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UMA AVALIAÇÃO DO APOIO DO BANCO MUNDIAL, 1997–2007 Recursos Hídricos e Desenvolvimentoe Visão geral

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UMA AVALIAÇÃO DO APOIO DO BANCO MUNDIAL, 1997–2007

Recursos Hídricos e Desenvolvimentoe

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ão

gera

l

SKU 18393

ISBN 978-0-8213-8393-3

Publicações do IEGRevisão Anual da Eficácia do Desenvolvimento de 2009: obtendo um desenvolvimento sustentávelEnfrentando os desafios da globalização: uma avaliação independente da abordagem do Banco Mundial para programas globaisAvaliando o apoio do Banco Mundial ao comércio, 1987-2004: uma avaliação do IEGLivros, Construção e Resultados de Aprendizagem: uma avaliação do impacto do apoio do Grupo Banco Mundial à educação

básica em GanaPonte sobre águas turbulentas: avaliando a estratégia de recursos hídricos do Banco MundialMudança Climática e o Grupo Banco Mundial — Fase I: uma avaliação das reformas da política de energia ganha-ganha do Banco MundialAlívio da dívida para os pobres: atualização da avaliação da iniciativa para os países pobres altamente endividadosUma década de ação em transportes: uma avaliação da assistência do Banco Mundial ao setor de transportes, 1995–2005O potencial de desenvolvimento de programas regionais: uma avaliação do apoio do Banco Mundial de operações de vários paísesResultados do desenvolvimento nos países de renda média: uma avaliação do apoio do Banco MundialDoing Business (Fazendo negócios): uma avaliação independente — medindo os indicadores da iniciativa Doing Business do

Banco Mundial e da IFCEgito: resultados positivos do intercâmbio de conhecimentos e empréstimos modestos — uma avaliação do IEG da assistência

aos países 1999–2007Envolvimento dos estados frágeis: uma revisão do IEG do apoio do Banco Mundial aos países de baixa renda em criseSustentabilidade ambiental: uma avaliação do apoio do Grupo Banco MundialAvaliação da assistência do Banco Mundial aos países membros do Pacífico, 1992–2002Indústrias Extrativas e Desenvolvimento Sustentável Uma Avaliação da Experiência do Grupo Banco MundialPrograma de Avaliação do Setor Financeiro: revisão do IEG da iniciativa conjunta do Banco Mundial e do FMIDo acesso à escola aos resultados da aprendizagem: uma agenda inacabada — uma avaliação do apoio do Banco Mundial à educação básicaPerigos da natureza, Riscos para o desenvolvimento: uma avaliação do IEG sobre a assistência do Banco Mundial para desastres naturaisComo criar sistemas M&E para apoiar melhor o governoRevisão do IEG sobre a assistência do Banco Mundial para a reforma do setor financeiroAvaliação do Impacto do segundo e do terceiro projeto de irrigação em Andhra Pradesh: um caso de redução de pobreza com retornos

econômicos baixosMelhorando a Eficácia e os Resultados em Saúde, Nutrição e PopulaçãoMelhorando a vida da população de baixa renda investindo em cidadesMelhorando a gestão municipal das cidades para obter sucesso: estudo especial do IEGMelhorando a assistência do desenvolvimento do Banco Mundial: O que a evolução mostraMantendo o impulso para 2015: avaliação do impacto de intervenções para melhorar os resultados da saúde materna e infantil e da

nutrição em BangladeshNova energia renovável: revisão da assistência do Banco MundialPaquistão: uma avaliação da assistência do Banco MundialReforma previdenciária e desenvolvimentos de sistemas de pensão: avaliação da assistência do Banco MundialA iniciativa da estratégia de redução da pobreza: uma avaliação independente do apoio do Banco Mundial durante 2003A iniciativa da estratégia de redução da pobreza: conclusões de 10 estudos de casos de países com o apoio do Banco Mundial e do FMI Energia para o desenvolvimento: uma revisão da experiência do Grupo Banco Mundial com a participação privada no setor de eletricidadeReforma do setor público: o que funciona e por quê? uma avaliação do IEG sobre o apoio do Banco MundialPequenos Estados: aproveitando ao máximo a assistência ao desenvolvimento — uma síntese das conclusões do Banco MundialFundos sociais: Avaliando a eficáciaGuia para avalição de programas de parceria global e regionalUtilizando o conhecimento para melhorar a eficácia do desenvolvimento: uma avaliação do trabalho setorial e econômico e da

assistência técnica do Banco Mundial, 2000-2006Utilizando o treinamento para a criação de capacidades para o desenvolvimento: uma avalia-

ção do treinamento baseado em projetos e no WBI do Banco MundialO impacto da eletrificação rural sobre o bem-estar: uma reavaliação dos custos e benefícios — uma avaliação do IEG sobre o impactoAssistência do Banco Mundial para a Agricultura na África Subsaariana: uma revisão do IEGAssistência do Banco Mundial para o Setor Financeiro: uma síntese das avaliações do IEGInstrumentos de Garantia do Grupo Banco Mundial 1990–2007: uma avaliação independenteO Banco Mundial na Turquia: 1993–2004—Avaliação do IEG sobre a assistência aos paísesParticipação do Banco Mundial no Nível Estadual: casos do Brasil, Índia, Nigéria e Rússia

Todas as avaliações do IEG estão disponíveis, no todo ou em parte, em outros idiomas além do inglês. Para to-mar conhecimento de nosso material multilíngue, favor visitar o site http://www.worldbank.org/ieg

Grupo Banco Mundial

TRABALHANDO POR UM MUNDO LIVRE DE POBREZA

O Grupo Banco Mundial compõe-se de cinco institui-

ções: Banco Internacional de Reconstrução e Desen-

volvimento (BIRD), Corporação Financeira Internacional

(IFC), Associação Internacional de Desenvolvimento

(AID), Agência Multilateral de Garantia de Investimentos

(MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem de Dispu-

tas sobre Investimentos (ICSID). Sua missão é combater

a pobreza para obter resultados duradouros e ajudar

as pessoas a ajudarem a si mesmas e o meio ambiente

proporcionando recursos, compartilhando conhecimen-

tos, fortalecendo a capacidade institucional e formando

parcerias nos setores público e privado.

Grupo de Avaliação Independente

MELHORANDO OS RESULTADOS DE DESENVOLVIMENTO POR MEIO DA EXCELÊNCIA NA AVALIAÇÃO

OGrupo de Avaliação Independente (IEG) é uma

unidade tripartite independente do Grupo Banco

Mundial. O IEG-Banco Mundial é responsável pela avalia-

ção das atividades do BIRD (Banco Mundial) e da AID; o

IEG-IFC enfoca a avaliação do trabalho da IFC no tocante

ao desenvolvimento do setor privado; e o IEG-MIGA avalia

as contribuições de projetos e serviços garantidos pela

MIGA. O IEG responde diretamente à Diretoria Executiva

do Banco Mundial por meio do Diretor-Geral de Avaliação.

As metas de avaliação são aprender com a experiência,

oferecer uma base objetiva para a avaliação dos resulta-

dos do trabalho do Grupo Banco Mundial e proporcionar

responsabilização para a realização de seus objetivos. A

avaliação também melhora o trabalho do Grupo Banco

Mundial por meio da identificação e divulgação das lições

aprendidas e por meio da formulação de recomendações

tiradas das conclusões da avaliação.

Parte interna—

Prefácio

Resumo executivo

Resposta da Administração

Comentários do Presidente do Conselho: Comissão sobre a Eficácia do Desenvolvimento (CODE)

Declaração do Painel Assessor

Conteúdo do Volume Completo

Referências

Abreviações

Leia toda a avaliação em http://www.worldbank.org/ieg/water

2010

Banco Mundial

Washington, D.C.

UMA AVALIAÇÃO DO APOIO DO BANCO MUNDIAL, 1997–2007

R e c u r s o s H í d r i c o s e D e s e n v o l v i m e n t o

—VISÃO GERAL—

ii | Gender and Development

©2010 ©2010 Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento / Banco Mundial1818 H Street NWWashington, DC 20433Telefone: 202-473-1000Internet: www.worldbank.orgE-mail: [email protected]

Todos os direitos reservados

1 2 3 4 13 12 11 10 Este volume foi produzido pelo pessoal do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento/Banco Mundial. As apurações, interpretações e conclusões expressas neste volume não refletem necessariamente a opinião dos Diretores Execu-tivos do Banco Mundial nem dos governos dos países que representam. Este volume não apoia quaisquer inferências gerais que ultrapassem o escopo da avaliação, inclusive inferências sobre o desempenho geral do Grupo Banco Mundial passado, presente ou previsto para o futuro.

O Grupo Banco Mundial não garante a exatidão dos dados apresentados neste trabalho. As fronteiras, cores, denomi-nações e outras informações apresentadas em qualquer mapa deste trabalho não indicam nenhum julgamento do Grupo Banco Mundial sobre a situação legal de qualquer território, nem o endosso ou a aceitação de tais fronteiras.

Direitos e PermissõesO material desta publicação é protegido por direitos autorais. Sua reprodução e/ou transmissão, total ou parcial, sem per-missão pode constituir violação das leis em vigor. O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento/Banco Mun-dial estimula a divulgação de seu trabalho e geralmente concede pronta permissão para sua reprodução parcial.

Para obter permissão para fazer fotocópias ou reimprimir parte deste trabalho, favor enviar uma solicitação com infor-mações completas para: Copyright Clearance Center Inc., 222 Rosewood Drive, Danvers, MA 01923, USA; telefone: 978-750-8400; fax: 978-750-4470; Internet: www.copyright.com.

Todas as outras consultas sobre direitos e licenças, inclusive direitos subsidiários, devem ser endereçadas para: Office of the Publisher, The World Bank, 1818 H Street, NW, Washington, DC 20433, USA; fax: 202-522-2422; e-mail: [email protected].

Foto da capa: Bund, Shanghai, China. Duas crianças ao lado do Bund admiram a linha do horizonte de Shangai. Foto cor-tesia de Jody Cobb/Getty Images.

ISBN: 978-0-8213-8393-3eISBN: 978-0-8213-8394-0DOI: 10.1596/978-0-8213-8393-3

Os dados do Catálogo de obras em fase de publicação da Biblioteca do Congresso foram solicitados a.

InfoShop do Banco MundialE-mail: [email protected]: 202-458-5454Fax: 202-522-1500

Grupo de Avaliação IndependenteComunicação, Aprendizagem e EstratégiaE-mail: [email protected]: 202-458-4497Fax: 202-522-3125

Impresso em papel reciclado

Agradecimentos | iii

A avaliação da experiência do Banco Mundial nos múlti-plos aspectos dos recursos hídricos foi feita pelo Grupo de Avaliação Independente (IEG) do Banco Mundial a pedido da Diretoria Executiva.

A avaliação esteve a cargo de Ronald S. Parker e este relató-rio foi por ele preparado com o apoio de pesquisa de Anna Amato, Peter Behr, Gunhild Berg, Carola Borja, Ahmad Hamldov, Elizabeth Eggleston Helton, Silke Heuser, Kris-tin Little e Emily O’Sullivan. Silke Heuser prestou apoio metodológico e análise de dados à equipe. Gunhild Berg, Silke Heuser e Kristin Little resumiram os documentos sobre antecedentes e elaboraram as seções deste relatório. William Hurlbut editou o relatório e prestou apoio editorial na preparação dos documentos sobre antecedentes e estudo de casos. Michael Treadivay e Caroline McEuen editaram os volumes para impressão e publicação no website. Ma-rie Charles proporcionou apoio administrativo. Antoine Boussard ajudou no trabalho de campo relacionado com os países dos estudos de caso. Keith Pitman fez comentários acerca de alguns documentos sobre antecedentes. Keith Oblitas e Meike van Ginneken, que atuaram como reviso-res, ofereceram comentários inestimáveis sobre as versões preliminares do relatório. Os autores agradecem os mem-bros do Painel de Assessoramento Externo – Mohamed Ait Kadi, Mary Anderson, Tudith Rees e Peter Rogers – por sua orientação antecipada, bem como paciência e revisão

minuciosa das versões preliminares deste relatório; e o Lin-coln Institute e Gregory K. Ingram por nos disponibiliza-rem suas instalações para nossa primeira reunião do Painel de Assessoramento. A declaração do Painel de Assessora-mento consta deste volume.

Agradecemos também o apoio financeiro prestado por nosso parceiro, a Agência Suíça de Desenvolvimento e Co-operação (SDC), o qual possibilitou um volume considerá-vel de pesquisas sobre antecedentes em que se baseia esta avaliação. Somos gratos também a Abel Mejla por seu as-sessoramento e encorajamento contínuos. O estudo incluiu várias missões de campo. Os autores agradecem as seguin-tes pessoas: Bakyt Arystanov, Gabriel Azevedo, Alain Bar-bu, Sabah Bencheqroun, Francis Ato Brown, Rank Fatehali Hirjim, Ospan Karimsakov, Ferson Kelman, Nurlan Ke-melbekov, Dllshod Khidirov, Hassan Lamranl, Washington Mutayoba, Phillipo Patrick Mwakabengele, Mohamed Ou-belkace, Jennifer Sara, Tauno Skytta e Huong Thu Vu por seu apoio e perspectivas valiosas durante essas missões. Um banco de dados com informações sobre o projeto, criado por Anna Amato para esta avaliação, reuniu pela primeira vez todas as informações disponíveis sobre todos os proje-tos do Banco Mundial com atividades relacionadas com re-cursos hídricos. Esse banco de dados será entregue à Water Anchor para ser utilizado pelo pessoal do Banco Mundial encarregado do assunto.

