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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE Campus de Cascavel – Centro de Ciência Sociais Aplicadas ESCOLA DE GOVERNO DO PARANÁ - Gerência Executiva da Escola de Governo CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ASPECTOS PRÁTICOS PARA A DIMINUIÇÃO DO CUSTO DO TRANSPORTE DE FRANGOS DO AVIÁRIO ATÉ O ABATEDOURO/FRIGORÍFICO FLÁVIO DA CUNHA DIAS GILBERTO ALBUQUERQUE BORBOREMA Cascavel NOVEMBRO – 2007

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE

Campus de Cascavel – Centro de Ciência Sociais Aplicadas

ESCOLA DE GOVERNO DO PARANÁ - Gerência Executiva da Escola de Governo

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ASPECTOS PRÁTICOS PARA A DIMINUIÇÃO DO CUSTO DO TRANSPORTE DE

FRANGOS DO AVIÁRIO ATÉ O ABATEDOURO/FRIGORÍFICO

FLÁVIO DA CUNHA DIAS

GILBERTO ALBUQUERQUE BORBOREMA

Cascavel

NOVEMBRO – 2007

FLÁVIO DA CUNHA DIAS

GILBERTO ALBUQUERQUE BORBOREMA

ASPECTOS PRÁTICOS PARA A DIMINUIÇÃO DO CUSTO DO TRANSPORTE DE

FRANGOS DO AVIÁRIO ATÉ O ABATEDOURO/FRIGORÍFICO

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado como

requisito parcial para obtenção do título de

Especialista em Formulação e Gestão de Políticas

Públicas.

Orientadora: Profª. Dra Loreni Teresinha Brandalise

UNIOESTE

Cascavel

Novembro – 2007

FLÁVIO DA CUNHA DIAS

GILBERTO ALBUQUERQUE BORBOREMA

ASPECTOS PRÁTICOS PARA A DIMINUIÇÃO DO CUSTO DO TRANSPORTE DE

FRANGOS DO AVIÁRIO ATÉ O ABATEDOURO/FRIGORÍFICO

Trabalho de Conclusão do Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de

Especialista em Formulação e Gestão de Políticas Públicas, UNIOESTE – Campus de

Cascavel/Escola de Governo do Paraná.

Data da aprovação:

___/___/________

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________

Profª. Dra. Loreni Terezinha Brandalise

Orientadora

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

________________________________________________

Prof. Ms. Geysler Rogis Flor Bertolini

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

________________________________________________

Prof. Ms. Odacir Tagliapietra

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

À minha mãe (in memorian), meu pai, a minha esposa e aos meus filhos que sempre nos apoiaram para atingirmos nossos objetivos.

Flávio

À minha mãe, meu pai (in memorian), a minha esposa e aos meus filhos que nos ensinaram que o maior poder que podemos almejar é o do conhecimento.

Gilberto

3

AGRADECIMENTOS

À minha orientadora Dra Loreni, sempre atenciosa, e se antecipando em tudo no que eu

precisaria para concluir este TCC;

A prefeitura de Cafelândia por ter providenciado prontamente quando solicitada o mapa

geoprocessado da malha rodoviária do município;

A Srª Nair Damian Pasini proprietária de um aviário por nos ter atendido prontamente durante

a entrevista ao responder todos os itens do nosso questionário;

Ao compartilhamento com os colegas servidores públicos do curso de especialização nos

momentos prazerosos em sala de aula;

As empresas de produção avícola da região, que sempre estiveram disponíveis para prestar

auxílio na execução deste estudo;

A AMOP e municípios componentes que foram prestimosos no fornecimento dos dados

solicitados, relativos à estradas rurais.

SUMÁRIO

LISTAS TABELAS...................................................................................................................8

LISTA DE FIGURAS............................................................................................................... 9

RESUMO................................................................................................................................. 11

ABSTRACT.............................................................................................................................12

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13

1.1 Problema 13

1.2 Objetivos14

1.3 Justificativas........................................................................................................................15

1.4 Metodologia........................................................................................................................ 15

2 REVISÃO TEÓRICA..........................................................................................................17

2.1 A Evolução da Avicultura...................................................................................................17

2.1.1 Conceito e evolução da avicultura no mundo.................................................................. 17

2.2 A Cadeia Produtiva do Frango de Corte............................................................................. 20

2.2.1 Análise econômica para produção de aves de corte em aviários semi-automatizados e

climatizados........................................................................................................................21

2.3 Comportamento e Perspectiva da Avicultura Industrial no Mundo Atual..........................23

2.3.1 Comércio mundial de carnes............................................................................................24

2.3.2 A avicultura no continente Americano ........................................................................... 26

2.3.3 A avicultura no Brasil ..................................................................................................... 27

2.3.4 A avicultura no Paraná.....................................................................................................30

2.4 Sistemas de Transporte....................................................................................................... 34

2.4.1 Modais de transporte........................................................................................................35

2.4.2 Transporte rodoviário de cargas.......................................................................................35

2.4.3 Logística do transporte rodoviário na cadeia de produção frango...................................36

2.4.4 Leito estradal....................................................................................................................36

3 PROBLEMÁTICA DO TRANSPORTE DO FRANGO DO AVIÁRIO ATÉ O

FRIGORÍFICO .................................................................................................................. 38

3.1 Números Atuais da Avicultura de Corte na Região Oeste do Paraná.................................39

3.1.1 Discrepância na tabela 9 ................................................................................................. 40

3.1.2 Dimensão econômica....................................................................................................... 41

3.1.3 Postos de empregos gerados/ IDH-M.............................................................................. 43

3.1.4 Mapa geopolítico do Estado do Paraná............................................................................44

3.1.5 Mapas de localização das estradas estaduais e aviários no Estado do Paraná................. 45

3.1.5.1 Mapas das estradas estaduais no oeste do Paraná.........................................................46

3.1.6 Mapas de localização dos aviários no oeste do Paraná....................................................46

3.2 Mapas com Malha Viária e Aviários da Região Oeste do Paraná...................................... 47

3.2.1 Visita de campo................................................................................................................50

3.2.2 Levantamento de situação realizado frente às empresas de fomento.............................. 51

3.2.3 Levantamento de situação realizado frente a um determinado produtor......................... 53

3.2.4 Retorno à empresa Globoaves e acompanhamento da recepção de aves para o abate.... 59

3.2.5 Sugestão de levantamento de estradas rurais dos municípios do oeste do Paraná...........65

3.2.6 Tipos de pavimentação utilizados nos últimos anos........................................................ 66

3.2.7 Sugestões de pavimentação..............................................................................................66

3.2.8 Custos por quilometro para implantação de pavimentação de baixo custo..................... 68

CONCLUSÃO......................................................................................................................... 69

REFERÊNCIAS......................................................................................................................71

APÊNDICES........................................................................................................................... 73

APÊNCIDE A – Relação dos municípios/IDH-M/Nº propriedades/quantidade aves de corte 75

APÊNDICE B – Relação dos municípios / área / estradas rurais / aviários............................. 77

APÊNDICE C – Abate de aves com SIF na região oeste do Paraná 2007 e rebanho estático. 79

APÊNDICE D – Demonstração de perdas geradas pelo leito estradal - Empresas.................. 81

APÊNDICE E – Demonstração de perdas pelo leito estradal avicultores................................ 83

APÊNDICE F – Termo de Fiscalização Nº 176806 - Sadia..................................................... 85

APÊNDICE G – Termo de Fiscalização Nº 176807 - Globoaves............................................ 87

APÊNDICE H – Termo de Fiscalização Nº 176808 - Lar........................................................89

APÊNDICE I – Termo de Fiscalização Nº 176811 – C-Vale...................................................91

APÊNDICE J – Termo de Fiscalização Nº 176813 - Copagril.................................................93

APÊNDICE L – Termo de Fiscalização Nº 176816 - Coopacol.............................................. 95

APÊNDICE M – Termo de Fiscalização Nº 176817 - Coopavel............................................. 97

ANEXOS..................................................................................................................................98

ANEXO A – Cotação média do frango (R$/Kg).................................................................... 100

ANEXO B – Metadados cadastro do avicultor.......................................................................102

ANEXO C – Definição do geoprocessamento através de coordenadas geográficas da

propriedade........................................................................................................104

ANEXO D – Relação de propriedades na área de foco, cerco de 3 a 10 km..........................106

6

7

LISTAS TABELAS

Tabela 1: Consumo mundial de carne.................................................................................. 26

Tabela 2: Principais países produtores de carne de frango na América........................... 27

Tabela 3: Evolução dos coeficientes de produção de frango de corte................................ 28

Tabela 4: Abate por Estado com SIF.................................................................................. 29

Tabela 5: Evolução da produção e exportação da carne de frango................................... 31

Tabela 6: Índices de exportação de frango do Paraná e Brasil.......................................... 32

Tabela 7: Evolução da avicultura de corte do Paraná.........................................................32

Tabela 8: Abate de frangos SIF no Paraná ......................................................................... 33

Tabela 9: Estimativas de população avícola de corte através de duas fontes ...................40

Tabela 10: Abatedouros do Oeste do Paraná....................................................................... 43

Tabela 11: Relação aves abatidas/ mão de obra/ capacidade estática ...............................44

Tabela 12: Aviários com dificuldades de acesso do Oeste do Paraná................................ 51

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Árvore do Problema.......................................................................................... 14

FIGURA 2: O Archaeopteryx................................................................................................17

FIGURA 3: Galinha Vermelha das Selvas........................................................................... 18

FIGURA 4: Peru branco (Broad White).............................................................................. 19

FIGURA 5: Fluxograma da produção de frangos de corte.................................................21

FIGURA 6: Vista lateral galpão climatizado....................................................................... 22

FIGURA 7: Vista externa do sistema de umidificação em papelão................................... 22

FIGURA 8: Vista interna do sistema de comedouro e bebedouro automático................. 23

FIGURA 9: Produção mundial de carnes de aves- crescimento médio % anual..............24

FIGURA 10: Produção de Carne em 22 anos (em 1.000 toneladas-1984/2005)* 2006-

projeção................................................................................................................................28

FIGURA 11: Abate por Estado com SIF - 2005...................................................................29

FIGURA 12: Abate de frangos e participação percentual sobre o abate total de 2003....34

FIGURA 13: Fluxograma de Ações.......................................................................................38

FIGURA 14: Mapa político-rodoviário do Estado do Paraná ...........................................44

FIGURA 15: Mapa do estado do Paraná, assinalado a distribuição dos aviários e

rodovias................................................................................................................................ 45

FIGURA 16: Região Oeste, divisão dos núcleos regionais da SEAB de Toledo e Cascavel

...............................................................................................................................................46

FIGURA 17: Geoprocessamento de avicultura do oeste do Paraná ................................. 47

FIGURA 18: Mapa político-rodoviário do Oeste do Paraná ............................................. 48

FIGURA 19: Geoprocessamento de avicultura do oeste do Paraná e malha rodoviária

estadual Fonte: CELEPAR (2007).....................................................................................49

FIGURA 20: Geoprocessamento de avicultura do oeste do Paraná e malha rodoviária

estadual e delimitação dos Núcleos regionais de Cascavel e Toledo ..............................49

FIGURA 21: Geoprocessamento de avicultura de corte fomento da empresa Globoaves

...............................................................................................................................................52

FIGURA 22: Geoprocessamento da propriedade da Srª Nair Damian Pasini ................53

FIGURA 23: Propriedade visitada e seu entorno ............................................................... 54

FIGURA 24: Propriedade visitada, com destaque do ponto critico de tombamento de

caminhão.............................................................................................................................. 55

FIGURA 25: Saída do aviário em direção a PR-180 e Globoaves rampa ascendente......56

FIGURA 26: Leito estradal municipal não pavimentado, rampa ascendente e curva a

direita................................................................................................................................... 56

FIGURA 27: Leito estradal municipal não pavimentado, erosão por falta de adequação

...............................................................................................................................................57

FIGURA 28: Inexistência de revestimento e adequação com conseqüente erosão...........58

FIGURA 29: Como acelerar a erosão................................................................................... 58

FIGURA 30: Recepção e descanso das aves, caminhão proveniente de Três Barras do

PR- Globoaves..................................................................................................................... 59

FIGURA 31: Guia de Trânsito Animal (GTA), 2.805 aves transportadas - Globoaves...60

FIGURA 32: Nota fiscal, 2.805 aves transportadas - Globoaves........................................60

FIGURA 33: Vista geral descarga dos caminhões - Globoaves..........................................61

FIGURA 34: Caminhão em posição para o descarregamento - Globoaves...................... 61

FIGURA 35: Funcionários efetuando o descarregamento das caixas com aves -

Globoaves............................................................................................................................. 62

FIGURA 36: Sr. Darci apresenta a caixa de transporte de frangos - Globoaves............. 63

FIGURA 37: Carregamento de penas - Globoaves..............................................................63

FIGURA 38: Lagoa de tratamento de efluentes industriais - Globoaves.......................... 64

FIGURA 39: Lagoa de tratamento de efluentes industriais, ao fundo a cidade de

Cascavel - Globoaves...........................................................................................................64

FIGURA 40: Intersecção entre revestimento com material de fresagem e chão.............. 67

FIGURA 41: Custo por quilometro de alternatias de pavimentação de baixo custo....... 68

10

RESUMO

Este trabalho objetivou dimensionar e propor melhorias na malha viária rural do Oeste do Paraná, onde se encontram os estabelecimentos agropecuários, considerando-se especificamente os aviários destinados à produção de frango de corte. Foi estabelecida de suma importância a necessidade de investimentos nesta malha viária, pois, através desta saem não só as matérias primas para as indústrias de transformação como são alimentados vários sistemas das cadeias produtivas agropecuárias, sendo que o estudo foi limitado ao transporte do frango do aviário até o frigorífico. A metodologia utilizada neste estudo foi de avaliação quanto aos objetivos e de levantamento quanto aos procedimentos de coleta de dados, os quais se deram através da literatura, sites especializados e instrumento de coleta de dados aplicados aos abatedouros frigoríficos e integradores atuantes na região. Como resultado do estudo, uma série de recomendações de políticas públicas gerais e setoriais foram apresentadas, bem como indicação de ações coletivas que permitam a minimização dos fatores que influem negativamente à competitividade da cadeia produtiva de frangos.

Palavras-chave: Cadeia produtiva; transportes; competitividade; leito estradal.

ABSTRACT

This work objectified to dimension and to consider improvements in the agricultural road mesh of the West of the Paraná, where if they find the establishments farming, considering specifically the aviaries destined to the production of cut chicken. The necessity of investments in this road mesh was established of utmost importance, therefore, through this not only leaves the substances cousins for the industries transformation as some systems of the farming productive chains are fed, being that the study it was limited to the transport of the chicken of the aviary until the cold storage room. The methodology used in this study was of evaluation how much to the objectives and survey how much to the procedures of collection of data, which if had given through literature, specialized sites and operating instrument of collection of data applied to the refrigerating Slaughterhouse and integrators in the region. As a result of the study, a series of recommendations of general and sectorial public politics was presented, as well as indication of collective actions that you/they allow the to decrease of the factors that influence negatively to the competitiveness of the productive chain of chickens.

Words-key: Productive chain; transports; competitiveness; road stream bed.

