unidade ii- degeneração. morte celular.alterações do interstício

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Unidade II- Unidade II- Degeneração. Morte Degeneração. Morte Celular.Alterações Celular.Alterações do Interstício. do Interstício. Patologia Geral Patologia Geral Profª Adriana Oliveira Profª Adriana Oliveira

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Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício. Patologia Geral Profª Adriana Oliveira. 1-Introdução. Agentes agressivos ou etiológicos: “Lesão bioquímica precede a lesão fisiológica que precede a lesão morfológica.”. 1-Introdução. Classificação: Intrínsecos: - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

Unidade II- Degeneração. Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações Morte Celular.Alterações

do Interstício.do Interstício.

Patologia GeralPatologia Geral

Profª Adriana OliveiraProfª Adriana Oliveira

Page 2: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

1-Introdução1-Introdução

Agentes agressivos ou Agentes agressivos ou etiológicos:etiológicos:

““Lesão bioquímica precede a lesão Lesão bioquímica precede a lesão fisiológica que precede a lesão fisiológica que precede a lesão morfológica.”morfológica.”

Page 3: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

1-Introdução1-Introdução

Classificação:Classificação:Intrínsecos:Intrínsecos:**Modificações no genoma, na Modificações no genoma, na

hereditariedade e na embriogênese;hereditariedade e na embriogênese;*Erros metabólicos inatos;*Erros metabólicos inatos;*Disfunções imunológicas *Disfunções imunológicas

(autoimunidade;hipersensibilidade;im(autoimunidade;hipersensibilidade;imunossupressão.); unossupressão.);

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1-Introdução1-Introdução

**Distúrbios circulatórios;Distúrbios circulatórios;

*Disendocrinias;*Disendocrinias;

*Distúrbios nervosos e psíquicos;*Distúrbios nervosos e psíquicos;

*Envelhecimento.*Envelhecimento.

Page 5: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

1-Introdução1-IntroduçãoExtrínsecos:Extrínsecos:*Físico: temperatura,eletricidade, radiações, *Físico: temperatura,eletricidade, radiações,

sons e ultrasons, magnetismo. Gravidade e sons e ultrasons, magnetismo. Gravidade e pressão.pressão.

*Químicos:*Químicos:-Exógenos:-Exógenos: Inorgânicos:ácidos, bases, metais pesados;Inorgânicos:ácidos, bases, metais pesados;Orgânicos: toxinas, venenos, organo-sintéticoOrgânicos: toxinas, venenos, organo-sintético

Page 6: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

1-Introdução1-Introdução-Endógenos: Hormônios , catabólitos, -Endógenos: Hormônios , catabólitos,

enzimas, anticorpos...enzimas, anticorpos...*Infecciosos:*Infecciosos:-Agentes acelulares: vírus;-Agentes acelulares: vírus;-Agentes unicelulares: células -Agentes unicelulares: células

procarióticas(bactérias,clamídias...), procarióticas(bactérias,clamídias...), células eucarióticas ( fungos, protozoários)células eucarióticas ( fungos, protozoários)

--Agentes Multicelulares: helmintos...Agentes Multicelulares: helmintos...

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2-Degenerações 2-Degenerações

--Degeneração: são Degeneração: são lesões cuja a lesões cuja a característica característica morfológica morfológica fundamental é a fundamental é a deposição de deposição de substancias no substancias no interior das interior das células. células.

Page 8: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

2-Degenerações2-Degenerações Classificações das degenerações> composição Classificações das degenerações> composição

química das células:química das células:1-degeneração por acúmulo de água e eletrólitos; 1-degeneração por acúmulo de água e eletrólitos;

hidrópica;hidrópica;2-degeneração por acúmulo de proteínas; hialina e 2-degeneração por acúmulo de proteínas; hialina e

mucóide;mucóide;3-degenerações com acúmulo de lipídeos; esteatose e 3-degenerações com acúmulo de lipídeos; esteatose e

as lipidoses ;as lipidoses ;4-degeneração com acúmulo de carboidratos; 4-degeneração com acúmulo de carboidratos;

glicogenoses.glicogenoses.

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2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica É a entrada de fluido É a entrada de fluido

extracelular e extracelular e eletrólitos  dentro de eletrólitos  dentro de uma célula, secundária uma célula, secundária a deficiência na a deficiência na atividade das ATPases atividade das ATPases (bombas de Na/K) da (bombas de Na/K) da membrana celular, membrana celular, levando a acúmulo de levando a acúmulo de água no citoplasma. É água no citoplasma. É reversível, desde que reversível, desde que não muito intensa ou não muito intensa ou prolongada. prolongada. 

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2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica

Causas e Mecanismos:Causas e Mecanismos:-É provocada por transtornos no equilíbrio -É provocada por transtornos no equilíbrio

hidroeletrolítico que resultam em retenção hidroeletrolítico que resultam em retenção de eletrólitos e água nas células. de eletrólitos e água nas células.

