sistemas de informação em saúde: um olhar...

Sistemas de Informação em Saúde:

Um Olhar Crítico

Lincoln de Assis Moura Jr, MSc, [email protected]

2Set-06 Copyright VIDATIS 2006 - www.vidatis.com.br

As 4 Estações do Ano

Cerca de 95% dos graduados

por Harvard crêem que as 4

estações do ano existam

porquê a distância entre a Terra

e o Sol varia ao longo do ano,

sendo menor no verão.

(National Science Foundation, 1995)


As 4 Estações do Ano

Sul

Norte

verão no

hemisfério sulSul

Norte


Observação Inicial

Pensar “dá trabalho”

É mais fácil Acreditar do que Conhecer

É confortável “terceirizar” o Saber

É “melhor” não correr o risco de errar(“em boca fechada não entra mosquito”)

Espírito Crítico e Bom Senso são Escassos

A área da Saúde está repleta de

“meias-verdades” que consumimos sem questionar.

A área da Saúde está repleta de

“meias-verdades” que consumimos sem questionar.


A Saúde é Especial!!!

Informação extremamente variada� >100.000 itens no vocabulário médico do dia a dia

� dificuldade de se estabelecer padrões: vocabulário

� cuidados com a semântica: “obesidade”

� SNOMED: 60.000.000 possibilidades diagnósticas

Informação muito pouco estruturada� prescrição médica, laudo médico, prontuário médico

� dificuldades de se estabelecer padrões: estrutura

� quase linguagem natural

Serviços de Saúde correspondem a empresas muito complexas� 5.000 clientes e 5.000 tipos de procedimentos, com atendimento absolutamente personalizado!

� A Saúde é Federada

� O Atendimento é Distribuído

� Não existe muita noção de Cadeia de Produção

� É um Mercado de Insatisfeitos!

Necessida

de de Infor

mação:

Faltam Mo

delos e Pa

drões,

no Brasil e

no Mundo

;

O Domínio

é Comple

xo


Perfil do Mercado

Mercado Extremamente Fragmentado: R$ 90 Bi / ano

� SUS é a grande fonte pagadora: ~75% em volume e 50% em $

� Cerca de 7.500 hospitais e 2.000 operadoras no País

� 80% dos Hospitais têm menos de 100 leitos

� Menos de 10% dos Hospitais têm Sistema de Informação

� 90% das Operadoras têm menos de 50.000 vidas cada

� 70% das Operadoras têm menos de 20.000 vidas cada

� Apenas 2% dos planos possuem mais de 200.000 vidas cada

� A maior seguradora cobre menos de 4 milhões de vidas

� Não há redes de Hospitais, Clínicas ou Centros de Diagnóstico

� Padrões Nacionais em Construção

Players pe

quenos

e mal artic

ulados!

Pouco $$ p

ara

investimen

to em TI e G

estão!


O Estado Mental do Mercado, Hoje

Operadora A

Operadora B

Operadora D

Operadora C


O Que Propor?

autorização!contas hospitalares!

software!PEP - RES!


software!PEP - RES!

T I S S(um bom exemplo!)



Níveis de Utilização da Informação do SI

Operacional� atividades de rotina

� exigem pouca capacidade de decisão

� podem ser automatizadas com facilidade

Gerencial (ou Tática)� atividades típicas de supervisão

� requerem capacidade de decisão local

� exigem informação gerencial

Estratégico� grandes decisões

� requerem capacidade de decisão Global

� exigem informação estratégica

O Cliente (Público Externo)� Relacionamento “1 to 1”

� avaliação, comparação, escolhanovo!

Comp

lexidade


“O Sistema de Informação, assim como o cachorro,

tem a cara do dono”Lincoln


Onde está o Sistema de Informação?

SI

SI


5 Principais Eixos de Ação

Registro do Atendimento (PEP/RES)� Identificar o Paciente / Indivíduo� Conhecer e Dar Apoio ao Paciente - Acompanhar o Tratamento� Apoio ao Profissional de Saúde - Controlar Uso de Recursos

Regulação do Atendimento� Operar o Modelo de Referência-Contra-Referência� Encontrar Caminhos Rápidos e Resolutivos� Identificar EASs e Profissionais de Saúde

Gestão das Unidades de Saúde� Sistemas de Gestão Hospitalar, Clínicas e Consultórios

Conectividade� Integrar Clientes Internos e Externos� Operadoras, Prestadores, Clientes e Autoridades� Vigilância Epidemiológica