1 INTRODUÇÃO

Os sistemas produtivos encontram-se integrados por fatores que ativam e

qualificam da produção, percebendo que o crescimento e até a sua sobrevivência dependem

da satisfação do cliente final.

Hoje, a eliminação de barreiras tarifárias perde espaço para a competência na hora

de produzir, evidenciando uma acirrada concorrência que leva à busca de novas técnicas

empresariais, à minimização dos custos e projeção em mercados distantes.

A escassez de recursos e a necessidade de receber, transformar e expedir matéria-

prima exige a administração dos estoques, sua armazenagem e distribuição. Todas as partes

componentes do produto devem ser recebidas e entregues no local e na hora certa. Tão logo o

produto final esteja concluído, é imprescindível a perfeita condição para o transporte.

Nesse sentido, este estudo foi desenvolvido a partir do problema apresentado a

seguir.

1.1 Problema

Como recentemente afirmou, em Rede de Televisão do Senado Federal, o atual

ministro da agricultura Exmo. Srº Reinolds Stephanes, “O produto agropecuário brasileiro é

extremamente competitivo da porteira da propriedade para dentro”, isso significa dizer que

com o primeiro buraco na estrada rural ou na primeira chuva que os veículos transportadores

se deparam, todo o processo produtivo se torna mais oneroso.

A precariedade das estradas do meio rural constitui-se num fator limitante nos

resultados obtidos na cadeia produtiva do frango. Diante disso, se faz necessário um estudo a

respeito das políticas públicas gerais e setoriais, que possibilitem a proposição de ações

coletivas que permitam a minimização dos fatores que influenciam negativamente na

competitividade da cadeia produtiva do frango na região oeste do Paraná.

Conforme se observa na Figura 1, que ilustra as causas e os efeitos gerados pela

precariedade das estradas rurais.

FIGURA 1: Árvore do ProblemaFonte: Elaborado pelos autores (2007)

Dentro deste contexto, para o desenvolvimento desse estudo, elaboraram-se os

objetivos descritos a seguir.

1.2 Objetivos

Como objetivo geral pretende-se analisar aspectos práticos para a diminuição do

custo do transporte de frango do aviário até o Frigorífico no Oeste do Paraná.

Dentre os objetivos específicos pretende-se:

CAUSAS

GOVERNO

MUNICIPAL

OBJETIVOS

AÇÕESPAVIMENTAÇÃO

METAS

GOVERNO

ESTADUAL

EFEITOS

GOVERNO

FEDERAL

ESTRADAS

RURAIS

14

a) dimensionar os aviários de produção de frango de corte e sua capacidade

estática, bem como a capacidade de abate na região oeste do Paraná;

b) dimensionar a quantidade de quilômetros existentes de Leito Estradal

conforme sua situação de pavimentação;

c) propor uma alternativa de investimento baseada na absorção de numerários,

produzida pela atividade, os quais venham estabelecer garantias junto ao

sistema financeiro em possíveis financiamentos para melhoria do Leito

Estradal.

1.3 Justificativas

As atuais condições do Leito Estradal influem sobremaneira no custo do

transporte e conseqüentemente no custo final do produto, em função de perdas de tempo de

viagens, mortalidade de aves, condenações, desgaste e manutenção dos veículos, combustível

e produção final de produtos.

A perspectiva de otimização do sistema viário rural por meio de parceria entre as

três esferas do Governo Federal, Estadual e Municipal, é a principal justificativa deste estudo.

1.4 Metodologia

A pesquisa se ateve a três principais categorias de fatores constitutivos da cadeia

produtiva do frango. Os avicultores, onde se buscou uma análise dos sistemas de produção

pecuária utilizada; as Indústrias (Abatedouros /Frigoríficos), visando caracterizar a cadeia

produtiva do frango no Mundo, na América, no Paraná e especialmente no Oeste do Paraná; o

transporte, com ênfase nas estradas rurais dos municípios do Oeste do Paraná.

O primeiro passo metodológico consistiu na busca de referencial teórico pautado

nas obras que tratam do tema abordado, uma revisão de literatura sobre estudos anteriores em

revistas de entidades afins, bibliografia de abrangência e levantamento de dados junto a órgão

de governo.

Em um segundo momento, utilizou-se um formulário como instrumento de

pesquisa aplicado à avicultores de produção comercial, técnicos de sistema de integração

destas empresas e aos departamentos das próprias empresas. Realizaram-se ainda visitas

15

técnicas a avicultores que utilizam os diversos tipos de leito estradal existente na Região

Oeste do Paraná, permitindo assim o levantamento de dados a serem processados e analisados

para a consolidação do projeto.

Como terceiro passo metodológico, apresenta-se um método para a coleta

quantitativa dos dados, sistematizada na forma de tabelas e gráficos, que através de um

software de estatística, possibilite a análise dos dados e como meta de atingir os objetivos

propostos.

16

2 REVISÃO TEÓRICA

2.1 A Evolução da Avicultura

A avicultura é a parte ciência que estuda algumas espécies domesticadas para a

produção de carne e/ou ovos, principalmente para o consumo humano. Neste intento, o

homem tem utilizado várias espécies como: o peru, a codorna, o pato, o marreco, a avestruz,

sendo que, dentre todas, a que mais obteve êxito foi a criação de galinhas.

2.1.1 Conceito e evolução da avicultura no mundo

Conforme Moreng (1990), a ciência da avicultura nasce com a domesticação dos

animais sendo a avicultura a arte que estabelece a criação dos mais diversos tipos de aves.

Elas inicialmente apresentavam muitas características básicas dos répteis, tais como escamas

nas patas, esqueleto e muitas outras características anatômicas e fisiológicas em comum. As

modificações iniciaram-se a partir do Archaeopteryx, criatura alada primitiva que a 150

milhões de anos teria originado répteis e aves, até chegar à galinha desenvolvida para a

produção comercial do mundo contemporâneo.

A Figura 2 apresenta o desenho esquemático do Archaeopteryx.

FIGURA 2: O ArchaeopteryxFonte: Moreng (1990)

Descreve o autor, que os taxonomistas classificam o Gallus bankiva (galinha

vermelha das selvas), de origem no Sudoeste Asiático como o ancestral da atual galinha

doméstica, associada a outras três ou mais espécies silvestres e que existem relatos sobre aves

domésticas datados de 3200 a.C., na Índia. Assim como no Egito, em 1400 a.C as galinhas

foram reproduzidas em cativeiro e os ovos artificialmente incubados, com criação de

pintinhos para a venda de carne e ovos, data da mesma época a domesticação da galinha na

China.

O autor descreve que as galinhas silvestres do gênero Gallus ainda habitam as

selvas do Sudoeste Asiático, podendo ser vistos em vilas e cidades da Filipinas, Indonésia,

Malásia, Vietnam e Tailândia. No entanto originariamente teriam sido levadas para a Pérsia,

Europa e Ilhas Britânicas pelos exploradores das selvas do Ceilão e da Índia. No período do

Império Romano, quando estes chegaram à Gália e Inglaterra, já se encontraram as galinhas

domésticas e por volta 1 d.C. foram observadas em várias partes da Ásia Ocidental e Europa

Oriental. Novamente foram levadas por exploradores à África do Sul, Austrália, Japão,

Rússia, Sibéria e Escandinávia. A América recebeu as primeiras galinhas em 1607, na

colonização da América do Norte, pelos Ingleses.

A Figura 3 demonstra a Galinha Vermelha das Selvas.

FIGURA 3: Galinha Vermelha das SelvasFonte: Moreng (1990)

18

Sobre a utilização de galinhas para produção de carne e/ou ovos em escala,

Moreng (1990) comenta ser uma iniciativa atual que se valeu de técnicas de reprodução

desenvolvidas pela indústria partindo de raças puras, inicialmente desenvolvidas com

objetivos de exposição. Os criadores se valeram da seleção de características como: a

produção de ovos; o peso corporal e índice de crescimento; eficiência alimentar, viabilidade

elevada e resistência a doenças. Assim partindo-se de quatro raças puras, posteriormente mais

de 200 variedades de galinhas deu origem a galinha moderna, expoente atual na produção de

alimentos.

A América do Norte e Central contribuíram para com o peru, para o

desenvolvimento da avicultura industrial, sendo esta ave domesticada pelos índios Astecas do

México, comenta Moreng (1990) que os exploradores espanhóis o teriam levado à Espanha e

por volta de 1573, já estavam adaptados na França, Itália, e Inglaterra. Outras espécies como o

pato, tem origem na Ásia de espécie silvestre denominada Mallard (Anas platyrhnchos), os

gansos descendem do ganso silvestre cinza. A galinha d’Angola, de origem na África deu

origem a muitas espécies domésticas. Os faisões são nativos da China e o pavão, da Índia.

A Figura 4 apresenta Peru branco (Broad White).

FIGURA 4: Peru branco (Broad White)Fonte: Moreng (1990)

19

2.2 A Cadeia Produtiva do Frango de Corte

Hoje tem sido tratada como avicultura industrial por ter iniciado na modesta

avicultura tradicional e atualmente ter sistema produtivo de carne de ave, estabelecido pelo

foco a ser abordado por este trabalho, que é a cadeia produtiva do frango de corte.

Segundo Mendes (2004), o desenvolvimento da cadeia produtiva do frango ocorre

no sistema de integração vertical e de cooperativas, atingindo em torno de 90% da carne de

aves produzidas no Brasil. Estes sistemas de produção relacionam-se com um ou mais setores

da cadeia produtiva da indústria avícola dentro das condições de mercado, classificando os

produtores como independente, integrado ou cooperado.

Seguindo a mesma fonte, verifica-se que a cadeia produtiva do frango de engorda

é constituída pela criação de avós importadas, a produção de matrizes, os incubatórios, as

fábricas de ração, de equipamentos e de insumos químicos e farmacêuticos. Constituem ainda

a cadeia produtiva do frango os abatedouros e/ou frigoríficos, que além do abate e

processamento deste produto comercializam-no através da rede varejista nacional ou

remetem-no ao mercado internacional.

A Figura 5 apresenta o fluxograma da cadeia produtiva de frangos de corte.

Raças Puras ou Pedigree

20

FIGURA 5: Fluxograma da produção de frangos de corteFonte: Mendes (2004)

2.2.1 Análise econômica para produção de aves de corte em aviários semi-automatizados e

climatizados

Silva et al (2007) realizaram um trabalho científico sobre análise econômica para

produção de aves de corte em aviários semi-automatizados e climatizados, na região oeste do

Paraná, no município de São Miguel do Iguaçu. Esta análise de viabilidade entre os dois

modelos de galpões teve por finalidade contribuir com a cadeia de produção de frango de

corte na região especialmente ao produtor, pois subsidia a este na aplicação do capital

financeiro, no que se refere ao investimento.

Os autores concluíram que: o galpão climatizado apresenta maior custo dos

materiais para construção; difere do semi-automático no tocante à tecnologia mais avançada;

apresenta menor custo operacional; apresenta maior receita bruta e líquida; se paga em um

período de um ano inferior ao galpão climatizado; valor presente líquido (VPL) superior com

21

uma diferença positiva; e taxa interna de retorno (TIR) 7,3 vezes mais interessante que a do

galpão semi-automatizado. As Figuras 06, 07 e 08 demonstram os modelos de galpões.

FIGURA 6: Vista lateral galpão climatizadoFonte: Elaborado pela Cooperativa LAR (2007)

FIGURA 7: Vista externa do sistema de umidificação em papelãoFonte: Elaborado pela Cooperativa LAR (2007)

22

FIGURA 8: Vista interna do sistema de comedouro e bebedouro automáticoFonte: Elaborado pela Cooperativa LAR (2007)

2.3 Comportamento e Perspectiva da Avicultura Industrial no Mundo Atual

Segundo Desouzart (2007), ao analisar o comportamento da produção mundial de

carne de 1998 até o projetado para 2007, percebeu-se que crescimentos superiores a 8 milhões

de toneladas só se verificaram nos anos que se seguiram a crises sanitárias capazes de afetar

severamente o consumo. Em 2002, o mercado mundial após os episódios sucessivos de BSE e

de resíduos de óleos minerais em rações, retorna à tranqüilidade, que anteriormente haviam

afetado severamente a Europa. Em 2005, o mercado asiático transpõe a atipicidade do

comportamento, afetada em 2004 pela influenza aviária. Em 2007, os estudos esperam que o

fenômeno de recuperação e volta ao fluxo normal de crescimento venha a se repetir,

mantendo-se ascendentes para o período.

A crise de 2004 foi essencialmente asiática, continente onde se verificam alguns

dos mais dinâmicos crescimentos de demanda por carnes e era de se esperar que 2005

explodíssemos em recuperação. A crise de 2006 foi principalmente centrada em carnes de

aves e na Europa, ainda que com reflexos no Oriente Médio, Norte da África e no Leste

Europeu, regiões onde não se deve esperar uma explosão de consumo em 2007.

23

A Figura 9 demonstra o crescimento médio percentual da produção mundial de

carnes de aves.

7,0%7,8%

4,0%

6,3%6,7%

2,9%

6,2%

4,2%4,7%

5,8%

4,0%4,4%

2,1%3,1%

4,2%

1,0%0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%

1975

/65

1980

/75

1985

/80

1990

/85

1995

/90

1996

/95

1997

/96

1998

/97

1999

/98

2000

/99

2001

/00

2002

/01

2003

/02

2004

/04

2005

/04

2006

/05

CRESCIMENTO %

FIGURA 9: Produção mundial de carnes de aves- crescimento médio % anualFonte : Morgan ( fev./mar. 2007)

2.3.1 Comércio mundial de carnes

Conforme Morgan (2007), os valores relativamente baixos praticados da carne e

uma recuperação do consumo estão criando o cenário com um aumento de 7% nas transações

com carne em 2007, para 22 milhões de toneladas. Sendo que a pecuária e a avicultura devem

responder por 80% dos ganhos comerciais, as perspectivas comerciais para todos os tipos de

carne aparecem favoráveis, desde que não haja ocorrências de ordem sanitária.

Ainda segundo a mesma autora, o Brasil tem superado os Estados Unidos como o

maior exportador de carne desde 2004. Apesar da perda de mercado no ano de 2006, as

exportações de carne do Brasil se expandirão em 8% para 2007, apoiadas por uma forte

demanda de importação nos mercados tradicionais do Oriente Médio e da África. Embora a

queda de 2% no comércio de carne de frango induzida pela gripe aviária em 2006, as

exportações mundiais se expandiram 6% em 2007, para recorde de 8,7 milhões de toneladas.

Isso permite que a demanda mundial chegue 85,4 milhões de toneladas, pois muitas das

24

regiões atingidas da África e do Oriente Médio reiniciam os padrões de importação

tradicionais elevando as exportações do Brasil, dos Estados Unidos e da União Européia.

Na visão da autora, as possibilidades da demanda de importações de carne de

frango são favoráveis, com um forte aumento para países da Ásia, em particular a China, e do

Oriente Médio. A perspectiva para a Rússia, o maior importador do mundo, é negativa. As

importações serão reduzidas pelo segundo ano consecutivo em função das incertezas sobre a

emissão de licenças de importação e uma forte recuperação na produção doméstica.

