um pequeno olhar sobre lisboa

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Trabalho realizado por: Diogo rebocho, Guilherme Santos, Rui Santos

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3. Lisboa4. Pequeno resumo histórico7. Transportes10. Centros comerciais10. Cultura17. Gastronomia18. Outros eventos20. Espaços públicos e museus23. Bairros históricos e monumentos

ÍNDICE

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Lisboa é a capital, bem como a maior e mais importante cidade de Portugal, é também a capital do Distrito e da Área Metropolitana de mesmo nome. É ainda o principal centro da sub-região estatística da Grande Lisboa. Lisboa possuía, em 2011, uma população de 547 631 habitan-tes e uma área metropolitana envolvente que ocupa cerca de 2 870 km2, abrigando quase 2,9 milhões de habitantes. A sua área metropolitana concentra 27% da população do país. A Região de Lisboa, que abrange do estuário do Tejo ao norte da Península de Setúbal, apresenta um PIB per capita superior à média da União Europeia, que faz desta a região a mais rica de Portugal. O concelho de Lisboa tem 83,84 km2 de área, e apresenta uma densidade demográfica de 6 531,9 hab./km2.

O concelho subdivide-se em 53 freguesias e faz fronteira a norte com os municípios de Odivelas e Loures, a oeste com Oeiras, a noroeste com a Amadora e a sudeste com o estuário do Tejo. Por este estuário, Lisboa une-se aos concelhos da Margem Sul: Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.

Os principais meios de transporte na cidade são o Metropoli-tano de Lisboa e os autocarros da Carris. Porém, todos os dias entram em Lisboa cerca de meio milhão de carros, provenientes dos concelhos periféricos. Estes carros entram na cidade pela CRIL, pela CREL, a Ponte 25 de Abril, a Ponte Vasco da Gama e outros meios rodoviários importantes à capital.Lisboa possui inúmeras atracções turísticas. A baixa pombalina, Belém, Chiado ou Bairro Alto, são zonas onde afluem milha-res de turistas e visitantes anualmente. Duas agências europeias têm sede em Lisboa: o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e a Agência Europeia de Seguran-ça Marítima, ambas com projectos de novas sedes à beira rio. Considerada a “Capital do Mundo Lusófono”, Lisboa abriga ainda a sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

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Pequeno Resumo Histórico

Lisboa, é uma cidade de vales e colinas abertas sobre o rio Tejo. O clima ameno, a abundância de fauna e flora terão determinado a sua ocupação por povos pri-mitivos. A partir da colina do Castelo, a cidade foi cres-cendo. Fenícios, Gregos e Cartaginenses aqui funda-ram colónias. Os romanos consolidaram a sua vocação

portuária e piscatória; a polis integrada no itinerário imperial, de-senvolveu-se. Construíram-se numerosos edifícios, nomeadamente fórum, templos, termas, palácios, vilas e um teatro.

Com as ocupações bárbaras dos Alanos, Suevos e Visigodos a urbe entrou em declínio. O florescimento surgiu com a ocupação muçul-mana (719-1147); construiu-se a Cerca Moura, destacando-se no seu interior a alcáçova e a medina. A Lisboa mourisca desenvolveu-se com a construção de novos bairros, dentro e extramuros, num tecido espontâneo e anárquico de ruas sinuosas e estreitas, num percurso labiríntico ainda existente no Bairro de Alfama.

Conquistada pelo rei D. Afonso Henriques (1147) a cidade conheceu um grande florescimento com a fixação da corte, reforçando a sua função urbana como capital do reino (1256). O aumento demográ-fico originou o aparecimento de grandes núcleos habitacionais em zonas não amuralhadas tornando imprescindível a construção da Cerca Nova ou Fernandina. Na cidade medieval destacavam-se os grandes edifícios religiosos e os largos conventuais que, a par do Rossio, eram os espaços públicos mais importantes.