Agradecimentos

Diretor Geral de Avaliação: Vinod ThomasDiretor, Grupo de Avaliação Independente, Banco Mundial: Cheryl W. Gray

Gerente, Avaliação Setorial do IEG: Monika HuppiGerente de Tarefas: Ronald Parker

iv | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

Apenas 1% da água doce encontra-se disponível para uso humano, e a quantidade de água disponível tem sido cons-tante há milênios. Enquanto isso, o planeta passou a ter 6 bilhões de pessoas a mais. Uma distribuição extremamen-te desigual dos recursos de água doce, combinada com os efeitos da mudança climática, está agravando os já sérios problemas referentes à água.

Os padrões de desenvolvimento, o aumento da pressão das populações e a demanda por uma melhor qualidade de vida em todo o mundo contribuem para uma crise global emer-gente de água. Para superar esta crise, será necessário manter uma relação sustentável entre recursos hídricos e desenvol-vimento; isto é, uma relação que equilibre as necessidades atuais em relação às perspectivas para as futuras gerações.

Os recursos hídricos têm sido há muito tempo uma impor-tante área de foco dos empréstimos do Banco Mundial aos

países em desenvolvimento. Quase um terço de todos os projetos do Banco Mundial aprovados desde 1997 tem sido referente a recursos hídricos. Os compromissos de emprés-timo de recursos hídricos cresceram 55% durante o exercí-cio financeiro de 1997 até o final do ano de 2007.

Durante esses 11 anos, o desempenho do projeto tem me-lhorado continuamente em relação aos objetivos definidos, liderado por uma notável melhoria na África. Os recursos hídricos também têm sido integrados em muitos outros setores. O Banco Mundial tem contribuído para melhorar o acesso à água potável, principalmente nas áreas urbanas. No lado institucional, o Banco Mundial tem equilibrado investimentos em infraestrutura com melhorias nas insti-tuições que geram e alocam os recursos hídricos.

A estratégia do Banco Mundial em termos de recursos hí-dricos, implementada em parceria com os países mutuá-rios, outros mutuantes e doadores, e outras organizações públicas e privadas, tem feito uma grande diferença. Con-tudo, a abordagem usada até então tem subestimado alguns dos desafios mais difíceis e isso, por sua vez, tem deixado algumas necessidades cruciais não atendidas. Além disso, o envolvimento do Banco Mundial em recursos hídricos en-frentará os maiores desafios devido à mudança climática, à migração contínua para zonas costeiras e ao declínio da qualidade dos recursos hídricos disponíveis para a maio-ria das cidades e setores industriais. Tudo isso necessitará de importantes ajustes na abordagem seguida. A crescente escassez de água é uma realidade, que o Banco Mundial e seus parceiros precisam confrontar, colocando mais ênfase nas áreas desafiadoras de conservação dos lençóis freáticos, redução da poluição e gestão eficaz da demanda. Novas

formas precisam ser encontradas para ajudar a maioria dos países com escassez de água a tornar a sustentabilidade da água uma pedra angular de seus planos de desenvolvimen-to. A comunidade do desenvolvimento também precisa ajudar os países a dar mais atenção ao saneamento.

Tempestades cada vez mais fortes e a elevação do nível do mar ameaçam cada vez mais as costas densamente povoa-das. Essa situação exige um plano de desenvolvimento mais estratégico e uma redução mais eficaz do risco de desastres em áreas costeiras de baixa altitude. Finalmente, a coleta e o uso de dados precisam ser aperfeiçoados em inúmeras áre-as. Em todas essas atividades, sólidas parcerias, junto com a criação e o intercâmbio de conhecimentos, continuarão a ser essenciais.

Prefácio

Vinod ThomasDiretor Geral de Avaliação

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Resumo executivo

Resumo executivo | v

A quantidade de água disponível tem sido constante há milênios, mas ao longo do tempo, o planeta passou a ter 6 bilhões de pessoas a mais. A água é essencial para a vida humana e as atividades empresariais, e as crescentes limita-ções dos recursos hídricos disponíveis ameaçam a missão das instituições dedicadas ao desenvolvimento econômico. A meta final é obter um equilíbrio sustentável entre os re-cursos disponíveis e a necessidade de recursos hídricos por parte da sociedade.

Nesta avaliação, o Grupo de Avaliação Independente (IEG) examina todos os projetos relacionados à água financiados pelo Banco Mundial entre 1997 e 2007. As atividades do Banco Mundial relacionadas à água são inúmeras, crescen-tes e integradas. Elas incluem gestão de recursos hídricos, abastecimento de água e saneamento, e atividades relacio-nadas à água na agricultura, água na indústria, geração de energia e água no meio ambiente.

As alterações durante a década na carteira de projetos de abastecimento de água do Banco Mundial têm sido am-plamente positivas. Em 1997, apenas 47 países solicitaram empréstimos para recursos hídricos, mas até 2007 havia 79 mutuários, e o empréstimo destinado a esses recursos havia aumentado em mais de 50%. Os projetos de abastecimen-to de água tiveram boas taxas de êxito em relação às suas metas, e esse desempenho melhorou na última metade do período de avaliação, com uma melhora particularmente notável de 23 pontos percentuais na África. Dentro do Ban-co Mundial, as atividades referentes à água têm sido apoia-das por mudanças institucionais, e tem havido progresso na integração da água ao trabalho de outros setores.

Ao mesmo tempo, contra pressões e problemas emergen-tes, necessidades cruciais permanecem não atendidas. Na complexa área de gestão de recursos hídricos, geralmente tem sido mais fácil subestimar os problemas mais difíceis, como combate à poluição ou recuperação do meio ambien-te, comparado a tarefas como compra de equipamentos ou desenvolvimento de uma infraestrutura. O sucesso limita-do com a recuperação completa de custos para os serviços de abastecimento de água fez o Banco moderar sua aborda-gem, mas a questão de quem pagará pelos custos não co-bertos precisa ser resolvida.

Com os mutuários enfrentando desafios cada vez mais di-fíceis na gestão de água, a condução habitual dos negócios não é uma opção. A avaliação sugere que o Banco Mundial

e seus parceiros devam encontrar maneiras de apoiar siste-maticamente os países que enfrentam a maior escassez de água de todos os tempos. Ela recomenda que mais atenção seja prestada às preocupações críticas de conservação do lençol freático, redução da poluição e gestão costeira e que o Banco Mundial trabalhe com seus clientes para direcio-nar mais atenção para o saneamento.

A gestão da demanda deve ser um tema de apoio do Banco Mundial, se os desafios dos recursos hídricos cada vez mais escassos tiverem de ser abordados com êxito, e o Banco Mundial e seus mutuários precisarem fazer um acordo es-pecífico em termos de recuperação de custos. Finalmente, a coleta e o uso de dados precisam ser aperfeiçoados em inú-meras áreas. Em todas essas atividades, sólidas parcerias, junto com a criação e o intercâmbio de conhecimentos, continuarão a ser essenciais.

Apenas 3% do abastecimento de água no mundo é de água doce, e dois-terços disso encontram-se congelados nas ge-leiras ou enterrados nos profundos aquíferos subterrâneos, deixando apenas 1% prontamente disponível para uso hu-mano. A água não é apenas limitada, é também distribuída de forma desigual. Nas regiões mais áridas, a escassez de água é sempre uma ameaça. Além disso, o consenso cientí-fico é de que a mudança climática agravará esses desafios as-sociados à água nos próximos anos. Essas mudanças já estão rompendo os padrões pluviométricos, instigando tempesta-des de vento cada vez mais fortes e criando secas de gravida-de e frequência sem precedentes. Cerca de 700 milhões de pessoas em 43 países encontram-se com problemas de água.

Os padrões de desenvolvimento, o aumento da pressão das populações e a demanda por uma melhor qualidade de vida em muitas partes do mundo contribuem para uma crise global de água cada vez mais profunda. O desenvolvimento redireciona, consome e polui a água. Também causa mu-danças no estado dos reservatórios de água natural, dire-tamente, drenando aquíferos e, indiretamente, derretendo geleiras e as calotas polares. A manutenção de uma relação sustentável entre recursos hídricos e desenvolvimento re-quer que, no momento, as necessidades atuais sejam equili-bradas em relação às necessidades das futuras gerações.

A comunidade do desenvolvimento tem transformado e ampliado sua abordagem em relação aos recursos hídricos, desde a década de 1980. Com o aumento do enfoque em qualidade e disponibilidade da água, os doadores come-

vi | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

çaram a buscar abordagens mais abrangentes que buscam integrar a água ao desenvolvimento de outros setores.

Por meio de empréstimos e subsídios, o Banco Mundial (a Associação Internacional de Desenvolvimento e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) tem apoiado os países em muitos setores relacionados a recur-sos hídricos. Esta avaliação examina o escopo completo desse apoio no período de 1997 a 2007. Mais de 30 estu-dos de antecedentes preparados para a avaliação analisa-ram o empréstimo do Banco por área temática e por tipo de atividade. A avaliação é, por definição, retrospectiva, mas identifica mudanças que serão necessárias para fren-te, incluindo as mudanças associadas ao fortalecimento das instituições em âmbito nacional e o aumento da sustenta-bilidade financeira.

A água e o Banco Mundial

O Documento de Política de Gestão de Recursos Hídricos de 1993 do Banco Mundial (Banco Mundial, 1993) mudou o foco anterior da instituição em desenvolvimento de infra-estrutura para o setor de recursos hídricos. O documen-to também mudou o processo de planejamento do Banco Mundial de um processo baseado em investimentos dis-cretos dentro do setor para uma abordagem multissetorial, envolvendo o conceito de Gestão Integrada de Recursos Hídricos (IWRM). A IWRM promove o desenvolvimento coordenado e a gestão de água, terra e recursos relacio-nados para maximizar o bem-estar econômico e social de modo equitativo, sem comprometer a sustentabilidade de ecossistemas vitais. Sob a IWRM, cada atividade relaciona-da à água em um projeto ou programa é cuidadosamente considerada à luz de outros usos concorrentes e suas conse-quências sociais, econômicas e ambientais.

Em 2003, o Banco Mundial adotou uma nova estratégia de recursos hídricos (Banco Mundial, 2003) que pareceu compreender melhor a gestão dos recursos hídricos e as conexões entre o uso dos recursos e a prestação de servi-ços. Também reintroduziu investimentos em infraestrutura como um importante aspecto do apoio do Banco Mundial no setor. Os documentos de estratégia de 1993 e 2003 são complementares, e junto com o mandato do Banco Mun-dial de reduzir a pobreza, eles têm ajudado a informar os problemas de abastecimento e a melhorar o desempenho dos serviços de utilidade pública e associações de usuários. A estratégia de 2003 comprometeu a instituição a enfrentar os desafios mais prementes que estavam restringindo o al-cance das metas definidas em 1993.

O portfólio de recursos hídricos

Uma grande parte do que o Banco Mundial financia está relacionada à questão dos recursos hídricos: 31% de todos os projetos do Banco Mundial aprovados desde 1997 são referentes à água. Entre os exercícios financeiros de 1997 e 2007, o Banco Mundial aprovou ou completou 1.864 proje-tos com pelo menos uma atividade referente à água. Juntos, esses projetos representaram o financiamento do Banco Mundial de cerca de US$ 118,5 bilhões, dos quais US$ 54,3 bilhões foram direcionados à água. A média de emprésti-mos foi de US$ 67 milhões (exceto subsídios e atividades não financeiras). Os empréstimos referentes a recursos hí-dricos aumentaram até 55% durante o período de avaliação (Figura 1).

Muitas das atividades do Banco Mundial referentes à água estão integradas em projetos envolvidos em outras tarefas, como desenvolver o abastecimento de água em um projeto de serviços urbanos ou delinear uma política de água den-tro de um contexto maior de política ambiental. As maiores

Projetos de recursos hídricos aprovados e fundos comprometidos por exercício financeiro

Fonte: Banco de dados de recursos hídricos do IEG.

Nota: Total do montante de compromissos fornecidos a todos os projetos. Anos são exercícios financeiros. O número total de projetos aprova-dos foi 1.317; os 1.864 projetos abordados na avaliação incluem projetos que fecharam durante o período de avaliação, mas foram aprovados anteriormente.

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1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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020406080100120140160180

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Número Montante de compromissos

FIGURA 1

Resumo executivo | vii

categorias de atividades por número de projetos são as que lidam com o tratamento de águas residuais e irrigação. Os maiores montantes de dinheiro têm sido destinados a pro-jetos que envolvem irrigação e atividades de hidrelétricas ou barragens (Tabela 1).

O Banco Mundial colaborou com 142 países em emprés-timos relacionados a recursos hídricos durante o período de avaliação. Desses, os 10 principais se responsabilizaram por 579 projetos (31%), abrangendo 56% do total dos com-promissos do Banco Mundial para projetos com atividades referentes à água (quase 5 pontos percentuais a mais do que a participação dos demais países em empréstimos do Ban-co como um todo). A China, a única grande mutuária de projetos de abastecimento de água, respondeu por 16% dos empréstimos referentes à água, mas apenas 7% do total dos empréstimos do Banco Mundial.

Principais conclusões

Aumento de empréstimos, integração e mel-hora do desempenho dos projetosOs projetos de abastecimento de água no total apresen-tam boas taxas de êxito, quando mensurados em termos de objetivos. As classificações de desempenho do IEG mostram uma melhora contínua no desempenho do setor mensurado em termos dos objetivos do projeto. Durante o período mais recente de cinco anos, segundo este critério, o setor de recursos hídricos foi o que mais apresentou melho-

ra, com um nível particularmente significativo de 23 pon-tos percentuais na parcela dos projetos, com percentagem satisfatória, realizados pela Região da África (Figura 2). Dentro do portfólio, 77% dos 857 projetos concluídos apre-sentaram um resultado agregado de moderadamente satis-fatório ou superior, ligeiramente acima da ampla média do Banco de 75%. A tendência continuou em 2008, em cujo ano os projetos do setor de recursos hídricos atingiram um índice satisfatório de 90%.