-As chamadas bombas eletrolíticas, tem a -As chamadas bombas eletrolíticas, tem a função de transportar eletrólitos contra o função de transportar eletrólitos contra o gradiente de concentração e de manter gradiente de concentração e de manter constantes as concentrações desses constantes as concentrações desses eletrólitos no interior da célula.eletrólitos no interior da célula.

Page 11: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica

-Uma agressão pode diminuir o funcionamento -Uma agressão pode diminuir o funcionamento da bomba hidroeletrolítica : da bomba hidroeletrolítica :

1-altera a produção ou consumo de ATP;1-altera a produção ou consumo de ATP;2-integridade das membranas;2-integridade das membranas;3-modificação na atividade de moléculas da 3-modificação na atividade de moléculas da

bomba;bomba;-Agentes lesivos:-Agentes lesivos:1- hipóxia; infecções bacterianas e virais1- hipóxia; infecções bacterianas e virais2- hipertermia exógena ou endógena; ATP;2- hipertermia exógena ou endógena; ATP;

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2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica

3-toxinas que lesam diretamente a membrana;3-toxinas que lesam diretamente a membrana;

4-substâncias inibidoras de ATPase Na/K 4-substâncias inibidoras de ATPase Na/K dependente.dependente.

Corte histológico normal

Corte histológico, após lesão.

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2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica Mecanismos:Mecanismos: OO22 Respiração mitocondrial Respiração mitocondrial ATP: ATP: Atividade da Bomba de Na/K, com Atividade da Bomba de Na/K, com Na Na++ e H e H

22O e O e K K++ (Tumefação celular)(Tumefação celular)

Síntese e reciclagem de fosfolípides Síntese e reciclagem de fosfolípides Perda de Perda de fosfolípides e da integridade da membrana com fosfolípides e da integridade da membrana com Ca Ca+2+2 e e ativação de enzimas líticas - Fosfolipases, proteases, ativação de enzimas líticas - Fosfolipases, proteases, ATPases e EndonucleasesATPases e Endonucleases

Respiração anaeróbica, com Respiração anaeróbica, com de lactatos e de lactatos e pH pH (acidofilia citoplasmática com perda dos grânulos da (acidofilia citoplasmática com perda dos grânulos da matriz, condensação da cromatina nuclear).matriz, condensação da cromatina nuclear).

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Características Morfológicas:Características Morfológicas:

-Macroscópicas: aumento de volume e peso -Macroscópicas: aumento de volume e peso do órgão (tumefação, cápsula tensa, do órgão (tumefação, cápsula tensa, consistência pastosa), com palidez consistência pastosa), com palidez ( compressão vascular pelas células ( compressão vascular pelas células tumefeitas e/ou coloração acinzentada clara. tumefeitas e/ou coloração acinzentada clara.

2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica

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2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica

-Microscópicas: citoplasma opaco, granuloso, -Microscópicas: citoplasma opaco, granuloso, turvo, refringente, com transparência turvo, refringente, com transparência diminuída mascarando o núcleo/ tumefação diminuída mascarando o núcleo/ tumefação turva. turva.

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Características ultraestruturaisCaracterísticas ultraestruturais::

Tumefação mitocondrial e cristólise (com diminuição da Tumefação mitocondrial e cristólise (com diminuição da fosforilação oxidativa e da síntese de ATP), dilatação das fosforilação oxidativa e da síntese de ATP), dilatação das cisternas e fragmentação do Retículo Endoplasmático e cisternas e fragmentação do Retículo Endoplasmático e do Complexo de Golgi, lise do protoplasma (do Complexo de Golgi, lise do protoplasma ( citosol), citosol), perda das especializações superficiais da membrana perda das especializações superficiais da membrana celular (cílios, microvilosidades, desmossomos) e celular (cílios, microvilosidades, desmossomos) e alteração nos contornos celulares, alteração nos contornos celulares, desagregação ribossômica (com diminuição da síntese (com diminuição da síntese protéica), ruptura da membranas formando as "Figuras protéica), ruptura da membranas formando as "Figuras de Mielina" no citosol. Tumefação e ruptura lisossomica de Mielina" no citosol. Tumefação e ruptura lisossomica e / ou formação de autofagossomas.e / ou formação de autofagossomas.

2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica

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2-Degeneração Hidrópica2-Degeneração Hidrópica

A degeneração hidrópica é um processo A degeneração hidrópica é um processo reversível; minimizada a causa, as células reversível; minimizada a causa, as células voltam ao aspecto normal. voltam ao aspecto normal.

Conseqüências funcionais quase Conseqüências funcionais quase inexistentes, caso não seja muito intensa.inexistentes, caso não seja muito intensa.

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3-Degeneração Hialina3-Degeneração Hialina

Acúmulo de Acúmulo de material material intracelular de intracelular de natureza protéica, natureza protéica, conferindo ás conferindo ás células e tecidos células e tecidos afetados um afetados um aspecto hialino.aspecto hialino.