No século XVI os Descobrimentos portugueses transformaram Lis-boa no centro mercantil da Europa. Na zona da ribeira ergueram-se os edifícios ligados ao trato comercial das especiarias; o Terreiro junto ao novo Paço tornou-se, a par do Rossio, no centro político e comercial. A cidade cresce junto ao rio, na Ribeira encontramos a Casa dos Bicos, dos Albuquerques, heróis na Índia; e nos arredores, a Oriente, o Convento da Madre de Deus; a Ocidente, o Mosteiro

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dos Jerónimos e a Torre de Belém, monumentos que constituem os mais belos exemplares do estilo Manuelino, inspirado em motivos marinhos, celebrizando a conquista dos Mares. Data desta época a construção do Bairro Alto, pensado para marinheiros e artesãos foi, mais tarde, notabilizado com a instalação de muitos palácios. Tradi-cionalmente boémio é, actualmente, uma área de encontro noctívago de-vido à proliferação de bares e casas de fado.

Durante o domínio espanhol (1580-1640) embelezou-se o palácio real com novo torreão; sendo por oca-siões solenes as principais praças e ruas engalanadas com um conjunto de arquitecturas efémeras à luz do gosto barroco. Já no século XVII a capital de D. João V, custeada pelo ouro do Brasil, queria-se magnífica e faustosa. Novos conventos, igrejas e numerosos palácios surgiram pela cidade, mas a grande obra joanina foi o Aqueduto das Águas Livres, que permitiu assegurar o abastecimento regular de água através dos numero-sos chafarizes então construídos.

O devastador terramoto de 1755 atingiu as áreas mais povoadas da cidade; a reconstrução da Baixa pombalina é testemunho do espírito iluminista. Obedecendo a um plano urbanístico de quadrícula aberta, a cidade viu consagrar as duas grandes praças públicas do Rossio e do Comércio.

A primeira é o centro comercial de Lisboa, tradicional ponto de en-contro, aí se encontram os mais antigos cafés, teatros e restauran-tes; a segunda, corolário da Lisboa pombalina, porta aberta para

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o Tejo, local de partida e chegada, com as suas arcadas, arco do triunfo (1873) e monumento do rei D. José I é uma das mais belas praças do mundo.

No século XIX o liberalismo introduz uma nova vivência social; os principais locais eram a Baixa e a zona elegante do Chiado onde proliferavam as lojas, tabacarias, cafés, livrarias, clubes e teatros. O desenvolvimento industrial e comercial determinou o crescimento da cidade, traçado para o interior a partir da abertura da Avenida da Liberdade (1879), distanciando-se do Tejo.

O Estado Novo (1926-1974) expandiu e aformoseou a cidade, à custa do resto do país, segundo moldes nacionalistas e monumen-tais. Surgiram novas urbanizações e edifícios públicos; modificou-se a zona de Belém com a Exposição do Mundo Português (1940) e, na periferia da cidade, apareceram bairros sociais. A inauguração da ponte sobre o Tejo possibilitou uma rápida ligação entre as duas margens do rio.

Os anos que se seguiram à Revolução de Abril foram de euforia e de modernização.

Nos anos 90 lançam-se as bases para a reabilitação dos bairros his-tóricos; valoriza-se o património cultural e arquitectónico; recupera-se toda a zona ribeirinha agora local de lazer e convívio; constrói-se a nova ponte Vasco da Gama; reabilita-se toda a área Oriental para a realização da Exposição Mundial dos Oceanos (1998). À entrada do novo século Lisboa é uma cidade de múltiplos contrastes, mo-derna e antiga, que fascina os que a visitam.

Lisboa não se vê, sente-se: olhando os navios que chegam e partem do rio; calcorreando vales e colinas através das ruas estreitas e dos empedrados artísticos; observando as gentes que passam; no cheiro da sardinha assada que percorre os bairros populares durante as festas da cidade e, no fado que canta, à noite, a saudade.