O foco da atividade do Banco Mundial dentro do setor de recursos hídricos mudou com o tempo. O Banco Mundial tem feito empréstimos consideráveis em irrigação e abas-tecimento de água, e barragens e hidrelétricas se tornaram mais importantes nos últimos anos. Mas algumas atividades cada vez mais importantes com o aumento da escassez de água tornaram-se menos importantes no portfólio do Ban-co Mundial; notadamente, tais atividades incluem gestão de zonas costeiras, controle da poluição e, em menor im-portância, conservação do lençol freático. Apesar do bom desempenho do portfólio quando mensurado em termos dos objetivos definidos dos projetos, o Banco Mundial e os países mutuários ainda não abordaram de modo suficiente diversas questões difíceis, mas vitais, entre elas a ampliação do acesso ao saneamento, o combate à poluição, a recupera-ção de ambientes aquáticos degradados, o monitoramento e a coleta de dados, e a recuperação de custos. Onde foram concedidos empréstimos para monitoramento hidrológico

TABELA 1 Projetos de abastecimento de água por área de foco

Subgrupo e Número de Total de compromissosb

área de foco projetosa (US$ milhões)

Água e terra

Irrigação 311 26.490

Lençol freáticoc 229 20.508

Hidrelétricas ou barragens 211 21.800

Inundações 177 15.509

Secas 110 9.960

Abastecimento de água e saneamento

Abastecimento urbano de água 229 15.522

Abastecimento rural de água 218 13.871

Tratamento de água residual 312 13.460

Saneamento urbano e sistema de esgoto 190 15.609

Saneamento rural e sistema de esgoto 108 5.894

Meio ambiente

Gestão de bacias hidrográficas 218 13.100

Rios e lagos 174 14.780

Zonas costeiras 121 4.660

Canais e rios navegáveis e portos 104 7.632

Pesca 87 5.034

Fonte: Banco de dados de recursos hídricos do IEG.

a. Inclui projetos dedicados e não dedicados.

b. Total de compromissos referem-se aos montantes de empréstimos para todos os projetos que incluem a atividade indicada.

c. Inclui 89 projetos que enfocam a conservação ou proteção de aquíferos.

viii | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

e meteorológico, o Banco Mundial focou o fornecimento de tecnologia para coleta de dados e enfatizou relativamen-te menos a reunião e interpretação de informações para as quais existe uma demanda identificada. Tais conclusões agregadas, contudo, mascaram variações e necessidades re-gionais e específicas dos países. Por exemplo, as Regiões do Leste Asiático e Pacífico e da África responderam mais ati-vamente do que outras Regiões ao desafio do saneamento. Essas questões são abordadas em mais detalhes a seguir.

A integração da prática de recursos hídricos entre os se-tores do Banco Mundial parece estar com um bom an-damento. A integração da prática de recursos hídricos do Banco Mundial foi uma importante meta da estratégia de recursos hídricos de 2003, e durante o período avaliado, a maioria dos projetos focados em água foi supervisionada pelas diretorias setoriais e não pela Diretoria Setorial de Abastecimento de Água e Saneamento.

O Banco Mundial aumentou seus empréstimos relacio-nados com recursos hídricos e o número de países aten-didos durante o período avaliado. Apesar de o número de países que pede empréstimos para projetos de abastecimen-to de água ter variado a cada ano; 79 países foram atendidos em 2007, comparados a 47 países em 1997.

Gestão de recursos hídricosA gestão eficaz da demanda é um dos diversos desafios críticos em todo o mundo em face do aumento da escas-sez de água. A demanda de água pode ser afetada por três amplos conjuntos de medidas: definição de preços, quotas e medidas para melhorar a eficiência do uso da água (Fi-gura 3). Cerca de um-quarto de todos os projetos de abas-

tecimento de água na avaliação lida com algum aspecto de gestão da demanda. Esforços para melhorar a eficiência do uso da água e limitar a demanda no setor da agricultura, o maior consumidor de água, têm demonstrado pouco sucesso. As tecnologias de aprimoramento da eficiência sozinhas não necessariamente reduzem o uso de água nas plantações, e esforços em gerir a demanda via cobrança dos usuários da agricultura pelo uso da água tiveram sucesso limitado, parcialmente por causa da elasticidade de baixo preço dessa demanda. A definição e o cumprimento das quotas para o uso da água é uma abordagem relativamente recente e merece uma avaliação cuidadosa, após a conclu-são de mais projetos com este enfoque. A recuperação de custos nos projetos financiados pelo Banco Mundial tem sido raramente bem-sucedida: apenas 15% dos projetos que tentaram recuperação de custos atingiram sua meta. Os projetos que tiveram êxito geralmente melhoraram a efici-ência das instituições de água com a coleta de taxas. Esse sucesso limitado fez o Banco Mundial moderar sua aborda-gem, mas pelo fato de ainda ter de identificar claramente as fontes alternativas para financiar o déficit na recuperação, a sustentabilidade dos investimentos está ameaçada.

Na área de abastecimento de água, a redução das perdas (UfW), ou seja de qualquer tipo de perda de água, tem sido a principal atividade direcionada na melhoria da eficiência do uso da água. Cerca de metade dos projetos que tentaram tratar da UfW conseguiu reduzi-la em até pelo menos 1%.

A descoberta de maneiras eficazes de melhorar a eficiência do uso da água e de gerir a demanda de água será crítica, se o Banco Mundial desejar manter um papel de liderança nesta área.

gure 2.1

Resultados de projetos de abastecimento de água por região

Fonte: Dados do IEG.

Nota: As regiões são classificadas em ordem decrescente por percentagem melhorada. A diferença nas classificações de resultados entre os períodos é estatisticamente significativa no nível de confiança de 95% apenas para a África.

FIGURA 2

Percentagem satisfatória

2003–07 1997–2002

91

70

77

76

66

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0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Europa/Ásia Central

Oriente Médio/Norte da África

Leste Asiático/Pacífico

América Latina/Caribe

Sul da Ásia

África

Resumo executivo | ix

A gestão integrada de recursos hídricos, o foco de duas estratégias consecutivas de água, tem ganhado força dentro do Banco Mundial, mas tem obtido limitado pro-gresso na maioria dos países clientes. Dentro do Banco Mundial, tem havido um considerável progresso na inte-gração da água no trabalho de outros setores e na consoli-dação de estruturas institucionais para realizar atividades referentes à água. Contudo, fora do Banco Mundial, mes-mo em países onde a IWRM estiver agora bem integrada no contexto legal, essa gestão integrada é conhecida prin-cipalmente no setor de recursos hídricos. As informa-ções necessárias para informar a tomada de decisão não são prontamente disponíveis, e, talvez mais importante, as implicações econômicas de restrições de água não são amplamente apreciadas. Além disso, existem indicações de que o Banco esteja prestando menos atenção à coleta de dados, um pré-requisito essencial para a implementação bem-sucedida da IWRM, uma vez que os países têm menos motivação para confrontar uma situação com parâmetros desconhecidos.

Onde a IWRM for bem-sucedida, será na maioria das vezes em um determinado local em um momento de ne-cessidade. Alguns países fizeram progresso com a gestão

de recursos hídricos, após desastres naturais. Tais choques geralmente não afetam os países por inteiro; contudo, tam-bém não são um caminho desejável para a IWRM. Uma crise com início rápido que compromete o abastecimen-to de água de uma grande cidade, como no Brasil, a seca que coloca em risco a sobrevivência da cidade de Fortale-za, provoca medidas drásticas e aumenta o desejo público por dados confiáveis de água. O modo de abrir a janela de oportunidades sem esperar por uma calamidade é apoiar os processos de monitoramento que prestam informações ao público em questão e aos grupos interessados privados. O exemplo do Brasil mostra que o fato de divulgar os dados sobre água na Internet ajuda a aumentar a preocupação dos grupos interessados, que, por sua vez, ajuda a mobilizar a vontade política necessária para confrontar problemas en-raizados de água.

O número de projetos que lidam com questões de lençol freático tem diminuído, apesar de dentro dessa tendên-cia problemática, o portfólio ter também testemunhado uma mudança positiva longe de um foco sobre extração. Essa mudança é importante, considerando a queda dos ní-veis de água nos principais aquíferos em muitos mutuários do Banco Mundial (Figura 4).

Box 1

DADoS SoBRE DISPoNIBILIDADE DE ÁGUA AJUDAM A CRIAR CoNSENSo

O Projeto Piloto de 2001 de Abastecimento de Água em Kosovo (P070365) realizou um estudo sobre disponibilidade de água que se tornou a base das alocações de água dentro da bacia hidrográfica. Os principais usuários concorrentes na área do projeto foram os usuários de água doméstica (domicílios) e irrigadores. O estudo forneceu uma base racional para alocações de água, com base nos critérios técnicos como necessidades da agronomia da irrigação, demandas para água doméstica e requisitos de fluxo ambiental.

Fonte: Relatório de Conclusão da Implementação do Projeto.

gure 2.1

Atividades de gestão de demanda de água por tipo de atividade

Fonte: Banco de dados de recursos hídricos do IEG.

FIGURA 3

0 25 50 75 100 125 150

Introduzir sistema de quotas de água

Desenvolver instituições de água para conservar a água

Criar incentivos de financiamento e de política

Aumentar a eficiência em abastecimento de água

Proporcionar sanitários com uso eficiente de água

Melhorar a eficiência do uso do lençol freático

Promover a eficiência da irrigação

Melhorar a conservação da água

Reduzir a parte de água da qual não se presta contas

Aumentar as tarifas de água, definição de preços

Número de projetos

x | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

Dentro do portfólio de lençóis freáticos, as atividades que visam a aumentar o abastecimento de água foram, como um grupo, as mais bem-sucedidas, enquanto as atividades referentes à redução da pressão no lençol freático, e à con-servação, geralmente mostraram-se as mais desafiadoras. Ainda assim, tais atividades precisarão se tornar mais pro-eminentes no portfólio, se o Banco Mundial precisar efeti-vamente ajudar o número crescente de países com escassez de água a tratar da escassez cada vez maior dos lençóis fre-áticos. Na República do Iêmen, por exemplo, a tecnologia melhorada de poços com tubos e generosos subsídios de diesel causaram um rápido aumento do consumo de água para irrigação, e a irrigação agora extrai mais de 150% dos recursos hídricos renováveis do país (Box 2).

Os projetos de gestão de bacias hidrográficas que utilizam uma abordagem focada em qualidade de vida possuem me-lhores resultados do que os projetos que não a utilizam. Os projetos que combinam intervenções de subsistência com recuperação ambiental obtiveram altos índices de apro-vação, mas os efeitos nas comunidades nas bacias acima (como redução de enchentes e melhoria da disponibilidade de água) e os benefícios sociais nas comunidades ao longo das bacias não eram medidos com frequência. Um monito-ramento hidrológico (com ou sem sensoriamento remoto) e uma modelagem das bacias hidrográficas poderiam aju-dar a melhorar a avaliação do impacto e, assim, facilitar o cálculo da relação custo-benefício de tais intervenções.

Meio ambiente e águaA recuperação ambiental tem sido subestimada no por-tfólio de recursos hídricos do Banco Mundial, possivelmen-te por ser imediata e sua importância financeira a longo prazo ser incerta. Uma maior atenção nos cálculos de custo-benefício poderia ajudar o Banco Mundial e seus clientes a avaliar as compensações e obter melhores resultados.

A maioria dos projetos de abastecimento de água do Banco Mundial foca na infraestrutura, apesar de, em al-guns casos, a recuperação ambiental ser mais estrategi-camente importante. Não é sempre necessário restaurar o ambiente relacionado à água a um estado primitivo para a obtenção dos principais benefícios sociais, econômicos e ambientais e reduzir a vulnerabilidade. Melhorias prioritá-rias em ambientes degradados, mesmo quando pequenos, podem ter grandes impactos. O projeto de proteção das planícies costeiras do Vietnã, por exemplo, equilibrou com sucesso o reflorestamento com as necessidades de subsis-tência (Box 3). O projeto reflorestou com sucesso áreas crí-ticas e levou a uma redução substancial da erosão na zona costeira.

Os países e os doadores precisarão focar mais em gestão costeira, uma vez que cerca de 75% da população mundial estarão em breve morando próximo da costa, colocando-os em maior risco das consequências da mudança climática. As aprovações dos projetos do Banco Mundial nessa área

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Projetos em andamento de lençol freático com enfoque em extração e conservação

Fonte: Dados do Banco Mundial.

FIGURA 4

Extração

Conservação

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Ano

Resumo executivo | xi

diminuíram ao longo do tempo, e os motivos para isso de-vem ser considerados no Relatório de Andamento sobre a Implementação da Metade do Ciclo.

Muitos projetos contêm financiamentos sobre gestão de qualidade de água, mas poucos países medem a qualida-de da água. O número de projetos que na verdade mede a qualidade da água está diminuindo. As evidências de uma

melhor qualidade de água são raras, assim como as indica-ções da melhora da saúde dos beneficiários do projeto. Os dados que são gerados precisam de um melhor controle de qualidade. A qualidade da água nos cinco principais países mutuários está diminuindo, e menos da metade dos pro-jetos que começaram a monitorar a qualidade da água foi capaz de mostrar qualquer melhoria.

Box 2

LENÇoL FREÁTICo ESTÁ SE ExAURINDo RAPIDAMENTE NA REPÚBLICA Do IÊMEN

A República do Iêmen não possui fontes perenes significativas de água de superfície. Ao contrário, o país conta quase que exclusivamente com a exploração do lençol freático. A água é retirada dos rasos aquíferos, que são reabastecidos, e cada vez mais de aquíferos mais profundos, que são geralmente considerados não reabastecíveis, apesar de um certo reabastecimento ter sido realizado com algumas dificuldades e despesas. Em grandes partes do país, a água dos rasos aquíferos é extraída de poços, acima da taxa de reabastecimento das chuvas limitadas do país. Assim, uma vez exaurida a água desses aquíferos, o bombeamento depende dos aquíferos profundos (fósseis) que também estão se esgotando. Uma vez que esses aquíferos não podem ser prontamente reabastecidos, o bombeamento é essencialmente uma operação de mineração. As camadas de lençol freático estão diminuindo inexoravelmente em muitos locais, algumas vezes em índices alarmantes. Na Bacia de Sana, a cama-da de lençol freático está diminuindo até 6 metros por ano nas áreas mais populosas, e os poços rurais e urbanos com tubos estão constantemente sendo aprofundados.