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3-Degeneração Hialina3-Degeneração Hialina Mecanismos:Mecanismos:

Penetração no citoplasma de proteínas Penetração no citoplasma de proteínas complexas, com precipitação ou coagulação complexas, com precipitação ou coagulação das mesmas; ocorre em células dos túbulos das mesmas; ocorre em células dos túbulos proximais, nas proteinúrias, células da proximais, nas proteinúrias, células da vilosidades intestinais do intestino delgado no vilosidades intestinais do intestino delgado no recém nascido aleitado com colostro. recém nascido aleitado com colostro.

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3-Degeneração Hialina3-Degeneração Hialina Classificação: Classificação: a-Degeneração de fibras musculares esqueléticas e a-Degeneração de fibras musculares esqueléticas e

cardíacas: decorrentes da ação de endotoxinas cardíacas: decorrentes da ação de endotoxinas bacterianas e da agressão de células T e bacterianas e da agressão de células T e macrófagos, onde ocorre a desintegração dos macrófagos, onde ocorre a desintegração dos microfilamentos desses tecidos.(miocardite e microfilamentos desses tecidos.(miocardite e miosite chagásica)miosite chagásica)

b-Degeneração hialina segmentar de fibrocélulas b-Degeneração hialina segmentar de fibrocélulas musculares: é compatível com a reabsorção e musculares: é compatível com a reabsorção e reestruturação dos sarcômeros, que pode leva a reestruturação dos sarcômeros, que pode leva a morte celular; necrose hialina. morte celular; necrose hialina.

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3-Degeneração Hialina3-Degeneração Hialina

c-Corpúsculos de inclusão c-Corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos:intracitoplasmáticos:

1-Corpúsculo hialino de Mallory: encontrado 1-Corpúsculo hialino de Mallory: encontrado nos hepatócitos de alcoólatras crônicos é nos hepatócitos de alcoólatras crônicos é formado por filamentos intermediários formado por filamentos intermediários associados a outras proteínas do associados a outras proteínas do citoesqueleto. Encontrados também na citoesqueleto. Encontrados também na esteato-hepatite,cirrose juvenil, carcinoma esteato-hepatite,cirrose juvenil, carcinoma hepatocelular.hepatocelular.

Page 22: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

3-Degeneração Hialina3-Degeneração Hialina2-Corpúsculos de Councilman e Rocha Lima 2-Corpúsculos de Councilman e Rocha Lima

são vistos nos hepatócitos em hepatites virais, são vistos nos hepatócitos em hepatites virais, especialmente na febre amarela, geralmente especialmente na febre amarela, geralmente correspondem a hepatócitos em apoptose.correspondem a hepatócitos em apoptose.

3-Corpúsculo de Russel: ocorre em indivíduos 3-Corpúsculo de Russel: ocorre em indivíduos com proteinúria onde a degeneração com proteinúria onde a degeneração excessiva de proteínas é encontrada no excessiva de proteínas é encontrada no epitélio tubular renal; são freqüentes também epitélio tubular renal; são freqüentes também em infecções agudas ou crônicas em infecções agudas ou crônicas (leishmaniose tegumentar e osteomelites).(leishmaniose tegumentar e osteomelites).

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Conceito:Conceito: Acúmulo anormal reversível de lípides no citoplasma Acúmulo anormal reversível de lípides no citoplasma

de células parenquimatosas (principalmente de túbulos de células parenquimatosas (principalmente de túbulos renais, hepatócitos, e fibras do miocárdio - células que renais, hepatócitos, e fibras do miocárdio - células que normalmente metabolizam muita gordura) onde normalmente metabolizam muita gordura) onde normalmente lípides não seriam evidenciados normalmente lípides não seriam evidenciados histologicamente, formando vacúolos (pequenos e histologicamente, formando vacúolos (pequenos e múltiplos ou único e volumoso) em conseqüência de múltiplos ou único e volumoso) em conseqüência de desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização. A desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização. A degeneração é comum no fígado, epitélio tubular renal degeneração é comum no fígado, epitélio tubular renal e miocárdio, mas pode esta também nos músculos e miocárdio, mas pode esta também nos músculos esqueléticos e pâncreas. esqueléticos e pâncreas.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Etiologia e PatogêneseEtiologia e Patogênese*A lesão aparece todas as vezes que um *A lesão aparece todas as vezes que um

agente interfere no metabolismo dos ácidos agente interfere no metabolismo dos ácidos graxos da célula aumentando sua síntese ou graxos da célula aumentando sua síntese ou dificultando sua utilização,transporte ou dificultando sua utilização,transporte ou excreção.excreção.