Gestão do Sistema de Saúde� Operação do Sistema� Apoio à Tomada de Decisão Gerencial e Estratégica


Modelo para o Sistema de Informação em Saúde

Apoio à Atenção em

Saúde

Apoio à Atenção em

Saúde

GestãoOperacional

GestãoOperacional

GestãoClínica

GestãoClínica

Gestão daQualidade

Gestão daQualidade

Informaçãono Ponto

de Atenção

Informaçãono Ponto

de Atenção

Agregação dedados

não-identificados(datawarehousing)

Agregação dedados

não-identificados(datawarehousing)

GestãoAdministrativa

GestãoAdministrativa

RegistroEletrônicode Saúde

RegistroEletrônicode Saúde

ProtocolosEvidências

ProtocolosEvidências

GestãoEstratégica

GestãoEstratégica

ConhecimentoConhecimento

Best PracticesAutomação

Suporte àOperação

ConhecimentoApoio à Decisão

Gestão


19351935

Fonte: Ed Hammond, 2002

20042004

O Edifício


19351935


20042004

A Enfermaria


19351935


20042004

O Centro Cirúrgico


19351935


20042004

O SAME


O Prontuário Eletrônico do Paciente

Matrícula

AltaDiagnóstico

Diagnóstico

tBase de Dados

padrões!

Lab

Rx

Cirurgia

Consulta


O Atendimento é Distribuído

Plataforma A

Plataforma B

Plataforma C


RedePrópria

Rede Credenciadae Terceirizada

InternetIntranet

Repositório de Dados

XML XML

Integração via XML

Interoperabilidade deSistemas

Interoperabilidade deSistemas


Gestão do Fluxo de Pacientes: Regulação

PoliclínicaLaboratório ou

Centro DiagnósticoAmbulatórioEspecialidade Clínica

Consultório(UBS)

Consultório(UBS)

Consultório(UBS)

Consultório(UBS)

Consultório(UBS)

HospitalPrivado

HospitalUniversitário

HospitalFilantrópico

Atenção BásicaAtenção Básica

Alta Complexidade - HospitaisAlta Complexidade - Hospitaiscontra-referência

referênciaregio

nalização

Média Complexidade

Média Complexidade

Consultório(UBS)

EntradaEntrada

referência


Gestão Administrativa


Gestão Estratégica

Painel de Bordo / Sala de SituaçãoPainel de Bordo / Sala de Situação


Gestão (Remota) do Sistema de Saúde


Modelo para a Informação de SaúdeSCAI -Sistema Integrado de Contro

l de Acesso

Auditoria

Faturamento

Relatórios

Vigilância

Gestão doAtendimento

EspecialidadesInternação

SADT

Registro do Atendimento(PEP - RES)

AtençãoBásica

Emergência

ProfissionaisEAS

Tabelas de Domínioe Vocabulários

Usuários

CadastrosNacionais

Regulação

Consultas

Leitos

SADT

Emergência

Autorização


Modelo para a T.I.

DataCenter

ProtocolosClínicosSGO

SIH PEP

Autorizaçãode

Procedimentos

Evidências

Laboratórios

TISS


Problemas Simples:

Soluções Simples!

Casa de Cachorro:

Pode ser construída por uma única pessoa:Modelagem Mínima,Processo simples,Ferramentas simples

Problemas Simples:

Soluções Simples!

Casa de Cachorro:

Pode ser construída por uma única pessoa:Modelagem Mínima,Processo simples,Ferramentas simples

Complexidade dos Sistemas

Uma casa

Melhor construída por uma EquipeModelagemProcesso bem definidoFerramentas robustas

Melhor construída por uma EquipeModelagemProcesso bem definidoFerramentas robustas


O Projeto de uma Casa


Dimensões da Complexidade de Software

Alta Complexidade Técnica- Tempo real, tolerante a falhas,- Reengenharia, incomparável- Alto desempenho

Baixa Complexidade Técnica- Problema Simples e Específico- Centrado em uma Aplicação- Desempenho Interativo

Baixa ComplexidadeGerencial

- Pequena Escala- Informal- Único “dono”- Produto claro

Sistemasde Defesa

SistemasAutomáticos de Defesa

Sistemas deChaveamento de

Telecom

FerramentasCASE

Controle doEspaço Aéreo

Nacional

SistemasCorporativos

Compiladores

Planilha Eletrônicade Negócios

Ordens deServiço

SimulaçãoCientífica

Large-ScaleOrganization/Entity

Simulation

Projeto de SW médio típico:- 5-10 pessoas- 10-15 meses- 3-5 interfaces externas- Alguns riscos e incertezas

