uma nova exigência no mercado de trabalho

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Uma nova exigência no mercado . Um novo perfil profissional vem sendo exigido pelas empresas dos mais diversos setores devido a uma transformação em curso na economia mundial. Esse novo funcionário modelo vai além das expectativas de apenas um empregado com grande conhecimento técnico ou uma sólida experiência em determinada função. Atualmente, é levada em consideração a capacidade de adaptação do funcionário em outras funções, projetos inusitados e postos de trabalho. Essa nova atribuição avaliada no trabalhador baseia-se em seu conhecimento geral e não apenas em suas habilidades específicas. O exemplo mais perfeito dessa transição está nos Estados Unidos. Hoje, a Apple é a maior empresa americana em valor de mercado, posto que já foi ocupado pela montadora GM e pela petroleira Exxon. A força da Apple não está em sua capacidade de manufatura, mas em seu poder de inovação, design e marketing, reflexo em parte de uma equipe dinâmica e altamente adaptativa onde o funcionário trabalha naquilo que melhor exerceu em sua experiência na empresa, independente de sua formação acadêmica. Como o Brasil está posicionado para essa nova corrida global? Estamos mal. Uma pesquisa recente, fruto de uma parceria entre a PwC consultoria e a rede social profissional LinkedIn, analisou o nível de adaptação da mão de obra em 11 países. Trata-se de um conceito pouco usual, mas nem por isso menos importante: ele mede a capacidade das pessoas de mudar ao longo da carreira e encontrar o melhor posto de trabalho. A idéia é que pessoas certas nos lugares certos são mais produtivas. No ranking final, o Brasil aparece em nono lugar, à frente apenas dos outros dois emergentes do estudo, Índia e China, mas bem distante dos primeiros colocados, Holanda e Reino Unido. Uma das razões do baixo poder de adaptação dos trabalhadores brasileiros é o histórico problema da educação no país. É algo que começa na pré-escola e não melhora até a graduação. O mais determinante no desenvolvimento de novas habilidades é o acúmulo de conhecimento, nas empresas é determinado pelo

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Análise sobre novas exigências no mercado de trabalho mundial .

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Page 1: Uma Nova Exigência No Mercado de Trabalho

Uma nova exigência no mercado .

Um novo perfil profissional vem sendo exigido pelas empresas dos mais diversos setores devido a uma transformação em curso na economia mundial. Esse novo funcionário modelo vai além das expectativas de apenas um empregado com grande conhecimento técnico ou uma sólida experiência em determinada função. Atualmente, é levada em consideração a capacidade de adaptação do funcionário em outras funções, projetos inusitados e postos de trabalho.

Essa nova atribuição avaliada no trabalhador baseia-se em seu conhecimento geral e não apenas em suas habilidades específicas. O exemplo mais perfeito dessa transição está nos Estados Unidos. Hoje, a Apple é a maior empresa americana em valor de mercado, posto que já foi ocupado pela montadora GM e pela petroleira Exxon.

A força da Apple não está em sua capacidade de manufatura, mas em seu poder de inovação, design e marketing, reflexo em parte de uma equipe dinâmica e altamente adaptativa onde o funcionário trabalha naquilo que melhor exerceu em sua experiência na empresa, independente de sua formação acadêmica.

Como o Brasil está posicionado para essa nova corrida global? Estamos mal. Uma pesquisa recente, fruto de uma parceria entre a PwC consultoria e a rede social profissional LinkedIn, analisou o nível de adaptação da mão de obra em 11 países.

Trata-se de um conceito pouco usual, mas nem por isso menos importante: ele mede a capacidade das pessoas de mudar ao longo da carreira e encontrar o melhor posto de trabalho. A idéia é que pessoas certas nos lugares certos são mais produtivas.

No ranking final, o Brasil aparece em nono lugar, à frente apenas dos outros dois emergentes do estudo, Índia e China, mas bem distante dos primeiros colocados, Holanda e Reino Unido.

Uma das razões do baixo poder de adaptação dos trabalhadores brasileiros é o histórico problema da educação no país. É algo que começa na pré-escola e não melhora até a graduação.

O mais determinante no desenvolvimento de novas habilidades é o acúmulo de conhecimento, nas empresas é determinado pelo quanto investem no aprendizado de seus profissionais, outra área em que o Brasil poderia fazer mais, principalmente entre as médias e pequenas empresas.