importância dessas normas e a falta de um manual contendo normas da

ABNT, padronizadas para a elaboração de trabalhos diversos nas atividades de ensino,

pesquisa e extensão, ligadas aos cursos de Geografia (Bacharelado e Licenciatura) da

UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), campus de Francisco Beltrão,

foi o ponto de partida para organizar o manual. Este será destinado aos estudantes para

ser trabalhado nas disciplinas de Métodos e Técnicas de Pesquisa, do curso de

Bacharelado, na disciplina de Teoria e Método, no curso de Licenciatura e em outras

ocasiões pertinentes.

A partir da experiência da professora Vera Lúcia Salazar Pessôa em ministrar a

disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa em cursos de graduação e pós-graduação

lato e sticto sensu e em organizar manuais didáticos de normas técnicas da ABNT para

trabalhos científicos, solicitamos seu apoio para a organização deste manual.

O principal objetivo desse manual é contribuir para a formação dos estudantes,

minimizando possíveis dúvidas sobre como elaborar um trabalho científico; como fazer

uma citação; produzir um resumo ou uma resenha; organizar as referências, as

ilustrações, as tabelas, entre outros instrumentos fundamentais para qualquer trabalho

científico. Ele também será útil aos professores que poderão estabelecer um padrão

normativo para orientar e avaliar trabalhos, monografias, artigos dentre outros.

Para a produção do manual, a professora Vera buscou as normas mais atuais da

ABNT e inseriu informações e dicas importantes para se elaborar um trabalho

acadêmico. Entretanto é importante destacar que o material não substitui a consulta a

livros de Metodologia Científica e às Normas da ABNT. É preciso estar sempre

9

pesquisando nas referidas obras para evitar erros, muitas vezes, encontrados nos

trabalhos acadêmicos.

Assim, docentes, discentes e os Colegiados dos cursos de Geografia da

UNIOESTE, campus de Francisco Beltrão agradecem à dedicação da professora Vera

nesse trabalho, que veio a atender aos anseios de estudantes e professores e que será de

grande utilidade para todos.

Luciano Zanetti Pessôa Candiotto

Francisco Beltrão, março de 2013

10

1 PROJETO DE PESQUISA

O projeto de pesquisa é a intenção de executar a pesquisa, visando solucionar o problema que levou o investigador a essa resposta. A partir de um roteiro pré-estabelecido as etapas são desenvolvidas para chegar ao resultado final.

O roteiro, a seguir, está baseado na Norma Brasileira Registrada – NBR 15287/abril/2011, revisada, da ABNT.1

1.1 Orientações básicas para elaboração

A estrutura básica de um projeto de pesquisa compreende: parte externa e parte interna.

1.1.1 Parte externa

1.1.1.1 Capa ( elemento opcional): as informações são apresentadas na seguinte ordem:

a) nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando solicitado;

b) nome(s) do (s) autor (es);

c) título;

d) subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação ao título;

e) número do volume. Se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a especificação do respectivo volume;

f) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado.

Nota: no caso de cidades homônimas, recomenda-se o acréscimo da sigla da unidade da federação.

1.1.1.2 Lombada (elemento opcional): elaborada de acordo com a ABNT NBR 12225.

1.1.2 Parte Interna

1.1.2.1 Elementos pré-textuais

1.1.2.1.1 Folha de rosto (elemento obrigatório): apresenta as seguintes informações:

a) nome (s) do (s) autor (es);

b) título;

1 ABNT NBR 15287: informação e documentação: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro, abril/2011

11

c) subtítulo, se houver;

d) número do volume. Se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a especificação do respectivo volume;

e) tipo de projeto de pesquisa nome da entidade a que deve ser submetido;

f) nome do orientador, coorientador ou coordenador, se houver;

g) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado;

h) ano de depósito (da entrega).

NOTA: se exigido pela entidade, apresentar os dados curriculares do autor em folha ou página distinta após a folha de rosto.

1.1.2.1.2 Lista de ilustrações (elemento opcional): lista elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, travessão, título e respectivo número da folha ou página. Se for necessária, recomenda-se a elaboração da lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos, figuras, fotografias/fotos e outras).

Exemplo

Gráfico 1 – População urbana e rural no Brasil – 1950 a 2010 4

1.1.2.1.3 Lista de tabelas (elemento opcional): lista elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da folha ou página.

Exemplo

Tabela 1 – Produção de soja e milho ( t ) – 1970- 2010 9

1.1.2.1.4 Lista de abreviaturas e siglas (elemento opcional): lista elaborada de acordo com a relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo.

Exemplo

Fil. Filosofia

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

1.1.2.1.5 Lista de símbolos (elemento opcional): lista elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado.

12

Exemplo

π Pi

↔ Equivalência

1.1.2.1.6 Sumário (elemento obrigatório): é a enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação na mesma ordem e grafia em que a matéria nele sucede. É elaborado de acordo com a ABNT NBR 6027.

1.1.2.2 Elementos textuais

1.1.2.2.1 Introdução: deve conter: tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hipótese (s), quando couber (erem), o(s) objetivo(s)2 a ser(erem) atingido(s) e a (s) justificativa(s).

1.1.2.2.2 Referencial teórico: este item do projeto de pesquisa, também chamado de fundamentação teórica básica ou revisão de literatura, representa o momento em que o pesquisador procura conhecer o que já foi produzido sobre o tema, através de um rigoroso levantamento bibliográfico e também na internet.

1.1.2.2.3 Metodologia: é o “caminho” a ser percorrido na pesquisa. Nesta etapa, também conhecida como procedimentos metodológicos, o pesquisador, após ter caracterizado o problema, elaborado os objetivos e definido o quadro teórico, vai delinear os procedimentos e as técnicas a serem seguidos na pesquisa.

1.1.2.2.4 Recursos: o orçamento (previsão de custos) deve constar no projeto de pesquisa, mesmo que não haja financiamento da pesquisa. É importante considerar gastos com pessoal e com materiais (de consumo e/ou permanentes) para a realização da pesquisa.

1.1.2.2.5 Cronograma: a delimitação do tempo, inicial e final, da pesquisa é importante porque mostra a duração de cada item necessário ao desenvolvimento do plano. O cronograma pode ser organizado de forma mensal, bimestral, trimestral, semestral. A organização dos itens que compõem o cronograma vai depender do tipo de pesquisa proposta.

1.2.3 Elementos pós-textuais

1.2.3.1 Referências (elemento obrigatório): relação das obras citadas e consultadas conforme a ABNT NBR 6023 – agosto 2002.

1.2.3.2 Glossário (elemento opcional): lista de palavras e termos com seus significados, em ordem alfabética.

2 Objetivo geral e objetivos específicos

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1.2.3.3 Apêndice (elemento opcional): deve ser precedido da palavra APÊNDICE, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. São utilizadas letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando as letras do alfabeto estiverem esgotadas.

Exemplo

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista realizado com os camponeses do Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)

APÊNDICE B - Roteiro de entrevista realizado com as lideranças do Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)

1.2.3.4 Anexo (elemento opcional): deve ser precedido da palavra ANEXO, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. São utilizadas letras maiúsculas dobradas, na identificação dos anexos, quando esgotadas as letras do alfabeto.

Exemplo

ANEXO A – Setores de atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

ANEXO B – Termo de ciência e de autorização para disponibilizar as teses e dissertações eletrônicas (TEDE) na biblioteca digital da UFG

1.2.3.5 Índice (elemento opcional): é lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto. Não se deve confundir sumário com índice.

Box 1

Diferença entre Apêndice e Anexo

Apêndice é um texto ou documento elaborado pelo autor do trabalho científico (TC), ou seja, se for necessário fazer uma entrevista, um relatório ou qualquer documento com o objetivo de complementar a argumentação, deve-se utilizar o termo Apêndice e não Anexo. O Apêndice serve de fundamentação, comprovação e ilustração.

Anexo é um texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho científico (TC).O Anexo serve para complementar a argumentação, sem prejuízo da unidade do trabalho.

Referência:<http:// www.tudosobremonografia.com/2010/01/diferenca-entre-anexo-e-apendice.html> Acesso em: 15 mar.2013.

<http://dicasparatcc.wordpress.com/2011/05/27/ >Acesso em: 15 mar.2013.

14

Box 2

Sugestões de verbos para elaboração dos objetivos: geral e específicos:

a) Gerais: são os objetivos de alcance em longo prazo. São mais amplos e descrevem resultados finais que apresentam linguagem mais genérica. Os verbos mais utilizados são: Compreender, Conhecer, Saber, Proporcionar.

b) Específicos: são os objetivos de alcance em curto prazo, caracterizam-se pela linguagem mais precisa, limitada e indicam imediatismo. Esses objetivos mais simples são alcançáveis em menor tempo e explicam o desempenho observável. Alguns verbos que poderão ser usados na elaboração de objetivos específicos nos projetos de pesquisa são:

Acompanhar; adquirir; analisar; aplicar; apontar; apresentar; arrolar; assinalar; assistir; avaliar; caracterizar; citar; classificar; colocar; comparar; compor; correlacionar; construir; criticar; definir; demonstrar; descrever; desenhar; destacar; determinar; elaborar; escrever; especificar; estabelecer; examinar; explicar; fazer; formular; identificar; ilustrar; indicar; informar; interpretar; investigar; justificar; listar; localizar; mostrar; ordenar; organizar; planejar; preparar; propor; quantificar; reconhecer; relacionar; reorganizar; reunir; selecionar; sintetizar; sistematizar; transcrever...

(JOSÉ et al., 1983, p.33-35).

Box 3

Outra forma de organização dos itens do projeto de pesquisa é colocar o problema, a(s)

hipótese(s), os objetivos e a justificativa em separados:

1 Introdução

2 Problema

3 Hipótese(s) (quando houver)

4 Objetivos

4.1 Geral

4.2 Específicos

5 Justificativa

6 Referencial teórico

7 Metodologia

8 Recursos

9 Cronograma

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10 Referências

11 Apêndice (s)

12 Anexo (s)

1.2 Normas para apresentação3: as normas para apresentação do projeto são:

1.2.1 Formato

Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta. Somente pode-se usar cores para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado, no formato A4 (21 cm x 29,7 cm).

Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados ou datilografados no anverso e verso das folhas.

Margens: devem ser:

- para o anverso, esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm;

- para o verso, direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm;

Fonte: recomenda-se, quando digitado, fonte tamanho 12 para todo o trabalho, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, legendas e fontes das ilustrações e das tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme.

Nota: as fontes mais usadas são Arial e Times New Roman.

1.2.2 Espaçamento

O texto deve ser digitado ou datilografado com espaçamento 1,5 entre as linhas, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade, que devem ser digitados e datilografados em espaço simples.

As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço simples em branco.

1.2.3 Notas de rodapé

- ser digitadas ou datilografadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entre linhas e por filete de 5 cm, a partir da margem esquerda;

3 De acordo com a ABNT NBR 15287:informação e documentação –Projeto de pesquisa- apresentação –abr.2011.

16

- ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente sem espaço entre elas e com fonte menor.

1.2.4 Indicativo de seção

1.2.5 Títulos sem indicativo numérico

(s) – devem ser centralizados.

1.2.6 Paginação

Na folha de rosto, o tipo de projeto de pesquisa e o nome da entidade a que é submetido devem ser alinhados do meio da mancha gráfica para a margem direita.

As notas devem:

O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere.

As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas.

Para os trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o anverso.

A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.

Os títulos sem indicativo numérico – errata, lista das ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo (s) e índice

Os títulos das seções primárias devem começar em página ímpar ( anverso), na parte superior da mancha gráfica e ser separados do texto que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5.

Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5 também.

Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.

A numeração das páginas deve ser colocada no anverso da folha, no canto superior direito quando o trabalho for digitado ou datilografado em anverso e verso. No verso a numeração deve ser colocada no canto superior esquerdo.

Se o trabalho for constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas ou paginas, do primeiro ao último volume. Se

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houver apêndice e anexo, as suas folhas ou páginas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.

1.2.7 Numeração progressiva

A numeração progressiva das seções de um documento permite expor em uma sequência lógica o inter-relacionamento da matéria e a permitir sua localização.

Para elaboração da numeração progressiva, ver ABNT NBR 6024.

1.2.8 Citações: apresentadas de acordo com a ABNT NBR 10520.

1.2.9 Siglas: a sigla, quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser indicada entre parênteses, precedida do nome completo.

Exemplo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

1.2.10 Equações e fórmulas: para facilitar a leitura, as equações e fórmulas devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos (expoente, índices, entre outros).

Exemplo

x2+y2=z2

1.2.11 Ilustrações: a identificação da ilustração deve aparecer na parte superior, precedida da palavra designativa (desenho, esquema, fluxograma, fotografia, gráfico, mapa, organograma, planta, quadro, retrato, figura, imagem e outras). Seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do respectivo título.

