uma nova proposta de ensino, com o auxÍlio de um material … · quanto a nossa escolha pelo tema...

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THIAGO LUIZ ALVES UMA NOVA PROPOSTA DE ENSINO, COM O AUXÍLIO DE UM MATERIAL PARA-DIDÁTICO Londrina 2005

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THIAGO LUIZ ALVES

UMA NOVA PROPOSTA DE ENSINO, COM O AUXÍLIO DE UM MATERIAL PARA-DIDÁTICO

Londrina 2005

THIAGO LUIZ ALVES

UMA NOVA PROPOSTA DE ENSINO, COM O AUXÍLIO DE UM MATERIAL PARA-DIDÁTICO

Monografia apresentada ao Curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina – UEL, como requisito parcial à obtenção ao título de bacharel. Orientação: PROFª.DRª. Eloiza Cristina Torres

Londrina 2005

THIAGO LUIZ ALVES

UMA NOVA PROPOSTA DE ENSINO, COM O AUXÌLIO DE UM MATERIAL PARA-DIDÁTICO

Comissão Examinadora

PROFª.DRª. Eloiza Cristina Torres

___________________________________ Prof. Dr.

___________________________________ Prof. Dr.

Londrina, ___ de ______________de 2005.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, a minha orientadora Prof. Dra. Eloiza Torres. Aos meus Pais Maria Angélica Q. S. P. Braga e Joaquim Luiz Alves,, pois sem eles eu não estaria efetivando esta conquista. E a uma pessoa muito importante na minha vida, que é minha filha Anna Beatriz Rodrigues Alves.

AGRADECIMENTOS

Para expressar todo o meu carinho e respeito, com relação a todas as pessoas que

me ajudaram no desenvolvimento deste trabalho, seria difícil. Uma boa pesquisa

depende de vários fatores distintos, pois vivemos em um meio social, dependemos

da ajuda de várias pessoas. Demonstro toda minha admiração, carinho e respeito

por todos àqueles que aqui foram citados e também às pessoas que não foram

mencionadas.

O Maior responsável por este trabalho estar sendo concluído, é o meu Pai Celeste, Deus. Agradeço a Ele todos os dias, por Sua fidelidade em minha vida, por

viabilizar e indicar todo o caminho, pelos quais tracei minhas pesquisas.

O apoio recebido dos meus pais, Maria Angélica Q. S. P. Braga, Joaquim Luiz Alves, meus irmãos Julia Laura Fernandes Abrantes e José Guilherme Fernandes Alves e todos meus familiares. Em especial, a uma pessoa que admiro

a força de viver, e me faz tomá-la como exemplo, minha tia Ariani Queiroz de Sá.

Estas pessoas têm um peso grande em minhas decisões cotidianas e também é o

meu apoio em momentos de baixas emocionais.

No ano de 2001, fui agraciado com a melhor dádiva que Deus pode presentear a um

ser humano... Em 23 de Julho, à 01:00h, nascia minha filha, Anna Beatriz Rodrigues Alves. Este pequeno presente de Deus, sem saber, revitalizou-me as

forças, para que eu lutasse e superasse todos os momentos difíceis pelos quais

passei nos primeiros anos do meu curso.

A minha orientadora, Profª. Drª. Eloiza Cristina Torres, folgo em agradecimentos,

pois sempre esteve pronta e paciente, em socorrer-me nos momentos de dúvidas e

incertezas, que permeiam o caminho dos que galgam o percurso para a finalização

de uma monografia. A ela, todo meu respeito e estima.

As funcionarias do Restaurante Universitário, que desempenharam um papel

fundamental no meu desenvolvimento físico e gastronômico.

Para meus companheiros de sala, que de forma única sempre estiveram ao meu

lado. Principalmente, Marcos Henrique, Andersom Beline, Eduardo Esperandio,

Jamile Bernardes, Maycon de Palma, Adriano Araújo, Carlos, Lauro Cezar, Fabio Maciel e Wladimir “Japa”.

Os agradecimentos sinceros a todos que participaram de forma direta ou indireta do

meu projeto de pesquisa, entre estas pessoas posso citar: Márcia, Marli, Martha e os professores Iranides, Patrícia, Claudinei, Marinalva, Verna.

Quanto a todos os meus alunos, que foram observados e estudados durante este

longo período de três anos e cinco meses, em especial a Oitava série do Pontual Centro de ensino, meu muito obrigado e parabéns pela forma responsável que

todos vocês desempenharam seus papéis nos momento de observações.

Os meus amigos: Carlos, Eduardo, Adriane Evangelista, Flavia e principalmente a e minha namorada Vanessa Barreto, que me deram o apoio necessário nas horas

em que mais precisei.

Aos colégios St James´ International school e ao Pontual Centro de Ensino, pelo

devido apoio às pesquisas realizadas, para a formulação deste trabalho.

O papel da Universidade Estadual de Londrina e de todo corpo docente, na

concretização deste trabalho foi imprescindível. Por este motivo, agradeço toda a

atenção que me foi dispensada, por todos dos devidos departamentos.

De uma forma geral, todos que estão presentes em minha vida podem sentir-se

responsável, pelo sucesso de minhas pesquisas e defesa do meu Trabalho de

Conclusão de Curso.

A todos, dedico sinceramente minha gratidão.

ALVES, Thiago Luiz. Uma nova proposta de ensino, com o auxilio de um material para didático. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia) – Universidade Estadual de Londrina.

Resumo

O presente trabalho, tem como finalidade a busca por uma melhor interpretação da matéria em sala de aula. Nos dias atuais, é notável a falta de interesse por parte do aluno em relação à matéria. Muitos de nós educadores, buscamos fontes alternativas para uma melhor memorização de todo o conteúdo que o aluno aprende durante seu processo de ensino. Uma das saídas que utilizei foi à busca pelo profissional ideal junto aos alunos, com a utilização de questionário e o uso de palavras-chaves, durante a aplicação do conteúdo. Em uma finalização foi elaborado um glossário com as dúvidas mais comuns dos alunos. O maior objetivo deste projeto é que ele possa se tornar um apoio para os docentes da área de ensino dessa disciplina. Palavras-Chaves: Glossário, Ensino, Geografia, Aprendizagem.

ALVES, Thiago Luiz. Uma nova proposta de ensino, com o auxilio de um material para didático. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia) – Universidade Estadual de Londrina.

Abstract

This current study has the objective of finding a better understanding of a specific subject in the class room. Nowadays it is common the lack of interest by the students for the subject. We teachers, search for alternative methods to help students remember certain contents along their learning process. One method I utilized was the search for an ideal professional together with the students, with the use of a questionnaire and key-words, during the application of the content at hand. To finalize, a glossary with these students’ most common doubts was elaborated. The biggest task present in this project is to make it available as a tool to help the docents who work with this subject. Words-Keys: Glossary, Education, Geography, Learning.

APRESENTAÇÃO

Quanto a nossa escolha pelo tema “Uma nova proposta de ensino,

com o auxilio de um material para didático”, ocorreu enquanto cursávamos o

primeiro ano da licenciatura em geografia. Este fato ocorreu, pois muitos nos

aconselharam a escolher um tema logo no início do curso, conseqüentemente

desenvolvendo-o no decorrer dos anos letivos.

Esta necessidade ocorreu-nos, pelo fato de trabalhar na área de

ensino desde o primeiro semestre do primeiro ano da universidade. Com a possível

falta de tempo já pensada no futuro que se aproximava, começamos a pesquisar os

próprios alunos. Foi muito bom, pois além de estar desenvolvendo uma pesquisa,

nos sentíamos crescendo profissionalmente.

Observando, todas as dúvidas que os alunos tinham no decorrer das

matérias ministradas em sala, constatam que o que podemos chamar de “Palavras-

Chaves”, são muito importantes no processo de retenção da matéria.

Assim, anotando as palavras mais constantes nas dúvidas dos

alunos. Adquirimos, subsídios para montar um pequeno glossário. Os anos

passaram-se e a pluralidade das dúvidas crescia. Este fato só enriquecia nosso

trabalho de pesquisa, tomando grandes proporções. A partir do ano letivo de 2004,

começamos a aplicar este tipo de instrumento de ensino juntamente com o conteúdo

curricular. O aluno no início de cada aula, descreveria sob forma de discussão o

significado das palavras-chaves correspondentes às matérias ministradas. Este

procedimento trouxe-nos mais confiança e melhores resultados, quanto ao

aprendizado do conteúdo da matéria trabalhado em sala de aula.

Aproveitando nossa experiência, na área de ensino e nossa

disponibilidade de tempo, resolvemos escrever esta monografia de conclusão do

curso de bacharelado em Geografia, sobre o seguinte tema: “UMA NOVA

PROPOSTA DE ENSINO, COM O AUXILIO DE UM MATERIAL PARA-DIDÁTICO”.

Tendo como objetivo estudar uma estratégia para o melhor aproveitamento da

matéria ministrada, não apenas para o seu uso nas avaliações, mas também para

aplicabilidade da mesma no cotidiano do próprio aluno e da sociedade que o cerca.

Reafirmar a geografia como uma matéria não decorativa, é também um fator

preponderante no meio acadêmico. Buscamos também, incentivar o uso deste

material como apoio aos profissionais da área de ensino, não só na matéria de

geografia, mas procurando sempre formas mais inovadoras e a utilização dos para-

didáticos na ministração dos conteúdos expostos no ambiente educacional, durante

o processo de ensino e aprendizagem.

LISTA DE IMAGEM

IMAGEM 1 – Alunos reunidos para discussão sobre a formação de uma parte do

glossário ------------------------------------------------------------------------------------------------ 72

IMAGEM 2 – Alunos da 8ª série discutindo a parte do glossário relacionado com o

tema “globalização” ---------------------------------------------------------------------------------- 88

IMAGEM 3 – Alunos da 8ª série redigindo o texto oficial das palavras chaves que

fazem parte do presente glossário --------------------------------------------------------------- 88

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Representação do percentual de qual o tipo de aula que mais agrada

o aluno da 5ª série WA da St James´ International School-2005 ------------------------ 22

GRÁFICO 2 – Representação do percentual de qual o tipo de aula que mais agrada

o aluno da 5ª série London da St James´ International School-2005 ------------------- 23

GRÁFICO 3 – Representação do percentual de qual o tipo de aula que mais agrada

o aluno da 6ª série da St James´ International School-2005 ----------------------------- 24

GRÁFICO 4 – Representação do percentual de qual o tipo de aula que mais agrada

o aluno da 7ª série da St James´ International School-2005 ----------------------------- 26

GRÁFICO 5 – Representação do percentual de qual o tipo de aula que mais agrada

o aluno da 8ª série da St James´ International School-2005 ----------------------------- 27

GRÁFICO 6 – Representação do percentual de Como buscar a atenção do aluno

para uma aula na 5ª série WA da St James´ International School-2005 -------------- 30

GRÁFICO 7 – Representação do percentual de Como buscar a atenção do aluno

para uma aula na 5ª série London da St James´ International School-2005 --------- 31

GRÁFICO 8 – Representação do percentual de Como buscar a atenção do aluno

para uma aula na 6ª série da St James´ International School-2005 -------------------- 32

GRÁFICO 9 – Representação do percentual de Como buscar a atenção do aluno

para uma aula na 7ª série da St James´ International School-2005 -------------------- 34

GRÁFICO 10 – Representação do percentual de Como buscar a atenção do aluno

para uma aula na 8ª série da St James´ International School-2005 -------------------- 35

GRÁFICO 11 – Representação do percentual do que viabilizam a aprendizagem dos

alunos com relação às matérias ministradas da 5ª série WA da St James´

International School-2005 -------------------------------------------------------------------------- 38

GRÁFICO 12 – Representação do percentual do que viabilizam a aprendizagem dos

alunos com relação às matérias ministradas da 5ª série London da St James´

International School-2005 -------------------------------------------------------------------------- 39

GRÁFICO 13 – Representação do percentual do que viabilizam a aprendizagem dos

alunos com relação às matérias ministradas da 6ª série da St James´ International

School-2005 ------------------------------------------------------------------------------------------- 41

GRÁFICO 14 – Representação do percentual do que viabilizam a aprendizagem dos

alunos com relação às matérias ministradas da 7ª série da St James´ International

School-2005 ------------------------------------------------------------------------------------------- 42

GRÁFICO 15 – Representação do percentual do que viabilizam a aprendizagem dos

alunos com relação às matérias ministradas da 8ª série da St James´ International

School-2005 ------------------------------------------------------------------------------------------- 44

GRÁFICO 16 – Representação do percentual de qual a metodologia pode ser

aplicada pelo professor, na busca de uma melhor retenção da matéria ministradas

aos alunos da 5ª série WA da St James´ International School-2005 ------------------- 47

GRÁFICO 17 – Representação do percentual de qual a metodologia pode ser

aplicada pelo professor, na busca de uma melhor retenção da matéria ministradas

aos alunos da 5ª série London da St James´ International School-2005 -------------- 48

GRÁFICO 18 – Representação do percentual de qual a metodologia pode ser

aplicada pelo professor, na busca de uma melhor retenção da matéria ministradas

aos alunos da 6ª série da St James´ International School-2005 ------------------------- 50

GRÁFICO 19 – Representação do percentual de qual a metodologia pode ser

aplicada pelo professor, na busca de uma melhor retenção da matéria ministradas

aos alunos da 7ª série da St James´ International School-2005 ------------------------- 51

GRÁFICO 20 – Representação do percentual de qual a metodologia pode ser

aplicada pelo professor, na busca de uma melhor retenção da matéria ministradas

aos alunos da 8ª série da St James´ International School-2005 ------------------------- 53

GRÁFICO 21 – Representação do percentual dos meios de aprendizagens mais

utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 5ª série

WA da St James´ International School-2005 -------------------------------------------------- 55

GRÁFICO 22 – Representação do percentual dos meios de aprendizagens mais

utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 5ª série

London da St James´ International School-2005 -------------------------------------------- 56

GRÁFICO 23 – Representação do percentual dos meios de aprendizagens mais

utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 6ª série da

St James´ International School-2005 ----------------------------------------------------------- 58

GRÁFICO 24 – Representação do percentual dos meios de aprendizagens mais

utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 7ª série da

St James´ International School-2005 ----------------------------------------------------------- 59

GRÁFICO 25 – Representação do percentual dos meios de aprendizagens mais

utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 8ª série da

St James´ International School-2005 ----------------------------------------------------------- 61

GRÁFICO 26 – Representação do percentual da satisfação do uso das palavras

chaves, no auxilio da memorização das matérias ministradas em sala, aos alunos da

5ª série WA da St James´ International School-2005 -------------------------------------- 64

GRÁFICO 27 – Representação do percentual da satisfação do uso das palavras

chaves, no auxilio da memorização das matérias ministradas em sala, aos alunos da

5ª série London da St James´ International School-2005 --------------------------------- 65

GRÁFICO 28 – Representação do percentual da satisfação do uso das palavras

chaves, no auxilio da memorização das matérias ministradas em sala, aos alunos da

6ª série da St James´ International School-2005 -------------------------------------------- 66

