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Universidade Estadual de Maringá 12 a 14 de Junho de 2013 1 UMA ANÁLISE DA POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARANAENSE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO PÓS-DOUTORAL DEITOS, Roberto Antonio (PPGE/UNIOESTE/GEPPES) LARA, Angela Mara de Barros (PPE/UEM/GEPPEIN) Apoio e Financiamento: FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA/SETI/Governo do Paraná 1. Introdução A problemática que envolve o estudo da política pública para a educação profissional tem sido uma das preocupações de nossos estudos nos últimos anos. Na elaboração da dissertação de mestrado 1 estudamos a questão do ensino médio e profissional no Estado do Paraná ao analisarmos as propostas educacionais desencadeadas pelo PROEM – Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Estado do Paraná. Em decorrência dos estudos realizados na elaboração da dissertação de mestrado, para compreendermos a política educacional paranaense implementada com o PROEM, e também estudos posteriormente promovidos pelo grupo de pesquisa na UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná 2 , percebemos a necessidade de 1 Dissertação de Mestrado, sob a orientação da Professora Dra. Maria Elizabete Sampaio Prado Xavier, defendida em março/2000 na FE/Unicamp, intitulada O PROEM e seus vínculos com o BID/BIRD: os motivos financeiros e as razões ideológicas da política educacional paranaense para o ensino médio e profissional (1995-1999)”, publicada sob o título Ensino médio e profissional e seus vínculos com o BID/BIRD – os motivos financeiros e as razões ideológicas da política educacional , Edunioeste, 2000. 2 GPPS - Grupo de Pesquisa em Políticas Sociais da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste. Em uma pesquisa desenvolvida neste grupo, que tratou da política educacional para o ensino fundamental, médio e profissional no Paraná, com financiamento do CNPq, resultou, dentre outros, no artigo de NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães, FIGUEIREDO, Ireni Marilene Zago e DEITOS, Roberto Antonio. A implementação de políticas para o ensino fundamental, médio e profissional no Paraná nos anos 90: o PQE/PROEM e as orientações do BIRD/BID. In: NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães (Org.) et al. Estado e políticas sociais no Brasil. Cascavel, PR: Edunioeste, 2001, p. 123-174; e em artigo, dentre outros, de DEITOS, Roberto Antonio. A política educacional paranaense para o ensino médio e profissional (1995-2002): o PROEM e as recomendações do BID e Banco Mundial . In: NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães e RIZZOTTO, Maria Lucia Frizon (Orgs.) et al. Estado e políticas sociais: Brasil-Paraná. Cascavel, PR: Edunioeste, 2003, (p. 101-118). 238 p.; verificava-se que

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Universidade Estadual de Maringá 12 a 14 de Junho de 2013

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UMA ANÁLISE DA POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL PARANAENSE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO PÓS-DOUTORAL

DEITOS, Roberto Antonio (PPGE/UNIOESTE/GEPPES)

LARA, Angela Mara de Barros (PPE/UEM/GEPPEIN)

Apoio e Financiamento: FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA/SETI/Governo do Paraná

1. Introdução

A problemática que envolve o estudo da política pública para a educação

profissional tem sido uma das preocupações de nossos estudos nos últimos anos. Na

elaboração da dissertação de mestrado1 estudamos a questão do ensino médio e

profissional no Estado do Paraná ao analisarmos as propostas educacionais

desencadeadas pelo PROEM – Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino

Médio do Estado do Paraná.

Em decorrência dos estudos realizados na elaboração da dissertação de

mestrado, para compreendermos a política educacional paranaense implementada com o

PROEM, e também estudos posteriormente promovidos pelo grupo de pesquisa na

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná2, percebemos a necessidade de

1 Dissertação de Mestrado, sob a orientação da Professora Dra. Maria Elizabete Sampaio Prado Xavier, defendida em março/2000 na FE/Unicamp, intitulada O PROEM e seus vínculos com o BID/BIRD: os motivos financeiros e as razões ideológicas da política educacional paranaense para o ensino médio e profissional (1995-1999)”, publicada sob o título Ensino médio e profissional e seus vínculos com o BID/BIRD – os motivos financeiros e as razões ideológicas da política educacional, Edunioeste, 2000. 2 GPPS - Grupo de Pesquisa em Políticas Sociais da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste. Em uma pesquisa desenvolvida neste grupo, que tratou da política educacional para o ensino fundamental, médio e profissional no Paraná, com financiamento do CNPq, resultou, dentre outros, no artigo de NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães, FIGUEIREDO, Ireni Marilene Zago e DEITOS, Roberto Antonio. A implementação de políticas para o ensino fundamental, médio e profissional no Paraná nos anos 90: o PQE/PROEM e as orientações do BIRD/BID. In: NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães (Org.) et al. Estado e políticas sociais no Brasil. Cascavel, PR: Edunioeste, 2001, p. 123-174; e em artigo, dentre outros, de DEITOS, Roberto Antonio. A política educacional paranaense para o ensino médio e profissional (1995-2002): o PROEM e as recomendações do BID e Banco Mundial. In: NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães e RIZZOTTO, Maria Lucia Frizon (Orgs.) et al. Estado e políticas sociais: Brasil-Paraná. Cascavel, PR: Edunioeste, 2003, (p. 101-118). 238 p.; verificava-se que

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continuar estudando a política educacional nacional para o ensino médio e profissional.