Na parte inferior da ilustração indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras informações necessárias à sua compreensão (se houver).

A ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere.

1.2.12 Tabelas: devem ser citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem e padronizadas conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.

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2 TRABALHO ACADÊMICO

2.1 Orientações básicas para elaboração

De acordo com ABNT/NBR 14724 (2011, p.5), os trabalhos acadêmicos são a dissertação, a tese, o trabalho de conclusão de curso de graduação, trabalho de graduação interdisciplinar, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento. A ordem dos elementos que compõem os trabalhos acadêmicos é a seguinte:

Estrutura Elementos

Parte externa Capa (obrigatória)

Lombada (opcional)

Parte interna

Elementos

Pré-textuais

Capa (obrigatório)

Lombada (opcional)

Folha de rosto (obrigatório)

Errata (opcional)

Folha de aprovação (obrigatório)

Dedicatória (opcional)

Agradecimentos (opcional)

Epígrafe (opcional)

Resumo na língua vernácula (obrigatório)

Resumo em língua estrangeira (obrigatório)

Lista de ilustrações (opcional)

Lista de tabelas (opcional)

Lista de abreviaturas e siglas (opcional)

Lista de símbolos (opcional)

Sumário (obrigatório)

Elementos

Textuais1

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

Elementos

Pós-Textuais

Referências (obrigatório)

Glossário (opcional)

Apêndice (opcional)

Anexo (opcional)

Índice (opcional) 1 A nomenclatura das títulos dos elementos textuais fica a critério do autor.

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2.1.1 Parte externa

2.1.1.1 Capa: elemento obrigatório, para proteção externa do trabalho e sobre o qual se

imprimem as informações indispensáveis à sua identificação, na seguinte ordem:

a) nome da instituição (opcional);

b) nome do autor;

c) título: deve ser claro e preciso, identificando seu conteúdo e possibilitando a

indexação e recuperação da informação;

d) subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua

subordinação ao título;

e) número do volume: se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do respectivo volume;

f) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;

g) ano de depósito (da entrega).

NOTA: no caso das cidades homônimas recomenda-se o acréscimo da sigla da unidade da federação

2.1.1.2 Lombada: elemento opcional, onde as informações devem ser impressas

conforme a NBR 12225.

2.2. Parte interna

2.1.2.1 Elementos pré-textuais

2.1.2.1.1 Folha de rosto: elemento obrigatório na apresentação de todo trabalho científico, mesmo daqueles que constituem simples exercício.

2.1.2.1.2 Anverso: os elementos devem constar na seguinte ordem:

a) nome do autor: responsável intelectual do trabalho;

b) título;

c) subtítulo;

d) número do volume: se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a

especificação do respectivo volume;

20

e) natureza: tipo do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros)

e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a

que é submetido; área de concentração*

(* item dispensável nos trabalhos de graduação e pós-graduação lato sensu)

f) nome do orientador e, se houver, do co-orientador;

g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; e

h) ano de depósito (entrega).

2.1.2.1.3 Verso: deve conter os dados de catalogação-na-publicação, conforme o Código

de Catalogação Anglo-Americano vigente. Geralmente é feito por especialista das

bibliotecas.

2.1.2.1.4 Errata: (elemento opcional): deve ser inserida logo após a folha de rosto,

constituída pela referência do trabalho e pelo texto da errata. É apresentada em papel

avulso ou encartado, acrescida ao trabalho depois de impresso.

Exemplo

ERRATA

PESSÔA, Vera Lúcia S. Ação do Estado e as transformações agrárias no Cerrado

das Zonas de Paracatu e Alto Paranaíba (MG). 1988. 237 f. Tese (Doutorado em

Organização do Espaço)-UNESP/Campus de Rio Claro, Rio Claro, 1989.

ERRATA

Folha Linha Onde se lê Leia-se

32 3 publica publicação

2.1.2.1.5 Folha de aprovação (elemento obrigatório): deve ser inserida após a folha de

rosto, constituída pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo (se

houver), natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido,

área de concentração), data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes

da banca examinadora e instituições a que pertencem. A data de aprovação e as

21

assinaturas dos membros componentes da banca examinadora devem ser colocadas após

a aprovação do trabalho.

2.1.2.1.6 Dedicatória(s): (elemento opcional): texto, geralmente curto, no qual o autor

presta uma homenagem ou dedica seu trabalho a alguém. O texto é colocado no canto

direito inferior da página após a folha de aprovação.

2.1.2.1.7 Agradecimento(s) (elemento opcional): para expressar agradecimento a

pessoas e instituições que efetivamente colaboraram na realização do trabalho. Aparece

após a folha de dedicatória (quando houver).

2.1.2.1.8 Epígrafe: (elemento opcional): elaborada conforme a ABNT NBR 10520.

Deve ser inserida após os agradecimentos. Podem constar epígrafes nas folhas ou

páginas de abertura das seções primárias.

2.1.2.1.9 Resumo em língua vernácula (elemento obrigatório): consiste na apresentação

concisa dos pontos relevantes de um texto. O resumo deve dar uma visão rápida e clara

do conteúdo e das conclusões do trabalho; constitui-se em uma sequência de frases

concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos. Elaborado conforme

ABNT NBR 6028.

2.1.2.1.10 Resumo em língua estrangeira: (elemento obrigatório): consiste em uma

versão do resumo em idioma de divulgação internacional (em inglês Abstract, em

espanhol Resumen, em francês Resumé, por exemplo). Elaborado conforme a ABNT

NBR 6028.

2.1.2.1.11 Lista de ilustrações: (elemento opcional): deve ser elaborada de acordo com

a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico,

travessão, título e respectivo número da folha ou página.Quando necessário, recomenda-

se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas,

fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos,

figuras e outras).

Na parte inferior da ilustração indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo

que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras informações necessárias à

sua compreensão (se houver).

22

2.1.2.1.12 Lista de tabelas: (elemento opcional): elaborada de acordo com a ordem

apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado

do respectivo número da folha ou página. Devem ser citadas no texto, inseridas o mais

próximo possível do trecho a que se referem e padronizadas conforme o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Normas de apresentação tabular. 3. ed.

Rio de Janeiro: IBGE, 1993.

Exemplo

Tabela 1 - População rural e urbana do Brasil – 1950

2.1.2.1.13 Lista de siglas e abreviaturas: (elemento opcional): consiste na relação

alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou

expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista

própria para cada tipo.

Exemplo

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Fil. Filosofia

2.1.2.1.14 Lista de símbolos: (elemento opcional): deve ser elaborado de acordo com a

ordem apresentada no texto, com o devido significado.

Exemplo

π Pi

↔ Equivalência

Nota: Se houver necessidade, colocar a lista de equações e fórmulas.

2.1.2.1.15 Sumário: (elemento obrigatório): as partes são acompanhadas do(s)

respectivo(s) número(s) da(s) página(s). Se houver mais de um volume, em cada um

deve constar o sumário completo do trabalho, conforme a NBR 6027/maio, 2003.

NOTA: os elementos da parte pré-textual não constam do sumário.

23

2.1.2.2 Elementos textuais

Parte do trabalho em que é exposta a matéria. Deve ter três partes fundamentais:

introdução, desenvolvimento e conclusão/considerações finais.

2.1.2.2.1 Introdução

O objetivo da Introdução é situar o leitor quanto ao tema tratado, os

procedimentos utilizados e a estrutura do texto (como o texto está organizado). A

Introdução é redigida sem subdivisões e escrita ao final do processo de investigação,

pois durante a redação, novos e inesperados caminhos podem surgir, alterando o quadro

das pretensões iniciais.

2.1.2.2.2 Desenvolvimento

O desenvolvimento é a parte do trabalho em que se discutem os problemas

apresentados na Introdução. Para isso, é necessário que a questão seja dividida em

partes ou em seções, de modo que possa ser analisada metodicamente.

A coesão entre as seções é de fundamental importância para que o arcabouço da

demonstração resulte coerente, claro e realmente demonstrativo. Todas as partes do

desenvolvimento devem ser, pois, pertinentes à conclusão a que se pretende chegar, não

podendo ser um fim em si mesmas. Cada aspecto do problema apresentado deve

conduzir ao seguinte, numa gradual apresentação dos elementos da demonstração. Isso

garantirá a unidade do texto.

Qualquer que seja o modelo escolhido, cada seção pode começar com uma

epígrafe e pode ter um preâmbulo (onde se introduz o capítulo), antes de se entrar nas

divisões.

2.1.2.2.3 Conclusão (ou também Considerações Finais)

A conclusão é a parte fundamental, indispensável a qualquer trabalho de

investigação científica. É a razão da pesquisa ou da reflexão. Anunciada como hipótese

na Introdução, para a Conclusão converge toda a argumentação construída nos capítulos

de desenvolvimento, resultando em resposta clara, em certeza, em tese.

Na conclusão se retomam os dados essenciais, eventualmente dispersos durante

a discussão do problema e os mesmos são sintetizados de modo unívoco e coerente,

fechando o ciclo da investigação. Nela não se apresentam ideias novas, produto que é da

24

reflexão e das demonstrações anteriores. Ela confirma a ideia inicial. Pode também

apresentar sugestões para outras pesquisas, oferecendo-se como ponto de partida, como

abertura a novas perspectivas.

2.1.2.3 Elementos pós-textuais

Fazem parte do texto: referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s).

2.1.2.3.1 Referências (elemento obrigatório): correspondem à lista, em ordem

alfabética, das fontes (documentos, artigos, livros, documentos eletrônicos, CD-ROM,

vídeos...) empregadas (citadas diretamente ou apenas consultadas) pelo autor na

elaboração de seu trabalho.

Na elaboração dessa listagem, utilizam-se as Normas de Referenciação

apresentadas pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Estão em

vigência as Normas: NBR-6023/Ago/2002 e não é necessário escrever a palavra

“bibliográficas” face ao uso de documentos eletrônicos.

Nota: as referências não podem ser justificadas. São alinhadas à margem esquerda do

texto, digitadas com espaço simples entre as linhas e separadas entre si, por espaço

duplo.

Box 4

A bibliografia, embora não tratada pela ABNT, é uma relação de fontes bibliográficas

recomendadas para enriquecimento e aprofundamento do assunto ou para comprovação

de dados. É freqüentemente tratada por “Obras Recomendadas”. Nelas utilizam-se as

mesmas normas de referenciação da ABNT. Geralmente, são utilizadas na publicação

do trabalho.

2.1.2.3.2 Glossário: não constitui um elemento essencial do trabalho, aparecendo,

apenas, quando a natureza específica do texto exigir o uso muito frequente de termos

técnicos. Funciona como um dicionário e aparece após as referências.

2.1.2.3.3 Apêndice (elemento opcional): deve ser precedido da palavra APÊNDICE,

identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. São

25

utilizadas letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando as letras

do alfabeto estiverem esgotadas.

2.1.2.3.4 Anexo (elemento opcional): deve ser precedido da palavra ANEXO,

identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. São

utilizadas letras maiúsculas dobradas, na identificação dos anexos, quando esgotadas as

letras do alfabeto.

Exemplo

2.1.2.3.5 Índice(s) (elemento opcional): consiste na lista de palavras ou frases ordenadas

segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no

texto. Elaborado conforme a ABNT NBR 6034.

2.2 Normas para apresentação

As normas para apresentação de trabalhos acadêmicos são: 2.2.1 Formato

Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta. Somente pode-se

usar outras cores somente para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco ou

reciclado, no formato A4 (21 cm x 29,7 cm).

Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção dos

dados internacionais de catalogação-na-publicação4 que devem vir no verso da folha de

rosto Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados ou

datilografados no anverso e verso das folhas.

Margens: devem ser:

- para o anverso, esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm;

- para o verso, direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm.

Fonte: recomenda-se, quando digitado, fonte tamanho 12 para todo o trabalho,

excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, legendas e

fontes das ilustrações e das tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme.

NOTA: as fontes mais utilizadas são Arial e Times New Roman. 4 Ficha catalográfica, geralmente, elaborada por profissionais das bibliotecas.

26

2.2.2 Espaçamento

O texto deve ser digitado ou datilografado com espaçamento 1,5 entre as linhas,

excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas

das ilustrações e das tabelas, natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a

que é submetido e área de concentração), que devem ser digitados ou datilografados em

espaço simples. As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por

um espaço simples em branco.

Na folha de rosto, o tipo de trabalho, o objetivo, o nome da instituição e área de

concentração devem ser alinhados do meio da mancha gráfica para a margem direita.

2.2.3 Notas de rodapé As notas devem:

- ser digitadas ou datilografadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um

espaço simples de entre linhas e por filete de 5 cm, a partir da margem esquerda;

- ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da

primeira palavra, de forma a destacar o expoente sem espaço entre elas e com fonte

menor.

