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UNIDADE I

PERSPECTIVA BÍBLICA DA LIDERANÇA

INTRODUÇÃO

Numa conferência para líderes, um destacado industrial ressaltou que “a história humana é o

relato de realizações sob liderança”. Uma reflexão mais profunda sobre o assunto nos leva a

concluir que em tudo somos dependentes ou precisamos de uma liderança. Neste caso, é oportuno

que respondamos as seguintes questões: _ Qual é o fundamento da Liderança?

_ Quais líderes estão realmente desenvolvendo todo o seu potencial?

_ Quais os passos que devemos dar para a conservação dos resultados do sucesso? _ Quais líderes estão avaliando seu progresso atual? _ Quais líderes estão se preparando para futuros desafios?

Não existe uma fórmula de liderança bem sucedida. O sucesso da liderança de uma pessoa, não pode ser medido com base no sucesso de outra pessoa. Entretanto, podemos tomas princípios de liderança bem sucedida como base de apoio para exercermos uma boa liderança. Este é exatamente o propósito deste curso.

PROPÓSITO DO CURSO

Estabelecer princípios de liderança cristã bem sucedida tais como: Planejar o trabalho; Organizar o tempo; Organizar os recursos; Integrar pessoas as tarefas; Motivar os outros; Avaliar os resultados; Lidar com propósito;

Conduzir-nos em situações delicadas.

Obs.: Nas Palavras de Josiah Hollan podemos orar: “Deus nos dê líderes”. Líderes que não se rendam as ambições do cargo. Líderes que não sejam comprados pelas posições dos cargos. Líderes que possuam opiniões e uma vontade. Líderes que tenham honra, e que vivam acima do nevoeiro.

1. DEFINIÇÃO. Liderança Cristã é o exercício de certas qualidades e habilidades dadas pelo Espírito de

Deus na Igreja, cuja finalidade principal é a definição da Igreja como corpo de Cristo.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM LÍDER NA IGREJA. O líder cristão deve ser alguém que tem: 1. Um chamado de Deus para um determinado tipo de Ministério. 2. Um ministério demonstrado aos outros. 3. Um ministério praticado de forma pessoal (Experiência Pessoal). 4. Um ministério comprometido com o evangelho.

2. AMPLIAÇÃO DO CONCEITO. Entendemos que uma liderança cristã é levantada por Deus. O emprego do termo cristão”

na liderança, é o que faz a grande diferença frente aos diversos estilos de liderança no mundo.

2.1 – No mundo os líderes:

Podem ser oriundos de sua própria capacidade nata de liderança. Podem ser oriundos do seu poder financeiro.

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Podem ser oriundos do seu espírito de bravura nos negócios.

Podem ser oriundos da tradição da família.

Podem ser oriundos do mero desejo das pessoas.

Podem ser oriundos de uma forte personalidade.

No Reino de Deus a liderança é diferente como veremos adiante.

2.2 – A perspectiva bíblica da Liderança Cristã. _ Os líderes são oriundos de uma escolha divina - Jo. 15:16, I Sm. 15:17, Ex. 3:10, Ne. 2:12, Js.1:2-3, Jz. 6:11-14. _ Os líderes são qualificados por Deus – Ef. 4:11-12.

2.3 – O modelo de Liderança Espiritual de Elizeu.

Homem trabalhador – I RS. 19:19. Quando chamado entregou-se por completo – I Rs. 19:20-21.

Buscava os bens espirituais – II Rs. 2:9.

Falava com autoridade divina – II Rs. 3:16-17.

Pôs toda sua personalidade no trabalho – II Rs. 4:34-35.

Não se deixou corromper – II R.s 5:16.

Viveu no espírito da vitória – II Rs. 6:15-16.

Possuía uma visão espiritual – II Rs. 6:17.

Não perdeu a influência de sua Liderança Espiritual – II Rs. 13:20-21.

2.4 – O modelo de Liderança Espiritual de Neemias.

Examinava os fatos com antecedência. Despertava o interesse do povo.

Sabiamente omitiu detalhes do plano até que se sentiu pronto para entrar em ação.

Convocou uma reunião pública e deu a todos, ao mesmo tempo, a oportunidade de ouvi-lo.

Desafiou-os à obra a ser feita.

Motivou-os para a realização da tarefa.

Encorajou-os com a segurança do sucesso.

Todas as suas dificuldades eram levadas ao Senhor.O Líder espiritual é caracterizado por sua natureza de servo – Jo. 13:12-15.

3. PRÁTICAS E ATITUDES DE LIDERANÇA.

3.1 – Inspirar uma visão compartilhada

Tendo assim uma visão voltada para o futuro. Conquistar o apoio dos outros.

3.2 – Desafiar o processo.

Buscando oportunidades.

Fazendo experiências e correndo riscos.

3.3 – Capacitar outros para agirem.

Oferecendo colaboração. Fortalecendo o pessoal

3.4 – Encorajar a emoção.

Reconhecendo contribuições.

Comemorando as conquistas.

o líder cristão tem suas atividades caracterizadas pelos seguintes elementos. 1. Produz frutos a 30, 60 e 100 por um – Mc. 4:8. 2. Anima sua equipe consolando a todos que precisam. 3. Está sempre desenvolvendo companheirismo. 4. Não vive criticando as pessoas e seus ministérios. 5. São responsáveis naquilo que estão fazendo.

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A Liderança Eclesiástica se divide em duas áreas:

LIDERANÇA ORGÂNICA

LIDERANÇA ORGANIZACIONAL

4.1 – A Liderança Orgânica.

Na liderança Orgânica o líder cristão deve ser: Fiel a Palavra de Deus; Fiel ao chamado; Fiel ao compromisso; Fiel a doutrina; Fiel a autoridade; Fiel ao ministério.

a) Conceito – Trata da liderança da Igreja como “organismo vivo, o Corpo de Cristo” – Ef. 4:12, Cl.

1:18. b) A natureza da Liderança Orgânica – Ela funciona com essa perspectiva.

O líder espiritual é um servo – Mc. 20:25-28.

O líder espiritual é um preparador – Ef. 4:11-12.

O líder espiritual é um pastor – At. 20:28, I Pd. 5:2.

O líder espiritual é um exemplo – I Pd. 5:3.

O líder espiritual é um homem de oração – Tg. 5:14.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Exemplo da liderança de Jesus: Jo. 6:1-13. Detectou a necessidade – v.5; Questionou experiência – v.6; Levantou recursos humanos – v.9; Considerou os números – v. 10.

c) Exemplos de Liderança Espiritual – Jo. 1:13, 4: 10-15, 42:2-6.

d) Qualificações de um Líder Orgânico: I Tm. 3:1-7, Tt. 1:6-9, I Pd. 5:1-4.

e) Jesus Cristo foi um modelo de líder orgânico. Vejamos as qualidades de liderança espiritual encontradas nos Evangelhos: _ Guiava por meio de exemplo – Mt. 3:13-17. _ Ele tinha uma visão – Mt. 4:1-11. _ Ele misturava-se com o povo – Mt. 4:23-25. _ Ele delegava responsabilidade – Mt. 10:1. _ Ele honrava os outros – Mt. 11:7-11. _ Ele testava os seus discípulos – Mt. 14:16. _ Ele repreendia quando necessário – Mt. 23:1-7. _ Ele se sacrificou por outros – Mt. 27:1-2.

A TAREFA DO LÍDER. Levar os seus discípulos do lugar onde estão para o lugar onde nunca foram. A força da persuasão é um traço característico sempre visível em um líder de sucesso. Na liderança efetiva, as pessoas são convencidas, muito mais que ordenadas, quando passam a sentir-se parte do plano.

4.2 – A Liderança Organizacional. a) Conceito – É aquele aspecto da liderança em que a Igreja é tratada como uma Instituição ou uma Organização, isto é, um corpo de pessoas organizado para um

propósito definido. Na organização se reúnem recursos materiais e humanos, distribuídos racionalmente e de tal forma organizados que possam funcionar como um todo.

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Perspectiva bíblica da

liderança organizacional no Velho Testamento.

b) Um dos exemplos mais notáveis é a linha de autoridade estabelecida por Moisés em atenção ao conselho de Jetro, seu sogro. Ex.: 18:13-27 Observação e inspeção pessoal – v. 13.

Questionamento – v. 14.

Resolução de conflito – v. 16.

Julgamento – v. 17.

Avaliação do efeito sobre o líder e sobre o povo – v. 18.

Instrução técnica. Aconselhamento – v. 19.

Ensino, Trabalho, Qualificações, Atribuições – v. 20

Cadeia e comando – v. 21.

Extensão de controle, Avaliação – v. 22.

Explicação dos benefícios – v. 23.

Ouvindo, pondo em prática – v. 24.

Escolha, Atribuição de responsabilidade, v. 25. Administração Eclesiástica – Nemuel Kesseler/CPAD.

LIDERANÇA 2000 CONSTITUINDO LÍDERES PARA O SÉCULO XXI

O Líder orgânico tem que ser um homem de visão. VISÃO: É a habilidade de pensar criativamente. É a habilidade de visualizar idéias. É a habilidade de imaginar. É a habilidade de sonhar.

Três elementos levam ao cumprimento da visão: Disciplina; Determinação; Dedicação.