O desenvolvimento do doutoramento, concluído em 2005, na Faculdade de Educação da

UNICAMP, resultou na elaboração da minha tese de doutorado intitulada “O capital

financeiro e a educação no Brasil”3, sob a orientação da professora Dra. Maria

Elizabete Sampaio Prado Xavier. Ainda durante o processo de doutoramento, em 2001-

2006, participamos do projeto de cooperação acadêmica intitulado “Educação e

formulação de subsídios, estudos e avaliação em políticas sociais: uma contribuição

para o desenvolvimento regional”. Projeto este ancorado no Programa de Qualificação

Institucional – PQI da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –

CAPES, Ministério da Educação4. As atividades oriundas do Projeto de Cooperação

possibilitaram, portanto, o doutoramento de professores da Unioeste e a integração das

instituições, grupos de pesquisas e pesquisadores envolvidos5. Esse processo

possibilitou, dentre outras atividades, a produção da Coletânea intitulada “Estado,

o processo que envolvia a política educacional paranaense para a educação básica expressava o movimento da recíproca contribuição na implementação da reforma do Estado brasileiro e das políticas (neo)liberais nacionais. 3 Tese de Doutorado intitulada O capital financeiro e a educação no Brasil. (Orientadora: Profa. Dra. Maria Elizabete Sampaio Prado Xavier), fevereiro de 2005. Faculdade de Educação da UNICAMP, disponível em: www.unicamp.br/FE/Biblioteca/Acervo Digital. 4 Projeto este que envolveu institucional e academicamente, a IES-Origem, no caso, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Campus de Cascavel, vinculado ao Grupo de Pesquisa em Políticas Sociais – GPPS, tendo como coordenadora a professora Francis Mary Guimarães Nogueira, e a IES/Cooperante, no caso, a Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, tendo como coordenador o professor Luis Enrique Aguilar, e desenvolvido no âmbito dos Grupos: HISTEDBR – Grupo de Pesquisas em História, Sociedade e Educação no Brasil, com sede nacional na Unicamp/FE, coordenado pelo professor Dermeval Saviani e coordenação executiva do professor Dr. Claudinei José Lombardi; LAPPLANE – Laboratório de Políticas Públicas e Planejamento Educacional, coordenado pelo professor Newton Antonio Pacciulli Bryan, e o PRAESA – Laboratório de Estudos e Pesquisas em Práticas de Educação e Saúde, coordenado pela professora Maria Helena Salgado Bagnato. Estes Grupos da Unicamp/FE acolheram para o processo de doutoramento os professores da Unioeste: Rosa Maria Rodrigues, doutorado em educação, área: Ensino, Avaliação e Formação de Professores, Grupo Praesa; Roberto Antonio Deitos, doutorado em educação, área: História, Filosofia e Educação, Grupo Histedbr; Ireni Marilene Zago Figueiredo, doutorado em educação, área: História, Filosofia e Educação - Grupo Histedbr; Isaura Monica Souza Zanardini, doutorado em educação, área: História, Filosofia e Educação, Grupo Histedbr; Maria Lúcia Melo de Souza Deitos, doutorado em educação, área: Políticas de Educação e Sistemas Educativos, Grupo Lapplane. 5 Participaram de atividades de intercâmbio na Unioeste os professores pesquisadores da Unicamp/FE: Maria Elizabete Sampaio Prado Xavier; Maria Helena Salgado Bagnato; Newton Antonio Paciulli Bryan e José Luís Sanfelice. Também participou de atividades de intercâmbio na Unioeste o professor pesquisador Décio Saes, da Faculdade de Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo e da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado. Participaram de atividades de intercâmbio na Unicamp as professoras pesquisadoras Francis Mary Guimarães Nogueira e Maria Lucia Frizon Rizzotto.

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Desenvolvimento, Democracia & Políticas Sociais”, envolvendo os participantes deste

processo de cooperação acadêmica6.

Desde 2006 temos uma preocupação que se congrega com a criação do

Programa de Pós-Graduação em Educação da UNIOESTE e, desse modo, a necessidade

de realizar pesquisas de modo articulado e integrado em redes tem sido uma meta que

todos intentamos nos últimos anos, via convênios e projetos interinstitucionais.

Realizamos em 2005-2006, juntamente com outros colegas da universidade, atividades

de desenvolvimento de pesquisas, num primeiro momento com um projeto de pesquisa

já concluído, intitulado “Estado e política educacional para o ensino médio e

profissional no Paraná e no Brasil (1980 a atualidade)”7; depois criamos, no início de

2006, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional e Social – GEPPES. O

desenvolvimento de pesquisas vinculadas diretamente ao GEPPES congregou dois

projetos dirigidos diretamente pelos pesquisadores do grupo, envolvendo,

particularmente, as professoras Isaura Monica Souza Zanardini e Ireni Marilene Zago

Figueiredo, juntamente com um conjunto de alunos e pesquisadores colaboradores. O

primeiro, intitulado “Gestão de políticas públicas de educação em municípios do oeste

do Paraná: avaliação dos resultados das políticas públicas de educação (séries iniciais

do ensino fundamental) – 1988-2006”8, coordenado pelo professor Roberto Antonio

Deitos, e o segundo, intitulado “Políticas públicas de educação no Paraná (1990-

2006): uma avaliação da formulação, implementação e da eficiência social para o

ensino médio e a educação profissional”, coordenado pela professora Isaura Monica

Souza Zanardini. Ainda, na mesma direção da problemática sobre a política educacional

com ênfase para a análise do ensino médio e educação profissional, participamos do

projeto intitulado “O ensino médio e a educação profissional no estado do Paraná:

interfaces entre estado e sociedade”, coordenado pela professora Edaguimar Orquizas 6 Na coletânea publicada pela EDUNIOESTE, em 2006, tendo como organizadores Roberto Antonio Deitos e Rosa Maria Rodrigues, conto com um artigo em co-autoria com Maria Elizabete Sampaio Prado Xavier intitulado Estado e política educacional no Brasil. 7 Resultou em artigo intitulado História da política educacional paranaense para o ensino médio e profissional (1995-2002), publicado nos Anais do VII Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil – HISTEDBR, comemorativo dos 20 anos do HISTEDBR, integrando a publicação Navegando na História da Educação Brasileira, versão on-line. Campinas, SP: Unicamp: Histedbr, 2006. 8 Projeto contou com financiamento da Fundação Araucária – PR e no momento estamos organizando duas coletâneas com os resultados da pesquisa.

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Viriato, que contou com financiamento do CNPq com atividades conjuntas dos grupos

de pesquisa sobre Gestão Escolar (Gpge) e Política Educacional e Social (GEPPES)9.