2.2.4 Indicativo de seção

O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma seção precede seu título,

alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere.

Os títulos das seções primárias devem começar em página ímpar (anverso), na

parte superior da mancha gráfica e ser separados do texto que os sucede por um espaço

entre as linhas de 1,5.

Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os

sucede por um espaço entre as linhas de 1,5 também.

Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha,

alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.

27

2.2.5 Títulos sem indicativo numérico

Os títulos sem indicativo numérico – errata, lista das ilustrações, lista de

abreviaturas e siglas, lista de símbolos, sumário, referências, glossário, apêndice(s),

anexo (s) e índice (s) – devem ser centralizados.

2.2.6 Elementos sem título e sem indicativo numérico: folha de aprovação, dedicatória e

a(s) epígrafe(s).

2.2.7 Paginação

As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas.

Para os trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as

folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando

somente o anverso.

A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte textual, em

algarismos arábicos, no canto superior direito da folha a 2 cm da borda superior, ficando

o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.

A numeração das páginas deve ser colocada no anverso da folha, no canto

superior direito quando o trabalho for digitado ou datilografado em anverso e verso. No

verso a numeração deve ser colocada no canto superior esquerdo.

Se o trabalho for constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única

sequência de numeração das folhas ou paginas, do primeiro ao último volume. Se

houver apêndice e anexo, as suas folhas ou páginas devem ser numeradas de maneira

contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.

2.2.8 Numeração progressiva

A numeração progressiva das seções deve ser utilizada para evidenciar a

sistematização do conteúdo do trabalho. Destacam-se gradativamente os títulos das

seções, utilizando-se os recursos de negrito, itálico ou sublinhado e outros, no sumário

e, de forma idêntica, no texto.

Para elaboração da numeração progressiva, ver ABNT NBR 6024.

28

2.2.9 Citações Apresentadas de acordo com a ABNT NBR 10520. 2.2.10 Siglas

A sigla, quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser indicada entre

parênteses, precedida do nome completo.

Exemplo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

2.2.11 Equações e fórmulas

Para facilitar a leitura, as equações e fórmulas devem ser destacadas no texto e,

se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses,alinhados à direita.

Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte

seus elementos ( expoente, índices, entre outros).

Exemplo

x2+y2=z2

2.2.12 Ilustrações

A identificação da ilustração deve aparecer na parte superior, precedida da

palavra designativa ( desenho, esquema, fluxograma, fotografia, gráfico, mapa,

organograma, planta, quadro, retrato, figura, imagem e outras). Seguida de seu número

de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do respectivo

título.

Na parte inferior da ilustração indicar a fonte consultada ( elemento obrigatório,

mesmo que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras informações

necessárias à sua compreensão ( se houver).

A ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do

trecho a que se refere.

29

2.2.13 Tabelas Devem ser citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do trecho a que se

referem e padronizadas conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE). Normas de apresentação tabular. 3.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.

30

3 CITAÇÕES

“A citação5 é a menção de uma informação extraída de outra fonte” (NBR

10.520, 2002, p.1). As citações são importantes em um trabalho, desde que colocadas de

forma correta.

3.1 Tipos de citações

3.1.1 Citação Direta: transcrição textual de parte da obra do autor consultado

3.1.2 Citação Indireta: transcrição livre do texto, ou seja, em que se comenta ou

parafraseia a ideia do autor consultado sem reprodução literal do texto.

3.1.3 Citação de Citação: transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve

acesso ao original. Utiliza-se a palavra apud (em latim: ao pé, junto de, perto de).

Entretanto, seu uso é recomendado em último caso quando não há mais possibilidades

da citação original ser encontrada.

3.2 Localização das citações

As citações podem aparecer:

3.2.1 no texto;

3.2.2 em notas de rodapé.

3.3 Apresentação das citações

3.3.1 Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável

ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas.

Exemplo

Pessôa

Quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.

Exemplo

(PESSÔA)

3.3.2 Especificar no texto a(s) página(s), volume(s), tomo(s) ou seção(ões) da fonte

consultada nas citações diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vírgula e

5 As citações estão de acordo com a ABNT/NBR 10.520 – ago./2002.

31

precedido(s) pelo termo que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas citações indiretas

a indicação da(s) página(s) consultada(s) é opcional.

Exemplos

(BERTRAND; LAURENT; LECLERQ, 1987, p.68) ou (BERTRAND; LAURENT e

LECLERQ, 1987, p.68)

Pinazza e Araujo (1993, p.103)

(CASTELLS, 1999, v.2, p.143) ou Castells ( 1999, v.2, p.143)

3.4 Como fazer as citações

3.4.1 Citações diretas

a) As citações, no texto, de até três linhas, devem estar encerradas entre aspas

duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação.

Exemplo

Kautsky, ao tratar do cooperativismo agrário, afirma que “[...] na sociedade

moderna, qualquer cooperativa de produção, desde que prospere, desde que expanda,

tende a transformar-se numa empresa capitalista.” (KAUTSKY, 1972, p.123-124).

b) As citações, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4

cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas.

Exemplo

O ponto de partida da modernização da agricultura foi a Revolução Verde, um

programa idealizado pelo grupo econômico americano Rockfeller no início dos anos

1940. O objetivo deste programa foi

Contribuir para o aumento da produção e produtividade agrícola no mundo, através do desenvolvimento de experiências no campo da genética vegetal para a criação e multiplicação de sementes adequadas às condições dos diferentes solos e climas e resistentes às doenças e pragas, bem como a descoberta e aplicação de técnicas agrícolas ou tratos culturais mais modernos e eficientes. (BRUM, 1988, p.44).

32

3.4.2 Citações indiretas ou livres: a indicação da(s) página(s) consultada(s) é opcional.

Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es) citado(s) ou título da obra citada (obras sem

autoria) estiver(em) incluído(s) na sentença, apenas a data é colocada entre parênteses).

Exemplo

O número insuficiente de mão de obra e a falta de cuidados durante e após a colheita de

café, de acordo com Souza e Carvalho (1997), Bartholo e Guimarães ( 1997), são alguns

dos fatores que propiciam a mecanização das lavouras.

Outra forma de fazer a citação indireta é colocar o(s) nome(s) do(s) autor(es) e a

data entre parênteses, com letras maiúsculas, ao final.

Exemplo

O trabalho de campo auxilia a pesquisa a ir além do “gabinete”, transformando os

conceitos e teorias em experiências, acontecimentos reias para a concretização dos

conteúdos (MARAFON, 2009).

3.4.3 Citação de citação: conforme já destacado, este tipo deve ser utilizado apenas

quando o documento original não foi encontrado.

(até 3 linhas)

Para Ander-Egg (1978, p.97 apud MARCONI; LAKATOS, 1986, p.67), a observação

sistemática “não é totalmente espontânea ou casual, porque um mínimo de interação, de

sistema e de controle se impõem em todos os casos, para chegar a resultados válidos.”

(mais de três linhas)

Lebret ( 1961, p.100 apud MARCONI; LAKATOS, 1986, p.29) aponta três tipos

de fichários:

a) De pessoas. Visitadas ou entrevistadas ou que se pretende visitar, com alguns dados essenciais;

b) De documentação. Em que aparecem os documentos já lidos ou a serem consultados, com as devidas referências;

c) Dos “indivíduos” pesquisados. Ou objetos de pesquisa, vistos em sentido estatístico: pessoas, famílias, classes sociais, indústrias, comércios, salários, transportes etc.

3.5 Outras observações importantes:

3.5.1 devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou

destaques do seguinte modo:

33

a) Supressões: [...]

b) Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]

c) Ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.

3.5.2 Quando se tratar de dados obtidos por informação oral (palestras, debates,

comunicações, etc.), indicar entre parênteses a expressão “informação verbal”,

mencionando-se os dados disponíveis, somente em nota de rodapé.

Exemplo: Tricart constatou que na Bacia do Resende, no Vale do Paraíba, há indícios de

cones de dejeção (informação verbal).

3.5.3 Na citação de trabalhos em fase de elaboração, deve ser mencionado o fato,

indicando-se os dados disponíveis, somente em notas de rodapé.

Exemplo: Poetas Rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a ser editado pela

EDIPUCRS, 2001 (em fase de elaboração).

3.5.4 Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta alteração com

a expressão “grifo nosso” entre parênteses, após a idealização da citação.

Exemplo: [...] para que não tenha lugar a produção de degenerados, quer physicos

quer moraes, misérias, verdadeiras ameaças à sociedade (SOUTO, 1916, p.46, grifo

nosso).

3.5.5 Caso o destaque seja do autor consultado, usa-se a expressão “grifo do autor”.

Exemplo: [...] b) desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que,

aparecendo o classicismo como manifestação de passado colonial [...] (CÂNDIDO,

1993, v.2, p.12, grifo do autor).

3.5.6 Quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data,

acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo assim existir coincidência,

colocam-se os prenomes por extenso.

Exemplos SILVA, M., (1930)

SILVA, L., (1930)

RIOS, Carlos (1929)

RIOS, Ciro (1929)

34

3.5.7 As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicadas num mesmo

ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas após a data sem

espacejamento.

Exemplos

(OLIVEIRA, 1951a)

(OLIVEIRA, 1951b)

35

4 ILUSTRAÇÕES E TABELAS

4.1 Ilustrações

As ilustrações (gravuras, fotografias, mapas, desenhos, esquemas, gráficos,

quadros, fórmulas, plantas, organograma, fluxogramas, retratos, figuras, imagens e

outros) podem ser utilizadas nos trabalhos científicos e são importantes para esclarecer,

explicar e tornar mais simples a compreensão do texto. Em suas considerações sobre as

ilustrações, França (1998) faz a seguinte observação:

toda ilustração que já tenha sido publicada anteriormente deve conter, abaixo da legenda, dados sobre a fonte (autor, data, página) de onde foi extraída (Lei 5988 de 14/12/73, Cap. IV, art. 51, que regulamenta os direitos autorais). Como nas demais citações a referência bibliográfica completa, relativa à fonte da ilustração, deve figurar na listagem bibliográfica final. (FRANÇA, 1998, p.86).

A indicação das ilustrações pode integrar o texto ou localizar-se entre parênteses

no final da frase:

Exemplo

a) Foto (Fotografia)

- A foto 1 mostra o cultivo de alface em sistema de hidroponia.

- Nas propriedades familiares há o cultivo de alface em sistemas de hidroponia (Foto 1).

b) Quadro

- No quadro 1 encontram-se relacionadas as associações dos cafeicultores do Cerrado.

- A Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) foi criada em 1986 (Quadro 1).

4.2 Tabelas

As tabelas, em sua apresentação:

- têm numeração independente e consecutiva;

- o título é colocado na parte superior, precedido da palavra Tabela e de seu número de

ordem em algarismos arábicos;

- as fontes citadas na construção de tabelas e notas eventuais aparecem no rodapé após o

fio de fechamento;

36

- caso sejam utilizadas tabelas reproduzidas de outros documentos, a prévia autorização

do autor se faz necessária, não sendo mencionada na mesma;

- devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem;

- se a tabela não couber em uma folha, deve ser continuada na folha seguinte e, nesse

caso, não é delimitada por traço horizontal na parte inferior, sendo o título e o cabeçalho

repetidos na folha seguinte;

- nas tabelas utilizam-se fios horizontais e verticais para separar os títulos das colunas

no cabeçalho e fechá-la na parte inferior, evitando-se fios verticais para separar as

colunas e fios horizontais para separar as linhas.

A indicação das tabelas pode integrar o texto ou localizar-se entre parênteses no final da

frase:

Exemplo:

A tabela 1 mostra os cultivos de café e soja no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba no período 1970-1985.

No Triângulo Mineiro, o cultivo do café passou de 160t em 1970 para 32.903t em 1985 (Tabela 1).

Box 5

Há uma diferença entre quadro e tabela. Nos quadros, colocam-se as grades laterais e

são usados para dados e informações de caráter qualitativo. Nas tabelas são usados

dados quantitativos e devem ser elaboradas de acordo com as normas do IBGE.

37

5 REFERÊNCIAS: normas para elaboração

As referências correspondem à lista, em ordem alfabética, das fontes

(documentos, artigos, livros, documentos eletrônicos, CD-ROM, vídeos...) empregadas

(citadas diretamente ou apenas consultadas) pelo autor na elaboração de seu trabalho.

Devem ser colocadas de forma correta nos trabalhos.

Na elaboração dessa listagem, utilizam-se as Normas de Referenciação

apresentadas pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Estão em

vigência as Normas: NBR-6023/Ago/2002 e não é necessário escrever a palavra

“bibliográficas” face ao uso de documentos eletrônicos. Ao fazer as referências no

trabalho é importante consultar a referida Norma ou livros de Metodologia Científica

que tratem deste assunto.

