uma história de amor uma escola para todos - cbb · a transmissão e ensino do conteúdo religioso...

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 17 Domingo, 24.04.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Conheça o Projeto “Meninas do Rei Jesus” Veja quais são as diretorias eleitas na 96 a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) Evento foi realizado no Mendes Convention Center, na cidade de Santos – SP, entre os dias 13 e 19 de abril Meninas do Rei Jesus destina-se principalmente a meninas que não frequentam uma igreja evangélica. Serve para alcançar meninas de rua, de comunidades, de escolas e até mesmo de condomínios, alfabetizados ou não. Página 8 Uma história de amor Uma escola para todos Quarto domingo de abril: Dia da Escola Bíblica Dominical (EBD) Página 13

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Page 1: Uma história de amor Uma escola para todos - CBB · A transmissão e ensino do conteúdo religioso sempre foi uma prioridade na vida do povo de Deus, transmitida ... povo desde a

1o jornal batista – domingo, 24/04/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 17 Domingo, 24.04.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Conheça o Projeto “Meninas do Rei Jesus”

Veja quais são as diretorias eleitas na 96a Assembleia da Convenção Batista

Brasileira (CBB)Evento foi realizado no Mendes Convention

Center, na cidade de Santos – SP, entre os dias 13 e 19 de abril

Meninas do Rei Jesus destina-se principalmente a meninas que não frequentam uma igreja evangélica. Serve para alcançar meninas de rua, de comunidades, de escolas e até mesmo de condomínios, alfabetizados ou não. Página 8

Uma história de amor Uma escola para todos

Quarto domingo de abril: Dia da Escola Bíblica Dominical (EBD)

Página 13

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2 o jornal batista – domingo, 24/04/16 reflexão

E D I T O R I A L

EBD: Uma história de amor – Uma escola para todos

Gosto de pensar na história da Escola Bíblica Dominical (EBD) como uma

história de amor, pois nasceu como fruto do amor de um jornalista no interior da In-glaterra que, vendo crianças vagando pelas cidades sem escola, sem lar, sem família, as reuniu para ensinar-lhes as primeiras letras e os pri-meiros conceitos sobre Deus. Este primeiro capítulo que desenrolou em Gloucester, em 1780, por Robert Raikes, e chegou até nós com o casal Robert e Sarah Kalley, em 19 de agosto de 1855, em Petró-polis - RJ, com uma primeira classe composta de cinco crianças.

A transmissão e ensino do conteúdo religioso sempre foi uma prioridade na vida do povo de Deus, transmitida pelo próprio Deus a Moisés no início da formação do povo escolhido. Assim, disse Deus a Moisés: “E estas pa-lavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás sentado em casa e andando pelo caminho,

ao deitar-te e ao levantar-te. Também as amarrarás como sinal na mão e como faixa na testa” (Dt 6.6-8).

Mais tarde, já com Esdras e Neemias, após a volta do exílio babilônico, o povo se reuniu para ouvir as pala-vras da lei em um ardor tão grande que todos ouviram a leitura da lei do alvorecer até o meio-dia: “Então, como se fosse um só homem, todo o povo se reuniu na praça, diante da porta das Águas. E pediram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés, que o Senhor dera a Israel. E assim, no pri-meiro dia do sétimo mês, o sacerdote Esdras trouxe a Lei perante a comunidade, que era constituída de homens, de mulheres e de todos os que podiam entender. E a leu em voz alta de frente para a praça diante da porta das Águas desde o alvorecer até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres e dos que podiam entender. E todo o povo estava atento à leitura do Livro da Lei” (Ne 8.1-3).

No Novo Testamento te-mos o relato que a Igreja Pri-

mitiva se reunia para apren-der a doutrina dos apóstolos: “E eles perseveravam no ensi-no dos apóstolos e na comu-nhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42). Assim, a história prossegue mostrando que o estudo da Palavra de Deus sempre foi prioridade entre os cristãos.

Além de ser uma histó-ria de amor pela Palavra de Deus, a EBD também tem um diferencial que a distingue de qualquer outra escola, porque:

1) - É uma escola para to-dos, sem distinção de classe, cultura, idade. Todos preci-sam aprender a Palavra de Deus. Desde o nascimento, o neném já começa a apre-ender os primeiros conceitos da fé cristã: Deus, Jesus, Igreja, próximo, indivíduo, família, Bíblia, mundo na-tural. Tais conceitos vão se apoiando e aprofundando à medida que este aluno vai crescendo e passando por todas as fases do desenvolvi-mento humano até alcançar a terceira idade. Portanto, enquanto viver, o ser huma-no tem a oportunidade de

estudar a Palavra de Deus na linguagem e interesses de sua fase etária.

2) - O livro texto é ímpar, cuja matéria tem um único foco: A revelação de Deus. A matriz curricular oferecida pela EBD tem um único fio condutor: Do Gênesis ao Apocalipse mostra o fio es-carlate que indica o caminho do retorno para Deus, Jesus Cristo. Portanto, o conteúdo da EBD é cristológico.

Neste mês de abril, quan-do os cristãos evangélicos, especialmente os Batistas brasileiros, celebram a EBD, o desafio nos é relançado: Fortaleçamos as nossas EBDs, desafiemos a membresia das nossas Igrejas a serem alu-nos desta Escola sem igual, cumpramos a nossa missão: Ensinar a Palavra de Deus a tempo e fora de tempo, conforme nos diz Paulo a Timóteo: “Prega a Palavra, insiste a tempo e fora de tem-po, aconselha, repreende e exorta com toda paciência e ensino” (II Tm 4.2).

Solange d’Almeida, coordenadora Editorial

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional,

doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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3o jornal batista – domingo, 24/04/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Essa é a palavra-chave do momento. Há crise para todos os gostos; fica até difícil listar to-

das as crises que atormentam as pessoas no momento. Há a eterna crise no Oriente Mé-dio, que se acostumou a viver nessa situação. Há crise nas relações internacionais. Os dirigentes do mundo não con-seguem chegar a um acordo de paz, um pacto duradou-ro. Há crise na saúde. Fal-tam remédios essenciais para combater doenças novas e antigas. Há crise na educação. Faltam salários dignos para os professores, e estrutura adequada nas salas de aulas. Algumas escolas não tem giz. Merenda, nem falar! A CPI da merenda comprovou que o dinheiro foi desviado. Há crise na família. Os pais estão perdidos, não sabem educar

Todos os dias recebe-mos notícias através do rádio, TV, jor-nais, que a situação

de nossa Nação não anda bem. Há problemas de cor-rupção, a economia está afetada e o povo brasileiro anda desconfiado. Muitos clamam por mudanças, ou-tros chegam a participar de protestos nas ruas, enfim, estamos vivendo tempos difíceis.

e são dominados pelos bebês. Há crise de relacionamento entre as pessoas. Não há in-teração nos relacionamentos. Prefere-se o WhatsApp com suas frases truncadas, assas-sinato da língua, que dá a sensação de se estar plugado, quando, na verdade, o indiví-duo encontra-se no vácuo da solidão e da individualidade que matam.

Há crise por não poder adquirir tudo o que a mídia sugestiona a comprar. As pessoas não conseguem mais viver com o pão de cada dia. Ofegantes e ansiosas, sofrem com os males do amanhã. Isso gera doenças que não são diagnosticadas. O esculá-pio não consegue definir se o doente sofre no corpo físico ou se o sofrimento é na alma. Comprova-se o que o impera-dor amarelo da China, Huang

A pergunta que fica é: “Por-que chegamos onde chega-mos, será que a situação ruim é só em nossa Nação?”. O que tem acontecido com o mundo em que vivemos? As Escrituras registram a causa dos problemas do ser huma-no. Quando leio II Timóteo 3 vejo o quadro pintado por Paulo sobre a situação da humanidade.

O primeiro versículo diz: “Sabe, porém, isto: Nos úl-

Ti, afirmou há 4.500 anos: “A frustração pode fazer com que as pessoas fiquem fisica-mente doentes.” Como há gente doente na sociedade, inclusive nas Igrejas.