Seguindo esta análise, as perspectivas das importações de carne de ave pela União

Européia, o terceiro maior importador do mundo, encontram-se obscurecidas pelas

permanentes discussões com o Brasil e a Tailândia acerca do estabelecimento de novas cotas

para o frango salgado. Esta negociação segue uma decisão do painel da Organização Mundial

do Comércio (OMC) em meados do ano de 2006, que requer a diminuição das tarifas pela

União Européia em cortes de carnes de ave selecionados.

Para as transações com a carne suína, a autora, afirma que deve aumentar em 4% e

para 5 milhões de toneladas, impulsionado por uma forte demanda na Ásia e na Rússia. Isso,

apesar de menores importações pelo Japão, o maior mercado, que devem cair diante dos

elevados níveis de estoque e alguma concorrência pelas importações de carne bovina.

Quanto ao Brasil, a autora prevê que a diversificação de produtos, para alguns dos

crescentes mercados não tradicionais da Ásia, fará suporte a um novo ânimo nas suas

exportações, enquanto as vendas dos Estados Unidos devem aumentar 4% no contexto de

favoráveis taxas de câmbio. No caso do Canadá e da União Européia, provavelmente as

exportações estarão limitadas por preços menos competitivos devido a moedas fortes.

Por observação no texto, a eliminação das barreiras às importações de carne

bovina do Brasil e da América do Norte, os quais são fornecedores de mais de 40% das

remessas de carne bovina global, deve impulsionar o comércio em 9% em 2007. Após queda

em 2006, às importações de carne bovina deverá alcançar 7,2 milhões de toneladas em 2007,

metas esta suportada por um aumento de dois dígitos nas importações asiáticas,

principalmente de países como a China, o Japão e a Coréia do Sul. Para concluir, o texto

assinala que com a reabertura dos mercados da carne bovina do Brasil e dos Estados Unidos

estimulará as exportações destes países, a oferta de gado menor e os altos preços no Canadá e

na União Européia limitarão sua participação no mercado global em 2007. Um aumento da

oferta exportável de carne ovina da Austrália induzida pela seca em 2006 e 2007 deve

impulsionar as exportações globais em quase 5% para 855.000 toneladas em 2007. Dois anos

sucessivos de forte crescimento das exportações da Oceania, região esta que abastece cerca de

25

80% das necessidades globais, tem induzido uma queda de quase 106% no indicador de

preços FAO para a carne de carneiro desde 2005.

A Tabela 1 apresenta dados relativos aos mercados mundiais de carne.

Tabela 1: Consumo mundial de carne

Balanço Mundial Milhões de Toneladas 2005 2006 2007 2006/07

Produção Mundial 269.1 275.7 284.3 3.1Carne bovina 64.5 65.7 67.5 2.8Carne de ave 82.2 83.1 85.5 3.0Carne suína 104.0 108.0 112.0 3.7Carne ovina 13.1 13.5 13.8 2.7Comércio 20.9 20.7 22.0 6.7Carne bovina 6.6 6.6 7.2 9.2carne de ave 8.4 8.2 8.7 6.4Carne Suína 4.8 4.8 5.0 4.2carne ovina 0.8 0.8 0.9 4.6Indicadores de oferta e demanda Consumo de Carne per capita Mundo Kg/ano 41.7 42.2 43.0 1.9Desenvolvido kg/ano 83.0 83.8 85.1 1.6Dessenvolvimento Kg/ano 30.9 31.5 32.3 2.6FAO Indice de preços 1998-2000=100 12.1 115* ¨¨ ¨¨* janeiro-março Nota: porcentagem calculada sobre dados arredondadosFonte: Morgan (fev./mar. 2007)

2.3.2 A avicultura no continente Americano

Conforme publicação da União Brasileira dos Avicultores (UBA) (2006), em

2005 a Avicultura das Américas respondeu pelo maior volume de carne de frango dentre

todos os continentes, estabelecendo como índices 48,3% da produção e 79,5% das

exportações mundiais. Ficando os Estados Unidos como o maior produtor mundial e das

Américas, com a marca de 16,025 milhões de toneladas, seguido do Brasil com 9,297

milhões. No entanto o Brasil estabeleceu a marca de maior exportador mundial, e os Estados

Unidos apresentaram 76% dos embarques globais. A avicultura no continente Americano

destacou-se pelos seus avanços tecnológicos, na área genética como na industrial, assim como

no consumo e nas exportações, cabendo a América do Sul, em 2005, um incremento na

produção de 5,3%.

A Tabela 2 apresenta os principais países produtores de carne de frango na

América, os quais encontram-se expressos em toneladas.

26

Tabela 2: Principais países produtores de carne de frango na AméricaPRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES DE CARNE DE FRANGO NA AMÉRICA (toneladas)País 1985 1995 2003 2004 200501 USA 6.407.000 11.486.000 14.610.000 15.536.000 16.025.00002 Brasil 1.490.000 4.050.400 7.842.950 8.493.850 9.297.15103 México 551.704 1.283.867 2.135.000 2.250.000 2.390.00004 Argentina 319.500 773.735 931.500 885.000 1.040.00005 Canadá 505.474 720.390 938.000 950.000 1.000.0006 Colômbia 151.300 553.055 630.000 635.000 731.00007 Venezuela 360.907 444.929 900.000 880.000 701.00008 Peru 201.018 355.103 635.000 570.000 672.00009 Chile 72.735 289.249 397.564 400.000 446.00010 Equador 43.680 175.000 212.401 212.401 208.57811 República Dominicana 81.086 137.043 185.500 180.000 185.00012 Guatemala 51.930 105.159 155.000 155.000 155.00013 Bolívia 20.326 95.942 140.000 135.000 132.67014 Honduras 17.551 49.559 90.600 74.000 130.00015 El Salvador 24.732 40.033 78.550 78.550 92.11116 Panamá 24.078 58.629 89.000 89.500 85.10017 Costa Rica 19.547 60.424 84.000 83.158 83.50018 Jamaica 27.860 45.369 81.321 81.321 81.50019 Nicarágua 10.400 28.750 54.790 62.273 68.54920 Trindad e Tobago 26.700 30.051 72.448 57.600 57.60021 Uruguai 19.400 39.882 53.500 53.500 53.50022 Porto Rico 33.041 61.709 60.000 60.000 50.00023 Paraguai 16.000 32.000 57.500 57.500 37.00024 Cuba 95.295 56.724 33.696 34.250 36.03625 Guyana 8.800 7.318 23.681 23.430 23.50026 Belize 3.065 7.051 13.365 13.600 13.948

Total parcial 10.585.114 20.989.366 30.507.369 32.050.933 33.795.743Outros 22.289 24.324 32.124 64.193 31.872Total das Américas 10.607.403 21.013.690 30.539.493 32.115.126 33.827.615

Fonte: UBA/ FAO (2005)

2.3.3 A avicultura no Brasil

No relatório anual da UBA (2006) é possível observar a evolução tecnológica

apresentada pela avicultura brasileira à partir de 1930 até 2005, onde os índices de peso vivo

para o abate saltaram de 1.500 Kg para 2.300 Kg. Quanto à conversão alimentar, saímos de

3,50 Kg de ração para 1,82 kg de ração para a produção de 1 kg de frango vivo. Outro dado

importante é a idade de abate que saiu de uma marca de 15 semanas para 42 dias, como

demonstra os apresentados pela Tabela 03, que indicam a evolução média dos coeficientes de

produção de frango de corte na avicultura brasileira e produção de Carne de frangos dos anos

compreendidos entre 1930 até 2005.

27

Tabela 3: Evolução dos coeficientes de produção de frango de corte

ANO PESO DO FRANGOVIVO

CONVERSÃOALIMENTAR

IDADE DE ABATESEMANAS DIAS

1930 1.500 3,50 15 SEMANAS1940 1.550 3,00 14 SEMANAS1950 1.600 2,50 10 SEMANAS1960 1.700 2,25 08 SEMANAS1970 1.800 2,15 07 SEMANAS1980 1.860 2,05 07 SEMANAS1984 1.940 2,00 47 DIAS1988 2.050 2,00 47 DIAS1994 2.150 1,98 45 DIAS1998 2.250 1,95 45 DIAS2000 2.300 1,88 43 DIAS2001 2.300 1,85 42 DIAS2002 2.350 1,83 42 DIAS2003 2.390 1,88 43 DIAS2004 2.300 1,83 43 DIAS2005 2.300 1,82 42 DIAS

Fonte: UBA/ABEF (2006)

Já a Figura 10, apresenta parâmetros de evolução da produção de carne de frango,

nestes últimos 22 anos, onde eram produzidos em 1984, 1,5 milhões de toneladas, para em

2006 atingir a marca de aproximadamente 10 milhões de toneladas.

FIGURA 10: Produção de Carne em 22 anos (em 1.000 toneladas-1984/2005)* 2006-

projeçãoFonte: UBA/ABEF (2006)

Segundo o relatório apresentado pela UBA (2006), verifica-se a produção por

Estados, sendo que dentre os 11 mais representativos, o Paraná desponta como líder no total

28

de cabeças abatidas do país com 22,83% e apresentou um crescimento de 10,03%. A Tabela

04 apresenta dados relativos ao abate com serviço de inspeção federal (SIF) e índices

calculados sobre a evolução observada entre o ano de 2004 para o ano de 2005.

Tabela 4: Abate por Estado com SIF

Fonte: UBA/ABEF (2006)

A Figura 11 apresenta de forma gráfica os percentuais de participação de abate de

frango dos principais Estados produtores, com serviço de inspeção federal (SIF) e índices

calculados sobre a evolução observada entre o ano de 2004 para o ano de 2005.

FIGURA 11: Abate por Estado com SIF - 2005Fonte: UBA/ABEF (2006)

29

2.3.4 A avicultura no Paraná

Conforme destaca o relatório da Secretaria de Estado da Agricultura (SEAB,

2005), o destaque da avicultura industrial paranaense no contexto do agronegócio nacional,

deve-se ao incremento tecnológico expressivo das últimas décadas, à dinâmica articulação

entre os diferentes agentes da cadeia produtiva avícola, ao modelo de produção integrada,

responsável pelo crescimento e baixo custo de produção, à organização, coordenação e

capacidade gerencial de todos os elos da cadeia produtiva, desde o sistema de produção, ao

processamento e à distribuição (atacado e varejo) e à intervenção do Estado no papel

regulador e prestador de serviços de defesa sanitária animal e incentivo ás exportações.

Em suma, a avicultura paranaense, a primeira no ranking da produção nacional

desde 2000 e a segunda na exportação de produtos avícolas desde 2004, desenvolveu-se e

crescerá muito mais, graças ao desenvolvimento da genética avícola, ao incremento de novas

tecnologias, ao uso de instalações apropriadas, à alimentação racional e aos preços baixos, ao

sistema de integração produtor, à indústria, ao cooperativismo, ao aumento da produtividade

dos grãos (milho e soja) e sua abundante oferta, à estrutura de pequenas propriedades rurais e

à competência do Estado em conjunto com o setor privado no desenvolvimento da defesa

sanitária animal.

Ainda segundo o mesmo relatório, em 1994 o Paraná participou com 17% da

produção nacional de carne de frango e em 2000, a participação foi de 18,5%, momento em

que o Paraná despontou com o maior produtor de carne de frango do país. Já em 2004, a

participação na produção nacional atingiu 21,6%. Determinando um aumento na produção de

carne de frango no período compreendido entre 1994 e 2004, de 215,7% para o Paraná e

149% para o Brasil. Já no período compreendido entre 2000 e 2004 o Paraná apresentou um

crescimento de 65,6% e o Brasil de 42,1 %.

A Tabela 5 chama a atenção para a evolução da produção e exportação de carne

de frango de 1994 a 2004 e compara a produção em toneladas entre o Paraná e o Brasil.

30

Tabela 5: Evolução da produção e exportação da carne de frango

Ano PARANÁ (toneladas) BRASIL (mil toneladas)1994 580.118 3.411.0261995 597.290 4.050.4491996 718.658 4.058.7561997 726.101 4.456.6011998 831.628 4.592.0441999 960.070 5.526.0452000 1.106.160 5.976.5232001 1.343.967 6.735.6962002 1.831.302 7.516.9232003 1.624.857 7.842.9502004 1.831.302 8.493.854

% de crescimento 215,7 149,0Fonte: SEAB/DERAL (1994 a 2000) e SINDIAVIPAR (PR), ABEF/UBA (BR) 2001 a 2004

Ainda segundo o relatório da SEAB (2005), os dados de 1995 a 1999, obtidos do

SINDICARNE/PR, incluem carne, miudezas e outros produtos (sub-produtos comestíveis ou

não, tripas, gorduras, conservas e preparações) avícolas. De 2000 a 2004, os dados foram

obtidos do MDIC/SECEX, tratando-se as exportações de carne de frango in natura,

excetuando-se os produtos industrializados.

Considerando ainda dados obtidos em 1995, o Paraná exportou 104.110 t de carne

de frango, o que representou 24,5% do total exportado pelo país. Em 2004 a exportação

paranaense atingiu 678.927 toneladas, o que corresponde a 28% da exportação nacional 2,42

milhões de toneladas. Caracterizando de 1995 a 2004, houve um crescimento percentual para

o Paraná na ordem de 571,5% enquanto o Brasil apresentou um índice percentual de 471,3%.

Já no período compreendido entre os anos entre 2000 e 2004, o Paraná obteve um índice

percentual de crescimento de 166,9%, bem próximo do índice observado pelo Brasil que

estabeleceu a marca de 167,4%.

No que diz respeito às receitas cambiais, no período compreendido entre os anos

de 1994 e 2004, o Paraná obteve um acréscimo de 373,3% e o Brasil 264,5%, e entre o

período de entre 1994 a 2004 o Paraná obteve um índice também próximo ao do Brasil de

184,7%. A Tabela 6 quantifica a exportação de frango e compara índices desta produção entre

o Paraná e o Brasil.

31

Tabela 6: Índices de exportação de frango do Paraná e Brasil

Ano Paraná Brasil US$ mil FOB Toneladas US$ FOB Toneladas

1995 1.434.725 104.110 629.367 424.4231996 211.630 150.436 840.009 568.7951997 164.544 125.386 875.839 649.3471998 178.248 152.658 738.920 612.4771999 267.092 241.567 875.438 776.3582000 227.757 254.342 805.737 906.7462001 321.267 321.284 1.291.658 1.249.2882002 331.297 385.799 1.335.051 1.599.9232003 445.426 496.746 1.709.433 1.922.0422004 679.134 678.927 2.293.929 2.424.520

% crescimento 281 571,5 264,5 471,3Fonte: Elaborado pela SINDICARNE/PR (MDIC/SECEX, 2005)

Demonstra o relatório SEAB (2005), que houve crescimento de 246% (nº de

frangos abatidos) e 335% (produção de carne de frango). Já entre 1999 a 2004, o crescimento

foi de 65,8% (nº de frangos abatidos) e 90,7% (produção de carne de frango). Esta é a

avaliação da evolução da avicultura de corte no Paraná, através do abate e produção de carne

observada entre os anos de 1992 a 2004. Estes dados são apresentados na Tabela 07.