A taxa de depleção de lençol freático tem avançado nas últimas três décadas por vários motivos. Um deles foi a explosão no uso agrícola resultante da introdução e da rápida disseminação dos poços com tubos mecanizados. Os agricultores, usando os rasos poços escavados, tradicionalmente extraíam a água quase na proporção do reabastecimento natural das chuvas, mas isso mudou quando a tecnologia de poços com tubos e bombas foi introduzida no início da década de 1970. Isso per-mitiu níveis bem mais altos de abstração do lençol freático e bombeamento dos aquíferos profundos. O uso agrícola da água aumentou em cerca de 5% por ano na década de 1990. Em 1990, o consumo agrícola (para irrigação) foi de 130% dos recursos hídricos renováveis do país; desde então, aumentou para 150%.

Fonte: Pesquisa de estudo de caso da República do Iêmen do IEG.

Box 3

oS BENEFÍCIoS DE RECUPERAÇÃo PARCIAL DAS FLoRESTAS DE MANGUEZAL No VIETNÃ

As florestas de manguezais favorecem a pesca, proporcionando bases de reprodução e alimentação, além de viveiros para pei-xes e crustáceos comercialmente importantes, e diminuem o impacto das substâncias tóxicas na água e no solo, funcionando como filtros naturais. Também funcionam como zonas tampão contra os prejuízos de tufões e inundações às áreas habitadas e limitam a intrusão de salinidade. Mas, com a expansão do cultivo do camarão, essas florestas são raramente deixadas em paz e, para as pessoas que vivem próximo, são uma fonte de produtos de madeira, alimentos e até palha de cobertura e medicamen-tos tradicionais sem custo.

No Vietnã, a desconsideração dos habitantes do litoral quanto à necessidade de preservar os manguezais da área levou à erradi-cação generalizada, com impactos ambientais catastróficos. O Projeto de Proteção dos Pantanais e Zona Costeira do Vietnã ten-tou equilibrar a proteção ambiental das florestas de manguezais com as necessidades de subsistência das pessoas dependentes dos recursos naturais. O projeto foi desenvolvido para recuperar os ecossistemas dos pantanais. O pessoal do projeto destacou a necessidade de implementar o reflorestamento e a proteção das florestas, junto com a abordagem das causas sociais subjacen-tes de invasões. Ficou entendido que uma melhor proteção dessas áreas aumentaria inevitavelmente a produtividade costeira e marinha nas áreas próximas ao litoral onde os barcos menores usados pelos mais pobres poderiam navegar com segurança. A melhoria da condição de renda das comunidades adjacentes exigia uma combinação de extensão, crédito e apoio social. Medidas contratuais foram criadas para fornecer os incentivos necessários para garantir a ocorrência da proteção ambiental. No total, 370 milhões de árvores foram replantadas ao longo de 460 quilômetros da costa. Até o término do projeto, devido aos esforços de reflorestamento, a área de erosão costeira havia sido substancialmente reduzida e um novo solo havia começado a crescer ao longo da costa: a erosão foi reduzida até 40% e a área de crescimento no litoral aumentou em até 20%.

Fonte: Pesquisa de estudo de caso do Vietnã do IEG.

xii | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

Uso de água e prestação de serviçosO Banco Mundial tem focado cada vez mais na prestação de serviços de abastecimento de água, mas tem havido uma redução na ênfase do monitoramento dos resulta-dos econômicos, qualidade da água e resultados de saú-de. Apenas um terço dos projetos de tratamento de água re-sidual e de saneamento calculou os benefícios econômicos.

O saneamento precisa de mais atenção. O crescimento da população nos países em desenvolvimento tem sido rápido, assim como a urbanização. Uma expansão dos serviços de água encanada e o aumento da água de uso doméstico ace-lerará a demanda de um saneamento adequado. A avaliação reconhece que, mesmo se os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) em termos de abastecimento de água forem atingidos, 800 milhões de pessoas ainda não terão acesso à água potável segura em 2015, mas muitas mais, 1,8 bilhão, ainda não terão acesso ao saneamento básico. Den-tro dos projetos de saneamento, mais ênfase é necessária nas conexões de uso doméstico. As metas de conexão em projetos não são geralmente atendidas, e o IEG tem obser-vado inúmeras fábricas de tratamento funcionando abai-xo da capacidade projetada, porque os domicílios não se conectaram aos sistemas, em parte porque a disposição de pagar tem sido superestimada e as instalações têm sido su-perelaboradas. Este relatório destaca a deficiência particu-lar das instituições de saneamento, que continuará a limitar o progresso até a melhoria de suas capacidades.

Os projetos de usinas hidrelétricas têm obtido um bom de-sempenho, sendo que um considerável potencial inexplo-rado subsiste para um desenvolvimento apropriado, princi-

palmente na África. Após um pico na metade da década de 1990, a construção de barragens no mundo em desenvolvi-mento diminuiu de ritmo. O Banco Mundial recentemente aumentou seu financiamento para a construção de barra-gens; em muitos casos, para barragens com várias finalida-des que fornecem energia hidrelétrica e que também geral-mente apoiam a irrigação, a proteção contra enchentes ou o uso industrial. Quase um-terço (66) dos 211 projetos de barragens e hidrelétricas financiados pelo Banco Mundial abordados na avaliação focou diretamente a reabilitação de barragens, uma vez que muitas destas apresentaram uma deterioração gradual causada pela falta de manutenção, e algumas foram fechadas por problemas de salinidade, se-dimentação e outros. Um novo plano de negócios de de-senvolvimento de hidrelétricas, Directions in Hydropower (Banco Mundial, 2009), foi concluído em 2009 e apoia es-tudos de viabilidade, para os projetos serem técnica, econô-mica e ambientalmente apropriados. Na verdade, será vital usar a experiência com projetos de hidrelétricas, incluindo a escala e os impactos socioeconômicos e ambientais.

Instituições e águaOs serviços de abastecimento de água são fornecidos por prestadores públicos na maioria dos países, apesar de a participação do setor privado ter feito algum progresso. Onde as empresas internacionais privadas têm sido bem-sucedidas no fornecimento de serviços de abastecimento de água em áreas urbanas, elas têm contribuído com impor-tantes investimentos em infraestrutura e, em algumas ci-dades, têm conseguido aumentar a eficiência das operações dos serviços de abastecimento de água. Em alguns projetos

Box 4

HIDRELÉTRICAS E PRoJEToS CoM VÁRIAS FINALIDADES

A estratégia de recursos hídricos de 2003 do Banco Mundial observa que, apesar de o Banco ter sido importante na atração de in-vestimentos críticos do setor privado em projetos, existe uma preocupação crescente de que, “ao se separar das questões difíceis, complexas [isto é, barragens], o Banco Mundial esteja perdendo sua credibilidade como um parceiro de conhecimento e investi-mentos com serviços completos” (Banco Mundial, 2003a, p. 3). Em resposta a esta crítica, o Banco Mundial voltou a participar dos investimentos em hidrelétricas.

O novo plano de negócios de desenvolvimento de hidrelétricas inclui a reabilitação das fábricas existentes e a construção de pequenas fábricas a fio de água (fábricas que não criam um reservatório) e fábricas com várias finalidades e com reservatórios. O plano apoia estudos de viabilidade para projetos técnica, econômica e ambientalmente satisfatórios. A tendência é buscar projetos com várias finalidades que produzam energia hidrelétrica, mas que também apoiem irrigação, proteção contra inunda-ções ou uso industrial. No exercicio financeiro de 2007, nove projetos de energia hidrelétrica (cinco dos quais são “financiados por carbono”, ou seja, pagos em parte pela venda de reduções de emissões de carbono; consulte o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, 2007), foram aprovados para um total de US$ 748 milhões no novo financiamento do Grupo Banco Mundial, incluindo US$ 115 milhões em garantias e US$ 66 milhões em financiamento do carbono.

Os especialistas no setor de recursos hídricos do Banco Mundial consideram esta “nova” energia hidrelétrica a necessidade de uma integração mais sofisticada entre as disciplinas, sobre usos da água, sobre oportunidades mais amplas de recursos de ener-gia e água, sobre grupos interessados (locais e internacionais), e sobre empréstimos, reforma e fortalecimento de capacidade. O novo enfoque envolve mais projetos que tratem do abastecimento de água e da segurança de energia.

Fonte: FMI e Banco Mundial (2007).

Resumo executivo | xiii

financiados pelo Banco Mundial nas áreas rurais, ao con-trário, o setor privado local é responsável pela operação de sistemas de abastecimento de água, mas tem investido pouco e compartilhado pouco do risco financeiro. Onde os governos desejam uma participação privada, é necessá-rio haver um sistema normativo em bom funcionamento e com boa manutenção para sua participação sustentável nas operações dos serviços de utilidade pública. Em muitos casos, tal sistema permanece indefinido e isso tem limitado a participação do setor privado.

Os projetos de abastecimento de água que operam em um ambiente descentralizado têm tido dificuldade em atender as expectativas, mas quando o orçamento e a autoridade acordados no nível inferior do governo coin-cidem com a responsabilidade a ele atribuída, os proje-tos têm tido conquistas positivas. Metade dos projetos que visavam a fortalecer a capacidade local e dois quintos de projetos que apoiaram as reformas institucionais foram bem-sucedidos. Outros resultados positivos geralmente as-sociados à descentralização, aumento da responsabilização, participação acionária, capacitação e coesão social, foram alcançados em uma minoria de casos.

O apoio à reforma institucional e ao fortalecimento de capacidade tem tido sucesso limitado no setor de recur-sos hídricos. Reforma institucional, fortalecimento insti-tucional e fortalecimento de capacidade têm sido as ativi-dades mais frequentemente financiadas pelos empréstimos referentes à água do Banco Mundial. Ainda assim, essas in-

tervenções geralmente não têm sido totalmente eficientes e as instituições deficientes geralmente têm sido responsáveis pelas falhas nos projetos.

O Banco Mundial tem estado ativamente envolvido no tratamento das questões transfronteiriças de água. Tem sido dada prioridade a projetos que atendam cursos com-partilhados de água por um grande número de países. Aqui o Banco Mundial tem sido mais bem-sucedido em ajudar a resolver conflitos do que em fortalecer instituições trans-nacionais. Seu trabalho com mutuários em aquíferos trans-fronteiriços encontra-se em estágio inicial (Box 5).

Questões estratégicasAs estratégias complementares do Banco Mundial para o setor de recursos hídricos têm sido amplamente apro-priadas. Contudo, sua aplicação até então tem subestimado alguns dos desafios mais difíceis definidos pela estratégia de 2003, e isso tem deixado algumas necessidades desaten-didas. A abordagem do Banco Mundial em relação ao abas-tecimento de água enfrentará os maiores desafios causados pela mudança climática, migração para zonas costeiras e decadência da qualidade dos recursos hídricos disponíveis para a maioria das cidades e indústrias nas próximas déca-das. Tudo isso precisará de algumas mudanças de enfoque.

A escassez de água precisa ser confrontada sistematica-mente. No momento, não existe uma relação estatística en-tre o empréstimo relacionado à água do Banco Mundial aos países e o nível de escassez de água nesses países (Figura 5). A questão para o Banco Mundial é como encontrar um

Box 5

A INICIATIVA DA BACIA Do NILo

Durante o período do estudo, um total de 19 projetos envolviam a Bacia do Rio Nilo, incluindo o Lago Victoria. Em 8 desses projetos, o Banco Mundial facilitou a cooperação para a recuperação ambiental ou as negociações de energia entre os países; nos outros 11 projetos, o Banco Mundial notificou outros países à margem da Bacia do Rio Nilo sobre os projetos na bacia.

O Banco Mundial tem apoiado a Iniciativa da Bacia do Nilo (NBI) desde 1997, quando o Conselho de Ministros da Bacia do Nilo (Nile-COM) solicitou apoio pela primeira vez para coordenar o envolvimento de doadores e definir um grupo consultivo para angariar fundos para projetos de cooperação. A NBI foi formalmente iniciada em fevereiro de 1999 pelos ministros de assun-tos de água dos 10 países que compartilham a Bacia do Nilo: Burundi, República Democrática do Congo, República Árabe do Egito, Etiópia, Eritrea, Quênia, Ruanda, Sudão, Tanzânia e Uganda. Juntos, esses ministros formam o Nile-COM. A NBI é orienta-da pela visão compartilhada dos países “para atingir um desenvolvimento socioeconômico sustentável por meio da utilização equitativa, e se beneficiar, dos recursos hídricos comuns da bacia do Nilo”.

O programa em toda a bacia destina-se a criar capacidade e confiança. Também envolve programas de investimentos em sub-bacias para demonstrar os resultados do desenvolvimento de cooperação. Apesar das frequentes reuniões entre os países à margem do Rio Nilo, ainda existem tensões entre eles, como entre Uganda e Tanzânia sobre os níveis de água no Lago Vic-toria, que têm diminuído drasticamente nos últimos anos. Após dois anos de seca (2004-2005), quando muito pouca energia hidrelétrica podia ser produzida, o Banco Mundial ajudou Uganda, via Projeto Geração de Energia Térmica de Uganda de 2006 (P069208), a encontrar meios alternativos para gerar eletricidade e assim reduzir o atrito entre os países à margem do lago. Em paralelo, e apesar do lento progresso, o Banco Mundial está ajudando os países a alinhar suas prioridades com a perspectiva regional via NBI.