Desde 2007 tem sido muito proveitosa nossa participação no projeto de pesquisa

entre os Programas da UTPF, UFPR e UNIOESTE, intitulado “Demandas e

Potencialidades do PROEJA no Paraná”, com financiamento da CAPES-SETEC-MEC

no âmbito do Programa PROEJA10. Na mesma direção do foco temática que trata da

educação profissional, em especial no Estado do Paraná em 2011, tratamos da política

pública de educação profissional no Oeste e Sudoeste do Paraná.11

Ainda no âmbito da cooperação acadêmica e pesquisas em rede destacamos o

Acordo de Cooperação Acadêmica Ampla entre os Programas de Pós-Graduação em

Educação do Sul. Dentre os aspectos mais relevantes para o Programa de Pós-

Graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná destaca-se o

Termo de Cooperação Ampla, firmado em 2009 entre os Reitores de Universidades da

Região Sul. O Intercâmbio de cooperação acadêmica vem contribuindo para o

desenvolvimento e a articulação de grupos e pesquisadores. Nessa direção, a pesquisa

de pós-doutorado vinculou-se a Linha de Pesquisa em Políticas e Gestão da Educação

9 Como resultado dos projetos de pesquisa sobre a problemática do ensino médio, educação de jovens e adultos e educação profissional está sendo organizada uma coletânea de artigos. Além disso, em 2008, publicamos a coletânea organizada por Ireni Marilene Zago Figueiredo, Isaura Monica Souza Zanardini e Roberto Antonio Deitos intitulada Educação, políticas sociais e Estado no Brasil, editora EDUNIOESTE, 2008, com financiamento da Fundação Araucária, PR. 10 Projeto este que conta com grupos e pesquisadores, envolvendo diretamente os professores Georgia Sobreira dos Santos Cêa, coordenadora, em 2007-2008, da Equipe/projeto, Edaguimar Orquizas Viriato, atual coordenadora pela UNIOESTE, e Roberto Antonio Deitos, com vinculação ao Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE. Projeto este de iniciativa interinstitucional, com vigência de 2007-2012, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES/Secretaria de Educação Tecnológica – SETEC, Ministério da Educação, com financiamento para bolsas de mestrado e doutorado e desenvolvimento das atividades. O projeto congrega o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia – PPGT da UTFPR, representado pelo coordenador geral professor Domingos Leite Lima Filho e o Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE da UFPR, representado pela professora Mônica Ribeiro da Silva (coordenadora). Vários trabalhos dos pesquisadores já foram publicados em eventos e revistas e três coletâneas foram organizadas com os resultados da pesquisa: a) LIMA FILHO, Domingos Leite; SILVA, Mônica Ribeiro da; DEITOS, Roberto Antonio (Orgs.). PROEJA – Educação Profissional Integrada à EJA: questões políticas, pedagógicas e epistemológicas. 1. ed. Curitiba: Ed. UTFPR, 2011; b) SILVA, Mônica Ribeiro; AMORIM, Mário Lopes; VIRIATO, Edaguimar Orquizas (Orgs.). PROEJA – Educação Profissional Integrada à EJA: entre políticas e práticas. Curitiba: Ed. UTFPR, 2011 e c) ZANARDINI, Isaura Monica Souza; LIMA FILHO, Domingos Leite; SILVA, Mônica Ribeiro da (Orgs.). Produção do Conhecimento no PROEJA: cinco anos de pesquisa. 1. ed. Curitiba: Ed. UTFPR, 2012. 11 A referida pesquisa foi desenvolvida e vinculada ao processo de licença sabática na UNIOESTE, PPGE/GEPPES, Curso de Pedagogia, CECA, campus de Cascavel, em 2011.

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do Programa de Pós-Graduação em Educação da UEM e ao Grupo de Estudos e

Pesquisa em Estado, Políticas Educacionais e Infância (GEPPEIN) da UEM, ao

Programa de Pós-Graduação em Educação UNIOESTE na linha de Pesquisa: Educação,

Políticas Sociais e Estado e ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional e

Social (GEPPES).12

Os procedimentos para o desenvolvimento do plano de atividades do processo

investigativo compreendeu o manejo de pesquisa documental e de alguns dados

disponíveis oriundos de instituições representativas dos setores produtivos,

instituições/órgãos estatais, organismos internacionais e universidades, centros e

instituições de pesquisa, tais como: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística; MTE – Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria de Estado do Trabalho

e Assistencial Social do Paraná; SEED – PR - Secretaria de Estado da Educação do

Paraná; MEC – Ministério da Educação; FIEP – Sistema Federação das Indústrias do

Estado do Paraná; IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e

Social; BANCO MUNDIAL ou BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e

Desenvolvimento; IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; CEPAL -

Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da ONU – Organização das

Nações Unidas; BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento; DIEESE –

Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Socioeconômicos.

12 Agradecimentos: A todos os professores do PPE/UEM/GEPPEIN, na pessoa da professora Angela Mara de Barros Lara, pela pronta acolhida para o desenvolvimento desta pesquisa, possibilitando as condições institucionais e acadêmicas adequadas para o desenvolvimento do trabalho, em especial a coordenação do Programa: professoras Maria Cristina Gomes Machado e Elma Júlia Gonçalves de Carvalho, e as professoras Rosangela Célia Faustino, Terezinha Oliveira, Irizelda Martins de Souza e Silva,Terezinha Galuch, Maria Aparecida Cecílio, Jani Alves da Silva Moreira e aos professores Mário Luis Neves de Azevedo e Cézar de Alencar Arnaut de Toledo, pela oportunidade de convivência em atividades acadêmicas e intelectuais; ao Hugo Alex da Silva e a Márcia Galvão que sempre nos atenderam no PPE com presteza e dedicação; ao PPGE/UNIOESTE/GEPPES, Curso de Pedagogia, CECA – Centro de Educação Comunicação e Artes, Campus de Cascavel e Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, pelo apoio ao processo de liberação para a realização da pesquisa, em especial aos professores do colegiado do PPGE e aos professores Alexandre Felipe Fiuza e Carmen Célia Correia Barradas Bastos, coordenação do Programa; a Sandra Maria Gausmann Köerich, da secretaria do PPGE, sempre prestativa e dedicada; ao CECA, professora Elenita Conegero Pastor Manchope, diretora, e ao Curso de Pedagogia, professor Adrian Alvarez Estrada, coordenador; aos membros do GEPPES/UNIOESTE, em especial, aos professores Isaura Monica Souza Zanardini, João Batista Zanardini, Ireni Marilene Zago Figueiredo e Luiz Fernando Reis pela solidariedade acadêmica e pessoal; à FUNDAÇÃO ARUACÁRIA/SETI/Governo do Paraná, pelo apoio e financiamento à realização da pesquisa; e, em especial, um agradecimento pessoal a Maria Lucia M. Souza Deitos e a Ana Carolina Souza Deitos, pelo apoio incondicional de todas as horas.