Há crise financeira, na po-lítica e entre os políticos. A nossa Nação vive um mo-mento de profunda crise. No aspecto moral, de caráter, não há como definir o mo-mento atual. A corrupção, companheira fiel do nosso povo desde a descoberta até os dias atuais, está entranha-da nas vísceras de todos. Não há um justo, nenhum sequer, repetiria o apóstolo Paulo o que disse em Romanos 3.10. Até mesmo entre os salvos a peçonha da corrupção não é erradicada. Na profissão de fé o candidato promete que será fiel com sua presença e dízi-mos. Mas jamais contribui

timos dias sobrevirão tem-pos difíceis” (II Tm 3.1). Os versos 2 a 4 relatam o qua-dro desesperador, senão vejamos: “Os homens serão amantes de si mesmos”.

Amar a si mesmo significa odiar o próximo. O texto diz que serão gananciosos, presunçosos, soberbos, blas-femos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural, irrecon-ciliáveis, caluniadores, sem

e vem quando quer. Ao ser organizado em Igreja, o gru-po promete devolver o Plano Cooperativo para sustentar a obra. Os anos se passam e o relatório continua em branco.

Estamos em crise e não há a quem recorrer. É a situação descrita por Ezequiel 22.30. Deus diz: “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu a não destruísse, mas a ninguém encontrei” (Ez 22,30). O mes-mo se pode dizer da crise política atual. Não consegui-mos vislumbrar para o futuro alguém com ficha limpa.

Na Grécia antiga o filósofo Diógenes de Sinopse, que morava em um tonel, andava durante o dia pelas ruas de Atenas com uma lamparina acesa. Questionado, respon-

domínio de sim, sem amor para com os bons, traidores, orgulhosos. O resumo de todo esse quadro sombrio é explicado no final do verso 4: “Mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus” (II Tm 3.4).

Quando o homem dá as costas para Deus, quando o homem não busca fazer o que Deus quer, a situa-ção fica difícil. Vivemos em um mundo em que jaz

dia que estava procurando um homem de valor. Isto no século IV a.C. Hoje, talvez, o cínico, não teria coragem de portar lamparina, pois a corrupção ocorre sol a pino.

Como salvos somos respon-sáveis e responsabilizados pela crise atual. O ser luz e ser sal recomendado por Jesus deixou de ser desafio para os salvos. Discutimos a crise com o mes-mo jargão dos infiéis.

A crise precisa ser enca-rada a partir de cada salvo, cada Igreja, cada Associação, cada Convenção estadual e a CBB. Quando solucionarmos a crise de fidelidade doutri-nária, teremos condições de influenciar a crise do nosso querido Brasil. Persiste a de-claração bíblica: Não há um justo, nem um sequer, mes-mo entre os salvos. Vamos tirar a trave dos nossos olhos.

no maligno, as pessoas an-dam cada vez mais longe de Deus. O que fazer? Como sair da situação em que vi-vemos? A solução é buscar ao Senhor enquanto se pode achar.

Quando o homem busca a Deus, quando o homem tem um relacionamento saudável com Deus, ele passa a viver para a Glória de Deus. Então, diante de tempos difíceis, busquemos a Deus.

Crise

Tempos difíceis

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4 o jornal batista – domingo, 24/04/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

A sabedoria bíblica

reflexão

“Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericór-dia e de bons frutos, sem par-cialidade, e sem hipocrisia” (Tg 3.17).

Paulo e Tiago certa-mente não frequen-taram as mesmas es-colas e os mesmos

mestres. Ambos, porém, após experiência profunda com Cristo e Seus ensinos, con-cluíram que a sabedoria que resulta da comunhão com o Senhor é aquela que deve motivar a conduta cristã. “A sabedoria que vem do céu é, antes de tudo, e é também pacífica, bondosa e amigável. Ela é cheia de misericórdia, produz uma colheita de boas ações, não trata os outros por sua aparência e é livre de fin-gimento” (Tg 3.17).

O conteúdo da sabedo-ria, conforme definido por

Tiago, como que sinteti-za a conduta ética que o cristão deve ter. O verso 17, capítulo 3, é um resu-mo da Carta de Tiago e se harmoniza com o ensino novo-testamentário sobre o comportamento do cristão.

Antes de mais nada, a sa-bedoria bíblica é um dom de Deus. E Tiago 1.5 acrescenta: Cristão que quiser vivenciar tal sabedoria basta pedir ao Senhor, que Ele a concederá com liberalidade. Mais ainda – assim como a fé, a sabedo-ria bíblica se manifesta por ações coerentes de bondade, misericórdia, pureza, bom relacionamento, sem discri-minação e hipocrisia. A tudo isso, que vem pela Graça de Deus, Pedro acrescenta: “Continuem crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pe 3.18). A sabedoria bíblica nos dá “A mente de Cristo”.

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

A Bíblia é a Palavra de Deus. Ela não contém a Palavra de Deus, ela é a

Palavra Eterna de Deus. Há pessoas que ainda insistem em dizer que a Bíblia contém a Palavra de Deus, que ela sofreu alteração ao longo dos séculos. A Bíblia ainda é o Li-vro mais produzido e comer-cializado no mundo, por mais que campanhas céticas dos ateus digam que ela nada tem de sagrada. Por mais ataques que a Bíblia sofra, ela se man-tém cumprindo os propósitos de Deus levando homens e mulheres para mais perto do Senhor e promovendo liber-tação na vida daqueles que a leem. A Bíblia ainda sofre ataques daqueles que dizem que ela é apenas um conjunto de regras e preceitos morais forjados pelos primeiros cris-tãos, que ela é uma cartilha de moralidade e cabresto social e sexual. Outros ainda afirmam que a Bíblia é apenas um conjunto de histórias in-ventadas por homens que os cristãos ignorantes acreditam ser verdade.

Para muitos, nesse contexto relativista, a Bíblia não é e nem contém a única ver-dade, pelo contrário, eles dizem que a Bíblia pode até ser verdade para os cristãos fanáticos, mas que não é a verdade absoluta para a hu-manidade. Na realidade, o pastor C.H Spurgeon nos ad-verte assim: “A Bíblia contém o que os homens odeiam: A Verdade”. Para nós, a Bíblia é a verdade, é a Palavra de Deus imutável e sem erros. O Senhor Jesus afirmou isso em Sua oração por nós di-zendo assim: “Santifica-os na verdade, a tua Palavra é a verdade”. A Palavra de Deus promove santificação e retira de nós o desejo de satanás, a desobediência. A verdade da Bíblia remove o nosso desejo pecaminoso e nos ensina a vivermos de acordo com a vontade Soberana de Deus. A Verdade nos santifica, ou seja, nos leva para perto de Deus. Essa verdade nos li-berta, nos mostra novos ho-rizontes, nos leva a crer nas promessas de Deus, nos leva a crer no amor do Senhor por nós.

Em uma sociedade onde a verdade é questionada e

onde há muitas verdades, nós podemos com fé e con-vicção olhar para a Bíblia, a Palavra de Deus, e afirmar que ela é a verdade. Verdade que cura, resgata, liberta e promove salvação. Semee-mos a Palavra, a verdade, que é semente de Deus que não volta vazia, ela atinge o propósito de Deus, quando lançada com fé e esperança (cf. Isaías 55:11).

Em uma sociedade onde a verdade é questionada e onde há muitas verdades, nós podemos com fé e convicção olhar para a Bíblia, a Palavra de Deus, e afirmar que ela é a verdade. Verdade que cura, resgata, liberta e promove salvação. Paulo, o Apóstolo, diz que a “fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus”, ou seja, as pessoas precisam ouvir a Palavra de Deus (cf. Rm 10:17). Elas terão fé em Deus e irão aceitar a Jesus quando conhecerem o evangelho, as boas novas, através da Pala-vra. A Palavra é a semente de Deus que não volta vazia, ela atinge o propósito de Deus, quando lançada com fé e esperança (cf. Isaías 55:11). Jesus nos chama para sermos semeadores de Sua Palavra.