Tabela 7: Evolução da avicultura de corte do Paraná

Ano Abate (mil cabeças) Produção (toneladas)1992 264.371 420.8601993 287.972 461.9501994 331.203 580.1181995 327.239 597.2901996 413.193 713.6581997 416.545 726.1011998 461.561 8831461999 552.190 960.0702000 622.266 1.106.1602001 663.395 1.344.9672002 732.176 1.563.8632003 812.429 1.624.8572004 915.621 1.831.602

% crescimento (1992/2004) 246,3 335,1% crescimento (1999/2004) 65,8 90,7

Fontes: Elaborado pela SEAB/DERAL (1992 a 2000) e SINDIAVIPAR e SIF (2001 a 2004)

O relatório SEAB (2005) apresenta o número de cabeças de frangos de corte

abatido no Paraná, sob o SIF, para os núcleos regionais da SEAB e a variação da participação

32

percentual sobre o abate total entre os anos de 2002 e 2003, os quais estão expostos na Tabela

08, com participação por núcleos regionais da SEAB.

Tabela 8: Abate de frangos SIF no Paraná

Fonte: Elaborado pela SEAB/DERAL/DCA (SINDIAVIPAR, 2005)

A somatória dos percentuais de participação dos núcleos que compõem a região

oeste, Toledo e Cascavel, estabelece um total de 34,6%, na composição do total do Estado e

podem ser visualizados na Figura 12.

33

Paraná - Abate de frangos, segundo os Núcleos Regionais e Participação percentual sobre o abate total de 2003

Curitiba7%

Francisco Beltrão29%

Londrina10%

Jacarezinho5%

Toledo16%

Cascavel18%

Paranavai2%

Pato Branco1%

Maringá4%

Ponta Grossa5%

Apucarana1%

Umuarama2%

FIGURA 12: Abate de frangos e participação percentual sobre o abate total de 2003Fonte: Elaborado pela SEAB/DERAL/DCA (SINDIAVIPAR, 2005)

2.4 Sistemas de Transporte

Segundo Bowersox e Closs (2001), o transporte é um dos elementos mais visíveis

nas operações logísticas, do ponto de vista de custos representa em média 60% do custo total

da logística. Como consumidores, estamos acostumados a ver caminhões e trens

transportando produtos ou estacionados em um depósito de distribuição.

Na visão Fleury et al (2000), uma noção razoável da natureza dos serviços de

transporte não propicia maior conhecimento sobre o papel do transporte em operações de

logística. A funcionalidade do transporte tem duas funções principais: movimentação dos

produtos e armazenagem de produtos.

Conforme Bowersox e Closs (2001), há dois princípios fundamentais que

norteiam as operações e gerenciamento do transporte: a economia de escala e a economia de

distância. A economia de escala é obtida com a diminuição do custo do transporte por unidade

de peso com cargas maiores, como por exemplo, cargas fechadas (CF), isto é, cargas que

utilizam toda a capacidade do veículo, as quais apresentam um custo menor por unidade de

peso de cargas fracionadas (CFr). A economia de distância tem como característica a

34

diminuição do custo de transporte por unidade de distância, à medida que esta aumenta, uma

viajem de 80 quilômetros, por exemplo, terá um custo menor do que duas viagens de 40

quilômetros.

2.4.1 Modais de transporte

Conforme Bowersox e Closs (2001), os cinco tipos modais de transporte são: o

ferroviário, o rodoviário, o aquaviário, o dutoviário e o aéreo, as vantagens e desvantagens de

cada modal são listadas abaixo:

a) ferroviário: altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas etc.

Custo variável baixo;

b) rodoviário: custos fixos baixos, rodovias construídas e mantidas com fundos

públicos no passado e/ou mais recentemente pelo pagamento de pedágio pelos

usuários;

c) aquaviário: custo fixo médio, realizadas por navios e equipamentos. Custo

variável baixo apresentam capacidade para transportar grande tonelagem;

d) dutoviário: custo fixo mais elevado direitos de acesso, construção, requisitos

para controle das estações e capacidade de bombeamento. Custo variável mais

baixo custo da mão de obra sem grande expressão;

e) aéreo: como fixo baixo, realizado por aeronaves, manuseio e sistemas de

carga. Alto custo variável pela dependência de combustível, mão de obra,

manutenção, etc.

2.4.2 Transporte rodoviário de cargas

Segundo Schroeder e Castro (1998), opção pela modalidade rodoviária como

principal meio de transporte de carga é um fenômeno que se observa a nível mundial desde a

década de 50, tendo como base a expansão da indústria automobilística associada aos baixos

preços dos combustíveis derivados do petróleo.

A ênfase no transporte rodoviário no Brasil, que se consolida a mesma época, está

associada à implantação da indústria automobilística no país e a mudança da capital para a

35

região Centro-Oeste, que foram acompanhadas de um vasto programa de construção de

rodovias.

2.4.3 Logística do transporte rodoviário na cadeia de produção frango

Segundo Girotto et al (2005) os custos de transporte na avicultura de corte

apresentam aspecto bem distinto, pois envolve pelo menos três modalidades diferentes de

opções entre veículos, conforme tipo e finalidade de produto a ser transportado.

Complementa o autor que para o cálculo desses custos temos fatores importantes a

considerar, que são: o peso da carga; o número de viagens e a distância entre a agroindústria e

o aviário, o qual varia significativamente na região oeste do Estado do Paraná. Classificam-se

as modalidades de transporte em três categorias:

a) transportes dos pintos;

b) transporte da ração (o número de viagens depende da capacidade do caminhão

e tamanho do lote);

c) transporte do frango para abate (o número de viagens também depende do tipo

e capacidade do caminhão e tamanho do lote). Neste estudo, o foco manteve-

se sobre esta modalidade.

2.4.4 Leito estradal

Conforme professor da USP, Wlastermiller de Senso (1952), entende-se por leito

estradal a superfície por onde trafegam os veículos transportadores de pessoas ou cargas. As

condições destas superfícies pavimentadas ou não tem grande influência no custo operacional,

no valor dos fretes que por elas transitam, devido às condições de rolamento das mesmas.

Torna-se fundamental para consolidar a região Oeste do Paraná como pólo de

avicultura do país, a execução de melhoria e manutenção deste leito estradal, pois caso isso

não ocorra, a mesma deixará de ser competitiva.

Conforme a bibliografia consultada, outros estados da federação com grande

extensão de rodovias pavimentadas estão cada vez mais a se dedicar a esta atividade

econômica da avicultura de corte. As conseqüências futuras poderão ser danosas aos nossos

frigoríficos, pois poderão vir a perder o mercado conquistado nestes últimos 25 anos, onde se

36

observou grande crescimento e de forma contínua, visto ser característica deste mercado a

competitividade e fatores que interferem no custo com certeza interferem decisivamente.

A fundamentação teórica exposta neste capítulo embasou o desenvolvimento do

Capítulo 3, referente à problemática do transporte do frango do aviário até o frigorífico.

37

AGENTE

EXECUTOR:

Governos Federal,

Estadual, Municipal

JUSTIFICATIVA:Redução dos custos de transporte e dos danos

aos frangos

AGENTES IMPACTADOS:

Toda a cadeia produtiva do frango

*GRAU DE PRIORIDADE:

Médio

3 PROBLEMÁTICA DO TRANSPORTE DO FRANGO DO AVIÁRIO ATÉ O

FRIGORÍFICO

A Figura 13 demonstra que, como metas gerais, é dever do Estado estabelecer

parcerias para a execução da infra-estrutura necessária ao setor de transporte, havendo para

isso previsão tributária e orçamentária. Esse investimento de infraestrutura, por reduzir custos,

interfere diretamente na competitividade dos setores produtivos, especialmente na cadeia

produtiva do frango de corte, mas ao mesmo tempo, é altamente excludente e em futuro breve

poderá ser fator de declínio no desempenho, pela falta de investimentos no Leito Estradal das

estradas rurais, visto acarretarem custos diretos e indiretos na produção de carne frango.

F IGU

RA 13: Fluxograma de AçõesFonte: Elaborado pelos autores baseado em *IPARDES, 2002, p. 81.

Como metas específicas, o estudo visou reconhecer o potencial da avicultura na

região e somar esforços para a geração de resultados que realmente sejam aplicados em favor

de quem executa as atividades de risco e assim traduzir melhorias na qualidade de vida da

população. Garantir que os investimentos sejam bem aplicados, e que em futuro breve, todos

os segmentos da sociedade desfrutem dos resultados.

Avicultores com acesso a qualquer hora com qualquer condição climática, a

indústria obtendo maiores receitas, por diminuição de condenações na mortalidade de

transporte, horas de paralisação de abate, realimentação de lotes que não puderam ser

recolhidos para o abate, a diminuição do custo ao consumidor final e ao Governo acenar com

a ampliação da arrecadação, ao garantir a atividade, através dos investimentos e aumento do

consumo pela diminuição do custo final, é o que se espera.

Dentro deste contexto, o presente estudo demonstra o atual modelo que vem

sendo aplicado para propor uma alternativa técnica.

3.1 Números Atuais da Avicultura de Corte na Região Oeste do Paraná

Através de planilhas elaboradas pelos autores, APÊNDICE A (Relação dos

municípios/IDH-M/Nº propriedades/quantidade aves de corte) e APÊNDICE C (Abate de

aves com SIF na região oeste do Paraná 2007 e rebanho estático), apurou-se um total de

30.788.188 e 30.508.579 cabeças de frangos de corte produzidos na região oeste do Paraná,

respectivamente, em relação ao primeiro valor aplicou-se o índice de produtividade média de

6,5 lotes alojados por ano, sob a população estática e quanto ao segundo valor foi calculada a

média entre as sete empresas da região oeste, durante os oito meses de 2007, chegando-se

posteriormente à população estática, pela aplicação do índice de produtividade média de 6,6

lotes alojados por ano conforme recomendação do SINDIAVIPAR.

Conforme contato com as empresas da região, mediante contatos pessoais com os

técnicos responsáveis pelo fomento, obteve-se a informação, de que há dois tipos de frangos

produzidos a campo, o primeiro chamado broiller, um frango maior, recolhido do aviário para

o abate com 45 dias, que apresenta um peso médio 2600 g de peso vivo e o segundo, chamado

griller, este de peso menor, recolhido do aviário com 35 dias, com peso em média de 1300 g,

de peso vivo, com média final de 1950g de peso vivo, este valor é considerado índice técnico,

estabelecido entre departamento de estatística rural da SEAB (DERAL) e empresas de

fomento do Estado.

As variações de idade de abate são influenciadas por vários fatores como:

ambiência e bem estar animal (temperatura, umidade, ventilação, tamanho do lote) e fatores

de mercado (matrizes alojadas, ovos férteis e pintinhos de 01 dia disponíveis, preferência do

tipo de frango pelo consumidor).

As empresas, conforme sua estratégia, decidem diretamente no estabelecimento

do índice de formação de lotes /ano, pois como no caso do tipo broiller, é necessário no

mínimo intervalo de 15 dias para novo alojamento de pintinhos, assim o ciclo se completa a

39

cada 60 dias, estabelecendo uma média de 6 lotes/ano. No caso do frango griller, o ciclo se

faz a cada 50 dias e estabelece uma média de 7 lotes/ano.

Portanto, o estudo estabeleceu um comparativo entre duas fontes de dados,

demonstrados na Tabela 9, primeiramente para a coluna de dados oriundos do sistema

¹SEAB/CELEPAR, que parte da capacidade de alojamento foi aplicado à média entre as

médias de 6,5 lotes/ano este índice multiplicado pela capacidade estática de aves, conforme

APÊNDICE A (Relação dos municípios/IDH-M/Nº propriedades/quantidade aves de corte)

estabelece a produção anual de 369.458.252 cabeças a qual dividida pelos doze meses define

a produção mensal para a região oeste do Paraná em 30.788.188 cabeças de frangos abatidas.

Para a coluna subseqüente ²SINDIAVIPAR/ SIF como demonstrado no na Tabela

09, de modo inverso, o estudo com os dados oriundos do APÊNDICE C (Abate de aves com

SIF na região oeste do Paraná 2007 e rebanho estático), parte-se da média/mensal de cabeças

abatidas pelos 07 frigoríficos da região oeste, nos oito primeiros meses de 2007, 30.508.579

cabeças abatidas às quais foi multiplicado o índice 1,8 (representa 12 meses/6,6 lotes ano),

assim chega-se à capacidade estática de 54.915.442 cabeças, que multiplicado por 6,6

lotes/ano, fornece a projeção de abate para o ano de 2007, na região oeste de 362.441.917

cabeças de frango.

Tabela 9: Estimativas de população avícola de corte através de duas fontes

ESTIMATIVA DE POPULAÇÃO AVÍCOLA DE CORTEFONTE ¹SEAB/

CELEPAR ²SINDIAVIPAR/

SIFDIFERENÇA DIFERENÇA %

municípios 51 > 51

nº de propriedades 3.640 > 3.640

capacidade estática 56.839.731 54.915.442 1.924.289 3,39

produção anual 369.458.252 362.441.917 7.016.335 1,90

capacidade de abate/mês 30.788.188 30.508.579 279.609 0,9

abate /dia 1.338.617 1.326.460 12.157 0,9Fonte: Elaborada pelos autores (dados oriundos do Apêndices D e E)

3.1.1 Discrepância na tabela 9

Como se vê, a Tabela 9 apresenta discrepância entre valores no número de frangos

abatidos mensalmente, conforme a fonte ¹SEAB/CELEPAR e ²SINDIAVIPAR/SIF. Os

fatores que acarretam essa diferença de 1.924.289 (capacidade estática) são explicados da

40

seguinte forma: as fontes que originaram os dados são diferentes, assim como mensuram

índices diferentes; as capacidades instaladas dos abatedouros/frigoríficos ainda não estão

sendo totalmente utilizadas; os abatedouros/frigoríficos não trabalham em sua plenitude de

abate, pois poderia acarretar estrangulamento na linha de produção; os

abatedouros/frigoríficos recebem aves de outras regiões (Umuarama, Francisco Beltrão, Pato

Branco); os dados obtidos via relatório para o DERAL/CELEPAR, carecem de atualização

nos cadastros dos avicultores; os dados do DERAL referem-se ao balanço contábil do ano

civil, informado pelas empresas que nem sempre coincidem com os lotes entregues referente

ao mês de dezembro.

3.1.2 Dimensão econômica

Os dados transcritos no ANEXO A (Cotação média do frango R$/Kg), são

apresentados como referencial de mercado para a avicultura nacional e balizam valores

negociados entre as empresas produtoras de frango de corte e a rede atacadista. O ANEXO A

considera também os preços pagos aos produtores independentes de não utilizarem o sistema

de produção das empresas integradoras.

Com o objetivo de dimensionarem-se os valores monetários representativos da

avicultura de corte na região oeste do Paraná, levantou-se os dados de capacidade instalada de

abate junto às empresas, onde se verificou perfazer um total de 1.660.000 aves/dia ao qual foi

multiplicado o fator 22 dias úteis, exceto para SADIA S/A, para o qual utilizou-se o fator 23

dias úteis e chegou-se a total de 38.180.000 aves abatidas por mês.

