um novo método para o cálculo da eficiência energética de moinhos industriais

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Um Novo Método para o Cálculo da Eficiência Energética de Moinhos Industriais L. M. Tavares Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, EE/COPPE/UFRJ, Centro de Tecnologia, Bloco F, Sala 210, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, RJ, CEP 21945-970 e-mail: [email protected] Resumo Existe muita controvérsia na literatura sobre a eficiência energética da moagem, com valores entre 0,1% e 20% tendo sido reportados. Essa enorme variação se deve, principalmente, às diferentes formas usadas no cálculo da energia mínima necessária na cominuição. A fim de definir realisticamente a eficiência da moagem, é necessário estabelecer um processo ideal de cominuição. Reconhecendo que a quebra de partículas individuais representa o modo mais eficiente de cominuir materiais, visto que perdas devido ao atrito e a eventos mal sucedidos são minimizadas ou totalmente evitadas, uma metodologia que simula um processo ideal que consiste múltiplos estágios de quebra de partículas individuais seguida de classificação granulométrica, foi proposta. Essa metodologia, que permite estimar a energia mínima necessária para a cominuição de materiais, utiliza informações da quebra de partículas individuais, obtidas em ensaios com a Célula de Carga de Impacto (UFLC). Previsões da energia mínima de cominuição obtidas para uma variedade de materiais são comparadas à energia consumida em moinhos industriais, e mostraram que a eficiência energética da moagem varia de 8 a 23%, dependendo do material. Palavras-chave: energia, eficiência, fragmentação, moagem Abstract There is great controversy in the literature on the energy efficiency of grinding, with values ranging from 0,1% to 20% being reported. This significant variation is mainly due to the different ways used to calculate the minimum energy required in size reduction. In order to define grinding efficiency in a realistic way, it is necessary to first establish what is an ideal comminiton process. Recognizing that the breakage of single particles is the most efficient mode of comminution, given that losses due to friction and unsuccessfull events are minimized or totally avoided, a method, a procedure that simulates an ideal process which consists of multiple breakage stages followed by sizing, has been proposed. This procedure, which allows estimating the minimum energy required for comminution, uses information from breakage of individual particles, obtained in experiments with the Ultrafast Load Cell (UFLC). Predictions of

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  • Um Novo Mtodo para o Clculo da Eficincia

    Energtica de Moinhos Industriais

    L. M. Tavares

    Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais, EE/COPPE/UFRJ,

    Centro de Tecnologia, Bloco F, Sala 210, Cidade Universitria,

    Rio de Janeiro, RJ, CEP 21945-970

    e-mail: [email protected]

    Resumo

    Existe muita controvrsia na literatura sobre a eficincia energtica da moagem,

    com valores entre 0,1% e 20% tendo sido reportados. Essa enorme variao se deve,

    principalmente, s diferentes formas usadas no clculo da energia mnima necessria na

    cominuio. A fim de definir realisticamente a eficincia da moagem, necessrio

    estabelecer um processo ideal de cominuio. Reconhecendo que a quebra de partculas

    individuais representa o modo mais eficiente de cominuir materiais, visto que perdas

    devido ao atrito e a eventos mal sucedidos so minimizadas ou totalmente evitadas, uma

    metodologia que simula um processo ideal que consiste mltiplos estgios de quebra de

    partculas individuais seguida de classificao granulomtrica, foi proposta. Essa

    metodologia, que permite estimar a energia mnima necessria para a cominuio de

    materiais, utiliza informaes da quebra de partculas individuais, obtidas em ensaios

    com a Clula de Carga de Impacto (UFLC). Previses da energia mnima de cominuio

    obtidas para uma variedade de materiais so comparadas energia consumida em

    moinhos industriais, e mostraram que a eficincia energtica da moagem varia de 8 a

    23%, dependendo do material.