GRÁFICO 29 – Representação do percentual da satisfação do uso das palavras

chaves, no auxilio da memorização das matérias ministradas em sala, aos alunos da

7ª série da St James´ International School-2005 -------------------------------------------- 68

GRÁFICO 30 – Representação do percentual da satisfação do uso das palavras

chaves, no auxilio da memorização das matérias ministradas em sala, aos alunos da

8ª série da St James´ International School-2005 -------------------------------------------- 69

GRÁFICO 31 – Representação do percentual no uso do glossário como para-

didático no auxilio na elucidação das matérias ministradas para os alunos da 5ª série

WA da St James´ International School-2005 ------------------------------------------------- 72

GRÁFICO 32 – Representação do percentual no uso do glossário como para-

didático no auxilio na elucidação das matérias ministradas para os alunos da 5ª série

London da St James´ International School-2005 ------------------------------------------- 76

GRÁFICO 33 – Representação do percentual no uso do glossário como para-

didático no auxilio na elucidação das matérias ministradas para os alunos da 6ª série

da St James´ International School-2005 ------------------------------------------------------ 78

GRÁFICO 34 – Representação do percentual no uso do glossário como para-

didático no auxilio na elucidação das matérias ministradas para os alunos da 7ª série

da St James´ International School-2005 ------------------------------------------------------ 82

GRÁFICO 35 – Representação do percentual no uso do glossário como para-

didático no auxilio na elucidação das matérias ministradas para os alunos da 8ª série

da St James´ International School-2005 ------------------------------------------------------- 86

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................18 1 A BUSCA POR UM MELHOR ENSINO..................................................................... 21 1.1 O tipo de aula que mais agrada o aluno.................................................................. 21

1.2 Como buscar a atenção do aluno para uma aula?.................................................. 29

1.3 O que pode viabilizar a aprendizagem dos alunos com relação às matérias

ministradas?.................................................................................................................. 37

1.4 Que metodologia pode ser aplicada pelo professor, na busca de uma melhor

retenção da matéria aplicada? ...................................................................................... 46

1.5 Os meios de aprendizagens mais utilizados pelos alunos para desenvolverem

seus estudos e suas pesquisas..................................................................................... 54

2 A INSTRUMENTAÇÃO DO ENSINO FEITA PELO USO DAS PALAVRAS CHAVES, PODE SER EFICAZ PARA AUXÍLIAR NA MEMORIZAÇÃO DAS MATÉRIAS.................................................................................................................... 63 3 O USO DO GLOSSÁRIO COMO PARA DIDÁTICO PODE AUXÍLIAR NA ELUCIDAÇÃO DA MATÉRIA MINISTRADA................................................................ 71 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 92 REFERÊNCIAS............................................................................................................. 95 ANEXO .......................................................................................................................... 97

18

INTRODUÇÃO

Com o dinamismo do mundo moderno, a profissão de

educador, que compreende o ensino de matérias curriculares, pode ser colocada

como uma das responsáveis diretas pelas mudanças da população. Este fato se

atribui pelo “peso” da figura do professor como um formador de opinião, na vida de

um aluno-cidadão. Com este mundo “globalizado”, as informações chegam com

uma velocidade jamais imaginada pelos seres humanos que começaram suas

expansões marítimas há pouco mais de 500 anos pelo mundo, até então pouco

conhecido.

Os diversos ramos do ensino atual podem ser facilmente

enquadrados nesta perspectiva. O ensino fundamental pode ser considera uma

etapa extremamente importante para o desenvolvimento integral do ser humano,

pois os estímulos que uma criança recebe desde o início de sua vida, definem seu

sucesso escolar e seu crescimento como pessoa. A gestão democrática da escola,

os materiais didático-pedagógicos e a formação do professor, são fatores

determinantes para a qualidade social da educação, que poderá formar indivíduos

críticos e criativos, preparados para o pleno exercício da cidadania e para se

inserirem no mercado de trabalho.

É com esse objetivo que desenvolvemos este trabalho, intitulado

de “Uma nova proposta de ensino, com o auxílio de um material para-didático”,

voltado para a melhoria no processo de ensino aprendizagem.

19

O primeiro capítulo faz uma abordagem direta dos alunos que

foram submetidos ao questionário. Mostrando, os resultados obtidos por meio de

gráficos, que foram divididos em cinco subtemas.

Estes subtemas, buscam apresentar em um formato mais gradual

que o aluno descreva qual o tipo de aula que mais lhe agrada, o que mais prende

sua atenção em uma aula, quais os fatores que facilitam seu aprendizado, qual a

melhor forma para um professor conquistar sua atenção durante as aulas, e até

mesmo, os meios que ele utiliza para desenvolver este aprendizado fora do

ambiente escolar. Mantendo uma observação bem crítica, quanto a estes fatores

explorados junto aos alunos, poderemos saber, qual o tipo de necessidade que os

mesmos possuem no processo de ensino e aprendizagem.

No segundo capítulo, buscamos mostrar a importância das

palavras chave, na retenção das matérias ministradas em sala. Buscaremos

explicar que o desinteresse do aluno, pelo conteúdo, muitas vezes pode estar

relacionado com a dificuldade de aprendizado da matéria em si, e não com a

indisciplina.

O terceiro capítulo evidencia por meio da pesquisa realizada com

os alunos, o quanto um glossário com assuntos relacionados, ao que foi trabalhado

em sala, podem ser importantes. Este instrumento de ensino aprendizagem, teve

por base, as dúvidas que surgiram dos próprios alunos, certamente, com outros

complementos viáveis ao melhoramento do material, que terá alguns exemplos

disponíveis neste trabalho.

Contudo, este trabalho não pode ser tomado como uma “fórmula”

pronta para ser usado no ensino da geografia atual. Deve ser encarado como uma

inspiração, para que vários trabalhos como este, possam ser colocados em prática,

20

considerando as características de cada sala, melhorando o processo de ensino-

aprendizagem.

21

1 A BUSCA POR UM MELHOR ENSINO 1.1 O tipo de aula que mais agrada o aluno

A questão mais discutida atualmente entre os profissionais da

educação, esta fundada em: “Qual o melhor tipo de aula que eu posso

viabilizar para meus alunos?”.

Muitas vezes, não achamos a solução para esta pergunta. Por

meio do questionário que elaboramos, buscamos de uma maneira simples e direta,

indagar os alunos sobre os seus hábitos e maneiras de realizar seus estudos.

Lembramos que as questões não estão em ordem pedagógica, pois, poderia

induzir o aluno a um determinado resultado, não sendo este, o principal objetivo do

nosso trabalho, mas sim, a busca pelo total aprendizado.

Mais do que nunca, o professor atual segundo Oliveira (2002),

precisa estar informado sobre as mudanças da vida moderna, principalmente no

tocante ao ensino de geografia, e também a visão e concepção de mundo do

próprio aluno.

Este processo de interação entre o professor e os alunos,

também é defendido por Rocha (1993), quando ele discute a construção do

conhecimento, destacando o papel do professor, não apenas como um mero

transmissor de conhecimento, mas também como um parceiro dos próprios alunos

na construção do saber coletivo.

Mostrando assim, que os alunos não são apenas uma espécie

de receptáculos passivos do conhecimento. Com o dinamismo atual, os

professores que não se adaptarem ao novo alunado e novas tendências da escola

22

atual, poderão ser apenas mais um profissional da área de ensino sem grandes

expressões e com muitos problemas de interação com aos alunos.

Dentre as perguntas desta parte do questionamento, foram

ressaltados quatro tipos de aulas. E uma quinta alternativa, na qual os alunos

puderam descrever nas linhas complementares, outros tipos de aula que mais os

agradam.

ST JAMES - 5 ª WA

D - 47%

C - 33%

B - 0%

A -20%

E - 0%

A - Explosiva B -No quadro C - SeminárioD - Participativa E - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série WA, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 1 – O tipo de aula que mais agrada o aluno da 5ª série WA da St James´ International School-2005

Quando observamos os resultados obtidos na 5ª série WA,

notamos um predomínio das aulas ministradas no formato participativo (49%), isso

é o aluno interagindo com o docente e a própria sala, mostrando suas opiniões e

buscando relacioná-las ao conteúdo ministrado.

Ao passo que, 32% dos alunos da mesma sala de aula,

optaram pela aula sob a forma de seminários, mostrando ainda o seu interesse

pela participação dele no trabalho e com o conteúdo.

23

E com apenas 19% da preferência dos alunos, estão as tão

conhecidas aulas expositivas e ninguém indica estão as tradicionais aulas, com o

uso do quadro negro. Mostrando que nesta classe, poucos alunos ainda preferem

os estilos de aulas que já estão em vigência por várias décadas.

Por meios das respostas da 5ª WA, notamos que a mesma

possui maturidade, no que diz respeito à avaliação dos a novos métodos de

ensino, pois há uma busca por aprendizagem de conteúdo no formato distinto do

tradicional. Essa sala, questiona todas as matérias ministradas, o que indica que

esta sala se adequa a esta nova realidade da educação. Os exemplos do cotidiano

são os pontos fortes da discussão do conteúdo em sala. Com poucos alunos

“tímidos”, o docente tem certa dificuldade ao conduzir da aula, mesmo que os

alunos estejam apenas querendo participar das aulas.

ST JAMES 5ª LONDON0%0%0%

100%

0%

A - Explosiva B - No quadro C - SeminárioD - Participativa E - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série London, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 2 – O tipo de aula que mais agrada o aluno da 5ª série London da St James´ International School-2005

24

Observando o gráfico das respostas dos alunos da 5ª Série

London, notamos algo incomum de ocorrer. 100% indicaram a aula participativa,

tendo como uma explicação para tal unanimidade no resultado; esta sala possui

um número reduzido de alunos, que facilita este tipo de aprendizado. Os alunos

desta sala têm a possibilidade de participação, em quase todo o processo de

ensino. Mas, sempre é bom ressaltar que este tipo de sala de aula se adequa à

realidade da maioria das salas de aula.

Outro destaque a ser ressaltado desta sala, seria o excelente

nível de aceitação dos novos métodos de condução da aprendizagem, mais que

isso, a adaptação a novos métodos e o silêncio durante as aulas ministradas e no

período de desenvolvimento dos exercícios.

ST JAMES 6ª SÉRIE

C - 19%

D - 66%

A - 9%B - 0%E -6%

A - Explosiva B - No quadro C - SeminárioD - Participativa E - Outros

Fonte: Alunos da 6ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 3 – O tipo de aula que mais agrada o aluno da 6ª série da St James´ International School-2005

Para a 6ª série, notamos um grande predomínio de

preferência ainda da aula participativas. Esta sala, possui alunos dos mais variados

25

estilos. A heterogeneidade da sala nos dá ampla visão de sempre estar buscando

o novo, pois os alunos demonstraram que não se acomodam a um único tipo de

aula.

Em uma segunda observação, notamos outra preferência dos

alunos pela aula no formato de seminário. Este fato, pode ser explicado pelo uso

bem sucedido desta prática em sala no corrente ano letivo.

A aula expositiva, encontra-se em terceiro plano na preferência

dos alunos, o que indica certa preferência, mesmo que em menor número pelo

tradicional método de ensino.

A alternativa outros, possibilitou ao aluno descrever qual o tipo

de aula que mais lhe satisfaz. Alguns resultados chamaram minha atenção:

- “Quando você aprende com o professor fazendo aulas em

forma de brincadeiras”.

- “Aprender com o professor brincando”.

Estas observações feitas pelos alunos, nos mostram certa

insatisfação por parte deles com relação o tradicionalismo e as metodologias

clássicas.

Os questionamentos nesta sala são constantes, se o professor

não estabelecer um processo de mudança juntamente com os alunos, ele poderá

perder a credibilidade junto aos alunos. Além do fato de que, segundo Pontuschka

(1994), temos que possuir muita sensibilidade, imaginação e respeito pelo aluno, e

principalmente, um carinho pelas causas da educação. Sem estes fatores não nos

seria possível exercer nossa profissão de educador.

26

ST JAMES - 7ª SÉRIE

C - 30%

B - 6%E - 0% A - 6%

D - 58%

A - Explosiva B - No quadro C - Seminário

D - Participativa E - Outros

Fonte: Alunos da 7ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 4 – O tipo de aula que mais agrada o aluno da 7ª série da St James´ International School-2005

A sala que corresponde à 7ª série, neste quesito de

preferência por estilo de aula, novamente destaca-se aquela de participação e

troca de conhecimentos com o aluno. Pontuschka (1994), afirma que, mesmo o

professor não tenha o devido apoio estrutural e financeiro, deve tentar construir os

conceitos de geografia junto com os alunos e creditar na sua própria criatividade,

sensibilidade e na do aluno também.

O seminário nesta sala também teve um bom destaque, pois

como na 6ª série, a sala da 7ª série utiliza como forma de aprendizagem, a

metodologia da exposição do conteúdo pelo e para os companheiros de sala. No

caso de assuntos “polêmicos”, este mesmo seminário é aberto para outras classes

que estejam trabalhando com o assunto.

Foram indicados com 6% das preferência, os outros dois

métodos tradicionais de ministração de aulas. O método expositivo, com sua

27

maneira maçante de transmissão do conteúdo, mas, no entanto são práticas. A

outra famosa metodologia seria o “quadro negro”, e possibilita ao aluno um tempo

maior de cópia da matéria, embora seja também um momento, que os alunos

aproveitam de forma inadequada para ter as famosas “conversas paralelas”, que

tanto atrapalham as aulas. Estes pequenos percentuais obtidos nestas formas de

conduzir a aula, nos demonstra uma preferência pelos novos métodos de ensino

para uma melhor compreensão das matérias ministradas em sala de aula.

ST JAMES - 8ª SÉRIE

D - 60%

C - 6%

B - 6%A - 9%

E - 19%

A - Explosiva B - No quadro C - SeminárioD - Participativa E - Outros

Fonte: Alunos da 8ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 5 – O tipo de aula que mais agrada o aluno da 8ª série da St James´ International School-2005

Com maturidade nas críticas, a 8ª série é sempre visada como

o “carro chefe”, na busca pela melhoria do ensino no ambiente da instituição.

Novamente, o destaque está expresso na alternativa que revela como metodologia

a aula participativa. 60% dos alunos indicam a preferência por aulas participativas,

estes também fizeram muito pedidos para que os demais professores, tivessem

28

atitude de busca conjunta com os alunos do chamado por eles como

“conhecimento conjunto”.

A resposta que corresponde como outros, ter a segunda maior

indicação dessa sala. Umas observações que podemos destacar seriam;

- “Copiar tópicos curtos, onde possua explicações divertidas

por parte dos professores”.

- “Aulas variadas, com tópicos explicando as palavras mais

difíceis”.

- “Eu gosto quando o professor passa o conteúdo por tópicos”

- “Aulas diferenciadas das tradicionais”.

O restante das questões assinaladas nesta mesma resposta,

nos mostra o tipo mais pedido, que seria as aulas sob a forma de tópicos, pois,

segundo os próprios alunos, facilitam mais o processo de aprendizagem a

compreensão das matérias.

Já as aulas expositivas (9%) e no quadro (6%), foram indicadas

uma pequena parcela da sala. Mostrando que estes também, estão abertos em sua

maioria para novos métodos de ensino.