Fonte: “Banco Mundial e NBI,” go.worldbank.org/C25RHXSYG0, acessado em 11 de novembro de 2009.

xiv | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

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RuandaBurundi Angola

Cabo Verde Mali

Burkina FassoSerra

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República Centro-Afric

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República do Iêmen Gana

MoçambiqueSenegalCamboja

Rep. Dem. do Congo

Costa do Marfim

JordâniaMarro

cos Togo Quênia Gâmbia

Guiné-Bissau

MadagascarTanzâniaMoldávia Argélia

Mauritânia Zâmbia China Tunísia Guiné

África do Sul Vietnã

Índia

Zimbabué

Armênia

BangladeshCamarões Laos NepalMongólia

Papua Nova Guiné ButãoEl Salvador Líbano

ParaguaiPolônia

Sri Lanka

República do Congo Turquia

República Árabe do Egito Jamaica

Cazaquistão México

NicaráguaPaquist

ão

República DominicanaGuatemala

RomêniaTajiq

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GeórgiaHonduras

República Islâmica do Irã Mauríci

oNamíbia

Argentina Belarus Brasil

República TchecaHungria Filip

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Uzbequistão Gabão Bolívia

Bulgária

Federação Russa

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República Bolivariana da Venezuela Belize

ColômbiaCosta

RicaEquadorPanamáUruguai

Croácia Chile

Turcomenist

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Resumo executivo | xv

ponto de entrada e ajudar a maioria dos países com escassez de água a chegar a um acordo, de modo que as necessidades de água possam se tornar mais centrais em sua estratégia de desenvolvimento. Isso não significa que o Banco Mundial deva parar de fornecer apoio aos países ricos em água nem aumentar os empréstimos aos países com escassez de água; isto é, não é a única solução nem necessariamente a melhor. A falha em atender as necessidades humanas de água e sane-amento tem sua origem em questões políticas, econômicas, sociais e ambientais. Tais necessidades estão se tornando mais entrelaçadas e não podem ser resolvidas, a menos que haja a participação de um grupo bem maior de atores.

A maioria dos países com escassez de água consiste de 45 países (35 deles na África) que não são somente deficientes em água, mas também economicamente pobres. As Estra-tégias de Assistência para Recursos Hídricos nos Países têm ajudado a posicionar com mais firmeza as discussões sobre recursos hídricos no contexto de desenvolvimento econô-mico nos países onde têm sido realizadas. A inclusão dos Ministérios de Planejamento e Finanças no diálogo é ou-tra etapa crítica, uma vez que está expandindo o cálculo de benefícios econômicos para aumentar o entendimento dos países sobre a importância econômica da água.

A colaboração com outros parceiros é particularmente importante, e deve provavelmente aumentar em im-portância, assim que o Banco Mundial ajudar os países a lidar com as crises de abastecimento de água. Isso é verdade não apenas em termos de abastecimento de água e saneamento, mas também em termos de gestão de recursos hídricos nas bacias nacionais e transnacionais. Muitos dos problemas descritos neste relatório são complexos demais para o Banco Mundial tentar resolver sozinho.

A implementação bem-sucedida da estratégia setorial sobre recursos hídricos do Banco Mundial necessitará de uma grande quantidade de dados sobre recursos hídri-cos e, por isso, a coleta de dados deve passar a ter uma prioridade mais alta. Os dados em todos os aspectos de abastecimento de água e nas condições socioeconômicas relevantes precisam ser mais sistematicamente coletados e monitorados. Os dados precisam ser usados melhor dentro dos projetos. Por exemplo, a coleta e a análise de dados atu-alizados sobre lençol freático são mais importantes agora do que nunca e precisam ser adotadas mais comumente do que antes.

Recomendações

• Trabalhar com clientes e parceiros para garantir queas questões críticas de água sejam abordadas de modo adequado.

– Buscar maneiras de apoiar os países que enfrentam problemas graves de escassez de água. O Relatório

de Andamento sobre a Implementação da Metade do Ciclo deve sugerir um modo de definir medidas adaptadas para ajudar o Banco Mundial e os outros doadores a trabalhar com esses clientes para tratar das necessidades mais urgentes, que serão bem mais desafiadoras, assim que o abastecimento de água se tornar cada vez mais restrito nas áreas áridas.

– Garantir que os projetos prestem a devida atenção à conservação do lençol freático e assegurar que a quantidade extraída seja sustentável.

– Buscar modos eficazes de ajudar os países a tratar de questões de gestão costeira.

– Ajudar os países a reforçar a atenção ao saneamento.

• Fortalecerofornecimentoeousodedadossobreáguapara melhor entender os vínculos entre água, desenvol-vimento econômico e realização de projeto

– Nos documentos de avaliação de projetos, quanti-ficar rotineiramente os benefícios do tratamento de água residual, melhorias de saúde e recuperação ambiental.

– Apoiar um monitoramento mais frequente e mais completo de água de todos os tipos em países clien-tes, principalmente os mais vulneráveis, e ajudar a garantir que os países tratem os dados de monito-ramento como um bem público e os disponibilizem de forma mais ampla.

– Na elaboração de projetos de gestão de recursos hídricos que apoiem sistemas de monitoramento hidrológico e meteorológico, prestar bastante aten-ção à participação dos grupos interessados, à manu-tenção e à escolha apropriada dos equipamentos e instalações de monitoramento.

– Analisar sistematicamente se a recuperação ambien-tal será essencial para o atendimento dos objetivos referentes ao abastecimento de água em um deter-minado cenário.

• Monitorarabordagensdegestãodedemandaparaiden-tificar que aspectos estão funcionando ou não, e apren-der com essas lições da experiência.

– Esclarecer como cobrir o custo da prestação de serviços de abastecimento de água na ausência da recuperação total de custos. Na medida em que os mutuários devam cobrir o custo dos serviços de abastecimento de água da receita bruta, comparti-lhar as lições da experiência internacional com eles, para estes poderem alocar os custos com mais efici-ência.

– Identificar maneiras de usar de modo mais eficiente taxas e impostos para reduzir o consumo de água.

– Monitorar e avaliar com cuidado a experiência com quotas, como um meio de moderar o uso da água na agricultura.

xvi | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

Resposta da Administração

A Administração recebe com satisfação a avaliação do apoio do Banco Mundial para assuntos relacionados com recursos hídricos, abrangendo o período de 1997 a 2007, realizada pelo Grupo de Avaliação Independente (IEG). Esta avaliação é oportuna em relação ao pano de fundo do Relatório de Andamento de 2003 sobre a Implementação da Metade do Ciclo da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos em fase de preparação; também é relevante devido ao volume grande e crescente de empréstimos relacionados com recursos hídricos que hoje representa 10% da carteira do Banco Mundial.

A revisão abrangente do IEG mostra que o Banco Mundial tem participado em países da Associação de Desenvolvimen-to Internacional (AID) e do Banco Internacional de Recons-trução e Desenvolvimento (BIRD) em todo o espectro de questões relacionadas à água — desde enchentes e secas a rios, lagos, pantanais e aquíferos de lençóis freáticos; desde o acesso à energia hidrelétrica até o realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de abastecimento de água e saneamento; desde a gestão eficaz da demanda à irrigação e drenagem, e a cooperação por meio de acordos de compar-tilhamento de água entre estados ribeirinhos. Não obstante as aquisições nessas áreas observadas pelo IEG, os desafios no setor ainda são significativos: governança deficiente, se-tor financeiro em recuperação, suprimentos intermitentes, crescente escassez de água e deterioração da qualidade da água são algumas das questões que são enfrentadas como parte da elaboração regular dos projetos de água do Banco Mundial. Água é um setor complexo; é político por nature-za, e causa impacto em muitos setores vitais da economia, incluindo agricultura, saúde, energia e meio ambiente.

A Administração recebe com satisfação os resultados positi-vos gerais da revisão. Entre os importantes elementos desta avaliação estão (a) sua ênfase na centralidade da água para a agenda de desenvolvimento sustentável; (b) a avaliação de que as estratégias descritas na Estratégia Setorial de Recur-sos Hídricos do Banco Mundial de 2003 e o Documento de Política de Gestão de Recursos Hídricos do Banco Mundial de 1993 foram bastante apropriadas; (c) o reconhecimento de que em cada um dos objetivos dessas estratégias foram alcançadas realizações; e (d) a necessidade, uma vez que as estratégias são implementadas depois, de que a comunida-de de desenvolvimento e os países clientes foquem a aten-ção em determinadas áreas, como gestão costeira, lençóis freáticos, saneamento e coleta de dados.

Concluindo, a Administração acha que a revisão do IEG poderia ter se aprofundado mais aumentando a cobertura de atividades relacionadas à água além de financiamento de projetos e especificando mais suas recomendações. A Administração também gostaria de esclarecer sua posição diante da recuperação de custos versus recuperação total de custos, onde pode haver diferenças com o IEG. Os co-mentários abaixo sobre a análise da revisão refletem essas perspectivas diferentes.

As respostas específicas da Administração às recomenda-ções do IEG, com as quais ela geralmente concorda, estão anotadas no Registro de Ações da Administração anexo.

Comentários da administração

Tudo indica que obter a recuperação do custo total da pres-tação de serviços de água é a meta final, que, embora seja economicamente desejável, é difícil e raramente realizada na prática. A redução dos preços dos serviços de abasteci-mento de água é generalizada, mesmo nos países de renda média alta e nos países de renda alta. Globalmente, as esti-mativas mostram que 39% dos serviços públicos de abas-tecimento de água têm tarifas médias muito baixas para cobrir os custos de manutenção e operação básica. Outros 30% têm tarifas que ficam abaixo do nível necessário para fazer qualquer contribuição no sentido de recuperar os custos de capital. Mesmo nos países de renda alta, somen-te 50% dos serviços de água cobram tarifas altas o bastan-te para cobrir custos de operação e manutenção e para a recuperação parcial do capital. Um certo grau de subsídio geral é, portanto, a norma, mesmo em países de renda alta. Nos países clientes do Banco Mundial, as tarifas baixas (ou seja, abaixo dos custos de recuperação de custo total) ga-rantem que os serviços de água sejam acessíveis à popu-lação. Embora aumentar tarifas para recuperar uma maior parcela dos custos para mobilizar o financiamento privado, ou simplesmente reduzir o uso dos recursos fiscais escassos dos serviços públicos, possa ser economicamente saudável, os representantes políticos têm evitado com frequência o aumento de tarifas. Algumas estimativas sugerem que as ta-rifas de água talvez precisem aumentar até 90% em alguns países em desenvolvimento para conseguir a recuperação do custo total. Na discussão sobre acessibilidade, há tam-bém uma preocupação especial com relação à população de baixa renda, que é desproporcionalmente afetada pelo aumento de tarifas.

Resposta da Administração | xvii

Recuperação de custos nos Projetos de Água do Banco MundialA recuperação de custos continua a ser central para a ela-boração de projetos de abastecimento de água. Por meio de uma série de projetos, o Banco Mundial apoiou os esforços do governo para transformar o abastecimento de água em um processo contínuo de recuperação de custos, come-çando pela cobertura dos custos de operação e manuten-ção. Outras opções para reduzir os custos da prestação de serviços também são consideradas nos projetos do Banco Mundial, incluindo o uso de tecnologias alternativas, níveis diferenciados de serviço, e flexibilidade nos padrões.

Outras iniciativas para abordar a sustentabilidade da prestação dos serviços de abastecimento de água. O Banco Mundial continua a trabalhar em várias frentes no sentido de buscar uma solução sustentável para a presta-ção de serviços de água, enquanto aumenta a cobertura dos recursos hídricos. O Banco Mundial tem examinado proa-tivamente formas de abordar a questão sobre quem paga-rá pelos custos não cobertos. O setor de recursos hídricos agora ocupa posição de destaque nas Revisões de Despesas Públicas, visando a identificar formas de aumentar a efi-cácia das despesas públicas gerais, assim como as despe-sas públicas específicas de água. Também será dada mais atenção à transparência do financiamento do setor de água por meio de uma combinação de taxas de uso e subsídios. Quando solicitado, o Banco Mundial também tem apoiado parcerias público-privadas em serviços públicos de água em áreas urbanas e rurais, que provaram ser uma opção vá-lida para modificar serviços de abastecimento e saneamen-to de água de fraco desempenho e melhorar a qualidade e a eficiência do serviço.1 Essa abordagem promove um círculo virtuoso por meio do qual o serviço público melhora sua situação financeira e gradualmente se torna capaz de finan-ciar um parcela maior de suas necessidades de investimen-to. A experiência mostra que embora as concessões tenham funcionado em alguns lugares, os acordos contratuais que combinaram operação privada com financiamento de in-vestimento público parecem ser a opção mais adequada em muitos países (Marin 2009). Finalmente, está sendo reali-zado um trabalho para avaliar a eficácia dos subsídios ba-seados no consumo para alcançar e distribuir recursos para a população pobre; com provas que sugerem que subsídios de conexão podem ser um meio mais eficaz de ajudar os pobres do que subsídios baseados em quantidade (Banco Mundial 2005).

Tarifas de água na irrigação. As evidências mostram que a demanda de irrigação é inflexível até os preços aumentarem várias vezes o custo da prestação dos serviços. Na prática, já demonstrou ser politicamente difícil aumentar suficien-temente os preços fixos da água e da irrigação para passar para a parte elástica da curva de demanda. Como a opção

mais imediata de gestão de demanda, o Banco Mundial tem favorecido o ajuste dos direitos de uso da água de superfície e subterrânea.

Priorização de empréstimos relativos à água. A Adminis-tração observa que embora os países do BIRD possam fazer mais empréstimos para água em termos absolutos devido ao tamanho dos países, os países da AID recebem mais em-préstimos para água em termos relativos. Ao examinar o nível de escassez de água nos países da AID e do BIRD, a Administração observa que os países com escassez de água recebem proporcionalmente mais financiamentos para água do que os países sem escassez de água — nos países com es-cassez de água, a água constitui 14% do total de empréstimos do BIRD e da AID; nos países sem escassez de água, a água constitui 9% do total de empréstimos do BIRD e da AID.