Lembramos que a igreja é o povo de Deus organizado num tríplice aspecto:

Aspecto espiritual;

Aspecto social;

Aspecto econômico.A Igreja tem a finalidade de atender a missão para a qual Deus a constituiu.

Simplificar o trabalho – Encontrando a forma mais prática e eficiente, que melhor corresponda a realidade.

Facilitar a produção – A simplificação do trabalho tende a facilitar sua produção e consequentemente produzir mais e melhor.

OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO. Definição: Ato de reunir os recursos materiais e humanos. Definindo as tarefas de cada um; Delegando autoridade; Desenvolvendo estrutura.

Conceitos de uma boa organização: Existência – função de uma necessidade; Expansão – a medida que cresce; Eficiência – sua estrutura deve ser compreendida.

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Perspectiva bíblica de liderança organizacional no Novo Testamento. Tome alguns exemplos de Paulo – Atos 27:

Um líder deve merecer confiança – vs. 1-3;

Um líder sempre toma a iniciativa – vs. 4-10;

Um líder faz bom julgamento – vs. 9-10;

Um líder fala com autoridade – vs. 21-25;

Um líder fortalece os outros – vs. 22-25;

Um líder é otimista e entusiasta – v. 25;

Um líder nunca se julga dono da verdade – v.31;

Um líder focaliza objetivos e não obstáculos – vs. 33-34;

Um líder lidera ativamente as pessoas – vs. 36-44.

Um líder prospera – v. 44

________________________________________ UNIDADE II

A DIREÇÃO DA LIDERANÇA

O líder é aquele que sabe para onde está indo. Ele tem objetivos bem definidos em sua mente e em seu coração.

A visão e as metas são parceiros inseparáveis. Este é o processo que tornam os nossos sonhos em realidade.

OBJETIVOS: Entender a importância dos objetivos na sua liderança. Aprender que os objetivos devem glorificar o nome de Jesus.

APRENDIZADO: O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: 1. Saber que os objetivos são importantes no exercício da liderança. 2. Descrever como colocamos os objetivos. 3. Explicar o que se entende por objetivos bem definidos e mal definidos.

CONSELHO DE DANIEL BURNHAN “Faça grandes planos na esperança de que eles viverão através das épocas e se tornarão o negócio da vida queimando intensamente”.

1. POR QUE TER OBJETIVOS?

1.1 – Os objetivos são elementos de motivação. Os objetivos são uma das forças mais poderosas conhecidas pelo homem. “Quando as pessoas possuem objetivos, conseguem superar as confusões e os conflitos

devidos a valores incompatíveis, desejos contraditórios...”

Deus colocou em todos nós impulsos básicos, que nos motivam a certos tipos de objetivos. O psicólogo Abram Maslow, descreveu esses motivos como uma “hierarquia de necessidades”.

5. Auto-realização;

4. Auto-estima;

TEORIA DE

3. Amor e associação;

MASLOW

2. Segurança e proteção;

1. Fisiológicas.

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1.2 – Os objetivos nos ajudam psicologicamente.

São como sinais ao longo da estrada, mostrando-nos a direção a seguir. Eles nos informam quanto já andamos a quanto ainda temos que andar. Capacitam-nos a desviar a mente daquilo que é negativo (as dificuldades do presente) e

focalizar as possibilidades futuras.

1.3 – Os objetivos nos ajudam espiritualmente. Aqui podemos ver três razões espirituais para estabelecermos alvos:

a) Os alvos estão situados no futuro. Texto bíblico: Fp. 3:13-14. O cristão deve ser uma pessoa em constante crescimento e desenvolvimento. b) Os alvos estão relacionados com a nossa necessidade espiritual. Texto bíblico: Mt. 5:48. c) Os alvos nos fornecem a compreensão de que temos um plano de Deus para a nossa vida. Texto bíblico: Ef. 2:10. 1.4 – Os objetivos dão direção.

Servem para medir as nossas decisões.

1.5 – Os objetivos envolvem as pessoas. Quando um objetivo é alcançado, todos ficam motivados, criando um elo de união no grupo.

1.6 – Os objetivos são bíblicos. a) Jesus tinha objetivo – Lc. 2:49; Mt. 3:15, Lc. 9:51. b) Paulo tinha objetivo – Rm. 1:13, II Co. 1:15, Fp. 3:10-14, Cl. 1:29.

ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO. Levante as necessidades; Determine os objetivos; Estabeleça as metas; Defina as estratégias.

ESTRATÉGIAS DA EXECUÇÃO DE UM PROJETO. Isto é feito respondendo as seguintes questões: Onde estamos? O que fazer? Como fazer? Quando fazer? Quem vai fazer?

2. OITO PASSOS ESSENCIAIS PARA ESTABELECER OS OBJETIVOS:

Entenda o propósito. Que direção quer seguir? Visualize a situação da maneira que você gostaria que ela fosse. Indique objetivos à longo prazo. Quais os eventos que devem ocorrer para que você atinja o seu

objetivo.

Indique os objetivos à curto prazo, como resultado de objetivos à longo prazo.

Indique algumas atividades que ajudarão a atingir os seus objetivos.

Fale com Deus a respeito dos seus objetivos.

Comece a agir.

Avalie os seus objetivos regularmente. Certifique-se de que você está indo na direção desejada.

3. OITO ÁREAS DA VIDA ONDE PODEMOS COLOCAR OBJETIVOS:

3.1 – Área espiritual – Hb. 5:12-14, Ef. 4:13-15. Esta é a área mais importante de todas. As outras derivam desta.

3.2 – Área familiar – Ef. 5:22 – 6:4, Cl. 3:18-21. A qualificação de um líder também envolve uma boa vida familiar.

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3.3 – Área ministerial – I Tm. 1:12, Ef. 4:12. Como um líder você sempre estará nesse ministério.

3.4 – Área vocacional – II Ts. 3:10, I Co. 10:31. O líder deve procurar melhorar cada vez mais.

3.5 – Área física – I Co. 6:19-20. Os cuidados com o corpo são indispensáveis a um líder.

3.6 – Área mental – Rm. 12:2, Ef. 4:22-24. O líder deve ser alguém que está sempre exercitando a sua mente, através de leitura e

memorização da Escrituras – veja Js. 1:8

3.7 – Área social – Hb. 10:25. O líder deve ser equilibrado nas questões sociais. Necessitamos viver socialmente em comunhão, porém deve evitar vida social destrutiva.

3.8 – Área financeira – Mt. 25:25, I Co. 4:1-2. Um dos maiores problemas nas famílias de hoje. A razão é a cobiça – I Tm. 6:6-10.

OBJETIVOS BEM DEFINIDOS OBJETIVOS MAL DEFINIDOS

Estabelecidos em termos de resultados Estabelecidos em termos de processo ou

finais. atividades.

Alcançáveis em um período de tempo Nunca são perfeitamente alcançáveis: não

definido. são fixadas datas específicas.

Bem definidos quanto ao que se espera Vagos com relação ao que se espera deles.

alcançar.

Práticos e exeqüíveis. Teóricos ou idealistas.

Declarados com precisão, em termos de Muito breves e indefinidos ou muito

quantidade e onde são aplicáveis. longos e complexos.

Limitados a um alvo ou declaração Dois ou mais alvos em cada declaração. importante.

4. COMO ESTABELECER ALVOS.

4.1 – Compreenda o seu propósito. Idéia geral do que gostaria de ser e realizar.

4.2 – Imagine a situação. Como gostaria que as coisas fossem ou acontecessem lá na frente.

4.3 – Estabeleça alvos à longo prazo. Tenha em mente que a realização destes alvos depende da realização de alvos à curto

prazo, porque os alvos são inter-relacionados.

4.4 – Estabeleça alvos imediatos Lembre-se que ninguém pode tomar decisões sobre o futuro. Todas as decisões se

relacionam com o presente. O que podemos fazer é tomar agora decisões que nos permitirão realizar certas intenções no futuro.

4.5 – Escolha um dos alvos e comece a caminhar em sua direção. Comece a agir em função dos alvos colocados.

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_______________________________________ UNIDADE III O FATOR MOTIVAÇÃO NA LIDERANÇA

INTRODUÇÃO

Sabemos que a Igreja é o instrumento de Deus para cumprir a Sua tarefa na terra. Sua função é dupla: Evangelizar e Edificar. O líder cristão não existe para atingir estes objetivos a sós. Ele antes, ocupa um local geográfico em um ministério que se espalha sobre o mundo inteiro com a verdade do Evangelho. Alcançar o mundo é uma tarefa para bons líderes. Segundo a definição Howard Hendrick, o líder – é capaz de fazer outros seguirem.

Perspectiva

Científica

OBJETIVOS: Entender a importância de realizar a obra de Deus com toda a motivação pessoal. Saber motivar as pessoas em suas funções.

1. A MOTIVAÇÃO DA LIDERANÇA Alguém disse – “Liderança é a habilidade de fazer com que uma pessoa faça o que você

quer que ela faça da maneira que você quer que seja feito, na hora em que você quer, e porque ela assim deseja”.