A bibliografia, embora não tratada pela ABNT, é uma relação de fontes

bibliográficas recomendadas para enriquecimento e aprofundamento do assunto ou para

comprovação de dados. É frequentemente tratada por “Obras Recomendadas.” Nelas

utilizam-se as mesmas normas de referênciação da ABNT e, geralmente, são utilizadas

na publicação do trabalho.

A seguir, alguns modelos de referências utilizadas nos trabalhos acadêmicos.

- Livros:

AUTOR (ES).Título: subtítulo. Indicação de responsabilidade (organização, revisão crítica, tradução etc). Edição. Local de publicação (cidade): Editor, data (ano). Número de páginas ou volumes. KAUSTKY, Karl. A questão agrária. Tradução de C. Iperoig. 3.ed. São Paulo: Proposta, 1980. 329 p. ALVES, Adilson F.; CARRIJO, Beatriz R.; CANDIOTTO, Luciano Z. P. (Org.). Desenvolvimento territorial e agroecologia. São Paulo: Expressão Popular, 2008. 256p. - Dissertações e teses:

AUTOR. Título: subtítulo. Data. Número de folhas ou volumes. Tipo de trabalho (grau)-vinculação acadêmica, local e data de apresentação ou defesa mencionada na folha de apresentação (se houver).

38

PESSÔA, Vera Lúcia S. Ação do Estado e as transformações agrárias no Cerrado das Zonas de Paracatu e Alto Paranaíba (MG). 1988. 237 f. Tese (Doutorado em Organização do Espaço) –UNESP/Campus de Rio Claro, 1989.

Nota: nesta tese há a data do depósito da tese ( 1988) e a data da defesa (1989).

MONTEIRO, Rafael de M. Relações de poder, territórios e territorialidades: as travessias da vida no Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO). 2013. 150 f. Dissertação (Mestrado em Geografia)-Universidade Federal de Goiás/Campus de Catalão, Catalão, 2013.

- Capítulos de livro:

AUTOR (ES) Título do capítulo. In: AUTOR (ES) DO LIVRO. Título do livro. Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data (ano). Número de páginas. Páginas inicial e final do capítulo. CANDIOTTO, Luciano Z. P.; CARRIJO, Beatriz R.; OLIVEIRA, Jackson A. de. A agroecologia e as agroflorestas no contexto de uma agricultura sustentável. In: ALVES, Adilson F.; CARRIJO, Beatriz R.; CANDIOTTO, Luciano Z. P. (Org.). Desenvolvimento territorial e agroecologia. São Paulo: Expressão Popular, 2008. 256p.p.213-232. - Trabalhos apresentados em congressos:

AUTOR (ES) DO TRABALHO. Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, número do evento, data da realização, local de realização (Título... Local de publicação (cidade): Editora, data de publicação (ano). Páginas inicial e final do trabalho. MARIA, Luciene X. de; CLEPS JÚNIOR, João. As novas definições do arrendamento e da parceria de terras no Triângulo Mineiro. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA, XVII., 2004, Gramado. Anais... Gramado: UFRGS/PPGG/Instituto de Geociências/Departamento de Geografia, 2004. 1CD-ROM. p.61-72. - Artigos de periódicos impressos

AUTOR (ES) DO ARTIGO. Título do artigo. Título da revista, local de publicação (cidade), número do volume, número do fascículo, página inicial e final do artigo. Mês e ano do fascículo. MATOS, Patrícia F. de. Modernização agrícola e a re-organização do espaço agrário nas áreas de Cerrado. Mediação, Pires do Rio, v.2, n.2, p.97- 107, 2007. Nota: há periódicos que não têm o mês de publicação, outros são semestrais.

39

- Artigos de periódicos eletrônicos AUTOR (ES) DO ARTIGO. Título do artigo. Título da revista, local de publicação (cidade), número do volume, número do fascículo, página inicial e final do artigo. Mês e ano do fascículo. Disponível em < http://www..... > Acesso em: 8 ago.2011. SAQUET, Marcos A. Campo – território: considerações metodológicas. Campo-Território: Revista de Geografia Agrária, Uberlândia, v.1, n.1, p.60-81, fev. 2006. Disponível em: <http://www.campoterritorio.ig.ufu.br >. Acesso em: 30 mar. 2013. -Artigos de jornais ou revistas PILAGALLO, Oscar. Livro defende rigor científico em programas antipobreza. Folha de São Paulo, São Paulo, 6 ago. 2011. Caderno de Mercado, p. B2. MELO, Fernando Homem de. O etanol brasileiro não é competitivo nos EUA. Dinheiro Rural, São Paulo, n.82, p.24-26, ago.2011. Entrevista concedida a Juliana Ribeiro. - Home page

AUTOR (ES). Título. Disponível na Internet. Endereço. Data de acesso. MOARES, Antonio Carlos R. de. O território brasileiro no limiar do século XXI. Disponível em: <http://www.geografia.igeo.uerj.br/dgeo/geouerj1h/tonico.htm>. Acesso em: 30 maio 2000. Nota: É importante consultar a ABN NBR 6023 –referências –ago 2002 ou um livro

atualizado para fazer as referências. Os exemplos citados são apenas uma parcela dos

diversos tipos: documentos monográficos, publicações periódicas, patentes, documentos

jurídicos, documentos sonoros e musicais, imagens em movimento, documentos

iconográficos, documentos tridimensionais, documentos cartográficos, microformas

(microfichas e microfilmes), jogos, documentos eletrônicos.

40

6 EXPRESSÕES LATINAS

É muito comum o uso de termos, expressões e abreviaturas latinas, embora devam ser

evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Em alguns casos é preferível repetir tantas

vezes quantas vezes forem necessárias as referências. Essas expressões só podem ser

usadas quando fizerem referências às notas de uma mesma página ou em páginas

confrontantes. As expressões mais usadas são:

1) Ibidem ou Ibid. = é usado quando se fizerem citações de um mesmo documento,

variando apenas a paginação. Só pode ser usada na mesma página ou folha da citação a

que se refere.

Exemplo

No texto:

A chamada “Revolução Verde” foi um programa que tinha como objetivo [...] contribuir para o aumento da produção e produtividade agrícola no mundo.1

Atrás dos aparentes objetivos generosos e humanitários da “Revolução Verde” ocultavam-se poderosos interesses econômicos.2

No pé da página onde aparece a nota:

________ 1BRUM, 1988, p.44 2Ibid.,p.45

2) Idem ou Id. (do mesmo autor) = substitui o nome, quando se tratar de citação de

diferentes obras do mesmo autor. Só pode ser usada na mesma página ou folha da

citação a que se refere.

Exemplo

No texto:

Milton Santos faz considerações importantes sobre as novas relações campo-cidade, conforme pode-se constatar nas exposições a seguir.

Durante alguns séculos, campo e cidade interagiam mutuamente, mas com o processo que se inicia coma s grandes navegações e consolida-se coma revolução industrial, não é mais possível ficarmos imunes às mudanças e continuarmos com os mesmos conceitos e classificações hierárquicas.1

41

A cidade é um pólo indispensável ao comando técnico da produção, a cuja natureza se adapta, e é um lugar de residência de funcionários da administração pública e das empresas, mas também de pessoas que trabalham no campo e que, sendo agrícolas, são também urbanas, isto é, urbano-residentes.2

No pé da página onde aparece a nota:

___________ 1SANTOS, 1988, p.54 2Id., 2000, p.91

Observação: O termo “Ibidem” já significa “na mesma obra”, sendo portanto, redundante o uso de “Idem, Ibidem”, na mesma citação.

3) Op. cit. (na obra citada) = é usada em seguida ao nome do autor, referindo-se à obra

citada anteriormente, na mesma página, quando houver intercalação de outras notas. Só

pode ser usada na mesma página ou folha da citação a que se refere.

Exemplo

No texto:

O fenômeno da modernização da agricultura deve ser percebido dentro do contexto da economia mundial e da estratégia da sua expansão no após guerra, bem como no âmbito da economia brasileira e do avanço de sua internacionalização, de que a agricultura é parte integrante.1

A modernização da agricultura brasileira vem sendo feita com o fim de atender precipuamente aos interesses dos grandes proprietários rurais e das empresas comerciais e industriais [...]2

O processo de modernização ainda não se completou, não é global, pois não atinge todo o país, todas as atividades agropecuárias e todos os produtores.3

No pé da página onde aparece a nota:

______ 1BRUM, 1988,p.66 2ANDRADE, 1979,p.42 3BRUM, op.cit.,p.69

4) Loc. cit. (no lugar citado) = é empregada para mencionar a mesma página de uma

obra já citada ou quando houver também intercalação de outras notas de indicação

bibliográfica. Só pode ser usada na mesma página ou folha da citação a que se refere.

42

Exemplo

No texto:

A agricultura moderna surge a partir dos séculos XVIII e XIX quando, em diferentes regiões do oeste europeu, intensifica-se a adoção de sistemas de rotação de culturas com plantas forrageiras, especialmente as plantas leguminosas, e se aproximam as atividades agrícola e pecuária. Essa fase, conhecida como Primeira Revolução Agrícola, resultou em enormes aumentos de produtividade, atenuando os problemas de escassez crônica d alimentos em várias partes da Europa.1

No final do século XIX e início do século XX, uma série de descobertas científicas e tecnológicas, como os fertilizantes químicos, o melhoramento genético das plantas e os motores de combustão interna, possibilitaram o progressivo abandono dos sistemas rotacionais e o divórcio da produção animal e vegetal. Tinha início uma nova fase da história da agricultura, a Segunda Revolução Agrícola [...]2

No pé da página onde aparece a nota:

______ 1EHLERS, 1999, p.45 2EHLERS, 1999, loc.cit.

5) Passim (aqui e ali; em diversas passagens) = é usado quando se quer fazer referência

a diversas páginas de onde foram retiradas as ideias do autor, evitando-se a indicação

repetitiva dessas páginas. Geralmente, indica-se a página inicial e final do trecho que

contem as opiniões e os conceitos utilizados.

Exemplo

No texto:

De acordo com Altieri1, exemplos de programas promovidos por ONGs, utilizando abordagens agroecológicas, podem ser encontrados em diferentes partes do mundo. Para Altieri, os diversos lugares são: cultivo ou aldeias na África; promoção de sistemas agrícolas integrados em Bangladesh; conservação dos solos nas encostas na América Central; reconstruindo terraços abandonados nos Andes; recriando a agricultura inca nos Andes Peruanos; melhora na oferta de alimentos e na renda das pequenas propriedades mediterrâneas do Chile.

No pé da página onde aparece a nota:

_______ 1ALTIERI, 1998, passim OU 1ALTIERI, 1998, p.38-45 passim

43

6) Et seq. (seguinte ou que se segue) = é usada quando não se quer mencionar todas as

páginas da obra referenciada. Indica-se a primeira página, seguida da expressão et seq.

Exemplo

No texto:

Rodrigues1, ao fazer a classificação do turismo rural propriamente dito, sugere dois grandes grupos relacionados basicamente ao patrimônio cultural- o primeiro, de cunho histórico e o segundo, de natureza contemporânea. No primeiro, o turismo de cunho histórico, inclui-se o turismo rural tradicional, com atividades de origem agrícola; de origem pecuarista; de colonização européia. No segundo, o turismo rural contemporâneo, estão as seguintes atividades: hotéis-fazenda; pousadas rurais; spas rurais; segunda residência campestre; campings e acampamentos rurais; turismo de caça e pesca; turismo rural místico ou religioso; turismo rural científico-pedagógico; turismo rural etnográfico.

No pé da página onde aparece a nota:

______ 1RODRIGUES, 2001, p.110 et seq.

7) Cf. (confira) = é normalmente usada para fazer referência a trabalhos de outros

autores ou a notas do mesmo autor.

Exemplo

No texto:

O conceito de desenvolvimento sustentável consiste essencialmente em potencializar aqueles esquemas de desenvolvimento que têm como objetivo a satisfação das necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazer suas necessidades, seja uma área rural, um município, um país ou o conjunto da biosfera.1

No pé da página onde aparece a nota:

_______ 1Cf. GUZMÁN, 1998.

Além destas abreviaturas, expressões e termos, há outras que podem ser

utilizadas nos trabalhos:

1) Sic (assim, assim mesmo) = é usada para destacar erros gráficos ou de outra natureza,

informando ao leitor que estava assim mesmo, no texto original.

44

Exemplo [...] todo aquele devedor que for renitente em pagar sua dívida e que buscar subterfúgio (sic) para ... (FERREIRA, 1986, p.245).

2) Apud (citado por, segundo) = é a única expressão que também pode ser usada no

texto. É usada para citações.