Marinaldo Lima, pastor da Igreja Batista em Sítio Novo – Olinda – PE)

Transformados pelo poder do Reino de Deus, Resgataremos vidas preciosas para o Senhor.Andando nos ensinos da Sua Palavra; Na vida mostrando o quanto é grande o Seu amor. Somente na fidelidade a Deus Pai, o Criador Faremos a diferença com o nosso testemunhoOrando e pregando com alegria e com fervor. Redimiremos vidas salvas por Jesus Martirizado na cruz para nos dar o perdão,Aceitando o vitupério pra ser nosso Redentor. Dominados pelo Santo Espírito de DeusO Evangelho pregaremos a tempo e fora de tempoSabendo que Ele agirá no coração do pecador.

Pelo poder do Reino do nosso bendito DeusEstamos preparados para a grande comissão.Lutando contra o mundo e suas hostes infernais, Obtendo a vitória e cumprindo a missão.

Peçamos sempre a Deus o poder do Seu Reino,Orando e jejuando com esperança e persistência,Dando testemunho de Sua ação em nossas vidas. Exercitando os nossos dons sempre com excelência, Revigorando diariamente uma fé destemida.

Dando sempre a Ele sacrifícios de louvor O fruto dos lábios, confessando o nosso amor.

Reinaremos com o Senhor na eternidade. Então, do reino de Deus mostremos os valores, Irmanados e juntos, proclamando a verdade. Neste imenso país sejamos pregadores; O Evangelho proclamando nos campos e cidades. Diariamente vivamos esta transformaçãoEm nossas palavras e em cada ação.

Deste mundo devemos ser o sal e a luz, Expressando os valores do reino de amor; Uma Igreja atuante com a mensagem da cruzSantificada aos Pés do nosso Senhor.

Bíblia: A Verdade

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5o jornal batista – domingo, 24/04/16reflexão

que não podemos tomar a forma do mundo, mas para sermos transformados pela renovação da nossa mente, para experimentar a agradá-vel, boa, e perfeita vontade de Deus.

Esses são os objetivos do ensino da Palavra de Deus na EBD das nossas Igrejas Batistas. E que Deus tenha misericórdia das nossas crianças, as quais é o futuro breve.

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

Na Escola Bíblica Dominical (EBD), o aprendizado começa como o

“OBDCER”, ao que na escola secular começa com “ABC-DE”. Temos classes para to-das as idades, desde o rol dos bebes até a idade avançada, com professores capacitados, que ensinam não aquilo que o aluno quer ouvir, mas as regras e os princípios da Pa-lavra de Deus.

Uma das regras para ser um professor da EBD é ter experiência com Cristo, e ter aprendido com Jesus através do ensino do Espirito Santo. Para ensinar nesta Escola é necessário que o professor tenha certos requisitos, pois ele é um transformador de vidas através da Palavra de Deus, “Que é viva e eficaz, é mais penetrante do que uma espada de dois gumes, ela penetra até a divisão da alma e do espírito e das jun-tas e medulas, ela é apta para discernir os pensamentos e as intenções do coração” (Hb 4.12).

Como em toda escola tem essas regras e princípios, na EBD temos como primeiro princípio a “Lei do profes-sor”. Um professor eficiente tem como base a sua própria experiência com Cristo, o seu estilo de vida. Como bom co-municador ele não pode ter o coração vazio, de acordo com I Coríntios 3.16: “Não sabeis que o Espírito Santo habita em seu coração, e que sois o templo de Deus, e que o Espirito de Deus habita em vós?”.

Outro princípio fundamen-tal do professor é o amor, como relata Mateus 22.37 e também Deuteronômio. “Ouve ó Israel o senhor nos-so Deus ele é o único Senhor,

João Duarte, diácono da Primeira Igreja Batista em Vila Rosali – São João de Meriti - RJ

Parabenizamos a Escola DominicalPorque hoje é o seu diaQueremos divulgá-laCom toda harmonia

Sentado em seus bancosComo eu aprendi;Aprendendo da PalavraAs lições do dia a dia

A Escola DominicalNão precisa de diploma,Mas aprendemos de JesusQue tira o homem da lama

A Escola DominicalNão dá anel de grau,Mas aprendemos da Palavra Que nos desvia do mau

Foi através desta EscolaQue eu aceitei Jesus Cristo,Por ver que ela temUm valor jamais visto

Eu por esta EscolaTenho um amor profundo,Por saber que ela éA maior Escola do mundo.

amarás o senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua força e de toda tua alma” (Dt 6.4-5). A vontade, a emoção, e a alma, o processo de ensi-nar a Bíblia é mais uma trans-formação da personalidade operada pela Graça de Deus através do Espirito Santo, que depois vai pela mesma graça alcançar outras pessoas para serem transformadas. Isso é evangelização através do ensino.

Transferir o conhecimento de intelecto para intelecto é simples. É o que acontece na escola, quando aprendemos o abc. Mas fazer esse trajeto via coração é mais difícil e mais compensador. E essa operação tem algumas regras para o professor. Em primeiro lugar, o seu caráter, sua afeti-vidade e o seu conteúdo.

O grande filósofo Sócrates resumiu a essência da comu-nicação em três conceitos. Ethos, Patfos, e Logos.

Ethos diz respeito ao seu caráter como regra funda-mental. Seu estilo de vida, na exposição da Palavra de Deus, nos ensinos na EBD. É necessário que o professor tenha boa reputação.

O professor que ensina a Palavra de Deus deve ter Patfos, que diz respeito as suas emoções para despertar os sentimentos e as emoções do aluno. Sócrates ensinava que são as emoções e os sentimentos que determinam o rumo dos nossos atos. Isso é chave para a motivação, já que Deus nos criou com emoções e sentimentos.

O professor da EBD precisa ter conteúdo, Logos (verbo). Curiosamente, no Evangelho de João aparece designan-do Jesus como Logos (João 1.14). O verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, vi-mos a Sua Glória, como a Glória do unigênito do Pai.

Desejando comunicar-se conosco, personificou sua mensagem, e é exatamente como o professor, pastor, evangelista, orador e mestre precisam fazer.

O verbo - A palavra é a nossa argumentação, que en-volve a alma, a nossa mente e o nosso coração. Como conteúdo, quando temos afe-tividade para impactar aquele que recebe a nossa palavra, como ensino da Palavra De Deus.

A “Lei do coração” tem significado sentimental, foi a resposta que Jesus deu aos doutores da lei: “Amaras ao senhor teu Deus de todo teu coração de toda tua alma e de todo teu poder, estas são as palavras que hoje te orde-no estarão no teu coração” (Mt 22.37).

O discípulo não é superior ao mestre, mas aquele que aprende será como o seu mestre. Jesus disse: Apren-dei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29).

Quando o professor, o pas-tor, o pregador, o mestre tem conteúdo, isto é, Jesus no seu coração, o seu ensino, sua palavra gera a percepção do Evangelho e ele descobre que Jesus é real em sua vida, é motivado a se integrar a essa rede de conhecimento da Palavra de Deus. Ensinar é algo que o salvo faz, apren-der é com o aluno. O ponto central do ensino da Palavra de Deus localiza-se naquilo que o professor, o pastor, o pregador tem como estilo de vida; isso é mais eficiente do que a decorrência da didática praticada.

A aprendizagem significa que houve uma mudança na mente, nas emoções e na vontade. Sempre que aprendemos sofremos mo-dificações e uma transfor-mação radical. Paulo ensina

Escola Bíblica Dominical

Abril: Comemoração do mês da Escola Bíblica Dominical

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6 o jornal batista – domingo, 24/04/16 reflexão

Alonso S. Gonçalves, Igreja Batista Central em Pariquera-Açu - SP

O Supremo Tribu-nal Federal (STF) realizou uma Au-diência Pública

no dia 15 de Junho de 2015 para tratar da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de nº4439, ajuizada pela Procuradoria Geral da Repú-blica (PGR), e que questiona o Ensino Religioso (ER) con-fessional – Aquele vinculado a uma religião específica nas escolas da rede oficial de en-sino do país. A PGR defende que o ensino religioso deve ser ministrado de forma laica, sob um contexto histórico e abordando a perspectiva das várias religiões. Há quem seja contrário a presença do ER nas escolas por entender que a religião está presente nas diferentes esferas do es-paço público.

De fato um tema contro-verso e dinâmico. Afinal, é possível ensinar religião?