Financiamento, Conhecimento e Reputação. Por fim, a Administração observa que o financiamento de projetos é a única forma de solucionar os problemas no setor de água. O Banco Mundial usa vários outros mecanismos para atingir sua visão estratégia de água para desenvolvimento sustentá-vel. O Banco Mundial usa o trabalho setorial e econômico, diálogo sobre políticas, fundos fiduciários e sua reputação como “mediador honesto” para envolver os países clientes em complexas questões relativas à água. Por exemplo, o Grupo Banco Mundial tem participado com McKinsey do exame de ferramentas inovadores para identificar medidas de oferta e demanda que pudessem constituir em uma abor-dagem mais custo-efetiva para preencher o hiato de recursos hídricos nos países e até conseguir uma economia orçamen-tária em alguns componentes do setor de água. É a combi-nação de todos esses instrumentos que permite que o Banco Mundial forneça assistência a países que enfrentam grande escassez de água e atenda a futuras necessidades de água.

Recomendações do IEG

A Administração agradece as recomendações do IEG e concorda com elas. Essas recomendações são compatíveis com o que o Banco Mundial está fazendo atualmente e podem ser acomodadas dentro do quadro das estratégias atuais relacionadas à água, como mostrará o Relatório de Andamento sobre a Implementação da Metade do Ciclo da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos.

Nota

1. A Administração observa que essa avaliação abrange a função do setor privado no fornecimento de saneamento e abastecimento de água, no qual o Banco Mundial tem uma função somente quan-do há uma parceria público-privada envolvida. A Administração observa que essa avaliação não aborda a função específica da IFC e da MIGA, conforme o “Documento de Enfoque: Avaliação do Apoio do Grupo Banco Mundial aos Recursos Hídricos” (IEG, 28 de janeiro de 2008) indicou que iria fazer.

xviii | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

1. Trabalhar com clientes e parceiros para assegurar que as questões essenciais sobre água sejam devidamente abordadas.• Buscarformasdeapoiaressespaísesqueenfrentamgrande

escassez de água. A revisão da implementação da estratégia de médio prazo deve sugerir uma forma de oferecer soluções sob medida para ajudar o Banco Mundial e outros doadores a trabalhar com esses clientes para atender às necessidades mais urgentes, que serão muito mais difíceis à medida que o abaste-cimento de água se tornar cada vez mais limitado nessas áreas áridas.

• Certificar-sedequeosprojetosprestemadevidaatençãoàconservação dos lençóis freáticos e garantam que a quantidade extraída seja sustentável.

• Encontrarformaseficazesdeajudarospaísesaabordarques-tões de gestão costeira.

• Ajudarospaísesaintensificaraatençãoaosaneamento.

2. Intensificar o fornecimento e o uso de dados sobre água para melhor compreender os vínculos entre água, desenvolvimento econômico e realização de projetos.• Nosdocumentosdeavaliaçãodeprojetos,quantificarrotineira-

mente os benefícios do tratamento de águas residuais, melho-rias no setor de saúde e restauração ambiental.

• Apoiaromonitoramentomaisfrequenteemaiscompletodosrecursos hídricos de todos os tipos nos países clientes, espe-cialmente os mais vulneráveis, e ajudar a garantir que os países tratem os dados de monitoramento como um bem público e os tornem amplamente disponíveis.

• NaelaboraçãodeprojetosWRMqueapoiamsistemasdemo-nitoramento hidrológicos e meteorológicos, prestem bastante atenção à participação dos grupos interessados, manutenção e escolha apropriada do equipamento e das instalações de moni-toramento.

• Analisesistematicamentesearestauraçãoambientalseráessen-cial para os objetivos relacionados à água a serem cumpridos em um determinado cenário.

Registro de Ações da Administração

Resposta da AdministraçãoRecomendações do IEG

Em andamento/Acordado.A Administração concorda com a recomendação, que é a essência da Estratégia Setorial de Recursos Hídricos de 2003. O Banco Mundial tem sido sensível às prioridades do governo no que se refere a re-cursos hídricos nos países com maior escassez de água e naqueles que enfrentarão problemas no futuro. Usando uma variedade de instrumentos (financiamento, conhecimento e reputação), o Banco Mundial tem se empenhado em garantir que sua assistência agre-gue valor, especialmente em relação a outros bancos de desenvol-vimento e doadores.

O Relatório de Andamento de 2003 sobre a Implementação da Metade do Ciclo da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos destacará (i) como o Banco Mundial tem atendido às necessidades dos clientes, diferenciados pelo grupo de renda; (ii) a crescente importância de se abordar as questões dos recursos hídricos no nível da bacia do rio; (iii) áreas da estratégia de 2003 onde o Banco Mundial tem dado continuidade à sua abordagem, começando com estudos, assistência técnica, capacitação e projetos-pilotos para solucionar questões complexas, tais como gestão sustentável de lençóis freáticos e gestão costeira; e (iv) como a comunidade de desenvolvimento tem trabalhado ativamente para cumprir as metas de saneamento do ODM.

Em andamento/Acordado.A Administração concorda com a recomendação, e o princípio de que mais e melhores dados ajudariam a apoiar atividades de melho-ria de desempenho e responsabilização do setor de recursos hídricos, os resultados dos projetos de água financiados pelo Banco Mundial, e o impacto de políticas alternativas para o setor de recursos hídricos. Várias iniciativas globais estão em andamento (por exemplo, IBNET, Instituto de Peritos em Hidrologia), e esforços estão em andamento como parte da análise da avaliação padrão de projetos para quan-tificar os custos e os benefícios (e externalidades). Serão realizados um melhor gerenciamento e uso de dados quando as reformas de empréstimos para investimento forem implementadas.

Mais especificamente:• AWaterAnchordesenvolveráoutrosindicadores-chavepara

projetos de água (por exemplo, saneamento/esgoto, irrigação/drenagem).

• Asregiõesconduzirãonovasabordagensparaaproveitarasno-vas fontes de informações (como a detecção remota), confron-tando-as com as fontes de dados existentes .

• Asregiõesintensificarãoprojetos,criandosistemasdeinforma-ções detalhadas e sistemas de padrões de referência.

• OProgramaWaterAnchorandWaterSanitationrealizaráumaavaliação de impacto de intervenções de saneamento e higiene na escala para obter resultados de saúde e renda.

• Comopartedainiciativadaavaliaçãodeimpactododesenvol-vimento, em colaboração com o Departamento de Economia do Desenvolvimento, o setor de recursos hídricos realizará outras avaliações de impacto sobre os impactos à saúde e intervenções em águas residuais.

O Relatório de Andamento de 2003 sobre a Implementação da Metade do Ciclo da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos descreverá como o andamento rumo ao fortalecimento do forneci-mento e uso de dados será monitorado.

Resposta da Administração | xix

3. Monitorar abordagens de gestão de demanda para identifi-car os aspectos que estão funcionando ou não e para aprovei-tar essa experiência no futuro.• Esclarecercomocobrirocustodaprestaçãodeserviçode

abastecimento de água na ausência da recuperação do custo total. Na medida em que os mutuários devem cobrir o custo dos serviços de água a partir das receitas gerais, compartilhar as lições da experiência internacional com eles para que possam alocar custos parciais de forma mais eficiente.

• Identificarmeiosdeusartaxasetarifasdemodomaiseficientepara reduzir o consumo de água.

• Monitorareavaliarcuidadosamenteaexperiênciacomcotascomo meio de ajustar o uso da água na agricultura.

Registro de Ações da Administração

Resposta da AdministraçãoRecomendações do IEG

Em andamento/Estabelecido.• OProgramaRegionsandtheWaterAnchorexaminaráofinan-

ciamento da prestação de serviços como parte das Revisões da Despesa Pública e de outro trabalho de caráter econômico específico de um país e de um setor.

• OProgramaRegionsandtheWaterAnchorrealizaráumestudosobre as lições aprendidas a respeito do pagamento do governo pelos serviços de abastecimento de água.

• OProgramaRegionscontinuaráaexplorartaxas,tarifaseoutrasopções (medição, direitos de uso da água, etc) de gestão de demanda nos projetos do Banco Mundial.

• Regionsconduzirádireitosbaseadosnaevapotranspiração(ET) e abordagens baseadas na comunidade para a gestão dos recursos hídricos.

Uma prioridade chave do Grupo Temático sobre Gestão de Recur-sosHídricos,comoapoiodoWaterAnchor,serádocumentarliçõesaprendidas sobre abordagens de gestão de demandas.

xx | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

Comentários do Presidente do Conselho:

Comitê sobre Eficácia

do Desenvolvimento (CODE)

No dia dezembro 16, 2009, o Comitê sobre Eficácia do Desen-volvimento (CODE) discutiu o documento intitulado Água e Desenvolvimento: Apoio do Banco Mundial: 1997–2007, preparado pelo Grupo de Avaliação Independente (IEG), juntamente com a Resposta Preliminar da Administração.

Resumo

O Comitê recebeu com satisfação o oportuno relatório, que contribuirá para o Relatório de Andamento sobre a Imple-mentação da Metade do Ciclo da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos da administração. Também observou positivamente a discussão construtiva entre o IEG e a ad-ministração a respeito desta avaliação. Os membros obser-varam a relevância contínua do Documento de Política de Gestão de Recursos Hídricos do Banco Mundial de 1993 e da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos de 2003. Eles elogiaram a transformação no desempenho da carteira no setor de recursos hídricos e encorajaram esforços contínuos, especialmente para melhorar ainda mais a sustentabilidade dos projetos e focar em projetos na África Subsaariana.

Uma área que obteve comentários de quase todos os orado-res foi a questão delicada e difícil da determinação de preços e recuperação do custo total dos serviços de abastecimento de água. Nesse aspecto, foram expressadas diferente opini-ões sobre as funções dos setores público e privado no abaste-cimento de água, o potencial para uma abordagem baseada no mercado, e a importância de garantir recursos hídricos acessíveis para a população de baixa renda. Além disso, as discussões tocaram nas questões dos mecanismos de trans-ferências e subsídios, a cobertura dos custos de operação e manutenção, e a experiência dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico na recupera-ção do custo total. De modo geral, os membros apoiaram a abordagem “pragmática, mas baseada em princípios” para a determinação de preços, descrita na Estratégia Setorial de Recursos Hídricos de 2003.

Os membros também intervieram em tópicos específicos, tais como instituições e estrutura normativas; a assistência aos países/áreas com escassez de água; a função do Ban-

co Mundial na gestão de saneamento e lençóis freáticos; vínculos entre a mudança climática e recursos hídricos, e demografia; e coleta e monitoramento de dados. O comitê recebeu com satisfação os comentários do pessoal Regional que compartilhou suas experiências de âmbito regional e nacional. Alguns oradores expressaram a visão de que a ava-liação do IEG poderia ter sido uma revisão do Grupo Banco Mundial da assistência hídrica. O IEG observou que os in-vestimentos da Corporação Financeira Internacional (IFC) em recursos hídricos foram pequenos, somente cerca de 1% dos empréstimos do BIRD/AID. Outros perguntaram sobre aspectos não abordados no relatório de avaliação, como o impacto da estrutura de gestão matriz, a contribuição de empréstimos para políticas de desenvolvimento, o trabalho contínuo relacionado ao apoio de financiamentos inovado-res, e as principais conclusões que constavam da avaliação, mas que não foram explicitamente citadas nas recomenda-ções. Finalmente, foram feitos comentários e sugestões sobre o próximo Relatório de Andamento sobre a Implementação da Metade do Ciclo da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos da administração.

Recomendações e próximos passos

A Administração deve apresentar o Relatório de Andamen-to sobre a Implementação da Metade do Ciclo da Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos na primavera setentrional de 2010. A Administração confirmou que incluirá as ativi-dades setoriais de recursos hídricos do Grupo Banco Mun-dial, embora a Estratégia Setorial sobre Recursos Hídricos tenha incluído somente o BIRD e a AID. Esse relatório de avaliação do IEG e a Resposta da Administração serão di-vulgados publicamente.

Principais questões discutidas

Determinação de preços e Recuperação de custos. O Comitê observou as complexidades da determinação de preços dos recursos hídricos e as sensibilidades políticas em torno da recuperação de custos. Em geral, os membros apoiaram a abordagem “pragmática, mas baseada em prin-

Comentários do Presidente do Conselho | xxi

cípios” do Banco Mundial no que se refere à determinação de preços, embora vários oradores, atentos às dificuldades de uma abordagem baseada no mercado, tenham indica-do que a existência de hiatos entre o preço e o custo exige que ela seja totalmente quantificada juntamente com os recursos fiscais necessários para garantir a recuperação do custo total. Eles ficaram atentos aos esclarecimentos da ad-ministração sobre a definição de recuperação de custos e a dificuldade de se conseguir a recuperação total dos custos, mesmo nos países de alta renda onde há vontade política para adotar esta meta. Alguns membros comentaram que essa questão precisa ser avaliada como parte de um con-junto de intervenções abrangentes e coerentes, incluindo a análise dos problemas sociais. O IEG assinalou que menos de um quinto dos projetos de saneamento e abastecimento de água criados para recuperar custos foi bem-sucedido parcial ou integralmente, e que é importante esclarecer como cobrir os custos da prestação de serviços de água na ausência da recuperação dos custos totais. Ao notar a im-portância de se garantir acesso economicamente viável à água, especialmente para a população pobre, um dos mem-bros advertiu sobre a adoção de uma abordagem baseada no mercado para saneamento e abastecimento de água e sobre o importante papel do governo. Outros, contudo, co-mentaram sobre o potencial do setor privado para prestar serviços eficientes, se acompanhado de estruturas legais apropriadas e instituições normativas. Fora feitos alguns comentários específicos sobre como cobrir custos de ope-ração e manutenção na ausência de arrecadação suficiente e espaço fiscal, e sobre o uso de subsídios ou transferência direta para fornecer acesso economicamente viável à água para a população pobre, sobre o número relativamente bai-xo de projetos nos quais a taxa de retorno econômico é considerada, e o potencial para melhorar a recuperação de custos reduzindo o desperdício de água.

