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UM FILME DE PIERRE-YVES BORGEAUD UMA VIAGEM MUSICAL COM GILBERTO GIL EM AGOSTO ESTREIA SIMULTÂNEA NOS CINEMAS E EM VIDEO-ON-DEMAND

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UM FILME DE PIERRE-YVES BORGEAUDUMA VIAGEM MUSICAL COM GILBERTO GIL

EM AGOSTO ESTREIA SIMULTÂNEA NOS CINEMAS E EM VIDEO-ON-DEMAND

SINOPSEDepois de décadas de concertos esgota-dos e reconhecimento internacional, o músico Gilberto Gil embarca num novo género de tournée mundial pelo hemis-fério sul. Do Brasil à Austrália, passando pela África do Sul, Gilberto Gil continua o trabalho que iniciou no Ministério da

Cultura, quando se tornou no primeiro negro ministro no Brasil – promovendo o poder da diversidade cultural num mun-do globalizado e partilhando a sua visão do nosso futuro comum: um planeta diverso e interligado carregado de espe-rança, partilha… e, claro, música!

DECLARAÇÃO DO DIRECTORQuero que VIRAMUNDO seja o retrato de um Gilberto Gil arreigado no presente e, ao mes-mo tempo, questionando a universalidade de algumas das suas visões e pontos de vista. Como importante cantor e compositor, assim como antigo ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil tem vindo a promover a ambição de um mundo mais equilibrado, onde “bran-cos” e “negros” possam ter as mesmas possibi-lidades e onde as novas tecnologias e formas de comunicação possam moldar territórios abertos a toda a gente – especialmente para aqueles que vivem nas periferias do “mundo moderno”. Será possível à sociedade funcio-nar sem o fardo da discriminação racial? Será possível imaginar um novo mundo, uma nova sociedade baseada na participação, que promova a inclusão na diversidade em vez da sua exclusão? Há um país que de forma ele-gante dá uma resposta a estas questões: o Bra-sil. Desde há vários anos que o Brasil procura que todos no país possam ter acesso às novas tecnologias, consideradas como ferramentas essenciais para a liberdade e a emancipação. Associando este compromisso político com o seu passado de luta anticolonial e a sua cele-

bração da diversidade cultural. E se, na era do Skype, Google e Facebook com os seus 400 milhões de utilizadores, essa contribuição para a cultura global for hoje mais relevante que nunca? Por outras palavras, será que “a solução brasileira” poderá funcionar noutros lugares do mundo? Como nos países “do Sul”, onde são mais quentes e dramáticas as ques-tões de discriminação? Gilberto Gil, lenda viva que simboliza o compromisso artístico e encarna o multiculturalismo brasileiro, é a pessoa mais bem colocada para encarar o desafio de responder a estas questões. VIRA-MUNDO segue Gilberto Gil nas suas viagens a várias regiões onde “a solução multicultural brasileira” não parece estar a funcionar: pri-meiro à África do Sul pós-apartheid, a seguir até às martirizadas terras dos aborígenes australianos e, finalmente, no seu Brasil, até à floresta tropical da Amazónia.

Hoje, Gilberto Gil é um sexagenário entusias-ta e sereno. Há alguns anos, deixou o governo brasileiro para regressar à música e criar can-ções que expressam os seus valores humanis-tas e a sua visão de um mundo mais livre e

igualitário. VIRAMUNDO força Gilberto Gil a deixar a sua zona de conforto e viajar para sítios onde os assuntos raciais permanecem omnipresentes, problemáticos e dolorosos. O filme está focado na sua reacção e aborda-gem a estas divisões e preconceitos. Que pode ele dizer sobre a sociedade pós-apartheid ou levar aos aborígenes que lutam pela sobrevi-vência e a protecção da sua identidade? Onde descobre ele o espaço comum entre sul-afri-canos, australianos e índios da Amazónia? Claro que a música tem um papel central em VIRAMUNDO. A música serve de ligação entre continentes, culturas e gerações. Mesmo tendo-se envolvido na política, levado pela força das suas convicções e por uma indis-cutível capacidade de comunicação, Gil sabe que a música e a poesia são as formas mais eficientes para chegar ao coração das coi-sas. A música é uma maneira muito forte de expressar a identidade ao mesmo tempo que é uma linguagem universal, capaz de trans-mitir para lá das palavras a possibilidade de viver em conjunto e a beleza da diversidade cultural. E Gilberto Gil é, certamente, um dos músicos mais qualificados no mundo para

