uma visÃo geral do direito processual do...

15
PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br UMA VISÃO GERAL DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. PRINCÍPIOS, REGRAS E TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO. FONTES. AUTONOMIA. INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E EFICÁCIA DAS NORMAS. RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO. DILEMAS E PERSPECTIVAS DO PROCESSO DO TRABALHO BRASILEIRO Prof. Rodolfo Pamplona Filho Juiz do Trabalho do TRT da 5ª Região; Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP; Mestre em Direito Social pela Universidad de Castilla-La Mancha; Professor Titular do Curso de Direito da UNIFACS - Universidade Salvador e Professor Adjunto da Graduação e Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado) da UFBA – Universidade Federal da Bahia; Professor do Complexo de Ensino Renato Saraiva – CERS; Membro do Instituto Brasileiro de Direito Civil – IBDCivil; Membro e Ex- Presidente da Academia Brasileira de Direito do Trabalho. Presidente da Academia de Letras Jurídicas da Bahia. 1. Introdução 1.1. O Novo CPC (Lei n.º 13.105/15) e o fim (?) do Processo do Trabalho: reflexões críticas a respeito da razão de ser do Direito Processual do Trabalho 1.2. A recente Lei n.º 13.015/14 (reforma do sistema recursal trabalhista) e o Novo CPC: aproximação do modelo de commom law? 1.3. Função Jurídica do Estado 1.3.1. Legislativa: 1.3.1.1. Criação de normas abstratas, genéricas e apriorísticas para modelar as relações jurídicas de direito material. 1.3.2. Jurisdicional: 1.3.2.1. Realização concreta de normas abstratas (cognição) 1.3.2.2. Cumprimento coativo de normas realizadas (execução ou cumprimento de sentença) 1.3.2.3. Segurança para realização concreta ou cumprimento coativo da norma realizada (cautelar)

Upload: dinhquynh

Post on 23-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

UMA VISÃO GERAL DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. PRINCÍPIOS, REGRAS E TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO. FONTES. AUTONOMIA. INTERPRETAÇÃO,

INTEGRAÇÃO E EFICÁCIA DAS NORMAS. RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO. DILEMAS E PERSPECTIVAS DO PROCESSO DO TRABALHO BRASILEIRO

Prof. Rodolfo Pamplona Filho Juiz do Trabalho do TRT da 5ª Região; Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP; Mestre em Direito Social pela Universidad de Castilla-La Mancha; Professor Titular do Curso de Direito da UNIFACS - Universidade Salvador e Professor Adjunto da Graduação e Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado) da UFBA – Universidade Federal da Bahia; Professor do Complexo de Ensino Renato Saraiva – CERS; Membro do Instituto Brasileiro de Direito Civil – IBDCivil; Membro e Ex-Presidente da Academia Brasileira de Direito do Trabalho. Presidente da Academia de Letras Jurídicas da Bahia.

1. Introdução 1.1. O Novo CPC (Lei n.º 13.105/15) e o fim (?) do Processo do Trabalho: reflexões críticas a respeito da razão de ser do Direito Processual do Trabalho 1.2. A recente Lei n.º 13.015/14 (reforma do sistema recursal trabalhista) e o Novo CPC: aproximação do modelo de commom law? 1.3. Função Jurídica do Estado

1.3.1. Legislativa: 1.3.1.1. Criação de normas abstratas, genéricas e apriorísticas para modelar as relações jurídicas de direito material.

1.3.2. Jurisdicional: 1.3.2.1. Realização concreta de normas abstratas (cognição) 1.3.2.2. Cumprimento coativo de normas realizadas (execução ou cumprimento de sentença) 1.3.2.3. Segurança para realização concreta ou cumprimento coativo da norma realizada (cautelar)

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

2. Conceito de Direito Processual do Trabalho: 2.1. Conceito: Revestimento teórico do Processo do Trabalho, mediante a constituição dos princípios sustentadores de sua normatização e atuação “Conjunto de princípios, doutrina e normas jurídicas destinadas a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais do Estado na solução dos dissídios, individuais ou coletivos, entre empregadores e empregados” (José Augusto Rodrigues Pinto) 2.2. Distinção entre Processo e Procedimento:

