um estudo de algumas metodologias de ensino de

8/18/2019 Um Estudo de Algumas Metodologias de Ensino De

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Um Estudo de Algumas Metodologias de Ensino de Línguas Estrangeiras e a Realidade Brasileira de

Acordo com os PCN

Nathasa Rodrigues PIMENTEL

Universidade Estadual Paulista

Abstract

This article discusses some methods of teaching languages and focuses on the PCN of Foreign Language of thethird and fourth cycles of elementary school to try to indicate what would be the most appropriate teachingmethodology for the school context.

Mtodo ! Ensino"A#rendi$agem ! Língua Estrangeira

Introdu%&o

Tomando por ponto de partida um trecho do PCN de Terceiro e Quarto ciclos do Ensino Fundamental deLngua Estrangeira !"#$%&L' ())*' p. (+, temos -ue

$ aprendi/agem de Lngua Estrangeira 0 uma possibilidade de aumentar a autopercep12o doaluno como ser humano e como cidad2o. Por esse moti3o' ela de3e centrar4se no enga5amentodiscursi3o do aprendi/' ou se5a' em sua capacidade de se enga5ar e enga5ar outros no discurso demodo a poder agir no mundo social.Para -ue isso se5a poss3el' 0 fundamental -ue o ensino de Lngua Estrangeira se5a bali/ado

pela fun12o social desse conhecimento na sociedade brasileira. Tal fun12o est6' principalmente'relacionada ao uso -ue se fa/ de Lngua Estrangeira 3ia leitura' embora se possa tamb0mconsiderar outras habilidades comunicati3as em fun12o da especificidade de algumas lnguas

estrangeiras e das condi17es existentes no contexto escolar.8

9 trecho acima sugere -ue se5am trabalhadas em sala de aula as habilidades comunicati3as no ensino deLngua Estrangeira. 9 presente trabalho apresenta defini17es de m0todo de estudiosos conceituados na 6rea daLing:stica' e as metodologias de ensino de lngua estrangeira abordadas por Larsen4Freeman !;


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estrat0gias utili/ados pelo professor para efeti3ar o m0todo no contexto de sala de aula ) Para o autor' aabordagem d6 espa1o para o m0todo -ue d6 espa1o para as t0cnicas.

No estudo desen3ol3ido alguns anos depois por #ichards e #odgers !()*A, tr@s componentes formam om0todoD a abordagem' o design e os procedimentos. 6 a renomea12o de m0todo para design e de t0cnica para procedimento !"#9N' ;


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*),) Mtodo -ireto

Este m0todo trabalha com a lngua al3o desde o come1o' partindo da intera12o do professor com osalunos e tamb0m de aluno para aluno' sempre na lngua al3o. Gessa forma' os alunos s2o for1ados a assimilar asregras gramaticais n2o explicitadas pelo professor. 9 professor de utili/a de t0cnicas como leituras de textos nalngua al3o em 3o/ alta' ati3idades de pergunta e resposta condu/idas na lngua al3o' pr6tica de con3ersa12o

sobre situa17es reais' ditados de textos na lngua al3o' exerccios de completar espa1os para a3aliar regrasgramaticais e 3ocabul6rio e elabora12o de textos pelos alunos com temas escolhidos em sala de aula.

*).) Mtodo +udio/lingual

9 m0todo 6udio4lingual 0 muito parecido com o m0todo direto. Ima das diferen1as neste m0todo 0 -ueh6 uma intera12o maior entre os alunos' o -ue for1am a serem mais independentes para e formular conceitos pr?prios acerca das regras gramaticais da lngua al3o. $s principais caractersticas do m0todo 6udio4lingual s2oDa memori/a12o de di6logos e frases longas' a con3ersa12o em pares' 5ogos -ue trabalhem a memori/a12o !derepeti12o' pergunta e resposta' completar di6logos e constru12o de frases a partir de pistas,.