Com uma pequena indicação na porcentagem desta sala,

estão as aulas no formato de seminário. Mostrando assim, o que constamos em

sala de aula no período de pesquisa, uma resistência muito grande dos alunos na

exposição de seus conhecimentos para a sala, apesar de ser uma sala bem

espontânea nos momentos de discussão do conteúdo.

29

1.2 Como atrair a atenção do aluno em uma aula?

Nossa busca em saber sobre a melhor forma para atrair a

atenção dos alunos, vem se desenvolvendo desde nossos primeiros dias como

docente. Vários métodos foram aplicados. Esta busca por modo diferenciado de

ensinar geografia está baseada em Lacoste (1988), quando ele afirma que nós

devemos ter a consciência de que o saber-pensar, pode ser uma ferramenta para

cada cidadão.

Com isso, o cidadão não busca apenas entender os conflitos

do mundo, mas voltará sua percepção para o espaço local em que ele se encontra.

Pois atualmente, os meios de comunicação nos permitem discutir assuntos que se

sucedem em outros continentes, deixando em segundo plano, as discussões

locais. Este dinamismo no ensino globalizado, tem que existir de maneira

balanceada.

Esta etapa do processo de ensino em que vivemos, nos

possibilita a plena aplicação da geografia crítica que segundo os Parâmetros

Curriculares Nacionais (1999), desde a década de 1980 foi declarado o fim do

saber neutro, da paisagem como espetáculo e do ensino conteudístico. Dando

assim, início a esta época mais dinâmica do ensino.

Procurando saber dos próprios alunos, a melhor solução para

atrair a atenção dos alunos em uma aula, foi indicado os quatro métodos mais

utilizados, e deixamos uma quinta resposta com linha complementar subentendida

como outros. É neste item que o aluno coloca suas opiniões, sobre qual é a forma

mais apropriada para atrair sua atenção em uma aula.

30

ST JAMES 5ª SÉRIE WAA - 19%

E - 0%

D - 25%

C -31%

B - 25%

A - Uma boa aula B - Novidades sobre a matériaC - Atualidades D - Uso de material alternativoE - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série WA, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 6 – Como buscar a atenção do aluno para uma aula na 5ª série WA da St James´ International School-2005

Em uma sala dinâmica como é o caso da 5ª WA, o que mais

chama a atenção dos alunos, realmente são os subsídios que a própria mídia nos

proporciona, as atualidades (31%). Os questionamentos e a busca pela

comparação da matéria ministrada com o cotidiano são fatos marcantes nesta sala.

Com um empate em 25% das escolhas feitas pelos alunos,

estão as novidades sobre a matéria que mostram a busca dos alunos por um

complemento extra ao livro adotado pelo colégio. O uso de materiais alternativos

no decorrer das aulas. Novamente afirmando que praticamente metade da sala,

possui o hábito de procurar por mais do conteúdo.

Uma boa aula, é imprescindível para a compreensão da

matéria ministrada, porém, os auxílios dos para-didáticos, novidades sobre a

matéria e atualidades, formam um conjunto poderoso para o entendimento do

conteúdo, principalmente quando nos referimos a esta sala em especial. Apenas

31

19% dos alunos indicaram nesta perspectiva, mostrando sua maturidade de decidir

por uma boa aula, mesmo que com pouca idade.

ST JAMES - 5ª SÉRIE LONDOND - 7% E - 0%

A - 33%C - 20%

B - 40%

A - Uma boa aula B - Novidades sobre a matériaC - Atualidades D - Uso de material alternativo E - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série London, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 7 – Como buscar a atenção do aluno para uma aula na 5ª série London da St James´ International School-2005

O panorama de observação deste gráfico da 5ª série London, é

um pouco mais diferenciado que o da 5ª série WA. Na visão desta sala que,

teoricamente, tem uma dificuldade maior na aprendizagem e possui um número

mais reduzido de alunos, despontando como melhor chamariz para prender a

atenção do aluno em uma aula, estão as boas novidades sobre o conteúdo

abordado (40%).

Os 33% dos alunos que indicaram uma boa aula como um

método para chamar sua atenção durante as matérias ministradas, nos mostra

uma concepção da relação entre aluno e professor que pratica a linha tradicional

32

do ensino. Fato este, que não foge muito dos padrões de aula tradicionais

aplicadas na maioria das instituições do nosso país.

As atualidades foram indicadas por 20% dos alunos desta sala.

A perspectiva de um ensino aprendizagem na forma de pesquisa e ampliação do

conhecimento, não é o método mais apropriado para esta sala, devido a suas

dificuldades na base educacional anteriores a esta etapa do ensino que eles se

encontram.

Com os 7% restantes, vem o uso do material alternativo. Como

já citamos no parágrafo anterior, a sala não possui visão para a ampliação dos

seus conhecimentos, além do livro didático adotado pelo colégio. Lembrando

sempre que, existem as exceções dentro da própria sala, mas que muitas vezes

são “sufocadas” pelo desinteresse de uma parcela dos alunos.

ST JAMES - 6ª SÉRIE

C - 16%

B - 26%

D - 40%

A - 16%E - 2%

A - Uma boa aula B - Novidades sobre a matériaC - Atualidades D - Uso de material alternativoE - Outros

Fonte: Alunos da 6ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 8 – Como buscar a atenção do aluno para uma aula na 6ª série da St James´ International School-2005

33

Desde o ano de 2004, a 6ª série utiliza em muitas de suas

aulas instrumentos de ensino diferenciados e inovadores, como o jogo da “Batalha

Naval” para aprenderem coordenadas geográficas ou jogando WAR, com a

finalidade de melhorar no aprendizado das estratégias mundiais e localização de

regiões no planisfério, além de desenvolver a mente do aluno, enquanto pensa na

melhor estratégia a ser tomada para a conquista do território que não lhe pertence.

Este tipo de jogo, facilita as aulas nas quais continuamente estudamos as maiores

economias, regiões industriais, distribuição da população pelo mundo, entre outros.

Devido o uso constante de materiais alternativos, 40% da sala, optou por esta

alternativa como sendo a sua preferência.

A dinâmica por novidades sobre a matéria, é uma constante

nas aulas desta sala. Sempre que o professor vai iniciar uma matéria nova, os

alunos procuram por vontade própria, levar recortes de jornais ou mesmo outros

livros para a sala, possibilitando assim, uma discussão mais ampla sobre o As

escolhas dos alunos ilustram bem esta realidade.

Com 16%, as atualidades e uma boa aula são destaques não

muito expressivos nesta sala. Observando o raciocínio dos alunos, uma boa aula

não pode ser nos moldes do tradicionalismo. Decorrido uma semana do novo

tópico ministrados, e o professor não exige uma pesquisa, a sala, de uma forma

geral, cobra do professor essa atividade. Ficando claro, o interesse dos alunos

pela ampliação dos seus conhecimentos.

Foi indicado por 2% dos alunos a alternativa correspondente a

outros. Diz uma frase muito interessante de um dos alunos;

- “O professor que sabe explicar, gente fina”.

34

Esta frase indica que mesmo sendo uma ótima sala para se

trabalhar com pesquisa, o professor tem que se fazer presente em todos os

momentos. Não só no auxílio à pesquisa, mas como um bom condutor do processo

de conhecimento.

ST JAMES - 7ª SÉRIE

D - 30%

E - 0%A - 16%

B - 30%

C - 24%

A - Uma boa aula B - Novidades sobre a matériaC - Atualidades D - Uso de material alternativo E - Outros

Fonte: Alunos da 7ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 9 – Como buscar a atenção do aluno para uma aula na 7ª série da St James´ International School-2005

Mostrando certo equilíbrio, este gráfico da 7ª série, nos

possibilita analisar que as formas pelas quais os professores podem prender a

atenção dos alunos, são bem variadas. Caso o professor, utilize muito a linha

tradicional, o aluno terá uma grande probabilidade da recusa da didática adotada

pelo mesmo.

O equilíbrio de 30%, na escolha dos alunos, denota bem esta

realidade descrita no parágrafo acima. A opinião da maioria dos alunos como as

novidades sobre a matéria e o uso de material alternativo, expressão um trabalho

que vem sendo desenvolvido desde 2004, com relação à pesquisa e apresentação

35

dos resultados para a sala. Outra metodologia indicada seria a busca por

curiosidades sobre o assunto, também partindo dos alunos e utilizando novamente

a exposição para a sala de aula. Ficou claramente comprovado o que estas

dinâmicas melhoram o desempenho por parte dos alunos nas avaliações

bimestrais que são exigidas pela instituição em questão.

As aulas que têm por base as atualidades e o cotidiano dos

alunos, foram a segunda indicação da sala com 24%. Estes dados indicam que, a

atenção dos alunos pela matéria ministrada e a relação com os fatos que estão

ocorrendo no mundo, são muito grandes.

Com a mesma consciência da série estudada anteriormente,

18% dos alunos indicaram uma boa aula como artifício mais eficaz, a ser utilizados

pelo professor para direcionar a atenção dos aluno para a matéria, que está sendo

ministrada. Segundo os próprios alunos, aulas boas, são aquelas diferenciadas,

que buscam despertar o seu interesse pelo conteúdo da matéria.

ST JAMES - 8 SÉRIE

D - 38%

A - 18%E - 2%

B - 18%

C - 24%

A - Uma boa aula B - Novidades sobre a matériaC - Atualidades D - Uso de material alternativo E - Outros

Fonte: Alunos da 8ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.)

36

Gráfico 10 – Como buscar a atenção do aluno para uma aula na 8ª série da St James´ International School-2005

Já na 8ª série, assim como nas duas séries anteriores, o

maior responsável por ater a atenção dos alunos, é o uso de um material

alternativo (38%). Mesmo de forma mais serena, na busca pelo conhecimento, a

sala também passou desde 2004 por experiências de ensino voltado a pesquisa e

discussão em sala dos resultados obtidos.

24% dos alunos da sala escolheram as questões relacionadas

com atualidades, isso pelo fato de que as matérias que foram ministradas para os

alunos, têm sua base em dados estáticos mais atuais. O conteúdo de globalização,

por exemplo, nos permite uma maior abrangência nas questões relacionadas com

atualidades.

E com um empate em 18% das indicações da sala, estão uma

boa aula e novidades sobre a matéria. Com o volume de matéria aplicada à sala da

8ª série, os alunos buscam meios alternativos de aprendizagem da matéria. Com

os professores não poderia ser diferente, buscamos juntos, desde o início do ano,

uma solução na qual poderíamos “chamar” novamente a atenção dos alunos para

as matérias ministradas. E surpreendentemente, os métodos mais utilizados foram

os usos de materiais alternativos (para-didáticos) e a busca de exemplos no

cotidiano para a explicação das matérias. O resultado obtido foi muito acima do

esperado, evidenciando a melhora de aprendizado do aluno.

37

1.3 - O que pode viabilizar a aprendizagem dos alunos com relação às matérias ministradas?

Nesta parte da pesquisa, buscamos descobrir também junto

aos alunos, algo que facilitaria o aprendizado das matérias ministradas, tarefa esta,

árdua e complicada, pois o aluno, não segue um padrão único de pensamentos e

atitudes.

No caso da geografia, fica um pouco mais fácil buscar novos

métodos, mesmo porque, esta matéria é muito dinâmica. Quando Gomes e

Archela (1999) relatam que, a geografia é apaixonante, ainda mais quando

utilizada como fonte de descoberta, ampliando o papel do aluno, de ouvinte para

“parceiro”.

Para que este mecanismo de aprendizado ocorra, cabe ao

professor contribuir, buscando e desenvolvendo a criatividade de seus alunos, a

partir de novas atividades e outros métodos de avaliação da matéria ministrada.

Apresentamos para os alunos seis alternativas distintas, com

os prováveis assuntos que facilitam o aprendizado das matérias ministradas.

Deixamos também, uma sétima alternativa com a resposta Outros, para que os

alunos completassem, indicando outras formas que facilitam seu próprio o

aprendizado e conhecimento.

38

23% 24%

14%

7%

16% 16%

0%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

ST JAMES 5ª SÉRIE WA

A- Uma boa aula B - Um bom professor C - Bons exemplosD - Boa estrutura da instituição E - Boa biblioteca F -Acesso a internetG - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série WA, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 11 – O que viabiliza a aprendizagem dos alunos com relação às matérias ministradas da 5ª série WA da St James´ International School-2005

Quando perguntamos para os alunos da 5ª série Wa, sobre

o que viabiliza a aprendizagem das matérias, duas alternativas destacaram-se e,

logo após, houve certo equilibro entre as demais. Com um maior destaque, 24%

dos alunos indicaram que um bom professor influencia um maior aprendizado da

matéria ministrada.

Bem próximo deste valor, com 23% das indicações feitas pelos

alunos, está uma boa aula. O nível das aulas ministradas no colégio, pode ser

considerado muito elevado, mesmo quando comparado com outras instituições

particulares, devido esta fato ao seu alto nível estrutural na parte pedagógica, dos

docentes que ali trabalham e também pelo material com um elevado teor

conteudístico.

Empatados com 16% das escolhas dos alunos, uma boa

biblioteca e acesso a internet, nos mostram um indício da necessidade de pesquisa

39

por parte dos alunos. Este fato merece ser destacado pois o volume de pesquisas

que são efetuadas na instituição é grande. Já é constatado que, para um bom

rendimento nas aulas nos dias atuais, os alunos têm que buscar outras fontes de

conhecimento.

Novamente, está presente a figura do professor, feita na

indicação de 14% dos alunos quando esses valorizaram os bons exemplos. Isso

indica a necessidade do professor analisar o que está ocorrendo no presente

momento, trazendo para a sala de aula em conjunto com as matérias ministradas.

No caso da estrutura da instituição, os alunos demonstraram

não estar muito presos a estes detalhes. Não descartando a importância do

mesmo, mas enfatizam a busca por educação de primeira e não de instalações

luxuosas.

30%

37%

6%

15%

0%

12%

0%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

ST JAMES 5ª SÉRIE LONDON

A- Uma boa aula B - Um bom professor C - Bons exemplosD - Boa estrutura da instituição E - Boa biblioteca F -Acesso a internetG - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série London, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 12 – O que viabilizam a aprendizagem dos alunos com relação às matérias ministradas da 5ª série London da St James´ International School-2005

40

Mantendo uma maioria das indicações, a 5ª série London

escolheu um bom professor (37%) e uma boa aula (30%), como sendo um bom

método para o aprendizado em sala de aula. Este apoio grande, na figura do

professor e suas aulas, mostram uma boa relação dos alunos com os docentes.

Também expressa a consciência dos alunos, que se faz necessária à presença do

profissional de ensino no comando do seu crescimento intelectual.

Nesta sala, uma boa estrutura da instituição (15%) é muito

marcante. Em uma sala com poucos alunos, os detalhes se tornam muito visíveis.

Assim, tudo que a instituição oferecer para os mesmos será facilmente notado.

Os 12% dos alunos, que indicaram o acesso à internet,

buscaram mostrar a sua realidade, pois, a falta de ânimo ou até mesmo de

incentivo em idas à bibliotecas, podem explicar a ausência de indicações da

mesma.