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PontesDuas pontes unem a cidade à margem sul do rio Tejo: a Ponte 25 de Abril que liga Lisboa a Almada, inaugurada em 1966 com o nome de Ponte Salazar e posteriormente rebaptizada com a data da Revolução dos Cravos, e a Ponte Vasco da Gama, com 17.2 km de comprimento, a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental e Sa-cavém ao Montijo. Inaugurada em 1998 no âmbito da Expo 98, comemora também os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia. Existe já um projecto aprovado para a construção de uma terceira ponte sobre o Rio Tejo, prevista para 2013.

Aeroporto de LisboaAeroporto da Portela, o maior aeroporto em Portugal, com um tráfego anual de cerca de 12 mi-lhões de passageiros.Situa-se a 7 km do centro, na zona nordeste da cidade. Aberto ao tráfego em 1942, o Aeropor-to da Portela é servido por duas pistas e possuí dois terminais: o Terminal 1 para voos inter-nacionais, o Terminal 2 para

voos nacionais, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Transportes

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Em 2008 foi aprovada a construção de um novo aeroporto na zona do Campo de Tiro de Alcochete, na margem sul, a cerca de 40 km da cidade. A sua conclusão prevê-se para 2017, entretan-to o Aeroporto da Portela permanecerá.

Porto de Lisboa e transportes fluviaisO Porto de Lisboa é um dos principais portos turísticos eu-ropeus, paragem de numerosos cruzeiros. Está equipado com três cais para navios-cruzeiro: Alcântara, Rocha Conde Óbi-dos e Santa Apolónia. A cidade tem ainda várias marinas para barcos de recreio, nas docas de Belém, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara Mar e Olivais. Existe ainda uma rede de transportes fluviais, a Transtejo, que liga as duas margens do Tejo, com estações em Cais do Sodré, Belém, Terreiro do Paço e Parque das Nações, na margem norte, e Cacilhas, Barreiro, Mon-tijo, Trafaria, Porto Brandão e Seixal, na margem sul.

Metropolitano e comboioA cidade dispõe de uma rede fer-roviária urbana e suburbana com 9 linhas (4 de metropolitano e 5 de comboio suburbano) e 117 estações (46 de metropolitano e 71 de comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pela Metropolitano de Lisboa e a rede ferroviária suburbana pela Caminhos de Ferro Portugueses (linhas de

Azambuja, Cascais, Sintra e Sado) e pela Fertagus (linha do eixo

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norte sul, entre Roma-Areeiro e Setúbal). As principais estações do caminho de ferro são: Oriente, Rossio, Cais do Sodré e Santa Apolónia.

Construída por altura da Expo 98, a Gare do Oriente é uma das principais estações terminais e interfaces de transportes de Lisboa. Por ela passam comboios, o metropolitano, autocarros e táxis. A estação, com uma notável arquitectura de vidro e co-lunas aço a lembrar palmeiras, foi desenhada pelo arquitecto Santiago Calatrava. Mesmo em frente, situa-se o Parque das Nações, e a estação possuí ligação ao Centro Comercial Vasco da Gama.

Eléctricos e elevadoresCom a sua cor amarela característica, os eléctri-cos são o transporte tradicional no centro da cidade. São explorados pela Carris, assim como os vários elevadores que galgam as colinas de Lis-boa: elevador da Bica, elevador da Glória, eleva-dor do Lavra e elevador de Santa Justa.

EléctricoA rede de eléctricos é composta actualmente por cinco carreiras e percorre um total de 48 km de linhas em bitola de 900 mm, sendo 13 km em faixa reservada. Emprega 165 guarda-freios (condutores de eléctricos, funiculares e elevador) e uma frota de 58 veículos (40 históri-cos, 10 articulados e 8 ligeiros), baseados numa única estação

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Centros ComerciaisPróximo de Lisboa existe um dos maiores centros comerciais da Península Ibérica, o Dolce Vita Tejo (Amadora), já dentro da cidade estão o Centro Co-lombo, Amoreiras Shopping Center e o Centro Vasco da Gama.