Exemplo

No texto:

a) Silva (1973 apud ABREU, 1980, p.3) diz ser...

b) [...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de 1937, preservado de modo encapuçado na Carta de 1946 (VIANNA, 1986, p.172 apud SEGATTO, 1995, p.214-215).

c) No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear.

d) Falarei pouco da importância de uma boa educação; nem me deterei tampouco em provar que a que se pratica é má; mil outros o fizeram antes de mim, e não me agrada encher um livro com as coisas que todo mundo sabe.1

No pé da página onde aparece a nota:

_______ 1ROUSSEAU, 1968, p.5 apud CALLAI, 1996, p.19

3) ca: usada para datas aproximadas.

Exemplo

As transformações no espaço rural foram constatadas quando a ferrovia chegou na região no final do século XIX (SILVA,ca.1920)

4) e.g. (exempli gratia) ou v.g. (verbi gratia): por exemplo

5) il. ou ilust.: ilustrações ou ilustrado.

Exemplos

- O livro contem 40 p.il.

- O livro contem 55 il. (ou ilust.)

6) in: em (usado nas referências).

45

Exemplo

ANDRADE, Manuel C. de. Evolução histórica e perspectivas de mudanças na agricultura. In:______. Agricultura e capitalismo. São Paulo: Ciências Humanas, 1979. p.19-27.

7) fl.: folha/folhas.

Exemplo

- A monografia tem 57 fl.

- As 57 fl. do processo foram analisadas.

8) p.: páginas.

Exemplo

- A primeira parte da obra tem 50 p.

9) S.l (sine loco): sem local / s.n.(sine nomine):sem editora.

Exemplo

SANTOS, J. O bairro rural: um espaço em transformação. [S.l; s.n], 1902. 20p.

SILVA, J. A agricultura tradicional nas regiões serranas. São Paulo: [s.n.], 1904. 20 p.

Nota: Quando as informações sobre o local, editora e ano de publicação estão incompletas, usa-se também a expressão: s.n.t (sem notas tipográficas).

10) v.: volume.

Exemplo

-No v.IV, cap. 3, p.50-70

-No v.3, n.5, p.7-10

11) vid.: vide

12) v.o.: ver original

13) et al. ou et alii.: e outros: usado em referências bibliográficas quando há mais de três autores.

46

Exemplo

BORGES, J. et al. OU

BORGES, J. et alii.

Nota: não é necessário usar o tipo itálico para escrever et al. ou et alii.

47

7 NOTAS, ABREVIATURAS E NUMERAIS: como colocar no texto acadêmico

7.1 Notas

As notas são observações sobre o texto e que não devem ser incluídas nele. Nas

notas são feitos comentários, são dadas indicações das citações feitas ou são colocadas

tradução de textos citados em língua estrangeira. Podem ser citadas:

No rodapé: são as notas de rodapé e podem ser:

a) Notas de referência: notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras

partes da obra onde o assunto foi abordado. Sua numeração é feita por algarismos

arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo.

Exemplo

No texto:

A modernização tecnológica, enquanto induzida pela intervenção do Estado, reflete a intensificação do processo de inserção da agricultura dos países subdesenvolvidos na economia mundial constituída1

No pé da página onde aparece a nota:

_______________________ 1AGUIAR, R.C. de. Abrindo o pacote tecnológico: Estado e pesquisa agropecuária no Brasil. São Paulo: Polis; Brasília:CNPq, 1986. p.76.

b) Notas explicativas: notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações,

que não possam ser incluídas no texto. Sua numeração é feita com algarismos arábicos,

devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou parte.

1 Para maior aprofundamento sobre as noções de pluriatividade na agricultura e agricultura em tempo parcial ver ALENTEJANO (1999, 2000); GRAZIANO DA SILVA (1997); SCHNEIDER (1994,1999).

2 Agricultura “tradicional” refere-se à agricultura que utiliza intensivamente os recursos naturais (a fertilidade natural do solo) e a mão-de-obra direta.

No final do trabalho, são as notas colocadas depois das referências. A numeração

corresponde à mesma ordem em que aparecem no texto.

48

7.2 Abreviaturas

a) Unidades de peso e medida, segundo convenção, são abreviadas quando seguem os

numerais.

Ex.: 15g; 15ml.

b) Quando anunciadas, isoladamente, devem ser escritas por extenso.

Ex.: quilo, porcentagem, metro.

c) Nas abreviaturas de unidades e medidas e nas siglas não se usa ponto (.).

Ex.: 2cm , 5cm , ONU , OEA

d) Nas formas abreviadas das palavras não se usa plural.

Ex.: Coordenadores (Coord.), Organizadores (Org.), Editores (Ed.), Compiladores (Comp.)

e) Nomes geográficos não são abreviados, a não ser quando se tratar de abreviaturas

aceitas universalmente.

Ex.: USA ou EUA. Sempre escreve-se por extenso; Minas Gerais, São Paulo...

f) Meses do ano:

Ex.: são abreviados pelas três primeiras letras (jan., fev., ...) exceto maio.

7.3 Os numerais

a) Nos trabalhos científicos aconselha-se escrever por extenso os números de uma só

palavra (um, dezesseis, cem) e usar algarismos para os números de mais de uma

palavra. No entanto, por se tratar apenas de convenção, pode-se adotar uma outra

alternativa: escrever os números de 0 a 9 por extenso e a partir de 10 usar os algarismos

cardinais.

Ex.: Cinco anos de idade, 35 anos de idade.

49

b) A forma escrita por extenso pode ser empregada para indicar quantidade aproximada

e unidades de ordem elevada.

Ex.: Foram entrevistadas cerca de quinhentas pessoas.

c) Nos números seguidos de unidades padronizadas é obrigatório o uso do algarismo

cardinal.

Ex.: 5m, 8cm, 40ml.

d) No início de frases, aconselha-se a evitar o uso de números. Quando se quer

expressar porcentagem, é recomendável adotar o símbolo próprio: %. Só se usa o

símbolo precedido de um número cardinal.

Ex.: 75% , 100%.

e) Nas referências às páginas e volumes de uma publicação, usam-se sempre os

numerais cardinais.

Ex.: Na página 20, v.3 encontra-se a informação sobre...

f) Nunca se deve usar a letra I (maiúscula) para representar o número um.

Ex.: O número 1 da fila receberá...

g) Nas referências ao primeiro dia do mês, usa-se o número ordinal, enquanto que, com

relação aos outros dias do mês, usa-se o cardinal.

Ex.: No primeiro de maio de 1950 foi realizada a primeira assembléia...; No dia 21 de abril de 1960 inaugurava-se Brasília, a nova capital do país.

h) Para designar horas do dia, usa-se sempre numeral cardinal.

Ex.: 21:30 12 h e 30 min

50

8 A COMUNICAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS EM EVENTOS E

PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS

A apresentação dos trabalhos acadêmicos em eventos e publicações científicas

podem ser feitas sob a forma de resumos, principalmente o informativo e expandido, de

resenha ( resumo crítico), de artigo científico, de relatório técnico-científico, de paper

ou comunicação científica, de ensaio científico e ainda de relato de experiência. A

orientação para sua digitação seguem as normas usadas para elaboração dos trabalhos

acadêmicos, discutidas no item 2, devendo-se fazer as adequações necessárias a cada

tipo.

8.1 Resumo6:

8.1.1 Definição: resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um

documento.

8.1.2 Tipos de resumo

8.1.2.1 Resumo crítico: resumo redigido por especialistas com análise crítica de um

documento. É também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada

edição entre várias, denomina-se recensão.

8.1.2.2 Resumo indicativo: indica apenas os pontos principais do documento, não

apresentando dados qualitativos e quantitativos. De modo geral, não dispensa a consulta

ao original. Esse tipo de resumo é encontrado nos catálogos de editoras e livrarias.

8.1.2.3 Resumo informativo: informa o leitor finalidades, resultados e conclusões do

documento, de tal forma que este possa [...] dispensar a consulta ao original. Esse tipo

de resumo pode ser usado como atividade didática para avaliação ( leitura de textos,

livros...) e nos trabalhos acadêmicos.

8.1.2.4 Resumo expandido: além das normas para elaboração de resumo, recomendadas

pela ABNT, citadas anteriormente, há também o resumo expandido, muito utilizado nos

eventos científicos. De acordo com Pug7 ( 2004), o resumo expandido não é apenas um

6 As informações estão fundamentadas na ABNT/NBR - 6028 – resumos – nov. 2003.

7 Estas informações foram adaptadas do trabalho de William Pug (Departamet of Computer Science and Institute for Advanced Computer Studies da Universidade de Maryland, College park) na página da internet: www.eecs.harvard.edu/cs245/pughadvice.html, consultada em 29 jun. 2004.

51

resumo longo. Deve incluir referências, comparações com trabalhos relacionados e

outros detalhes esperados em um documento científico. O resumo expandido é um

documento de pesquisa, cujas ideias e significância possam ser entendidas em menos de

uma hora de leitura. Ainda de acordo com o autor, escrever um resumo expandido pode

ser mais trabalhoso que um paper completo.

O resumo expandido poderá ter de duas a sete páginas. O tamanho, muitas

vezes, depende das normas do evento que solicita este tipo de resumo.

8.1.3 Estilo de resumo

- o resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do

documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (indicativo

ou informativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original;

- o resumo deve ser precedido da referência do documento, exceto se o resumo estiver

inserido no próprio documento;

- o resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não

de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único;

- a primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A

seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo

de caso, análise da situação etc.);

- deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular;

- as palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão

Palavras-chave: separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto;

- devem-se evitar: símbolos e contrações que não sejam de uso corrente, fórmulas,

equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários. Quando seu

emprego for imprescindível, deve-se defini-lo na primeira vez que aparecem.

8.1.4 Extensão do resumo

Quanto a sua extensão os resumos devem ter:

- de 150 a 500 palavras: trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-científicos;

- de 100 a 250 palavras: artigos de periódicos;

- de 50 a 100 palavras: indicações breves.

52

Nota: os resumos críticos ( resenha/recensão), por suas características especiais, não

estão sujeitos a limite de palavras.

8.2 Resenha

A resenha é, na maioria das vezes, o trabalho mais solicitado nas atividades

acadêmicas e também para publicação em revistas científicas.Também é uma atividade

usada por algumas profissões como jornalismo, teatro, cinema, música, literatura

(ANDRADE,2006).

A resenha acadêmica estrutura-se nas seguintes partes lógico-relacionais

(SEVERINO, 2000, p.131-132):

a) cabeçalho: são transcritos dados bibliográficos completos da publicação resenhada;

b) informação sobre o autor: dispensável se o autor for muito conhecido;

c) exposição: sintética do conteúdo do texto: deve ser objetivo e conter os pontos

principais e mais significativos da obra analisada, acompanhando os capítulos ou parte

por parte. Deve passar ao leitor uma visão precisa do conteúdo do texto de acordo com a

análise temática destacando o assunto, os objetivos, a ideia central, os principais passos

do raciocínio do autor.

d) comentário crítico: avaliação que a resenhista faz do texto que leu e sintetizou. Essa

avaliação crítica pode assinalar tanto os aspectos positivos quanto os aspectos negativos

do mesmo. [...] Pode-se destacar a contribuição que o texto traz para determinados

setores da leitura, sua qualidade científica, literária ou filosófica, sua originalidade etc.,

negativamente, pode-se explicar as falhas, incoerências e limitações do texto.

O autor ainda faz as seguintes observações sobre a resenha (SEVERINO, 2000, p. 132):

a) o comentário é feito como último momento da resenha, após a exposição do

conteúdo, mas pode ser distribuído difusamente, junto com os momentos anteriores:

expõe-se e comenta-se simultaneamente as ideias do autor;

b) as críticas devem ser dirigidas as ideias e posições do autor, nunca a sua pessoa ou às

condições pessoais de existência;

53

c) é sempre bom contextualizar a obra a ser analisada, no âmbito do pensamento do

autor relacionando-o com seus outros trabalhos e com as condições gerais da cultura da

área, na época de sua produção.

8.3 Artigo científico8: são pequenos estudos, completos, que tratam de uma questão

verdadeiramente científica. São resultados do estudo de um tema/problema e publicados

em revistas ou periódicos especializados. Os elementos são:

Preliminares

a) Cabeçalho: título (e subtítulo) do trabalho

b) Autor(es)

c) Credenciais do(s) autor(es)

d) Local de atividade

Resumo/Abstract/Resumen/Resume

Palavras-chave

Corpo do artigo (texto)

a) Introdução

b) Texto

c) Considerações Finais/Conclusões ou Comentários

Parte referencial

a) Referências

b) Apêndice e/ou anexos (quando houver necessidade)

Agradecimentos

Data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem escreve um

artigo científico, em face da rápida evolução da ciência e da tecnologia e demora de

certas editoras na publicação de trabalhos).

8 SANTOS, Antonio R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5.ed. Rio de Janeiro:

DP&A, 2002. p.41-42. Ver também: ABNT/NBR 6022: artigo em publicação periódica científica impressa. Rio de Janeiro, 2003.