A sistematização do ensino nesta sala, associada com a

carência de “liberdade” do método de ensino baseado no livro didático, pode

explicar a indicação de 6% que valorizam os bons exemplos na hora da

transmissão da matéria ministrada.

41

14%

24%

17% 17% 17%

10%

1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

ST JAMES 6ª SÉRIE

A- Uma boa aula B - Um bom professor C - Bons exemplosD - Boa estrutura da instituição E - Boa biblioteca F -Acesso a internetG - Outros

Fonte: Alunos da 6ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 13 – O que viabilizam a aprendizagem dos alunos com relação às matérias ministradas da 6ª série da St James´ International School-2005

Mostrando sua heterogeneidade, a 6ª série tem opiniões bem

distintas, mantendo sempre um equilíbrio entre elas. O primeiro destaque, fica

novamente para um bom professor (24%). A consciência por parte dos alunos,

sobre o papel fundamental do professor em sala de aula é muito clara.

Com um empate técnico de 17%, estão uma boa estrutura da

instituição e uma boa biblioteca. Em uma análise mais detalhada, estas duas

escolhas podem ser consideradas bem próxima uma da outra. Pois, para se obter

uma boa biblioteca, necessita de uma boa estrutura. Não apenas física, mas que

dê suporte para que o aluno busque também fora da sala de aula, um local onde

possa ampliar seus conhecimentos.

Ainda dentro dos 17%, destacamos também os bons exemplos,

dados pelos professores em sala. Esta sala, mostra uma característica incomum

42

para sua faixa etária. Com o conhecimento das matérias ministradas, eles buscam

trazer recortes de notícias sobre o assunto que está sendo abordado. A

participação nas aulas desta sala, também é muito satisfatória. Ao indicarem o tipo

de aula que os alunos mais gostam, a participativa obteve 66% da preferência, um

grande número, em comparação com o quadro atual da educação em nosso país,

que na maioria dos casos temos o abandono total da educação.

21%

32%

15%

8% 7%

17%

0%0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

ST JAMES 7ª SÉRIE

A- Uma boa aula B - Um bom professor C - Bons exemplosD - Boa estrutura da instituição E - Boa biblioteca F -Acesso a internetG - Outros

Fonte: Alunos da 7ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 14 – O que viabilizam a aprendizagem dos alunos com relação às matérias ministradas da 7ª série da St James´ International School-2005

Com uma uniformidade maior que as demais séries

observadas até o momento, a 7ª série, escolhe o elemento mais importante na

aprendizagem um bom professor (32%). A maior proximidade dos alunos com o

docente, pode ser uma das principais causas da escolha pela alternativa B. A

figura do professor é importante até mesmo nos momentos de avaliação do

desempenho dos alunos.

43

21% dos alunos indicam que uma boa aula. Para os alunos, em

uma boa aula estão contidas muitas novidades e instrumentos que “atentem” a sua

atenção dos alunos. Como a sala é muito dinâmica, se torna muito fácil à prática de

aulas conhecidas como “diferenciadas”.

O acesso à Internet, indicados por 17% dos alunos, demonstra

uma questão curiosa. Ao mesmo tempo em que, esta sala gosta de executar

pesquisas, eles tem “preguiça” de irem até a própria biblioteca da escola. Para eles

é muito mais cômodo dar um “clique” e já acharem o que procuram. Esta

modernidade, pode ser benéfica, desde que bem usada.

Bons exemplos, são sempre bons instrumentos nas mãos dos

profissionais do ensino. Os exemplos do cotidiano, para esta parcela de alunos

servem para uma boa ilustração, para uma melhor aprendizagem da matéria.

Neste tipo de instrumento, os alunos costumam dar seus depoimentos, auxiliando

assim, seu processo de aprendizagem.

Das metodologias escolhidas no questionário pelo aluno, as

duas menos votadas foi uma boa estrutura da instituição (8%), e uma boa

biblioteca (7%). O percentual votado pela sala, no item de estrutura foi o mesmo

que o da 5ª série WA. A questão da estrutura, não foi levada muito em

consideração pelos alunos desta sala. O mesmo desinteresse é demonstrado

quanto à biblioteca. Lembrando do fato que, os próprios alunos falaram de sua

pouca disposição em ir até a biblioteca, tendo em vista que eles possuem meios

mais rápidos a informações.

44

21%

31%

15% 15%

8% 9%

1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

ST JAMES 8ª SÉRIE

A- Uma boa aula B - Um bom professor C - Bons exemplosD - Boa estrutura da instituição E - Boa biblioteca F - Acesso a internetG - Outros

Fonte: Alunos da 8ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 15 – O que viabilizam a aprendizagem dos alunos com relação às matérias ministradas da 8ª série da St James´ International School-2005

Praticamente com o mesmo percentual das séries anteriores

(31%), a questão que enquadra um bom professor, foi indicado como o melhor

“instrumento” para a aprendizagem das matérias, atinge um bom percentual . A 8ª

série destaca-se pelo bom relacionamento com os professores. Mesmo que,

apesar de uma aproximação menos calorosa, nos sentimos muito à vontade no

trabalho como conteúdo. Este fato, faz com que tenhamos outras possibilidades

para o trabalho com a matéria.

Por este mesmo fato, uma boa aula foi indicado como segunda

opção dos alunos (21%). A curiosidade é um fator pouco explorado pelos alunos, o

que pode ser mostrado, quando questionamos a eles, sobre as situações do seu

próprio cotidiano ou da conhecida mídia. Neste tipo de dinâmica, os bons exemplos

45

são sempre bem recebidos pelos alunos. Fato que fica evidente, quando

observamos que 15% da escolha feita pelos alunos.

Esta turma, que será a primeira a se formar no colégio, teve de

início acesso a uma estrutura pequena, onde se localizava a antiga instalação,

nesta época os alunos demonstraram um grande desejo por maiores e melhores

acomodações. Fato este, que pode ser muito bem ressaltado nas modernas e

espaçosas instalações do colégio atualmente. Foi este fato que Explica que 15%

dos alunos indicaram uma boa estrutura da instituição, como um bom elemento

para facilitar no processo de aprendizado.

O processo de conscientização nos alunos desta sala, com

relação à importância da pesquisa, está em um estágio muito recente. Os 8%

indicam a biblioteca, e os 9% indicam o uso da internet, este baixo percentual

indica desinteresse por um conhecimento mais amplo. Apesar da turma, esta sala

tem alguns alunos que demonstram, certo interesse pela amplitude de

conhecimento.

Para apenas 1% dos alunos, o que mais facilitaria no processo

de ensino, seria “uma carga horária decente, para não cansar e entediar os alunos

da escola”. Esta reivindicação, está baseada na carga horária, muito acima dos

demais colégios de ensino fundamental. Esta carga horária, está estimada em 34

horas por semana, sem contabilizar os eventos e aulas extras, como as tarefas,

aulas de robótica, esportivas, entre outras. Analisando este fato, nos fizemos a

questão, “o excesso de tempo na escola, melhora ou não a aprendizagem dos

alunos?”

46

1.4 - Que metodologia pode ser aplicada pelo professor, na busca de uma aprendizagem da matéria ensinada?

Questionado nas reuniões pedagógicas, nas instituições de

ensino, qual a metodologia que o profissional deve aplicar na sala de aula, surgem

muitas divergências. Os autores de variadas linhas pedagógicas, colocam diversas

situações ou modelos, a serem seguidos pelos professores. No entanto, quando

estamos na área de trabalho, notamos que a maioria dos escritos que lemos, não

dão certo. Este fato pode, em alguns casos, levar o profissional à frustração em

seu ambiente de trabalho.

Temos que ser coerentes com os alunos, e buscar junto a eles

uma metodologia mais próxima da sua realidade. Os Parâmetros Curriculares

Nacionais (1999), nos mostram que devemos compreender todas as relações,

tanto na escala local, como também na regional ou até mesmo na global.

No caso da geografia, se concentram e contribuem

informações para pensar no espaço, quanto uma totalidade, na qual se passam

todas as relações do cotidiano e são estabelecidas as redes sociais em suas

escalas.

Observe que os próprios alunos escolheram como melhor

metodologia para o profissional da educação aplicasse neles próprios. Muitos

também, aproveitaram a oportunidade para fazer algumas reivindicações, que nem

sempre são ouvidas por parte dos próprios professores.

47

56%

33%

11%

0% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

ST JAMES 5ª SÉRIE WA

A - Exemplos do cotidiano B - Colocar p/ os alunos linguagem acessívelC - Um bom material de apoio D - Aulas de reforço no contra-turnoE - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série WA, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 16 – A metodologia que pode ser aplicada pelo professor, na busca de uma melhor aprendizagem segundo os alunos da 5ª série WA da St James´ International School-2005

Esta sala possui uma característica muito comum a uma 5ª

série de qualquer colégio. Gostam muito de uma boa conversa e adoram

exemplificar seu cotidiano em face do conteúdo ministrado em sala. A indicação

da grande maioria da sala, pela resposta da alternativa A, que trata dos exemplos

do cotidiano, já era previsível.

A insatisfação dos alunos, com relação ao tipo de linguagem

utilizada em sala de aula, fica evidente se observamos no gráfico que, a segunda

maior indicação foi o modo como são apresentados para os alunos às matérias

ministradas. Esta reclamação não é novidade, pois, se relembrarmos nosso tempo

de alunos no ensino fundamental, vamos nos recordar vagamente de alguns

professores que se encaixavam nesta característica. Este fato, pode acarretar certo

desinteresse pela matéria, não só no presente como também no futuro do aluno.

48

O mais surpreendente, foi a indicação em um terceiro lugar, oo

uso de um bom material de apoio. Demonstrando que, os alunos desta sala, de

certa forma, aceitam o uso de instrumentos para-didáticos. Desde o começo do

ano letivo, nesta sala vem sendo aplicado o glossário e o uso das palavras-chaves

como forma de pesquisa.

33%

54%

8%4%

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

ST JAMES 5ª SÉRIE LONDON

A - Exemplos do cotidiano B - Colocar p/ os alunos linguagem acessívelC - Um bom material de apoio D - Aulas de reforço no contra-turnoE - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série London, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 17 – A metodologia que pode ser aplicada pelo professor, na busca de uma melhor aprendizagem segundo os alunos da 5ª série London da St James´ International School-2005

Na 5ª série London, o grau de dificuldade no processo de

aprendizagem é um pouco elevado, mostrando todos os meninos com este tipo de

problema, ao passo que, as meninas não possuem este tipo de perfil. Este fato nos

surpreendeu, pois o número reduzido de alunos, deveria implicar em uma maior

qualidade de serviços prestados pelo professor, e também uma melhor

aprendizagem da matéria por parte dos alunos. Com 55% das indicações, o modo

pelo qual o profissional do ensino, expõe sua linguagem ao aluno, não o vem

49

agradando. Este pode ser um dos prováveis motivos, pelos quais os alunos ficam

inquietos, em algumas aulas que supostamente não interessam a eles.

Os exemplos do cotidiano indicados por 33% dos alunos, abre

um novo parâmetro, de alternativas além do material usado, que também são muito

cabíveis para a aprendizagem do conteúdo.

Novamente em terceiro lugar, o uso de materiais de apoio, para

o auxílio em estudos e pesquisa no cotidiano dos alunos. Ocorre que, desde o

inicio do ano letivo de 2005, a sala vem utilizando o glossário e as palavras-chaves

em seu cotidiano.

Apenas 4% dos alunos, opinaram pelas aulas de reforço no

contra-turno. Esta prática, não é utilizada pela escola em questão, além disso, não

faz parte do conhecimento dos alunos este método. Para esta sala, o contra-turno,

teria um grande valor, levando em conta a falta de maturidade no momento dos

estudos por parte dos alunos.

50

26%

31%

22%

6%

15%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

ST JAMES 6ª SÉRIE

A - Exemplos do cotidiano B - Colocar p/ os alunos linguagem acessívelC - Um bom material de apoio D - Aulas de reforço no contra-turnoE - Outros

Fonte: Alunos da 6ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 18 – A metodologia que pode ser aplicada pelo professor, na busca de uma melhor aprendizagem segundo os alunos da 6ª série da St James´ International School-2005

Podemos notar certo equilíbrio entre os tipos de aulas

preferidas pelos alunos. Novamente, uma linguagem mais acessível para o aluno,

vem com um destaque de 31% da opinião da sala. Com relação ao entendimento

do conteúdo exposto em sala, com as palavras mais distintas de seus

vocabulários, a 6ª série, possui um bom entendimento, porque busca as palavras

que não são de seu conhecimento em um dicionário.

Os exemplos do cotidiano vêm logo após com 26% da

preferência dos alunos. Em todo meu tempo de experiência no local estudado,

notei que esta sala, usa os exemplos do cotidiano, visando aprender a matéria

ministrada. Para eles, o momento mais divertido da aula, resume-se quando

contamos nossas experiências como docentes, ou mesmo quando damos

exemplos do nosso dia-a-dia.

51

Como a aplicação do glossário nesta sala também é real, o

resultado pode ser entendido, com os 22% indicam a um bom material de apoio. O

uso das palavras-chave, também são muito bem aceitas pelos alunos, que sempre

pedem para pesquisá-la.

A alternativa que expressam Outros (15%), onde os alunos se

expressam, da seguinte maneira:

- “Tópicos e professor que te ajudam sem nervosismo”.

- “Muita aula em forma de tópicos”.

Os demais alunos, ressaltaram de uma forma até sincronizada,

as aulas que são divididas em tópicos. Seria, o tipo de aula em que o professor

passa um tópico na lousa e explica, desta forma até o término do conteúdo.

Já as aulas de reforço no contra-turno, foram reivindicadas por

6% dos alunos. Nesta sala, já existem alunos que trabalharam com este sistema de

contra turno em outras instituições. Em geral, esta sala apresenta pontos bem

heterogêneos, com relação a este questionamento feito a eles.

40%

33%

14% 12%

2%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

ST JAMES 7ª SÉRIE

A - Exemplos do cotidiano B - Colocar p/ os alunos linguagem acessívelC - Um bom material de apoio D - Aulas de reforço no contra-turnoE - Outros

52

Fonte: Alunos da 7ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 19 – A metodologia que pode ser aplicada pelo professor, na busca de uma melhor aprendizagem segundo os alunos da 7ª série da St James´ International School-2005

De uma forma mais distinta que a série anterior, a 7ª série

demonstra um interesse maior pelos exemplos do cotidiano (39%). Apesar de uma

certa indisciplina dos alunos, eles se destacam por serem muito participativos, e

também gostam de citar exemplos de suas próprias experiências como forma de

participação das aulas ministradas.

Esta característica de sala mais participativa, fica evidente

quando foi indicada por eles a importância de uma linguagem mais acessível para

os alunos na hora da transmissão da matéria (33%).

Mantendo a média em todas as salas analisadas até o

momento, a terceira escolha feita pelos alunos foi com um auxilio de um bom

material de apoio. Nesta presente sala, também é utilizado o glossário com termos

explicativos sobre o conteúdo aplicado.