2.2.1. Processo: conjunto de atos, ordenadamente dispostos, tendentes a determinada prestação jurisdicional e ao cumprimento, mesmo contra a vontade, pelo devedor dessa prestação (sentido de método); 2.2.2. Procedimento: atos que materializam a aplicação do método (noção puramente formal de exteriorização do processo – visão dinâmica)

3. Direito Processual do Trabalho: Perspectiva histórica 3.1. Evolução Histórica no mundo ocidental (a partir da Revolução Industrial)

3.1.1. Autodefesa (ausência de processo) 3.1.2. Autocomposição (conciliabilidade)

3.1.2.1. Direta (tentativas de conciliação interna corporis) 3.1.2.2. Com participação do Estado (mediação oficial)

3.1.3. Heterocomposição 3.1.3.1. Conciliação e Arbitragem (particular ou oficial) 3.1.3.2. Conciliação e Julgamento

3.2. Evolução no Brasil 3.2.1. 1822/1891 – Brasil rural, recém saído do regime escravocrata 3.2.2. Primeiras manifestações embrionárias de formas de soluções de conflitos

3.2.2.1. 1907: Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem 3.2.2.2. 1922: Tribunais Rurais paritários, no estado de São Paulo

3.2.3. Heterocomposição perante órgãos administrativos 3.2.3.1. 1932: Comissões Mistas de Conciliação (apreciação dos dissídios coletivos – Waldemar Ferreira: “pouca utilização pela carência de canas por via das quais se movimentassem as moendas”) e Juntas de Conciliação e Julgamento (dissídios individuais) 3.2.3.2. 1934: Conselho Nacional do Trabalho (embrião do TST), com atribuição para decidir conflitos entre empregadores e empregados, quando houvesse falhado a conciliação, nos casos de estabilidade de empregados e em outras questões, decorrentes da legislação previdenciária 3.2.3.3. J.C.J.’s tinham funcionamento precário, sem autonomia, nem em face da Justiça Comum, nem em face do titular do Ministério do Trabalho

3.2.3.3.1. Notio sem poder de executar as sentenças; 3.2.3.3.2. Decisões passíveis de anulação quando da execução, que se processava perante a Justiça comum;

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

3.2.3.3.3. Avocatórias: possibilidade de revogação das decisões pelo Ministro do Trabalho – espécie de recurso com finalidades amplas (“a pedido do interessado, nos casos de flagrante parcialidade dos julgadores ou violação do direito”) e larguíssimo prazo de interposição (seis meses) 3.2.3.3.4. J.C.J.: composta de um presidente, estranho aos interesses das partes e de preferência membro da Ordem dos Advogados do Brasil, e de dois vogais, um dos empregados e um dos empregadores, além de dois suplentes, escolhidos com base em listas remetidas pelas associações e sindicatos ao Departamento Nacional do Trabalho

3.2.4. Heterocomposição com órgãos jurisdicionais (Justiça do Trabalho): 3.2.4.1. Previsões nas Constituições de 1934 (art. 122) e 1937 (art. 139) como órgão não judicial; 3.2.4.2. Decreto-Lei nº 1.237/39, incorporação pela CLT (DL nº 5.452, de 1º de maio de 1943) – Criação da “Justiça do Trabalho”, com as seguintes características:

3.2.4.2.1. Não estava incluída no Poder Judiciário, mas sim nos órgãos da ordem econômica e social, apesar de reconhecida sua função jurisdicional (de dizer o direito) 3.2.4.2.2. Estrutura hierarquizada em três níveis de órgãos: JCJ ou Juízes de Direito; TRT’s e Conselho Nacional do Trabalho (posteriormente denominado de TST) 3.2.4.2.3. Instituição da Procuradoria da Justiça do Trabalho, com representação no CNT (TST), subdividida em Procuradorias Regionais, com atribuições para oficiar nos processos e promover medidas diversas; 3.2.4.2.4. Assegurado o poder de executar as próprias decisões, circunstância que revelava o seu caráter jurisdicional