*)0) Mtodo silencioso

Nesse m0todo o -ue pre3alece 0 o raciocnio. Para isso fa/ uso do sil@ncio do professor. 9 professoraplica ati3idades de adi3inha12o e dedu12o' como' por exemplo' di/er o nome de uma cor na lngua4al3o eapontar para um ob5eto -ue se5a dessa cor' para fa/er com -ue os alunos dedu/am o -ue o professor -uer di/er' e para for164los a se interessarem na estrutura da lngua. 9 professor utili/a recursos como a corre12o em pares'fichas coloridas associadas a sons ou pala3ras' a auto corre12o' uso de gestos' -uadro de pala3ras' enfim'-ual-uer ati3idade -ue fa1a com -ue os alunos tenham -ue prestar a aten12o para responder' sem -ue o professor precise explicar muito.

*)1) Susgestopedia 23ugesto#edagogia4

9 m0todo da sugestopedia !sugestopedagogia, disp7e de recursos -ue a5udam o aprendi/ a -uebrar as barreiras' impostas por ele mesmo' -ue o inibem de aprender a lngua al3o. %2o os recursosD uso de pHsteres nas paredes com informa17es gramaticais trocados B medida -ue o professor encerra o contedo' 3isuali/a12o comolhos fechados de cenas imagin6rias' dramati/a12o de situa17es impro3isadas' leitura ao ritmo de msicas'escuta de leitura com os olhos fechados' leitura dramati/ada de pe-uenos textos' enfim tudo -ue sugira aosalunos algo -ue os a5udem a assimilar melhor a lngua estrangeira.

*)5) Comunidade de a#rendi$agem

9 pr?prio nome do m0todo 56 explica -uais s2o suas principais caractersticas. 9s alunos trabalham emcomunidade para superar os medos' principalmente o medo de falar em pblico e errar. Para isso' s2o sugeridasati3idades em grupo para os alunos se a5udarem nas dificuldades encontradas durante o processo deensino>aprendi/agem da lngua al3o. $l0m das ati3idades em grupo' o professor utili/a4se de ati3idades como ade gra3a12o e transcri12o de con3ersas entre os alunos' para trabalhar a pronncia' tarefas em pares e>ou pe-uenos grupos e tamb0m h6 o espa1o aberto para reflex7es a respeito das ati3idades em grupo.


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*)6) Total Res#osta 'ísica

9 m0todo de total resposta fsica est6 ligado B abordagem de compreens2o' ou se5a' ele d6 @nfase Bcompreens2o auditi3a. 9 -ue para Jesus !;


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maneira efica/' de3e4se le3ar em considera12o -ue o aprendi/ desen3ol3a as habilidades essenciais desta lngua!leitura' fala' compreens2o e escrita, comunicando4se com profici@ncia e pleno desempenho. Por0m' a realidadedas escolas brasileiras ho5e ainda deixa a dese5ar.

e5amos o -ue est6 no PCN de Lngua Estrangeira !"#$%&L' ())*' p. ;(, em rela12o Bs dificuldadesenfrentadas nas escolas brasileiras

Ge3e4se considerar tamb0m o fato de -ue as condi17es na sala de aula da maioria das escolas brasileiras !carga hor6ria redu/ida' classes superlotadas' pouco domnio das habilidades orais por parte da maioria dos professores' material did6tico redu/ido a gi/ e li3ro did6tico etc., podem in3iabili/ar o ensino das -uatro habilidades comunicati3as. $ssim' o foco na leitura pode ser 5ustificado pela fun12o social das lnguas estrangeiras no pas e tamb0m pelosob5eti3os reali/63eis tendo em 3ista as condi17es existentes.8

9 pr?prio PCN nos mostra a dificuldade em se trabalhar com outra habilidade -ue n2o se5a a de leitura.$ partir dessa interpreta12o' a maioria dos professores opta por trabalhar a metodologia da gram6tica e tradu12o'3isto -ue 0 uma metodologia -ue se encaixa perfeitamente ao tempo das aulas e B -uantidade de alunos na salade aula' e ao material utili/ado pela maioria dos professores' o li3ro did6tico.

9s m0todos de ensino n2o representam pacotes prontos para serem aplicados na pr6tica !L$#%EN4F#EEO$N' ()*A,' portanto' a metodologia de ensino escolhida pelo professor' para se trabalhar em sala deaula' refletir6 tanto na posi12o ideol?gica dos aprendi/es' como na do pr?prio professor.