    Palavras-chave: energia, eficincia, fragmentao, moagem

    Abstract

    There is great controversy in the literature on the energy efficiency of grinding,

    with values ranging from 0,1% to 20% being reported. This significant variation is

    mainly due to the different ways used to calculate the minimum energy required in size

    reduction. In order to define grinding efficiency in a realistic way, it is necessary to first

    establish what is an ideal comminiton process. Recognizing that the breakage of single

    particles is the most efficient mode of comminution, given that losses due to friction and

    unsuccessfull events are minimized or totally avoided, a method, a procedure that

    simulates an ideal process which consists of multiple breakage stages followed by

    sizing, has been proposed. This procedure, which allows estimating the minimum

    energy required for comminution, uses information from breakage of individual

    particles, obtained in experiments with the Ultrafast Load Cell (UFLC). Predictions of

  • the minimum comminution energy are compared to the energy consumed in industrial

    grinding mills, which showed that the energy efficiency of grinding varies from 8 to

    23%, depending on the material type.

    Keywords: energy, efficiency, fragmentation, grinding

    Introduo

    Estima-se que a energia eltrica consumida em processos de triturao de materiais

    corresponde a, aproximadamente, 3% do consumo total de energia utilizada no mundo

    [1]. A cominuio desses materiais sejam eles minrios, produtos ou insumos para a indstria qumica, cermica, alimentcia ou farmacutica normalmente realizada em britadores e moinhos, que apresentam eficincia energtica notavelmente baixa. Essas

    constataes foram algumas das principais motivaes para a pesquisa em cominuio

    ao longo do sculo 20, que resultou no desenvolvimento de algumas tecnologias

    inovadoras [2].

    A inexistncia de uma definio adequada da eficincia energtica energtica nos

    processos de cominuio, entretanto, torna difcil avaliar quantitativamente ainda

    quanto necessrio avanar no desenvolvimento de tecnologias para que um patamar

    aceitvel de eficincia seja atingido. A definio mais utilizada no passado para a

    eficincia energtica se baseava na comparao da energia consumida na cominuio

    industrial com o aumento da energia superficial (calculado a partir da energia superficial

    especfica do material [3]) resultante da gerao de novas superfcies durante a

    cominuio. Essa definio resulta em eficincias energticas notavelmente baixas

    (inferiores a 1%)[4], uma vez que compara os resultados da cominuio industrial a

    valores inatingveis na prtica [5]. Atualmente reconhecido que a cominuio de

    materiais somente pode ser realizada na indstria pela aplicao de esforos mecnicos

    que causam fraturas sucessivas das partculas. Assim, uma definio mais adequada da

    eficincia necessariamente requer o clculo da energia mecnica mnima necessria para

    a cominuio de materiais at uma determinada distribuio granulomtrica do produto.

    A fim de determinar a energia mecnica mnima necessria para cominuir materiais,

    necessrio identificar algumas das principais fontes de desperdcio de energia em

    equipamentos industriais de cominuio. Quando, por exemplo, partculas so

    carregadas com energia insuficiente para causar a sua fratura, a energia ser consumida

    em deformaes elsticas ou plsticas, as quais so degradadas em outras formas de

    energia, sem produzir trabalho til. Por outro lado, quando partculas so carregadas

    com energia muito superior quela necessria para causar fratura, uma proporo

    significativa da energia aplicada dissipada na forma de atrito e at na compactao do

    fragmentos. Alm disso, em equipamentos como moinhos, uma parcela importante da

    energia tambm dissipada sem realizar qualquer trabalho til, envolvendo colises de

    corpos moedores entre si e de corpos moedores contra o revestimento interno do

    moinho. A quebra de partculas individuais sob condies de impacto cuidadosamente

    controladas e em mltiplos estgios, acompanhada de classificao eficiente, o modo

    mais eficiente de cominuio.

  • Nesse trabalho descrito um mtodo inovador de clculo do consumo energtico na

    cominuio de materiais. A metodologia utiliza informaes da quebra de partculas

    individuais obtidas na Clula de Carga de Impacto, bem como uma rotina

    computacional, que permitem simular um processo hipottico e que seria excessivamente tedioso de ser reproduzido em laboratrio de cominuio e classificao em mltiplos estgios no clculo da energia mnima necessria na

    cominuio de materiais.