3.2.4.3. Incorporação da Justiça do Trabalho como órgão do Poder Judiciário

3.2.4.3.1. Constituição de 1946 e Decreto-lei nº 9.797, de 09/09/46 3.2.4.3.2. Tendência mantida na Constituição de 67, Emenda de 69 e Constituição Federal democrática de 88 (arts. 111/117) 3.2.4.3.3. Emenda Constitucional nº 24/1999 – Extinção da Representação Classista 3.2.4.3.4. Emenda Constitucional nº 45/2004 – Ampliação da Competência

4. Autonomia: 4.1. Questão ainda polêmica – vide Campos Batalha (relativa autonomia)

4.4.1. Ampla supletividade do processo comum 4.4.2. Inexistência de codificação própria

4.2. Visão monista da Teoria Geral do Processo 4.3. Observância dos Estágios Clássicos para caracterização da autonomia:

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

4.3.1. Formação de princípios e doutrina peculiares 4.3.2. Legislação típica 4.3.3. Aplicação didática regular 4.3.4. Coqueijo Costa: “juiz próprio”

5. A questão da aplicação do Processo Comum ao Processo do Trabalho 5.1. A previsão da subsidiariedade na CLT

a) Cognição: Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. b) Execução: Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. c) A especificidade da ordem preferencial de penhora: Art. 882 - O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil.

5.2. Espécies de lacunas (Maria Helena Diniz) 5.2.1. Normativa: ausência de disciplina acerca de determinado instituto; 5.2.2. Ontológica: a norma, conquanto existente, encontra-se em descompasso com a realidade fática, seja pela evolução das relações sociais, seja pelo progresso técnico; 5.2.3. Axiológica: a norma, embora existente, conduz a uma solução injusta ou insatisfatória.

5.3. As Reformas Processuais (Leis n.º 8.952/94, 10.444/02 e 11.232/05) e seus impactos no Processo do Trabalho

5.3.1. Celeuma doutrinária e jurisprudencial em torno da aplicação das inovações oriundas do Processo Civil 5.3.2. A compreensão do art. 769 da CLT como uma “cláusula de abertura”

5.4. O art. 15 do Novo CPC (Lei n.º 13.105/15) Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. 5.4.1. Aplicação Supletiva x Aplicação Subsidiária

5.4.1.1. Controvérsia doutrinária acerca do significado das expressões 5.4.1.2. Critério do Deputado Efraim Filho (Relator-Parcial do Projeto)

a) aplicação subsidiária visa ao preenchimento de lacuna = omissão absoluta (ex.: impenhorabilidade); b) aplicação supletiva visa à complementação normativa = disciplina existente, mas incompleta (ex.: suspeição e impedimento do Magistrado)

5.4.2. Revogação das regras específicas da CLT (especialmente do art. 769)? a) Divergência doutrinária: ambas as correntes argumentam a partir do art. 2º da LINDB

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

b) O art. 769 como “cláusula de obstrução”? 5.5. A Instrução Normativa n.º 39/16 do TST 5.5.1. Consideranda

considerando o escopo de identificar apenas questões polêmicas e algumas das questões inovatórias relevantes para efeito de aferir a compatibilidade ou não de aplicação subsidiária ou supletiva ao Processo do Trabalho do Código de Processo Civil de 2015, considerando a exigência de transmitir segurança jurídica aos jurisdicionados e órgãos da Justiça do Trabalho, bem assim o escopo de prevenir nulidades processuais em detrimento da desejável celeridade,

5.5.2. Estrutura da IN n.º 39/2016: a) consideranda b) art. 1º: possibilidade de aplicação do novo CPC ao Processo do Trabalho,

manutenção da regra geral da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias e do prazo de 8 dias para a interposição de recursos na Justiça do Trabalho (ressalvados os embargos de declaração)

c) art. 2º: dispositivos não aplicáveis ao Processo do Trabalho, por ausência de omissão ou existência de incompatibilidade

d) art. 3º: dispositivos aplicáveis ao Processo do Trabalho e) art. 4º: vedação à “decisão surpresa” e compreensão do TST sobre o tema

§ 1º Entende-se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes. § 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de admissibilidade de recurso e aos pressupostos processuais, salvo disposição legal expressa em contrário.