Como lidar com a diversi-dade de religiosidades exis-tentes na sala de aula? São questões válidas quando um tema tão polissêmico como é a religião é proposto em sala de aula. Mesmo os Parâme-tros Curriculares Nacionais (PCNs) indicando o que se pretende com o ER em sala de aula – culturas e religiões, escrituras sagradas, teologias, ritos e ethos –, não é consen-so quanto ao conteúdo do ER nas escolas públicas. Quando os PCNs traz o conceito de religião, ele está se referindo às tradições religiosas ou/e grupos religiosos?

O termo religião nos PCNs abarca aquilo que correspon-de à história das religiões: Símbolos, costumes, cren-ças, doutrinas, presença no mundo. Esse tratamento da religião que os PCNs pro-põem pode ser trabalhado pelo professor(a) do ER com um olhar objetivo, lógico e verificador? É uma exigência isonômica que ultrapassa as condições teóricas e episte-

Brígida Gabriela, membro da Segunda Igreja Batista em Pavuna

Quando o assunto é EBD,Não se trata de uma Escola qualquerÉ onde a Igreja se une em um corpo, um pelo outroNada de “Salve-se quem puder”É o sonho de CristoE dessas reuniões eu não desistoÉ a Escola que vai ensinar a com todas as adversidades da vida lidarÉ a Escola que vai mostrar que nosso corpo na verdade é um larQue com cuidado devemos guardarNão é uma Escola qualquer e está longe de serMas como em toda Escola,Devemos ter boa frequência se quisermos crescerO foco dessa Escola é Jesus, o sacrifício, a misericórdia, a graça e a cruzMas só com dedicação do título de “Amigos de Deus” fare-mos jusPara ser amigo tem que conhecerComo conhecer se a Palavra dEle se não quero ler?Como buscar se a revista não quero estudar?Beber de Deus é precisoMas acordar cedo dia de domingo?Prioridades, prioridades, eu insisto!Dessa água temos que beber todo diaSe a Bíblia é alimento,Por que só aos domingos eu me alimentaria?Escolhi ser mordomo fiel, meu alvo é o céuEscolhi ser aluno assíduo da EBDE juntamente aos meus irmãos a Palavra de Deus conhecer!

mológicas do professor(a). O fato de pretender apresentar o modus operandi das reli-giões, suas diferenças, suas teologias, suas expressões e seus elementos peculiares, na tentativa de ensinar religião mais próxima da neutralidade (se é que isso seja possível), traz o desafio de conhecer todas as religiões que ensi-narão que, per si, um grande obstáculo.

Isso acarreta uma extrema dificuldade por serem as religiões entre si e interna-mente, contraditórias. Elas trazem propostas diferentes e a neutralidade não seria obtida como pretende os PCNs. É nesse sentido que Iuri Andréas Reblin chama atenção:

“É impossível somar todas as religiões e engarrafá-las num mesmo recipiente, pois elas têm propostas diferen-tes, às vezes, propostas que ‘conflitam’ diretamente umas com as outras. Não é possí-vel dizer que Jesus é igual a Buda que é igual a Alá, pois

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

O velho ditado “Ali eu vi a mão de Deus” nunca saiu da moda. Ainda

hoje, quando alguém é livre de uma catástrofe, ouvimos: “Ali eu vi a mão de Deus”. Após o mal evitado é fácil ver a mão de Deus, mas, quando as coisas complicam, aí fica difícil adivinhar se, quando, onde a mão de Deus vai intervir.

Os acontecimentos no Brasil nos trazem uma in-dagação: “O que pretende Deus em permitir tais acon-tecimentos?”. Quais são os objetivos? Onde, quando, e como Deus quer nos dar a tão esperada “mãozinha?”

não são. Há em jogo aqui a questão da identidade, da alteridade, da diversidade e, sobretudo, da relação que se estabelece entre esses ele-mentos. Além disso, existem as vertentes ortodoxas dentro das religiões que brigam pela ‘ortopodia’ (ou o ‘caminho correto’) de se conduzir o percurso de fé”.

Outra dificuldade se dá em relação ao diálogo inter--religioso e ao ecumenismo.

Como o professor(a) po-derá trabalhar as religiões e o diálogo entre elas em sala de aula se nem mesmo as próprias religiões resolveram essa dificuldade do diálogo inter-religioso? Entre as Igre-jas cristãs, o ecumenismo ainda é um tema que suscita diálogo e sofre retrocessos em diferentes denominações cristãs.

Em relação aos alunos, como trabalhar a diversida-de de expressões religiosas e suas identidades marcadas pelo ambiente familiar e, em muitos casos, pela comuni-

Faço algumas conjecturas. A primeira delas é o que vai acontecer com os ma-nipuladores religiosos, que prometem e propagam mila-gres representados por curas, prosperidade e riqueza de uma hora para outra. Quando as ofertas começarem a dimi-nuir, como sustentarão esses impérios de comunicação, da mídia, dos quais se utilizam?

Outra conjectura é: “Qual a resposta que nossos púlpitos, das Igrejas históricas vão dar aos seus rebanhos?”. Ficarão do lado dos petistas que fre-quentam nossas Igrejas, ou do lado dos que querem o fim desse partido, que acusa-vam os governantes anterio-res incessantemente? Outra pergunta é: “O que fazer se a inquietação que vivemos faz

dade religiosa que o aluno é oriundo? É uma relação im-bricada, multifacetada e que demanda traquejo pedagógi-co. Ainda uma observação de Iuri Andréas Reblin nesse sentido: “Não é possível en-sinar o conteúdo das religiões como se fossem ‘caixinhas’ separadas umas das outras, porque os conteúdos dessas religiões se inter-relacionam no dia a dia das pessoas”. Aliada a essa dificuldade mensurável, há que se con-siderar que é vedado, pela Constituição e pela LDB, o proselitismo. Assim, como ensinar sobre religião visto que não é possível (e nem permitido) ensinar a vivência da fé?

Eis um tema com diferentes enfoques e que favorece a diversidade epistemológica e política, e os Batistas foram chamados a opinar sobre o tema junto ao STF, demons-trando assim a relevância e a importância dos Batistas quanto à defesa da Liberdade Religiosa.

parte da inquietação global, que atingiu nosso planeta?”. “Será que nossas Igrejas es-tão pensando em alguma estratégia, estudo, alguma atitude por parte do nosso povo?”. “Cabe ao povo de Deus esclarecer a sociedade atual, mostrando as razões de termos chegado a esse estado de coisas, e como dele sair?”.

Para finalizar, creio na mão de Deus agindo, mas, since-ramente, só sei fazer uma coisa: Clamar ao Senhor, que tenha piedade de nós, e nos esclareça o que Ele está fazendo, e onde quer nos le-var, nesse estado das coisas. Se, como disse Jesus, somos o sal da terra e luz do mundo, é hora de, mais do que já temos feito, salgar esta terra e iluminarmos esta geração.

Ensino religioso: Implicações a partir da

pluralidade religiosa

EBD: Eu Bebo de Deus Mão de Deus

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7o jornal batista – domingo, 24/04/16missões nacionais

Mais de 100 alu-nos da Escola Es-tadual Manoel Dantas, em San-

to Antônio - RN, estiveram no templo da Igreja Batista Betel para mais uma apresen-tação do Projeto Social “Vem Brincar e Aprender”, liderado pelo missionário da JMN pas-tor Alberto Costa, no último dia 04. As crianças assistiram a uma peça sobre a morte e ressurreição de Cristo.

O Projeto “Vem Brincar e Aprender” usa meios lúdicos como o teatro, coreografias, pantomimas para ministrar palestras sobre vários temas, valores e princípios cristãos, combate e prevenção da ex-ploração sexual e drogas. “Com a boa repercussão e re-sultados nas escolas e na se-cretária de educação, outras secretarias nos convidaram para levar nossas apresen-

tações em outras escolas, já falamos sobre depressão e família e na abertura da Con-ferência Municipal da Saúde. Usamos os personagens Juca e Zaza (Eu e minha esposa Diana) para falar sobre cui-dados com a saúde”, conta o pastor que criou o Projeto em 2013 e, desde então, já se apresentou em cinco escolas, três municipais e duas estaduais. Em média, 800 crianças e adolescentes e 200 adultos já assistiram às apresentações.