Ou, para compras mais típicas, a Baixa de Lisboa. Existem muitos outros centros comerciais nas periferia de Lisboa, como o Almada Forum (Almada), o Allegro Shopping, o Oeiras Shopping (Oeiras), o Rio Sul Shopping (Seixal), o Freeport Alcochete (Alcochete) e outras áreas como no Montijo, em Cascais, em Loures e em Odi-velas.

CulturaLisboa é uma cidade com uma intensa vida cultural. Epicentro dos descobrimentos desde o século XV, a cidade é o ponto de encontro das mais diversas culturas, o primeiro lugar em que Oriente, Índias, Áfricas e Américas se encontraram. Mantendo estreitas ligações com as antigas colónias portuguesas e hoje países independentes, Lisboa é uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. É possível, numa só viagem de me-tro ouvir falar línguas como o cantonês, o crioulo cabo-verdiano, o gujarati, o ucraniano, o italiano ou o português com pronúncia moçambicana ou brasileira. E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade.

Desde 1994, ano em que foi Capital europeia da cultura, Lis-

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boa tem vindo a acolher uma série de eventos internacionais, da Expo 98 ao Tenis World Master 2001, Euro 2004), Gym-naestrada, MTV Europe Music Awards, Rali Dakar, Rock in Rio ou os 50 anos da Tall Ships’ Races (Regata Interna-cional dos Grandes Veleiros). Em 2005, Lisboa foi considerada pela International Congress & Convention Association como a oitava cidade do mundo mais procurada para a realização de eventos e congressos internacionais.

Noite e Bairro altoO eixo Alfama-Baixa/Chiado-Bairro Alto é palco para a cul-tura erudita como para a popular. Na noite lisboeta a oferta é variada: a um jantar com fado ao vivo no Bairro Alto pode seguir-se um espectáculo de ópera no São Carlos, ou um con-certo no Coliseu dos Recreios. Pode continuar-se com música alternativa na ZDB, ou com uma viagem pelos muitos bares e discotecas do Bairro Alto ou de toda a zona ribeirinha da cidade. Quando o Sol nasce é tempo de ver os habitantes locais e os turistas que enchem os miradouros históricos, como os do castelo, do bairro típico de Alfama do Bairro Alto.

Fado A música tradicional de Lis-boa é o fado, canção nostálgica acompanhada à guitarra portu-guesa. Uma explicação popular da sua origem remete para os cânti-cos dos mouros, que permanece-ram no bairro da Mouraria, após a reconquista cristã. Mais plausivel-mente, a origem do fado parece despontar da popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e

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da sua síntese popular com outros géneros afins, como o lundu, no rico caldo de culturas presentes em Lisboa.

Festivais de MúsicaO Festival Jazz em Agosto, realiza-se todos os anos em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Ai, músicos nacionais e inter-nacionais dão concertos para públicos de todas as idades. Lisboa recebe ainda o Festival Internacional de Órgão de Lisboa desde 1998 em órgãos históricos restaurados. Alguns dos locais onde o festival ocorre são a Sé Patriacal de Lisboa e a Basíli-ca da Estrela. Outro evento relevante no mundo da música é o Super Bock Super Rock, um festival de música de Verão reali-zado anualmente no Parque do Tejo, na foz do rio Trancão, junto ao Parque das Nações). Organizado desde 1995, é actualmente um dos mais importantes festivais portugueses. Para além destes, existe também o Hype@Tejo, um festival de música electrónica, que ocorre todos os anos perto da Torre de Belém.

Rock in RioO Rock in Rio é um festival de música ori-ginalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, que rapidamente se tornou um evento de reper-cussão mundial e, em 2004, teve a sua pri-meira edição inter-nacional em Lisboa. Ao longo da sua histó-ria, teve 7 edições, três

no Brasil, três em Portugal e uma em Espanha. Em 2008, foi

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realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid, e há intenções em organizar uma edição simultânea em três continentes diferentes.