* A esteatose é causada por agentes tóxicos, * A esteatose é causada por agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos de origem genética.metabólicos de origem genética.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Em condições normais , os hepatócitos Em condições normais , os hepatócitos retiram da circulação ácidos graxos e retiram da circulação ácidos graxos e triglicérides provenientes da absorção triglicérides provenientes da absorção intestinal e da lipólise no tecido adiposo; os intestinal e da lipólise no tecido adiposo; os ácidos graxos são utilizados para: ácidos graxos são utilizados para:

1- produção de colesterol e seus ésteres;1- produção de colesterol e seus ésteres;2-síntese de lipídeos complexos e triglicérides2-síntese de lipídeos complexos e triglicérides3-para gerar energia através da B-oxidação até 3-para gerar energia através da B-oxidação até

acetil CoA e formação de corpos cetônicos. acetil CoA e formação de corpos cetônicos.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Os agentes lesivos causam esteatose hepática Os agentes lesivos causam esteatose hepática por interferirem no metabolismo lipídico:por interferirem no metabolismo lipídico:

1-aumento da síntese de lipídeos por maior aporte 1-aumento da síntese de lipídeos por maior aporte de ácidos graxos decorrente da lipólise, de de ácidos graxos decorrente da lipólise, de ingestão excessiva ou pela produção de ácidos ingestão excessiva ou pela produção de ácidos graxos a partir do excesso de acetil CoA que não graxos a partir do excesso de acetil CoA que não encontra condições de rápida oxidação no Ciclo encontra condições de rápida oxidação no Ciclo de Krebs;de Krebs;

2-redução na utilização dos triglicérides ou ácidos 2-redução na utilização dos triglicérides ou ácidos graxos para síntese de lipídeos mais complexos, graxos para síntese de lipídeos mais complexos, devido a carência de fatores nitrogenados e de devido a carência de fatores nitrogenados e de ATP;ATP;

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

3-menor formação de lipoproteínas por 3-menor formação de lipoproteínas por deficiência na síntese das apoproteínas;deficiência na síntese das apoproteínas;

4-distúrbios no deslocamento e fusão das 4-distúrbios no deslocamento e fusão das vesículas que contém as lipoproteínas com vesículas que contém as lipoproteínas com membrana plasmática , em decorrência de membrana plasmática , em decorrência de alterações funcionais do citoesqueleto.alterações funcionais do citoesqueleto.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Agentes etiológicos:Agentes etiológicos: Hipóxia: leva a uma redução da síntese de Hipóxia: leva a uma redução da síntese de

ATP, que leva a um aumento de ácidos graxos ATP, que leva a um aumento de ácidos graxos em decorrência do excesso de acetil CoA, cuja em decorrência do excesso de acetil CoA, cuja oxidação no ciclo de Krebs está diminuída;oxidação no ciclo de Krebs está diminuída;

Desnutrição protéico –calórica:Desnutrição protéico –calórica:

1-a carência de proteínas leva a deficiência de 1-a carência de proteínas leva a deficiência de fatores lipotrópicos, estão ligados a produção fatores lipotrópicos, estão ligados a produção de fosfolípideos e diminuição na síntese de fosfolípideos e diminuição na síntese apoproteínas, reduzindo a formação de apoproteínas, reduzindo a formação de lipoproteínas e a excreção dos triglicérideos; lipoproteínas e a excreção dos triglicérideos;

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

2-ingestão calórica deficiente causa mobilização de 2-ingestão calórica deficiente causa mobilização de lipídeos do tecido adiposo, aumentando o aporte lipídeos do tecido adiposo, aumentando o aporte de ácidos graxos;de ácidos graxos;Agentes tóxicos:lesam o REG diminuindo a Agentes tóxicos:lesam o REG diminuindo a síntese protéica, afetando a síntese das síntese protéica, afetando a síntese das lipoproteínas. Podem também provocar esteatose lipoproteínas. Podem também provocar esteatose através do bloqueio na utilização de triglicérides, através do bloqueio na utilização de triglicérides, isto sem que a síntese protéica tenha diminuído.isto sem que a síntese protéica tenha diminuído.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Ingestão abusiva de etanol: O etanol é Ingestão abusiva de etanol: O etanol é oxidado a aldeído acético e acetil CoA, oxidado a aldeído acético e acetil CoA, promovendo um aumento de acetil CoA, promovendo um aumento de acetil CoA, isto favorece a síntese de ácidos graxos e isto favorece a síntese de ácidos graxos e conseqüentemente levando ao acúmulo de conseqüentemente levando ao acúmulo de triglicérides nas células. A esteatose neste triglicérides nas células. A esteatose neste caso pode ser agravada pela desnutrição.caso pode ser agravada pela desnutrição.