Software embarcado

em automóveis

Alta ComplexidadeGerencial

- Grandes dimensões- Muitos “donos”- Muita Gente- Cronograma Longo

Grandes Sistemas de Informação em Saúde

Adaptado de


Certificação e Qualidade de SW

Resolução CFM nº 1.639/2002:

(http://www.cfm.org.br/ResolNormat/Numerico/1639_2002.htm)

Aprova as

"Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados

para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico“


Resolução do CFM sobre o PEP

Objetivo Central:

As organizações de saúde que quiserem substituir o registro em papel pelo registro digital, deverão utilizar sistemas que atendam os requisitos abaixo:

� Integridade da Informação e Qualidade do Serviço

� Cópia de Segurança

� Bancos de Dados

� Privacidade e Confidencialidade

� Autenticação

� Auditoria

� Transmissão de Dados

� Certificação do Software

Órgão Certificador

www.sbis.org.br


SIGA Saúde

O SIGA Saúde é o Sistema Integrado e Distribuído para a Gestão do SUS

em São Paulo.

O Sistema pertence à Cidade de São Paulo que deseja compartilhá-lo com

outros órgãos públicos.

O SIGA Saúde foi desenvolvido com o conceitode software livre de código aberto.

São Paulo é a maior cidadeda América do Sul, com 12 milhões de habitantes e cercade 22 milhões na áreametropolitana.

Alguns números:

�400 UBS

� 60 Ambulatórios

�160 Hospitais

� 11 M Pacientes, hoje

� 8.5 M Atend Urgência/ano

� 550 k Internações/ano

� 11 M Consultas/ano


Módulos Essenciais do SIGA Saúde

Cadastro Nacional de Usuários (Cartão SUS)� Identifica Pacientes Univocamente e Nacionalmente

Cadastro Nacional de Estabelecimentos e Profissionais (CNES)� Identificação Unívoca do Profissional de Saúde

� Identificação Unívoca dos Estabelecimentos de Saúde

Regulação do Atendimento� Distribuição de Cotas de Acordo com a PPI / FPO

� Regulação de Consultas de Especialidades, Exames Complementares, Internação, Urgência e Emergência

� Autorização Prévia de APACs e AIHs

Prontuário Eletrônico do Paciente Ambulatorial� Integra e Distribui os Dados de Atenção

� Implementa Inteligência (APACs e Notificações, p. ex.)

Sistema de Controle de Acesso Integrado� Permissões de Acesso Baseadas no Perfil Profissional

� Login Único

Sistema on-line, 100% aberto, baseado em arquitetura de Internet.Sistema on-line, 100% aberto, baseado em arquitetura de Internet.


Visão Esquemática: Informação

Registro do Atendimento(Baixa, Média e Alta)

Regulação(CMC, Leitos, SADT)

Gestão(Vigilância, Auditoria,

e Faturamento)

Internet

PRODAM

SMS-SP

SMS + SP

Acesso Controlado Acesso Controlado


Vantagens da Arquitetura

� Vários Municípios podem compartilhar servidores e serviços;

� Máquinas simples na ponta do atendimento;

� Não há necessidade de pessoal de Informática nos EASs

� A complexidade do Sistema fica sob responsabilidade central;

� Modelo pode ser replicado em outras Cidades;

� Identificação Unívoca garante uso em todo o País;

� Novas funcionalidades podem ser incorporadas periodicamente;

� SIGA Saúde: Atualizações Periódicas


Uso do SIGA Saúde

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

Centro Leste Norte Sudeste Sul

out-04

nov-04

dez-04

jan-05

fev-05

mar-05

abr-05

mai-05

jun-05

jul-05

ago-05

set-05

out-05

nov-05

dez-05

jan-06

fev-06

mar/06

Unidades de Saúde usando o SIGA Saúde: 372, em março de 200611 Milhões de Cartões SUS emitidos até maio de 2006Total de Agendamentos Realizados: 1.026.505 até março de 2006

Fonte: SMS-SP


Serviços Oferecidos - Produção SIA

Centro Leste Norte Sudeste Sul

dez-04

jan-05

fev-05

mar-05

abr-05

mai-05

jun-05

jul-05

ago-05

set-05

out-05

nov-05

dez-05

jan-06

fev-06

3.5M

0

1.5M

2.0M

2.5M

3.0M

1.0M

0.5M

Fonte: SMS-SP

A oferta de serviços aumentou à medida em que o Sistema de Saúde se torna melhor organizado.