Através de contato com fomento das empresas, verificou-se que as formações do

preço pagas aos produtores são estabelecidas por uma tabela, que aponta índices de eficiência

e produtividade (IEP), onde são avaliados fatores como: mortalidade; conversão alimentar;

resíduo de ração nas vias digestivas; condenações pelo transporte; dentre outros desta forma

chega-se ao índice de remuneração, o qual hoje gira em torno de R$ 0,33 por ave produzida.

A composição final do custo do quilograma (kg) do frango de corte é composta por diversos

fatores como: valor do pintinho, vacinas, ração, assistência técnica, transporte, etc. este valor

é coletado por técnicos do SEAB/DERAL, que elaboram planilha de consulta pública em seu

site, a qual apresenta como último valor praticado no Estado do Paraná o valor de R$ 1,44 em

setembro de 2007, consulta on line no realizada momento de elaboração deste estudo, no dia

09 de outubro de 2007.

41

Estabelecendo o valor de 30.508.578 cabeças abatidas mês, multiplicado por R$

0,33 (remuneração do produtor), chega-se ao índice médio pago ao produtor de R$

10.067.830,74. O mesmo total de 30.508.578 cabeças abatidas mês multiplicado por R$ 1,44

(custo do frango posto na plataforma do frigorífico) e por 1,50 kg (peso médio da carcaça do

frango vivo entre os tipos broiller e grille ou 75% de rendimento do peso vivo), evidencia o

preço de custo posto nos frigoríficos da região de R$ 43.932.352,32 ou valor bruto da

produção (VBP), utilizado para cálculo do fundo de participação dos municípios. Seguindo o

raciocínio inverso, chegou-se ao valor final correspondente a R$ R$ 97.017.278,04 pela

multiplicação dos valores já definidos que correspondem a (30.508.578 cabeças abatidas X

1,50 Kg peso médio da carcaça do frango), multiplicado ao valor de R$ 2,12 extraídos do

ANEXO A, cotação do kg do frango no atacado para o mês de setembro 2007.

Pode-se substituir os valores de remuneração ao produtor de R$ 0,33, do custo do

kg do frango vivo de R$ 1,44 e da cotação do frango no atacado em setembro 2007, de R$

2,12, por valores medianos encontrados durante ano, no entanto, preferiu-se utilizar os dados

atuais para corrigir o valor do dinheiro no tempo.

Certamente o estudo apresentado não poderá ser utilizado como comparativo

fiscal ou para a distribuição do fundo de participação dos municípios (FPM) visto que este

dado é resultante da contabilidade dos abatedouros e frigoríficos, onde são compensados

todos os tipos de custos e a partir destes resultados financeiros são calculados os dados

técnicos. No entanto, o estudo pode demonstrar uma meta a ser perseguida e estabelecer

critérios comparativos para a maximização dos resultados, não só no ambiente interno, como

externo ao sistema de produção da avicultura de corte. Portanto, retornou-se ao foco deste

estudo que é de avaliar e propor melhorias do leito estradal do aviário até o frigorífico e desta

forma contribuir para crescimento dos índices técnicos do setor.

A Tabela 10 quantifica os dados anteriormente comentados.

42

Tabela 10: Abatedouros do Oeste do Paraná

Abatedouros /Frigoríficos do Oeste do ParanáNº Seq. Denominação Capac. Instal./dia ¹MÊS ²Média Mensal 2007

1 COOPAVEL 150.000 3.300.000 2.651.8632 COPACOL 300.000 6.600.000 5.665.438 3 COPAGRIL 100.000 2.200.000 1.848.618 4 LAR 150.000 3.300.000 3.113.512 5 C-VALE 300.000 6.600.000 4.472.695 6 KAEFER 300.000 6.600.000 4.396.087 7 SADIA S/A 360.000 8.280.000 8.360.365

TOTAL 1.660.000 38.180.000 30.508.578 Preço pago aos produtores R$ 0,33 R$ 12.599.400,00 R$ 10.067.830,74

Preço custo posto no Frigorífico/ kg R$ 1,44 R$ 54.979.200,00 R$ 43.932.352,32 Preço de Comercialização no Atacado R$ 2,12 R$ 121.412.400,00 R$ 97.017.278,04 ¹ Mês de 22 dias exceto para SADIA 23 dias (capacidade instalada) ² Fonte ANEXO C Fonte: Elaborada pelos autores com base no SINDIAVIPAR (2007)

3.1.3 Postos de empregos gerados/ IDH-M

Ao analisar-se os índices do IDH-M (IPARDES, 2007), obtidos do perfil dos

municípios estudados, verifica-se que os valores encontram-se dispersos entre 0,675 para o

município de Diamante do Sul e 0,851 para o município de Quatro Pontes, os quais

apresentam respectivamente uma quantidade de aviários de 02 e 15. Isso leva a crer que a

avicultura industrial, não seja responsável pela geração de empregos e renda. Entretanto, essa

análise é extremamente simplista, pois leva em consideração apenas os valores extremos da

tabela, que não condiz com a realidade dos outros 51 municípios da região Oeste do Paraná,

onde se encontram dispersos os outros 3640 aviários de frango de corte.

Para demonstrar melhor esta correlação entre a geração de emprego e a avicultura

de corte, o estudo levou em conta o APÊNDICE A e publicação efetuada pelo

SINDIAVIPAR (2007), onde se evidencia um indicador de geração de mão de obra direta e

indireta, respectivamente, de 01 e 10 postos de trabalho gerados por 1500 a 2000 aves

abatidas.

Na Tabela 11 observa-se um cálculo efetuado pelos autores, onde se partiu da

população estática de aves de corte da região Oeste do Paraná, 56.839.731 cabeças

(APÊNDICE A), que foi dividido pelo extremo superior do intervalo, 2000 aves abatidas,

índice recomendado e extraído de publicação do SINDIAVIPAR e assim chegou-se a 28.420

postos diretos e 284.200 indiretos de trabalho, a estes podem ser somados em torno de 3600

43

famílias de produtores integrados à cadeia de produção de frango de corte na região Oeste do

Paraná.

Tabela 11: Relação aves abatidas/ mão de obra/ capacidade estáticaFator Social Aves abatidas Quantidade de Mão

de Obra

Capacidade Estática

Mão de Obra Necessária

Empregos diretos

1.500 a 2.000 01 56.839.731 28.420

Empregos Indiretos

1.500 a 2.000 10 56.839.731 284.200

Fonte: Elaborada pelos autores com base no APÊNDICE D e E e SINDIAVIPAR (2007)

3.1.4 Mapa geopolítico do Estado do Paraná

A Figura 14 apresenta o mapa geopolítico do estado do Paraná, o qual encontra-se

a disposição em site do IPARDES, para consultas em tamanhos passíveis de ampliação que

fornecem perfeita visualização da divisão geopolítica dos municípios que compõem o estado

do Paraná, bem como sua malha viária e outras características de interesse sócio-econômico.

FIGURA 14: Mapa político-rodoviário do Estado do Paraná Fonte: IPARDES (2006)

44

3.1.5 Mapas de localização das estradas estaduais e aviários no Estado do Paraná

A localização através do GPS (Global Sistema Position) foi desenvolvida pela

CELEPAR juntamente com a SEAB e empresas do setor avícola do Paraná, por força do

Plano nacional de Sanidade Avícola (PNSA) conforme Instrução Normativa 27 do Ministério

da Agricultura, com futuras intenções de Regionalização da Avicultura frente a organismos

internacionais como OIE (Organization International de Epizootias).

Este geoprocessamento prevê um cadastro dos avicultores onde são armazenados

vários dados referentes aos estabelecimentos avícolas, sistema este que ora está sendo

implantado e que permitirá a agilização em ações de ordem sanitárias como o

acompanhamento do trânsito de aves através da emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA)

de forma on line, e a produção de um banco de dados, com emissão de relatórios utilizados

inclusive por outros departamentos da SEAB, além dos dados especificamente utilizados pela

defesa sanitária animal.

A Figura 15 apresenta este georreferenciamento onde se pode ver assinalados

pontos coloridos que representam os aviários. É importante explicar que estes pontos podem

conter mais de um estabelecimento, visto a compressão da figura. Nesta figura estão também

assinaladas as rodovias estaduais. O software oferece outras opções como a visualização de

hidrovias e solos, bem como há várias opções para aproximar e levantar dados para uso em

uma emergência sanitária. Alguns erros necessitam ser reparados no cadastro dos avicultores

onde se encontram os metadados que alimentam o sistema CELEPAR/SEAB.

FIGURA 15: Mapa do estado do Paraná, assinalado a distribuição dos aviários e rodoviasFonte: Celepar (2007)

45

3.1.5.1 Mapas das estradas estaduais no oeste do Paraná

A Figura 16 apresenta uma aproximação compartimentalizada por núcleos

regionais da SEAB, com o objetivo de demonstrar os núcleos regionais do oeste: Toledo e

Cascavel onde se focaliza as estradas estaduais que cortam os 51 municípios desta região.

FIGURA 16: Região Oeste, divisão dos núcleos regionais da SEAB de Toledo e CascavelFonte: Celepar (2007)

3.1.6 Mapas de localização dos aviários no oeste do Paraná

A Região Oeste do Paraná compreende 51 municípios e apresenta 23.537,29 Km²

de área onde estão cadastrados junto a SEAB, 3640 avicultores, produtores de frango de corte,

perfazendo um plantel estático de 56.839.731 cabeças, dados elaborados pelos autores

extraídos dos APÊNDICES A e C.

A Figura 17 apresenta recorte ampliado da região oeste, onde demonstra a

existência de 3640 avicultores distribuídos em toda região e abastecem os 07

abatedouros/frigoríficos com SIF, nela localizados, os quais apresentam uma capacidade

instalada de abate diário de 1.660.000 cabeças de frangos/dia. No entanto, conforme dados do

SINDIAVIPAR, o número médio de cabeças abatidas/mês, de janeiro a agosto de 2007 foi de

30.508.578 cabeças.

46

FIGURA 17: Geoprocessamento de avicultura do oeste do Paraná Fonte: Celepar (2007)

3.2 Mapas com Malha Viária e Aviários da Região Oeste do Paraná

A seguir apresenta-se o quadro das rodovias pavimentadas ou não de todos os

municípios da região oeste do Estado do Paraná, muito embora não existam rodovias

estaduais a serem pavimentadas nesta região e apesar de o governo do Estado ter executado

nos últimos 25 anos de administração, a pavimentação de baixo custo nas rodovias municipais

ainda, há muito a ser feito. Os investimentos para atender tal demanda são vultuosos,

portanto, necessário e urgente se faz propor algumas alternativas, que venham alavancar a

melhoria de tal infraestutura.

A Figura 18 chama a atenção, principalmente para as estradas já pavimentas na

região oeste do Paraná.

47

FIGURA 18: Mapa político-rodoviário do Oeste do Paraná Fonte: IPARDES (2007)

A extensão da malha rodoviária municipal da região oeste do Paraná apresenta os

seguintes dados para os 51 municípios. Conforme o APÊNDICE B (Relação

município/área/estradas rurais/aviários), estradas não pavimentadas 12.262,88 km; estradas

em obras 144,96 km; estradas pavimentadas 1.736,20 km; totalizando 14.144,04 km. Isto

representa uma extensão pavimentada da ordem de 12,28% do total de 14.144,04 km. Neste

mapa não aparecerem as rodovias municipais, tendo em vista o fato de apenas alguns

municípios terem efetuado seus cadastros com geoprocessamento, no entanto, pode-se

observar como tal extensão existente é insignificante em relação à rede estradal de todos os

municípios. A dispersão dos aviários geoprocessados e a malha rodoviária estadual

pavimentada são apresentada na Figura 19.

48

FIGURA 19: Geoprocessamento de avicultura do oeste do Paraná e malha rodoviária estadual Fonte: CELEPAR (2007)

A Figura 20 apresenta a dispersão dos aviários geoprocessados, a malha

rodoviária estadual pavimentada e a delimitação dos núcleos regionais de Cascavel e Toledo.

FIGURA 20: Geoprocessamento de avicultura do oeste do Paraná e malha rodoviária estadual

e delimitação dos Núcleos regionais de Cascavel e Toledo Fonte: CELEPAR (2007)

49

3.2.1 Visita de campo

Com o intuito de avaliar melhor a realidade em estudo, os autores realizaram um

dia de visita a campo onde se efetuou contato prévio com médico veterinário Bernardo Galo,

responsável pela sanidade do fomento avícola da empresa Globoaves, sendo por ele

viabilizada uma visita a um de seus produtores de aves integrados e à própria empresa em

questão.

A aplicação dos dados não são objetivo deste trabalho de conclusão de curso

(TCC), portanto o APÊNDICE D (Demonstração de perdas geradas pelo leito estradal –

Empresas) e APÊNDICE E (Demonstração de perdas pelo leito estradal avicultores) não

foram utilizados em pesquisa de campo, no entanto ficam como sugestão para futuras

pesquisas.

No APÊNDICE F ao APÊNDICE M, observa-se grande variação, de 5% a 30%

dos aviários de produção de frango de corte das empresas integradoras da região oeste

encontram-se com dificuldades de acesso em dias de chuva. Portanto as condições do leito

estradal para cada um destes 3426 avicultores dos 51 municípios da região oeste, na visão

subjetiva dos técnicos das empresas de fomento avícola, constituem um entrave importante

para o futuro da avicultura regional. Assim espera-se que este índice percentual corrobore

para a ação sobre o problema.

A discrepância entre os números aviários, 3426 (aviário ligados ao sistema de

empresas integradoras) e 3460 (aviários ligados ao sistema de integração e independentes), se

deve ao fato dos filtros existentes no site do sistema CELEPAR/SEAB, permitirem

diferenciar os aviários do sistema de integração e os aviários independentes.

A Tabela 12 apresenta dados relativos aos aviários com dificuldades de acesso do

Oeste do Paraná.

50

Tabela 12: Aviários com dificuldades de acesso do Oeste do Paraná

Aviários com dificuldades de acesso do Oeste do ParanáNº Seq. Denominação Nº de aviários % Aviários com

dificuldades de acessoAviários com dificuldade de

acesso em dias de chuva

1 COOPAVEL 305 6 18,32 COOPACOL 819 10 81,93 COPAGRIL 178 10 17,84 LAR 414 20 82,85 C-VALE 488 5 24,46 KAEFER 489 30 146,77 SADIA S/A 733 10 73,3

TOTAL 3426 ////////////// 445,2

Fonte: Elaborada pelos autores (dados oriundos dos Apêndices F até M) e Celepar /SEAB

3.2.2 Levantamento de situação realizado frente às empresas de fomento

Através de visita realizada ao frigorífico Kaefer (Globoaves), indagou-se sob as

condições do leito estradal, do aviário até o frigorífico. As informações obtidas confirmam

freqüentes paralisações do abate de frango devido à impossibilidade de transporte das aves

vivas de alguns aviários até o frigorífico. As chuvas e, conseqüentemente, as condições do

leito estradal fazem com que a produção seja paralisada, havendo necessidade de

remanejamento de lotes de outros produtores para manutenção do recebimento de aves.

Na plataforma do frigorífico, no entanto, em quantidade bem inferior a capacidade

de abate devido ao maior tempo de deslocamento entre a origem e o destino. Os transtornos

gerados são de várias ordens e acarretam prejuízos de produtividade e financeiros. O

dimensionamento destes transtornos poderá ser efetivado a partir da aplicação de

levantamentos específicos.