Detentora de 5 alunos que utilizavam o recurso do contra turno

em outra instituição, o referido foi citado por 12% dos alunos da mesma.

E com apenas 2% das indicações feitas pelos alunos encontra-

se o termo outros, no qual apenas 1 aluno cita; “Aulas dadas em setinhas”.

Metodologia esta utilizada para a divisão do conteúdo em tópicos mais dinâmicos,

que chame a atenção do aluno para o que está sendo ministrado em sala.

53

41%37%

15%

7%

0%0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

ST JAMES 8ª SÉRIE

A - Exemplos do cotidiano B - Colocar p/ os alunos linguagem acessívelC - Um bom material de apoio D - Aulas de reforço no contra-turnoE - Outros

Fonte: Alunos da 8ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 20 – A metodologia que pode ser aplicada pelo professor, na busca de uma melhor aprendizagem segundo os alunos da 8ª série da St James´ International School-2005

Em uma atitude mais madura e coletiva, a 8ª série

demonstrou certa uniformidade na resposta obtida pelo questionário aplicado. Com

41% da preferência da sala, os exemplos do cotidiano obtiveram o maior destaque.

Nesta sala, são aplicados vários métodos de motivação para uma melhor

aprendizagem da matéria e até mesmo, para uma maior estimulação própria. Por

este fato, é que foi escolhido este item como primeiro entre os demais.

Não muito atrás, vem novamente a maneira a maneira por

meio da qual o professor transmite a matéria para o aluno. Lembrando, o

desinteresse que os discentes possuem pela matéria, isso pode ser explicado, pela

falta de sensibilidade do professor quando do trabalho com a matéria em sala.

Com 15% da indicações dos alunos, está um bom material de

apoio ou para-didático. Um para-didático, como o glossário, passou a ser utilizado

nesta sala no presente ano letivo. O fato dos alunos não possuirem não possuirem

54

uma grande afeição, ou mesmo o costume do uso deste material, pode explicar a

baixa escolha pela referida alternativa.

7% dos alunos, opinaram pela aula de reforço no contra turno,

mesmo não tendo alunos participantes questionado o porquê da escola não possuir

aulas de reforço no contra turno. Sempre é bom lembrar, que a escola tem aulas

nos dois períodos, matutino e vespertino. Por este motivo, tornasse mais

complicada a execução das aulas neste período.

1.5 - Os meios de aprendizagens mais utilizados pelos alunos para desenvolverem seus estudos e suas pesquisas

Os meios de aprendizagem hoje em dia são os mais diversos,

não se concentram apenas no papel do professor. Isso por um lado é ruim, pois

os alunos buscam, muitas vezes, fontes não confiáveis e acabam distorcendo seu

processo de ensino.

Um outro grave problema encontrado por nós educadores, é a

grande quantidade de possibilidade de diversões que os alunos possuem, e

também a ausência dos pais quando do processo de realização dos deveres

escolares a serem realizados em casa.

Este universo de diversões e o excesso de atividades extra-

escolares, fazem com que os alunos não dêem a devida importância aos estudos.

Por este motivo, esta parte do nosso trabalho é importante, para sabermos com

qual tipo de aluno estamos desenvolvendo nossas pesquisas, não só em relação

ao nosso projeto, mas também para conhecer a fonte de pesquisa utilizada pelos

alunos.

55

18%

8%

11%

5%

21%

6% 6%8%

16%

0%0%

5%

10%

15%

20%

25%

ST JAMES 5ª SÉRIE WA

A - Livro ou apostila do material B - EnciclopédiaC - Idas a biblioteca D - livros e apostilas não utilizados em seu cotidianoE - Internet F - ResvistaG - Jornais H - TelevisaoI - Apoio da família J - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série WA, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 21 – Os meios de aprendizagens mais utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 5ª WA série da St James´ International School-2005

No gráfico acima, notamos o predomínio da Internet (21%),

como meio preferido para pesquisas escolares. Esta comodidade que os alunos

buscam, também fica muito clara, se observarmos os 18% que escolheram o

próprio livro didático, como apoio para a pesquisa.

Nesta sala, o apoio dos pais ocupa um lugar importante, com

16% das escolhas. Já a utilização da biblioteca como fonte de estudo, está em

quarto lugar na preferência dos alunos. Este resultado pouco satisfatório, não deve

ser atribuído aos professores, pois, a escola possui um programa de incentivo

voltado ao aumento da freqüência na procura pela biblioteca.

Com 8% das indicações dos alunos, temos como fonte de

pesquisa as enciclopédias, muito comuns aos mesmos. E a televisão foi indicada,

56

como um modo bem mais cômodo de obtenção de dados e informações, porém,

nem sempre confiáveis.

Já empatados em 6%, os jornais e as revistas são os meios

mais confiáveis e de fácil acesso para os alunos. Na própria sala, é possível notar

algumas revistas e recortes de jornais. Fato importante de ser notado, devido à

pouquíssima maturidade para utilizar estes instrumentos poderosos de informação

e ensino.

Apenas 5% dos alunos, deixa explícito o baixo uso de

materiais, pois se limitam apenas ao seu cotidiano. Esta realidade, fica evidente

quando observamos minuciosamente cada parte do gráfico.

6%

21%

3%6%

30%

3%0%

6%

24%

0%0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

ST JAMES 5ª SÉRIE LONDON

A - Livro ou apostila do material B - EnciclopédiaC - Idas a biblioteca D - livros e apostilas não utilizados em seu cotidianoE - Internet F - ResvistaG - Jornais H - TelevisaoI - Apoio da família J - Outros

Fonte: Alunos da 5ª série London, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 22 – Os meios de aprendizagens mais utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 5ª série London da St James´ International School-2005

Assim como ocorreu com o gráfico anterior, a opção mais

apontada pelos alunos continua sendo a Internet, com 31% das indicações. Logo

57

após, temos o apoio da família com 24%. No caso desta sala de aula, a família

realmente é muito presente, não só nas horas correspondentes ao estudo, mas até

mesmo em atividades que envolvam a interação entre pais e filhos.

Com 21% das escolhas, observamos o bom uso da

enciclopédia como fonte da pesquisa. Este dado passado pela própria sala, nos

permite constatar que parte da mesma não está acomodada para o uso e

desenvolvimento do aprendizado, quando este se faz necessário.

Quanto aos livros didáticos, utilizados pelos aluno possui uma

representatividade de apenas 6%. O mesmo percentual pode ser observado,

quando nos referimos a outros livros e apostilas, pouco comuns ao material. Para

eles, a alegação da baixa procura desses materiais, está na pouca oportunidade de

contato com este tipo de material. Ainda com a mesma porcentagem, a televisão

aparece como fonte inspiradora de materiais coletados para a pesquisa.

Finalizando, encontramos com apenas 3% das escolhas, as

revistas e idas a biblioteca. Nesta sala, não é comum a presença de revistas e

também de recortes de jornais. Por este motivo, os jornais não foram se quer

citados pelos alunos da sala, demonstrando a pouca intimidade dos mesmos com

este veículo de informação.

58

13% 12%

8%

6%

16%

7%

9%

13%14%

1%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

ST JAMES 6ª SÉRIE

A - Livro ou apostila do material B - EnciclopédiaC - Idas a biblioteca D - livros e apostilas não utilizados em seu cotidianoE - Internet F - ResvistaG - Jornais H - TelevisaoI - Apoio da família J - Outros

Fonte: Alunos da 6ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 23 – Os meios de aprendizagens mais utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 6ª série da St James´ International School-2005

Com um equilíbrio maior entre as alternativas, a 6ª série,

manteve como primeiro destaque a Internet, com 17% das indicações. Porém, não

teve um distanciamento muito expressivo com relação ao segundo item apontado,

que novamente vem destacando o apoio familiar na hora dos estudos. A presença

da família na aprendizagem do aluno nos dias atuais, aponta um elemento raro, se

comparado ao atual padrão brasileiro.

Empatados com 13% das indicações, o material utilizado pelo

aluno é a televisão, mostrando que nesta parcela de alunos, os mesmo são mais

acomodados e não procuram fontes diferenciadas de informação quando

solicitados. Ao passo que 12% das escolhas, optaram pela pesquisa em

enciclopédias.

O uso do jornal escolhido por 9% dos alunos e as idas à

biblioteca (8%), demonstra certo interesse pela pesquisa de locais, por meio dos

59

quais eles podem explorar com mais diversidade os conteúdos. Já as revistas,

ocupam um lugar de pouco destaque, com 7% da preferência dos alunos. Os livros

e apostilas não são muito utilizados pelos alunos, que detém apenas 6% das

indicações feitas pelos alunos. Este fato mostra que, mesmo com dados melhores

que as séries anteriores, os alunos demonstram certa comodidade na busca de

materiais extras para suas pesquisas. Também é importante ressaltar que os 1%

representado no gráfico, apontaram que, além da ajuda dos pais, eles também

contam com a participação dos avós, aos quais apelidam de “enciclopédias

ambulantes”.

24%

5% 7% 7%

26%

7% 5%8%

9%

1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

ST JAMES 7ª SÉRIE

A - Livro ou apostila do material B - EnciclopédiaC - Idas a biblioteca D - livros e apostilas não utilizados em seu cotidianoE - Internet F - ResvistaG - Jornais H - TelevisaoI - Apoio da família J - Outros

Fonte: Alunos da 7ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 24 – Os meios de aprendizagens mais utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 7ª série da St James´ International School-2005

Observando o gráfico da 7ª série, notamos que dois

instrumentos são os mais utilizados por eles. O primeiro em destaque, novamente

é a internet. Os 27% dos votos que indicaram a internet como um grande “veículo”

60

utilizado para a pesquisa, nos mostra muito a realidade em que os alunos vivem.

Entre estes da própria sala existe até um site, por meio do qual trocam

informações, convites e até mesmo pesquisas. Com esta comodidade, os alunos

aproveitam o tempo junto ao computador para fazerem seus deveres e pesquisa.

Logo em seguida, encontramos com 24% das indicações, a

utilização do próprio livro ou apostila, como fonte de suas pesquisas. Novamente,

notamos a comodidade dos alunos na hora de realizar seus deveres de pesquisa

escolar. Ao passo que, o apoio familiar vem com 9% das escolhas feitas pelos

alunos. A presença não muito marcante da família pode ser explicada pela

maturidade dos alunos, não quanto à idade, mas pelas suas atitudes. Desta grande

parte da sala, mesmo possuindo um perfil de pouco empenho nas pesquisas,

executa os deveres relacionados às questões extra classe.

8% das indicações da sala optou pela televisão como fonte de

pesquisa, veiculo de comunicação bem difundida entre os mesmos. Este meio de

informação rápida, ficou à frente de meios mais importantes, como os 7%

relacionados com as idas à biblioteca, consulta de livros e apostilas não utilizados

em seu cotidiano e até mesmo as revistas.

Os outros 5% indicados pelos alunos, ficaram as enciclopédias,

que são verdadeiras fontes de conhecimento prático, e o jornal, muito presente

também no cotidiano dos alunos, porém sem muito valor para eles. Nos 1% que re

outros, o aluno não expressou o que pensava.

61

18%

9%

3%

7%

20%

8%6%

11%

16%

2%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

ST JAMES 8 SÉRIE

A - Livro ou apostila do material B - EnciclopédiaC - Idas a biblioteca D - livros e apostilas não utilizados em seu cotidianoE - Internet F - ResvistaG - Jornais H - TelevisaoI - Apoio da família J - Outros

Fonte: Alunos da 8ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 25 – Os meios de aprendizagens mais utilizados para o desenvolvimento de estudos e pesquisas dos alunos da 8ª série da St James´ International School-2005

Assim como ocorreu nas séries anteriores, 20% dos alunos da

8ª série optaram pela Internet. Em segundo plano, temos como opção o livro ou

apostila como material de consulta, com 18%, o apoio familiar está em terceiro

lugar nas indicações feitas por eles com 16%. Nesta sala, podemos novamente

destacar a passividade dos alunos quanto à pesquisa. Este fato foi presenciado em

todas as salas do colégio.

Novamente a televisão (11%), aparece à frente de outros

meios de pesquisas mais importantes como enciclopédias (9%), revistas (8%),

livros e apostilas que são muito não utilizados em seu cotidiano (7%), jornais (6%).

O que mais nos surpreendeu, foi o menos votado entres os alunos, que com 3%

das escolhas ficou a ida da biblioteca. Este fato, serve de alerta aos professores

desta sala, pois um bom aluno, tem que possuir uma boa perspectiva de busca de

62

conhecimento extra sala. Principalmente pelo fato de a sala ir no próximo ano

letivo, para o ensino médio.

Esta falta de interesse pela pesquisa foi possível ser notada em

todas as salas, mostrando assim, um habito não muito não muito adequado no que

se refere às bases para suas pesquisas, principalmente, em dados e conceitos

retirados da internet. Sabemos que muitos materiais que lá estão podem conter

informações errôneas, conduzindo os alunos a um aprendizado incorreto.

Contudo, buscamos soluções abrangentes em sala,

relacionando a aula ministrada com as pesquisas executadas pelos próprios

alunos. Dando a devida importância, para os esforços feitos pelos mesmos na

busca das respostas por eles levantadas.

63

2 A INSTRUMENTAÇÃO DO ENSINO FEITA PELO USO DAS PALAVRAS CHAVES, PODE SER EFICAZ PARA AUXILIAR NA MEMORIZAÇÃO DAS MATÉRIAS

Baseando-nos no capítulo anterior, notamos que a diversidade, é

importante no processo de ensino e aprendizagem, pois os alunos gostam das

mais variadas dinâmicas, que contam com a participação direta dos mesmos, não

sendo apenas receptáculos de conhecimentos diversos.

Na busca de uma abordagem mais direta para o presente

trabalho, questionamos os alunos, sobre o uso das palavras-chaves, como

instrumento de ensino. Pudemos observar ser de extrema relevância sua

utilização, pois induz o aluno a uma boa compreensão do assunto estudado. Fato

este, que quando desenvolvemos trabalhos na própria universidade, se faz

necessário na apresentação dos mesmos. Por que então no ciclo fundamental e

médio da educação, não se fazer também uso desta prática?

O próprio glossário, objeto do desenvolvimento desta pesquisa,

teve sua base de apoio, nas palavras chaves. Pois antes do desenvolvimento de

cada aula, os alunos buscam conhecer as palavras importantes que encontram no

decorrer das matérias ministradas. Procurando assim, eliminar grande parte das

dúvidas que podem surgir sobre o assunto relativo à matéria ministrada.

O questionário que aplicamos juntos aos alunos, possui três

respostas diretas: Sim, Não, Outros. Cada uma destas respostas, vinham

acompanhada de linhas complementares, por meio das quais o aluno descrevia a

sua opinião sobre este instrumento de ensino.

64

93%

0%7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

ST JAMES 5ª WA

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 5ª série WA, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 26 – O uso das palavras chave, no auxilio da aprendizagem das matérias ministradas em sala, aos alunos da 5ª WA série da St James´ International School-2005

O surpreendente resultado de 93% das indicações pelo sim, por

parte da 5ª série, reflete a importância da boa explicação em conjunto, com o bom

desempenho do professor durante a exposição da matéria. Sobre esta opção,

podemos ressaltar algumas observações feitas por um grupo de alunos:

- “Porque as palavras chave ajudam a fixar a matéria na cabeça”.