O grupo firmou uma parce-ria com a escola Municipal Hélio Barbosa de Oliveira (HBO) e no feriado de 07 de setembro de 2014 e de 2015 montou uma apresentação para o desfile cívico da cida-de. “Após a apresentação no desfile recebemos convites de outras escolas para fazer palestras e apresentações

sobre temas diversos”, afirma o pastor.

O Projeto conta com uma equipe de 15 membros da Igreja Batista Betel e 50 Alu-nos que participam das ati-vidades. “Nós promovemos atividades diferentes para cada época do ano, como uma gincana anual, onde arrecadamos alimentos para doar cestas básicas e a comu-nidade participa das provas; semana da criança, fazemos em outubro nas nossas Con-gregações uma programação especial por dia para a co-munidade infantil em quatro cidades; palestras nas escolas e outros seguimentos, com uma média de 40 a 60 alu-nos por apresentação. Abor-damos temas diversos, datas cívicas e o calendário esco-lar”, descreve o pastor Alber-to Costa, que pretende iniciar mais uma frente de trabalho

com cursos profissionalizan-tes. “Desejamos alcançar os pais com esses cursos, pois o desemprego aqui é muito grande. São planos, sonhos e aos poucos colocamos em prática, temos muito a fazer aqui nesta região”, conclui.

Seja um parceiro dos nos-

sos missionários e faça parte da mudança que o Senhor está operando em nossa Na-ção.

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“Vem brincar e aprender” – Projeto missionário no Rio Grande do Norte

usa a arte para falar de Jesus

Pastor Alberto conversa com as crianças que participam do Projeto Crianças participam do Projeto

Pastor Alberto se prepara para mais uma apresentação

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8 o jornal batista – domingo, 24/04/16 notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 24/04/16 notícias do brasil batista

Acom CBPE

A União Feminina Missionária Batis-ta de Pernambuco (UFMBPE) realizou

no dia 19 de março a sua 43ª Assembleia anual. O evento aconteceu na Igreja Batista da Capunga, em Recife. O tema foi ‘Transformados pelo poder do Reino de Deus’.

Na ocasião, houve a apre-sentação do Relatório Anual da Organização e do Lar Batista Elizabeth Mein (Larbem), como também nomeações de comis-sões, chamada das associações, agradecimentos, louvores, in-formativo do Seminário de Educação Cristã (SEC), entre outras atividades. Também houve a eleição da nova dire-toria para o biênio 2016-2017, que já tomou posse na ocasião.

Representando a Conven-ção Batista de Pernambuco, estiveram presentes a 1ª secre-tária, Rosemária Pereira, e a 2ª secretária, Benícia Moraes, ex-presidente da Organização, e o pastor João Marcos Florenti-no, secretário geral da CBPE. Já representando a União Mascu-lina Missionária Batista de Per-nambuco, estava o presidente, Irmão Lourenço Filho.

A mensageira oficial foi trazida pela ex-missionária Ana Maria Monteiro Wan-derley, da Junta de Missões Mundiais. Já as mensagens musicais foram realizadas pelo Coro Feminino da Igreja Batista Cordeiro, Coral Lou-vor e Professora Alice Ladeia.

Helga Kepler Fanini, diaconisa da Igreja Batista Memorial em Niterói - RJ

A Igreja Batista Me-morial em Niterói - RJ tem o prazer de comunicar que

na noite de 27 de fevereiro de 2016 foi ordenado ao

A presidente eleita fala da alegria de estar à frente da Organização: “Como esta oportunidade chegou para mim, eu quero contribuir com o Estado de Pernambuco (…) Eu quero realmente fazer diferença, eu quero estar para somar, para ajudar no serviço do Senhor”, enfatiza Cássia Cavalcanti, presidente.

A irmã Arizete Vicente do Vale, que se despediu da pre-sidência, reforça que “Foi uma experiência gratificante, trans-

Ministér io da Palavra o pastor Saulo de Oliveira Cabral. Foi uma noite aben-çoada revestida de grande alegria, quando a Igreja assistiu a uma solenidade expressiva, vivenciando a prova de que o Senhor da seara chama obreiros que aceitam a Sua vontade e

formadora. Espero que a nova diretoria venha a ser pacifica-dora (...) e crescer com o tra-balho missionário no estado”.

A professora Daisy Correia, diretora executiva da UFM-BPE, agradece a disponibili-dade das irmãs que dedicaram suas vidas no serviço do Se-nhor. “Que Deus seja louvado pela vida daquelas que fizeram aquilo que o Senhor tinha colocado nas suas mãos”, e já recebe a nova liderança de braços abertos: “Tenho a

entregam as suas vidas a Ele.

As partes do culto elevaram a congregação à adoração e ao louvor e culminaram com a mensagem do pastor da Igreja, presidente do Con-cílio, Fábio Tinoco Vieira, baseada em I Timóteo 3.1-7.

A Igreja, em seus 10 anos

expectativa de que elas assu-mirão os seus papéis e cada uma desempenhando a sua função de forma cooperativa”.

A participante Valdijane Felix, educadora religiosa e membro da MCA da Igreja Batista Caxangá reforça que a Assembleia é o momento de saber que “Existem várias Igrejas que se importam com nossas mulheres” e por isso “Ficamos sabendo que não estamos sozinhas em nossas Igrejas”.

de história, consagrou quatro obreiros de sua membresia ao Ministério da Palavra, to-dos integrados no pastorado. O pastor Saulo e sua esposa Sônia cooperaram intensa-mente no trabalho da IBMN: Serviço social, música, EBD e Organizações missionárias. O casal recebeu merecidas

Nova diretoria da UFMBPE:Presidente: Cássia Cavalcan-ti, da IB Capunga; 1ª Vice-presidente: Helena Rute Azevedo, da PIB de Boa Viagem; 2ª Vice-presidente: Masélia Nascimento, da PIB Carpina; 1º Secretária: Ana Rosa Sou-za, da nova IB Cordeiro; 2º Secretária: Iolanda Andra-de, da PIB de Abreu e Lima; Diretora de Música: Débora Nascimento, PIB Recife; Pianista: Iva Maria da Silva, da IB Várzea.

homenagens de gratidão pe-los oito anos de convivência feliz na Memorial e segue para servir à Igreja Batista Vida em Cristo, em Manilha - São Gonçalo – RJ. A Deus toda honra e toda glória. “Ro-gai, pois, ao Senhor da seara que mande obreiros para sua seara” (Mt 9.38).

União Feminina Missionária Batista de Pernambuco empossa nova diretoria

IB Memorial em Niterói – RJ realiza consagração ao Ministério da Palavra

Fotos: Acom CBPE

Assembleia geral aconteceu na IB Capunga, em Recife

Professora Daisy Correia com a ex-presidente, Arizete do Vale, e a ex-missionária Ana Wanderley

Nova diretoria eleita para o biênio 2016/2017

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11o jornal batista – domingo, 24/04/16missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O sábado era de muito sol no Rio de Janeiro, e um grupo de jovens

cristãos decidiu ir para Copa-cabana - RJ. Ao contrário do que boa parte da população carioca fez naquele dia, 09 de abril, eles não foram curtir a praia, mas, sim, buscar ficar por dentro do que Deus está fazendo no mundo. Estes jovens atenderam à convoca-ção da missionária Analzira Nascimento e foram até a Primeira Igreja Batista de Co-pacabana participar de mais uma edição do “Quem tem medo de ser missionário?”.

Em um bate-papo descontra-ído com cerca de 300 jovens,

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Um país marcado pela miséria e de-vastado em 2010 por um terremoto

do qual ainda tenta se re-cuperar mais de seis anos depois. Este é o Haiti, onde muitas crianças ficaram órfãs por causa desse fenômeno da natureza, mas também há outras que, por falta de condições da família, foram acolhidas em abrigos ou or-fanatos. É justamente nesse processo de recebimento de crianças que nossos missio-nários Eliel e Haydée Gon-çalves têm se especializado.