estabelecer estas ligações profundas entre géneros musicais aparentemente distantes, tendo já combinado na sua prolífica carreira a música popular brasileira com o rock, o reggae, os ritmos africanos. VIRAMUNDO é um diálogo musical mas não procura apagar as diferenças, nem mesmo as incompatibi-lidades. Parte daquilo que quero mostrar é a dificuldade em encontrar formas multicul-turais que mantenham a identidade de cada grupo sem a diluir. VIRAMUNDO é uma ten-tativa de sintetizar uma realidade complexa, tal como fazem algumas das melhores can-ções de Gilberto Gil. Através da música, Gil parece capaz de transcender as fronteiras entre arte, cultura e política – um músico ac-tivista assim como um político artista. Desde a terra de Gil na Baía, viajamos até à África do Sul e Austrália, antes de voltarmos ao Brasil para dar um concerto na floresta amazónica. Desde este local remoto ou de qualquer outro lugar, este é o som de um resistente activo expressando a sua opinião e esperança para o mundo inteiro e contra a imposição de uma cultura maioritária.

Pierre-Yves Borgeaud

PESSOAS E LUGARES

YirrkalaShellie MorrisÉ uma cantora indígena australiana com dois discos editados que trabalha com comunidades indígenas e jovens por toda a Austrália, ajudando os mais novos a escrever música a partir das suas expe-riências.

Township of Mamelodi, PretóriaVusi Mahlasela É um dos maiores ícones da luta anti--apartheid na África do Sul. Aquele que é conhecido como A Voz transmite uma forte mensagem de esperança através das suas canções e letras emgajadas.

SydneyPeter Garrett Vocalista da banda rock australiana Midnight Oil, co-fundador do Partido do Desarmamento Nuclear, já exerceu vários cargos políticos e em 2010 foi nomeado ministro para Educação Esco-lar, Infância e Juventude, depois de já ter sido ministro do Ambiente.

Salvador de BaíaGustavo Di DalvaÉ percussionista oficial de Gilberto Gil desde 1994 e é um dos poucos músicos que sabe o seu repertório completo.

JohannesburgPaul HanmerPaul Hanmer gravou seis discos a solo como pianista, o mais recente, “Accused No. 1: Nelson Mandela”, foi gravado para o filme homónimo da BBC e ganhou o prémio para o melhor disco sul-africano de jazz instrumental de 2006.

ENTREVISTA A GILBERTO GILComo surgiu o projecto e quando é que se tornou claro que VIRAMUNDO não seria apenas uma viagem física e musical mas também um filme?

O projecto partiu de uma proposta de Emmanuel Gétaz [produtor] e da sua equipa. Desde o princípio que a proposta era fazer um filme. A ideia era fazer um filme que tivesse a ver com a música bra-sileira, a minha carreira, as relações entre aquilo que tenho feito nas artes e na polí-tica como ministro da Cultura e o desen-volvimento do Brasil como país multicul-tural e multirracial numa perspectiva global. Além disso, desde o princípio ficou claro que não seria um perfil tradicional

mas uma viagem pelo hemisfério sul em busca de ligações entre África, Brasil e Austrália.

Como foram escolhidos os destinos? Já tinha interesse nestas comunidades e nos problemas culturais que enfrentam?