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4-Degeneração Gordurosa/Esteatose4-Degeneração Gordurosa/Esteatose Algumas forma de Esteatose Hepática: Algumas forma de Esteatose Hepática:

1-1-Esteato-hepatite não-alcoólica- é caracterizada Esteato-hepatite não-alcoólica- é caracterizada por esteatose hepática, formação de corpos por esteatose hepática, formação de corpos hialinos de Mallory,necrose, inflamação e hialinos de Mallory,necrose, inflamação e fibrose, podendo se torna uma cirrose hepática. fibrose, podendo se torna uma cirrose hepática. Ela ocorre devido a alteração no metabolismo Ela ocorre devido a alteração no metabolismo dos ácidos graxos nos tecidos não adiposos, em dos ácidos graxos nos tecidos não adiposos, em pacientes diabéticos, obesos, dislipidêmicos, pacientes diabéticos, obesos, dislipidêmicos, faz associação a exposição a agentes tóxicos. faz associação a exposição a agentes tóxicos. Esse controle no metabolismo dos ácidos Esse controle no metabolismo dos ácidos graxos em tecidos não adiposos depende da graxos em tecidos não adiposos depende da leptina (enzima) –age no SNC inibindo o leptina (enzima) –age no SNC inibindo o apetite. apetite.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

2-Esteatose Microvesicular aguda da gravidez e 2-Esteatose Microvesicular aguda da gravidez e Síndrome de Reye- parece haver um defeito Síndrome de Reye- parece haver um defeito mitocondrial na síntese de lipídeos.mitocondrial na síntese de lipídeos.

3-Esteatose nas células beta da ilhota de Langerhans 3-Esteatose nas células beta da ilhota de Langerhans no pâncreas e nas céls. musculares esqueléticas e no pâncreas e nas céls. musculares esqueléticas e cardíacas. A gênese desta doença não está bem cardíacas. A gênese desta doença não está bem conhecida, mas as condições de obesidade, diabete conhecida, mas as condições de obesidade, diabete insulino-dependente e dislipidemias têm aspectos insulino-dependente e dislipidemias têm aspectos comuns.comuns.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Aspectos morfológicos:Aspectos morfológicos:*Macroscópicos: O fígado aumenta de volume *Macroscópicos: O fígado aumenta de volume

e peso, tem consistência diminuída, bordas e peso, tem consistência diminuída, bordas arredondadas e coloração amarelada. No arredondadas e coloração amarelada. No coração, a esteatose pode ser difusa, ficando coração, a esteatose pode ser difusa, ficando o órgão pálido e com consistência diminuída; o órgão pálido e com consistência diminuída; em outros casos (hipóxia), a esteatose em em outros casos (hipóxia), a esteatose em faixas amareladas visíveis através do faixas amareladas visíveis através do endocárdio. No rim, há aumento de volume e endocárdio. No rim, há aumento de volume e peso, tornando o órgão amarelado. peso, tornando o órgão amarelado.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

**Microscópicos: Microscópicos: -a esteatose é muito característica, os TG se depositam -a esteatose é muito característica, os TG se depositam

em pequenas vesículas ou glóbulos revestidos por em pequenas vesículas ou glóbulos revestidos por membranas (lipossomos). Na forma clássica os membranas (lipossomos). Na forma clássica os hepatócitos apresentam um grande vacúolo de hepatócitos apresentam um grande vacúolo de gordura no citoplasma, o qual desloca o núcleo para gordura no citoplasma, o qual desloca o núcleo para a periferia da célula e lhe confere aspecto de a periferia da célula e lhe confere aspecto de adipócito (esteatose macrovesicular). Em certas adipócito (esteatose macrovesicular). Em certas condições ela adquire um aspecto microvesicular, a condições ela adquire um aspecto microvesicular, a gordura se distribui geralmente para periferia da gordura se distribui geralmente para periferia da célula, permanecendo o núcleo centralizado. célula, permanecendo o núcleo centralizado.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

-No coração, os TG se depositam em -No coração, os TG se depositam em pequenos glóbulos dispostos ao longo das pequenos glóbulos dispostos ao longo das miofibrilas.miofibrilas.

-Nos rins , aparecem em pequenos glóbulos -Nos rins , aparecem em pequenos glóbulos que podem coalescer e forma vesículas que podem coalescer e forma vesículas maiores, mas raramente produzem grande maiores, mas raramente produzem grande deformidade nas células.deformidade nas células.

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4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

Evolução e conseqüências:Evolução e conseqüências:-No fígado os hepatócitos repletos de gordura -No fígado os hepatócitos repletos de gordura

podem se romper e formar verdadeiros lagos podem se romper e formar verdadeiros lagos de gordura (cistos gordurosos), podendo de gordura (cistos gordurosos), podendo ocorrer reações inflamatórias.ocorrer reações inflamatórias.

-Pode haver embolia gordurosa a partir da -Pode haver embolia gordurosa a partir da ruptura dos cistos gordurosos na circulação, o ruptura dos cistos gordurosos na circulação, o que é facilitado por traumatismos.que é facilitado por traumatismos.

-Na esteatose difusa, panlobular, pode haver -Na esteatose difusa, panlobular, pode haver manifestações de insuficiência hepática. manifestações de insuficiência hepática.