M necess6rio esclarecer -ue o PCN !"#$%&L' ())*' p. ;, n2o aponta -ual o melhor m0todo ouabordagem a ser aplicado em sala de aula. e5amosD

Quanto aos ob5eti3os' a maioria das propostas priori/am o desen3ol3imento da habilidade decompreens2o escrita' mas essa op12o n2o parece decorrer de uma an6lise de necessidades dosalunos' nem de uma concep12o explcita da nature/a da linguagem e do processo de ensino eaprendi/agem de lnguas' tampouco de sua fun12o social. E3idencia4se a falta de clare/a nascontradi17es entre a op12o priori/ada e os contedos e ati3idades sugeridos. Essas contradi17esaparecem tamb0m no -ue di/ respeito B abordagem escolhida. $ maioria das propostas situam4

se na abordagem comunicati3a de ensino de lnguas' mas os exerccios propostos' em geral'exploram pontos ou estruturas gramaticais descontextuali/ados.

Como foi 3isto nos m0todos descritos por Larsen4Freeman !()*A,' o da abordagem comunicati3a 3isatrabalhar com materiais aut@nticos' -ue se5am similares aos acontecimentos cotidianos' -ue expressem situa17esreais de uso da lngua. &sso n2o acontece com os materiais utili/ados em sala de aula' de acordo com odocumento' 3isto -ue os materiais apresentam exerccios gramaticais descontextuali/ados da realidade enecessidade dos alunos.

Como 3imos o PCN n2o prescre3e nenhuma metodologia. 9 documento como um todo afirma -ue oob5eti3o de se ensinar a lngua estrangeira 0 desen3ol3er no aluno as habilidades essenciais da comunica12o.Gessa forma' cabe ao professor analisar com cautela o -ue est6 no PCN e tentar encontrar a melhor forma detrabalhar a lngua estrangeira com seus alunos' 3isto -ue ele 0 o nico -ue conhece sua realidade e a realidadedos alunos em sala de aula.

.) 8s mtodos e o Livro -id+tico

Fa/4se necess6rio le3ar em conta -ue os m0todos 3@m sendo altamente criticados por seu car6ter prescriti3o' a sua descontextuali/a12o escolar' principalmente em rela12o ao Li3ro Gid6tico !LG,. 9 professorafirma -ue segue um determinado m0todo' por0m a sua pr6tica n2o 0 condi/ente com o m0todo adotado. &sso


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por-ue o professor se 3@ engessado ao LG' prefere seguir B risca as instru17es do LG e n2o le3a em considera12ose os alunos se adaptam bem B metodologia utili/ada e se as ati3idades do li3ro ser2o rele3antes para o processode ensino>aprendi/agem' uma 3e/ -ue a maioria dos li3ros did6ticos comporta exerccio de gram6tica e tradu12ode textos -ue n2o despertam o interesse dos alunos.

9 m0todo mais utili/ado em sala de aula !gram6tica e tradu12o, n2o permite aos alunos ou3ir' nem praticar a lngua estrangeira. Tal3e/ por falta de tempo' de espa1o etc. Esse m0todo 3ai em dire12o oposta a umdos ob5eti3os do PCN !"#$%&L' ())*' p. (), o -ual di/ -ue

$ aprendi/agem de uma lngua estrangeira de3e garantir ao aluno seu enga5amento discursi3o'ou se5a' a capacidade de se en3ol3er e en3ol3er outros no discurso. &sso pode ser 3iabili/ado emsala de aula por meio de ati3idades pedag?gicas centradas na constitui12o do aluno como serdiscursi3o' ou se5a' sua constru12o como su5eito do discurso 3ia Lngua Estrangeira. Essaconstru12o passa pelo en3ol3imento do aluno com os processos sociais de criar significados porinterm0dio da utili/a12o de uma lngua estrangeira.8

%e hou3esse uma preocupa12o maior em trabalhar com textos diferenciados' isso n2o ocorreria' uma 3e/-ue $ utili/a12o em sala de aula de tipos de textos diferentes' al0m de contribuir para o aumento doconhecimento intertextual do aluno' pode mostrar claramente -ue os textos s2o usados para prop?sitos diferentesna sociedade !"#$%&L' ())*. P. +,.