Os destinos foram escolhidos por causa de elementos de ligação naturais numa perspectiva histórica. África, América do Sul e Austrália sofreram coloniza-ções. Quais são hoje as marcas dos tem-pos coloniais nestes países? As pessoas foram exploradas, saqueadas, invadidas e enfrentaram muitos aspectos nega-tivos devido à colonização europeia. Claro que também há aspectos positivos,

mas, historicamente, penso que pode-mos reconhecer os impactos negativos da presença europeia nesses países. Os europeus estavam lá para explorar essas terras, por causa do ouro, da prata, das plantações da cana-de-açúcar, os recur-sos naturais, etc. O futuro possível para o Brasil está, em certa forma, ligado ao fu-turo possível para as tribos africanas que sofreram o apartheid na África do Sul e para o povo aborígene da Austrália. E, é claro, o mesmo aconteceu aqui no Brasil. Os sofrimentos dos escravos africanos e dos povos nativos nunca foram real-mente corrigidos. Ainda temos uma mui-to grande comunidade negra excluída dos resultados do processo civilizacional e do desenvolvimento económico. Ainda temos, em certo sentido, uma espécie de apartheid comum à população negra bra-sileira, aos negros da África do Sul e aos aborígenes da Austrália.

Qual foi o principal desafio ou o mo-mento mais difícil durante a realização deste filme?

Penso que os desafios tiveram a ver com a logística. É complicado fazer um filme em diferentes lugares. Não só para mim, mas para todos os envolvidos. Pelo contrário, conhecer pessoas, falar com elas, partilhar aspectos comuns da nossa cultura e his-tória, esses foram sempre momentos agradáveis e interessantes. Mesmo o en-contro com o crocodilo!

A sua experiência com VIRAMUNDO mu-dou-o ou mudou a sua perspectiva sobre o activismo político?

Em vez de mudar as minhas perspecti-vas e as perspectivas de todos os partici-pantes, confirmou-as. Foi bom confirmar as nossas suspeitas. Devemos manter a nossa determinação em lutar por um mundo melhor e um melhor acordo so-

cial a nível global. Claro que ter oportu-nidade de estar próximo de pessoas que partilham a nossa visão em contextos diferentes e poder falar com elas serviu para reforçar a minha esperança e expec-tativa. Na verdade, sim, aconteceu uma pequena mudança… Porque se tens inte-resse em fazer coisas, depois deste filme, redobra-se a tua vontade de lutar, usar a inteligência e a energia espiritual e física para melhorar o planeta.

O seu optimismo em relação ao poder da tecnologia e ao seu impacto na cultura e na comunicação permanece intacto?

Não diria que permanece intacto, porque nada se mantém intacto no que diz res-peito à esperança e expectativa que temos em relação ao futuro. As coisas estão sempre a mudar rapidamente. E, ao mes-mo tempo, temos de lidar com as sobras do passado. Mas continuo optimista, sim. Estamos a entrar num período mais difícil em matéria de novas tecnologias, ciberespaço e internet. Surgem conflitos por causa dos choques de interesses. Os poderes políticos e económicos tradicio-nais tentam usar essas tecnologias em seu proveito. E temos hoje um grande papel para cumprir. Temos de lutar para que

esta tecnologia se mantenha como ferra-menta de liberdade, uma ferramenta que abre novas expectativas para as popula-ções de África, América do Sul e em todo o lado. Mesmo mantendo uma grande espe-rança e expectativas muito positivas, sei que vamos passar por tempos difíceis. As populações, os especialistas, os activistas, todos têm de estar conscientes disso.

Acha que as políticas que se empenhou em implementar, enquanto ministro da Cultura do Brasil, podem ter êxito nou-tros contextos?