Page 37: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

4-Degeneração 4-Degeneração Gordurosa/EsteatoseGordurosa/Esteatose

-No etilismo crônico, a esteatose hepática -No etilismo crônico, a esteatose hepática pode muitas vezes ser acompanhada de pode muitas vezes ser acompanhada de fibrose pericelular, especialmente fibrose pericelular, especialmente centrolobular, que pode evoluir para cirrose.centrolobular, que pode evoluir para cirrose.

-No coração, a esteatose difusa pode agravar a -No coração, a esteatose difusa pode agravar a insuficiência desse órgão. insuficiência desse órgão.

Page 38: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

5-Lipidoses5-Lipidoses

São acúmulos São acúmulos intracelulares de intracelulares de outros lipídeos que outros lipídeos que não os TG. Em não os TG. Em geral, são depósitos geral, são depósitos de colesterol e seus de colesterol e seus ésteres. As ésteres. As lipidoses podem ser lipidoses podem ser localizadas ou localizadas ou sistêmicas. sistêmicas.

Page 39: Unidade II- Degeneração. Morte Celular.Alterações do Interstício

5-Lipidoses5-Lipidoses

Depósitos de Colesterol:Depósitos de Colesterol:-Depósitos de colesterol podem ser formados -Depósitos de colesterol podem ser formados

nas artérias (aterosclerose), na pele nas artérias (aterosclerose), na pele (xantomas) e em sítios de inflamações (xantomas) e em sítios de inflamações crônicas.crônicas.

-Na aterosclerose, os depósitos de colesterol -Na aterosclerose, os depósitos de colesterol são encontrados na íntima das artéria de são encontrados na íntima das artéria de médio e grande calibre, no interior de médio e grande calibre, no interior de macrófagos e de céls. musculares lisas que macrófagos e de céls. musculares lisas que migram da artéria média.migram da artéria média.

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5-Lipidoses5-Lipidoses

-Características:-Características:

**Macroscópicas; os Macroscópicas; os depósitos de depósitos de colesterol são colesterol são vistos como placas vistos como placas amareladas, amareladas, amolecidas, na amolecidas, na íntima (ateromas).íntima (ateromas).

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5-Lipidoses5-Lipidoses

*Microscópicas; os macrófagos e as céls. *Microscópicas; os macrófagos e as céls. Musculares lisas aparecem tumefeitas, Musculares lisas aparecem tumefeitas, microvaculadas, adquirindo aspecto microvaculadas, adquirindo aspecto esponjoso ou espumoso. Quando essas esponjoso ou espumoso. Quando essas céls. se rompem, o colesterol passa para o céls. se rompem, o colesterol passa para o interstício e forma cristais romboídes, com interstício e forma cristais romboídes, com proliferação do tecido colagenização da proliferação do tecido colagenização da íntima e calcificação destes deposito de íntima e calcificação destes deposito de colesterol caracterizando a aterosclerose.colesterol caracterizando a aterosclerose.

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5-Lipidoses5-Lipidoses Colesterol e seus ésteres , provavelmente, Colesterol e seus ésteres , provavelmente,

outros lipídios são também depositados na outros lipídios são também depositados na íntima de pequenas artérias e arteríolas, íntima de pequenas artérias e arteríolas, especialmente do rim, em pacientes com especialmente do rim, em pacientes com hipertensão arterial. O processo é bem diferente hipertensão arterial. O processo é bem diferente da aterosclerose, pois lipídios se depositam, da aterosclerose, pois lipídios se depositam, originados do plasma, se associam a proteínas, originados do plasma, se associam a proteínas, formando a hilo-hialinose da íntima que em formando a hilo-hialinose da íntima que em associação com outras alterações da associação com outras alterações da íntima(elastose e fibrose), caracterizam a íntima(elastose e fibrose), caracterizam a arteriolosclerose. arteriolosclerose.

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5-Lipidoses5-Lipidoses Xantomas: são lesões Xantomas: são lesões

encontradas na pele encontradas na pele sob a forma de sob a forma de nódulos ou placas nódulos ou placas que, quando que, quando superficiais, têm cor superficiais, têm cor amarelada. amarelada. Aparecem Aparecem geralmente em geralmente em condições de condições de hipercolesterolemia hipercolesterolemia

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6-Esfingolipidoses6-Esfingolipidoses São doenças de armazenamento de São doenças de armazenamento de

esfingolipídeos e seus derivados, decorrem da esfingolipídeos e seus derivados, decorrem da falta ou deficiência de enzimas lisossômicas falta ou deficiência de enzimas lisossômicas encarregadas da demolição dos gangliosídeos encarregadas da demolição dos gangliosídeos e cerebrosídeos até esfingosina e ácidos e cerebrosídeos até esfingosina e ácidos graxos.graxos.

São doenças genéticas, algumas mais São doenças genéticas, algumas mais freqüentes em determinados grupos raciais. freqüentes em determinados grupos raciais. Caracterizadas de doenças autossômicas. Caracterizadas de doenças autossômicas.