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O levantamento de fontes primárias e secundárias foi realizado tomando-se o

foco e o recorte da temática de forma intencional e seletiva para os procedimentos do

levantamento e sistematização das fontes, com prioridade para os dados, documentos e

referências bibliográficas produzidas a partir de 2003, com ênfase direta no tratamento

da política educacional, em especial a política pública para a educação profissional sob

a direção e implementação do Estado, particularmente as dirigidas na esfera estatal pelo

governo do estado do Paraná.

A análise de determinadas referências selecionadas foi realizada através da

consulta a fontes primárias e secundárias que tratam das questões de caracterização,

contexto e proposições sobre a política pública de educação profissional no Brasil e no

Paraná.

Desse modo, com o intuito de dar continuidade à pesquisa no campo da política

educacional, em especial a investigação na direção do estudo da política educacional

paranaense é que examinamos alguns aspectos dos motivos socioeconômicos e políticos

e as razões educacionais e teórico-ideológicas das políticas públicas para a educação

profissional adotadas a partir de 2003, nos governos de Roberto Requião e Beto Richa.

As mudanças socioeconômicas, políticas e educacionais que aconteceram no

mundo e no Brasil intensificaram-se a partir da década de 1990 (cf. BANCO

MUNDIAL, 1997, 2009; LEHER, 1998) e, portanto, geraram intensas transformações

no cenário social e econômico do Estado do Paraná e do país nos últimos anos. Os

setores produtivos alargaram suas escalas e mobilidades produtivas, intensificando a

produção agrícola e do agronegócio, alargando setores comerciais e de serviços, além de

alterações no campo da indústria nos diversos ramos de produção brasileira e,

particularmente, a paranaense. Houve também expressivo aumento populacional,

principalmente em algumas cidades que funcionam como eixos metropolitanos

regionais, abarcando, portanto, expressivas alterações socioeconômicas e educacionais

em todo o Estado do Paraná.

Nesse cenário é que foram implementadas nos últimos anos políticas públicas de

educação profissional dirigidas pela Secretaria de Estado da Educação e pelo Ministério

da Educação em instituições educativas de educação profissional do Estado do Paraná

(cf. ANPEd, 2011; BANCO MUNDIAL, 1998, 2000; BID, 1998; BRASIL, CONAE,

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2010; BRASIL, ANC, 1988; BRASIL, MEC, 1996, 2001, 2006, 2010) . Desse modo,

pretende-se com este estudo verificar as relações/mediações entre o Estado, mercado e

força de trabalho e a política pública de educação profissional, buscando compreender e

examinar os motivos socioeconômicos e políticos e as razões educacionais e teórico-

ideológicas da política educacional paranaense, com ênfase para a implementada a partir

do ano de 2003, particularmente nos governos de Roberto Requião e Beto Richa.

O roteiro expositivo da pesquisa que resultou em relatório final de estágio pós-

doutoral foi organizado da seguinte maneira: 1. Introdução; 2. Trabalho, Estado e

políticas públicas: aspectos socioeconômicos, políticos e teórico-ideológicos para a

implementação de políticas educacionais; 3. Estado e Política Educacional: os motivos

socioeconômicos e políticos e as razões educacionais e teórico-ideológicas da política

pública para a educação profissional no Paraná; 4. Considerações Finais; 5. Referências;

6. Resultados Esperados e atividades desenvolvidas (Anexos). A presente exposição

congrega apenas uma parte da análise dos resultados finais do referido relatório.

2. Algumas considerações do relatório de estágio pós-doutoral sobre a política

pública de educação profissional paranaense

Ao analisar alguns aspectos das proposições sociais e educacionais para a

política educacional no Brasil e particularmente no Estado do Paraná, no período

compreendido de 2003 a 2012, o enfoque e o recorte temático que priorizamos foi a

análise dos motivos socioeconômicos e políticos e das justificativas teórico-ideológicas

e educacionais para a implementação da política pública de educação profissional

paranaense.

As proposições e justificativas que alimentam a racionalidade e funcionalidade

da política educacional sobre os postos de trabalho oferecidos pelo mercado e sobre as

possibilidades oferecidas aos jovens e adultos trabalhadores para a qualificação

profissional, sustentam que os requisitos educacionais e profissionalizantes são

unilateralmente centrais na determinação de ganhos salariais como os de ingresso e

permanência nos postos de trabalho.

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Os motivos socioeconômicas e políticos e as razões teórico-ideológicas e

educacionais para justificar as políticas educacionais implementadas no país de que

“[...] o mercado de trabalho está oferecendo boas oportunidades e melhores salários para

quem tem qualificação [...]” (BRASIL, Programa de rádio “Café com a Presidenta”,

com a Presidenta da República, Dilma Rousseff. Rádio Nacional, 14 de fevereiro de

2011b, s/p.), apresenta forte dispositivo de internalização psico-social e ideológico para

a manutenção de uma política educacional voltada para a formação da força de trabalho

e alinhada sob a tutela dos interesses econômicos e políticos hegemônicos nacionais.

A capacidade operacional e financeira de sustentabilidade estatal com o

desenvolvimento da política nacional de educação profissional pode ser constatada no

gráfico abaixo.

Ocorreu um forte crescimento nos investimentos públicos nos programas, ações

e treinamentos no campo da educação profissional em nível da qualificação inicial e

continuada, dos cursos técnicos e tecnológicos. Os valores orçamentários executados de

2006 a 2011 nos dão a dimensão dos recursos públicos envolvidos, saindo de 2006, de

um patamar de 1,5 bilhões para, em 2011, atingir quase 6 bilhões de reais.