54

8.4 Relatório técnico-científico9: é o resultado de uma pesquisa (de campo ou de

laboratório). Os elementos são:

Parte pré-textual

a) Capa

b) Folha de rosto

c) Prefácio ou apresentação (*)

d) Resumo

e) Listas (ilustrações, tabelas, abreviaturas e siglas, símbolos) (*)

f) Sumário

Parte textual

a) Introdução

b) Desenvolvimento

c) Conclusões e/ou recomendações

Parte pós-textual

a) Anexo(s) ou Apêndice(s)

b) Agradecimentos (*)

c) Referências

d) Glossário

e) Índice (*)

f) Ficha de identificação

(*) Itens opcionais.

8.5 Paper ou comunicação científica10: é um texto de suporte a uma comunicação oral

em cursos, congressos, simpósios, reuniões científicas etc.As características de um

paper são: contém, em média, entre duas e dez páginas estruturadas no modelo de

artigo científico ou artigo relatório; publicado em atas e anais dos eventos científicos em

9 ASSOCIAÇÃO BRASILERIA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719: apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 2004.

FRANÇA, Junia L. Relatórios técnicos-científicos. In:______. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 4.ed. rev.ampl. Belo Horizonte: UFMG, 1998. 213p. p.40-46.

10 SANTOS, Antonio R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p.42.

55

que foi apresentado, na íntegra ou na forma de resumos e sinopse; segue a mesma

estrutura dos artigos científicos (introdução, corpo e conclusão), porém sem

subdivisões: é um texto unitário. Os elementos são:

Título (subtítulo) do trabalho

Autor(es)

Credenciais do(s) autor(es)

Sinopse/resumo

Palavras-chave

Texto (sem subdivisões, embora tenha como conteúdo uma introdução, um corpo e uma conclusão)

Referências

Ensaio científico11: é um texto científico que desenvolve uma proposta pessoal do autor

sobre um determinado assunto, com objetivo de expressar a visão do autor, até mesmo

de forma independente em relação ao pensamento científico expresso e comum a

respeito do assunto. Pode-se pensar o ensaio científico como “um conjunto de

impressões do especialista”. Os elementos são:

Preliminares

a) Cabeçalho: título (e subtítulo) do trabalho

b) Autor(es)

c) Credenciais do(s) autor(es)

d) Local de atividade

Resumo/Abstract/Resumen/Résumé

Palavras-chave

Corpo do artigo (texto)

a) Introdução

b) Texto

11 SANTOS, Antonio R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p.44

56

c) Considerações Finais/Conclusões ou Comentários

Parte referencial

a) Referências

b) Apêndice e/ou anexos (quando houver necessidade)

8.6 Artigo –relatório ( ou relato de experiência)12: o artigo-relatório é resultado da

publicação de pesquisas de campo e de laboratório. O formato para o artigo-relatório

segue a estrutura de um relatório científico ( referencial teórico, metodologia,

apresentação dos resultados, análise e interpretação dos resultados, recomendações,

sugestões) a diferença é que consiste em um texto para publicação em periódicos,

sendo de extensão menor, sem haver prejuízo para os elementos essenciais. Os

elementos são:

a) título ( subtítulo do trabalho);

b) autor (es);

c) credenciais do(s) autor (es);

d) sinopse/resumo( abstract);

e) palavras-chave;

A seguir, a introdução, o desenvolvimento, conclusões e referências.

12 SANTOS, Antonio R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p.40

57

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: informação e documentação: resumo. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: informação e documentação: sumário. Rio de janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILERIA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719: apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: 2011: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. São Paulo, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: informação e documentação - projeto de pesquisa –apresentação. Rio de Janeiro, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento - apresentação. Rio de Janeiro, 2012. AZEVEDO, Israel B. de. O prazer da produção científica: diretrizes para a elaboração de trabalhos acadêmicos. 2.ed. ampl. Prefácio de Hugo Assmann. Piracicaba: UNIMEP, 1993. FRANÇA, Junia L. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 4.ed. rev. ampl. Belo Horizonte: UFMG, 1998.´p.116-119. JOSÉ, Eliane M. A. et al. Objetivos educacionais. In:______. Diretrizes para prática de ensino. Curitiba:HDV, 1983.p.33-35. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Como resumir. In:______. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 4. ed. rev. São Paulo: Atlas, 1992. p.73-79. PESSÔA, Vera Lúcia S. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos: material para fins didáticos . Uberlândia,[s.n],2010. Apostila ( Parte I e II). SILVA, Angela M.; PINHEIRO, Maria Salete de F.; FRANÇA, Maira N. Guia para normalização de trabalhos técnico-científicos: projetos de pesquisa, monografias, dissertações, teses. 5.ed. rev. atual. Uberlândia: EDUFU, 2005. (2ª. reimpressão).

58

SANTOS, Antonio R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5.ed. rev. Rio de Janeiro: DP & A, 2002. SEVERINO, Antonio J. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. ver. ampl. São Paulo: Cortez, 2000. SWERTS, Mário Sérgio O. et al. Manual para elaboração de trabalhos científicos.Alfenas: UNIFENAS, 2010. Disponível em: <http://www.unifenas.br/pesquisa/manualmetodologia/normasdepublicacoes.pdf/ Acesso em: 20 mar. 2013.

59

APÊNDICES

60

APÊNDICE A - SEÇÕES NOS TRABALHOS ACADÊMICOS13

Os termos e as definições são importantes para a organização do trabalho:

- alínea: cada uma das subdivisões de uma seção de um documento;

- indicativo de seção: número ou grupo numérico que antecede cada seção do

documento;

- seção: parte em que se divide o texto de um documento, que contém as matérias

consideradas afins na exposição ordenada do assunto;

- seção primária: principal divisão do texto de um documento;

- seção secundária: subdivisão do texto a partir de uma seção primária;

- seção terciária: subdivisão do texto a partir de uma seção secundária;

- seção quaternária: subdivisão do texto a partir de uma seção terciária;

- seção quinaria: subdivisão do texto a partir de uma seção quaternária.

- subalínea: subdivisão de uma alínea.

Com relação às seções, devem ser conforme as alíneas a seguir:

a) devem ser utilizados algarismos arábicos;

b) deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinaria;

c) o título das seções (primárias, secundárias, terciárias, quaternárias e quinarias) deve

ser colocado após o indicativo da seção, alinhado à margem esquerda, separado por um

espaço. O texto deve iniciar em outra linha;

d) ponto, hífen, travessão, parênteses ou qualquer sinal não podem ser utilizados entre o

indicativo da seção e seu título;

13 De acordo com a ABNT NBR 6024 – informação e documentação-numeração progressiva das seções de um documento – apresentação. Rio de Janeiro, 2012.

61

e) todas as seções devem conter um texto relacionado a elas;

f) o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1;

g) o indicativo de uma seção secundária é constituída pelo número da seção primária a

que pertence, seguido do número que lhe for atribuído na sequência do assunto e

separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em relação à demais seções;

Exemplo

A numeração pode ser feita da seguinte maneira:

1 (SEÇÃO PRIMÁRIA)

1.1

1.2 Seções Secundárias

1.3

1.1.1

1.1.2 Seções Terciárias

1.1.3

1.1.1.1

1.1.1.2 Seções Quartenárias

1.1.1.3

1.1.1.1.1

1.1.1.1.2 Seções Quinárias

1.1.1.1.3

Os títulos das divisões secundárias, terciárias, quartenárias e quinárias devem ser

escritos com apenas a inicial maiúscula.

62

Outro exemplo é quando se usa a divisão em PARTE(S):

Exemplo 1

PARTE I / PARTE A / PRIMEIRA PARTE

1

1.1

1.1.1

1.1.1.1

1.1.1.1.1

Exemplo 2

PARTE I / PARTE A / PRIMEIRA PARTE: TÍTULO

1

1.1

1.1.1

1.1.1.1

1.1.1.1.1

h) Os itens: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de tabelas, lista de

abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências, glossário,

apêndice, anexo e índice devem ser centralizados e não numerados, com o mesmo

destaque tipográfico das seções primárias;

i) títulos com indicação numérica, que ocupem mais de uma linha, devem ser, a partir da

segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título;

j) os títulos das seções devem ser destacados tipograficamente, de forma hierárquica, da

primária à quinaria. Podem ser utilizados os recursos gráficos de maiúscula, negrito,

itálico ou sublinhado e outros;

k) o(s) título(s) da(s) seção(ões) deve(m) ser escrito(s) com letras maiúsculas e deve(m)

ser centralizado(s);

l) o subtítulo pode ser escrito com as iniciais maiúsculas ou minúsculas.

63

Com relação à alínea, deve ser conforme as alíneas a seguir:

- os diversos assuntos que não possuam título próprio, dentro de uma mesma seção,

devem ser subdivididos em alíneas;

- o texto que antecede as alíneas termina em dois pontos;

- as alíneas devem ser indicadas alfabeticamente, em letra minúscula, seguida de

parênteses. Utilizam-se letras dobradas, quando esgotadas as letras do alfabeto;

- as letras indicativas das alíneas devem apresentar recuo em relação à margem

esquerda;

- o texto da alínea deve começar por letra minúscula e terminar em ponto-e-vírgula,

exceto a última alínea que termina em ponto final;

- o texto da alínea deve terminar em dois pontos, se houver subalínea;

- a segunda e as seguintes linha do texto da alínea começam sob a primeira letra do

texto da própria alínea.

Com relação à subalínea, deve ser conforme as alíneas a seguir:

- as subalíneas devem começar por travessão seguido de espaço;

- as subalíneas devem apresentar recuo em relação à alínea;

- o texto da subalínea deve começar por letra minúscula e terminar em ponto-e-vírgula.

A última subalínea deve terminar em ponto final, se não houver alínea subsequente;

- a segunda e as seguintes linhas do texto da subalínea começam sob a primeira letra do

texto da própria subalínea.

64

APÊNDICE B – ORGANIZAÇÃO DO SUMÁRIO NO TRABALHO ACADÊMICO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 14

2 DAS ENTRANHAS DA TERRA, AS VOZES DO SILÊNCIO: o caminho

metodológico da pesquisa no Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)..........

18

2.1 Perspectivas subjetivas do pesquisador: territórios íntimos ........................... 19

2.2 As fases da investigação: técnicas de pesquisa no Assentamento Olga

Benário em Ipameri (GO)..........................................................................................

21

2.3 Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO): contextualizando o universo

da pesquisa.................................................................................................................

29

2.4 Sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias! As primeiras visitas ao

Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO) no ano de 2011................................

38

2.5 Travessias e interlocuções territoriais: fragmentos do diário de campo da

pesquisa no Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)......................................

41

3 PARAGENS E CHEGANÇAS ESPACIAIS – A FORMAÇÃO DO

ASSENTAMENTO OLGA BENÁRIO: princípios da construção de um

território em Ipameri (GO).........................................................................................

45

3.1 Des-re-territorializações camponesas e a construção de um território: a

formação do Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO).....................................

46

3.2 As dores do parto: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

como um “novo” sujeito histórico no campo brasileiro.............................................

58

4 LEITURAS TERRITORIAIS DA MICROPOLÍTICA DO PODER: história

dos conflitos no Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)...............................

72

4.1 Assentamentos rurais e cooperação agrícola nos discursos do MST: um

convite ao debate........................................................................................................

73

4.2 Dos confins do território, as emergências do poder: a dimensão política dos

conflitos no Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)......................................

83

5 JOÃO, JOSÉ, LUZIA, JOAQUIM... GEOGRAFIA DAS

TERRITORIALIDADES: relatos de vida no Assentamento Olga Benário em

Ipameri (GO)..............................................................................................................

107

5.1 A reforma agrária na Nova República (1985): possibilidades, limites,

65

esperanças e ilusões................................................................................................... 108

5.2 Sertão é sozinho, é dentro da gente! A dimensão da vida cotidiana no

Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)..........................................................

118

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 137

REFERÊNCIAS....................................................................................................... 140

APÊNDICES............................................................................................................. 146

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista com os camponeses do Assentamento Olga

Benário em Ipameri (GO)..........................................................................................

147

APÊNDICE B – Roteiro de entrevista com as lideranças do Assentamento Olga

Benário em Ipameri (GO)..........................................................................................

150

66

ANEXOS

67

ANEXO A - Regulamento do Bacharelado -UNIOESTE

RESOLUÇÃO Nº 192/2012-CEPE, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2012.

REGULAMENTO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO DO CURSO

DE GEOGRAFIA, MODALIDADE BACHARELADO, DO CAMPUS DE FRANCISCO

BELTRÃO

CAPÍTULO I

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Art. 1º O Estágio Profissional Supervisionado é componente obrigatório do curso de Geografia

Bacharelado, lotado no Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Estadual do Oeste

do Paraná (UNIOESTE), Campus de Francisco Beltrão.