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6-Esfingolipidoses6-Esfingolipidoses Processo:Processo: Certas células acumulam esfingolipídeos no Certas células acumulam esfingolipídeos no

citoplasma, devido quase sempre à falta de citoplasma, devido quase sempre à falta de uma enzima da via de degradação.  Estas uma enzima da via de degradação.  Estas enzimas são chamadas genericamente de enzimas são chamadas genericamente de hidrolaseshidrolases, porque a quebra das ligações , porque a quebra das ligações envolve uma molécula de água.  envolve uma molécula de água. 

O substrato da enzima ausente ou O substrato da enzima ausente ou defeituosa acumula-se, geralmente dentro defeituosa acumula-se, geralmente dentro de de lisossomoslisossomos, já que é nestas organelas que , já que é nestas organelas que são encontradas as enzimas.  são encontradas as enzimas. 

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6-Esfingolipidoses6-Esfingolipidoses

O citoplasma fica abarrotado de O citoplasma fica abarrotado de lisossomos contendo o lípide não lisossomos contendo o lípide não digerido.digerido.

   Aspectos microscópicos: são encontrados Aspectos microscópicos: são encontrados nos lisossomos, que ao ME apresentam nos lisossomos, que ao ME apresentam estrutura em impressão digital ou em linhas estrutura em impressão digital ou em linhas sem espiral concêntrica em seu interior. sem espiral concêntrica em seu interior.

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6-Esfingolipidoses6-Esfingolipidoses Para cada enzima que falta existe uma Para cada enzima que falta existe uma

doença específica (às vezes mais de uma), doença específica (às vezes mais de uma), com acúmulo de substâncias diferentes em com acúmulo de substâncias diferentes em órgãos diferentes, e com sintomatologia órgãos diferentes, e com sintomatologia própria.  Os locais mais afetados são o própria.  Os locais mais afetados são o cérebro, muito rico nestes compostos.cérebro, muito rico nestes compostos.

O diagnóstico é confirmado com facilidade O diagnóstico é confirmado com facilidade a partir da cultura de células, nos quais a partir da cultura de células, nos quais podem ser feitas pesquisa das enzimas podem ser feitas pesquisa das enzimas lisossômicas.lisossômicas.

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6-Esfingolipidoses6-Esfingolipidoses

As lesões podem ser sistêmicas , sendo As lesões podem ser sistêmicas , sendo mais grave em alguns órgãos; ex; nos mais grave em alguns órgãos; ex; nos neurônios do SNC na doença de Fabry, neurônios do SNC na doença de Fabry, na doença de Niemann-Pick, doença de na doença de Niemann-Pick, doença de Gaucher. Gaucher.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

São doenças genéticas caracterizadas São doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio no interior pelo acúmulo de glicogênio no interior das células do fígado, rim, músculos das células do fígado, rim, músculos esqueléticos e coração.esqueléticos e coração.

E têm como processo básico uma E têm como processo básico uma deficiência de enzimas no processo de deficiência de enzimas no processo de degradação.degradação.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

O glicogênio está presente em todas as células O glicogênio está presente em todas as células animais, sendo mais abundante no fígado e nos animais, sendo mais abundante no fígado e nos músculos.músculos.

É a forma através da qual armazenamos a É a forma através da qual armazenamos a glicose da dieta. A glicose chega ao fígado pela glicose da dieta. A glicose chega ao fígado pela veia porta. veia porta.

Quando há necessidade de uso da glicose Quando há necessidade de uso da glicose (situações de stress, jejum), há quebra desse (situações de stress, jejum), há quebra desse glicogênio por meio de processo enzimático glicogênio por meio de processo enzimático ocorrendo então, liberação da glicose para a ocorrendo então, liberação da glicose para a circulação sangüínea. circulação sangüínea.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

Dessa forma, o fígado proporciona a Dessa forma, o fígado proporciona a liberação de glicose para vários órgãos, liberação de glicose para vários órgãos, incluindo o cérebro. Quando o incluindo o cérebro. Quando o glicogênio não consegue ser quebrado glicogênio não consegue ser quebrado devido à deficiência de algumas das devido à deficiência de algumas das enzimas envolvidas, este se acumula enzimas envolvidas, este se acumula no órgão e, a não liberação de glicose no órgão e, a não liberação de glicose para a circulação acarreta uma série de para a circulação acarreta uma série de conseqüências.conseqüências.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses Glicogenoses do tipo I:Glicogenoses do tipo I: É causada pela deficiência da enzima chamada É causada pela deficiência da enzima chamada

glicose-6-fosfatase. Se subdivide em Ia, Ib e Ic. É glicose-6-fosfatase. Se subdivide em Ia, Ib e Ic. É o tipo mais comum e o órgão acometido é o o tipo mais comum e o órgão acometido é o fígado. Esta enzima também é encontrada nos fígado. Esta enzima também é encontrada nos músculos, rins e mucosa do intestino delgado. músculos, rins e mucosa do intestino delgado. Como esta enzima é a principal responsável pela Como esta enzima é a principal responsável pela liberação de glicose para a circulação, é de se liberação de glicose para a circulação, é de se esperar que as pessoas com glicogenose tipo I esperar que as pessoas com glicogenose tipo I sejam incapazes de manter níveis adequados de sejam incapazes de manter níveis adequados de glicemia nos períodos de jejum. glicemia nos períodos de jejum.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses Glicogenese tipo IIIGlicogenese tipo III Também chamada doença de Cori, é causada Também chamada doença de Cori, é causada