Dados. Houve um consenso geral sobre a importância dos dados para a criação, monitoramento e avaliação de proje-tos à luz das conclusões do IEG que poucos projetos que planejam coletar dados chegam a fazer. Um membro levan-tou uma questão relacionada ao equilíbrio do comparti-lhamento de dados com preocupações de segurança nacio-nal, enfatizando que o fornecimento de dados não deve ser

uma condição para um projeto. Neste aspecto, ressaltou-se o significativo esforço da comunidade internacional de re-cursos hídricos em coletar dados que poderiam ser usados. Para destacar a importância da avaliação dos resultados, sugeriu-se estabelecer uma referência para o impacto das operações do Banco Mundial em relação ao Objetivo de Desenvolvimento do Milênio e um indicador que mediria a eficiência na utilização dos recursos hídricos.

Países com escassez de água. Embora tenham apoiado as conclusões do IEG sobre a necessidade de solucionar ade-quadamente os problemas essenciais dos recursos hídricos nos países com escassez de água, alguns membros levan-taram a questão sobre como esses países são definidos e a complexidade desse assunto. O IEG esclareceu que o Índi-ce de Pobreza da Água foi baseado em cinco componen-tes — recursos, acesso, capacidade, uso e meio ambiente. Outros encorajaram a administração a atender às necessi-dades de abastecimento e saneamento da população pobre, integrando dimensões institucionais, financeiras e sociais às intervenções do Banco Mundial.

Relatório do Andamento sobre a Implementação da Metade do Ciclo. Os membros fizeram vários pedidos de análise no Relatório de Andamento sobre a Implementação da Metade do Ciclo, incluindo o papel do Banco Mundial no fortalecimento de instituições, intercâmbio de conhe-cimentos, uso de empréstimos para políticas de desenvol-vimento, problemas de salvaguarda, estrutura de gestão da matriz, e uso de incentivos. A Administração foi en-corajada a ter em mente o impacto da mudança climática sobre os recursos hídricos e seu uso, assim como o vínculo entre demografia e água. A Administração disse que anali-saria as operações do Grupo Banco Mundial, em resposta ao interesse expresso no sentido de que uma abrangência mais ampla inclua questões do setor privado. A Adminis-tração comentou brevemente sobre as intervenções do Banco Mundial no setor de recursos hídricos abrangendo não somente empréstimos para investimento mas também empréstimos para políticas de desenvolvimento e trabalho analítico. A Administração falou sobre a nova Diretoria Setorial de Recursos Hídricos e sobre a natureza altamente setorial de sua intervenção no setor hídrico.

xxii | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

Declaração do Painel Assessor

Os membros do Painel Assessor Externo reconhecem o vo-lume colossal de trabalho realizado pela equipe do Grupo de Avaliação Independente na preparação do relatório so-bre o apoio do Banco Mundial aos recursos hídricos e ao desenvolvimento. Trinta e um por cento de todos os proje-tos do Banco Mundial aprovados desde o exercício finan-ceiro 1997 tiveram pelo menos uma atividade relacionada à água, de modo que a carteira examinada por essa avaliação consiste de 1.864 projetos financiados entre o exercício fi-nanceiro 1997 e o final do ano civil de 2007, de um total de mais de US$118 bilhões. A equipe de avaliação ter execu-tado essa série de atividades e tê-la examinado através de múltiplas lentes — 25 Documentos das Questões separa-dos foram pesquisados e escritos para esse estudo — é um testemunho de sua seriedade e precisão. O Painel Assessor aprecia o cuidado com o qual essa equipe classificou, ana-lisou e reanalisou os dados reunidos, e conclamamos a Ad-ministração do Banco Mundial a aplicar rigor similar na abordagem das recomendações provenientes desse traba-lho impressionante.

A mensagem básica deste relatório é uma mensagem de ur-gência. A água é um recurso limitado do qual dependem vidas e o desenvolvimento. À medida que o clima muda e a população cresce, a maneira atual de conduzir os negócios não é uma opção. As consequências sociais, econômicas e políticas da escassez de água, exacerbada pela desigualdade de distribuição, são reais, assim como os efeitos dos riscos relacionados à água. Algumas instituições estão tão bem posicionadas quanto o Banco Mundial para reunir os re-cursos e as parcerias necessárias para solucionar essas pre-ocupações globais.

É importante reconhecer que os projetos de água do Banco Mundial de um modo geral obtiveram recentemente me-lhores taxas de sucesso. Contudo, não há lugar para com-placência, pois, como indica a avaliação, boa parte do tra-balho tem se concentrado em regiões e em problemas que são de alguma forma mais fáceis de lidar. Como afirma o relatório, “O Banco Mundial e os países ainda não enfren-taram suficientemente vários problemas difíceis, porém vitais, entre eles, saneamento, combate à poluição, restau-ração de ambientes aquáticos degradados, monitoramento e coleta de dados, e recuperação de custos.”

Um problema especialmente difícil diz respeito à susten-tabilidade dos investimentos no decorrer do tempo; o uso

de tecnologias apropriadas, deixar de assegurar mudanças institucionais e estabelecer responsabilidades claras após o projeto, e falta de atenção à recuperação de custos são ape-nas alguns dos motivos pelos quais a sustentabilidade não pode ser alcançada. Para garantir que esses investimentos gerem benefícios de longo prazo em termos de desenvol-vimento socioeconômico, talvez o foco no projeto não seja suficiente. Em vez disso, o Painel Assessor convida a admi-nistração do Banco Mundial a desenvolver uma abordagem de prazo mais longo, mais abrangente, multissetorial e fo-cada no processo para seu apoio às questões relacionadas à água. A avaliação fornece vários exemplos da própria ex-periência do Banco Mundial mostrando não somente que esse tipo de abordagem é viável, mas que seus resultados são mais duradouros e significativos para mais pessoas do que os de projetos separados com cronogramas mais cur-tos. O Painel também gostaria que o Banco Mundial ado-tasse uma abordagem mais proativa para seus empréstimos e avaliasse se algumas das tendências dos empréstimos atu-ais serão apropriadas no futuro, dadas as condições socioe-conômicas e ambientais em transformação; por exemplo, o número reduzido de aprovações de projetos para o trabalho de gestão costeira poderia ser analisado no contexto da po-tencial mudança climática e demográfica.

Como afirma o relatório, a meta final é equilibrar os recur-sos disponíveis com as necessidades da sociedade. Destaca-mos esta declaração ao observar que esta meta não é apenas de alguns países, mas de todos os países, e não somente de algumas pessoas, mas de todas as pessoas. Essa meta requer uma participação estratégica de longo prazo da administra-ção do Banco Mundial e do pessoal do Banco Mundial com contrapartes em outras agências e no mundo inteiro para tratar de uso e desperdício, retenção e poluição, equilibran-do as necessidades de hoje com as das gerações futuras.

Uma leitura cuidadosa das conclusões deste minucioso re-latório fornece uma sólida orientação à administração do Banco Mundial sobre como desenvolver e buscar essa par-ticipação estratégica.

Os membros do Painel Assessor chamam atenção especial-mente para as seguintes conclusões e oportunidades:

1. A administração integrada de recursos hídricos é um processo contínuo, não um programa para finalidades específicas, e como tal merece reforço constante por meio de requisitos técnicos e políticos. Ao trabalhar

com mutuários, o pessoal do Banco Mundial deve as-sessorar e encorajar assiduamente uma análise integra-da e multisetorial dos problemas com recursos hídricos e o desenvolvimento de soluções para a água que reco-nheçam as relações entre o desenvolvimento dos recur-sos hídricos e econômicos e os objetivos dos governos de redução da pobreza.

2. Apesar de sua vantagem comparativa, o Banco Mundial parece ter reduzido a ênfase dada à análise econômica dos projetos de abastecimento de água. A coleta de da-dos é inadequada (especialmente quando lida com os impactos sociais e de desenvolvimento de esforços de recursos hídricos), o monitoramento é inconsistente, e com frequência a existência de sistemas de recuperação de custos é mais uma suposição do que uma realidade. As preocupações com a sustentabilidade dos projetos, porém, muito mais importante com a sustentabilidade do acesso à água, exigem que esse tipo de análise seja restabelecida e acompanhada de perto.

3. Ao pedir mais atenção à recuperação de custos e à sus-tentabilidade financeira de projetos, o Painel Assessor insta o Banco Mundial a desenvolver estratégias que

trarão países mais pobres que enfrentam grande escas-sez de água para a carteira de empréstimos. Pacotes de financiamento mais inovadores, desenvolvidos em con-junto com parceiros, precisam ser considerados para os países mais pobres que enfrentam grande escassez de água. Conforme mencionado acima, a desigualda-de da distribuição de excedente e escassez de água tem consequências econômicas e consequências políticas e sociais. Isso não pode ser ignorado. Um foco maior nos impactos de desenvolvimento dos recursos hídricos — sua escassez ou sua acessibilidade — sugeriria uma maior atenção à integração de programas de recursos hídricos com outros setores em países com maior es-cassez de água e poucos recursos para solucionar essa escassez.

O relatório do IEG chegou em um momento crítico, e es-tamos gratos pela oportunidade de ter trabalhado com a equipe de avaliação do IEG na avaliação das implicações de sua conclusões. O relatório fornece uma base sólida e bem pesquisada para que o Banco Mundial possa desen-volver uma abordagem mais integrada e de longo alcance para um dos desafios mais urgentes do mundo.

Assinado:

Mohamed Ait KadiPresidente da Comissão Técnica do Programa Global de Água

Presidente de Conselho Geral de Desenvolvimento Agrícola, Ministro da Agricultura; Desenvolvimento Rural e Pesca, Marrocos

Mary B. AndersonDiretor Executivo de Projetos de Aprendizagem Colaboração CDA

Judith Rees Professor de Gestão de Recursos Ambientais

Diretor do Instituto de Pesquisa Grantham sobre Mudança Climática e Meio Ambiente, London School of Economics

Peter RogersGordon McKay Professor de Engenharia Ambiental na Escola de Engenharia e

Ciências Aplicadas na Universidade de Harvard Consultor Sênior da Parceira Global Water

Membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência Membro da Academia de Ciências do Terceiro Mundo

Declaração do Painel Assessor | xxiii

xxiv | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

Conteúdo do volume completo

Volume 1: Relatório de avaliaçãoAbreviações

Agradecimentos

Prefácio

Resumo executivo

Resposta da Direção

Comentários do Presidente do Conselho: Comitê sobre Eficácia do Desenvolvimento (CODE)

Declaração do Painel Assessor

1. Recursos Hídricos e o Banco Mundial

Contexto global

Marcos dos recursos hídricos e os compromissos do Banco Mundial

Evolução do enfoque estratégico do Banco Mundial para recursos hídricos

Abrangência e objetivo da avaliação

2. Atividades relacionadas a recursos hídricos do Banco Mundial e seu desempenho

Visão Geral da carteira de recursos hídricos

Tendências da carteira de recursos hídricos

Desempenho da carteira: Classificações versus objetivos

Integração dos recursos hídricos

Mudanças no foco da carteira

Priorização dos recursos hídricos

Resumo

3 Gestão de recursos hídricos

Gestão de bacias hidrográficas

Gestão de lençóis freáticos

Gestão de bacias fluviais

Monitoramento hidrológico e meteorológico

Gestão da eficiência de uso e demanda de água

Resumo

4 Água e Meio Ambiente

Enfrentando desastres relacionados com recursos hídricos

Sustentabilidade da água e ambiental

Rios, lagos, zonas costeiras e pantanais

Resumo

5. Uso da água e prestação de serviços

Irrigação

Abastecimento de água e saneamento

Barragens e hidroelétricas de múltiplas finalidades

Resumo

6. Instituições de gestão de recursos hídricos

Aspectos institucionais dos recursos hídricos

O contexto da participação do setor privado em WSS

Gestão de recursos hídricos integrados

Águas transfronteiriças: Gestão em todas as fronteiras nacionais

Resumo

7. Conclusão, descobertas e recomendações

Principais descobertas

Recomendações

Notas de fim

Bibliografia

Fotografias

Boxes

1.1 Estratégia do Banco Mundial e gestão de recursos hídricos integrados

3.1 Melhores práticas de gestão de recursos hídricos

3.2 Projeto do GEF que funciona tanto com a atividade produtiva quanto com a atividade de transporte e distribuição

3.3 Os lençóis freáticos estão se acabando rapidamente na República do Iêmen

3.4 Recarga artificial do aquífero Souss, Marrocos

3.5 Gestão de bacias fluviais na Tanzânia

3.6 Sistema de alerta rápido usado para monitorar o lago Sarez no Tajiquistão

3.7 E difícil estabelecer um monitoramento sustentável

3.8 Pagar pela água é em aceito na Tanzânia

4.1 Controle de enchentes não estruturais gera retornos altos na bacia de Yangtze

4.2 Contrabalançando eventos de secas cíclicas por meio de monitoramento de longo prazo e ação rápida

4.3 Poluição de fontes com ponto e sem ponto

4.4 Como a falha da reabilitação do sistema de irrigação levou agricultores chineses a irrigar com o lençol freático

4.5 Os benefícios da restauração parcial de florestas de mangue no Vietnã

4.6 Restauração bem-sucedida dos pântanos criou um modelo reproduzível para o Uzbequistão

5.1 Estabelecendo uma referência para o desempenho dos serviços públicos

5.2 Gênero e água: Conclusões da avaliação de gêneros do IEG

5.3 Algumas razões para o fracasso dos projetos de sistema de esgoto

5.4 Projetos de múltiplas finalidades e hidroelétricas

6.1 Exemplos de projetos de descentralização no setor hídrico

Conteúdo do volume completo | xxv

xxvi | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

6.2 Benefícios potenciais de descentralização

6.3 Dados sobre disponibilidade de água criam consenso

6.4 IWRM em Marrocos

6.5 A iniciativa da bacia do Nilo

6.6 O Projeto de Ação Ambiental do Golfo de Aqaba

6.7 O projeto de portos, canais e rios navegáveis no Delta do Rio Mekong

Figuras

2.1 Projetos relacionados à água aprovados e fundos comprometidos no exercício financeiro

2.2 Montante médio de empréstimos na carteira de recursos hídricos e no âmbito do Banco Mundial

2.3 Projetos com atividades relacionadas à água por diretoria setorial de implementação

2.4 Compromissos e projetos de abastecimento de água por região, 1997-2007

2.5 Resultados dos projetos de abastecimento de água por área de foco e subperíodo

2.6 Resultados dos projetos de abastecimento de água por região

2.7 Projetos WSS por região e diretoria setorial de implementação

2.8 Resultado, sustentabilidade e classificações do impacto sobre o desenvolvimento institucional de projetos que apoiam WSS