- “Porque com as palavras chave, você sabendo elas, fica mais fácil

seu estudo”.

- “Para podermos estudar, vai ser como uma referência”.

O índice de satisfação é grande, o que nos leva a acreditar que

esse tipo de método, reforça nossa certeza e confiança, sobre o tipo de trabalho

que vem sendo realizado com estes alunos.

65

A alternativa que compreende os 7% é a opção outros, esta

possui uma posição um pouco distinta:

- “Ajuda às vezes, pois temos que pesquisar sobre ela e eu

tenho preguiça”.

Caso único, entre todas as posições assumidas pelos alunos

com respeito ao uso deste material para didático.

100%

0% 0%0%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

ST JAMES 5ª SÉRIE LONDON

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 5ª série London, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 27 – O uso das palavras chave, no auxilio da aprendizagem das matérias ministradas em sala, aos alunos da 5ª London série da St James´ International School-2005

Atribuindo novamente ao número de alunos e as ótimas

condições de estudo em sala, a totalidade de alunos da 5ª série London, indicam

como importante, o uso das palavras chave em sala e em para seus estudos.

Algumas das colocações feitas pelos alunos, nos possibilita verificar a grande

satisfação dos mesmos com este método alternativo:

- “Ajuda para sabermos o significado das palavras”;

66

- “Sim, nos ajuda na compreensão dos textos”;

- “Lógico, pois aí não terei mais dúvidas”;

- “Opa, lembrarei mais fácil das matérias que o professor

passa em sala”;

- “Sim, elas ajudam a entender melhor”.

A unanimidade nesta sala, é ressaltada pelos próprios

depoimentos dos alunos.

92%

4% 4%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

ST JAMES 6ª SÉRIE

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 6ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 28 – O uso das palavras chaves, no auxilio da aprendizagem das matérias ministradas em sala, aos alunos da 6ª série da St James´ International School-2005

Mesmo com a negativa de 4% dos alunos da sala, na questão

que envolve o uso das palavras chave, a 6ª série manteve grande aceitação pela

maioria dos alunos (92%). A satisfação dos mesmos, pode ser observada nos

relatos escritos por eles próprios:

- “Pois vai me ajudar na prova e no meu futuro”.

67

- “Se você consegue” guardar “as palavras chaves e não se

lembra de parte da matéria, as palavras vão te ajudar”.

- “Porque nos esclarece melhor a matéria”.

- “Pois se ficar com dúvida eu consulto lá e entendo melhor a

matéria”.

- “Pois é um jeito diferente que a matéria se fixa em nossa

mente”.

- “Pois aprendemos nas pesquisas e elas facilitam os

estudos”.

Os 4%, que indicaram como negativamente o uso das palavras

chaves, afirmaram que:

- “Pois às vezes não ajuda muito porque tenho que pesquisar,

mas sei que são importantes”.

4% dos alunos, citam sua preferência pelas aulas por tópicos.

Esta resposta, está um pouco fora das questões abordadas por este sub-capítulo.

68

100%

0% 0%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

ST JAMES 7ª SÉRIE

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 7ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 29 – O uso das palavras chaves, no auxilio da aprendizagem das matérias ministradas em sala, aos alunos da 7ª série da St James´ International School-2005

Assim como ocorreu com a 5ª série London, os 100% obtidos

pela 7ª série na aceitação das palavras chaves, nos permite analisar mais uma vez

a uniformidade, pela escolha dos alunos de métodos pouco usados pelos

profissionais da área de ensino. Esta série, não descreveu muitas frases para

expressar detalhadamente, o seu interesse no instrumento. Porém, o pouco

colocado por eles, indica os bons resultados obtidos com este instrumento, ao

longo do tempo da pesquisa:

- “Sim, é bom para estudar”.

- “Muito bom, pois me ajuda no aprendizado”.

- “Pois assim estudo e entendo melhor a matéria”.

- “Isso é muito importante para minha compreensão”.

69

O interesse pelo conteúdo nesta sala, vem melhorando a cada

bimestre. Os próprios alunos questionam o professor quando não são passadas as

palavras chave, que correspondem à matéria que irá ser ministrada no dia.

96%

0% 4%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

ST JAMES 8ª SÉRIE

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 8ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 30 – O uso das palavras chaves, no auxilio da aprendizagem das matérias ministradas em sala, aos alunos da 8ª série da St James´ International School-2005

A unanimidade acerca do entendimento do bom uso pelos

alunos com relação às palavras chave, só não foi concluída pelo fato que, 4% dos

alunos, alegaram na alternativa outros que, as mesmas são importantes, mas

“depende, se o aluno usar como meio de estudo”. Esta frase evidencia também a

importância do uso deste instrumento. Dentre os outros 96% dos alunos, algumas

frases, foram selecionadas com a finalidade de demonstrar a importância deste

método para os próprios alunos:

- “Sim, pois nos memorizamos mais”.

- “Pois você sabendo a palavra, o seu significado dela, você

sabe quase toda a questão em um exercício ou na prova”.

70

- “Pois na hora deve estudar nos ajuda muito”.

- “Porque ela ajuda na hora das provas a lembrar das coisas”

- “Porque você compreende melhor as palavras que estão

sendo estudas”.

- “Porque fica mais fácil de entender”.

Com estas frases, podemos dizer que elas exemplificam, a

relevância das palavras-chave para os alunos do colégio pesquisado. O resultado

obtido com esta pergunta, ultrapassou o esperado. Nos baseando nestes dados,

podemos dizer que, pouco mais de 96% dos alunos estão satisfeitas com a

utilização das palavras chave em seu cotidiano escolares.

71

3 O USO DO GLOSSÁRIO COMO RECURSO PARA-DIDÁTICO PODE AUXILIAR NA ELUCIDAÇÃO DA MATÉRIA MINISTRADA.

O desenvolvimento deste instrumento de ensino, tem valores

preciosos, mas poucos reconhecem ou mesmo sabem manusear este tipo de

auxílio para–didático, que vem ao encontro das necessidades dos alunos, em

encontrar os significados de diversas palavras que, muitas vezes, são conhecidas,

porém não compreendidas.

As palavras chaves, foram uma das principais causas, para o

desenvolvimento deste pequeno glossário formulado com o auxílio dos alunos. Sua

principal importância em minha pesquisa, foi além de auxiliar a superar as dúvidas

e dificuldades no aprendizado por parte dos alunos, o de ampliar nossos recursos

para-didáticos, inserindo mais dinamismo em nossas aulas.

Na observação das imagens a seguir, pode se verificar os

alunos reunidos em grupos, discutindo os significados das palavras-chave que,

futuramente, iriam compor o glossário feito por eles.

72

Fonte: ALVES, Thiago L., 2005. Imagem 1: Alunos reunidos para discussão sobre a formação de uma parte do glossário

Assim como as palavras-chave, abordadas no capítulo anterior, as

questões que se referem a aprovação do uso do glossário foram divididas em: Sim,

Não, Outros. Seguidas de suas respectivas linhas complementares.

72%

14% 14%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

ST JAMES - 5ª SÉRIE WA

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 5ª série WA, St James´ International School -2005

73

ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 31 – O uso do glossário como para-didático no auxilio da elucidação das matérias ministradas para os alunos da 5ª série WA da St James´ International School-2005

Quando observado o gráfico referente à 5ª série WA,

notamos um índice muito bom na aprovação por parte dos alunos na utilização do

instrumento de ensino, com 72% do total. Após a pesquisa, em uma conversa

descontraída com os alunos, descobrimos que alguns não fizeram a ligação da

palavra glossário, com o instrumento de ensino desenvolvido junto a eles próprios.

Além das alternativas de múltipla escolha, os alunos também poderiam colocar

seus pensamentos em uma perspectiva.

Com a resposta sim, no caso desta classe obtivemos alguns

esclarecimentos importantes, da visão que o aluno possui sobre o material que

estava sendo desenvolvido;

- “Para aprender especificamente algo”.

- “Porque de tanto você receber ajuda de um glossário, você

vai acabar aprendendo aquilo que você não sabe”.

- “Porque se eu tiver uma dúvida, eu vou ao glossário”.

- “Porque pode nos ajudar a aprender a matéria”.

No entanto, 14% dos alunos responderam não, encontramos

respostas bem distorcidas e sem muito sentido com relação a pergunta feita aos

mesmos. Veja alguns exemplos:

- “Porque você só vai copiar o glossário”.

- “Talvez...”

74

Com este percentual e qualidade das respostas, podemos

concluir que o não, foi respondido com displicência por parte dos alunos. Não

possuindo assim, argumentos que invalidem o uso do instrumento nesta sala de

aula.

Os 14% dos alunos que se inseriram na alternativa outros, não

expuseram seu pensamentos.

Alguns exemplos das palavras que estão no glossário, foram

retiradas das dúvidas e ou pesquisas dos alunos desta sala, podem ser lidas a

seguir:

AEROFOTOGRAMETRIA - Processo de mapeamento por fotos aéreas oblíquas

ou verticais, em relação ao solo que permitem obter medidas e confeccionar mapas

mais precisos e detalhados da superfície terrestre. A combinação de fotos aéreas

de determinada região com certas medições de apoio realizadas em terra oferecem

uma visão tridimensional do terreno a ser analisado.

ASTROLÁBIO - Instrumento de orientação antigo, baseado na medição da posição

dos astros em relação à Terra. Instrumento para medir a altura de um astro acima

do horizonte. Foi utilizado pelos Muçulmanos e pelos navegadores ibéricos do

século XVI. Ajudava a determinar a posição do navio em alto mar.

BURACO NEGRO - Possível estado final de uma estrela, quando sua massa, e,

portanto, sua atração gravitacional é tão grande que a estrela sofre um colapso

gravitacional catastrófico, superando completamente as forças internas

estabilizadoras.

CARTOGRAFIA - Corresponde a um conjunto de técnicas cuja finalidade é a

elaboração de mapas. Em uma representação cartográfica os elementos mais

importantes são: Tema, Legenda, Orientação, Projeção e Escala. (Vide Tema,

Escala, Orientação e Projeções). Ciência que estuda os mapas e cartas

geográficas. Arte de traçar cartas geográficas ou conjunto de cartas geográficas.

75

ESPAÇO GEOGRÁFICO - Abrange toda e qualquer porção da superfície terrestre

passível de ser estudada e classificada pelos diversos ramos de especialidades da

Geografia.

MAPAS OU CARTAS GEOGRÁFICAS - Quando mostram as características ou

elementos geográficos gerais de uma ou mais regiões, país ou continente ou

mesmo do mundo, o que exige o emprego de escalas pequenas (de 1:500.000 a

1:1.000.000 ou menos).

ROSA-DOS-VENTOS - Mostrador onde estão gravados os pontos cardeais,

colaterais e mais 16 pontos intermediários ou sub-colaterais. Os pontos

intermediários são norte (N), sul (S), leste (L) u este (E) e oeste (O) ou west (W).

Os pontos colaterais são: nordeste (NE), localizados entre o N e o L ou E; sudeste

(SE), localizado entre o S e o L ou E; noroeste (NO), localizado entre o N e o O ou

W; sudoeste (SO), localizado entre o S e o O ou W.Os pontos sub-colaterais ou

intermediarios são: nor-nordeste (NNE); és-nordeste (ENE); és-sudeste (ESE); su-

sudeste (SSE); su-sudoeste (SSO); oes-sudeste (OSO); oes-noroeste (ONO); nor-

noroeste (NNO). A rosa-dos-ventos é um diagrama com “pétalas” radiais elaborado

para mostrar as freqüências e às vezes a velocidade dos ventos que sopram sobre

os 8 ou os 12 pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais. O comprimento de cada

“pétala” mostra a ocorrência de ventos registrada em dado período de tempo, e as

gradações sobre as pétalas mostram a freqüência da velocidade dos ventos. Estas

informações vêm da época em que a navegação era feita à vela e por meio dos

ventos.

TERRITÓRIO - Grande extensão de terra. Área terrestre, seu espaço aéreo e

mares vizinhos, organizados em um Estado soberano. O termo foi ainda usado

para definir, no Brasil, as unidades da Federação que, embora pertencendo a esta,

possuíam relativa autonomia, mas não possuíam população (número mínimo de

habitantes) e outros pré-requisitos para se transformar em Estado.

76

100%

0% 0%0%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

ST JAMES - 5ª SÉRIE LONDON

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 5ª série London, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 32 – O uso do glossário como para-didático no auxílio da elucidação das matérias ministradas para os alunos da 5ª série London da St James´ International School-2005

Com a própria apresentação deste gráfico da 5ª série London, não

se fez necessário a descrição dos resultados. Porém, os próprios alunos por meio

de suas explicações nas linhas complementares, deixaram claro este resultado

que, de certa forma, pode ser considerado uma vitória para este trabalho, que vem

sendo desenvolvido durante estes anos;

- “Ele ajuda a poder estudar”.

- “Porque nos lembramos mais fácil das matérias”.

- “Porque na hora que vou estudar, vou aprender mais rápido”.

- “Ela ajuda a saber mais”.

- “Para aprender outras palavras”.

- “Porque ajuda mais nas provas”.

77

- “Porque nos ensina mais sobre a matéria”.

- “Sim, para ficar mais fácil”.

Com estes relatos da 5ª série london, poderíamos praticamente

encerrar este capítulo. No entanto, resolvemos prosseguir na analise dos gráficos,

para averiguar se nas séries superiores, esta metodologia obteve bons resultados,

como os alcançados até o momento.

Uma parte do glossário que esta sala ajudou a desenvolver

encontra-se abaixo:

ABALOS SÍSMICOS - São movimentos da crosta terrestre, ou litosfera, cuja

origem relaciona-se a alterações de pressão e temperatura das porções interiores

do planeta. Quando ocorrem na superfície emersa (continentes), denominam-se

terremotos, quando nos oceanos maremotos.

ALTITUDE - Distância vertical de um ponto qualquer da superfície terrestre em

relação ao nível do mar. As 67 montanhas de maior altitude do planeta encontram-

se no continente asiático, em sua maior parte na cordilheira do Himalaia, onde está

localizados o Everest, com 8.847 m de altitude.

BACIA - Depressão de forma variada ou um conjunto de terras pouco inclinadas

podendo ser ocupada ou não com rios, lagos etc. O termo bacia pode ser tomado

em geologia e geografia com várias acepções como: bacia estrutural, (...) bacia

fluvial ou hidrográfica.

CONÍFERAS - tipo de pinheiro. Sua madeira é conhecida como "mole", ou seja,

ideal para a fabricação de tipos variados de papéis.

GRILAGEM - Apropriação ilícita de terras por meio da expulsão de seus

proprietários, posseiros ou índios. Também denomina a legalização do domínio da

terra por meio de documento falso.

78

HIDROSFERA - A esfera das águas - rios, lagos e mares - que forma uma camada

descontínua sobre a superfície da Terra.