1.1 – Os modelos psicológicos de Maslow. Alguns cientistas principalmente do campo da psicologia, que pesquisam sobre as

motivações humanas, começam a preocupar-se com o assunto. Quem exerceu maior influência talvez seja Abraham H. Maslow em sua obra “Motivation and Personality”.

a) Classificação das necessidades segundo Maslow: Sua teorização segue duas linhas principais:

Estabelece uma hierarquia das necessidades humanas. Postula uma dinâmica pela qual aparecem as motivações para satisfazer aquelas

necessidades.b) O que Maslow admite na sua teoria? Admite que a motivação para satisfazer uma necessidade de tipo superior só aparece e se torna operativa quando estão satisfeitas as necessidades do tipo inferior. Exemplo: uma pessoa estará motivada para buscar a satisfação de suas necessidades de segurança quando tem razoavelmente satisfeitas as necessidades fisiológicas. Do mesmo modo, buscará satisfazer as necessidades de auto-realização quando tiver satisfeitas as necessidades anteriores.

CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES SEGUNDO MASLOW

FISIOLÓGICAS Alimento, descanso, água, proteção contra os

elementos da natureza.

DE SEGURANÇA Proteção contra possíveis privações e perigos.

SOCIAIS Dar e receber afeto, sentir-se aceito pelos outros.

AUTO-ESTIMA Estima própria (confiança em si mesmo, competência

profissional, conhecimento e estima por parte dos

outros).

AUTO-REALIZAÇÃO Conseguir o desenvolvimento e utilização de todas as

potencialidades que a pessoa tem.

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1.2 – McGregor teoria X e teoria Y. McGregor em sua obra “The Human side of Enterprise” reconhece que o núcleo de

qualquer teoria sobre a maneira de dirigir os homens, incluem-se sempre alguns pressupostos sobre a motivação humana.

1.3 – Coincidência entre McGregor e Maslow. McGregor coincide com Maslow na identificação dos fatores extrínsecos com as

necessidades inferiores ou imediatas dos homens. Tudo que se oferece externamente à pessoa são simples prêmios ou castigos destinados a controlar a sua atuação e a conduzir seus passos na direção que melhor convir aos outros. Pelo contrário, as motivações intrínsecas estão ligadas às necessidades superiores da pessoa e, portanto, respondem a tudo aquilo que corresponde ao próprio esforço da pessoa. Contudo, as divergências com Maslow são consideráveis, e a teoria de McGregor é aceita como plenamente original.

LIDERANÇA NATURAL E ESPIRITUAL. Liderança espiritual é uma mistura de qualidades naturais e espirituais. Embora a liderança espiritual exija estas qualidades, há outros elementos que suplementam.

PERSONALIDADE. É um fato essencial na liderança natural.

ESCREVEU LORD MONTGOMERY “A grande influência dependerá da personalidade do homem... da chama que queima dentro dele, do magnetismo que atrairá os corações dos homens para ele”.

1.4 – Distinção de McGregpr dos fatores extrínsecos e fatores intrínsecos. a) Os fatores extrínsecos – São os que costumam ser associados com a satisfação das necessidades

inferiores da hierarquia de Maslow e podem ser controlados de fora do indivíduo. Exemplo:

compensações, incentivos, privações provocadas por outrem para controlar uma situação. b) Os fatores intrínsecos – Estão ligados a satisfação das necessidades superiores da pessoa, que os consegue como resultado direto de seu próprio esforço. São conseqüências inerentes ao próprio desenvolvimento da atividade. Exemplo: O sentido de êxito, a aprendizagem, a satisfação ligada ao fato de se sentir responsável por alguma coisa.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Uma pessoa motivada tem grandes possibilidades. Ela é semelhante ao beija-flor que procura mel e o encontra muitas vezes nos lugares mais improváveis. Não se desanima diante dos obstáculos. Aprenderam a maneira de: - vencer complexos de inferioridade; - dar atenção a novas idéias e avalia-las com cuidado; - localizar as oportunidades e agarra-las com cuidado;

Aceitar os problemas e resolve-los de forma criativa.

Leia: O pensamento da Possibilidade – Robert H. Schüller/Ed. Vida.

1.5 – O modelo antropológico. Segundo as idéias de McGregor, a motivação pode ser provocada pela busca de algumas

conseqüências intrínsecas à ação do indivíduo, isto é, incentivos que alguém atribui à ação; ou pela busca de algumas conseqüências intrínsecas a essa ação, ou seja, derivadas da própria realização da ação.

Sabemos, porém, que a ação de uma pessoa tem outros tipos de conseqüências que não podem ser incluídas em nenhuma dessas alternativas e que, contudo, constituem uma poderosa fonte de motivação. São conseqüências muitas vezes diretamente buscadas pela pessoa que atua, sem que oponha nem receba um incentivo nem obtenha qualquer satisfação pela mera realização que se buscam por motivos internos.

2. COMPONENTES DA MOTIVAÇÃO. A teoria da motivação capaz de reconhecer este conjunto de fatos, tão elementares e tão

ligados a nossa experiência diária, deve levar em conta que as pessoas ao agir, podem ser movidas por três níveis de motivos:

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2.1 – Motivos extrínsecos Qualquer tipo de incentivo que se atribui à realização da ação por parte de outra pessoa ou

pessoas diferentes daquela que a executa. Exemplo: Remuneração de um trabalho – Reconhecimento que se tem a fazê-lo.

2.2 – Motivos intrínsecos. Qualquer resultado da execução da ação para a pessoa que a realiza e que dependa apenas do

fato de realizá-la. Exemplos:

Aprendizagem adquirida.

A satisfação de fazê-la.

2.3 – Motivos transcendentes. Aqueles resultados que a ação provoca em outras pessoas diferentes de quem executa a ação.

Exemplo:

A satisfação da fome de uma criança quando é alimentada.

A ajuda prestada a um companheiro de trabalho.Geralmente, em qualquer ação três tipos de motivos – estas três motivações – estão

presentes. É normal, por exemplo, que um médico, ao atender seu paciente, o faça por esses três tipos de motivos:

Receber seus honorários;

Desenvolver sua competência profissional;

E curar efetivamente o doente.

3. QUALIDADE MOTIVACIONAL A qualidade motivacional de uma pessoa é determinada precisamente pela sensibilidade

que tende a ser movida por aqueles tipos de motivos.

Vejamos o quadro abaixo:

DIMENSÕES DO CONHECIMENTO

ESPECULATIVO

Motivação Sentida

– OPERATIVO Motivação discernida

– AFETIVO. Motivação atrativa

Conexões entre conhecimento e motivação.

3.1 – Motivação sentida. É o impulso que sentimos e que depende do conhecimento, este determina os resultados

esperados e o atrativo desses resultados para a pessoa.

3.2 – Motivação potencial. Corresponde ao impulso que sentiríamos se o nosso conhecimento fosse perfeito, isto é, se

conhecêssemos antecipadamente todos os resultados que a ação terá. 3.3 – Motivação atual.

É a força que nos faz escolher uma ação concreta com base no valor de seus resultados – um valor que o conhecimento especulativo capta, embora, este valor não seja atraente devido às limitações do conhecimento afetivo.

LEMBRETE: Mantenha-se motivado a cada dia com um pensamento positivo das Escrituras, tais como: Lc. 1:37, Mc. 10:27, Mt. 19:26, Mc. 10:27, Lc. 18:27, Mc. 14:36, Mt. 17:20.

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4. A MOTIVAÇÃO COMO IMPULSO. A motivação é o impulso no ser humano que leva a agir para satisfazer algumas

necessidades. Nossa análise acentuou que dada à influência do conhecimento é preciso distinguir três tipos de impulso.

4.1 – Impulso potencial. Tende a satisfazer todas as necessidades e de modo completo.

4.2 – Impulso sentido. É a tensão que se faz espontaneamente no plano consciente para algumas satisfações

concretas.

4.3 – Impulso atual. É a tensão voluntariamente gerada para êxitos, cujo valor é percebido racionalmente

embora não seja sentido por captação afetiva.

5. TIPOS DE NECESSIDADE NO SER HUMANO. O prazer

como medida

de valor

Satisfeitas

através dos

Materiais

sentido

O poder e a

Tipos de

Satisfeitas na segurança

Conhecimento

Necessidade

união com o

como

ambiente

medidas de

valor

Afetivas Satisfeitas na

união com

outros

indivíduos

O amor como

medida de

valor

5.1 – Necessidades materiais. São todas aquelas que satisfazem a parte de fora do sujeito, através da interação dos

sentidos com o mundo físico que o cerca. Significa: a posse de coisas ou a possibilidade de estabelecer reações sensíveis com coisas. A satisfação dessas necessidades está ligada ao que normalmente denominamos sensação de prazer.

5.2 – Necessidade de conhecimento. São ligadas as capacidades que as pessoas têm de conseguir o que querem. Satisfazem-se

na medida em que o sujeito vai se tornando capaz de controlar a realidade que o cerca. A sensação de poder, e em certa medida, a sensação de segurança corresponde a estados

psicológicos que dependem da satisfação dessas necessidades.

5.3 – Necessidades afetivas. É aquelas ligadas a consecução de relações adequadas com outras pessoas, à certeza de

que somos diferentes frente aos outros, de que nos querem como pessoas, de que nos apreciam por nós mesmos, por sermos quem somos.

Sua satisfação manifesta-se através da segurança que afeta aos outros, o que nos afeta, e porque nos afeta. As pessoas têm a capacidade de interiorizar, fazer nosso – tudo o que acontece aos outros.