Há pouco mais de um ano e meio no Haiti, Eliel e Haydée seguem atuando com o orfanato Mango Tree, além de pesquisar muito sobre a legislação do país caribenho

Analzira e os missionários da sede de Missões Mundiais Cláudio Elivan (Coordena-dor do Programa ‘Voluntários Sem Fronteiras’), Doris Nieto (Coordenadora de Recursos Humanos) e Cíntia Santos (Missionária mobilizadora) puderem esclarecer muitas dú-vidas sobre medos que afligem aqueles que já receberam o chamado de Deus, mas enfren-tam medos que impedem o cumprimento da sua vocação.

Cíntia, que já foi missioná-ria do projeto Radical África, explicou que estes medos também fizeram parte de sua vida vocacional. Ela conta que logo após ser seleciona-da para ir ao campo, enfren-tou o medo de contrariar sua mãe, que não a queria longe de casa.

e a rede de atendimento à criança e ao adolescente, para que o ministério que exercem também esteja em dia com a lei dos homens.

“Temos feito contato com diversas instituições e órgãos governamentais. Traçamos novas etapas e estamos ela-borando um plano de país, unindo forças aos demais missionários para fortaleci-mento dos diferentes projetos e alinhamento da visão que Deus tem dado à liderança da JMM no Brasil”, conta o missionário Eliel.

É no orfanato que nossos missionários concentram boa parte de seu ministério. E algo especial tem acontecido por lá.

“Há alguns meses promove-mos uma mudança de escola para todos os nossos acolhi-dos, que tiveram muita difi-

“Eu comecei a percorrer as Igrejas pedindo orações para que minha mãe aceitasse o meu chamado. Ela estava mui-to relutante. Um ano depois, ela quis saber mais sobre o projeto e aceitou que eu se-guisse para a África. Foi tudo no tempo de Deus”, conta Cíntia.

Muitas vezes, os medos sur-gem quando o missionário já está no campo. Para evitar este problema, a coordenadora do RH de Missões Mundiais aconselha o vocacionado a fazer uma viagem voluntária.

“Para ter de Deus a confir-mação do seu chamado mis-sionário, é muito importante que o vocacionado faça uma viagem pelo ‘Voluntários Sem Fronteiras’”, comentou Doris.

Oportunidades não faltam para seguir em uma viagem

culdade na adaptação ao novo método de ensino. Mas as crianças logo ficaram ansiosas

voluntária a um dos campos de Missões Mundiais. Basta escrever para [email protected] para se informar.

O coordenador deste Progra-ma, Cláudio Elivan, lembrou que hoje é grande a necessida-de por missionários profissio-nais, principalmente das áreas de saúde, educação e esportes. Isso porque em muitos países fechados ao Evangelho não é possível entrar com visto de missionário ou pastor, mas atletas, médicos e educadores são bem-vindos.

“Hoje a JMM tem cerca de 1.600 missionários, mas apenas três são médicos. Precisamos que médicos vo-cacionados se apresentem à JMM”, disse Cláudio.

Durante o evento, partici-pantes puderam fazer per-guntas, esclarecendo muitos medos que os impedem de seguir em frente. A missioná-ria Analzira lembrou a todos que nem sempre tudo é só fe-

para contar que todas as notas melhoraram expressivamen-te”, comemora Haydée. “O

licidade quando se decide ser um missionário. E recordou sua passagem por Angola.

“Nem sempre a nossa voca-ção é algo que nos trará alegria. Nem tudo na vida nos traz ale-gria. Nada é só alegria o tempo inteiro. Nem amizade, nem casamento, nem trabalho.Eu fui muito feliz em ser missionária em Angola. Mas quando a guer-ra eclodiu por lá, eu sofri muito. Tive muito medo, mas não queria sair de Angola. Porque vocação é isso: Eu posso estar sangrando, mas o sentimento da certeza de que é isso que tenho que fazer é bem maior que o medo”, disse Analzira.

Muitos vocacionados se apresentaram para Missões Mundiais e, mesmo com o fim do evento, continuaram a conversar com os represen-tantes de Missões Mundiais.

Se você quiser saber mais sobre o “Quem tem medo de ser missionário?”, escreva para [email protected].

desempenho deles na escola e no próprio comportamento dentro do orfanato é surpre-endente e muito estimulante no difícil caminho que eles têm a vencer neste mundo”, completa a missionária.

Além disso, a alegria e o desenvolvimento físico, es-piritual e intelectual de cada um são motivos de felicidade para os missionários.

“E neste mês de abril, quan-do Eliel faz aniversário, ele recebeu um belo presente de amor, expressado nesta imagem das crianças nos abraçando, em forma de um grande coração, formado por 42 crianças. Esperamos de verdade que isso possa nos contagiar para trabalhar por missões, pois não podemos recuar naquilo que já temos alcançado para o Reino de Deus”, conclui Haydée.

JMM realiza evento sobre vocação na PIB Copacabana, no Rio

Haiti: Proteção infanto-juvenil

Analzira Nascimento, ao centro, respondeu a perguntas sobre vocação missionária

Jovens lotaram a PIB Copacabana

Crianças do orfanato Mango Tree homenageiam missionários Eliel e Haydée Gonçalves, da JMM

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12 o jornal batista – domingo, 24/04/16

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13o jornal batista – domingo, 24/04/16notícias do brasil batista

Diretoria da Associação de Educadores Cristãos Batistas Brasileiros (AECBB)

Veja quais são as diretorias eleitas na 96a Assembleia da Convenção

Batista Brasileira (CBB)Evento foi realizado no Mendes Convention Center,

na cidade de Santos – SP, entre os dias 13 e 19 de abril

Diretoria da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET)

Presidente: Vanedson Ximenes (Centro de Educação Teológica Batista do Espírito Santo)Vice-presidente: Claiton André Kunz (Faculdade Batista Pioneira)1º Secretário: Linaldo Guerra (Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil)2º Secretário: Antônio Lazarini Neto (Faculdade Teologica Batista de Cam-pinas)Executivo: Anderson Carlos Guimarães Cavalcanti

Presidente: Pastor Eber Silva1º Vice-presidente: Pastor Hilquias da Anunciação Paim2º Vice-presidente: Pastor Salovi Bernardo Júnior3ºVice-presidente: Pastor José Maria de Souza1º Secretário: Pastor Marcelo Gomes Longo2º Secretário: Pastora Diana Flávia Cavalcanti Alves Henrique de Souza e Silva3º Secretário: Pastor Davidson Pereira de Freitas

Diretoria da Ordem de Pastores Batistas do Brasil (OPBB)

Diretoria da União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB)

Presidente: Neusa Maria Resende Soares – MG1º Vice-presidente: Raquel Maciel dos Santos – MS2º Vice-presidente: Maria Mauer de Oliveira – RS3ºVice-presidente: Irany Oliveira de Freitas Souza – MT1º Secretário: Edla Calheiros Bispo – DF2º Secretário: Maristela Massacesi Sanches da Silva – SP

Presidente: Regina Célia Pinheiro dos Santos - PA1º Vice-presidente: Rita de Cássia Magalhães Odwyer Andrade - SP2º Vice-presidente: Claudia Regina Santos Ribeiro1º Secretário: Débora Silva Lins e Silva - SP2º Secretário: Miriam da Silva Coelho – PA1ª Tesoureira: Edna Antunes 2ª Tesoureira: Ailda Lima Lemos - SE

Diretoria da União de Esposas dePastores Batistas do Brasil (UEPBB)

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14 o jornal batista – domingo, 24/04/16 ponto de vista

“Bem-aventurados os humil-des de espírito porque deles é o Reino do céu” (Mt 5.1-3).

Os mais que felizes são aqueles que receberam um novo coração,

que nasceram de novo, ex-perimentaram a regeneração do Espírito Santo (Ezequiel 36.26-27; Colossenses 3.1-4). Receberam o caráter de Cristo. Eles aprenderam a viver contentes em toda e qualquer situação (Filipenses 4.11-13). Estão contidos no contentamento. Realmente são mais que felizes aqueles que estão em Cristo, recon-ciliados com Deus Pai e que receberam o ministério da reconciliação (II Corín-tios 5.18-20). Que têm a benção de repartir os feitos maravilhosos de Deus na história. Podem testemunhar o Evangelho poderosamente (Romanos 1.16).