f) art. 5º: aplicação da sentença parcial de mérito ao Processo do Trabalho, cabendo RO de imediato

g) art. 6º: incidente de desconsideração da personalidade jurídica h) art. 7º: cabimento da figura da improcedência prima facie de pedido contrário a

enunciado ou jurisprudência vinculante i) art. 8: aplicação do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) j) art. 9º: esclarecimentos a respeito dos embargos de declaração k) art. 10: correção de vícios sanáveis em grau recursal, inclusive complementação

do valor das custas, mas não do depósito recursal l) art. 11: inaplicabilidade da inquirição direta das testemunhas pela parte m) art. 12: devolução ao TST de todos os fundamentos do recurso admitido por

apenas um deles n) art. 13: reconhecimento do cheque e da nota promissória emitidos em

reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza trabalhista como títulos executivos extrajudiciais na esfera trabalhista

o) art. 14: não aplicação ao Processo do Trabalho, exceto em relação aos conflitos coletivos de natureza econômica, da previsão de criação de centros judiciários de solução

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação

p) art. 15: jurisprudência vinculante q) art. 16: exigência de cadastro prévio perante o PJe para acolhimento da alegação

de nulidade por inobservância do requerimento de notificação exclusiva em nome de certo advogado

r) art. 17: aplicação ao Processo do Trabalho dos dispositivos relativos a hipoteca judiciária, protesto de decisão judicial e inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes

s) art. 18: vigência imediata da IN 5.6. Alguns exemplos polêmicos

5.6.1. Fundamentação analítica das decisões (art. 489, § 1º): IN n.º 39/16, art. 3º (aplicação ao Processo do Trabalho)

Art. 489, § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

5.6.2. Vedação à “decisão-surpresa” (art. 10): IN n.º 39/16, art. 4º (aplicação ao Processo do Trabalho)

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

5.6.3. Negócios jurídicos processuais (arts. 190 e 191): IN n.º 39/16, art. 2º (não aplicação ao Processo do Trabalho)

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. § 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. § 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

5.6.4. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (arts. 133/137): IN n.º 39/16, art. 6º (aplicação ao Processo do Trabalho) 5.6.5. Prescrição intercorrente (art. 921, §§ 4º e 5º): IN n.º 39/16, art. 2º (não

aplicação ao Processo do Trabalho) * Vide, porém, o novo art. 11-A da CLT, decorrente da Reforma Trabalhista:

Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. § 1o A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. § 2o A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição.

5.6.6. Jurisprudência vinculante (art. 927, caput): IN n.º 39/16, art. 15 (aplicação ao Processo do Trabalho)

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; II - os enunciados de súmula vinculante; III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.

* IN n.º 39/16 Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais (CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte: I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho, para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente” apenas: a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, § 4º);

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

b) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; c) decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT, art. 896, § 6º); e) decisão do plenário, do órgão especial ou de seção especializada competente para uniformizar a jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver vinculado ou do Tribunal Superior do Trabalho. II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI do CPC, considerar-se-ão unicamente os precedentes referidos no item anterior, súmulas do Supremo Tribunal Federal, orientação jurisprudencial e súmula do Tribunal Superior do Trabalho, súmula de Tribunal Regional do Trabalho não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do TST, que contenham explícita referência aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi). III - não ofende o art. 489, § 1º, inciso IV do CPC a decisão que deixar de apreciar questões cujo exame haja ficado prejudicado em razão da análise anterior de questão subordinante. IV - o art. 489, § 1º, IV, do CPC não obriga o juiz ou o Tribunal a enfrentar os fundamentos jurídicos invocados pela parte, quando já tenham sido examinados na formação dos precedentes obrigatórios ou nos fundamentos determinantes de enunciado de súmula. V - decisão que aplica a tese jurídica firmada em precedente, nos termos do item I, não precisa enfrentar os fundamentos já analisados na decisão paradigma, sendo suficiente, para fins de atendimento das exigências constantes no art. 489, § 1º, do CPC, a correlação fática e jurídica entre o caso concreto e aquele apreciado no incidente de solução concentrada. VI - é ônus da parte, para os fins do disposto no art. 489, § 1º, V e VI, do CPC, identificar os fundamentos determinantes ou demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento, sempre que invocar precedente ou enunciado de súmula.