Nota no original: A evolução dos índices apresenta na tabela passou por uma revisão dos cálculos realizados sobre a base primária do Inep, sendo considerados as três modalidades de matrículas no ensino profissional: concomitante, subsequente e integrada. Como não houve revisão do PPA, não foi possível modificar os valores no SIGPlan, por isso a divergência em relação às Avaliacões de Programa realizadas nos anos anteriores.

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Fonte: BRASIL. (Presidente da República: Dilma Rousseff). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA EXECUTIVA. SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO. Relatório de Avaliação - plano plurianual - 2008-2011. (Avaliação Setorial. Exercício 2012. Ano base 2011). Brasília: MEC, 2012a. Site: www.mec.gov.br, 2012, p. 18.

No quadro a seguir sistematizamos por eixos tecnológicos e seus

correspondentes cursos nas respectivas áreas, e o volume de matrículas realizadas em

2013, em cada curso vinculado aos eixos produtivos paranaenses.

Quadro REDE ESTADUAL DO PARANÁ – 2013

EIXOS DAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. CURSOS OFERTADOS: ENSINO MÉDIO INTEGRADO, SUBSEQUENTE E

PROEJA

Eixos

Modalidades de oferta

Cursos ofertados em 2013

Número de matrículas

Integrado Celulose e Papel 10 Subsequente Açúcar e Álcool

Celulose e Papel Vestuário Biocombustíveis

18 77 38 55

Produção Industrial

Total matrículas Produção Industrial............................ 198

Integrado Agroecologia Agropecuária Florestas Energias

269 4.168

230 49

Subsequente Agropecuária Florestas

409 59

Recursos Naturais

Total matrículas Recursos Naturais.............................. 5.184

Integrado Administração Administração rural Comércio Exterior Contabilidade Logística Recursos Humanos Secretariado Vendas

10.083 100

63 84

351 388 822

93 Subsequente Administração

Comércio Exterior Contabilidade Logística Recursos Humanos Secretariado Transações Imobiliárias Vendas

5.861 71

843 835

1.055 430 311 214

PROEJA Administração Logística Secretariado

26 03 20

Gestão e Negócios

Total matrículas Gestão e Negócios............................ 21.653

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10

Integrado Meio Ambiente Gestão ambiental Prótese dentária Saúde bucal

2.250 72

153 176

Subsequente Agente comunitário de saúde Cuidados com a pessoa idosa Enfermagem Farmácia Meio Ambiente Nutrição e dietética Prótese dentária Saúde bucal Segurança no trabalho Análises clínicas Gestão ambiental

212 120

2.777 335

1.266 170

62 492

2.951 56 54

PROEJA Enfermagem Imagem Pessoal Segurança no trabalho

141 5

284

Ambiente, Saúde e Segurança

Total de matrículas Ambiente, Saúde e Segurança.....

11.576

Integrado Agroindústria

Alimentos 102 506

Subsequente Agroindústria Alimentos

132 297

Produção Alimentícia

Total de matrículas Produção Alimentícia................... 1.037

Integrado Arte dramática Paisagismo Publicidade

108 45 85

Subsequente Arte dramática Produção de áudio e vídeo

105 55

Produção Cultural e Design

Total de matrículas Produção Cultural e Design.........

398

Integrado Turismo 247 Subsequente Cozinha

Guia de turismo Turismo Eventos Hospedagem

40 151

5 41 12

Hospitalidade e Lazer

Total de matrículas Hospitalidade e Lazer...................

496

Integrado Edificações

Portos 617 122

Subsequente Desenho da Construção Civil Edificações Portos

58 1.264

107 PROEJA Edificações 74

Infraestrutura

Total de matrículas Infraestrutura.................................

2.242

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11

Integrado Eletromecânica Eletrônica Eletrotécnica Mecânica Mecatrônica Química

685 398

72 41 87

959 Subsequente Eletromecânica

Eletrônica Eletrotécnica Mecânica Mecatrônica Química

579 184 128 105

75 1.128

PROEJA Eletromecânica 81

Controle e Processos Industriais

Total de matrículas Controle e Processos Industriais

4.522

Integrado Informática

Informática para a Internet Rede de computadores Manutenção sup. informática

3.911 72 61 25

Subsequente Informática 2.341 PROEJA Informática 49

Informação e Comunicação

Total de matrículas Informação e Comunicação.........

6.459

Integrado Form.doc.ed.inf. anos in.en.fun 15.830 Subsequente Form.doc.ed.inf. anos in.en.fun 3.464

Formação de Professores Educ. inf. e Séries Iniciais Ensino Fundamental

Total de matrículas Formação de Professores............

19.294

Eixos: 11 Total Geral Estado - Matrículas no Ensino Médio Integrado, Subsequente e PROEJA

73.059

Notas: a) os cursos de Administração rural; Energias; Gestão ambiental e Manutenção de Suprimentos de Informática foram incluídos nos eixos conforme aproximação temática visualizada na lista de cursos do Catálogo Nacional; b) os cursos de Formação Docente para a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental foram separados dos outros Eixos e por não estarem incluídos na análise do Catálogo Nacional foram inseridos como Eixo Formação de Professores Educ. Inf. E Séries Iniciais Ens. Fundamental (Normal/Magistério). Esta opção foi adotada em razão de que a SEED insere os dados destes cursos nas modalidades Integrado e Subsequente da mesma forma que faz com os outros cursos técnicos, mas não os insere nos eixos tecnológicos, em razão de que a Formação docente recebe outro enquadramento nas diretrizes nacionais e de formação de professores da Educação Básica em programas federais e consequentemente nas esferas estaduais (Organização nossa). Fonte: PARANÁ, SEED. SEED em Números. TABELA 1 – Totais de Escolas, Turmas e Matrículas da Rede Estadual do Paraná. Curitiba, PR, SEED, 2013a. (Geral do Estado do PR). Disponível em: http://www4.pr.gov.br/escolas/numeros/frame_geralturmat.jsp?ano=2013, acessado em 14 de fevereiro de 2013. A rede estadual do Paraná implementou 10 eixos tecnológicos e os cursos

técnicos, na modalidade de ensino médio integrado e subseqüente, para a formação de

professores que não fazem parte do catálogo nacional de cursos técnicos, em razão de

enquadramento em diretrizes nacionais para a formação de professores da educação

infantil e séries iniciais do ensino fundamental em políticas nacionais e estaduais

específicas para esta área de formação profissional. Para fins de sistematização,

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incorporamos a formação de professores nestas modalidades como um eixo formativo.