Jesus, ao ver as multidões, subiu ao monte e, havendo se assentado (Provavelmente a oeste do lago da Galileia, e na vizinhança de Cafarnaum (8.5), onde concentrou o Seu ministério), Seus discípulos se aproximaram, e Ele co-meçou a ensinar-lhes (vv.1-

2). O Senhor Jesus usou a Sua didática singular para ensinar os que ali se encon-travam, as verdades do Rei-no de Deus, do Evangelho, especialmente o Seu caráter. Na Sua voz firme e na Sua autoridade inquestionável (7.29), Ele expôs a Sua Pa-lavra viva e eficaz (Hebreus 4.12). A Sua Palavra visava formar e transformar os que criam.

Ele inicia colocando ma-gistralmente: “Bem-aventura-dos, mais que felizes, os hu-mildes ou pobres de espírito, pois deles é o reino do céu” (v.3). São mais que felizes aqueles que são desprovidos de qualquer orgulho espiritu-al. Os que reconhecem quão miseráveis são. Que sen-tem que nada são, que nada têm, e que olham para Deus em total submissão, depen-dendo inteiramente da Sua misericórdia, da Sua graça (Lloyd Jones, p. 45). Essa era a condição dos publicanos, das meretrizes e dos párias da sociedade do tempo de Jesus, altamente legalista e preconceituosa.

Quando Deus se revelou a Isaías, chamando-o para ser profeta em Israel, a sua reação foi: “Ai de mim” (Is

6.5). Isaías foi tomado por um sentimento de inadequa-ção diante da santidade de Deus. O profeta se sentiu pobre ou humilde de espírito. Assim, Ser ‘humilde (pobre) de espírito’ é reconhecermos nossa pobreza espiritual ou, falando claramente, a nossa falência espiritual diante de Deus, pois somos pecado-res, sob a santa ira de Deus, e nada merecemos além do juízo de Deus. Nada temos a oferecer, nada a reivindicar, nada com que comprar o favor dos céus” (Stott). “Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre ou humilde de espíri-to” (Calvino).

Mais que felizes são os que confiam na Pessoa e na Obra de Cristo. “A única maneira de alguém tornar-se ‘humil-de de espírito’ é voltando os olhos para Deus (…). É con-templar ao Senhor Jesus Cris-to, vendo-O conforme Ele é descrito nos Evangelhos” (Lloyd Jones). Sim, são felizes os que têm consciência de quem é o Senhor Jesus. Os que têm prazer na intimidade com Ele por meio da Palavra, oração e diaconia revelam a sua felicidade.

Sim, felicíssimos são os que reconhecem as suas carências: “Nada trago em minha mão; Só na Tua cruz me agarro. Vazio, desampa-rado, nu e vil. Entretanto, Ele é o Todo-Suficiente – Sim, tudo quanto me falta em Ti encontro. Oh, Cordeiro de Deus, venho a Ti” (Lloyd Jones). Somos felizes porque vivemos pela fé na suficiên-cia de Cristo Jesus. Tudo o que precisamos está nEle. Ele deve ser sempre tudo em nós (Colossenses 3.11). Os humildes de espírito são os que têm consciência de seus insucessos e se submetem ao crivo das Escrituras, à se-melhança do apóstolo Pedro quando declarou: “Por causa da tua Palavra lançarei as redes” (Lucas 5.5).

Os humildes ou pobres de espírito não precisam anes-tesiar suas mentes e seus corações com vícios dos mais diversos. Os vícios das palavras; da dispersão; dos aparelhos eletrônicos; do álcool; das drogas; da porno-grafia; do consumismo; do estilismo; do sexo; do jogo, etc. Encontramos em Cristo a nossa satisfação. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.

Em Cristo Jesus foram cria-das todas as coisas visíveis e invisíveis (Colossenses 1.16-17). Para o apóstolo Paulo, Cristo era a sua vida. Ele afirmou categoricamente: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipen-ses 1.21). Morrer em Cristo significa herdar o Reino do céu. São bem-aventurados os pobres ou humildes de espírito, pois deles é o reino do céu. Como disse Charles Spurgeon: “Para subirmos no reino é preciso rebaixarmo--nos em nós mesmos”. A felicidade dos que estão em Cristo Jesus é o fato incon-testável de quem é o Senhor e, como resultado, a garantia de que o Reino do céu lhes pertence. Este Reino é o reino de amor, justiça, hu-mildade, verdade, santidade, solidariedade, serviço e inte-gridade. Eles têm a posse do Reino eterno, indestrutível, incomparável, insubstituível, o Reino do Pai. Por isso, a vida mais feliz do mundo está desapegada de coisas, cargos, títulos, reconheci-mentos, prêmios, etc. A sua riqueza é o reino do céu, preparado antes da fundação do mundo em Cristo Jesus para a Glória de Deus Pai.

Série: O caráter do cristão – As bem-aventuranças (I)

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15o jornal batista – domingo, 24/04/16ponto de vista

Crescimento é um fator que está presente em praticamente todas as esferas da vida. Uma

criança nasce para crescer. Um estudante luta por desenvolver suas aptidões e crescer em uma determinada profissão. Um empresário procura trabalhar de modo a levar seus negócios ao crescimento.

No estudo “O que é a Igreja de Jesus Cristo?” desta série apresentamos alguns concei-tos metafóricos do NT sobre a Igreja, que nos dão a indicativa de que cada aspecto da Igreja tem implícita a ideia do cresci-mento. Antes de partir aos céus Jesus deixou a orientação aos discípulos para que a Igreja se expandisse, crescesse, se espa-lhasse por toda a terra.

É muito comum pensarmos que o crescimento da Igreja só vem pela evangelização e obra missionária. De certo modo, isso é verdade, mas ninguém pode negar que, se essa for a única força motriz, o cresci-mento será apenas quantitativo com a ampliação do quadro de pessoas que aceitam a Jesus. Mas o crescimento quantitativo sozinho não consegue dar pros-seguimento ao mais importante fator após a conversão, que é o amadurecimento da vida à semelhança de Jesus, levando a pessoa a ser sal e luz, levando a Igreja à fraqueza espiritual e vivencial, como se fosse um “orfanato espiritual”.

Juan Carlos Ortiz em seu controvertido Livro “O Discípu-lo” comenta que em uma certa ocasião estava analisando seu ministério e concluiu que o seu cuidado para com sua Igreja era como o da Coca-Cola quando vendia seus produtos, embora relutasse em aceitar isso, pois a si mesmo se perguntava e a Deus como poderia ser assim se a sua Igreja estava crescendo e ultimamente isso tinha sido de 200 para 600 membros. Analisando um pouco mais, a questão chegou à conclusão de que o que estava ocorrendo era que a sua Igreja não estava efetivamente “crescendo” , mas realmente “engordando”, pois na verdade o que conse-guiu foi agrupar mais pessoas da mesma qualidade (bebês espirituais). E, assim, ninguém estava amadurecendo em Cris-to. Antes eles contavam com 200 bebês espirituais, agora com 600. Desta forma, ele no-tou que, em vez de ser pastor de ovelhas, estava mais agindo como gerente de orfanato.

Essa história pode estar se repetido em muitas Igrejas e, quando isso ocorre, estamos

apenas cumprindo o papel como que de um médico “Obs-tetra”, que cuida do parto de novos bebês. Será necessá-rio avançar um pouco mais desempenhando o papel da “pediatria” cumprindo a missão de levar os bebês espirituais ao crescimento e desenvolvi-mento.

Mas, afinal, em que consiste o crescimento da Igreja? Qual a sua força motriz? Qual a nossa parte?

Em que consiste o crescimento da Igreja?

Quando se fala em cresci-mento da Igreja logo pensamos nos bancos vazios, que é um visual não é nada agradável em um mundo materialista e ime-diatista em que vivemos, onde o que importa é a produtivida-de medida geralmente pelos números em uma tabulação estatística onde os resultados possam ser visualmente apre-ciados.

Ao estudar sobre a missão da Igreja, demonstramos que ela deve ser considerada de forma integral e ampla, chamamos até de missão tridimensional da Igreja, e isso nos leva a com-preender, consequentemente, que o seu crescimento deve-rá ser mais abrangente e não apenas quantitativo. Em geral, no mundo da liderança corpo-rativa são buscados resultados mensuráveis a partir de indi-cadores conectados à missão e visão da organização. Não é diferente na vida da Igreja, pois somos uma organização, mas também um organismo (Corpo de Cristo).