5.7. Conclusões provisórias: Dilemas do Processo do Trabalho nos anos vindouros 6. Relações do Direito Processual do Trabalho com outros ramos do Direito: 6.1. Teoria Geral do Processo (Monismo e Dualismo) 6.2. Direito Material do Trabalho 6.3. Direito Constitucional (direito síntese) 6.4. Outros ramos (Direito Administrativo, Direito Penal etc)

7. Fontes do Direito Processual do Trabalho (Carlos Henrique Bezerra Leite) 7.1. Conceito 7.2. Pluralidade de Critérios

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

7.2.1. Fontes Primárias/Imediatas (lei) X Fontes Secundárias/Mediatas 7.2.2. Fontes Materiais (fato social) X Fontes Formais (normas jurídicas)

a) Fontes Formais Diretas (lei e demais preceitos normativos) b) Fontes Formais Indiretas (doutrina e jurisprudência) c) Fontes Formais de Explicitação (fontes integrativas dos Direito Processual, tais como analogia, princípios gerais e equidade)

8. Princípios do Direito Processual do Trabalho 8.1. Noções Gerais

8.1.1. Distinções entre Princípio e Regra: a) Conflito entre regras b) Conflito entre princípios Novo CPC, art. 489, § 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.

8.1.2. Função dos princípios (Américo Plá Rodriguez): a) Informadora: dotar o legislador de subsídios para constituir o ordenamento jurídico; b) Normativa: prestar à integração do direito nas lacunas de seu ordenamento; c) Interpretativa: ensejar critérios de orientação sobre o significado e o alcance preciso da norma jurídica

8.1.3. Distinção entre Princípios, Peculiaridades e Técnicas no Direito Processual:

8.1.3.1. Princípio X Peculiaridades: relação de gênero para espécie; 8.1.3.2. As chamadas “peculiaridades” nada mais são do que os conhecidos “princípios próprios” ou “princípios especiais” de cada ramo do Direito 8.1.3.3. Técnicas: ligadas à noção de procedimento, sendo, portanto, “meios adequados para obter certo resultado” 8.1.3.4. As técnicas não têm o sentido de verdade absoluta de que dispõe o princípio, que não tolera variantes 8.1.3.5. Técnicas de procedimento admitem alternativas. Ex: Inquisitoriedade X dispositividade.

8.1.4. A valorização dos princípios no Novo CPC a) Expressa referência aos princípios constitucionais

Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.

b) Duração razoável do processo e direito fundamental à tutela satisfativa

Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

c) Isonomia Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

d) Dignidade humana, proporcionalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e eficiência

Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.

e) Segurança jurídica Art. 927, § 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.

f) Boa-fé Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Art. 322, § 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. Art. 489, § 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.

f) Princípios da conciliação e da mediação: independência, imparcialidade, autonomia da vontade, confidencialidade, oralidade, informalidade e decisão informada

Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.

8.2. Classificação dos Fundamentos do Direito Processual do Trabalho (Rodrigues Pinto):

8.2.1. Princípios Constitucionais (enumeração meramente exemplificativa): 8.2.1.1. Juízo e Promotor natural (arts. 5º, XXXVII e LIII, e 129, I, da CF/88) 8.2.1.2. Devido Processo Legal (art. 5º, LIV, da CF/88) 8.2.1.3. Isonomia (art. 5º, caput, da CF/88) 8.2.1.4. Inafastabilidade do Poder Judiciário (art. 5º, XXXV, da CF/88)

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

* Obs.: Art. 11 do Ato Institucional nº 5, de 1968: “Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos” 8.2.1.5. Fundamentação das decisões (art. 93, IX, da CF/88) 8.2.1.6. Revisibilidade das decisões (art. 5º, LV, da CF/88) 8.2.1.7. Amplo direito de defesa (art. 5º, LV, da CF/88, entre outros)

8.2.2. Princípios Gerais da Teoria Geral do Processo (enumeração meramente exemplificativa)

8.2.2.1. Imparcialidade do Juiz 8.2.2.2. Simetria de tratamento processual das partes (art. 5º, LV, da CF/88) * O princípio da proteção é aplicável ao Processo do Trabalho? 8.2.2.3. Publicidade dos atos do processo (art. 770, CLT, e 172, CPC) – Exceção: CF, art. 93, IX, CPC, art. 155 / Novo CPC, art. 189

* Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

8.2.2.4. Lealdade processual (CPC, art. 14, II / Novo CPC, arts. 5º, 332, §2º, e 489, §3º) 8.2.2.5. Preclusão (CPC, arts. 245 e 300 / Novo CPC, arts. 278 e 336) 8.2.2.6 Celeridade e economia processual

* Critérios fixados pela Corte Europeia de Direitos Humanos para a determinação da duração razoável do processo: a) complexidade da causa; b) comportamento dos litigantes; c) atuação do órgão jurisdicional; d) contexto de desenvolvimento do processo; e) relevância para as partes do direito envolvido no litígio.