Dessa forma o Paraná, conta com os 10 eixos tecnológicos e 1 eixo de formação de

professores, totalizando, portanto, a oferta de cursos técnicos da educação profissional

de nível médio em 11 eixos. O total geral na rede estadual do número de matrículas no

ensino médio integrado, subsequente e PROEJA, nos 11 eixos ofertados, somaram

73.059 matrículas no Paraná (cf. PARANÁ, SEED, SDE, DTE, 2013a).

A sistematização dos dados totais dos cursos técnicos de nível médio ofertados

na rede estadual do Paraná, em 2013, constante do quadro acima (PARANÁ, SEED,

SDE, DTE, 2013b), revela que o eixo de gestão e negócios, conta com 21.653

matrículas, com destaque para as matrículas no ensino médio integrado que concentrou

55,35% das matrículas e a oferta na modalidade subsequente, com o segundo maior

volume de matrículas neste eixo. A oferta da modalidade PROEJA foi muito baixa,

abarcando apenas 49 matrículas no total.

O segundo eixo com maior volume de matrículas realizadas foi o eixo de

formação de professores que contou com 19.294 matrículas, destas 82,05%

concentraram-se na oferta de ensino médio integrado e a oferta na modalidade

subsequente ficou com 17,95% das matrículas realizadas.

O terceiro eixo com maior volume de ingressos foi o de Ambiente, Saúde e

Segurança, com 11.576 matrículas efetivas. Neste eixo foram realizadas matrículas em

cursos na modalidade de ensino médio integrado, que concentrou o segundo maior

número de matrículas; já a modalidade subsequente concentrou com destaque o maior

número de matrículas, ficando com 73,38% do total de matrículas neste eixo; e a oferta

na modalidade PROEJA com o menor volume de matrículas.

O quarto eixo, Informação e Comunicação, conta com 6.459 matrículas, sendo

que o maior número delas concentra-se nos modalidades de ensino médio integrado

com, 63% das matrículas e a oferta na modalidade subsequente com o segundo volume

de matrículas. A oferta na modalidade PROEJA ficou com apenas 49 matrículas.

O quinto eixo com maior número de matriculados ficou com Recursos Naturais

que concentrou 5.184 matrículas, sendo que a oferta na modalidade de ensino médio

integrado concentrou 90,97% das matrículas; e a modalidade de oferta subsequente

concentrou o restante das matrículas realizadas.

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O sexto eixo com maior número de matriculados é Controle e Processos

Industriais com 4.522 matrículas, concentrando 49,58% das matrículas na modalidade

de ensino médio integrado, e 48,63% na modalidade de oferta subsequente. A oferta na

modalidade PROEJA contou com apenas 81 matrículas.

O sétimo eixo, Infraestrutura, em volume de matriculados atingiu 2.242

matrículas, sendo que os cursos na modalidade de oferta subsequente atingiram 63, 74%

do total de matrículas no eixo, enquanto o ensino médio integrado ficou com 32,96%

das matrículas. A oferta na modalidade PROEJA contou apenas com 74 matrículas em

um único curso.

O oitavo eixo, Produção Alimentícia, atingiu 1.037 matrículas, com 58,63%

ficando para o ensino médio integrado e com 41,37% os cursos na modalidade de oferta

subsequente.

O nono eixo, Hospitalidade e Lazer, contou com 496 matrículas, sendo que a

modalidade de oferta de cursos subsequente atingiu 50,20% e o ensino médio integrado

concentrou 49,80%.

O décimo eixo, Produção Cultural e Design, somou 398 matrículas, ficando o

ensino médio integrado com 59,80% das matrículas e os cursos ofertados na modalidade

subsequente com 40,20%.

O décimo primeiro eixo, Produção Industrial, respondeu por 198 matrículas, os

cursos ofertados na modalidade subseqüente concentraram 94,95% de matrículas,

enquanto o ensino médio integrado ficou com apenas 5,05% das matrículas.

A tabela abaixo, com dados do Brasil, de 2010, apresenta um quadro dos cursos

profissionalizantes mais frequentados na rede pública.

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Fonte: MEC. INEP. Resumo técnico – Censo escolar 2010. Brasília, INEP, revisão 04.02.2011, p. 29.

Mesmo considerando-se o diferencial do ano base de aplicação dos dados, o

Brasil com dados de 2010 e o Paraná com dados de 2013, verifica-se particularidades e

diferenças socioeconômicas e educacionais do Paraná do conjunto do país, mas também

proximidades com alguns cursos ofertados em determinados eixos tecnológicos e

produtivos, apesar das diferenças maiores com relação a alguns estados que contam com

uma relativa concentração industrial e comercial maior que a do Paraná, por exemplo, o

caso do estado de São Paulo.

No caso do Paraná, com base nos dados de 2013, podemos constatar os 10

cursos que concentraram o maior número de matrículas na rede estadual listados no

quadro na seguir.

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Os 10 cursos com maior número de matrículas na educação profissional modalidade de ensino médio integrado e subseqüente

Estado do Paraná – 2013

Curso Matrícula % Total Geral 73.059 100,0 Total 62.448 85,5 Form. doc. ed. inf. anos in. en.

fun. 19.294 26,4

Total 43.154 59.1

Administração 15.944 21,8 Informática 6.301 8,6 Agropecuária 4.577 6,3 Meio ambiente 3.516 4,8 Segurando do Trabalho 3.235 4,4 Enfermagem 2.918 4,0 Química 2.087 2,9 Edificações 1.881 2,6 Recursos Humanos 1.443 2,0 Secretariado 1.252 1,7

Fonte: PARANÁ, SEED. SEED em Números. TABELA 1 – Totais de Escolas, Turmas e Matrículas da Rede Estadual do Paraná. Curitiba, PR, SEED, 2013a (Geral do Estado do PR). (Organização Nossa). Disponível em: http://www4.pr.gov.br/escolas/numeros/frame_geralturmat.jsp?ano=2013, acessado em 14 de fevereiro de 2013.