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VERIFIQUE ATÉ QUE PONTO A SUA LIDERANÇA É MADURA. AVALIAÇÃO: Você já foi obrigado a liderar em situações difíceis e delicadas? Você sabe induzir as pessoas a fazerem com alegria algo legítimo, que normalmente não desejariam fazer? Você é capaz de aceitar oposição à sua decisão sem considerá-la como afronta pessoal e sem reagir?

Você depende do elogio ou da aprovação dos outros? Seus subordinados ficam à vontade em sua presença?

NOTA: Esses tipos de necessidades não constituem uma hierarquia, visto que todas estão presentes simultaneamente no ser humano. Sua satisfação significa que a pessoa mantém uma relação correta com a realidade em três planos diferentes:

O mundo das realidades sensíveis:

O das realidades pessoais;

E seu próprio mundo interior.

6. OS CONFLITOS MOTIVACIONAIS. Na hora de tomar uma decisão, o ser humano defronta-se frequentemente com aquilo que

se denomina – conflito motivacional, isto é, há ações que se lhe apresentam mais atraentes de um ponto de vista, e outras de outro ponto de vista. Desses conflitos, os mais importantes são os chamados – conflitos inter-motivacionais.

6.1 – Quando acontece o conflito inter-motivacional? Quando uma determinada ação é muito atraente, por exemplo, por motivos extrínsecos, ao

passo que outra ação o é por outro tipo de razões, devendo a pessoa escolher uma das duas ações.

LEMBRETE: Os problemas são diretrizes para você continuar. Nunca entenda que são sinais para parar. Toda vez que uma porta se fechar, outra se abre. Toda adversidade oculta uma possibilidade.

7. O ESTILO DE DIREÇÃO. Embora nem todas as provas sejam conclusivas, em linhas gerais, a pesquisa parece

demonstrar que a liderança democrática tem efeitos positivos sobre a satisfação e a integração dos subordinados, o que costuma redundar em maior cooperação para o alcance dos objetivos.

7.1 – A tomada de decisões. A tomada de decisões autocráticas centraliza-se em sua própria vontade, ao passo que a

tomada de decisões democráticas tem por objetivo despertar a participação de seus subordinados para alcançar a decisão.

O interesse de um líder autocrático reside na tarefa, em conseguir o que o trabalho se realize. O interesse de um líder democrático reside na qualidade da relação com seus subordinados.

A) Líder autocrático – “Teoria X”. Características: São coercitivos, persuasivos, preocupados com os objetivos, fornecedores de trabalhos e orientados para as tarefas. Líderes autocráticos: iniciam a estrutura, fornecem informação determinam as tarefas que devem ser realizadas, elaboram as regras e prometem recompensas. B) Líder democrático – “Teoria Y”. Características: São compreensivos, consultivos, participativos, centrados no trabalhador, preocupados com os indivíduos, solidários, fornecem a integração nas relações pessoais, e tomam decisões conjuntas. Líderes democráticos: pedem conselhos, opiniões e informações a seus colaboradores; consultam seus subordinados e compartilham com eles as tomadas de decisões, utilizam seu poder para fixar o marco que prometem aos colaboradores participarem das decisões sobre as tarefas a serem realizadas.

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7.2 – Diferença nos processos e nos resultados previstos. Os primeiros estudos sobre o tema foram experimentados comparativos entre os efeitos de

um líder autoritário e um líder democrático. a) O líder autoritário ou autocrático.

Planeja as tarefas que devem ser realizadas;

Não se preocupa com a necessidade e desenvolvimento dos membros do grupo.b) O líder democrático – pelo contrário:

Compartilha a tomada de decisões com seus subordinados; Preocupa-se com as necessidades que estes têm de participar das decisões sobre as tarefas,

cuja realização está prevista. Liderança Centrada no Líder Liderança Centrada no Subordinado

Toma todas as decisões. Permite que o subordinado atue dentro de

limites fixados.

Justifica a validade das decisões. Define os limites e pede ao grupo que

adote as decisões.

Expõe idéias e sugere que se formulem Expõe o problema, obtém sugestões e

sugestões. adota decisões.

Uso de autoridade do líder Uso da liberdade do subordinado

c) Outras diferenças: Enquanto o líder autocrático avalia o rendimento de seus subordinados com critérios

pessoais; o líder democrático é objetivo e racional. O líder autoritário mantém-se distante, ao passo que o líder democrático ignora as

distâncias sociais que poderiam existir dentro do grupo.

7.3 – Os quatro momentos do processo de direção.

INFORMAÇÃO DO AMBIENTE

ATOS VALORES INCENTIVOS

Processo de coleta de seleção de informações

Processo de tomada de Armazenamento de decisões informação

Processo de difusão de informação

ATOS VALORES INCENTIVOS

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________________________________________ UNIDADE IV

LIDERANÇA E ORGANIZAÇÃO.

OBJETIVOS: Compreender a natureza da liderança cristã numa organização. Levar o aluno a desenvolver suas relações como líder dentro de uma organização.

APRENDIZADO: O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: 1. Explicar os conceitos básicos de uma oba organização. 2. Entender como desenvolver sua liderança dentro de uma organização.

1. AUTORIDADE E LIDERANÇA NUMA ORGANIZAÇÃO. Entende-se por liderança empresarial como o processo utilizado por um diretor para influir

nas atividades de uma pessoa ou um grupo de pessoas atingindo uma meta. Esta liderança gera o poder que o capacita a induzir os seguidores a cumprirem suas obrigações.

1.1 – Uma organização humana (Igreja). Consiste num grupo de pessoas cujas ações se coordenam para conseguir certos objetivos ou

resultados de interesse a todas elas, embora esse interesse seja devido a motivos muito diferentes.

1.2 – Conceitos básicos de uma boa Organização. Quanto à existência – em função da necessidade. Quanto à expansão – à medida que a igreja cresce. Quanto à implantação – verificar a existência de uma obra. Quanto à eficiência – a estrutura dever ser compreendida. Quanto à responsabilidade – as tarefas devem ser definidas. Quanto à subordinação – a cadeira de autoridade deve ser respeitada. Quanto à constituição – dar atenção aos recursos: humanos, materiais e financeiros.

1.3 – A direção de uma Organização. È a realidade mais profunda com que nos defrontamos na hora de analisar seu

funcionamento. De fato, qualquer grupo humano não constitui uma organização enquanto sua ação conjunta não for governada – não for direcionada – de alguma forma para a execução de determinada meta ou finalidade.

As diferentes formas ou maneiras de dirigir essa atividade podem ser bastante variadas. Desde o caso em que uma só pessoa dá instruções a todos os outros sobre o que dêem fazer até o extremo oposto, em que cada um dos membros da organização decide o que vai realizar.

Seja qual for a forma adotada pelo sistema de governo de uma organização, esse sistema deve realizar certas funções que normalmente denominamos de – Funções Diretivas.

1.4 – Conflito de processos de direção. Devemos partir do princípio de que numa organização, como se vê na figura Processos de

Direção pressupõe-se sempre e necessariamente:

Um propósito – algo que se deve fazer conjuntamente. Uma coordenação – das ações individuais para esse propósito.

A motivação das pessoas – para atuarem como a organização requer.Sobre essa base cabe falar dos processos de direção como o conjunto de processos de

atuação que tendem a:

Formular os objetivos e as metas de atuação organizacional (objetivação do propósito); Determinar e comunicar as atividades atribuídas a cada pessoa, para que a organização

alcance aquelas metas e objetivos (estruturação do propósito). Motivar as pessoas para que efetivamente desenvolvam aquelas atividades

(operacionalização do propósito).

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Propósito Objetivação do

propósito Estruturação do

propósito Processos de direção

Operacionalização

do propósito

Coordenação

Motivação

Elementos que estão

sempre em uma organização

PROCESSOS DE DIREÇÃO. O conjunto das atividades programadas constitui o sistema formal da organização. A primeira atividade diretiva é aquela que dá origem a esse sistema. Uma vez implantado, a administração assume então todas as providências necessárias para que o sistema seja operacionalmente eficaz para concretizar todos os propósitos da organização.

1.5 – O caminho para a execução dos objetivos. A realização dos propósitos de uma organização acarreta necessariamente os seguintes

passos: a) Objetivação – metas e objetivos para as operações concretas. b) Estruturação – desenvolvimento e implementação daquelas metas e objetivos no nível dos indivíduos que atuam na organização.

Desenvolvendo boas relações humanas na organização. O bom líder, certamente provará sua eficiência, não na ausência das dificuldades, mas no seu tratamento.

c) Operacionalização – motivação dos indivíduos para que atuem de acordo com os objetivos fixados.

Naturalmente, uma parte das atividades necessárias para objetivar, estruturar e operacionalizar o funcionamento da organização pode ser incluído na organização formal. Naturalmente, aquelas partes que não pode ser resolvida no âmbito das atividades programadas ficam sob a responsabilidade da administração.

Podemos então classificar as atividades diretivas em três grandes grupos: Atividades estratégicas – que definem os objetivos de todos aqueles aspectos que o sistema formal deixa indefinidos. Atividades executivas – que estruturam o propósito em todos aqueles aspectos que o sistema formal não determina explicitamente. Atividades de liderança – que geram motivação nas pessoas, apelando para os motivos diferentes dos que são levados em conta através dos sistemas formais.

