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Um olhar sobre relações entre autor, crítico e obra de arte

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Page 1: Um olhar sobre relações entre autor, crítico e obra de arte

Um olhar sobre relações entre autor, crítico e obra de arte

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A obra de arte

Criação humana com objetivo simbólico, belo ou de representação de um conceito determinado.

Esculturas, pinturas, literatura, arquitetura, filme, música, artefato decorativo etc.

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Como definir uma obra de arte? Uma obra de arte se difere de um objeto comum.

O objeto comum possui apenas uma função prática e útil na sociedade e, geralmente, é produzido em série por indústrias.

Porém, existem obras de arte que também podem apresentar uma utilidade prática.

Contexto histórico e cultural e o significado de arte.

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O valor da obra de arte

Quais os critérios de julgamento? Quem os faz? Por quê e para quê os faz? Para quem os faz?

Page 7: Um olhar sobre relações entre autor, crítico e obra de arte

A crítica e suas significações Do grego crinein, significa separar,

julgar. A crítica é uma avaliação que julga o valor de uma obra de arte, a lógica de um raciocínio, a moralidade de uma conduta etc.

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A crítica e suas significações

Análise, feita com maior ou menor profundidade, de qualquer produção intelectual (de natureza artística, científica, literária, etc.);

Capacidade de julgar;

Opinião desfavorável ;

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O crítico e suas significações Que ou quem critica, analisa; Da crítica ou a ela relativo; Propenso à crítica, à censura; Em que há crise ou a revela; Difícil de suportar; Em que se está exposto a perigo; Que é muito importante; Pessoa que tem por profissão a apreciação de obras ou

eventos, sobretudo culturais.

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O crítico

O homem sábio O profissional acadêmico O leitor especialista O leitor comum Qualquer sujeito, alfabetizado ou não

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Com base em que se critica? Objetividade Subjetividade Sabedoria Conhecimento Informação Leituras Avaliação Teorias

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O crítico e a crítica

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?

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O autor

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O estatuto do autor A morte do autor (1968, Roland Barthes)“O autor reina ainda nos manuais de história literária, nas biografias

de escritores, nas entrevistas das revistas, e na própria consciência dos literatos, preocupados em juntar, graças ao seu diário intimo, a sua pessoa e a sua obra; a imagem da literatura

que 2 podemos encontrar na cultura corrente é tiranicamente centrada no autor, na sua pessoa, na sua história, nos seus

gostos, nas suas paixões; a crítica consiste ainda, a maior parte das vezes, em dizer que a obra de Baudelaire é o falhanço do homem Baudelaire, que a de Van Gogh é a sua loucura, a de

Tchaikowski o seu vício: a explicação da obra é sempre procurada do lado de quem a produziu, como se, através da

alegoria mais ou menos transparente da ficção, fosse sempre afinal a voz de uma só e mesma pessoa, o autor, que nos

entregasse a sua «confidencia».”

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O estatuto do autor A morte do autor (1968, Roland Barthes)

“Sabemos agora que um texto não é feito de uma linha de palavras, libertando um sentido único, de certo modo teológico (que seria a «mensagem» do Autor-Deus), mas um espaço de dimensões múltiplas, onde se casam e se contestam escritas variadas, nenhuma das quais é original: o texto é um tecido de citações, saldas dos mil focos da cultura.”

“Uma vez o autor afastado, a pretensão de «decifrar» um texto torna-se totalmente inútil. Dar um Autor a um texto é impor a esse texto um mecanismo de segurança, é dotá-lo de um significado último, é fechar a escrita. Esta concepção convém perfeitamente à critica, que pretende então atribuir-se a tarefa importante de descobrir o Autor (ou as suas hipóstases: a sociedade, a história, a psique, a liberdade) sob a obra: encontrado o Autor, o texto é «explicado», o critico venceu; não há pois nada de espantoso no fato de, historicamente, o reino do Autor ter sido também o do Critico, nem no de a critica (ainda que nova) ser hoje abalada ao mesmo tempo que o Autor.”

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O estatuto do autor

O que é um Autor? (1969, Michel Foucault)

“ ‘Que importa quem fala?’...O apagamento do autor tornou-se desde então, para a critica, um

tema cotidiano. Mas o essencial não é constatar uma vez mais seu desaparecimento; e precisa descobrir, como lugar vazio - ao mesmo tempo indiferente e obrigatório -, os locais onde sua

função é exercida.”

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O estatuto do autor

O que é um Autor? (1969, Michel Foucault)

“ ‘Quem fala?’ A luz das ciências humanas contemporâneas, a idéia do indivíduo como autor último de um texto, e principalmente de um texto

importante e significativo, parece cada vez menos sustentável.”

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O estatuto do autor

O Autor (1999, Antoine Compagnon)

A presunção de intencionalidade

○ “[...] trata-se de sair desta falsa alternativa: o texto ou o autor. Por conseguinte, nenhum método exclusivo é suficiente”.

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O leitor

“Depois que a atenção ao texto permitiu contestar a autonomia e a supremacia do autor, a importância conferida à leitura abalou o fechamento e a autonomia do texto.”

(A. Compagnon, p.163)

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Qual é o crime delicado?Antônio Martins (Marco Ricca) é um

crítico teatral. Observador não somente de peças, mas também de pessoas, tem

seus conceitos mudados quando conhece Inês (Lilian Taublib), cuja

personalidade é oposta à do crítico. Desinibida, Inês, que não tem uma

perna, entra na vida de Antônio de forma a desestruturá-lo ao despertar uma

paixão inédita no cínico e frio jornalista. Ela mantém uma relação ambígua com o

pintor José Torres Campana (Felipe Ehrenberg), famoso por seus quadros

eróticos que têm como modelo o próprio artista e a jovem. A relação desperta ciúme doentio em Antônio e o conduz em uma espiral de ansiedade, ciúmes,

perturbação e ilusão.

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