2.9 Classificação de resultados de projetos de abastecimento de água por diretoria setorial de implementação

2.10 Parcelas de projetos em andamento que abordam temas selecionados

2.11 Projetos em andamento de lençóis freáticos e projetos de barragens e hidroelétricas por ano

2.12 Índices de pobreza da água e compromisso do Banco Mundial com relação à água por país

3.1 Desempenho de projetos de gestão de bacias hidrográficas usando uma abordagem focada na subsistência

3.2 Projetos em andamento de lençol freático com enfoque em extração e conservação

3.3 As 10 atividades mais bem-sucedidas que lidam com questões de lençol freático

3.4 As 10 atividades mais bem-sucedidas que lidam com questões de lençol freático

3.5 Resultados selecionados do trabalho com organizações de bacias fluviais em projetos financiados por Banco Mundial

3.6 Sistemas de monitoramento hidrometeorológico por nível de supervisão

3.7 Atividades de gestão de demanda de água por tipo de atividade

3.8 Taxas de sucesso das intervenções de gestão de demanda no uso da água na agricultura

3.9 Projetos concluídos sobre a eficácia dos recursos hídricos que reportam uma taxa de retorno econômica

4.1 Compromissos de empréstimo para projetos relacionados a secas por ano de aprovação

4.2 Projetos de fluxo ambiental em andamento por ano

4.3 Projetos em andamento que monitoram a qualidade da água por ano

4.4 Projetos que abordam pântanos e mangues por ano

5.1 Compromissos do Banco Mundial com o abastecimento de água, saneamento, tratamento de águas residuais e sistema de esgotos

5.2 Atividades de projetos concluídos de serviços de abastecimento de água em áreas urbanas

5.3 Parcela de projetos de abastecimento de água em áreas urbanas classificados como satisfatórios por região

5.4 Parcela da população rural com acesso à fonte de água melhorada por país

5.5 Beneficiários previstos e reais de trabalhos com sistema de esgoto

5.6 Projetos de abastecimento de água que reportam uma taxa de retorno econômica

5.7 Projetos que calculam taxas de retorno econômica ou financeira

6.1 Atividades de projetos de descentralização concluídos

6.2 Sucesso da descentralização por tipo de descentralização

6.3 Projetos transfronteiriços e seu total de empréstimos por região

Tabelas

2.1 A carteira de recursos hídricos e seus projetos dedicados

2.2 Projetos de abastecimento de água por área de foco

2.3 Os 10 principais mutuários de água

2.4 Os 10 principais projetos de água

2.5 Os 10 maiores projetos de água da AID

3.1 Projetos sobre eficácia dos recursos hídricos por subsetor

4.1 Os custos e benefícios de avaliações de fluxos ambientais selecionados

5.1 As 10 principais atividades de projetos de abastecimento de água e saneamento

5.2 Países com classificações do IEG de resultados 100% satisfatórios de projetos relacionados à água urbana

6.1 Classificação do sucesso da descentralização

Volume 2: ApêndicesEncontre o volume 2 on-line em: http://www.worldbank.org/ieg/

Abreviações

Apêndice A: Glossário

Apêndice B: Metodologia

Apêndice C: Estratégias

Apêndice D: Taxonomia da carteira de recursos hídricos

Apêndice E: Projetos altamente satisfatórios e altamente insatisfatórios

Apêndice F: Recursos Hídricos nas Estratégias de Assistência aos Países

Apêndice G: Saúde ambiental

Apêndice H: Barragens e hidroelétricas

Apêndice I: Experiência com a participação do setor privado no setor de abastecimento e saneamento de água

Apêndice J: Dados complementares

Bibliografia

Conteúdo do volume completo | xxvii

xxviii | Recursos Hídricos e Desenvolvimento

IEG (Grupo de Avaliação Independente). 2008. “Approach Paper: IEG Evaluation of Bank Group Support for Wa-ter.” http://www.worldbank.org/ieg

FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial. 2008. Global Monitoring Report 2008: MDGs and the En-vironment: Agenda for Inclusive and Sustainable Develo-pment. Washington, DC: Banco Mundial.

Marin, Philippe. 2009. Public-Private Partnerships for Ur-ban Water Utilities: A Review of Experiences in Develo-ping Countries. Washington, DC: Banco Mundial.

Referências

Banco Mundial. 2009. “Directions in Hydropower: Scaling Up for Development.” Water Relatório N° 21 sobre re-cursos hídricos. Banco Mundial, Washington, DC.

———. 2005. Water, Electricity, and the Poor. Washington, DC: Banco Mundial.

———. 2003. “Water Resources Sector Strategy: Strategic Directions for World Bank Engagement.” Banco Mun-dial, Washington, DC.

———. 1993. Water Resources Management Policy Paper. Washington, DC: Banco Mundial.

Abreviações | xxix

Abreviações

BIRD Banco Internacional de Reconstrução e DesenvolvimentoAID Associação Internacional de DesenvolvimentoIEG Grupo de Avaliação IndependenteIWRM Gestão de Recursos Hídricos integradosODM Objetivos de Desenvolvimento do MilênioO&M Operações e ManutençãoUfW Desperdício de Água

Publicações do IEGRevisão Anual da Eficácia do Desenvolvimento de 2009: obtendo um desenvolvimento sustentávelEnfrentando os desafios da globalização: uma avaliação independente da abordagem do Banco Mundial para programas globaisAvaliando o apoio do Banco Mundial ao comércio, 1987-2004: uma avaliação do IEGLivros, Construção e Resultados de Aprendizagem: uma avaliação do impacto do apoio do Grupo Banco Mundial à educação

básica em GanaPonte sobre águas turbulentas: avaliando a estratégia de recursos hídricos do Banco MundialMudança Climática e o Grupo Banco Mundial — Fase I: uma avaliação das reformas da política de energia ganha-ganha do Banco MundialAlívio da dívida para os pobres: atualização da avaliação da iniciativa para os países pobres altamente endividadosUma década de ação em transportes: uma avaliação da assistência do Banco Mundial ao setor de transportes, 1995–2005O potencial de desenvolvimento de programas regionais: uma avaliação do apoio do Banco Mundial de operações de vários paísesResultados do desenvolvimento nos países de renda média: uma avaliação do apoio do Banco MundialDoing Business (Fazendo negócios): uma avaliação independente — medindo os indicadores da iniciativa Doing Business do

Banco Mundial e da IFCEgito: resultados positivos do intercâmbio de conhecimentos e empréstimos modestos — uma avaliação do IEG da assistência

aos países 1999–2007Envolvimento dos estados frágeis: uma revisão do IEG do apoio do Banco Mundial aos países de baixa renda em criseSustentabilidade ambiental: uma avaliação do apoio do Grupo Banco MundialAvaliação da assistência do Banco Mundial aos países membros do Pacífico, 1992–2002Indústrias Extrativas e Desenvolvimento Sustentável Uma Avaliação da Experiência do Grupo Banco MundialPrograma de Avaliação do Setor Financeiro: revisão do IEG da iniciativa conjunta do Banco Mundial e do FMIDo acesso à escola aos resultados da aprendizagem: uma agenda inacabada — uma avaliação do apoio do Banco Mundial à educação básicaPerigos da natureza, Riscos para o desenvolvimento: uma avaliação do IEG sobre a assistência do Banco Mundial para desastres naturaisComo criar sistemas M&E para apoiar melhor o governoRevisão do IEG sobre a assistência do Banco Mundial para a reforma do setor financeiroAvaliação do Impacto do segundo e do terceiro projeto de irrigação em Andhra Pradesh: um caso de redução de pobreza com retornos

econômicos baixosMelhorando a Eficácia e os Resultados em Saúde, Nutrição e PopulaçãoMelhorando a vida da população de baixa renda investindo em cidadesMelhorando a gestão municipal das cidades para obter sucesso: estudo especial do IEGMelhorando a assistência do desenvolvimento do Banco Mundial: O que a evolução mostraMantendo o impulso para 2015: avaliação do impacto de intervenções para melhorar os resultados da saúde materna e infantil e da

nutrição em BangladeshNova energia renovável: revisão da assistência do Banco MundialPaquistão: uma avaliação da assistência do Banco MundialReforma previdenciária e desenvolvimentos de sistemas de pensão: avaliação da assistência do Banco MundialA iniciativa da estratégia de redução da pobreza: uma avaliação independente do apoio do Banco Mundial durante 2003A iniciativa da estratégia de redução da pobreza: conclusões de 10 estudos de casos de países com o apoio do Banco Mundial e do FMI Energia para o desenvolvimento: uma revisão da experiência do Grupo Banco Mundial com a participação privada no setor de eletricidadeReforma do setor público: o que funciona e por quê? uma avaliação do IEG sobre o apoio do Banco MundialPequenos Estados: aproveitando ao máximo a assistência ao desenvolvimento — uma síntese das conclusões do Banco MundialFundos sociais: Avaliando a eficáciaGuia para avalição de programas de parceria global e regionalUtilizando o conhecimento para melhorar a eficácia do desenvolvimento: uma avaliação do trabalho setorial e econômico e da

assistência técnica do Banco Mundial, 2000-2006Utilizando o treinamento para a criação de capacidades para o desenvolvimento: uma avalia-

ção do treinamento baseado em projetos e no WBI do Banco MundialO impacto da eletrificação rural sobre o bem-estar: uma reavaliação dos custos e benefícios — uma avaliação do IEG sobre o impactoAssistência do Banco Mundial para a Agricultura na África Subsaariana: uma revisão do IEGAssistência do Banco Mundial para o Setor Financeiro: uma síntese das avaliações do IEGInstrumentos de Garantia do Grupo Banco Mundial 1990–2007: uma avaliação independenteO Banco Mundial na Turquia: 1993–2004—Avaliação do IEG sobre a assistência aos paísesParticipação do Banco Mundial no Nível Estadual: casos do Brasil, Índia, Nigéria e Rússia

Todas as avaliações do IEG estão disponíveis, no todo ou em parte, em outros idiomas além do inglês. Para to-mar conhecimento de nosso material multilíngue, favor visitar o site http://www.worldbank.org/ieg

Grupo Banco Mundial

TRABALHANDO POR UM MUNDO LIVRE DE POBREZA

O Grupo Banco Mundial compõe-se de cinco institui-

ções: Banco Internacional de Reconstrução e Desen-

volvimento (BIRD), Corporação Financeira Internacional

(IFC), Associação Internacional de Desenvolvimento

(AID), Agência Multilateral de Garantia de Investimentos

(MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem de Dispu-

tas sobre Investimentos (ICSID). Sua missão é combater

a pobreza para obter resultados duradouros e ajudar

as pessoas a ajudarem a si mesmas e o meio ambiente

proporcionando recursos, compartilhando conhecimen-

tos, fortalecendo a capacidade institucional e formando

parcerias nos setores público e privado.

Grupo de Avaliação Independente

MELHORANDO OS RESULTADOS DE DESENVOLVIMENTO POR MEIO DA EXCELÊNCIA NA AVALIAÇÃO

OGrupo de Avaliação Independente (IEG) é uma

unidade tripartite independente do Grupo Banco

Mundial. O IEG-Banco Mundial é responsável pela avalia-

ção das atividades do BIRD (Banco Mundial) e da AID; o

IEG-IFC enfoca a avaliação do trabalho da IFC no tocante

ao desenvolvimento do setor privado; e o IEG-MIGA avalia

as contribuições de projetos e serviços garantidos pela

MIGA. O IEG responde diretamente à Diretoria Executiva

do Banco Mundial por meio do Diretor-Geral de Avaliação.

As metas de avaliação são aprender com a experiência,

oferecer uma base objetiva para a avaliação dos resulta-

dos do trabalho do Grupo Banco Mundial e proporcionar

responsabilização para a realização de seus objetivos. A

avaliação também melhora o trabalho do Grupo Banco

Mundial por meio da identificação e divulgação das lições

aprendidas e por meio da formulação de recomendações

tiradas das conclusões da avaliação.

Parte interna—

Prefácio

Resumo executivo

Resposta da Administração

Comentários do Presidente do Conselho: Comissão sobre a Eficácia do Desenvolvimento (CODE)

Declaração do Painel Assessor

Conteúdo do Volume Completo

Referências

Abreviações

Leia toda a avaliação em http://www.worldbank.org/ieg/water

UMA AVALIAÇÃO DO APOIO DO BANCO MUNDIAL, 1997–2007

Recursos Hídricos e Desenvolvimentoe

Vis

ão

gera

lSKU 18393

ISBN 978-0-8213-8393-3