1.6 – A natureza da Liderança Vimos que o líder deve atuar nesse plano de realidade – a motivação transcendente – que

constitui precisamente o reino da liberdade humana. Um líder por si só, dificilmente alcança os resultados que se propunha – dependem da

liberdade de outras pessoas – e ser, no entanto, um líder perfeito. A liderança que dá resultados é aquela que atua por motivação transcendente, isto é, que

atue porque gosta do que faz, devido ao valor que sua ação terá para outras pessoas, como podemos notar no gráfico abaixo:

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ESTILO DE LIDERANÇA

Alto

Com

por Elevada relação Elevada Tarefa

Ta Escassa Tarefa Elevada Relação

Men

to

da Escassa relação Elevada Tarefa

Rela Escassa tarefa Escassa Relação

ção

Baixo

COMPORTAMENTO DA TAREFA

Ma

Du M4 M3 M2 M1

ro

Imaturo

Maturida- de dos se- guidores

a) O líder como motivador de seus subordinados. Sendo tal a condição da liderança, é claro que mesmo um líder perfeito, não pode esperar

com certeza a concretização dos seus propósitos. Por essa razão ele deve fazer uso dos elementos ou instrumentos de motivação.

b) O líder como exemplo. Somente um líder que esteja se esforçando seriamente por atuar por motivação

transcendente, terá a possibilidade de influir sobre seus subordinados neste plano. Na medida em que ele mesmo toma essa iniciativa, estará fazendo o melhor que pode para convencer outras pessoas também a agirem de maneira semelhante.

1.7 – O desenvolvimento da autoridade. O exemplo no comportamento de um líder não é apenas a maneira mais eficaz de ajudar os

outros para que por sua vez, aturem por motivação transcendente, no fundo, é a única maneira de consegui-lo.

A autoridade é aquilo que as pessoas dão aos que a dirigem; é um sinal de reconhecimento da qualidade do líder.

A AUTORIDADE COMO SINAL DE RECONHECIMENTO.

A priori

Confiança nas

intenções Confiança nas capacidades

AUTORIDADE

A posteriori

Uso correto do

poder

Uso incorreto do poder;

Uso injusto; Uso inútil;

Falta de uso.

A importância de um líder, não consiste na sua arrogância ou na sua sabedoria em tratar as pessoas dentro da sua organização.

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Nesta base, o líder que busca desenvolver sua dimensão de liderança, procura conseguir autoridade sobre seus subordinados através da: Confiança nas intenções: capacidade pessoal do líder em transmitir aos seus subordinados confiança naquilo que está fazendo.

Confiança nas capacidades: capacidade pessoal do líder em tomar as decisões adequadas.

Uso injusto do poder – constitui a maneira mais rápida de perder a autoridade.

Não utilizar o poder quando necessário – revela falta de competência na liderança. Uso inútil do poder – é o caminho pelo qual a autoridade vai se perdendo aos poucos. NOTA: A autoridade é um sinal de reconhecimento da qualidade do líder por parte daqueles que estão sob seu comando.

________________________________________ UNIDADE V

A EXCELÊNCIA DA LIDERANÇA

OBJETIVOS Saber que a base da excelência é a oração. Aprender que ler a Bíblia e orar deve fazer parte da agenda do líder.

APRENDIZADO O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: 1. Ser um homem que ora e lê a Palavra de Deus diariamente 2. Colocar na prática os princípios das relações inter-pessoais.

1. A ORAÇÃO COMO FORÇA GERADORA. Nossa intenção aqui, não é comentar o poder da oração. Isto já é assunto resolvido e

indiscutível. O propósito é mostrar o papel fundamental e indispensável que a oração como força geradora tem na liderança.

Abraão Lincoln reconhecia o lugar da oração na sua Liderança, a tal ponto que confessou: “Tenho sido levado muitas vezes a ajoelhar-se pela convicção esmagadora de que eu não

tinha outra saída. Minha própria sabedoria e dos que estão a meu redor pareciam insuficientes para o dia”.

1.1 – A chave da excelência da liderança. Tomemos o exemplo de Neemias. O conhecimento das condições do seu povo leva Neemias a oração – Ne. 1:4-11. Neste

texto, temos a espécie de oração que na liderança produz resultados. a) Neemias começa a sua oração com adoração, v.5. Ele focalizava os seus pensamentos sobre a grandeza de Deus.

b) A oração de Neemias é baseada nas Escrituras, vs. 8 e 9. Sua oração era uma demonstração do conhecimento que tinha da Palavra e como a Palavra de Deus controlava a sua vida. Compare: Jr. 11:4; 30:22, Lv. 26:12.

c) Neemias incluiu o louvor em sua oração, v. 56. Suas ações de graça baseavam-se no caráter de Deus.

d) A oração de Neemias é baseada nas promessas de Deus – v.8ª. “Lembra-te da Palavra que ordenaste ao teu servo Moisés...” Aqui, ele estava parafraseando o ensino de Dt. 4:25 – 31; 30:1-5, Lv. 26:27-45, II Cr. 6:36-39.

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Aprofundando o estudo. O modelo de oração seguido por Neemias é semelhante ao modelo dado pelo Senhor aos seus discípulos. Através da oração de Neemias: Teve nova perspectiva do problema (as condições de seu povo). Foi levado a restabelecer suas prioridades. Recebeu novo sentido de propósito.

A intenção de Neemias ressalta a verdade observada pelo Dr. R. C. Trench – “A oração não é vencer a relutância de Deus, é o apropriar-se de Sua mais alta disposição”.

1.2 – Os princípios de liderança na oração de Neemias:

a) O líder precisa ter verdadeiro interesse pelos outros (subordinados). Neemias recebeu a delegação de Jerusalém com interesse pelo bem-estar do seu povo. Ne. 1:2. Ficou pessoalmente envolvido com as condições do seu povo, vs. 3-4.

b) O líder sábio coloca em sua lista de prioridades o bem-estar daqueles com quem trabalha. Daí a intensidade da sua intercessão.

2. A DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS. Esta é talvez a área mais comum onde encontramos fracassos na liderança – não saber

lidar com as pressões de cima e as pressões de baixo. Qualquer gerente de uma administração tem que saber traduzir os ideais dos seus

superiores e ao mesmo tempo saber como motivar os seus subordinados. No capítulo 2 de Neemias encontramos alguns princípios das relações inter-pessoais bem

sucedidas – Leia 2:1-8.

APROFUNDANDO O ESTUDO. Exemplo de orações respondidas a Líderes do Velho Testamento. - Moisés – Ex. 15:24-25; - Gideão – Jz. 6:39-40; - Samuel – I Sm. 7:9-10; - Salomão – I Rs. 9:3; - Elias – I Rs. 18:37-38; - Ezequias – II Rs. 19:19-20; - Josafá – II Cr. 18:31; - Esdras – Ed. 8:23;

Causas de fracasso na oração de líderes: - Desobediência – Dt. 1:45, I Sm. 14:37; 28:6. - Pecados ocultos – Sl. 66:18; - Indiferença – Pv. 1:28;

A oração foi o maior segredo da liderança de Neemias.

2.1 – Princípios das relações interpessoais.

a) Princípio da lealdade – v.3 Neemias sabe que o rei Artaxerxes é a chave da solução do problema. Assegurando ao rei

sua fidelidade, ele permite que Neemias continue.

b) Princípio do tato – v. 5. No Oriente Médio prevaleceu a reverência aos ancestrais. Assim sendo, Neemias faz

referência à profanação dos túmulos dos seus antepassados, pois com isto, ele sabia que ganharia a simpatia do rei.

Veja que Neemias não menciona o nome da cidade de seus pais. Isto poderia prejudicar a evolução dessa relação inter-pessoal, levantando lembranças desfavoráveis aos olhos aos olhos do rei.

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Ele precisava de muito tato, pois Artexerxes já havia anteriormente proibido a reconstrução dos muros – Ed. 4:17-22.

NOTA: O tato baseia-se na verdade e no caráter e na compreensão da natureza humana. Envolve saber como aproximar-se das pessoas.

c) Princípio da visão – v.7. Diante do questionamento do rei no v. 6, Neemias demonstrou que já tinha um plano. Sua

execução dependia da benevolência do rei. Na relação inter-pessoal, o líder tem que entender que Deus opera nas atividades humanas

a fim de cumprir os seus propósitos.

Aprofundando o estudo. “A visão do ministério é um reflexo daquilo que Deus quer realizar através de nós, a fim de edificar o seu reino. Somente um líder pode ordenar os recursos para sua visão adquirir vida.”

O Poder da Visão – George Barra. Aba Press.

2.2 – Princípios ao assumir nova posição de liderança. Existe um modo certo de assumir uma nova posição de liderança? A estratégia que

Neemias empregou, ao assumir uma nova responsabilidade, contém princípios importantes para os nossos dias.

Qual foi a sua estratégia? Leia 2:17-20.

a) Primeiramente, sua estratégia foi – desafiar – v.17. Após ficar inteirado das condições reais do povo e da cidade, Neemias lança o desafio da reconstrução.

b) Sua segunda estratégia foi – motivar – v. 17b. Ele soube tirar o povo do seu estado de desânimo, encontrando o elo do encorajamento.

c) Terceira estratégia – estabelecer os alvos – v. 18. Certamente havia tantas coisas a fazer em Jerusalém, entretanto Neemias não se deixou

levar pela diversidade de tarefas existentes – se concentrou numa só, a reconstrução dos muros. E conseguiu levar o povo nessa direção.