. A realidade da educa%&o contem#or:nea de línguas estrangeiras

$ realidade da escola brasileira n2o 0 muito fa3or63el para o aluno desen3ol3er uma aprendi/agemsatisfat?ria de uma lngua estrangeira' 56 -ue n2o consegue aprender conceitos b6sicos da lngua materna' da3ariedade padr2o -ue se tenta transmitir na escola. %em aprender a articula12o correta8 !padr2o, da lnguamaterna' o aluno encontra barreiras -ue dificultar2o sua aprendi/agem da lngua estrangeira' apesar de aaprendi/agem de uma lngua estrangeira' 5untamente com a lngua materna' 0 um direito de todo cidad2o8!"#$%&L' ())*' p. (),

$s metodologias apresentadas por Larsen4Freeman !()*A, s2o pertinentes. Em teoria seria mara3ilhoso poder aplic64las em sala de aula' mas a realidade das escolas pblicas n2o permite -ue todas as metodologiasapresentadas pela autora se5am colocadas em pr6tica. $ escola pblica n2o disponibili/a recursos para isso.

Im dos maiores problemas no -uadro do ensino brasileiro ho5e ainda 0 a m6 forma12o dos professoresde licenciatura. No caso dos professores de lngua' o -uadro se apresenta ainda pior. Im professor licenciado nocurso de Letras com habilita12o em portugu@s assume disciplinas de lngua estrangeiras sem a menor no12o do-ue ir6 ensinar. Gados da Folha de %2o Paulo !Pinho' ;


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comunica12o' mais escolas 3enham ter acesso a no3as tecnologias' possibilitando odesen3ol3imento de outras habilidades comunicati3as.8 !"#$%&L' ())*D ;(,

M fato -ue h6 limita17es para o ensino de lnguas estrangeiras em escolas pblicas. Oas isso n2o podeser 5ustificati3a para -ue o professor se acomode e se engesse em uma metodologia' a -ual ele sabe n2o atenderas necessidades de seus alunos.

Considera%;es 'inais

$ 3erdade 0 -ue o PCN sugere' norteia' mas -uem decide o -ue fa/er a partir da realidade da sala de aula0 o professor. %omente o professor pode adaptar a metodologia -ue 5ulga ser a mais ade-uada para transmitir osconhecimentos -ue tem para os alunos. 9 m0todo n2o 0 infal3el em nenhuma disciplina. $ melhor metodologia0 a-uela -ue o professor domina para atingir seus ob5eti3os no ensino de lngua estrangeira.

9 professor nada mais 0 do -ue o mediador do processo de ensino>aprendi/agem' por isso de3e le3ar emconta as necessidades dos aprendi/es. $ resposta para a pergunta se existe um método ideal para se ensinar umalíngua estrangeira est6 no pr?prio aprendi/. M a partir dele -ue o professor de3e plane5ar suas aulas' 0 em

con5unto com ele -ue o educador tem -ue a3aliar suas metodologias e escolher o -ue condi/ com a realidade enecessidade da turma. Na escolha da melhor metodologia para o ensino de lngua estrangeira' o professor precisa le3ar em

considera12o -ue a sala ser6 heterogenia. a3er6 alunos -ue 56 t@m contato h6 mais tempo com a lngua. Oasha3er6 tamb0m alunos -ue n2o fa/em id0ia do -ue 0 o 3erbo to be. Por isso o professor de3e prestar bastanteaten12o ao na hora de plane5ar a aula e adaptar sua metodologia de ensino para atender ra/oa3elmente anecessidade dos alunos' ou pelo menos da maioria.

9s professores de3em desen3ol3er tanto as suas id0ias sobre ensinar assim como suas a17es out0cnicas. 9s m0todos n2o s2o imut63eis na pr6tica. Gecis7es sobre a ade-ua12o da metodologia de3em ser feitas pelos educadores' considerando as necessidades dos alunos. 9 m0todo mais efica/ depende' e muito' dosob5eti3os dos aprendi/es.

Re


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JE%I%' 9. F. As#ectos da A#rendi$agem da Leitura e da Escrita. &nD F&UIEEG9' C. $ e JE%I%' 9.F.!9rg.,. Ling:stica $plicada 4 $spectos da Leitura e do Ensino de Lnguas. IberlndiaD EGIFI' ;reihm>article>3iew>=>*. $cesso emD (< 5ul. ;

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