8.2.3. Peculiaridades do Direito Processual do Trabalho (enumeração meramente exemplificativa)

8.2.3.1. Extinta a) Representação paritária

8.2.3.2. Vigentes: a) Conciliabilidade (arts. 846, 847, 850, 860 e 764, § 1º, CLT)

8.2.3.3. Emergentes: a) Inaceitação da inépcia b) Julgamento extra petição

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

c) Coletivização dos dissídios individuais d) Gratuidade

8.2.4. Peculiaridades da Legislação Processual Trabalhista (enumeração meramente exemplificativa)

8.2.4.1. Instauração ex officio da instância (art. 856, CLT e art. 8º, lei 7783/89) 8.2.4.2. Triplo Grau de Jurisdição 8.2.4.3. Instância Única (Lei 5.584/70 e 7.402/85) 8.2.4.4. Poder Normativo dos Tribunais 8.2.4.5. Capacidade postulatória do leigo (art. 791, CLT)

TST, Súmula nº 425 - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

8.2.4.6. Execução de ofício? Alteração do art. 878, caput, da CLT na Reforma Trabalhista

- Antiga redação: Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. - Nova redação: Art. 878. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado.

8.2.5. Técnicas de Procedimento (enumeração meramente exemplificativa) 8.2.5.1. Oralidade (art. 840/848 – obs. Art. 853, CLT) 8.2.5.2. Concentração de atos (art. 849) 8.2.5.3. Instrumentalidade do processo (art. 154, CPC, e 794, CLT) 8.2.5.4. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias (art. 799, § 2º e 893, § 1º, CLT)

* Exceções (Súmula n.º 214): a) decisão de TRT contrária a Súmula ou OJ do TST; b) decisão suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. * Ver, também, art. 5ºda IN n.º 39/16: aplicação da sentença parcial de mérito ao Processo do Trabalho, cabendo RO de imediato

8.2.5.5. Inquisitoriedade (art. 765, CLT) 8.2.5.6. Identidade física do juiz com a causa * Cancelamento da Súmula n.º 136 do TST

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

9. Hermenêutica do Direito Processual do Trabalho 9.1. Interpretação

9.1.1. Finalidade da Interpretação: revelar o sentido da norma e fixar o seu alcance; 9.1.2. “In claris cessat interpretatio”? 9.1.3. Técnicas de Interpretação (não excludentes nem preponderantes entre si)

a) Literal/Gramatical – exame de cada termo utilizado na norma, isolada ou sintaticamente, de acordo com as regras do vernáculo; b) Lógico – utilização de raciocínios lógicos (dedutivos ou indutivos) para análise da norma em toda sua extensão; c) Sistemático – análise da norma a partir do ordenamento jurídico de que é parte, relacionando-a com todas as outras com o mesmo objeto, direta ou indiretamente; d) Histórico – análise da norma partindo da premissa de seus antecedentes históricos, verificando as circunstâncias fáticas e jurídicas que lhe antecederam, bem como o próprio processo legislativo correspondente; e) Finalístico/Teleológico: análise da norma tomando como parâmetro a sua finalidade declarada, adaptando-a às novas exigências sociais

9.1.4. Outras Classificações a) Quanto à origem: doutrinária (doutos); jurisprudencial (judiciário); ou autêntica (legislador); b) Quanto aos resultados: declarativa (apenas informa o exato alcance da norma); extensiva (estende o alcance eficacial, que “disse menos do que deveria”); restritiva (restringe o alcance eficacial, que “disse mais do que deveria”); e ab-rogante (reconhece que o preceito interpretado é inaplicável) 9.1.5. ‘Regra de Ouro” de Interpretação – Art. 5º, LINDB (“Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”)