PECUÁRIA EXTENSIVA - aquela que é desenvolvida em grandes extensões de

terras, com gado solto, geralmente sem grande aplicação de recursos tecnológicos,

investimentos financeiros nem recursos veterinários importantes.

ROCHAS – A litosfera é composta por material solidificado que são as rochas. Há

três tipos de rochas: Cristalinas – São as formações mais antigas, de grande

dureza (rochas magmáticas e metamórficas), que correspondem à base do

território, embora representem apenas 36% da superfície do território brasileiro,

concentram minerais metálicos e compõem os escudos. Sedimentares -

Compostas por restos de outras rochas, acumulados em áreas deprimidas,

correspondem a 60% da superfície do território brasileiro, com material fóssil que

formam bacias. Vulcânicas ou basalticas – Formadas por derrames de lavas

vulcânicas. Equivalem a 4% da superfície do Brasil.

91%

9%0%

0%

10%20%30%

40%50%

60%70%80%

90%100%

ST JAMES 6ª SÉRIE

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 6ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 33 – O uso do glossário como para-didático no auxilio da elucidação das matérias ministradas para os alunos da 6ª série da St James´ International School-2005

79

Mantendo-se acima dos 90%, o contingente de alunos da 6ª série

que optou pelo glossário como um bom instrumento de ensino, fez várias

observações importantes, sobre o uso do material em seu dia-a-dia. Esta sala

destaca-se, pelo excelente desempenho nas pesquisas, e também pelo número

elevado de alunos, se comparado com as séries anteriores.

Os 91% da estatística, retirada desta sala favoreceram o bom

uso do glossário, tiveram as seguintes observações feitas pelos alunos;

- “Sim, pois quando vemos a definição das palavras e as

informações, nos interessamos mais”.

- “Pois caso haja dúvidas, busco o glossário”.

- “Porque se tivermos dúvidas, temos ele além do professor”.

- “Pois na hora de estudar, a facilidade é maior”.

- “Pois quando estiver com dúvida em algo, procuro me

informa pelo glossário”.

- “Porque no futuro vou ter mais vocabulário”.

- “Pois vai tirar muitas dúvidas”.

- “Porque quando você esquece uma palavra, você pode

consulta-lo”.

- “Pois aprendemos melhor e mais rápido”.

Baseando-se nas respostas por parte dos alunos, notamos

também uma satisfação na grande maioria deles, quanto ao método aplicado. Os

9% restantes, que escolheram o não, descreveram suas respostas de maneira não

muito clara com relação à contraposição a esta metodologia aplicada a eles;

80

- “Nem sempre precisamos”.

Na observação desta única resposta, notamos uma falta de

compreensão do real motivo do uso deste instrumento em sala de aula. Podemos

também, constatar algumas palavras que tiveram origem nesta sala de aula:

ÁREAS METROPOLITANAS - Conjuntos de municípios contíguos e integrados

com serviços públicos de infra-estruturas comuns. Grandes espaços urbanizados,

que se apresentam integrados, seja quanto aos aspectos físicos, ou quanto aos

funcionais de uma metrópole, que exerce o papel dirigente.

CENTRO REGIONAL - Cidade de médias dimensões que centraliza atividades

econômicas de pequeno e médio porte e fluxos de consumidores de bens e

serviços da região que a circunda.

CIDADE - Centro populacional permanente, altamente organizado, com funções

urbanas e políticas próprias. "Espaço geográfico transformado pelo homem por

meio da realização de um conjunto de construções com caráter de continuidade e

contigüidade. Espaço ocupado por uma população relativamente grande,

permanente e socialmente heterogênea, no qual existem atividades residenciais,

de governos, industriais e comerciais, com um grau de equipamento e de serviços

que asseguram as condições de vida humana. A cidade é o lugar geográfico onde

se manifestam, de forma concentrada, as realidades sociais, econômicas, políticas

e demográficas de um território”.

CRESCIMENTO ECONÔMICO - De um país é crescimento da produção, ao longo

do tempo, geralmente medido pelo crescimento da produção (produto nacional

bruto) ou da renda nacional dividida pelo número de habitantes (renda per capita).

"O crescimento econômico se distingue conceitualmente do desenvolvimento

econômico porque este supõe também mudanças estruturais, inovações

tecnológicas e empresariais e modernização da economia em geral”. Uma

economia moderna e desenvolvida pode progredir somente pelo crescimento, mas

se entende que a economia de um país subdesenvolvido exige também essas

81

outras mudanças; mais ainda, acredita-se que, para permiti-lo, tais mudanças

devem preceder o crescimento.

DENSIDADE DEMOGRÁFICA - Medida do grau de concentração de uma

população no território, dada pelo quociente entre o volume total de população da

área e sua extensão territorial (hab/km2).

DISTRITO FEDERAL - Unidade autônoma onde tem sede o Governo Federal, com

seus poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Tem as mesmas competências

legislativas reservadas aos estados e municípios e é regido por lei orgânica, sendo

vedada sua divisão em municípios.

GLEBA - parte de terra de um todo. Subdivisão de área de atuação do Projeto

Integrado de Colonização, com fins administrativos, em função do desenvolvimento

dos trabalhos de colonização e exploração econômica dos seus lotes e parcelas.

IMPACTO REGIONAL - quando o impacto se faz sentir além das imediações do

sítio onde se dá a ação.

INDUSTRIALIZAÇÃO - Desenvolvimento econômico que tem por base a proteção

às indústrias existentes e a criação de novas indústrias. Atividade econômica que

consiste em mobilizar capital, máquinas e trabalho para transformar a matéria-

prima em produtos acabados, em grandes quantidades.

MEGALÓPOLES - (mega = grande e polis = cidade), é o encontro ou a

conurbação de várias metrópoles ou de várias regiões metropolitanas, formando

uma extensa e gigantesca área urbanizada.

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA - compreende o potencial de mão-de-

obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a

população desocupada, assim definidas: população ocupada - aquelas pessoas

que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham trabalho mas

não trabalharam por exemplo, pessoas em férias.

82

URBANIZAÇÃO - Processo social que consiste na liberação de indivíduos das

atividades de plantio e coleta de alimentos, o que cria uma corrente migratória do

campo em direção de cidades pequenas, médias e grandes no espaço geográfico.

68%

18%14%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

ST JAMES 7ª SÉRIE

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 7ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 34 – O uso do glossário como para-didático no auxilio da elucidação das matérias ministradas para os alunos da 7ª série da St James´ International School-2005

A 7ª série demonstrou aceitação mais baixa do glossário em

relação às outras . Com 68% de respostas no sim, procuramos primeiramente

verificar junto aos questionários a resposta para tal fato. Os poucos alunos que

responderam as linhas complementares, descreveram assim:

- “Pois poderia tirar dúvidas”.

- “Pois podemos lembrar as coisas que esquecemos”.

- “Pois poderíamos estudar nele”.

- “Nas épocas das provas é uma boa”.

- “Em um tempo do dia é bom para rever”.

83

- “Porque quando estamos com dúvidas é possível procurar

no glossário”.

Junto aos 18% que optaram pelo não, encontramos muitos

pedidos na linha complementar do não, para que tivesse aulas baseadas em filmes

e cartazes. Mostrando não ter entendido o conteúdo do questionamento.

E os 14% restantes, que escolheram a alternativa outros,

novamente muito poucos registraram suas observações nas linhas

complementares. Como exemplo de respostas obteve-se as seguintes;

- “Pode ajudar mais ou menos”.

- “Talvez, ajudaria a estudar”.

Nas respostas transcritas concluímos que o primeiro aluno

demonstrou dúvida, ao passo que o segundo tem sua resposta que se enquadra ao

sim, no entanto, ele coloca na alternativa correspondente ao outros.

Devido as poucas respostas dos alunos no questionário,

buscamos juntos aos mesmo no cotidiano escolar saber qual a real posição deles,

quanto ao glossário. Esta atitude foi tomada de forma cautelosa, para que o próprio

aluno colocasse sua posição sem qualquer interferência de minha parte.

Depois de muitos questionamentos, a dúvida de uma parte da

sala foi esclarecida, quanto à função do glossário. Muitos dos que esclareceram

suas dúvidas, declararam ter escolhido o “não” e “outros” por não saberem qual o

significado da palavra glossário.

A participação destes alunos na parte escrita, foi pouco

expressiva, porém, nos seminários, na formulação de diversas palavras-chave e do

próprio glossário, foi bem satisfatória. Observe os exemplos:

84

AGROINDÚSTRIA - Atividade econômica que articula a agropecuária com a

indústria, envolvendo tanto a produção propriamente dita quanto a coleta, o

armazenamento, o beneficiamento e a distribuição dos produtos, bem como os

equipamentos e técnicas necessários para o desenvolvimento da agropecuária.

AMPLITUDE TÉRMICA: diferença em graus entre as médias de temperaturas

mais baixas e as médias de temperaturas mais altas. Sua medição pode ser

diária, mensal ou anual.

CHORUME DO LIXO - Efluente líquido proveniente dos vazadouros de lixo e dos

aterros sanitários. “Líquido escuro, malcheiroso, constituído de ácidos orgânicos,

produto da ação enzimática dos microorganismos, de substâncias solubilizadas

através das águas da chuva que incidem sobre o lixo”. O chorume tem composição

e quantidade variáveis.

COOPERATIVA - Grupo de produtores que se organizam em sociedades

comerciais, de maneira a diminuir os gastos na produção e buscar formas de tornar

mais fácil a comercialização.

DELTA - Depósito aluvial que aparece na foz de certos rios, avançando como um

leque, na direção do mar. Essa deposição exige certas condições como: ausência

de correntes marinhas, fundo raso, abundância de detritos, etc.

DESMATAMENTO - Prática de corte capina ou queimada, pelo uso do fogo ou

produtos químicos, que leva à retirada da cobertura vegetal existente em

determinada área, para fins de pecuária, agricultura ou expansão urbana.

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. É a entidade que se

preocupa com projetos agropecuários, seleção de sementes e de espécies,

orientando e estimulando o setor agrário, e incentivando a utilização de novas

técnicas.

85

ENERGIA HIDRELÉTRICA - Utiliza a energia potencial dos rios.

ENERGIA TÉRMICA - É obtida pela combustão de fontes orgânicas.

ENERGIA TERMONUCLEAR - Aproveita a energia liberada por átomos.

ESTATUTO DA TERRA - Assim se denomina a Lei 4.504, de 30 de novembro de

1964, que regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais,

para os fins de execução da reforma agrária e promoção da política agrícola no

Brasil.

GÁS NATURAL - "Mistura de hidrocarbonetos gasosos na qual predomina o

metano (CH3), que se encontra acumulada em jazidas subterrâneas porosas,

associada ou não com petróleo cru".

HECTARE - 10.000 metros quadrados (ou 2.471 acres).

IBAMA - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis - IBAMA - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis - IBAMA, é a instituição governamental encarregada de

executar as políticas de meio ambiente no âmbito do Governo Federal. Tem entre

suas atribuições a função de coordenar e fomentar a conservação de ambientes

naturais representativos dos ecossistemas brasileiros. Estas áreas protegidas

somam aproximadamente 4% do território brasileiro, distribuídas em diferentes

biomas.

MINIFÚNDIO - Propriedade rural de pequenas proporções, geralmente explorada

pela agricultura de subsistência. É o imóvel rural de área e possibilidade inferiores

às da propriedade familiar (Art. 4º, item IV, do Estatuto da Terra).

TERRA ROXA - Solo castanho-avermelhado, resultante da decomposição do

basalto. É também um solo de elevada fertilidade, de origem vulcânica, é utilizado

no cultivo de diversos produtos, tendo como destaque especial para o café.

86

TEMPERATURA - Estado atmosférico do ar medido em graus referente a calor ou

a frio.

TERRITÓRIO - Grande extensão de terra. Área terrestre, seu espaço aéreo e

mares vizinhos, organizados em um Estado soberano. O termo foi ainda usado

para definir, no Brasil, as unidades da Federação que, embora pertencendo a esta,

possuíam relativa autonomia, mas não possuíam população (número mínimo de

habitantes) e outros pré-requisitos para se transformar em Estado.

96%

4% 0%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

ST JAMES 8ª SÉRIE

Sim Não Outros

Fonte: Alunos da 8ª série, St James´ International School -2005 ALVES, Thiago Luiz. (Org.) Gráfico 35 – O uso do glossário como para-didático no auxilio da elucidação das matérias ministradas para os alunos da 8ª série da St James´ International School-2005

Com 96% das escolhas, favorecendo o positivo uso do glossário, a

8ª série demonstrou um bom relacionamento com este tipo de instrumento. Muitos

responderam as linhas complementares, mesmo com formas mais simples de

expressões. Podemos observar este fato, em alguns exemplos descritos pelos

próprios alunos;

- “Porque facilita o aprendizado”.

87

- “Porque você pode recorre a ele quando necessário”.

- “Porque você terá mais facilidade de achar os significados

das palavras”.

- “Porque tira todas as dúvidas”.

- “Porque ajuda a memorizar a matéria”.

- “Porque o glossário contém tudo que já vimos”.

- “Por que isso me ajuda a lembrar”.

- “porque facilita relembrar os assuntos trabalhados em sala”.

- “Pois nele haverá uma definição exata do assunto”.

- “Porque você compreende assim as palavras citadas na

aula”.

Baseando-se nas respostas dos próprios alunos, notamos a

real satisfação no uso do material. E como observamos na foto 2, os alunos

reunidos para estabelecer quais as respostas mais coerentes com as palavras

chaves. Ao passo que, na foto 3, os alunos redigem as formas mais corretas para

as palavras chaves, escolhidas por eles mesmos.

88

Fonte: ALVES, Thiago L., 2005. Imagem 2: Alunos da 8ª série discutindo a parte do glossário relacionado com o tema “globalização

Fonte: ALVES, Thiago L., 2005. Imagem 3: Alunos da 8ª série redigindo o texto oficial das palavras chave que fazem parte do presente glossário

89

Já os 4% da sala, que optaram pelo não, tiveram apenas uma

resposta escrita na linha complementar;

- “Não porque da preguiça de ler”.

Considerando esta justificativa incoerente, não encontramos

nesta sala nenhuma resistência para a aplicação deste instrumento para-didático.

A qualidade das aulas nesta sala foi surpreendentemente

elevada, após a introdução deste instrumento. E as palavras que foram estudadas

na 8ª série, que estão contidas no glossário, são as seguintes:

AMAZÔNIA LEGAL - Região do território brasileiro compreendida pelos Estados do Acre,

Amapá, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Rondônia e oeste do

Maranhão. ANÁLISE AMBIENTAL - Exame detalhado de um sistema ambiental, por meio do estudo

da qualidade de seus fatores, componentes ou elementos, assim como dos processos e

interações que nele possam ocorrer, com a finalidade de entender sua natureza e

determinar suas características essenciais.

CRESCIMENTO ECONÔMICO - Para um país seria o crescimento da produção, ao longo

do tempo, geralmente medido pelo crescimento da produção (produto nacional bruto) ou

da renda nacional dividida pelo número de habitantes (renda per-capita). “O crescimento

econômico se distingue conceitualmente do desenvolvimento econômico por que este

supõe também mudanças estruturais, inovações tecnológicas e empresariais e

modernização da economia em geral”. Uma economia moderna e desenvolvida pode

progredir somente pelo crescimento, mas se entende que a economia de um país

subdesenvolvido exige também essas outras mudanças; mais ainda, acredita-se que, para

permiti-lo, tais mudanças devem preceder o crescimento.