DançaLisboa acolhe a Companhia Nacional de Bailado, companhia estatal criada em 1977, única com uma programação de dança clássica e contemporânea em Portugal. Após a Expo’98, a CNB tornou-se residente do Teatro Camões, no Parque das Nações. Conta com a Fundação EDP como mecenas exclusivo. Vasco Wellenkamp é o seu director artístico.

A Companhia de Dança de Lisboa, CDL, fundada em 1984, tem como objectivo divulgar e descentralizar a dança, ensinando as diferentes técnicas de dança em aulas abertas à população a partir dos 3 anos de idade. Cria e apresenta espectáculos com particular atenção aos temas da cultura portuguesa, a nível na-cional e internacional.

Festivais de CinemaA cidade de Lisboa é palco de alguns festivais, como o IndieLis-boa, um festival internacional de cinema alternativo e indepen-dente. O festival é organizado pela associação cultural Zero em comportamento, e conta já com 5 edições desde 2003. Ao longo do Outono volta o cinema com o DocLisboa (festival internacio-nal de documentário), o Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa além do Festival “Temps d’Images”.

Santo AntónioLisboa possuí um feriado municipal, o 13 de Junho, Dia de San-to António. Porém, o padroeiro da capital é São Vicente.

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As festas em honra de Santo António de Lisboa, aconte-cem em toda a cidade e os bairros típicos, como Alfama, Madragoa, Mouraria, Castelo e outros, são enfeitados com balões e arcos decorativos. Neles há arraiais po-pulares, locais engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, Caldo Verde (uma sopa de couve cor-tada aos fiapos) e se bebe vinho tinto. A Noite de Santo António, como é popularmente designada, é a festa que começa logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza nesta noite as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os dife-rentes bairros, um pouco à maneira das escolas de sam-ba, numa espécie de carnaval português.

Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.

Santo António é conhecido como santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noi-vos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho. São conhecidos por ‘noivos de Santo António’, recebem ofertas do município e também de diversas em-presas, como forma de auxiliar a nova família. Esta tra-dição dos casamentos de Santo António, começou em 1958. Já as marchas surgiram em 1932.

Natal e Ano NovoTodos os anos, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, Lisboa é iluminada por milhões de pequenas luzes. Em 2004, ergueu a Maior Árvore de Natal da Europa. Inicial-

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mente colocada em Belém, passou para o Terreiro do Paço em 2005 e 2006, então com 76 metros de altura, equivalentes a um prédio de 30 andares. Pelas ruas da Baixa, é normal ver-se várias atracções natalícias, como espetáculos de música, anima-dores disfarçados de Pai Natal, etc.

No Ano Novo, são comuns as festas por toda a cidade. A te-levisão costuma exibir vários programas em directo, e a festa principal da cidade realiza-se no Terreiro do Paço, com vários concertos e um mega-espectáculo pirotécnico à meia noite em ponto (além do Terreiro do Paço, existem vários pontos de lançamento de engenhos pirotécnicos espalhados por Lisboa e pela margem sul do rio Tejo em frente à capital).

CarnavalO Carnaval em Lisboa é festejado principalmente nas escolas. Algumas escolas organizam desfiles, que percorrem algumas ruas da cidade (principalmente a Rua Augusta). O mais antigo é o desfile da Escola de Artes Decorativas António Arroio. Nas instituições recreativas e, no Bairro Alto também se pode ad-mirar festas relacionadas com o Carnaval.