Por isso se torna importante estudar estes indicadores a par-tir dos tipos de crescimento que temos no Novo Testamento. Os estudos sobre crescimento da Igreja em geral falam em dois tipos de crescimentos: Quantitativo e qualitativo, mas desconsideram outros detalhes teológicos importantes. Por exemplo, no Novo Testamento a expressão “Crescimento da Igreja” está sempre ligada à ação de Deus, é ele quem dá o crescimento (I Coríntios 3.6). A ação humana está ligada à edi-ficação da Igreja (Efésios 4.11-12). Por que essa diferença? Provavelmente porque Deus é a força mobilizadora de tudo e nosso papel é de promover o desenvolvimento junto ao ambiente concreto humano deixando os resultados para Deus que dará o crescimento.

Vejamos então estes indi-cadores do Novo Testamento de forma mais detalhada, e trocando a palavra crescimento

por desenvolvimento:1. Desenvolvimento

Quantitativo - Que inclui:a. Numérico: Envolvendo

a quantidade de pessoas que são alcançadas pelo Evangelho, seja na Igreja local, seja na Igre-ja em todo mundo. Consulte os seguintes textos: Mateus 28.19; Atos 2.47; 4.4; 5.14; 6.1,7; 8.6, etc.

b. Geográfico: Que envolve a expansão geográfica do Evan-gelho pelo mundo. Em Atos 1.8 Jesus ordenou que a Igreja se espalhasse por toda a terra começando por Jerusalém. Os cristãos da Igreja de Jerusalém possivelmente não entenderam essa ordem de Jesus e conti-nuaram em Jerusalém, talvez pensando que o Cristianismo devesse se desenvolver como sua antiga religião judaica e assim começaram a promover o que podemos chamar de desenvolvimento “centrípeto” (Aquele que converge para o centro) da Igreja. Era assim a vida religiosa judaica – tudo era centralizado em Jerusalém. Numericamente, a Igreja cres-ceu tanto que começou a ter sé-rios problemas de convivência (Atos 6.1-7). Embora estivesse crescendo numericamente em Jerusalém, Deus queria que o Evangelho se espalhasse. Cre-mos que um dos propósitos em Deus permitir a morte de Estevão tenha sido a de “forçar” o seu povo a sair de Jerusalém e se espalhar por toda a terra (Atos 8.14; 9.31; 11.19). Sem isso, talvez o Cristianismo fosse hoje mera religião regional. O desenvolvimento ordena-do por Jesus para a Igreja é o crescimento “centrífugo”, isto é, aquele que se expande de um ponto (centro – Jerusalém) de partida.

c. Étnico: Não era a vontade de Deus que o Evangelho fosse racial, mas que se espalhasse por todas as nações e povos, ainda que a Igreja cristã pri-mitiva continuasse a manter grande barreira exclusivista do Evangelho. Isso é fácil en-tender quando o Evangelho chega a Samaria e aos gen-tios provocando espanto aos judeus-cristãos de Jerusalém (Atos 8.14-25; 10.1-11.21). Para quebrar essa outra barreira da Igreja de Jerusalém, Deus precisou repetir a experiência do batismo no Espírito Santo e providenciar uma visão eston-teante a Pedro (Atos 8.15-17; 10.9ss). Veja também Mateus 28.19; Lucas 24.47).

2. Desenvolvimento Qualitativo - Que inclui:a. Doutrinal: É o desenvol-

vimento no conhecimento

doutrinário da Palavra de Deus. Atos 2.42ss; Efésios 4.11-16 (Especialmente o v.14).

b. Vivencial: É o desenvolvi-mento na experiência cristã de obediência pessoal e comu-nhão com Deus, envolvendo o amadurecimento espiritual dos membros da Igreja. Efé-sios 4.15; Colossenses 3.1-11; Filipenses 2.12; I Pedro 2.2; II Pedro 3.17-18.

c. Operacional: Envolve a capacitação (treinamento) dos crentes para o desempenho de suas funções na Igreja por meio dos dons de serviço. É o abandono à improvisação que, muitas vezes ocorre em Igrejas. Veja: Atos 6.1-7; Romanos 12.4-8 (Exemplo: O que ensi-na, esmere-se no fazê-lo, v.7); Efésios 4.11-16 (Especialmente o v.12).

3. Desenvolvimento Orgânico: Que envolve a ideia do desenvolvimento da vida em comunidade incluindo:a. Convivencial: É o desen-

volvimento da vida em co-munidade, onde os irmãos levam as cargas uns dos outros (Gálatas 6.2); amam uns aos outros (João 13.34; 17.19-23); oram uns pelos outros (Tiago 5.16); interessam-se uns pelos outros (Atos 2.44-45; 4.32-35; zelam uns pelos outros (Hebreus 12.14-15); etc. Sobre isso seria interessante que você lesse o capítulo 10 (Cuidando da Saúde do Corpo) do Livro ‘A Igreja Corpo Vivo de Cristo” de Ray C. Stedman (Editora Mun-do Cristão).

b. Influência social: Diz res-peito às influências que a Igre-ja deve exercer no contexto social em que está inserida (Atos 2.47). Não se trata aqui do Evangelho Social, ou da militância marxista da Teologia da Libertação, mas do cumpri-mento do papel da Igreja como sal da terra e luz do mundo (Mateus 5.14-16). É o aspecto profético da missão da Igreja dirigida ao mundo (Veja estudo 2, anteriormente publicado).

Vejam que em vez de apenas dois indicadores sobre o desen-volvimento da Igreja, temos 8:

TIPOS DE DESENVOLVIMENTO DA IGREJAQUANTITATIVO QUALITATIVO ORGÂNICONumérico Doutrinal ConvivencialGeográfico Vivencial Influência socialÉtnico Operacional

Como ocorre o desenvolvimento da Igreja?

Levando-se em conta a am-pla visão do desenvolvimento integral da Igreja temos de concluir que ocorrerá quando atuarmos em diversas frentes de ação, caso contrário será desequilibrado. Vejamos al-

guns princípios sobre isso para concluir nosso estudo de hoje.

1. A força motriz é Deus: Paulo nos ensina que embora um venha a plantar e outro a regar, no fim quem dá o cres-cimento é Deus (I Coríntios 3.5-9). Podemos elaborar os mais estratégicos planos que até venham a funcionar em um “balão de ensaio”, mas se não estiverem de acordo com o coração de Deus, ainda que aparentemente os resultados sejam mensuráveis, serão ine-ficazes.

2. O papel de cada um de nós: Quando afirmamos que o desenvolvimento da Igreja só vem pela operosidade da evan-gelização e missões, estamos restringindo a missão da Igreja e a ampliação de seus ministé-rios como já tivemos a oportu-nidade de concluir nos estudos anteriores desta série. Para o desenvolvimento equilibrado e integral é necessário que cada um de nós desempenhe os dons específicos que Deus nos repartiu (Romanos 12.4,5; I Coríntios 12.4-6,11,14-26). Sobre isso Paulo nos ensina em Efésios 4.15-16: “Mas seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabe-ça, Cristo, de quem todo corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, se-gundo a justa cooperação de cada parte efetua o seu próprio aumento para edificação de si mesmo em amor”. Além de incluir o fato de que os mem-bros de uma Igreja devam atuar em diversas frentes da Obra de Deus, Paulo ensina que o desenvolvimento da Igreja requer também vida espiritual amadurecida – Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo – e isso envolve o cresci-mento numa vida de imitação a Cristo. Em resumo, nosso papel no desenvolvimento da Igreja é duplo: (1) Ter vida espiritual em constante crescimento; e (2) Desempenhar a diversidade de dons operacionais (ou de serviços) que Deus repartiu a cada um.

Penso que, se cada pastor e

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA Estudos sobre a Igreja - (4)

Como a Igreja cresce?

líder de Igreja considerar estes detalhes, teremos o envolvi-mento de todos os crentes para o desenvolvimento da Igreja, em vez de ficarmos dependen-do de apenas alguns corajosos e esforçados membros que aca-bam se esgotando em cansaço e desânimo.

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