Parágrafo único. Cabe ao Colegiado de Geografia elaborar o regulamento do estágio e efetuar

alterações, conforme sejam necessárias para o bom andamento das atividades didático-

pedagógicas do curso.

Art. 2º A disciplina de Estágio Profissional Supervisionado é oferecida no 4º ano do Curso de

Geografia – Bacharelado, sendo obrigatória para a obtenção do título de Bacharel em Geografia

de acordo com o Projeto Político Pedagógico do Curso e com as Diretrizes Gerais de Estágios

da UNIOESTE.

Art. 3º O Estágio Profissional Supervisionado conta com um Coordenador de Estágio, com

Docentes Orientadores da UNIOESTE e Supervisores Técnicos da Unidade Concedente de

Estágio:

I - O Coordenador do Estágio é o docente que ministra a disciplina de Estágio Profissional

Supervisionado;

II – O Docente Orientador pode ser indicado pelo Acadêmico Estagiário dentre os docentes

lotados no Curso de Geografia, atendendo ao perfil do curso de geografia previsto no PPP,

cabendo ao Colegiado de Geografia analisar aprovar tal indicação;

III – O Supervisor Técnico é indicado pela Unidade Concedente do Estágio.

Art. 4º A prática da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado requer a orientação, na

modalidade indireta, de docentes do Curso de Geografia.

68

Art. 5º A matrícula na disciplina de Estágio Profissional Supervisionado somente poderá ser

efetuada mediante o cumprimento de 2/3 (dois terços) das disciplinas obrigatórias do curso.

Art. 6º A disciplina de Estágio Profissional Supervisionado é composta por 306 (trezentas e

seis) horas, distribuídas da seguinte forma:

I - 68 (sessenta e oito) horas teóricas, com atividades de discussão e reflexão de conteúdos e

temas relativos à pesquisa, representação espacial e atuação em projetos de planejamento e

gestão, a serem desenvolvidas em sala de aula;

II - 10 (dez) horas para elaboração do Plano de Estágio Profissional Supervisionado;

III - 120 (cento e vinte) horas de atividades práticas a serem desenvolvidas na Unidade

Concedente de Estágio:

a) As atividades práticas de Estágio Profissional Supervisionado podem ser as seguintes:

estágios em laboratórios da instituição vinculados à atuação do bacharel, em instituições

públicas, privadas ou Organizações Não Governamentais;

b) As atividades práticas não podem ser confundidas com iniciação científica, primeiro

emprego, atividade comunitária ou trabalho profissional.

IV - 28 (vinte e oito) horas para a elaboração do Relatório Técnico de Estágio;

V - 80 (oitenta) horas para elaboração de um Artigo Científico sobre a(s) temática(s) vinculadas

as atividades práticas desenvolvidas durante o estágio.

Art. 7º O acadêmico estagiário deve apresentar um Trabalho Final de Estágio composto por:

I – relatório técnico sobre as atividades desenvolvidas no estágio;

II – Artigo Científico sobre a(s) temática(s) vinculadas as atividades práticas desenvolvidas.

Art. 8º O Trabalho Final de Estágio possui defesa pública do Artigo Científico frente a uma

Comissão Examinadora composta pelo Docente Orientador (presidente), dois membros titulares

e um suplente, indicados pelo Docente Orientador.

Art. 9º Os membros da Comissão Examinadora podem ser docentes do Colegiado de Geografia,

docentes de outras instituições de ensino superior, profissionais graduados em Geografia ou em

áreas afins.

CAPÍTULO II

OBJETIVOS

Art. 10º O Estágio Profissional Supervisionado objetiva:

69

I – Proporcionar ao Acadêmico Estagiário experiências em pesquisa, representação espacial e

atuação em projetos de planejamento e gestão no campo da Geografia, desenvolvendo sua

capacidade técnica, criativa, de pesquisa, propositiva, de análise crítica e de responsabilidade

social;

II – Qualificar o Acadêmico Estagiário para o exercício profissional em Geografia;

III – Propiciar a integração do Acadêmico Estagiário com o mercado de trabalho.

CAPÍTULO III

CAMPOS DE ESTÁGIO

Art. 11º São considerados campos de atuação para o Estágio Profissional Supervisionado:

I – Organizações governamentais ou não-governamentais, de caráter público ou privado;

II – Comunidades em geral;

III – Grupos populacionais específicos;

IV – Áreas geográficas definidas;

V – Instituições de ensino, núcleos/grupos de pesquisa ou extensão;

VI – Setores da UNIOESTE que apresentem possibilidades de atuação relacionada à formação

profissional e acadêmica do estagiário.

CAPÍTULO IV

COMPETÊNCIAS DOS ENVOLVIDOS

Art. 12º Ao Coordenador do Estágio Profissional Supervisionado compete:

I – Contatar, selecionar e cadastrar potenciais Unidades Concedentes de Estágio, apoiado pela

coordenação do Colegiado de Geografia;

II – Encaminhar para assinatura os termos de convênios ou acordos de cooperação com

instituições que se habilitam como campo de estágio, apoiado pela coordenação do Colegiado

de Geografia;

III – Elaborar o termo de compromisso para realização dos estágios;

IV – Providenciar com os Acadêmicos Estagiários os documentos e formulários necessários

para o desenvolvimento das atividades;

V – Manter atualizado cadastro de Acadêmicos Estagiários e Unidades Concedentes de Estágio

no sistema de informações de estágios da UNIOESTE;

VI – Manter e gerenciar o sistema de informações do Estágio Profissional Supervisionado;

70

VII – Providenciar junto ao Colegiado de Geografia a designação de Docentes Orientadores;

VIII – Informar ao Docente Orientador sobre os procedimentos pedagógicos e regulamentares

que devem ser adotados para orientação do Acadêmico Estagiário;

IX – Elaborar o calendário adequando-o ao calendário acadêmico da instituição e ao Projeto

Político Pedagógico do Curso;

X – Encaminhar à Secretaria Acadêmica os controles de notas e freqüências de acordo com

informações recebidas do Docente Orientador;

XI – Emitir declaração de estágios;

XII – Exercer outras atribuições correlatas a sua atividade em consonância com esse

regulamento e com o Colegiado do Curso de Geografia.

Art. 13º Ao Docente Orientador do Estágio Profissional Supervisionado compete:

I – Conhecer a Unidade Concedente de Estágio;

II – Acompanhar e orientar a elaboração do plano de atividades do Acadêmico Estagiário;

III – Orientar o Acadêmico Estagiário no desenvolvimento das atividades de estágio e a redação

do relatório técnico, do artigo ou Trabalho de Conclusão de Curso;

IV – Manter informado o Coordenador de Estágio sobre o desenvolvimento das atividades;

V – Avaliar o desempenho do Acadêmico Estagiário;

VI – Indicar a composição da Comissão Examinadora para avaliação do Trabalho Final de

Estágio;

VII – Cumprir e fazer cumprir o calendário estabelecido pelo Coordenador de Estágio.

Art. 14º Ao Supervisor Técnico do Estágio Profissional Supervisionado compete:

I – Receber o Acadêmico Estagiário e informá-lo sobre as normas de funcionamento do

ambiente de estágio;

II – Acompanhar as atividades desenvolvidas pelo Acadêmico Estagiário;

III – Avaliar o desempenho do Acadêmico Estagiário de acordo com o plano de atividades por

meio de um parecer;

IV – Comunicar ao Docente Orientador qualquer ocorrência de anormalidade no estágio para

que sejam tomadas as providências cabíveis;

V – Manter contato e fornecer informações adicionais sobre o Acadêmico Estagiário ao Docente

Orientador.

CAPÍTULO V

DIREITOS E DEVERES DO ESTAGIÁRIO

Art. 15º São direitos do Acadêmico Estagiário:

71

I – Receber orientação necessária para realizar as atividades de estágio;

II – Apresentar propostas ou sugestões que possam contribuir ao aprimoramento das atividades

de estágio;

III – Estar segurado contra acidentes pessoais que possam ocorrer durante o cumprimento do

Estágio Profissional Supervisionado, em concordância com as normas da UNIOESTE.

Art. 16º São deveres do Acadêmico Estagiário:

I – Contatar a Unidade Concedente onde pretenda realizar o estágio;

II – Definir junto com o Docente Orientador e o Supervisor Técnico a linha temática do trabalho

a ser realizado durante o estágio;

III - Elaborar o plano de atividades e de acompanhamento em conjunto com o Docente

Orientador e a Unidade de Concedente de Estágio;

IV - Encaminhar os documentos e formulários necessários para o desenvolvimento das

atividades;

V – Executar as atividades previstas em seu plano de atividades, escrevendo o relatório técnico

e o artigo científico, procurando zelar pelo renome do curso de Geografia Bacharelado e da

UNIOESTE;

VI – Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas administrativas que regulamentam e

disciplinam a sua relação com a Unidade Concedente de Estágio;

VII – Respeitar o sigilo da Unidade Concedente do Estágio e obedecer às normas por ela

estabelecidas;

VIII – Informar ao Docente Orientador em tempo hábil o seu impedimento ou desistência para

continuar o estágio, ou justificativa quando impossibilitado temporariamente de concluir as

atividades do estágio;

CAPÍTULO VI

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

Art. 17º As atividades práticas de estágio somente poderão ser iniciadas mediante assinatura do

Convênio ou Termo de Cooperação Técnica (Formulário I da Resolução 385/2008 CEPE), do

Termo de Compromisso de Estágio (Formulário II da Resolução 385/2008 CEPE) e do Plano de

Atividade de Estágio (Formulário III da Resolução 385/2008 CEPE).

Art. 18º A carga horária a ser cumprida pelo Acadêmico Estagiário nas atividades práticas não

poderá exceder a 6 (seis) horas diárias ou 30 (trinta) horas semanais.

72

Art. 19º O Acadêmico Estagiário é amparado pelo seguro contra acidentes pessoais

institucional da UNIOESTE, e seu trabalho prestado não caracteriza vínculo empregatício com a

Unidade Concedente de Estágio.

Art. 20º Os horários para execução das atividades do estágio por parte do Acadêmico Estagiário

deverão ser ajustados ao quadro de horários de funcionamento da Unidade Concedente de

Estágio, não podendo coincidir com os horários programados pelo Colegiado de Geografia para

as atividades de classe.

Art. 21º O Acadêmico Estagiário pode receber bolsa ou outra forma de contraprestação que

venha a ser acordada, por parte da Unidade Concedente de Estágio.

Art. 22º O estágio desenvolvido por discentes com necessidades especiais deve ser realizado no

contexto idêntico aos demais Acadêmicos Estagiários, levando-se em conta os seguintes

requisitos:

I - Compatibilização das habilidades da pessoa com necessidades especiais às exigências da

função;

II – Adaptação de equipamentos, ferramentas, máquinas e locais de estágio às condições das

pessoas com necessidades especiais, fornecendo recursos que visem garantir a acessibilidade

física e tecnológica e a prestação de assistência que se fizer necessária durante o período de

estágio.

CAPÍTULO VII

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO

Art. 23º A forma de acompanhamento do Acadêmico Estagiário pelo Docente Orientador será

indireta, mediante os seguintes critérios:

I – Visita à Unidade Concedente de Estágio, no mínimo em uma ocasião no período de

realização do estágio;

II – Reuniões e contatos com o Supervisor Técnico;

III - Avaliação do Relatório Técnico e do Artigo Científico;

IV – Reuniões com o orientador.

CAPÍTULO VIII

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

73

Art. 24º A aprovação na disciplina de Estágio Profissional Supervisionado é condicionada a

freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) para as 68 (sessenta e oito) horas teóricas

e de 100% (cem por cento) para as 238 (duzentos e trinta e oito) horas das demais atividades.

Art. 25º As notas atribuídas na avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado

são de 0 a 100, sendo considerado aprovado o Acadêmico Estagiário que obtiver nota final igual

ou superior a 70 (setenta).

Art. 26º Para obtenção da nota final serão considerados os seguintes critérios e pesos:

I – Atividades teóricas, com peso 20 (vinte por cento);

II – Atividades práticas, com peso 20 (vinte por cento);

III – Relatório Técnico, com peso 20 (vinte por cento);

IV - Artigo Científico, com peso 40 (quarenta por cento).

Art. 27º As atividades teóricas serão avaliadas pelo professor ministrante da disciplina de

Estágio Profissional Supervisionado.

Art. 28º As atividades práticas serão avaliadas pelo Docente Orientador considerando parecer

emitido pelo Supervisor Técnico da Unidade Concedente de Estágio.

Art. 29º O Relatório Técnico do Acadêmico Estagiário será avaliado pelo Docente Orientador e

pelo supervisor de estágio.

Art. 30º O Artigo Científico será avaliado pela Comissão Examinadora em defesa pública,

obedecendo os seguintes limites de tempo.