    Metodologia de simulao

    Consideremos um processo de cominuio que consiste de N estgios. Em cada

    um desses estgios, partculas compreendidas em um intervalo estreito de tamanhos so

    submetidas, uma a uma, sucessivos impactos seguidos de classificao em uma

    peneira ideal. Quando nenhum material resta nessa frao, prossegue-se ao estgio

    seguinte e a por diante, at que a granulometria do produto seja atingida. Esse processo

    ilustrado esquematicamente na Figura 1.

    Figura 1. Cominuio em mltiplos estgios com a quebra de partculas individuais em intervalos granulomtricos estreitos (adaptado de [6])

    Esse procedimento pode ser utilizado no clculo da energia consumida e da

    fragmentao resultante aps uma seqncia hipottica de impactos. A etapa de

    fragmentao consiste do impacto de partculas individuais dentro de um intervalo

  • estreito de tamanhos e descrita usando dados de experimentos de quebra de partculas

    individuais, enquanto que a classificao considerada como um peneiramento ideal.

    A distribuio granulomtrica do produto, aps cada impacto dada por

    para (1)

    onde a frao mssica de material menor que o tamanho i, a distribuio

    granulomtrica acumulada da alimentao, e i=1 representa a classe mais grada da

    alimentao. Bij a funo de quebra, a qual representa a distribuio granulomtrica

    resultante de um impacto em partculas individuais de tamanho j, e portanto depende da

    energia de impacto aplicada Ek,m.

    O procedimento mostrado na Figura 1 requer que todas as partculas dentro de um

    intervalo de tamanhos da alimentao sejam fragmentadas abaixo da abertura da peneira

    antes que o estgio seguinte seja iniciado. Assim, tanto as partculas que no quebraram

    em um impacto quanto aquelas que geraram, aps a sua quebra, fragmentos ainda

    maiores que a abertura da peneira, so novamente submetidas a impacto. Assim, a

    distribuio granulomtrica do produto aps o estgio j de carregamento com

    desaparecimento completo das partculas naquela classe de tamanhos dada por

    (2)

    onde 1-Bjj a proporo de partculas que se mantm na classe de tamanhos j aps um

    impacto. Rearranjando a Equao (2), tem-se que

    (3)

    A parte dentro dos colchetes na Equao (3) representa uma srie conhecida que,

    medida que o nmero de termos aumenta, se aproxima de 1/Bjj. Assim, a Equao (3)

    pode ser rescrita como

    (4)

    Freqentemente observado que materiais apresentam funo de quebra normalizvel

    em relao granulometria [2, 7]. Nesses casos, Bij pode ser representada por Bi-j. Esses

    vrios valores de Bi-j podem ser obtidos discretizando a funo de quebra determinada

    experimentalmente em intervalos de tamanhos, como aqueles dados pela srie com

    razo usando splines, por exemplo. Nesses casos temos que a Equao (4) pode ser

    rescrita como

    (5)

  • A Equao (5) aplicada sucessivamente at que o tamanho 80% passante (por

    exemplo) da especificao do produto final atingida.

    A energia de impacto total consumida nos N estgios hipotticos de cominuio, Ek,t,

    dada pela soma das energias consumidas nos impactos em cada estgio , sendo

    dada por

    (6)

    A quantidade de energia consumida em cada estgio depende da energia de cada

    impacto (Ek,m), do nmero mdio de impactos necessrios para quebrar as partculas

    pelo menos uma vez (nI), da proporo de partculas presentes na frao granulomtrica

    , da proporo de partculas (1/B0) que so recicladas em cada estgio porque

    ainda apresentam tamanho maior que a abertura da peneira do estgio j. Assim, temos

    que

    (7)

    onde nI calculado pela razo entre a energia total necessria para quebrar todas as

    partculas e a energia de impacto para cada evento. Ele leva em considerao o fato que

    a baixas energias de impacto nem todas as partculas iro quebrar no primeiro impacto.

    Um modelo que descreve precisamente esse fenmeno descrito em outras publicaes

    [7 - 8].

    Conforme discutido, a melhor estratgia de quebra de uma partcula aquela em

    que a energia aplicada perfeitamente adequada resistncia mecnica da partcula.