O curso de formação docente da educação infantil e anos iniciais do ensino

fundamental concentram 26,4% do total de matrículas da educação infantil nas

modalidades de ensino médio integrado e subsequente, considerando-se que o

predomínio das matrículas estão concentradas no ensino médio integrado.

Quanto aos cursos técnicos profissionalizantes de nível médio ofertados na rede

estadual do Paraná, tanto na modalidade de ensino médio integrado, quanto na

modalidade de oferta subsequente, e que fazem parte do conjunto dos eixos

recomendados pelo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, o curso de Administração

conta com 21,8% do total de matrículas, seguido do curso informática com 8,6% e

agropecuária com 6,3% do total de matrículas na rede estadual.

Os dez cursos com maior número de matrículas em cursos técnicos de educação

profissional no Paraná concentram 85,5% de todas as matrículas realizadas em 2013 na

rede estadual, o que demonstra a concentração da profissionalização em algumas áreas.

Mesmo com um leque bastante amplo e como já verificamos são 92 cursos

técnicos ofertados, em 2013, sendo que o ensino médio integrado está distribuído em

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407 escolas e 1.784 turmas e 43.334 matrículas, e o ensino ofertado na modalidade

subsequente está distribuído em 493 escolas e 1.167 turmas, 29.042 matrículas, e o

ensino médio na modalidade do PROJEA está distribuído em 24 escolas e 49 turmas e

apenas 683 matrículas (PARANÁ, SEED. SEED em Números, TABELA 1, 2013a),

somente na rede estadual de educação do Paraná, em diversos núcleos educacionais e

municípios. Além dos dados educacionais é interessante considerar o quadro da

população juvenil paranaense que de acordo com dados do Censo de 2010, em grupos

de idade de 10 a 29 anos atingiu 3.619.266 pessoas.

POPULAÇÃO TOTAL E JUVENIL DO PARANÁ – CENSO DE 2010 Grupos de Idade

População Juvenil

Total População Paraná

Percentagem da População Total

10 a 14 909.071 8,7% 15 a 19 928.631 8,9% 20 a 24 901.332 8,6% 25 a 29 880.232 8,4% Total 3.619.266 10.444.526 Fonte: BRASIL. MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, IBGE, 2011.

Este quadro populacional da juventude paranaense apresenta uma dimensão do

quadro social e educacional a ser atendido pelas políticas sociais e educacionais

paranaenses.

Em pesquisa realizada pela FIEP – Federação das Indústrias do Estado do

Paraná intitulada Sondagem Industrial 2011/2012, que contou com a participação de

425 empresas industriais paranaenses de todas as regiões do Estado e de todos os

tamanhos, quando manifestaram-se a respeito das formas utilizadas pelas empresas para

absorver a modernização tecnológica, o treinamento dirigido pelas empresas é

predominante para esta finalidade, como podemos verificar no gráfico abaixo.

Predomina o treinamento de funcionários com 82,68% e este treinamento na empresa

correspondente a absorção de 47.09 horas/funcionário/ano treinando seus

funcionários/trabalhadores. (FIEP, SEBRAE/PR, 2011, p. 9).

Percebe-se que as empresas industriais paranaenses (FIEP, SEBRAE/PR, 2011,

p. 9) concentram 60,58% das formas de treinamento do pessoal em treinamento no

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próprio trabalho e cursos internos e o volume de horas/ano para cada funcionário

utilizado pelas empresas corresponde a menos de 50 horas/ano/funcionário para o

treinamento. A terceira opção de treinamento dos funcionários converge para o Sistema,

com mais 25,20%; ficando apenas as outras opções juntas com 14, 21% do destino de

possíveis processos de treinamento dos funcionários das empresas industriais. Um dado

comparativo do processo de formação profissional (cf. PARANÁ, SEED. SEED em

Números, TABELA 1, 2013a) que explicita a correlação com o setor econômico

industrial é o conjunto de matrículas realizadas em 2013 no eixo tecnológico em

produção industrial, que ficou com apenas 0,27% das matrículas e o eixo controle e

processos industriais com 6,18% do total de matrículas na rede estadual do Paraná na

educação profissional.

3. Considerações finais

As condicionalidades socioeconômicas paranaenses acabam determinando,

sempre num movimento de mediações políticas e teórico-ideológicas e educacionais, a

implementação da política pública de educação profissional paranaense que é cercada

por estes fatores que lhe dão sustentabilidade racional e funcionalidade produtiva. Em,

2010, proposições sobre a questão social e educacional no campo dos requerimentos

para a profissionalização já apareciam com ênfase, quando o diagnóstico caracterizava

que,

Apesar de inequívocas melhorias na condição social da população, muitos são os desafios para a política social. Na área educacional, no que se refere à educação básica, há muito que se avançar em termos de garantir o acesso das crianças à educação infantil (creches e pré-escolas). No ensino fundamental, apesar da universalização do acesso, a redução do atraso escolar e a melhoria no nível de proficiência dos estudantes são importantes desafios. Estas questões se colocam também para o ensino médio, sendo que, neste nível, as questões do abandono escolar e da não conclusão desta etapa do ensino atingem um percentual ainda elevado de jovens. [...]. No outro extremo da formação educacional, o crescimento da demanda por trabalho especializado tem colocado desafios à expansão do ensino profissionalizante e de nível superior. (PARANÁ, IPARDES, n. 20, 2010, p. 56)

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Dentre outros, dois aspectos são destacáveis na análise que se apresentava. Um

primeiro tratava da admissão de que os índices de acesso aos bens educacionais ainda

eram relativamente baixos. O segundo aspecto destacava os segmentos sociais com

maiores problemas, com ênfase para a educação infantil, ensino médio com pouco

ingresso e conclusão de jovens e, especialmente, a ênfase na tese do “crescimento da

demanda por trabalho especializado” vinha impondo desafios à expansão do ensino

profissionalizante e superior. Conjugada com a tese da demanda por trabalho

especializado apresentava outra tese oficialmente divulgada a de que,

A educação é apontada como um dos principais fatores que, no médio prazo, contribuem para a redução da pobreza e da desigualdade. [...]. Melhorar a qualidade do ensino e garantir que a totalidade das crianças e jovens possa concluir sua trajetória pela educação básica são condições para dar sustentabilidade a esta trajetória de redução da pobreza no Estado. (PARANÁ, IPARDES, n. 20, 2010, p. 57)