NOTA:

O problema de conflitos internos é duplo. Primeiro – o líder designado para um novo cargo de responsabilidade precisa reconhecer que os conflitos são de ordem interna. Segundo – o líder precisa estar certo de que suas ações se baseiam na realidade.

2.3 – Princípios usados por Neemias em momentos de crise. Quanto a sua dinâmica externa, Neemias:

a) Examinou a situação antecipadamente. Sua decisão devia ser baseada em fatos. b) Despertou o interesse no povo. Sabiamente, não deu detalhes do que pretendia fazer até que estivesse pronto para entrar em ação. c) Convocou a todos para uma reunião pública. Assim deu oportunidade de ouvi-lo pessoalmente e conhecer suas idéias. d) Desafiou-os com a obra a ser feita. e) Motivou-os para a realização da tarefa. f) Encorajou-os à segurança do sucesso.

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Muitos líderes tendem a ver no ambiente exterior a razão dos conflitos internos. A pessoa que se vê incapaz de agir com eficiência, provavelmente procurará uma explicação no ambiente externo onde opera. Talvez culpe a administração ou o conselho da Igreja.

O líder em tempos de crise pode falhar como resultado de sua ansiedade – (sua responsabilidade de produzir).

Sua falha pode ser também ansiedade quanto a compensar com sentimento de inferioridade. Toda essa ansiedade é provocada por sua vez pelo medo de fracasso, que tem sua origem no sentimento de inferioridade.

Questão: Como vencer o medo do fracasso diante dos empreendimentos? Solução: Tenha uma auto imagem positiva.

Leia: NEEMIAS 3 Este capítulo parece ser o menos interessante, mas aqui podemos observar que Deus alienou os princípios básicos do sucesso.

3. ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS.

Existem diferentes fórmulas apresentadas pelas pessoas para obter sucesso. Necessidade de trabalho.

A importância da integridade. Boas relações interpessoais. A resolução de problemas.

Colocação de alvos. Treinamento prático.

3.1 – Coordenação de esforços – 3:2s.

Neemias sabia onde cada pessoa ou grupos de pessoas trabalhariam. Cada pessoa sabia onde deveria estar. Sabia também qual era sua responsabilidade e o que

se esperava dela. Alguns trabalhadores tinham a responsabilidade de reconstruir sua parte do muro desde o

alicerce, enquanto outros tiveram apenas de fazer reparos. No texto, há um conjunto de frases repetidas indicando o princípio da coordenação – 3:21-

23; 28-30.

APROFUNDANDO O ESTUDO. Administrar bem os recursos tem sido considerado parte importante do sucesso de qualquer empreendimento. Existem diferentes fórmulas apresentadas pelas pessoas para obter sucesso.

Necessidade de trabalho; A importância da integridade; Boas relações inter-pessoais; A resolução de problemas; Colocação de alvos; Treinamento prático.

O princípio da coordenação resulta num trabalho de Equipe. A base de toda a liderança é a coordenação correta das atividades de todos os envolvidos.

3.2 – Cooperação de todos. Pessoas de lugares diferentes e ocupações diferentes trabalharam juntas na reconstrução

dos muros: sacerdotes, levitas, chefes, porteiros, guardas, pessoas comuns, etc. todos irmanados num só propósito.

Leia: 3:11, 19-21, 24-27, 30. Para Neemias seus obreiros eram mais do que números de estatística – eram pessoas.

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NOTA: O reconhecimento dado por um líder aos seus subordinados cria um sentimento de participação, de pertencer. 3.3 – Aprovação dos obreiros.

Neemias reconheceu o valor que cada pessoa tinha para aquela tarefa. Demonstrou apreciação mediante sua atitude. Usou a aprovação para enriquecer a qualidade das vidas dos seus trabalhadores.

NOTA: Richard J. Wytmar define as características universais de liderança e do sucesso numa só palavra. SIMPLICIDADE – É a capacidade de reduzir os problemas a proporções menores, de explicar mesmo as mais complexas situações em termos simples, compreensíveis e comunicáveis.

3.4 – Completada a tarefa designada. Terminar a tarefa designada é fundamental para o sucesso. Neste princípio encontramos as

palavras “edificou” e “reparou”.

Cada pessoa estava ocupada.

Cada pessoa sabia o que se esperava dela.

Cada um trabalhou no seu lugar.

E cada um terminou aquilo que começou. Tudo isto parece simples, mas não era. Envolvia a instrução de cada obreiro para que Ele

soubesse – o que fazer, e onde fazer, e a delegação de autoridade para se evitar centralização de poder.

3.5 – Veja a simplicidade da Liderança de Neemias – 2:17-24.

Coordenou suas atividades dividindo o muro em 40 grupos diferentes. Cada pessoa foi designada para um setor do muro. Com o trabalho dividido em partes, Neemias pôde supervisionar o trabalho e comunicar-se com cada grupo. Assim o que era antes uma tarefa de coordenação complexa, tornou-se simples e de fácil execução.

APROFUNDANDO O ESTUDO. Princípios Básicos da Liderança Eficaz. Coordenou os esforços dos obreiros. Mostrou apreciação pelo trabalho. Garantiu a cooperação dos diversos grupos. Verificou que cada tarefa foi completada. Providenciou comunicação adequada.

3.6 – Havia delegação de autoridade.

Cada pessoa foi capaz de assumir responsabilidades por um setor do muro. Grupos de obreiros tinham chefes de setor – 3:13, 17.

A cada um desses líderes foi delegado poder de decisões.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO. Procure no livro de Neemias, as passagens bíblicas que correspondem aos princípios básicos da liderança eficaz.

Coordenação dos esforços; Apreciação pelo trabalho; A cooperação dos grupos; Supervisão da obra; Comunicação adequada.

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________________________________________ UNIDADE VI A RACIONALIZAÇÃO DA LIDERANÇA.

OBJETIVOS: Saber como lidar com pessoas e circunstâncias adversas. Saber decompor os problemas e como resolvê-los.

APRENDIZADO: O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: 1. Responder essa questão muito pessoal: Você sabe lidar com a oposição? 2. Descobrir os princípios bíblicos para lidar com a oposição. 3. Definir as características de um líder eficaz. 4. Saber como transferir responsabilidades aos subordinados.

1. A PSICOLOGIA DA LIDERANÇA EFICAZ. A sociedade tem dado muito valor às pessoas capazes de liderar outros. Hoje se gastam

mais esforços na “procura de executivos” e no “desenvolvimento de gerência” do que nunca. Mas onde se encontram esses líderes? Pesquisadores modernos, estudando líderes e seus problemas, focalizaram diferentes

espécies de responsabilidades de liderança. Surgiram duas características principais:

1.1 – O líder especialista em tarefa. Aquele que organiza o grupo estabelece o alvo, e dirige as atividades para atingir esse

objetivo.

1.2 – O especialista sócio-emocional. Mantém a moral do grupo, preserva a harmonia e trabalha para aliviar as tensões entre os

empregados. Estes líderes têm tido um bom desempenho em muitos setores, principalmente quando o

funcionamento depende de relações pessoais construtivas. Exemplo de Neemias – 2:17-20.

Estabeleceu alvos;

Motivou as pessoas;

Trabalharam juntos para atingi-lo. Ele foi um especialista em tarefa, e orienta toda a sua capacidade de organização para

atingir o seu objetivo. No cap. 3, Neemias desempenha um duplo papel. No cap. 5, ele é um especialista sócio-emocional.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO. 1. Analise (Neemias 3) e escreva o duplo papel que desempenhou. 2. Analise (Neemias 5) e escreva o seu desempenho como líder sócio-emocional.

2. COMO LIDAR COM A OPOSIÇÃO. Vejamos ainda o exemplo de Neemias. “A maneira como lidamos com estes problemas revela o calibre de nossa liderança”.

APROFUNDANDO O ESTUDO. TÁTICAS BÁSICAS NO TRATAMENTO DAS DIFERENÇAS: Supressão – não deixar que as diferenças aflorem. Confrontação – saber qual é o problema. Contemporização – o tempo cura. Suavização – se manterem juntos.

Neemias teve dois tipos de oposição:

Oposição de fora;

Oposição de dentro.

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Leia – Neemias 4:1-6. Notamos nessa passagem que o sarcasmo de Sambalá e o menosprezo de Tobias aos

judeus, não abalou a firme liderança de Neemias. Vejamos qual foi sua reação:

2.1 – Neemias levou toda a questão ao Senhor – 4:4. Pôde dar plena vazão ao que sentia. Não suprimiu suas emoções. Recorre à oração. Abre o

coração com a pessoa certa – seu líder maior – Deus. Seu sucesso diante da oposição de fora pode ser medido graças ao seu testemunho: “Assim edificamos o muro e se fechou até a metade de sua altura, porque o povo tinha

ânimo para trabalhar”.

NOTA:

Bernand L. Montgomery diz: “Um líder tem de ter otimismo contagioso e determinação a fim de preservar sua liderança em face das dificuldades. Ele precisa irradiar confiança, depender de princípios morais, espirituais e recursos para dar certo, mesmo quando ele próprio não está muito certo do resultado”.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Há uma atitude entre os evangélicos, que segundo ela, se vivermos corretamente nada pode dar errado. Tal idéia contraria as Escrituras – Mt. 18:7, Jo. 16:33. Os discípulos em obediência a ordem do Mestre enfrentavam uma terrível tempestade - Mc. 4:35-41.