A Figura 21 apresenta a dispersão dos aviários da empresa Globoaves na região

oeste do Paraná.

51

FIGURA 21: Geoprocessamento de avicultura de corte fomento da empresa Globoaves Fonte: CELEPAR (2007)

A Figura 22 apresenta a localização por geoprocessamento da SEAB/CELEPAR,

da propriedade sugerida pela empresa a ser visitada. Esta apresentação se faz necessária em

função das medidas de biossegurança implementadas pelo atual PNSA e permite o acesso aos

dados inseridos no sistema CELEPAR/SEAB, através de cadastro dos avicultores, ANEXO B

(Metadados cadastro do avicultor). Este software permite em caso de uma emergência

sanitária levantar as propriedades de risco que estejam envolvidas em um raio de 03 km,

ANEXO C (Definição do geoprocessamento através de coordenadas geográficas da

propriedade) e 03 a 10 km, ANEXO D (Relação de propriedades na área de foco, cerco de 3 a

10 km), com dados individualizados de cada avicultor e o total de aves existente, facilitando e

agilizando uma possível ocorrência emergencial.

52

FIGURA 22: Geoprocessamento da propriedade da Srª Nair Damian Pasini Fonte: Adaptado de (CELEPAR, 2007)

3.2.3 Levantamento de situação realizado frente a um determinado produtor

No dia 03 de outubro de 2007 juntamente com o Sr° Darci Donadel da Unidade

Industrial Avícola Globoaves, situada às margens da rodovia PR-180 que liga os municípios

de Cascavel a Cafelândia, visitou-se a propriedade do Srª Nair Damian Pasini, localizada na

colônia Melissa, fornecedor de frangos para empresa, no ramo há 22 anos. Neste período,

conforme seu relato, toda tecnologia de produção do frango no aviário teve um

desenvolvimento extraordinário, no entanto, a estrada que liga a sua propriedade até a PR-180

que tem uma pequena extensão de 3,00km tem gerado a sua principal preocupação, visto que,

até a presente data, o leito estradal não é pavimentado, inclusive sem revestimento primário.

Quando ocorre a coincidência do transporte de frangos até o abatedouro em período de chuvas

dificilmente é concretizado.

A Figura 23 foi elaborada através do software google earth e permite a

visualização da propriedade visitada bem como seu entorno.

53

FIGURA 23: Propriedade visitada e seu entorno Fonte: Google earth (2007)

O grande desnível que há entre a sua propriedade e a rodovia estadual acarreta

risco constante de tombamento do caminhão e deslizamento no leito estradal de solo argiloso,

fato este já ocorrido. Em tal trajeto existem diversas situações de condições do leito estradal,

desde a mais precária que é exatamente na saída do aviário, pelo fato do mesmo situar-se em

rampa ascendente sem revestimento primário e sem adequação da estrada.

A Figura 24 foi elaborada através do software google earth e permite a

visualização aérea da propriedade visitada bem como o ponto crítico de tombamento de

caminhões.

54

FIGURA 24: Propriedade visitada, com destaque do ponto critico de tombamento de

caminhãoFonte: Google earth (2007)

O percurso sobre o leito estradal desde o aviário da Srª Nair até a Globoaves foi

fotografado, nos pontos que consideramos de maior relevância, sendo a seguir apresentadas.

A Figura 25 apresenta a saída da propriedade onde leito estradal municipal não é

pavimentado.

55

FIGURA 25: Saída do aviário em direção a PR-180 e Globoaves rampa ascendenteFonte: Elaborada pelos autores (2007)

A Figura 26 apresenta a vista inferior da rampa de saída da propriedade, ponto

crítico para tombamento de cargas. As condições do percurso do aviário em direção a PR-180

e Globoaves. Neste ponto houve tombamento de caminhão carregado com Frangos.

FIGURA 26: Leito estradal municipal não pavimentado, rampa ascendente e curva a direitaFonte: Elaborada pelos autores (2007)

56

A Figura 27 apresenta as condições do percurso do aviário em direção a PR-180 e

Globoaves, no encontro da saída da propriedade vizinha, onde há uma rampa ascendente e

curva a direita com erosão por não ter sido executado adequação da estrada.

FIGURA 27: Leito estradal municipal não pavimentado, erosão por falta de adequaçãoFonte: Elaborada pelos autores (2007)

As propriedades lindeiras à mesma utilizam o leito estradal como canal de

drenagem superficial, provocando com isto erosões nas suas laterais, dificultando ainda mais

o trânsito dos caminhões em época de chuvas. A Figura 28 demonstra tais condições.

57

FIGURA 28: Inexistência de revestimento e adequação com conseqüente erosãoFonte: Elaborada pelos autores (2007)

Condições do percurso do aviário em direção a PR-180 e Globoaves, rampa

ascendente sem revestimento primário acelera a erosão, execução de tubulação para

escoamento de águas pluviais. A Figura 29 apresenta uma saída inadequada e provocadora de

erosão.

FIGURA 29: Como acelerar a erosãoFonte: Elaborada pelos autores (2007)

58

3.2.4 Retorno à empresa Globoaves e acompanhamento da recepção de aves para o abate

Após a visita a propriedade da Srª Nair, acompanhados do Srº Darci, retornou-se à

empresa Globoaves, onde se pode observar aspectos do transporte de aves e os procedimentos

empregdos pela empresa globoaves.

A Figura 30 apresenta o caminhão carregado com aves após chegar a plataforma

do frigorífico para o descanso das aves, previsto em no mínimo 01 hora.

FIGURA 30: Recepção e descanso das aves, caminhão proveniente de Três Barras do PR-

GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

Neste intervalo é efetuada a inspeção sanitária pré abate e conferência de

documentação, Guia de Trânsito Animal (GTA) e Nota Fiscal, as Figuras 31 e 32

apresentam estes documentos.

59

FIGURA 31: Guia de Trânsito Animal (GTA), 2.805 aves transportadas - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

FIGURA 32: Nota fiscal, 2.805 aves transportadas - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

Após o descanso o caminhão com as aves seguem para a plataforma de recepção e

descarregamento.

A Figura 33 apresentam uma vista geral do pátio da empresa e o caminhão em

posição para o descarregamento.

60

FIGURA 33: Vista geral descarga dos caminhões - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

A Figura 34 mostra o modelo de caminhão utilizado para o transporte de aves, os

quais apresentam dimensionamentos diferentes. O modelo com 12 canos tem capacidade para

432 caixas compartimentalizadas em 12 colunas constituídas de 09 caixas na posição vertical

e 04 caixas na posição horizontal. O modelo 13 canos segue a mesma constituição

apresentando uma coluna a mais e assim permite carregar 468 caixas.

FIGURA 34: Caminhão em posição para o descarregamento - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

61

O sistema de descarregamento é semi-automatizado, sendo necessário o auxílio

por funcionários para o deslocamento das caixas com as aves para o interior do frigorífico. A

Figura 35 apresenta a execução desta atividade.

FIGURA 35: Funcionários efetuando o descarregamento das caixas com aves - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

As caixas para transporte de aves são construídas para manter a ambiência

necessária ao transporte de aves. Segundo Reali (2004), o número de aves por caixa depende

do tipo de frango produzido. O ideal é dimensioná-la por Kg de peso-vivo, com espaço de

0,020 m²/Kg de peso vivo no verão e de 0,024 m²/Kg de peso-vivo no inverno. Na prática são

transportadas 08 aves por caixa quando forem do tipo broiller (grande – 45 dias) e 13 aves

para o tipo griller (pequeno – 35 dias).

A Figura 36 apresenta o modelo de caixa utilizada para o transporte de aves.

62

FIGURA 36: Sr. Darci apresenta a caixa de transporte de frangos - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

Para finalizar a visita a empresa Globoaves, observou-se a filosofia de

preservação ambiental o que fica evidente no tratamento dado aos resíduos industriais.

A Figura 37 demonstra o carregamento de um caminhão com penas, as quais são

destinadas à fabricação de farinha de pena, por outra empresa.

FIGURA 37: Carregamento de penas - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

63

A Figura 38 apresenta as lagoas de tratamento dos efluentes industriais, os quais

passam por diversas lagoas até estarem em condições de seguirem para curso de água natural.

FIGURA 38: Lagoa de tratamento de efluentes industriais - GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

A figura 39 apresenta outra vista das lagoas de tratamento de resíduos industriais,

com uma visão ao fundo da cidade de Cascavel.

FIGURA 39: Lagoa de tratamento de efluentes industriais, ao fundo a cidade de Cascavel -

GloboavesFonte: Elaborada pelos autores (2007)

64

3.2.4.1 Levantamento de situação realizado frente a um motorista de um caminhão na

Globoaves

Na oportunidade da visita à empresa Globoaves, observou-se a chegada para o

descanso pré abate, de um caminhão com carregamento de 3.456 frangos destinados ao abate.

Entrevistou-se o motorista Sr Antonio Carlos, que está neste ramo há 13 anos. A distância

entre a origem do carregamento (município de Três Barras do Paraná) e o destino perfaz 125

quilômetros, sendo 3 km em estrada de chão, 15 em calçamento poliédrico e o restante em

rodovia pavimentada. O tempo para este percurso totalizou 3:40 horas, portanto, com

velocidade média de 34 km/h.

O percurso de 18km (chão+calçamento) foram efetuados em uma hora, apesar da

rodovia ser pavimentada, encontra-se em condições ruins. Existe um programa do governo

estadual para recuperação destes 18km, entretanto, não existe previsão de melhorias visando

propiciar uma maior velocidade, o que de forma prática, redundaria em diminuição do custo

operacional dos veículos com combustíveis, manutenção, condenações e mortalidade de aves.

Isso traz como conseqüência uma considerável diminuição no tempo de percurso e maior

número de viagens no mesmo dia. No entanto, categorizou o motorista que, em dia de chuva,

não sai carga alguma da propriedade, pois realmente fica intransitável o trecho dos 3 km em

estrada de chão.

3.2.5 Sugestão de levantamento de estradas rurais dos municípios do oeste do Paraná

Antes de propor os investimentos que devem ser feitos na malha rodoviária

municipal, sugere-se inicialmente que a AMOP convoque seus associados para darem início o

mais breve possível, o geoprocessamento da rede municipal de rodovias, todas baseadas em

coordenadas geográficas de primeira ordem do IBGE, bem como referências de nível, para

então poder ser planejada estrategicamente uma ação de como estabelecer as prioridades em

função das rotas principais de transporte de pintos, adubos e aves para abate. Tais ações

devem ser planejadas a curto, médio e longo prazo.

65

3.2.6 Tipos de pavimentação utilizados nos últimos anos

De uma forma geral, constatou-se que quase toda e pequena pavimentação

executada na rede municipal foram efetuadas por iniciativa do governo estadual, tanto o atual

como os anteriores. Os tipos que estão sendo utilizados desde 1982, se constituíram em

grande parte, de calçamento poliédrico, em segundo lugar, em extensão destaca-se a utilização

de macadame seco como base e revestimento asfáltico em pré misturado a frio. Salienta-se

que, ou através de convênio do Governo do Estado com as prefeituras ou por contratação

direta, grande extensão de revestimento primário foi executado com cascalho (basalto

decomposto), no entanto, tal serviço não é definido como pavimentação.

Quanto à vida útil e manutenção dos dois primeiros tipos de pavimentos observa-

se que o calçamento poliédrico, quando bem executado, é o que tem vida mais longa, além de

propiciar uma utilização de mão de obra mais intensa que o segundo tipo. Por outro lado, a

sua manutenção pode ser feita pelas prefeituras, diferentemente das subbases de macadames

britados e revestimentos asfálticos, que além de encarecer a manutenção, mesmo se feita por

administração direta das prefeituras, trata-se de serviços que exigem equipamentos e

conhecimento técnico mais específico do assunto.

3.2.7 Sugestões de pavimentação

Tendo um dos autores militado nesta área há 35 anos e tendo acompanhado na

região oeste, toda a história dos sucessos e insucessos das pavimentações das estradas

municipais desde a chegada em 1991, transferido de Maringá para assumir a antiga 5ª

Supervisão de Estudos e Projetos (atual Gerência Técnica) da Superintendência Regional-

Oeste do DER/PR, e sabedor da importância que a da infra-estrutura rodoviária tem no

desenvolvimento de toda a região, como também distribuir renda e melhorar a qualidade de

vida de todos os oestinos, e a partir das pesquisas realizadas, documentais, bibliográficas,

entrevistas e visitas técnicas, permitiu aos autores propor algumas alternativas de

pavimentação de baixo custo e manutenção, como segue.

Utilização de materiais asfálticos fresados degradados das pistas de rolamento,

principalmente das rodovias estaduais em recuperação, podendo ser também das áreas

urbanas dos municípios. O destino dos mesmos pressupõe a sua aplicação como capa asfáltica

sobre os revestimentos primários (cascalhos) ou calçamento poliédrico.

66

Utilização de concreto asfáltico usinado a quente, com massa fina na espessura de

3 cm, a ser aplicado sobre o calçamento poliédrico.

Execução de trechos experimentais nas rodovias municipais com a utilização de

alternativas de custo bem abaixo dos pavimentos tradicionais, como por exemplo:

a) base de solo argiloso (50%) brita (50%), Já utilizada pelo DER/PR no trecho

experimental: Cebolão-Pau D’alho no norte do Estado do Paraná;

b) base de solo argiloso enzima; Já utilizada pelo DER/PR no trecho

experimental: em Santa Rita do Oeste –próximo de Terra-Roxa na região

Oeste do Estado do Paraná;

c) base de solo argiloso com resíduos de carbureto-Já utilizada pelo DER/SP em

trechos de rodovias vicinais no estado de São Paulo próximo de Assis.

A Figura 40 apresenta condições do percurso do aviário em direção A PR-180 e

Globoaves não pavimentada x pavimentada (Revestimento) com material de fresagem.

FIGURA 40: Intersecção entre revestimento com material de fresagem e chãoFonte: Elaborada pelos autores (2007)

67

3.2.8 Custos por quilometro para implantação de pavimentação de baixo custo

A seguir apresenta-se a Figura 41, que demonstra o quadro com o custo de

pavimentação das rodovias municipais para diversas opções. Tais custos representam valores

máximos para fins de licitação pública para empresas privadas (incluem, portanto, lucros e

encargos sociais). Como esses pavimentos não exigem grande sofisticação tecnológica,

entende-se que convênios deveriam ser firmados entre o Governo Estadual e os Governos

Municipais para executá-las por Administração Direta, tendo em vista que os mesmos já

possuem a sua disposição pessoal, máquinas e equipamentos para concretização de tal

objetivo. Custo Por Quilometro de Alternativas de Pavimentação de Baixo Custo

R$ 19.779,77

R$ 66.284,19

R$ 16.177,98

R$ 90.013,68

R$ -

R$ 10.000

R$ 20.000

R$ 30.000

R$ 40.000

R$ 50.000

R$ 60.000

R$ 70.000

R$ 80.000

R$ 90.000

R$ 100.000

Mat. de Fresagem de MisturaAsf.Degradada(Concreto

Asf.Usin.a Quente, Pré Mist.a Frio)

Reperfilagem com ConcretoAsfaltico Usinado a Quente(Massa

Fina)

Cascalhamento Calçamento Poliédrico

Alternativas de Pavimentação

Cus

to P

or K

m

FIGURA 41: Custo por quilometro de alternatias de pavimentação de baixo custoFonte: Elaborada pelos autores (2007)

68

CONCLUSÃO

A precariedade das estradas rurais é sem dúvida um fator limitante nos resultados

obtidos na Cadeia produtiva do frango. Diante disso, como resultado da análise, apresenta-se

de uma série de recomendações de políticas públicas gerais, setoriais e indicações de ações

coletivas que permitam a minimização dos fatores que influenciam negativamente a

competitividade da cadeia produtiva do frango na região oeste do Paraná, por meio de

parcerias entre as três esferas do poder executivo: Governo Federal, Governo Estadual e

Governo Municipal.