    Uma vez que a resistncia de partculas individuais varia significativamente com o seu

    tamanho recomendvel que a razo entre a energia de impacto Ek,m e a energia de

    fratura mdia das partculas Em,50 (a qual determinada experimentalmente na Clula de

    Carga de Impacto), dada por E*, seja mantida constante. Substituindo a Equao (7) em

    (6), e considerando que , tem-se que

    (8)

    A variao da energia especfica de fratura (Em,50) com a granulometria descrita

    matematicamente por [9]

    (9)

    onde dp,o, e so parmetros do modelo, determinados experimentalmente.

  • Materiais e mtodos

    O uso da metodologia de simulao descrita requer que sejam conhecidas as

    caractersticas cominutivas do material. Um equipamento que foi desenvolvido

    recentemente e que tem sido empregado com sucesso na determinao do

    comportamento de partculas individuais sujeitas impacto a Clula de Carga de

    Impacto (ou UFLC, do acrnimo em ingls Ultrafast Load Cell). O equipamento,

    descrito em detalhe em Tavares e King [9] e ilustrado na Figura 2, consiste de uma

    barra de ao longa (4m) equipada com extrensmetros de alta sensibilidade e que

    permite a medida das cargas e deformaes sofridas por partculas durante o impacto. A

    partir dessas ele permite o clculo da energia absorvida na fratura de partculas

    individuais, chamada energia especfica de fratura.

    Figura 2. Diagrama esquemtico da Clula de Carga de Impacto (UFLC)

    Uma vez que permite a coleta dos fragmentos aps o impacto, a UFLC tambm

    permite a determinao da funo de quebra para diferentes energias de impacto. A

    energia especfica de impacto Ek,m pode ser controlada variando-se a massa da esfera de

    impact mb e a altura de queda h, como mostra a equao

    (10)

    onde g a acelerao da gravidade e mp a massa da partcula.

    Amostras de diversos materiais, incluindo minerais puros, rochas, minrios e

    clnqueres de cimento foram coletadas e separadas em fraes de tamanhos estreitas por

    peneiramento para teste na UFLC. Informaes mais detalhadas desses materiais podem

    ser encontradas em outras publicaes [7, 9].

  • Resultados e discusso

    Inicialmente foram determinadas as caractersticas cominutivas de partculas

    individuais dos materiais estudados. A variao da energia especfica mdia de fratura

    para os diversos materiais apresentada na Figura 3 enquanto a relao entre a energia

    relativa de impacto e a funo de quebra apresentada na Figura 4 para as amostras de

    clnquer de cimento.

    A partir dessas informaes foi possvel aplicar o procedimento de simulao

    descrito. A fim de determinar a estratgia tima de aplicao de energia de modo a

    permitir o clculo da energia mnima necessria na cominuio de materiais, foi

    inicialmente analisado o efeito da magnitude da energia de impacto em cada estgio.

    Considerando uma distribuio granulomtrica hipottica da alimentao, dada por

    onde di dado em m, foram realizadas simulaes considerando que cada estgio era realizado a uma energia relativa de impacto (E*) constante.

    A Figura 5 mostra que a energia total consumida para materiais selecionados

    varia com a energia relativa de impacto E*. O aumento do consumo energtico quando

    baixas energias relativas de impacto so empregadas se deve baixa probabilidade de

    fratura das partculas. De fato, o comportamento da curva nessa parte depende da

    suscetibilidade do material fratura por impactos repetitivos. O quartzo, por exemplo,

    no muito suscetvel dano por impactos repetidos [8], e portanto o consumo

    energtico aumenta significativamente para baixos valores de E*. Por outro lado, o

    minrio de ferro, que particularmente suscetvel dano por impactos repetidos,

    apresenta somente um aumento modesto de consumo de energia para baixos valores de

    E*. Por outro lado, o aumento do consumo energtico a altas energia relativas de

    impacto E* se deve s significativas perdas por atrito e na aglomerao dos fragmentos

    que ocorrem a altas energias de impacto. Conclui-se, portanto, que o menor consumo

    energtico ocorre a baixas energias relativas de impacto, tipicamente variando de E* =

    1,5 a 4. Esses correspondem a probabilidades de fratura tipicamente maiores que 97%,

    que esto em concordncia com resultados de Schubert [11], que observou que a maior

    eficincia de energia na quebra de partculas individuais de halita ocorre a uma

    probabilidade de fratura de 100%.