Expo 98 A EXPO’98, cujo tema foi “Os oceanos: um património para o futuro”, realizou-se em Lisboa de 22 de Maio a 30 de Setembro de 1998. Atraiu cerca de 11 milhões de visitantes e foi considerada pelo BIE (o organismo interna-cional que elege as cidades a re-ceberem as exposições) como a

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melhor Exposição Mundial de sempre. A zona escolhida foi o limite oriental da cidade junto ao rio Tejo que acolhia a principal lixeira da cidade, que para o efeito foi deslocada. Arquitectonicamente, a Expo revolucionou esta parte da cidade: foram construídos di-versos pavilhões que permanecem ao serviço dos habitantes e visitantes integrados no agora designado Parque das Nações, destacando-se o Oceanário (um dos maiores aquários do Mundo com a reprodução de 5 oceanos distintos e numerosas espé-cies de mamíferos e peixes, do arquitecto Peter Chermayeff) um pavilhão de múltiplas utilizações (Pavilhão Atlântico, arquitecto Regino Cruz) e um complexo de transportes com metropolitano e ligações ferroviárias (Estação do Oriente).Edifício da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Meia Maratona de LisboaA Meia Maratona de Lisboa realiza-se todos os anos no mês de Março, e conta com a participação de milhares de concorrentes de vários países, profissionais e amadores. Existem sempre dois estilos de provas, uma curta para amadores que não se sintam muito preparados, e uma mais longa para profissionais, e quem quiser arriscar. A parte principal da corrida/maratona é quando os participantes atravessam a Ponte 25 de Abril.

Moda LisboaA Moda Lisboa aquece o In-verno mais suave de todas as capitais europeias com vários desfiles de moda, onde vários criadores portu-gueses e estrangeiros mos-tram as suas tendências.

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TeatroPrincipais companhias de teatro em Lisboa:

• Teatro da Comuna • Teatro da Cornucó-pia• Teatro da Garagem• Teatro Meridional• Teatro Praga• Novo Grupo (Teatro Aberto)• Sensurround• Artistas Unidos

GastronomiaA gastronomia de Lisboa está influenciada pela sua proximida-de do mar. Especialidades tipicamente lisboetas são as pata-niscas de bacalhau e os peixinhos da horta. Também se pode desfru-tar das saborosas sar-dinhas (principalmen-te nas épocas festivas, como no Santo António). O famoso Bife à Café, é outro “ex-libris” alimen-tar da capital. O doce mais famoso de Lisboa, é o Pastel de Nata, cujos mais famosos são os de Belém, que são feitos numa antiga fabrica na Freguesia de Be-

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lém. Reza a lenda, que há mais de 500 anos, uma cozinheira, não tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os Pastéis de Belém. Foram fabricados durante anos no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, só há pou-cos anos é que mudaram o seu local de fabricação.

Outros eventosLisboa, é também palco de outros inúmeros eventos culturais. O Lisbonarte, consiste em várias exposições de artes plásticas nas galerias de arte lisboetas. Vários artistas expõem os seus trabalhos ao público. No teatro, a Mostra de Teatro Jovem con-siste na representação de várias peças teatrais, pelos futuros artistas.

Na literatura, a Feira do Livro de Lisboa, um certame que se realiza anualmente desde Maio de 1930 em Lisboa. A Feira decor-re, em geral, nos últimos dias de Maio. A sua localização actual é o Parque Eduardo VII. Nesta feira são, geralmente, convidados vários autores de diversos livros para sessões de autógrafos. São óptimas ocasiões para comprar livros a preços mais baratos.

Outros eventos incluem, o Festival dos Oceanos, ocorre todos os anos em Agosto, no Parque das Nações; o Experimentade-sign, um mega-festival de design realizado de dois em dois anos em Setembro; e a LisboaPhoto, uma exposição, onde vários fotógrafos podem expor as suas fotos ao público.

Desde 2006, que se realiza em Lisboa, um evento dedicado ex-clusivamente à Luz (um evento bianual), o Luzboa. Pela cidade são espalhados várias instalações criadas por artistas plásticos centradas no tema Luz. Bairro Alto, Baixa, Avenida, são alguns dos locais que recebem este espectáculo.

Há vários anos que, no dia 1 de Dezembro, é organizado na Praça dos Restauradores uma grande cerimónia que envolvem

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várias entidades, políticas, civis e militares, para homenagear a Restauração da Independência de Portugal.