A avicultura na região oeste do Estado do Paraná é relativamente nova, tendo sido

iniciada pela Cooperativa Copacol de Cafelândia há 25 anos. Apesar deste pouco tempo, o

desenvolvimento desta atividade apresentou um crescimento extraordinário, coincidindo

exatamente com a implantação e pavimentação de rodovias estaduais. No entanto, toda

eficiência e tecnologia agroindustrial empregada pelas empresas deste setor poderão vir a

perder mercado para outros estados ou países, se não houver significativo investimento na

infraestrutura rodoviária, quer na malha municipal, quer na recuperação das estradas já

pavimentadas.

Devido à distribuição espacial dos aviários estarem dispersos por diversos

municípios como é mostrado no mapa geoprocessado da SEAB, há necessidade urgente de

todos setores envolvidos no processo, de proporem um “Plano Rodoviário Específico”, o qual

deve ser feito pelas três esferas do poder executivo, ou seja, Governo Federal, Estadual e

Municipal. Após análise de parte da cadeia produtiva, isto é, do transporte dos frangos vivos

dos aviários até os abatedouros, observou-se a necessidade de propor uma ação de

investimentos nas malhas rodoviárias, baseados no retorno econômico garantido pela

atividade.

Deverá o mesmo integrar todos os Planos Plurianuais nas três esferas, devendo

ser previsto em três etapas: 04 (Quatro), 8 (Oito) e 12 (Doze) anos. A justificativa de tais

investimentos é reforçada pela necessidade de se baixar substancialmente o custo operacional

dos veículos principalmente de carga, no caso dos custos fixos mensais, como depreciação,

remuneração do capital, salários do motorista, seguros e licenciamento. O trafego por estradas

em mau estado reduz a velocidade dos veículos (como foi citado anteriormente pelo motorista

Sr. Antonio Carlos), vindo a aumentar o custo das viagens não propiciando, com isto, a

transferência de renda aos transportadores e diminuindo a possibilidade de aumento de

produção do abate dos frangos pelos abatedouros/frigoríficos; no caso dos custos variáveis

(combustível, pneus, peças, lubrificação e lavagem), os consumos aumentam na medida em

que o estado de conservação piora.

A solução proposta de investimento em pavimentação de baixo custo, apesar de

envolver recursos substanciais de menor custo (a de revestimento das estradas municipais

com materiais de fresagem das rodovias estaduais degradadas) nos 12.262,88 km ao custo de

R$ 19.779,77 por quilometro, perfazendo o total de R$ 242 milhões de reais, deveria ser

adotada de imediato através de convênio entre as empresas envolvidas no setor e os governos

municipais da AMOP e o Governo Estadual. No entanto, tal solução depende da

disponibilidade deste material, que é sazonal, isto é, depende de estarem sendo executadas

obras de restauração de rodovias estaduais. Devido a este fato, e no intuito de diminuir-se tal

custo, outras alternativas deveriam ser pesquisadas além das previstas anteriormente, mas para

isto, o setor de pesquisa e desenvolvimento do DER/PR deveria ser reativado através da

contratação de técnicos especializados no setor rodoviário.

Para os acadêmicos e funcionários do Governo Estadual, a oportunidade deste

estudo foi extremamente gratificante, pela possibilidade de poderem externar anseios

observados, diariamente, a partir do contato com a população usuária, bem como com as

partes diretamente envolvidas nesta cadeia produtiva do frango de corte: avicultores,

frigoríficos, consumidores e governantes.

70

REFERÊNCIAS

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UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA. Relatório anual 2005/2006. Brasília: Athalaia Gráfica e Editora, (2006).

72

APÊNDICES

APÊNDICE A

Relação dos municípios / IDH-M / Nº propriedades / quantidade aves de corte

74

APÊNCIDE A – Relação dos municípios/IDH-M/Nº propriedades/quantidade aves de corteRELATÓRIO PARA O DERAL Aves - Rebanho Estático

Municipio IDH-M Nº Propr. Corte Qtd Corte Total1 Anahy 0,725 16 217500 2200022 Assis Chateubriand 0,787 118 2489230 24892303 Boa Vista Aparecida 0,697 49 732050 7320504 Braganey 0,704 11 246000 2460405 Cafelândia 0,787 244 3441900 43079006 Campo Bonito 0,687 31 327700 3277007 Capitão L. Marques 0,751 136 1102 47608 Cascavel 0,810 262 4713428 119285699 Catanduvas 0,717 72 891960 891960

10 Ceu Azul 0,78 86 1238957 128925711 Corbélia 0,767 75 1183010 122901612 Diamante do Oeste 0,709 14 243925 24392513 Diamante do Sul 0,675 2 30000 3000014 Entre Rio do Oeste 0,847 11 297060 29706015 Formosa do Oeste 0,788 141 1790000 181000016 Foz do Iguaçu 0,788 0 0 217 Guaíra 0,777 0 0 018 Guaraniaçu 0,728 111 1597860 159786019 Ibema 0,721 44 753010 75481020 Iguatu 0,701 5 109500 10950021 Iracema do Oeste 0,700 11 113500 11350022 Itaipulandia 0,760 24 501265 50131623 Jesuitas 0,762 123 1339500 135200024 laranjeiras do Sul 0,753 0 0 025 Lindoeste 0,715 20 377100 37710026 Marechal C. Rondon 0,829 121 1934450 204007827 Maripá 0,845 86 1815500 181550028 Matelândia 0,760 107 1085520 113665429 Medianeira 0,779 88 1230716 125600430 Mercedes 0,816 29 530340 53034031 Missal 0,790 59 675400 74718832 Nova Aurora 0,771 157 2283200 1024520033 Nova Santa Rosa 0,806 99 1661380 166138034 Ouro Verde do Oeste 0,764 43 708614 103638735 Palotina 0,832 212 4286100 2778196136 Pato Bragado 0,821 26 562580 56258037 Q. Pontes 0,851 15 281840 28184038 Ramilandia 0,697 16 227800 23035039 S. Helena 0,799 146 3186457 897911340 S. Lúcia 0,725 33 493000 49300041 S. Terez. do Oeste 0,735 14 295000 111202042 S. Terea do Itaipu 0,778 22 282130 29237543 S. José das Palmeiras 0,724 6 157756 15775644 S. Miguel do Iguaçu 0,779 90 1480240 238224845 S. Pedro do Iguaçu 0,732 20 1604650 245948946 Serranópolis do Iguaçu 0,796 67 973330 125158147 Terra Roxa 0,764 15 406600 40665048 Toledo 0,827 372 5443712 4623381449 Três Barras do PR 0,720 75 972600 97260050 Tupãssi 0,809 85 1181830 118183051 Vera Cruz do Oeste 0,737 31 443429 443429

Totalizacões 3.640 56.839.731 146.544.924Fonte: Elaborada pelos autores com dados extraídos do IPARDES/CELEPAR (2007)

75

APÊNDICE B

Relação dos municípios / área / estradas rurais / aviários

76

APÊNDICE B – Relação dos municípios / área / estradas rurais / aviários

REGIÃO OESTE ÁREA RODOVIAS RURAIS Nº AVIÁRIOSNº Municipio (KM2) N. PAVIMEN. EM OBRAS PAVIMEN. TOTAL Nº Estab. Corte Plantel Estático 1 Anahy 102,331 78,39 8,3 4,51 91,2 16 217.500 2 Assis 966,158 435,71 0 36,6 472,31 118 2.489.230 3 Boa V. Apar. 256,162 227,31 0 24,13 251,44 49 732.050 4 Braganey 342,758 198,8 0 41,13 239,93 11 246.000 5 Cafelândia 271,527 117,83 0 4,92 122,75 244 3.441.900 6 C. Bonito 429,307 123,52 4,7 2,51 130,73 31 327.700 7 C. L. Marques 274,892 83,16 1,26 85,12 169,54 136 1.102 8 Cascavel 2.091,40 776 0 88,6 864,6 262 4.713.428 9 Catanduvas 589,604 239,06 15,9 6,81 261,77 72 891.960 10 C. Azul 1.179,44 207,52 0 38,4 245,92 86 1.238.957 11 Corbélia 528,715 266,69 0 15,6 282,29 75 1.183.010 12 Diamante do O 309,147 184,32 7,2 6,52 198,04 14 243.925 13 Diamante do Sul 345,981 136,08 0 0,84 136,92 2 30.000 14 E. Rios 120,327 84,26 0 73,3 157,56 11 297.060 15 Formosa. do O 275,076 189,74 10,6 6,45 206,79 141 1.790.000 16 Foz do Iguaçu 610,209 86,01 0 139,61 225,62 0 0 17 Guaira 568,845 304,13 0 95,5 399,63 0 0 18 Guaraniaçu 1.240,063 440,39 0 16,81 457,2 111 1.597.860 19 Ibema 150,038 246,8 0 11 257,8 44 753.010 20 Iguatu 107,465 83,65 0 0 83,65 5 109.500 21 Iracema 82,453 51,77 0 0 51,77 11 113.500 22 Itaipulandia 336,345 134,28 0 69,92 204,2 24 501.265 23 Jesuitas 249,207 99,66 12 70,98 182,64 123 1.339.500 24 Laranjeiras do Sul 673,313 255,87 7,6 7,13 270,6 0 0 25 Lindoeste 360,991 123,99 0 26,83 150,82 20 377.100 26 MCRondon 748,281 486,73 0 45,96 532,69 121 1.934.450 27 Maripá 287,047 279,24 0 40,08 319,32 86 1.815.500 28 Matelandia 642,030 282,81 18 58,42 359,23 107 1.085.520 29 Medianeira 325,167 148,7 6,2 60,67 215,57 88 1.230.716 30 Mercedes 199,084 220,29 14 7,02 241,31 29 530.340 31 Missal 319,014 221,18 0 55,63 276,81 59 675.400 32 N. Aurora 472,214 297,85 5,6 3,14 306,59 157 2.283.200 33 N. S. Rosa 207,017 135,11 0 38,83 173,94 99 1.661.380 34 Ouro Verde 293,197 195,85 9 4,51 209,36 43 708.614 35 Palotina 647,284 603,41 0 31,5 634,91 212 4.286.100 36 P. Bragado 136,781 123,99 0 23,19 147,18 26 562.580 37 Q. Pontes 114,531 137,24 0 16,76 154 15 281.840 38 Ramilandia 240,201 101,98 6,8 6,21 114,99 16 227.800 39 S. Helena 759,123 411,3 0 50,29 461,59 146 3.186.457 40 S. Lúcia 117,504 18,19 0 40,54 58,73 33 493.000 41 S. Terez. Oeste 327,325 184,57 0 32,85 217,42 14 295.000 42 S. Terez. Itaip. 267,491 137,45 0 23,73 161,18 22 282.130 43 S J Palmeiras 183,282 168,75 0 3,14 171,89 6 157.756 44 SMIguaçu 848,669 476,94 0 157,98 634,92 90 1.480.240 45 SPIguaçu 308,123 233,36 0 2,93 236,29 20 1.604.650 46 Ser. Iguaçu 485,871 103,64 4,8 0 108,44 67 973.330 47 T. Roxa 803,479 474,13 0 23,52 497,65 15 406.600 48 Toledo 1.198,61 805,82 0 79,92 885,74 372 5.443.712 49 T.B.doPR 506,959 313,36 0 31,31 344,67 75 972.600 50 Tupassi 310,957 290,82 0 23,68 314,5 85 1.181.830 51 V. C. do Oeste 326,298 235,23 13 1,17 249,4 31 443.429

SUB-TOTAIS 23.537,290 12.262,88 144,96 1.736,20 14.144,04 3.640 56.839.731 Fonte: Elaborada pelos autores com dados extraídos do IPARDES/CELEPAR (2007)

77

APÊNDICE C

Abate de aves com SIF na região oeste do Paraná 2007 e rebanho estático

78

APÊNDICE C – Abate de aves com SIF na região oeste do Paraná 2007 e rebanho estático

ABATE DE AVES COM INSPEÇÃO FEDERAL NO OESTE DO PARANÁ 2007.SIF EMPRESA MUNICIPIO JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ACUM *ABATE MENSAL **ABATE DIA

3887 COOPAVEL CASCAVEL 2943,899 2227,097 2843,188 2426,541 2785,679 2370,682 2735,038 2882,782 21214,906 2.651.863 120.539

516 COPACOL CAFELÂNDIA 5705,122 4261,546 5543,586 5393,802 6241,457 5035,935 6216,640 6925,417 45323,505 5.665.438 257.520

797 COPAGRIL MAL.C. RONDON 1967,804 1646,286 1950,644 1677,325 1950,581 1790,079 1857,193 1949,028 14788,940 1.848.618 84.028

4444 LAR MEDIANEIRA 4007,557 3163,158 3908,075 3.249,794 2927,542 2698,340 2642,664 2310,967 24908,097 3.113.512 141.523

3300 C.VALE PALOTINA 4371,300 4056,008 4895,642 4.383,558 4733,451 4237,466 4457,191 4646,946 35781,562 4.472.695 203.304

1672 KAEFER CASCAVEL 3926,046 4135,302 4484,484 4102,411 4649,418 4189,386 4783,456 4898,195 35168,698 4.396.087 199.822

716 SADIA S/A TOLEDO 8938,400 8322,100 8932,700 8168,635 8237,250 8087,620 7442,118 8754,099 66882,922 8.360.365 363.494

TOTAL GERAL DE CABEÇAS ABATIDAS 31860,128 27811,497 32558,319 29402,066 31525,378 28409,508 30134,300 32367,434 0,000 0,000 0,000 0,000 244068,630 30.508.579 1.326.460

PLANTEL ESTÁTICO 57348,230 50060,695 58604,974 52923,719 56745,680 51137,114 54241,740 58261,381 0,000 0,000 0,000 0,000 54.915,442 54.915.442 0

ACUMULADO 59671,625 60369,816 61960,385 60927,444 59934,886 58543,808 62501,734 32367,434 0,000 0,000 0,000 244068,630 0 0

ESTAMOS ENVIANDO TABELA DE ABATE POR EMPRESAS . PARA UMA POPULAÇÃO ESTÁTICA (PLANTEL) DE AVES PORUNIDADE DE ABATE

PODE SE CONSIDERAR O TOTAL DE AVES ABATIDAS MULTIPLICADO POR 1,8, O QUE SIGNIFICA UM INTERVALO ENTRE

LOTES DE 55 DIAS (45 DE ABATE + 10 DE VAZIO SANITÁRIO) O QUE PERMITE 6,6 LOTES ANO. ATENCIOSAMENTE: ÍCARO

* Abate mensal: é a média dos 8 meses ** Abate diário: turno de 22 dias exceto SADIA 23 dias e média geral

Fonte: Elaborado pelos autores com dados extraídos de planilha do SINDIAVIPAR (2007)

APÊNDICE D

Demonstração de perdas geradas pelo leito estradal - Empresas

80

APÊNDICE D – Demonstração de perdas geradas pelo leito estradal - Empresas

LEVANTAMENTO DE PERDAS POR CONDIÇÕES INADEQUADAS DO LEITO ESTRADAL EMPRESA _____________________Nº ITEM QUANTIFICAÇÃO1 A Nº DE AVICULTORES 2 V CAPACIDADE INSTALADA (FRANGOS) 3 I CAPACIDADE PRODUÇÃO/MÊS (FRANGOS) 4 C CAPACIDADE PRODUÇÃO/ANO (FRANGOS) 5 U Nº de AVIÁRIOS com LEITO ESTRADAL em BOAS COND.