  • Figura 3. Variao da energia especfica de fratura mdia (Em,50) com o tamanho de

    partcula para os materiais estudados. Linhas representam o ajuste da Equao (10) aos

    dados experimentais, os quais so omitidos do grfico por clareza.

  • Figura 4. Funes de quebra normalizadas para ndulos de clnquer de cimento

    (tamanho normalizado = tamanho do fragmento/tamanho da alimentao). As linhas

    slidas representam ajustes ao modelo matemtico [10]

    Figura 5. Efeito da energia de impacto relativa (E*) usada em cada estgio na energia

    total necessria para gerar um produto com 80% -0,25 mm.

    A relao entre o consumo energtico a E* = 3 para materiais selecionados

    apresentada na Figura 6, que mostra que a energia total consumida aumenta

    significativamente com a diminuio da granulometria do produto.

  • Figura 6. Relao entre o tamanho de partcula do produto e a energia total consumida

    na quebra de partculas (para E* = 3)

    O consumo energtico mnimo para a quebra de partculas comparado na

    Tabela 1 com a energia necessria para cominuir materiais em um moinho de bolas.

    Uma boa estimativa do consumo energtico na moagem em moinhos de bolas e barras

    (Emoagem) pode ser obtida usando a "lei de Bond", dada por

    (12)

    onde Wi o ndice de trabalho do material (dado em kW-hr/ton), dp e df so os

    tamanhos representativos ao produto e alimentao, respectivamente (em m).

    Para materiais selecionados, foram realizadas simulaes para o clculo da

    energia mnima de moagem e do consumo energtico na moagem industrial usando a Equao (12) com valores de Wi da literatura, e considerando um produto com 80%

    menor que 250 m. Esses resultados, apresentados na Tabela 1, mostram que uma boa correlao existe entre esses. Inclusive, possvel calcular uma eficincia realstica da

    moagem atravs da relao,

    Eficincia (%) (13)

  • Segundo os resultados da Tabela 1, a eficincia energtica da moagem em

    moinhos de bolas varia de 8 a 23%. Esses resultados esto em concordncia com

    estimativas obtidas por Carey e Stairmand [12] e Schnert [6] que estimaram eficincias

    entre 5 e 20% para moinhos de bolas.

    Tabela 1. Clculo da eficincia energtica da cominuio em moinho de bolas

    Material Simulao Moinho de bolas Eficincia

    (%) Ek,t

    (kWhr/ton)

    Wi

    (kWhr/ton)

    Fonte Emoagem

    (kWhr/ton)

    Apatita 0,84 - - - -

    Magnetita 0,94 12,0 [2] 5,1 18

    Quartzo 1,63 16,5 [4] 7,0 23

    Basalto 1,72 20,4 [4] 8,6 20

    Mrmore 0,22 6,7 [13] 2,8 8

    Minrio de cobre

    1

    1,67 12,7 [14] 5,4 12

    Minrio de cobre

    2

    0,86 14,3 - 6,1 14

    Minrio de ferro 0,32 - - - -

    Clnquer de

    cimento A

    0,90 20,9 [15] 8,9 10

    Clnquer de

    cimento B

    1,06 15,4 [15] 6,5 16

    Concluses

    Um procedimento de simulao foi desenvolvido que permite estimar o

    consumo energtico na cominuio de partculas individuais a partir das caractersticas

    de quebra e fragmentao de partculas, determinadas na Clula de Carga de Impacto.

    Resultados de simulao mostram que a energia total consumida depende

    significativamente da razo entre a energia usada em cada impacto e a energia mdia de

    fratura das partculas em cada classe de tamanhos, sendo que a energia mnima

    corresponde a uma razo tipicamente entre 1,5 e 4.

    Comparaes entre a energia mnima de cominuio e a energia consumida na

    moagem indicam que a eficincia energtica situa-se tipicamente entre 8 e 23%.

  • Referncias bibliogrficas

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