Durante 44 anos, Lisboa foi na maior parte das vezes a sede do Festival RTP da Canção. Este festival serve para eleger um representante, que irá representar o país, noutro país europeu, vencedor da edição anterior do Festival Eurovisão da Canção.

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Espaços públicos e museusLisboa dispõe de três universidades públicas, a Universidade de Lisboa, a Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa e diversas universidades privadas. A cidade está equi-pada com diversas bibliotecas, sendo a mais importante a Biblio-teca Nacional, e arquivos, nomeadamente o Arquivo Histórico Militar e o Arquivo Histórico Ultramarino entre outros, no entanto o que merece maior destaque, por ser um dos mais importantes arquivos do mundo, é a Torre do Tombo.

Entre os museus destacam-se o Museu Nacional de Arte An-tiga, com uma das mais im-portantes colecções de pintu-ra medie-val mun-diais, o M u s e u N a c i o -nal dos Coches, o mais vi-sitado do país, com a maior

colecção de coches do mundo, o Museu Calouste Gulbenkian com uma colecção de seis mil peças de arte antiga e moderna,

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o Museu da Electricidade com uma exposição onde se mostra a produção de energia e a maquinaria da antiga Central Tejo misturando ciência e diversão, e o Oceanário de Lisboa, com a sua impressionante colecção de espécies vivas.

Parques e JardinsExistem em Lisboa mais de uma centena de parques, jardins, quintas e tapadas, entre eles o Parque Edu-ardo VII, o Parque Florestal de Mon-santo, o Jardim Botânico da Ajuda, o Jardim Botânico de Lisboa, o Jardim da Estrela, a Tapada da Ajuda, entre muitos outros. O Parque Florestal de Monsanto é o maior e mais importante parque da cidade, chamado o seu “Pulmão Verde”, ao ser a única grande floresta em Lisboa (as outras mais próximas são a Tapada de Ma-fra, a Tapada da Ajuda e a Serra de Sintra). Por sua vez, destacam-se entre os jardins o Parque Eduardo VII, o Jardim Botânico da Ajuda e o Jardim Botânico de Lisboa. O pri-

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meiro por ser a maior zona verde no centro antigo de Lisboa, e os outros dois por possuírem uma variadíssima colecção de espé-cies arborícolas. Possui um aquário: o Aquário Vasco da Gama; e um oceanário: o Oceanário de Lisboa.

IgrejasDas numerosas igrejas que há em Lisboa destacam-se:

• Basílica da Estrela• Convento do Carmo• Igreja e Convento das Flamengas• Igreja e convento da Graça• Igreja de São Francisco de Paula• Igreja de São João da Praça• Igreja do Loreto• Igreja da Madalena• Igreja da Memória• Igreja de Nossa Senhora da Luz• Igreja de Nossa Senhora do Amparo• Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima• Igreja de Santo António de Lisboa• Igreja de São João de Deus• Igreja de São Lourenço de Carnide• Igreja de São Pedro em Alcântara• Igreja de São Roque• Igreja de São Vicente de Fora• Sé de Lisboa

Templos de outras religiões• Sinagoga Shaaré Tikva• Mesquita Central de Lisboa

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Salas de espectáculosNas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu dos Recreios, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Fórum Lisboa, os auditórios da F u n d a ç ã o C a l o u s t e Gulbenkian, do Centro Cultural de Belém e da C u l t u r g e s t , o Pavilhão Atlântico e a Praça de Touros do Campo Pequeno, para além dos diversos teatros e cinemas.

Bairros históricos e monumentosO núcleo histórico de Lisboa, divide-se em bairros:-Baixa e Chiado-Rua da Baixa de Lisboa.