6 TNº de AVIÁRIOS com LEITO ESTRAD. em PRECÁRIAS

COND. 7 O DISTÂNCIA MÉDIA DO AVIÁRIO AO FRIGORIFICO 8 R Nº DE CARGA / DIA 9 E Nº DE AVES TRANSPORTADAS / DIA 10 S Nº de FUNCIONÁRIO À DISPOSIÇÃO 12 13 T TIPO DE VEÍCULO 14 R PESO DO VEÍCULO 15 A CUSTO DO TRANSPORTE / KM 16 N CUSTO OPERACIONAL / KM 17 S MÉDIA DE KM / CARGA 18 P Nº DE CAMINHÕES ATOLADOS 19 O CUSTO POR CAMINHÃO ATOLADO 20 R Nº DE CAMINHÕES TOMBADOS 21 T CUSTO POR CAMINHÃO TOMBADO 22 E CUSTO ADICIONAL POR ROTA ALTERNATIVA 23 S CUSTO ADICION. POR RETENÇÃO DO FRANGO NO AVIAR. 24 25 Nº DE CARGAS RECEBIDAS 26 F Nº DE CARGAS NÃO RECEBIDAS 27 R % de MORTALIDADE NO TRANSPORTE / CARGA 28 I CUSTO DA MORTALIDADE / CARGA 29 G % DE CARGAS COM PERDA 30 O CUSTO DA PERDA COM CARGA 31 R % DE PERDA POR CARGA/TRANSPORTE 32 Í Nº de CARGAS RECEB. EM HS INADEGUADO 33 F Nº DE HS QUE O ABATE FICA PARADO 34 I CUSTO POR HORA DE ABATE PARALIZADO 35 C PERDA MÉDIA EM R$ POR CARGA 36 O PERDA TOTAL EM R$/MÊS 37 Nº LOTES ALOJADOS ANO

OBSERVAÇÕES= Autorizo o uso destas informações para Elaboração junto TCC-

UNIOESTE/ Escola de Governo do Paraná.

DATA_______________________ Nome_________________________________________Fonte: Elaborada pelos autores

81

APÊNDICE E

Demonstração de perdas pelo leito estradal avicultores

82

APÊNDICE E – Demonstração de perdas pelo leito estradal avicultores

LEVANTAMENTO DE PERDAS POR CONDIÇÕES INADEQUADAS DO LEITO ESTRADAL AVICULTOR _____________________ Localidade______________________ GPSNº ITEM QUANTIFICAÇÃO1 E Nº DE AVIÁRIOS2 S CAPACIDADE INSTALADA (FRANGOS) 3 T CAPACIDADE PRODUÇÃO/MÊS (FRANGOS) 4 R CAPACIDADE PRODUÇÃO/ANO (FRANGOS) 5 A TIPO DE LEITO ESTRADAL em BOAS COND.6 D CONDIÇÃO DO LEITO ESTRADAL, PARA O PRODUTOR 7 A DISTÂNCIA MÉDIA DO AVIÁRIO AO FRIGORIFICO 8 Nº DE CARGA / LOTE 9 Nº DE AVES TRANSPORTADAS / LOTE 10 Nº de FUNCIONÁRIO À DISPOSIÇÃO 12 EXISTEM DIFICULDADES DE TRÂNSITO 13 T TIPO DE VEÍCULO 14 R PESO DO VEÍCULO 15 A CUSTO DO TRANSPORTE / KM 16 N CUSTO OPERACIONAL / KM 17 S MÉDIA DE KM / CARGA 18 P Nº DE CAMINHÕES ATOLADOS 19 O CUSTO POR CAMINHÃO ATOLADO 20 R Nº DE CAMINHÕES TOMBADOS 21 T CUSTO POR CAMINHÃO TOMBADO 22 E CUSTO ADICIONAL POR ROTA ALTERNATIVA

23 SCUSTO ADICION. POR RETENÇÃO DO FRANGO NO

AVIÁRIO. 24 25 Nº DE CARGAS RECEBIDAS 26 Nº DE CARGAS NÃO RECEBIDAS 27 A % de MORTALIDADE NO TRANSPORTE / CARGA 28 V CUSTO DA MORTALIDADE / CARGA 29 I % DE CARGAS COM PERDA 30 V CUSTO DA PERDA COM CARGA 31 Á % DE PERDA POR CARGA/TRANSPORTE 32 R Nº de CARGAS RECEB. EM HS INADEGUADO 33 I Nº DE HS QUE O ABATE FICA PARADO 34 O CUSTO POR HORA DE ABATE PARALIZADO 35 PERDA MÉDIA EM R$ POR CARGA 36 PERDA TOTAL EM R$/MÊS 37 Nº LOTES ALOJADOS ANO

OBSERVAÇÕES= Autorizo o uso destas informações para Elaboração junto TCC-

UNIOESTE/ Escola de Governo do Paraná.

DATA_________________________NOME_______________________________________Fonte: Elaborada pelos autores

83

APÊNDICE F

Termo de Fiscalização Nº 176806

84

APÊNDICE F – Termo de Fiscalização Nº 176806 - Sadia

85

APÊNDICE G

Termo de Fiscalização Nº 176807

86

APÊNDICE G – Termo de Fiscalização Nº 176807 - Globoaves

87

APÊNDICE H

Termo de Fiscalização Nº 176808

88

APÊNDICE H – Termo de Fiscalização Nº 176808 - Lar

89

APÊNDICE I

Termo de Fiscalização Nº 176811

90

APÊNDICE I – Termo de Fiscalização Nº 176811 – C-Vale

91

APÊNDICE J

Termo de Fiscalização Nº 176813

92

APÊNDICE J – Termo de Fiscalização Nº 176813 - Copagril

93

APÊNDICE L

Termo de Fiscalização Nº 176816

94

APÊNDICE L – Termo de Fiscalização Nº 176816 - Coopacol

95

APÊNDICE M

Termo de Fiscalização Nº 176817

96

APÊNDICE M – Termo de Fiscalização Nº 176817 - Coopavel

97

ANEXOS

ANEXO A

Cotação média do frango (R$/Kg)

99

ANEXO A – Cotação média do frango (R$/Kg)

Cotações Médias do Frango – 2006/2007 R$/KgVivo (A) Atacado (B) Varejo (C) B/A C/A

2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007Janeiro 1,04 1,34 1,41 1,73 2,08 2,46 1,36 1,29 2,00 1,84

Fevereiro 1 1,8 1,35 2,09 2,08 2,76 1,35 1,16 2,08 153Março 0,82 1,55 1,17 1,83 1,67 2,69 1,43 1,18 2,04 1,74Abril 0,98 1,36 1,4 1,78 2,01 2,67 1,43 1,31 2,05 1,96Maio 1,15 1,2 1,49 1,8 2,13 2,65 1,3 1,5 1,85 2,21Junho 1,12 1,4 1,47 1,93 2,01 2,75 1,31 1,38 1,79 1,96Agosto 0,92 1,68 1,26 2 1,82 2,85 1,37 1,19 1,98 1,7

Setembro 1,18 1,84 1,54 2,12 2,12 2,89 1,31 1,15 1,8 1,57Outubro 1,53 1,84 2,37 1,2 1,55

Novembro 1,76 2,06 2,78 1,17 1,58Dezembro 1,28 1,85 2,58 1,45 2,02

1,17 1,82 2,52 1,56 2,15A) Vivo, na granja interior de SP; B) Abatido, Resfriado, grande Atacado, SP; C) Abatido. Fonte : JOX ( frango vivo e abatido); Procon- SP ( varejoFonte: Avisite (2007)

100

ANEXO B

Metadados cadastro do avicultor

101

ANEXO B – Metadados cadastro do avicultor

CNPJ/CPF: 74707477968Incra:7210340213505

Propriedade:NTProdutor:NAIR DAMIAN PASINI

Número do Núcleo: 1Nome Núcleo:

Atividade:(Acesso Mercado)

Espécie:

Área de InteresseClassificação:(Finalidade de

Exploração)Cooperativa/Integradora:

Registro no MA (PR00000):

Aves de ReproduçãoNº de Aves:

Número de Ovos Férteis Incubáveis:

Média Mensal de Ovos Incubados:

Aves de Produção

Nº de Aves para Corte: Nº de Aves para Postura:

Capacidade de Alojamento: Número de Aviários/Piquetes:

Área Construída (m²): Área Utilizada com Avicultura (m²)

Número de Pessoas Envolvidas com a Atividade:

Informações GPS: Você pode entrar com informações em Decimal (Ex.:25,45789)Para dados em Decimal Clique Aqui ou digite abaixo caso os dados estejam em

(gg°mm'ss.s'')

Latitude (gg°mm'ss.s''): ° ' '' Longitude (gg°mm'ss.s''): ° ' ''

Habilitação para Exportação: Sim NãoResponsável: Data de alteração 18/09/2007 14:30:10

Fonte: Extraído do Sistema SEAB/CELEPAR (2007)

102

ANEXO C

Definição do geoprocessamento através de coordenadas geográficas da propriedade

103

ANEXO C – Definição do geoprocessamento através de coordenadas geográficas da

propriedade

Definição do geoprocessamento de propriedade foco e cerco

Propriedades dentro do Cerco de 3 Km

Incra Produtor NR CNPJAves Município Reprod Incub Corte Postura

7120940131295 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 1 02983230000143 Cascavel 3253 0 0 07210340213505 NAIR DAMIAN PASINI 1 84874726000305 Cascavel 0 0 13800 07210340270495 ELTON PAULO FRACARO 1 02983230000143 Cascavel 58000 773333 0 07210340386108 NIVALDO PARZIANELLO 1 76093731000786 Cascavel 0 0 28500 07210340575253 ALBERTO FERNANDO BARDDAL DRUMMOND 1 76098219004639 Cascavel 0 0 30000 08152250647267 LUIZ CARLOS CAMPAGNOLO 1 84874726000305 Cascavel 0 0 13800 0Propriedades: 6 61253 773333 86100 0

Fonte: Extraído do Sistema SEAB/CELEPAR (2007)

104

ANEXO D

Relação de propriedades na área de foco, cerco de 3 a 10 km

105

ANEXO D – Relação de propriedades na área de foco, cerco de 3 a 10 kmPropriedades dentro do Cerco de 3 a 10 KmIncra Produtor N

RCNPJAves Município Reprod Incub Corte Postura

4104890800127 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 1 02983230000143 Cascavel 0 0 0 04104890800127 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 2 02983230000143 Cascavel 0 0 0 07150850171758 ROMEU NELSON KOLLING 1 null Cascavel 0 0 0 80007210340232135 ANALU MELNIK 1 84874726000305 Cascavel 0 0 15000 07210340246438 EDSON LUIZ FABRIS 1 20730099000780 Cascavel 0 0 13800 07210340246438 EDSON LUIZ FABRIS 2 84874726000305 Cascavel 0 0 13800 07210340249704 DIRCEU KREBS 1 76098219004639 Cascavel 0 0 21000 07210340255429 NELSO REINALDO DUCATI 1 76098219004639 Cascavel 0 0 30000 07210340278631 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 1 84874726000305 Cascavel 0 0 20000 100007210340284879 PEDRO FABRIS 1 20730099000780 Cascavel 0 0 13800 07210340284879 PEDRO FABRIS 2 20730099000780 Cascavel 0 0 14490 07210340284879 PEDRO FABRIS 3 20730099000780 Cascavel 0 0 6900 07210340321901 ADEMIR LUIZ PAZZINATTO 1 20730099000780 Cascavel 0 0 13260 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 1 02983230000143 Cascavel 20000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 2 02983230000143 Cascavel 20000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 3 02983230000143 Cascavel 20000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 4 02983230000143 Cascavel 20000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 5 02983230000143 Cascavel 20000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 6 02983230000143 Cascavel 22000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 7 02983230000143 Cascavel 22000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 8 02983230000143 Cascavel 36000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 9 02983230000143 Cascavel 36000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 10 02983230000143 Cascavel 36000 0 0 07210340439660 GLOBOAVES AGRO AVICOLA LTDA 11 02983230000143 Cascavel 36000 0 0 07210340445716 EDVIN SOUPINSKI 1 76093731000786 Cascavel 0 0 12500 07210340471121 Danilo Bavaresco 1 02983230000143 Cascavel 16500 220000 0 0721034054151 ALCENO AHLMANN 1 76093731000786 Cascavel 0 0 16000 07210340543645 GILBERTO CARMO PATZOLD 1 76098219004639 Cascavel 0 0 93000 07210340579089 SEBASTIAO DO SANTOS 1 76098219004639 Cascavel 0 0 21000 07210340588150 SEVERINO ANGELO SCAPINELLO 1 76093731000786 Cascavel 0 0 60500 07210340588800 JOSE NARCI SEIMETZ 1 76093731000786 Iracema do Oeste 0 0 12500 07210340637119 ADAIR OLDONI 1 20730099000780 Cascavel 0 0 14800 07210340637119 ADAIR OLDONI 2 20730099000780 Cascavel 0 0 18200 07210340661176 PLUMA AGRO AVICOLA LTDA 1 null Cascavel 16500 0 0 07210340663462 ALBINO DYBAS ACIR DYBAS 1 null Cascavel 15 0 0 07210340663462 ALBINO DYBAS ACIR DYBAS 2 null Cascavel 46 0 0 07210340777476 SABINO GREGOLON 1 84874726000305 Cascavel 0 0 6900 07210340777476 SABINO GREGOLON 2 84874726000305 Cascavel 0 0 6900 07210340788834 FRANCISCO SALVATTI 1 76098219004639 Cascavel 0 0 11000 07210340828992 VILMAR PFEFFER 1 84874726000305 Cascavel 0 0 15000 07210340860292 JOSE BROCA 1 76098219004639 Cascavel 0 0 15000 07212390072506 ROBERTO A PAETZOLD 1 76093731000786 Cascavel 0 0 14000 07230100551072 JORGE APARECIDO DOS SANTOS 1 76098219004639 Cascavel 0 0 15000 0Propriedades: 43 321061 220000 494350 18000

Fonte: Extraído do Sistema SEAB/CELEPAR (2007)

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