Seguramente, o Brasil é um país com grandes disparidades raciais, económi-cas e sociais. Neste aspecto, o Brasil é se-melhante a muitos lugares de África, da Ásia, da Austrália e mesmo da América do Norte, de todo o lado. Portanto, qualquer agenda implementada com sucesso no Brasil deve ser proposta em lugares pare-cidos. Por exemplo, o programa “pontos de cultura”, que começámos no Brasil quan-do era ministro, é, em certo sentido, um sucesso. Já temos reproduções do progra-ma em África, na Europa, no Japão e nos Estados Unidos. A necessidade de atenção e apoio para áreas subdesenvolvidas e sec-tores maltratados da sociedade existe em

todo o lado. Há uma forte necessidade de trazer equilíbrio à sociedade. Isso é global hoje. Qualquer coisa que tenha sucesso no Brasil deve ser aplicada noutros lugares. Deve ser multiplicada.

O que gosta e não gosta na política?

O bom na política é que cria uma lingua-gem comum. Todos os países e sociedades podem utilizá-la para estabelecer diálogo, tentar resolver conflitos e avançar. A lin-guagem política é uma linguagem uni-versal, junto com a diplomacia. São im-portantes ferramentas de comunicação entre nações. No entanto, o problema da política é que é dominada por aqueles que estão no poder, por pessoas que lutam por manter esse poder e dificultar o acesso do resto da sociedade a formas de libertação, de crescimento, etc.

O que pensa das suas actividades artís-tica e política em termos de impacto?

Penso que não existe oposição entre os dois papéis. Todos temos de ser artistas, trabalhadores, pensadores e, ao mesmo tempo, cidadãos, ter interesse na socie-dade. Mas entre a arte e a política não sei qual é mais eficiente. É relativo. Penso, antes de mais, que ter um cargo político,

ter o poder para fazer coisas, para fazer e mudar leis é um instrumento mais forte para promover a mudança que as artes. As artes falam indirectamente com as pes- -soas. A política tem sempre um impacto positivo ou negativo na vida das pessoas. As artes surgem como uma possibilidade secundária de aumentar a consciência e promover boa vontade e atitudes positi-vas. As artes têm um poder espiritual, en-quanto a política tem um poder material.

É capaz de descrever como é ser capaz de comunicar a partilhar através da música?

É o sonho de uma vida! Para mim, a mú-sica foi sempre uma linguagem interna e preciosa. É uma forma especial de comu-nicação. Claro que a música é espiritual. Sempre me senti muito confortável a usar a música como um instrumento, uma fer- -ramenta para partilhar e mudar coisas. Tenho até dificuldade em conseguir expri-mir o mundo revelador e maravilhoso da música. As palavras não são suficientes. Não podemos definir a beleza da música, está nela própria! [E começa a assobiar…]

GILBERTO GILInfância na BaíaNascido em Salvador da Baía em 1942, Gilberto Gil fez parte de uma banda quando estava no liceu, Os Desafinados. No final dos anos 1950, inspirado pelo conhecido João Gilberto, adoptou o violão como o seu instrumento de eleição e começou a tocar bossa nova.

O caminho do sucessoO seu primeiro êxito chegou em 1969 com a canção “Aquele Abraço”, mostra de um estilo revolucionário que desenvolvera misturando bossa nova, samba, ritmos tra-dicionais e música anglo-saxónica. Tornou-se famoso como um dos criadores do Tropi-calismo, um movimento de arte brasileiro surgido no final dos anos 1960.Em Fevereiro de 1969, o governo militar brasileiro mandou prender Gilberto Gil e o seu amigo Caetano Veloso por causa da sua suposta má influência sobre a juventude brasileira. Os dois passaram vários meses na prisão antes de serem libertados com a condição de deixarem o país. Ambos emi-graram para Londres, onde Gil teve opor-tunidade de tocar com grupos como Yes, Pink Floyd e a Incredible String Band. Em

1972, regressou à Baía e foi lançando uma série constante de álbuns que alcançaram sucesso internacional.

Reconhecimento internacionalArtisticamente activo há mais de 40 anos, Gilberto Gil tem uma discografia de mais de 50 álbuns, fez tournées à volta do mundo e actuou em frente de milhões de especta-dores. O seu trabalho foi recompensado muitas vezes, tendo recebido, entre outros prémios, quatro Grammy.