A Baixa Pombalina é o “coração” da capital. Foi edificada sobre as ruínas da antiga cidade de Lisboa, destruída pelo grande Terramoto de 1755. A sua edifica-ção obedeceu a um rigoroso plano urba-nístico, segundo um modelo reticular de rua/quarteirão, obedecendo à filosofia do Iluminismo. A reedificação da baixa de Lis-boa após o terramoto constituiu o primeiro caso de construção tipificada, normalizada

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e em “série” da humanidade. Os seus autores foram Manuel da Maia e Eugénio dos Santos e a decisão política deve-se ao Marquês de Pombal, ministro d’El Rei D. José I. A Baixa é também a maior zona comercial da cidade de Lisboa. Nas proximidades e com interesse histórico são ainda a Praça dos Restauradores e o Elevador de Santa Justa, projectado em finais do século XIX por Mesnier du Ponsard. Na baixa também se localiza a Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, o Rossio, ou Praça Dom Pedro V, Chiado, o Convento do Carmo e a Praça dos Restauradores.

AlfamaAlfama é um dos bairros mais típicos de Lisboa, com sua arquitectura típica cidade árabe e medieval com ruas estreitas, sendo um dos poucos sítios de Lisboa que sobreviveu ao Terremo-to de Lisboa de 1755. É em Alfama que se encontram a maioria das casas de Fado, onde se pode desfru-tar de vários espectáculos ao vivo. Em Alfama, distin-guem-se o Castelo de São Jorge, na colina mais alta do centro da cidade, a Sé de Lisboa, o Panteão Na-cional e a Feira da Ladra e o Miradouro de Santa Luzia.

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Bairro AltoSituado no centro da cidade, acima da baixa pombalina. É uma zona de comércio, entreteni-mento e habitacional. Actualmente, o Bairro Alto é um lugar de “reunião” entre os jovens da cidade, e uma das principais zonas de diverti-mento nocturno da capital. Aqui concen-tram-se tribos urba-nas, que possuem os seus lugares de reunião próprios. O fado, ainda sobrevive nas noites do bairro. As pessoas que visitam o Bairro Alto durante a noite são uma miscelânea de lo-cais e de turistas.

BelémJunto à zona ribeirinha do Tejo, a poente do centro da cidade encontra-se Belém, representante da cidade da época dos Descobrimentos. Podemos ver nesta zona duas construções classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade: o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir pelo Rei D. Ma-nuel I em 1501 e o melhor exemplo do denominado Estilo Manue-

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lino, cuja inspira-ção provém dos descobrimentos, estando tam-bém associado ao estilo góti-co e algumas influências re-nascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70 kg de ouro por ano, suportados pelo comércio de especiarias. Os restos mortais de Luís Vaz de Ca-

mões, autor de Os Lusíadas, repousam no Mosteiro, e também o grande descobridor Vasco da Gama. Muito perto do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a Torre de Belém, construção militar de vigia na barra do Tejo, o grande “ex-libris” da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitectónica. Para além disto, em Bélem localizam-se o Padrão dos Descobrimentos, o Palácio de

Belém, residência oficial do Presidente da Repúbli-ca, o Museu Nacional dos Coches, o Museu da Elec-tricidade, a Igreja da Me-mória e o Centro Cultural de Belém.

EstrelaEsta parte de Lisboa, inclui um dos parques mais famosos e antigos da capital, o Jardim da Estrela, que foi criado há mais de 100 anos, e foi inspi-

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rado pelo Hyde Park, em Londres. A Basílica da Estrela, com um estilo Barroco-Neoclássico, é a principal atracção desta zona da cidade. A Assembleia da República e o Cemitério dos Prazeres, são também outros dois pontos importantes da cida-de, que se localizam neste zona da cidade.

Parque das NaçõesRepresentante da Lisboa moderna, o Parque das Nações nasceu em 1998, para acolher a exposição mundial Expo 98 su-bordinada ao tema dos Oceanos. A exposição abriu a 22 de Maio de 1998, dia em que se celebraram os 500 anos da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tor-nou-se na zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como a Torre São Rafael e Torre São Gabriel, ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal). As principais atrações do bairro são: o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal, a Torre Vasco da Gama, a Ponte Vasco da Gama e o Gare do Oriente, do arquitecto San-tiago Calatrava.

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