I - até 15 (quinze) minutos para apresentação do trabalho

pelo discente;

II - até 10 (dez) minutos para arguição de cada membro da

banca;

III - até 20 (vinte) minutos para as respostas, esclarecimentos

e explicações do discente.

Parágrafo único. A eventual prorrogação dos tempos de apresentação e arguição fica a critério

do presidente da banca.

74

Art. 31º No caso de reprovação por frequência ou por insuficiência de nota final na disciplina

de Estágio Profissional Supervisionado o Acadêmico Estagiário deve cursá-la novamente, não

cabendo revisão de avaliação, segunda chamada ou dispensa de frequência.

CAPÍTULO IX

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32º Os casos omissos neste regulamento são resolvidos pelo Colegiado do Curso de

Geografia, amparado pela legislação.

75

ANEXO B - Regulamento da Licenciatura –UNIOESTE

RESOLUÇÃO Nº 323/2011-CEPE, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.

UNIOESTE – CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 1º. O presente regulamento visa normatizar e sistematizar as atividades de Estágio

Supervisionado, no Curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste – Campus de Francisco

Beltrão.

Parágrafo único: Cabe ao Colegiado de Geografia elaborar o regulamento do estágio e

efetuar alterações, conforme sejam necessárias para o bom andamento das atividades didático-

pedagógicas do curso.

Art. 2º. As disciplinas de Estágio Supervisionado em Geografia I e II no Curso de

Licenciatura em Geografia são obrigatórias para a obtenção do título de Licenciado em

Geografia, de acordo com o Projeto Político Pedagógico do Curso e com as Diretrizes Gerais de

Estágios da Unioeste.

Art. 3º. O Estágio Supervisionado em Geografia I e II objetiva formar e capacitar o

licenciando para atuar no ensino da Geografia na educação Básica - 3º e 4º ciclos do Ensino

Fundamental e no Ensino Médio; oportunizar ao licenciando o conhecimento da realidade da

escola e, aprimorar sua experiência com a prática da sala de aula.

CAPÍTULO II

Conceitos e Modalidades

Art. 4º. Entende-se por estágio obrigatório aquele desenvolvido mediante matrícula nas

disciplinas de Estágio Supervisionado em Geografia I e II - específicas e obrigatórias da

Licenciatura do currículo pleno do Curso de Graduação em Geografia.

76

Art 5º. O Estágio Supervisionado em Geografia é desenvolvido pelo licenciando, em

estabelecimento público, no 3º. e 4º. Ciclos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e no Ensino

Médio, no município de Francisco Beltrão, em turno diferente daquele em que o discente

desenvolve suas atividades acadêmicas, inclusive as referentes às disciplinas de Estágio

Supervisionado I e II.

CAPÍTULO III

Organização

Art. 6º. O Estágio em Geografia conta com um coordenador de estágio, com docentes

orientadores/supervisores da Unioeste e supervisores técnicos do campo de estágio.

Parágrafo único. O coordenador do estágio é escolhido pelo colegiado, dentre os

docentes da(s) disciplina(s) de Estágio Supervisionado em Geografia I e II.

Art. 7º. A prática das disciplinas de Estágio Supervisionado em Geografia I e II requer

a orientação, na modalidade semi-direta, de docentes do Curso de Geografia, preferencialmente

Licenciados em Geografia e com experiência no Ensino Fundamental e Médio.

Art.8º. A parte prática da disciplina Estágio Supervisionado em Geografia I, efetivada

no 3º ano do Curso de Geografia, realiza-se obrigatoriamente nas Séries Finais do Ensino

Fundamental (3º e 4º ciclos,) com carga horária de 204 h/a, distribuídas da seguinte forma:

I – 102 h/a teóricas, com atividades de discussão e reflexão de conteúdos e temas

relativos ao ensino de Geografia;

II - 102/ha de atividades práticas, assim distribuídas:

a) 62 h/a efetivadas em atividades em grupos, em duplas e/ou individuais,

realizadas e combinadas com a turma (discentes e docente da disciplina), sendo

orientados, coordenados e supervisionadas pelo docente da disciplina Estágio

Supervisionado em Geografia I, cabendo a este, inclusive a apresentação, avaliação dos

resultados e controle da frequência nestas atividades, podendo ser:

1.Pesquisa no ensino de Geografia, através de elaboração e execução de

projetos;

2.Extensão, participando em projetos nas áreas de ensino e educação;

3. Realização de oficinas pedagógicas, relacionadas à Metodologia de Ensino

de Geografia, elaboradas pelos discentes, sob orientação do docente de estágio,

77

abordando diferentes temas da Geografia, e desenvolvidas/aplicadas tanto para

a turma do discente, quanto para as demais turmas, desde que previamente

acertadas com os docentes de Estágio Supervisionado I e II;

4.Com organização de colóquios, de seminários e palestras sobre educação e

ensino, organização de eventos didáticos e/ou científicos no âmbito da

educação e ensino;

b) 40 h/a de regência, sendo de 15 h/a de observação em sala de aula na(s)

turma(s) em que vai estagiar e no mínimo 25 h/a de regência.

Parágrafo único. As atividades de estágio são orientadas e supervisionadas pelo

docente orientador de estágio, a quem cabe, também, o controle de presença, das fichas de

estágio, a aprovação do projeto do discente em estágio e do relatório final.

Art.9º. Os projetos do Estágio Supervisionado I e II e o relatório final são aprovados

pelo docente orientador e, posteriormente, entregues em duas vias: uma para o docente

orientador e outra, para o docente coordenador geral do Estágio Supervisionado em Geografia,

respeitando-se a data de entrega pré-estabelecida pelo Colegiado.

Art.10º. A disciplina Estágio Supervisionado em Geografia II, está na Grade Curricular

no 4º ano do Curso de Geografia, tem carga horária de 204 h/a, sendo 102 h/a desenvolvidas em

sala de aula sob a forma de atividades teóricas e práticas, e 102h/a em forma de Prática de

Estágio Supervisionado, obrigatoriamente no Ensino Médio:

I - 102 h/a em atividades práticas, assim distribuídas:

a) 62 h/a realizadas em atividades voltadas ao conteúdo de Geografia no

Ensino Médio, tais como:

1.Pesquisa no ensino de Geografia através de elaboração e execução de

projetos;

2.Extensão, participando em projetos de ensino de Geografia para o Ensino

Médio;

3.Oferta de oficinas pedagógicas abordando diferentes temas relacionadas à

Metodologia de Ensino de Geografia, elaboradas pelos discentes com a

orientação do docente de estágio, e desenvolvidas/aplicadas na turma em que

o discente está cursando, e/ou nas demais turmas do curso de Geografia, ou

ainda no curso de Pedagogia ou áreas afins, desde que previamente acertadas

com os docentes de Estágio Supervisionado I e II;

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4.Organização, pelos discentes da disciplina, de eventos didáticos e/ou

científicos, teóricos e/ou práticos, no âmbito da educação e do ensino,

orientados, coordenados e supervisionados pelo docente da disciplina.

b) 40 h/a efetivadas em estágio de observação e regência em Geografia no

Ensino Médio de, no mínimo, 15 h/a de observação, preferencialmente, na (s)

turma (s) em que vai estagiar, e 25 h/a de regência.

Parágrafo único. A elaboração do projeto para estágio de regência e o

desenvolvimento de todas as atividades nele planejadas são coordenadas e supervisionadas pelo

docente orientador do discente em estágio; inclusive o controle das fichas de presença no

estágio, os projetos e o relatório final.

Art. 11º. Fica a critério do docente orientador desenvolver, junto ao discente um Plano

de Acompanhamento de Estágio.

Parágrafo único. No caso de problemas ou desentendimentos, fica a critério de ambas

as partes a comunicação ou não, ao coordenador geral de estágio, para que este tome

providências junto ao Colegiado do Curso de Geografia.

Art. 12º. As etapas de observação no estágio I e II (15 h/a) são realizadas no primeiro

semestre e as de regência (25 h/a) no segundo semestre do ano letivo, estando a realização da

regência condicionada ao protocolo do projeto de estágio, com a assinatura do docente

orientador, no mínimo 30 dias antes do início da data prevista para regência.

Art.13º. A supervisão do estágio deve estar de acordo com as normas da Instituição e

com o combinado com o Núcleo Regional de Educação, sendo obrigatória a presença do

orientador de, no mínimo, 2 h/a de supervisão, na sala de aula em que o discente em estágio

realiza a regência.

Art.14º. O estágio realiza-se, preferencialmente, de forma individual, poderá ser em

dupla, desde que o orientador avalie como importante essa integração.

Art.15º. O orientador de Estágio deve ser, preferencialmente, docente licenciado e com

experiência comprovada no Ensino Fundamental e/ou Médio.

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Art. 16º. Os conteúdos desenvolvidos no período de regência são previamente

combinados com o professor da turma em que o(a) discente realizará o estágio.

CAPÍTULO IV

Competências do coordenador e dos orientadores/supervisores de Estágio

Art. 17º. É competência do coordenador de estágio:

I - distribuir os discentes estagiários por orientador, ao final do 1º Bimestre do ano

letivo;

II - primar pelo andamento do estágio, mediando o contato entre os discentes

estagiários, escola e comunidade escolar;

III - mediar, quando necessário, o contato do discente estagiário com a escola e com o

orientador;

IV - resolver problemas, que porventura aconteçam, entre escola e discente estagiário;

V - zelar pelo bom desenvolvimento do estágio e para que este seja significativo na

formação do futuro docente;

VI - convocar reuniões com os orientadores de estágio quando necessário;

VII - cooperar com os orientadores, quando necessário, e com os discentes estagiários

para o bem desenvolvimento das atividades.

Art.18º. É competência do docente orientador de Estágio Supervisionado I e II:

I - garantir a preparação prévia das aulas a serem ministradas durante o estágio;

II - orientar a elaboração do projeto de estágio;

III - auxiliar na elaboração dos planos de aulas;

IV - assegurar que o planejamento das aulas seja cumprido;

V - auxiliar na elaboração do relatório final;

VI - corrigir o relatório final;

VII - atribuir nota de desempenho pelo projeto de estágio, pela regência e pelo relatório

final de estágio;

VIII - repassar uma nota final para o coordenador de estágio e/ou docente da disciplina

de Estágio Supervisionado em Geografia I e II;

IX - participar das reuniões quando convocadas pelo coordenador;

X - repassar ao coordenador de estágio o relatório individual dos discentes estagiários;

XI - comunicar ao coordenador de estágio as desistências de discentes estagiários, a

falta de interesse dos discentes estagiários e problemas que ocorram no decorrer das orientações

e regências;

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XII - resolver, juntamente com o coordenador de estágio, eventuais problemas que

possam ocorrer entre o discente estagiário e a escola;

XIII - orientar e apoiar pedagogicamente os discentes estagiários, supervisionar e

avaliar a prática de estágio, bem como apresentar relatório do desempenho do seu discente

estagiário;

XIV - encaminhar a orientação e supervisionar a parte teórico-pedagógica e a parte

prática do projeto de estágio do licenciando sob a sua responsabilidade, avaliar o

aproveitamento do discente estagiário, bem como o cumprimento das etapas previstas no

estágio;

XVI - assistir ao discente estagiário em suas dificuldades de organização teórico-

pedagógica durante a realização da regência; acompanhar o orientando na realização das aulas e

cumprimento da carga horária pré-estabelecida.

CAPÍTULO V

Avaliação

Art.19º. A aprovação nas disciplinas Estágio Supervisionado em Geografia I e II, está

condicionada à freqüência de 100% na operacionalização do estágio e à média do rendimento da

disciplina. O discente deve cumprir:

I - a observação e regência de classe (no caso do Estágio I e II);

II - o que está estabelecido nos Planos de Ensino das referidas disciplinas, nos planos de

aulas, nos projetos, e as disposições previstas nas Diretrizes Gerais de Estágio da Unioeste.

Art.20º. No caso de reprovação no estágio, por freqüência ou por insuficiência de média

na Disciplina de Estágio, o discente deve cursá-la novamente, desenvolvendo todas as

atividades a ela pertinentes.

Parágrafo único: Considerando a especificidade das disciplinas de Estágio

Supervisionado em Geografia I e II, a avaliação do desempenho do discente segue um processo

constante e contínuo, a média de aprovação é resultado da média aritmética:

I - Da nota do docente da disciplina de Estágio Supervisionado I e II;

II - Da nota obtida com as atividades de estágio, atribuída pelo docente orientador do

estagiário, após avaliar o projeto de estágio, o desempenho do discente estagiário na regência e

o relatório final do estágio elaborado pelo discente estagiário;

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III - Da nota atribuída pelo docente regente da turma em que o discente estagiário faz

sua observação e regência.

CAPÍTULO VI

Das Disposições Finais

Art.21º. O presente regulamento entra em vigor a partir da data de sua aprovação.

Art.22º. Os casos omissos neste regulamento são resolvidos pelo Colegiado de Curso de

Geografia.