9.2. Integração Normativa 9.2.1. Na ausência da lei, o aplicador deve se valer de outras fontes do Direito para encontrar a regra que efetivamente deve disciplinar a relação jurídica;

9.2.2. LICC, art. 4º (na ausência do lei, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito) – vide CLT, art. 8º, X Novo CPC, art. 140; LINDB, Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. CLT, Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Novo CPC, Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

9.2.3 – Não confundir analogia (aplicação de norma semelhante, na ausência normativa, pela identidade de razões ou de finalidade) com interpretação extensiva (Ex: CP, art. 235 – bigamia, aplicável para a poligamia)

9.3. Aplicação (atividade de subsunção x ponderação) 9.4. Eficácia

5.4.1. Princípio da Irretroatividade das Normas Processuais (art. 5º, XXXVI) 5.4.2. Novo CPC, arts. 43 e 1.046, caput; CLT, art. 912; TST, Ato n.º

491/SEGJUD.GP/2014 (regulamenta a aplicação da Lei n.º 13.015/14) Novo CPC, Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. CLT, Art. 912 - Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação. TST, Ato n.º 491/SEGJUD.GP/2014, Art. 1º A Lei 13.015, de 21 de julho de 2014, aplica-se aos recursos interpostos das decisões publicadas a partir da data de sua vigência. Parágrafo único. As normas procedimentais da Lei 13.015/2014 e as que não afetarem o direito processual adquirido de qualquer das partes aplicam-se aos recursos interpostos anteriormente à data de sua vigência, em especial as que regem o sistema de julgamento de recursos de revista repetitivos, o efeito interruptivo dos embargos de declaração e a afetação do recurso de embargos ao Tribunal Pleno do TST, dada a relevância da matéria (art. 7º).

5.4.3. Instr. Norm. 27, TST, X STF, CC 7204 e Súmula Vinculante n.º 22 TST, IN 27, Art. 1º As ações ajuizadas na Justiça do Trabalho tramitarão pelo rito ordinário ou sumaríssimo, conforme previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, excepcionando-se, apenas, as que, por disciplina legal expressa, estejam sujeitas a rito especial, tais como o Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Habeas Data, Ação Rescisória, Ação Cautelar e Ação de Consignação em Pagamento.

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

A PÓS QUE ACOMPANHA VOCÊ | www.posestacio.cers.com.br

Art. 2º A sistemática recursal a ser observada é a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, inclusive no tocante à nomenclatura, à alçada, aos prazos e às competências. Parágrafo único. O depósito recursal a que se refere o art. 899 da CLT é sempre exigível como requisito extrínseco do recurso, quando houver condenação em pecúnia. Súmula Vinculante n.º 22 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL (Uma visão geral do Direito Processual do Trabalho. Princípios, regras e técnicas de

procedimento. Fontes. Autonomia. Interpretação, integração e eficácia das normas. Relações com outros ramos do Direito. Dilemas e perspectivas do Processo do Trabalho brasileiro)

- BATALHA, Wilson de Souza Campos. Tratado de Direito Judiciário do Trabalho. São

Paulo: LTr. - BEBBER, Júlio César. Príncipios do Processo do Trabalho. São Paulo: LTr. - CASTELO, Jorge Pinheiro. O Direito Processual Trabalhista da Moderna Teoria Geral

do Processo. São Paulo: LTR - COQUEIJO COSTA. Direito Processual do Trabalho. Ed. : Forense - FERRARI, Irany, NASCIMENTO, Amauri Mascaro, e MARTINS FILHO, Ives Gandra.

História do Trabalho, do Direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho. São Paulo: LTr. - GIGLIO, Wagner. Direito Processual do Trabalho. Ed. : LTR. - LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 4ª ed. São

Paulo: LTr. - MALTA, Christovão Piragibe Tostes. Prática Processual Trabalhista. Ed.: LTR. - MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho. Ed. Atlas. - NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo:

Saraiva. - PAMPLONA FILHO, Rodolfo; SOUZA, Tércio. Curso de Direito Processual do Trabalho.

São Paulo: Marcial Pons. - PINTO, José Augusto Rodrigues. Processo Trabalhista de Conhecimento. São Paulo:

LTr.