Carreira políticaA carreira política de Gilberto Gil começou em 1987, quando se envolveu na vida polí-tica de Salvador (tornou-se secretário da Cultura e depois vereador). Quando o presi-dente Lula da Silva assumiu a chefia do Es-tado no Brasil, em Janeiro de 2003, escolheu Gil como ministro da Cultura, o primeiro ne-gro brasileiro a assumir a pasta de ministro. Em Novembro de 2007, anunciou a intenção de se demitir do cargo devido a um proble-ma nas cordas vocais. Lula rejeitou as duas primeiras tentativas de demissão de Gil mas acabou por aceitar um novo pedido em Julho de 2008. Desde então, Gilberto Gil retomou a sua carreira artística.

PIERRE-YVES BORGEAUDPierre-Yves Borgeaud (nascido a 25 de Agosto de 1963, em Monthey) obteve um mestrado em Artes pela Universidade de Lausana em 1990, baseando a sua tese na influência do jazz na literatura francesa. Paralelamente aos seus estudos, produ-ziu filmes em Super-8 antes de escrever, produzir e realizar em 1989 “Encore une histoire d’amour”, uma curta-metragem em 16 mm seleccionada para o Festival de Cinema de Locarno. Em 1986, começou a trabalhar como jornalista independente, escrevendo sobre música, televisão e ci-nema para diferentes jornais, revistas e rádios. Também toca bateria numa ban-da de power jazz chamada Urgent Feel, tendo produzido três dos seus discos.

Em 1996, decidiu devotar todo o seu tem-po e energia ao vídeo. Foi para os EUA, onde conseguiu um diploma do departa-mento de Filme, Vídeo e Programação da Universidade de Nova Iorque. A partir de 1997, filmou consideravelmente, espe-cialmente para o selo ECM na Alemanha, realizando documentários e vídeos mu-sicais com Jan Garbarek, Anouar Brahem, Tomasz Stanko e outros. Participou igualmente num workshop de instalação em vídeo na Film/Video Arts, em Nova Iorque. Em 1998, começou uma nova forma de interacção ao vivo entre vídeo e música, participando em concertos ao vivo com o teclista Pierre Audétat, o gui-tarrista Christy Doran, o trompetista Nils

Petter Molvaer e o compositor Don Ling, entre outros.

Intérprete, produtor, realizador, opera-dor de câmara e montador, Borgeaud decidiu fundar a Momentum Production como estrutura criativa para as suas várias explorações em vídeo. Em 2000, recebeu o prémio de Jovem Realizador em vídeo da Fundação Vaudoise para a Promoção e a Criação Artística.

Em 2003, a sua primeira longa-metra-gem, iXiéme: diary of a prisoner, ganhou o Leopardo de Ouro na Competição de Vídeo no Festival de Cinema de Locarno. Em 2004, a curta-metragem Interface foi nomeada para a melhor curta-metra-gem suíça. Em 2008, o seu documentário musical com o cantor senegalês Youssou N’Dour, Return to Gorée, ganhou, entre outros, o prémio para melhor docu-mentário no Pan African Film Festival em Los Angeles e o prémio de Melhor

Documentário no Festival Vision Réel (Nyon, 2007).

Suíça, França | 2013 | 85 min Distribuído por Alambique

Mais informações em http://alambique.pt/filme/viramundo

Na sua estreia em Portugal, Viramundo será apresentado em simultâneo nas salas de cinema e nas principais plataformas de Video-on-Demand (VoD).

Contando o apoio da TIDE EXPERIMENT (http://thetideexperiment.wordpress.com/), esta experiência inédita e inovadora pretende testar novos modelos de distribuição, potencialmente melhor adaptados às actuais necessidades dos espectadores num contexto em profunda transformação, mas preservando e privilegiando sempre a experiência única da sala de cinema.