EXPLORAÇÃO EXTENSIVA - É aquela que se usa quantidade comparativamente

pequena de mão-de-obra e capital (excluída a terra) por unidade de superfície.

90

FAIXA DE FRONTEIRA - A faixa interna de 150 km, ao longo das fronteiras do Brasil (Lei

nº 6.634/79).

FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI) – Organismo criado em 27.12.1945, a

partir da Conferência de Bretton Woods, realizada no ano anterior. Tem sede em

Washington e compõe o sistema financeiro da ONU. Tem 151 países membros. GUERRA FRIA: Termo de propaganda surgido no pós-guerra, com repercussões no

campo psicossocial, utilizado para expressar o conflito ideológico entre as potencias

capitalistas e socialistas vitoriosas na Segunda Guerra Mundial (1939-45), e que durou de

quatro décadas, arrefecendo na década de 70 e encerrando-se com a queda do Muro de

Berlim, em 1989.

MORATÓRIA - prorrogar o pagamento de uma dívida.

NEOLIBERALISMO - Doutrina político-econômica que representa uma tentativa de

adaptar os princípios do liberalismo econômico às condições do capitalismo moderno.

Defende a idéia de que a vida econômica é regida por uma ordem natural formada a partir

das livres decisões individuais. Mas acham que há necessidade de um disciplinamento da

economia de mercado na medida suficiente para garantir a sobrevivência deste modelo.

Alguns adeptos do Neoliberalismo pregam a defesa da pequena empresa e o combate aos

grandes monopólios na linha antitruste dos Estados Unidos. No plano social, o

Neoliberalismo defende a limitação da herança e das grandes fortunas e o

estabelecimento de condições de igualdade que possibilitem a concorrência.

OLIGOPÓLIO - Tipo de estrutura de mercado nas economias capitalistas em que

poucas empresas detêm o controle da maior parcela de mercado. Ele é uma

tendência que reflete a concentração da propriedade em poucas empresas de

grande porte, pela fusão entre elas, incorporação ou mesmo por eliminação

(compra, dumping ou práticas restritivas) das pequenas empresas.

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - somatório de todas as riquezas produzidas

dentro do território econômico do país, independente de sua origem. Inclui-se

nesse valor, os lucros remetidos para o exterior realizados por empresas

multinacionais.

91

TRUSTES - Grandes empresas que incorporam seus concorrentes formando

conglomerados

TOYOTISMO - método industrial de produção cujo nome é uma referência à

empresa japonesa Toyota, utilizando menor esforço humano, menor estoque de

mercadorias, menor investimento em ferramentas e menor tempo de engenharia

para desenvolver um novo produto, além de informações e transportes mais

eficazes, além de atender à solicitação de pequenas alterações do produto por

parte da clientela. É também conhecido como "Just in time".

XENOFOBIA - Sentimento de repulsa de uma população ou indivíduos em relação

a outras.

ZONA FRANCA: Área delimitada no interior de um país beneficiada com incentivos

fiscais e tarifas alfandegárias reduzidas ou ausentes. Seu objetivo é estimular o

comércio e, às vezes, acelerar o desenvolvimento de uma região. A Zona Franca

de Manaus foi criada em 1967.

O nível de aceitação dos alunos em todas as séries pode ser

considerado bem elevado, tendo em vista que cerca de 85% dos mesmos,

aprovaram o uso deste instrumento. A melhora no processo é real de ensino em

todas as salas, após a aplicação do glossário, além disso, foi também evidente nos

resultados finais de cada um dos bimestres.

Desta forma, podemos concluir que, o uso consciente deste e

de outros instrumentos de ensino, pode levar os alunos a um desempenho

almejado pelos professores e também pelos familiares.

92

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitas foram as transformações que ocorreram com relação ao

pensamento geográfico. Quando falamos especificamente do ensino desta ciência,

que por alguns autores é conhecida como “ciência da dualidade”. Este fato ocorre,

pelo simples motivo do dinamismo do mundo atual. Voltando nossos olhos não

apenas para a compreensão das matérias ministradas, mas também, para todos os

movimentos que a sociedade mundial contemporânea executa.

Por este motivo, cabe aos educadores, a busca de um ensino

pautado no pensamento geográfico, mais atuante e inovador. Com a finalidade do

crescimento social e principalmente trabalhando à busca de pensamentos críticos e

reflexivos, por parte de nossos alunos.

Os PCN´s (Parâmetros Curriculares Nacionais)*, foram

desenvolvidos com a finalidade de buscar em todas as disciplinas, métodos

inovadores e criativos a fim de melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Os

PCN´s, são ferramentas de apoio muito importantes no auxílio didático do docente.

A finalidade deste projeto, foi a busca do interesse dos alunos para o aprendizado

de todas as matérias.

Utilizando as observações feitas no presente trabalho, verifica-se

que os alunos atualmente, são muito mais exigentes e até mesmo criativos, do

ponto de vista da autonomia na aprendizagem das matérias ministradas. As

informações, chegam muito mais rapidamente para eles, ao passo que o volume

do conteúdo a ser apresentado é extenso. Sendo o papel do alunos , mas o

93

professor também pode instruir os alunos a selecionarem melhor as informações

mais importantes a serem ressaltadas, neste “universo” de saberes.

Para o grupo de alunos que foram estudados neste trabalho, um

professor com uma prática meramente tradicional, tem uma série de problemas,

quanto ao domínio da sala e também a retenção das atenções dos mesmos. Ao

passo que, o bom professor para os pelos alunos, é aquele que busca

instrumentos de ensino eficientes e, principalmente, que demonstre firmeza em sua

aplicação em de uma sala de aula com os mesmos.

Quanto à aplicação das palavras-chave, como instrumento de

ensino notamos, uma surpreendente melhora nas tarefas de pesquisa, e

principalmente, no interesse pelo conteúdo trabalhado em sala. Foi esclarecido

pelos próprios alunos que a aplicação desta metodologia facilita a compreensão

em sala de aula, sendo aceita por aproximadamente 96% dos alunos da instituição.

Esse percentual é satisfatório, considerando que a pesquisa nos dias atuais, pode

ser um ponto não muito agradável, que vem de encontro a outros objetivos, tidos

como mais importantes para os alunos, como por exemplo, a ida a um clube ou

navegar na Internet procurando diversão e novos amigos.

Quanto ao glossário, notamos um índice mais baixo de aceitação.

Mesmo sendo um instrumento montado por eles próprios, alguns alunos não

sabiam o significado da palavra glossário. Desta forma, grande parte dos 10% que

escolheram o não, demonstraram certo arrependimento em suas escolhas. Já os

85% dos alunos que optaram pelo sim, mostraram-se mais aplicados no processo

de aprendizagem e também com interesses maiores nas aulas ministradas.

Outra característica a ser ressaltada, é a importância que eles

deram para o trabalho como um todo. Pois, antes de serem finalizadas as palavras

94

para constarem no glossário, todas as salas se reuniram em grupos menores para

unificar as respostas obtidas a parte de todas as pesquisas. Mostrando a

importância do instrumento, não apenas para o crescimento intelectual, mas

também, das relações sociais que foram construidas durante o processo de

desenvolvimento deste trabalho.

O trabalho com a instrumentação do ensino, não é nada fácil para

o professor, pois terá que ser dinâmico, criativo e principalmente não perder o

enfoque que foi dado aquele tipo de aula.

Outro contratempo marcante para a prática de aulas inovadoras, é

a falta de apoio da instituição, ou ainda, a falta de instalações necessárias para

este tipo de prática a ser executada. Esta realidade, infelizmente é muito marcante

ainda em nossas escolas e colégios, salvo poucas instituições de ensino.

Como um dos objetivos da pesquisa era compreender a

importância do uso dos instrumentos no ensino de Geografia, possuindo

concepções mais empíricas, sobre técnicas novas a serem aplicadas. Acredito sim,

que tal o objetivo almejado pela pesquisa foi alcançado, pois obtivemos com este

trabalho uma constatação na importância do trabalho de novas técnicas a serem

aplicadas junto os alunos em sala de aula. Por fim cabe ressaltar, que o trabalho

de pesquisa sobre o uso do glossário como um para-didáticos no ensino de

geografia não é uma única fonte de aulas diferenciadas ou mesmo dinâmicas, mas

apenas um pequeno exemplo, de como é importante diversificação na

instrumentação do ensino e no processo de aprendizagem dos alunos, sendo

também uma alternativa para a melhoria da educação em nosso país.

95

REFERÊNCIAS

ABREU, Adilson A. et al. O tempo e o clima. São Paulo: Edart, 1980. (Projeto brasileiro para o ensino de Geografia)

AB'SÁBER, Aziz Nacib. Formas do relevo: trabalhos práticos. São Paulo : Edart, 1975. (Projeto brasileiro para o ensino de Geografia)

ANDRADE, Manuel C. de A. Geografia Econômica. 12a ed. São Paulo: Atlas, 1998.

BONILLA, J. A. Fundamentos da agricultura ecológica. São Paulo: Nobel, 1992.

BRASIL – Ministério da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias, Brasília: MEC/SEF, 1999. BRASIL – Ministério da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia: Brasília MEC/SEF, 1998.

CÂMARA, G. et al. Geoprocessamento: teoria e aplicações. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br>, Acesso em 20 maio. 2004.

DUARTE, Paulo A. Escala: fundamentos. Florianópolis: ed. da UFSC, 1983.

GOMES, Marquiana de Freitas Vilas Boas e ARCHELA, Rosely Sampaio. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: UEL, 1999.

GUERRA, Antonio J. T. & CUNHA, Sandra B. (Orgs.). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 1994.

JOHNSON, A. G. Dicionário de sociologia: guia prática da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

LACOSTE, Yves. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1988. MAACK, R. Geografia física do estado do Paraná. 3.ed. Curitiba: Imprensa Oficial, 2002.

MIRABELLI, Helena et al. Indústria: fatores de localização. São Paulo: Edart, 1976. (Projeto brasileiro para o ensino de Geografia)

MULLER, M. S. et al. Normas e padrões para teses, dissertações e monografias. Londrina: EDUEL, 2003.

OBJETIVO I e II - Curso de Bio-exata.

96

OBJETIVO Livro do Professor – ensino médio de geografia para 1ª série.

OBJETIVO Livro do Professor – ensino médio de geografia para 2ª série (1HB).

OLIVEIRA, Cêurio de. Dicionário cartográfico. Rio de Janeiro : IBGE, 1988.

OLIVEIRA, Lívia de..Revista Ciência Geográfica. Bauru, v. 2, n. 22, p.43-45, Maio/Ago. 2002. PONTUSCHKA, N.N. A Formação pedagógica do professor de geografia e as práticas interdisciplinares. São Paulo, 1994. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação da USP.

RANGEL, Ignácio. Questão agrária, industrialização e crise urbana no Brasil. Porto Alegre: UFRGS. 2000.

RIBEIRO, Elisângela. A importância da instrumentação no ensino de Geografia fundamental e médio. 2004. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia) – Universidade Estadual de Londrina. ROCHA, Rego Odilon Genylton da. Ensino de geografia e a formação do geógrafo-educador. São Paulo, n. 11, p.177-88, ago. 1993. ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. 4.ed. São Paulo: USP, 2003.

SANTOS, Milton; SILVEIRA, María L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1994.

SCHÄFFER, Neiva O. et al. (Org.). Ensinar e aprender Geografia. Porto Alegre: AGB, 1999.

SONDONI, Paulo. Dicionário de Economia e Administração São Paulo: Nova Cultural, 1996.

WILSON, E.O. (Org.). Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

97

ANEXO

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Questionário proposto para buscar um bom desempenho do aluno em sala.

Professor Thiago 1) Qual o tipo de professor que você tem mais preferência? a) enérgico b) paciente c) tradicional d) carismático e) outros:______________________________________________________________ 2) O que mais chama a sua atenção em uma aula? a) uma boa aula b) novidades sobre a matéria c) atualidades d) uso de materiais alternativos (para didáticos) e) outros:______________________________________________________________ 3) Um glossário, com termos sobre o assunto que esta sendo abordado em sala de aula,

seria um bom instrumento de memorização da matéria? a) Sim :________________________________________________________________ b) Não:________________________________________________________________ c) Outros:______________________________________________________________ 4) O uso de palavras chaves são importantes para uma memorização da matéria? a) Sim:________________________________________________________________ b) Não:________________________________________________________________ c) Outros:______________________________________________________________ 5) Quais os prováveis motivos que levam você a não se interessar a estudar o conteúdo

dado em sala de aula? a) Nenhum, pois eu estudo o conteúdo b) Falta de tempo c) Falta de incentivo d) Não gostar da matéria e) Outros:______________________________________________________________ 6) Por qual motivo que você fixa mais uma determinada matéria, do que outra? a) devido ao conteúdo ser do meu interesse b) por influência familiar c) pela figura do professor d) gosto de todas as matérias e) outros:___________________________________________________________ 7) O que faz você ter um maior prazer em aprender as matérias ministradas? (você pode

marcar mais de uma alternativa) a) uma boa aula

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b) um bom professor c) bons matérias d) boa estrutura da instituição e) boa biblioteca f) acesso a internet g) outros:______________________________________________________________ 8) Que tipo de método pode ser utilizado pelos professores, para um maior resultado na

memorização da matéria ministrada? a) Exemplos do cotidiano b) Colocar para os alunos uma linguagem mais acessível c) Um bom material de apoio d) Aulas de reforço no contra-turno e) Outros:______________________________________________________________ 9) Qual a expectativa sua para o uso do conteúdo aprendido em sala de aula, no seu

cotidiano e para sua vida? a) Não tenho expectativa de uso da matéria fora da sala de aula. b) Boa, mais utilizarei menos da metade de tudo que aprendi c) Muito boa, utilizarei mais da metade de tudo que aprendi d) Excelente, pois tudo o que aprendo na escola me servira para toda minha vida e) Outros:______________________________________________________________ 10) Quais os meios de aprendizagem você utiliza mais em seus estudos e pesquisas?

(você pode marcar mais de uma alternativa) a) Livro ou apostila do material b) Enciclopédia c) Idas a biblioteca d) Outros livros ou apostilas não utilizadas em seu cotidiano e) Internet f) Revistas g) Jornais h) Televisão i) Apoio familiar (mãe, pai, irmãos e etc.) j) Outros:______________________________________________________________ 11) Por que os livros e materiais de apoio estão sendo deixados de lado pelos alunos? a) dificuldade no acesso b) falta de incentivo por parte dos familiares c) falta de incentivo por parte dos professores em estimular a ida até a biblioteca d) acomodação do próprio aluno por obter atualmente meios mais rápidos e) Outros:______________________________________________________________

12) Qual o tipo de aula que você mais gosta?

a) expositivas b) no quadro c) seminário d) participativa e) outros:______________________________________________________________