Paulo tentando ajudar o macedônio – At. 16:9-10, encontrou uma severa oposição – II Co. 7:5.

Problemas e dificuldades nos sobrevêm mesmo quando estamos no centro da vontade de Deus e Ele nos capacita a vencer essas dificuldades enquanto cumprimos a tarefa colocada em nossas mãos – Fp. 4:19-20.

2.2 – Neemias foi capaz de diagnosticar corretamente o que andava errado. Ele percebeu que o problema era interno e não externo. Como Neemias teve êxito nesse momento de crise interna?

a) Primeiro: repreende os judeus – “Não os temais”. b) Segundo: Anima-os – “Lembrai-vos do Senhor”. c) Finalmente: Dá-lhes uma motivação – “Pelejai pelas coisas que

prezais”. Este é o segredo para vencer a crise interna na liderança:

Saber diagnosticar um desânimo.

Motivar eficazmente nossos colaboradores.

Certo escritor comentou: “Uma função básica do bom líder é inspirar os melhores esforços das pessoas”.

3. O PERFIL DE UM LÍDER. Características pessoais de um líder eficaz.

3.1 – Um líder eficaz tem de ser uma pessoa íntegra. Tem que possuir caráter reto e integridade de princípios morais. Ele tem quee conhecer e

defender o que é justo. É necessário que a integridade do líder seja desenvolvida.

Como desenvolver a integridade? As respostas encontram nos pontos seguintes.

3.2 – Compromisso com a Palavra de Deus. Antes de o líder cristão estar comprometido com a instituição, ele tem quee ser um homem

comprometido com a Palavra – Ne. 1:5-11. Suas orações estão permeadas de citações das Escrituras. Leia: 5:9-12; 14-19, 10:1, 32-39, 13:4-28.

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3.3 – Convicções fundamentais na Palavra de Deus. As convicções de Neemias podem ser vistas;

a) Em sua confiança que Deus responderia a sua oração – 1:11. b) Em sua segurança ao responder aos seus adversários – 2:19-20. c) Na coragem e determinação com a qual enfrentou a oposição – 4:1-23, 6:1-14. d) Na persistência quando os obreiros resolveram desistir do trabalho, 4:10-11.

4. UM LÍDER EFICAZ TEM QUE SER LEAL AO SENHOR. A lealdade de Neemias era inquestionável – 2:3.

4.1 – Um líder eficaz aprende a transferir responsabilidades. Temos o exemplo do próprio Cristo. O que se entende por “Delegar Responsabilidades”? Não significa mandar ninguém fazer o trabalho, ou entregar um setor a alguém de

confiança e “fechar os olhos”. É necessário transferir parcela do poder e da responsabilidade e respaldar ações delegadas.

APROFUNDANDO O ESTUDO. De um diretor de equipe se requer pelo menos três elementos:

1. Boa comunicação; 2. Entendimento; 3. Pensar com os outros.

Delegar responsabilidade é possível, quando:

Missão, objetivos e estratégias, são conhecidos por todos.

Normas e procedimentos são claros e abrangentes.

a) Analise como você está delegando responsabilidades: Responda as seguintes questões: 1. Você gasta mais tempo do que deveria, fazendo o trabalho que o seu subordinado poderia fazer? 2. Frequentemente é flagrado trabalhando, enquanto os subordinados estão ociosos?

3. Sente-se apto a responder pessoalmente a qualquer questão sobre qualquer projeto de sua área?

4. Sua mesa vive cheia de papéis e documentos?

5. Seus subordinados tomam a iniciativa de resolver problemas sem esperar por suas ordens? 6. O setor funciona bem quando você não está?

7. Gasta mais tempo trabalhando em detalhes, do que planejando e supervisionando? 8. Seus subordinados sentem que tem autoridade suficiente sobre os recursos pelos quais são responsáveis? 9. Passa por cima de seus subordinados, tomando decisões que fazem parte do trabalho deles?

10. Se você estiver ausente por um longo período de tempo, há alguém treinado? 11. Normalmente, você tem uma quantidade enorme de trabalho para fazer depois de uma ausência? 12. Você conhece os interesses dos seus subordinados?

13. Você tem por hábito acompanhar de perto trabalhos que delega?

14. Quando possível, delega projetos completos, ao invés de tarefas individuais? 15. Encontra dificuldades em pedir ou mandar outros realizarem tarefas?

16. Frequentemente dá crédito merecido por um trabalho bem realizado?

17. Apóia seus subordinados quando a autoridade deles é questionada?

18. Todos os seus subordinados sabem o que espera deles, em ordem de prioridade?

b) Vinte e uma regras para delegar mais e melhor. 1. Não delegue as tarefas ruins, preservando as boas para si mesmo. 2. Divida o poder com os seus subordinados. 3. Conheça bem os subordinados.

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4. Caso delegue tarefas que não constem da rotina de trabalho do subordinado, explique a ele muito bem o porque. 5. Delegue tarefas, de forma equilibrada entre todos. 6. Delegue a tarefa, acompanhe-a para ter certeza de que foi executada adequadamente, mas tome cuidado para não “supervisionar”. 7. Delegue somente o que tiver segurança de que o subordinado é capaz de realizar. 8. Todos devem saber as responsabilidades definidas para cada um. 9. Delegue de maneira que o subordinado receba instruções somente de uma pessoa e preste contas somente a ela. 10. Defenda o seu subordinado quando a autoridade que você atribuiu a ele for questionada. 11. Deixe bem claro as questões sobre as quais os subordinado devem decidir e delegue as decisões até o menor nível hierárquico possível. 12. Delegue com consciência. Não superestime nem subestime os subordinados. 13 . Delegue somente tarefas que os subordinados podem realizar até o fim. Garanta o tempo necessário para realização. 14. Na hora de delegar, não pode haver dúvidas quanto ao trabalho. Comunique-se bem. 15. Valorize o bom desempenho dos subordinados. 16. Incentive os subordinados a fazerem perguntas sobre as tarefas a eles delegadas, de forma a esclarecê-las. 17. Esteja certo de que a tarefa delegada pode ser realizada. Tarefas impossíveis desmotivam. 18. Explique a importância da delegação e a importância das tarefas delegadas. 19. Aprenda a conviver com resultados de trabalhos diferentes daqueles que você obteria se realizasse pessoalmente a tarefa. Duas pessoas podem realizar o mesmo trabalho de formas diferentes. 20. Evite delegar tarefas de sua exclusiva responsabilidade e de seu exclusivo interesse. 21. Faça sua parte: execute as tarefas que são de sua responsabilidade, delegue tanta responsabilidade quanto possível para subordinados competentes, despreze tarefas não importantes.

APROFUNDANDO O ESTUDO. O líder eficaz sabe como: PREVER - preparando-se para o futuro. ORGANIZAR - reunir os meios e os recursos humanos e materiais. COMANDAR – determinar as providências. COORDENAR – dar equilíbrio e harmonia a cada funcionário e sua tarefa.

_______________________________________ UNIDADE VII PRINCÍPIOS QUE CONTRIBUEM PARA UMA LIDERANÇA EFETIVA.

OBJETIVOS Saber desenvolver a sua visão. Conhecer os princípios de comunicação efetiva como fato determinante na liderança efetiva.

APRENDIZADO O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: 1. Responder com sinceridade esta questão: você tem uma visão de Deus para seu ministério e vida. 2. Como você está desenvolvendo esta visão? 3. Como você pode melhorar a sua comunicação? 4. Descreve como as metas são estabelecidas.

1. O PRINCÍPIO DA VISÃO. O príncipe da visão é o elemento chave para se entender a liderança. A pessoa que tem

uma visão clara e está inteiramente dedicada a ela – já deu o primeiro passo rumo à liderança.

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1.1 – O que se entende por visão. Uma visão é uma imagem clara de algo que o líder quer que seu grupo seja ou faça. Qual

foi a visão de Neemias? A reconstrução dos muros de Jerusalém. Não basta ter uma visão. É necessário que haja dedicação no sentido de agir em função

dela, (missão). A série de passos específicos que conduz ao comprimento da missão é chamada de metas.

1.2 – De onde vem a visão. Qualquer visão de valor vem de Deus, seja ela a respeito de questões espirituais ou não.

1.3 – A importância da visão na liderança. O que distingue o verdadeiro líder dos outros é o fato dele possuir uma visão. É a chave

mestra para uma liderança vitoriosa. É a visão que dá base e sustentação a todas as atividades da liderança. Um gerente pode dirigir um grupo numa situação comum, mas para motivar as pessoas a

executarem mudanças em seus trabalhos que atendam as suas necessidades, é indispensável ser um líder. O líder tem uma visão.

1.4 – Quem deve assimilar a visão. A visão nasce no coração do líder, que por sua vez comunica ao grupo que assimila a visão.

Assim sendo, a visão precisa ser assimilada. Uma determinada visão gera: direção, ordem e devoção.

APROFUNDANDO O ESTUDO. Líderes usados por Deus atendem a visão que Ele lhes dá. Deus deu a Noé a visão de uma arca – e ele a construiu. Deus deu a Abraão a visão de uma cidade – e ele a buscou. Deus deu a Neemias a visão de um muro – e ele liderou.