Solicitação de APAC: Manual x Eletrônica

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

Jan Mar Mai Jul Set Nov jan/06 mar/06

nº de APAC's solicitadas SIGA nº de APAC's solicitadas PapelEletrônica ManualFonte: SMS-SP


Resumo da Ópera

Padrões para Integração e Interoperabilidade� Adesão e Promoção aos Padrões Nacionais - (O TISS vem vindo aí!)

� Padrões de Conteúdo

� Padrões de Vocabulário

� Transmissão de Dados

� Uso de Padrões Abertos em Todos os Níveis

� Sigilo, Privacidade, Confidencialidade, Segurança e Disponibilidade

� Certificação de Software para a Saúde (SBIS/CFM)

Sustentabilidade� Contemplar a Gestão do Sistema de Saúde� Padrões Abertos em Todos os Níveis� Software Livre - Utilização e Desenvolvimento

� Formação de Comunidades

DIGA NÃO AOS “SISTEMINHAS” !!!!!DIGA NÃO AOS “SISTEMINHAS” !!!!!


De Volta ao TISS


software!PEP - RES!


software!PEP - RES!




"SOLIC_STATUS_PROTOCOLO"Solicitação do Status do ProtocoloSolicitação do status do protocolo

"SOLIC_DEMONSTRATIVO_PAGAMENTO"Solicitação de Demonstrativo de Pagamento

Solicitação de demonstrativo de pagamento

"ENVIO_GUIAS"Envio de Lotes de GuiasEnvio de lotes de guias

"ENVIO_GUIAS"Faz parte da transação "envio de lotes de guia"

Solicitação de autorização de procedimento

Dos Prestadores de Serviços para as Operadoras de Planos de Saúde

Fonte: www.ans.gov.br

Quadro Resumo das Mensagens TISS

"SITUACAO_PROTOCOLO"Status do ProtocoloEnvio do status do protocolo

"DEMONSTRATIVO_PAGAMENTO" "DEMONSTRATIVO_PAGAMENTO_RESUMO"

O layout do demonstrativo faz parte do Anexo I da I.N.

Envio do demonstrativo de pagamento

"PROTOCOLO_RECEBIMENTO"Protocolo de RecebimentoEnvio de recibo de lotes de guias

"AUTORIZACAO_PROCEDIMENTOS"Autorização de ProcedimentosEnvio de autorização de procedimento

Das Operadoras de Planos de Saúde para os Prestadores de Serviços

http://www.ans.gov.br


Guias Padronizadas TISS v 2.0

� Guia de Consulta

� Guia de Serviço Profissional / Serviço Auxiliar de Diagnóstico eTerapia – SP/SADT

� Guia de Solicitação de Internação

� Guia de Resumo de Internação

� Guia de Honorário Individual

� Guia de Outras Despesas


Documentos Preenchidos pelas Operadoras e Encaminhados aos Prestadores

� Demonstrativo de Análise de Conta Médica

� Demonstrativo de Pagamento

Mensagens TISS


Em Discussão pelo COPISS

Guia de Tratamento Odontológico (versão anterior)

Mensagens Eletrônicas:

� Cancelamento de Guias

� Re-apresentação de Guias


Tabelas de Domínio TISS

� Tipo de Logradouro

� Conselho Profissional

� Tipo de Internação

� Regime de Internação

� Tabelas

� Tipo de Consulta

� Tipo de Doença

� Unidade de Tempo de Doença Referida pelo Paciente



� Indicador de Acidente

� Tipo de Atendimento

� Tipo de Saída na Guia de SP/SADT e Consulta

� Tipo de Acomodação

� Motivo de Saída da Internação

� Óbito em Mulher

� Tipo de Faturamento

� Via de Acesso



� Técnica Utilizada

� Posição do Profissional na Equipe

� Faces do Dente

� Status do Protocolo

� CBO-S

� Glosas


Usos da Informação do TISS

Painel de Bordo com Indicadores da Assistência

� Indicadores Sócio Demográficos

� Morbidade e Fatores de Risco

� Oferta e Utilização de Serviços

� Qualidade do Serviço Prestado

� Sala de Situação

sistemas de informação em saúde: um olhar...

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