Estes aspectos teórico-ideológicos e educacionais sobre a educação como eixo

preponderante das condicionalidades funcionais e estruturais socioeconômicas para o

atendimento de demandas formativas, redução da pobreza e da desigualdade podem ser

constatadas em outro estudo sobre necessidades formativas e situacionais da força de

trabalho paranaense quando relata que,

Outra constatação diz respeito à crescente exigência por qualificação para a inserção dos jovens no mercado de trabalho, os quais procuram ampliar suas chances, por meio de uma melhor qualificação técnica e/ou tecnológica. O estudo comprovou tal tendência, visto que grande parte dos jovens técnicos, com idade entre 18 e 24 anos, foram contratados em funções que demandam maior qualificação técnica e ou tecnológica, ou seja, na área das ciências físicas, químicas e das engenharias em geral. (PARANÁ, IPARDES. BAPTISTA, MACHADO, 2007, p. 24)

Nesta mesma direção as ações institucionais e políticas atuais estão sendo propostas e encaminhadas no Paraná,

Estamos trabalhando para ampliar a oferta da educação profissional em todas as regiões do Paraná, assegurando melhores oportunidades de trabalho à juventude paranaense e atendendo as demandas do setor

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produtivo de cada região e promovendo o desenvolvimento do estado [...]. (PARANÁ, SEED, FLÁVIO ARNS, secretário da Educação e vice-governador; notícias, 17 de janeiro de 2013c, s/p.).

Os argumentos teórico-ideológicos e educacionais que alimentam os

fundamentos socioeconômicos e políticos do arcabouço programático que sustenta o

receituário governamental e empresarial para a implementação de reformas da política

pública de educação profissional vem sendo disseminado de longa data, particularmente

com ênfase a partir da década de 1990.

Una fuerza de trabajo competente y flexible, capaz de adquirir nuevos conocimientos a medida que las economías cambian, es un requisito necesário para el desarrollo económico y social. La sociedad se beneficia a través de una mayor productividad y de la capacidad para adaptarse a circunstancias y oportunidades económicas cambiantes, y los individuos se benefician a través de mayores ingresos y del aumento de la movilidad para buscar mejores oportunidades de empleo. (BANCO MUNDIAL, 1992, p. 21).13

Não fugindo aos propósitos econômicos e ideológicos, a visão recente de

destacado empresário brasileiro (detentor de uma das maiores fortunas mundiais), ao

falar de questões econômicas, de produtividade das empresas, em reunião realizada no

Palácio do Planalto, manifestava de forma direta e precisa a visão empresarial sobre as

demandas por pessoal qualificado:

Eu acho que, para a economia crescer, evoluir como eu espero que ela vai evoluir, você tem que ter mão de obra qualificada. Contratar pessoas qualificadas no Brasil está caríssimo no momento, há uma demanda grande e pouca oferta. Então, eu acho que nós temos que melhorar nesse sentido. (LEMANN; Jornal O Globo, 16 de janeiro de 2013, s/p.).

Todo o eixo econômico, político e ideológico do discurso do empresariado aqui

manifestado organicamente por um dos seus líderes se articula ao discurso

13 Tradução livre nossa: “Uma força de trabalho competente e flexível, capaz de adquirir novos conhecimentos à medida que as economias mudam, é um requisito necessário para o desenvolvimento econômico e social. A sociedade se beneficia através de uma maior produtividade e da capacidade para adaptar-se a circunstâncias e oportunidades econômicas que mudam, e os indivíduos se beneficiam através de maiores salários e do aumento da mobilidade para buscar melhores oportunidades de emprego.”

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governamental, representado pelo Estado Brasileiro e suas unidades federativas, como o

conjunto de instituições jurídico-estatais e administrativas, é uma clara definição da

funcionalidade que deve ocupar a política educacional nacional e regional na

composição e reprodução da força de trabalho brasileira. Por isso que,

[...]. A contínua expansão do sistema educativo tornar-se-ia – em relação à base do poder político de seus protagonistas – demasiado cara, sobretudo se ele diminui a força de convencimento da autojustificação para o trabalho economicamente produtivo. Da perspectiva do capitalista individual, um sistema educacional que não tem mais em vista a qualificação de uma capacidade de trabalho economicamente utilizável como seu tema exclusivo e que claramente fracassa, além disso, no preenchimento de sua função geral de integração, aparece mais ou menos como uma instituição parasitária de custos muito elevados sem retorno [...]. (OFFE, p. 52-53).

A política pública de educação profissional paranaense está intimamente ligada

aos conteúdos programáticos, aos motivos socioeconômicos e políticos, e às razões

teórico-ideológicas e educacionais que sustentam a política educacional nacional,

atravessada pelo compósito de mediações em âmbito estadual em um processo com

características peculiares e particulares, mas que não rompe com o arcabouço

estruturante que condiciona a política educacional implementada no período de 2003 a

2012, cumprindo a função integradora e articuladora dos interesses socioeconômicos e

políticos regionais articulados organicamente com os interesses nacionais.

A política pública de educação profissional brasileira com a criação do

PRONATEC é, sem dúvida, o alimentador teórico-ideológico e político-funcional da

articulação macro-institucional e econômica e micro econômica e político-institucional

regional (estados/municípios; empresas/setores econômicos) da parceira público-privada

de desenvolvimento da política pública de educação profissional no país e nas unidades

federativas e suas respectivas localidades municipais, além do fomento às instituições

privadas. Os fundamentos socioeconômicos e políticos, teórico-ideológicos e

educacionais da política educacional nessa direção produzem vertiginoso discurso

governamental, empresarial e funcional de que a ineficiência funcional e

profissionalizante de jovens e adultos trabalhadores é mecanismo requerido pela

dinâmica econômica, ao mesmo tempo em que leva os próprios trabalhadores a assumir

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(internalizar) como condição individualizada para a sua

desqualificação/qualificação/escolarização que acaba sendo reforçada e adotada como

condição unilateral para o seu ingresso e permanência no processo produtivo, e para a

sua própria manutenção como força de trabalho.

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