1.5 – Como podemos atuar em função da visão. Tudo começa ao delinear um programa de metas para realizar essa missão. Nessa atuação,

deve haver determinação de vencer as dificuldades e obstáculos. Se Deus pôs um desejo em seu coração aceite a presença desse desejo como uma afirmação

divina de que ele pode ser realizado. Uma visão dada por Deus é uma responsabilidade tremenda.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO. Identifique com textos bíblicos a visão dada por Deus a: Noé; Abraão; Moisés; Josué; Neemias; Gideão.

2. O PRINCÍPIO DO ESTABELECIMENTO DAS METAS. O líder precisa ter visão, mas ela não se cumprirá por si mesmo, é preciso estabelecer metas.

Para ser um líder eficiente, é necessário ajustar o foco de sua visão por meio de metas eficientes. Um líder sem metas é o mesmo que um barco a deriva.

Henru Kaiser – “Defina bem o que você quer mais do que qualquer outra coisa na vida, registre os meios pelos quais você pretende consegui-lo e não permita que nada o impeça de alcançar essa meta”.

2.1 – Como proceder no estabelecimento das metas.

Tomemos como exemplo o planejamento de um seminário: 1. Definir o objetivo do seminário. 2. Escolher as palestras. 3. Definir que tipos de pessoas participarão dele. 4. Determinar o local onde será realizado. 5. Determinar a direção de cada reunião e também do seminário inteiro.

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6. Calcular o montante das despesas. 7. Convidar preletores. 8. Arranjar o local para realização. 9. Providenciar todo o material e o equipamento. 10. Levantar os fundos para sua realização. 11. Convidar os participantes.

A visão se conservará a mesma, porém as metas podem ser ajustadas de acordo com as circunstâncias, de modo que a visão seja realizada.

2.2 – O medo de estabelecer metas. Estabelecer metas requer três elementos:

Primeiro – muito esforço

Segundo – determinação.

Terceiro – dedicação a tarefa.

Há pelo menos quatro razões que levam as pessoas a terem medo de estabelecer metas:

Medo de criar metas imperfeitas.

Medo de ser derrotado por não alcançar as metas.

Medo de ser ridicularizado diante daquele que tomaram conhecimento das metas.

Medo de ser criticado por estabelecer metas audaciosas.

O estabelecimento de metas é uma disciplina contínua. Não se pode elaborá-la de uma só

vez.

3. O PRINCÍPIO DA COMUNICAÇÃO. A liderança eficaz começa com uma visão. O ser comprometido com aquela visão é uma

missão cumprida pelo estabelecimento de certas metas, daí a necessidade do líder comunicar a visão, a missão, e as metas aos seus seguidores.

3.1 – Regra um – reconhecer a importância de uma boa comunicação. É importante que o líder reconheça que a eficiência da comunicação é dada pelo conteúdo

percebido e pelo efeito real – não pelo seu conteúdo pretendido. A comunicação eficiente é um fato importante para transmissão dos princípios – é o meio

pelo qual, o líder imprime em outros os princípios de liderança.

É a transmissão de grandes idéias, crenças e projetos que distingue o líder de outros

3.2 – Regra dois – conheça bem o seu receptor. A tarefa do líder como comunicador é:

Fazer com que o conteúdo percebido pelo receptor seja o mais semelhante possível. Fazer com que o efeito real da mensagem no receptor seja o mais semelhante possível ao efeito pretendido.

Para isso ele deve conhecer bem o receptor.

3.3 – Regra três: Selecionar a meta correta de comunicação. O primeiro requisito para a comunicação eficiente é uma compreensão clara do objetivo da

comunicação. Assim a nossa liderança é fortalecida se estivermos conscientes da meta adequada:

a) Quando a meta é informar – isso significa que faremos com que compreendam algo. b) Quando a meta é comover – significa que queremos que a mensagem seja não só compreendida, mas sentida.

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c) Quando a meta é convencer – significa que o comunicador deseja que as pessoas aceitem o tema apresentado como verdade. d) Quando a meta é enfrentar – significa que o líder deseja despertar interesse através de algum tipo de diversão. e) Quando a meta é ativar – significa desejar que seus ouvintes façam alguma coisa.

3.4 – Regra quatro – Romper a barreira da alienação. Para podermos comunicar com eficiência, temos que captar a atenção do auditório. Quase

sempre as pessoas estão voltadas para os seus próprios interesses.

3.5 – Regra cinco – Fazer referência ao cotidiano do auditório. Jesus usou muito essa regra recorrendo as parábolas, focalizando situações da vida de seus

ouvintes.

NOTA: Comunicação não é despejar palavras sobre o auditório. A comunicação contém em si a idéia de envolvimento com as pessoas. A palavra “comunicação” tem sua raiz na palavra latina COMMUNIS, que quer dizer, “comum”.

3.6 – Regra seis – Comprovar nossas afirmações. Idéias abstratas não convencem. As pessoas de um modo geral não crêem numa declaração

que não possa ser provada. Podemos, empregar vários meios de provas:

Sucessão de declarações sustentando o mesmo ponto;

Repetição com outros termos;

Exposição;

Comparação;

Ilustração geral;

Exemplos específicos;

Testemunhos.

3.7 – Regra sete – Levar os ouvintes à ação apelando aos anseios pessoais. Estes anseios podem ser listados da seguinte forma:

Auto-conservação (vida longa, saúde);

Propriedade (riquezas, bens, dinheiro);

Poder (habilidade, força, energia);

Reputação – que outros tenham boa opinião a respeito;

Afeição – amar e ser amado.

EXERCÍCO DE REFLEXÃO. Faça uma lista de todas as parábolas de Jesus que falam sobre dinheiro? (bens materiais). Qual a ênfase dada em cada uma delas?

4. O PRINCÍPIO DO INVESTIMENTO. Aprendemos com esse princípio que se alguém investe no Reino de Deus, poderá receber

ou não bênçãos sem medida, pois Ele não está obrigado a nada. Leia: Gl. 6:7, II Co. 9:6. Cada seis versículo dos Evangelhos um tem a ver com o uso certo e errado dos bens

materiais. Das trinta parábolas de Jesus 16 estão relacionadas com o emprego do dinheiro. Este princípio é importante, porque a atitude do líder para com o dinheiro e os bens

materiais afeta sua eficiência.

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APROFUNDANDO O ESTUDO. Reconhecer que é Deus o Provedor de tudo. Em Gn. 22 – Abraão se refere a Deus como Jeová Jiré – “O Senhor proverá”. Focalizar a atenção nas coisas que desejamos, na medida em que elas são compatíveis com a vontade de Deus. Investir no objetivo mais imediato. Ser paciente, sabendo viver em toda e qualquer situação. Não desanimar diante das dificuldades. Alegrar-se mesmo quando as coisas não estão indo bem. Com base nestes critérios, o que a Bíblia diz sobre eles?

5. O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE. Alguém escreveu que “nossas maiores oportunidades estão exatamente nos problemas

insuperáveis”. Os obstáculos constituem a chave de nossas maiores oportunidades.

O QUE EXIGE O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE:

ANOTAÇÃO

Admitir o erro no momento em que tomamos conhecimento dele. Só podemos corrigir uma situação depois de admitirmos que ela exista.

Assumir a responsabilidade pelo erro. Esse é o fato marcante na liderança. Não envolver outras pessoas nos nossos erros.

Fazer um estudo em profundidade das possíveis causas do erro. São resultados de:

a) Falha no julgamento? b) Planejamento insatisfatório? c) Informação insuficiente?

d) Consolidação deficiente?

Eliminar as causas geradoras do erro.

Começar imediatamente a executar o novo programa.

6. O PRINCÍPIO DA AUTORIDADE. Sabemos que a autoridade é um marco importante na liderança. Ela pode ser vista sob dois

aspectos importantes. 6.1 – A autoridade interior.

É a qualidade que faz de uma pessoa um líder. Ela está muito relacionada ao: carisma e a personalidade do líder.

a) O que a autoridade interior não é:

Nada tem a ver com atos ou características físicas.

Nada tem a ver com riqueza, posição social.

Nada tem a ver com o sucesso.

b) O que é autoridade interior? É difícil de definir. Mas sabemos que por meio dela o líder obtém o respeito de outras

pessoas, podendo exercer uma poderosa influência no grupo.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO. Encontrem na Bíblia versículos que exemplifiquem a autoridade interior dos líderes mencionados.

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6.2 – A autoridade exterior. Enquanto a influência da autoridade interior deriva da capacidade pessoal a autoridade

exterior consiste nos símbolos que identificam o cargo de líder. Esse tipo de autoridade é cultivada mediante a manipulação de situações e de pessoas. Como o líder cristão pode desenvolver sua autoridade interior.

a) Descobrindo-se – reconhecer com sinceridade seu valor, pontos fortes e fracos da nossa personalidade, e o tipo de temperamento (temos que corrigir os possíveis defeitos consistentes). b) Desenvolver a autoconfiança – este é um dos mais importantes fatores que contribuem para a autoridade interior. Desenvolvemos a nossa confiança eliminando o medo de errar.

Acreditar naquilo que está fazendo é fundamental. c) Fortalecer nossas relações pessoais – o líder precisa estar bem consigo mesmo para desenvolver relacionamentos saudáveis.

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