pela deficiência da enzima amilo-1,6-glicosidase pela deficiência da enzima amilo-1,6-glicosidase a qual é expressa em muitos tecidos. a qual é expressa em muitos tecidos. Clinicamente, é muito parecida com a Clinicamente, é muito parecida com a glicogenose tipo I. Apresenta hipoglicemia, glicogenose tipo I. Apresenta hipoglicemia, aumento do fígado e retardo do crescimento. aumento do fígado e retardo do crescimento. Durante a Segunda década de vida, a velocidade Durante a Segunda década de vida, a velocidade de crescimento aumenta, o fígado diminui e a de crescimento aumenta, o fígado diminui e a hipoglicemia melhora tanto que, muitos adultos hipoglicemia melhora tanto que, muitos adultos toleram várias horas de jejum. toleram várias horas de jejum.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

Glicogenose do tipo IV:Glicogenose do tipo IV:Também chamada doença de Andersen, é causada Também chamada doença de Andersen, é causada

pela deficiência da enzima amilo-1,4-1,6-pela deficiência da enzima amilo-1,4-1,6-glicosidase. glicosidase.

¨̈        Acomete, principalmente, o fígado. O quadro Acomete, principalmente, o fígado. O quadro clínico é de hepatoesplenomegalia (aumento do clínico é de hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço) e alterações neuromusculares fígado e do baço) e alterações neuromusculares variadas. variadas.

¨̈        Não há tratamento eficaz. O transplante de Não há tratamento eficaz. O transplante de fígado é a única modalidade curativa. fígado é a única modalidade curativa.

   

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

Glicogenose do tipo VGlicogenose do tipo V

Também chamada doença de MacArdle, é Também chamada doença de MacArdle, é causada pela deficiência da enzima causada pela deficiência da enzima fosforilase muscular. fosforilase muscular.

¨̈            Acomete os músculos. O quadro clínico é Acomete os músculos. O quadro clínico é de dor muscular (câimbras) induzida pelo de dor muscular (câimbras) induzida pelo exercício e fraqueza progressiva, algumas exercício e fraqueza progressiva, algumas vezes associada a mioglobinúria. vezes associada a mioglobinúria.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

Glicogenose do tipoVI:Glicogenose do tipoVI:

¨̈            Também chamada doença de Hers, é Também chamada doença de Hers, é causada pela deficiência da enzima causada pela deficiência da enzima fosforilase hepática. fosforilase hepática.

¨̈            Clínica e laboratório: hepatomegalia, leve Clínica e laboratório: hepatomegalia, leve retardo de crescimento, boa tolerância ao retardo de crescimento, boa tolerância ao jejum, elevação de triglicérides, colesterol jejum, elevação de triglicérides, colesterol e ácido úrico. e ácido úrico.

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

Glicogenose do tipo  VII:Glicogenose do tipo  VII:     Causada pela deficiência da enzima Causada pela deficiência da enzima

fosfofrutoquinase. fosfofrutoquinase. A clínica é semelhante ao tipo V, A clínica é semelhante ao tipo V,

acrescentando-se hemólise. acrescentando-se hemólise.

   

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7-Glicogenoses7-Glicogenoses

Glicogenose do Tipo IX:Glicogenose do Tipo IX: Causada pela deficiência da enzima Causada pela deficiência da enzima

fosforilase quinase. fosforilase quinase. Acomete o fígado e, talvez, o músculo. A Acomete o fígado e, talvez, o músculo. A

clínica é semelhante ao tipo VI. O subtipo C clínica é semelhante ao tipo VI. O subtipo C também acomete as células sangüíneas.   também acomete as células sangüíneas.  

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8-Mucopolissacaridioses8-Mucopolissacaridioses São depósitos anormais de poliglicanos, São depósitos anormais de poliglicanos,

ocorrem em doenças metabólicas denominadas ocorrem em doenças metabólicas denominadas genericamente mucopolissacaridioses, que genericamente mucopolissacaridioses, que resultam de deficiências enzimáticas e se resultam de deficiências enzimáticas e se caracterizam pelo acúmulo intralisossômico de caracterizam pelo acúmulo intralisossômico de poliglicanos e seus catabólitos.poliglicanos e seus catabólitos.

Apesar de apresentarem aspectos em comum, Apesar de apresentarem aspectos em comum, apresentam manifestações diferentes de acordo apresentam manifestações diferentes de acordo com a enzima lisossômica deficiente.com a enzima lisossômica deficiente.

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