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Um Click na Imensidão Azul do Mar Vermelho قرزألا عاستا ىلع رقناو رمحألا رحبللBy Gilson Jr. Capa

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Um trabalho fotográfico que mostra em detalhes a experiência que vivi embarcado em meio Mar Vermelho. Sete dias de puro mergulho.

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Um Click na ImensidãoAzul do Mar Vermelho

قرزألا عاستا ىلع رقناورمحألا رحبلل

By Gilson Jr.

Capa

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Página propositalmente em branco

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Expedição tubarão no Mar Vermelho, sete dias embarcado, quatro dias em terras egípcias e praticamente seisdias de viagem. Acho que vou, nunca viajei para fora do país. Terei o prazer em mergulhar em outros mares eainda poderei ver o Grande Tubarão Galha Branca Oceânico. Um enorme tubarão, chegando aos quatro metros decomprimento. Não há registro de ataques a mergulhadores, mas é fanático por sobreviventes de naufrágios, aí

entra um pequeno detalhe que eu não sabia. Qualquer mergulhador que estiver na superfície, indo ou voltando domergulho, é visto pelo Galha Branca como um sobrevivente, ou seja, entre e saia n'agua rápido, e nunca fique nasuperfície. Na hora do mergulho era: um, dois, três... cair e afundar rápido, caso tenha algum tubarão próximo,ele não irá atacar se o mergulhador já estiver submerso. Na hora de sair do mergulho, tínhamos que ser rápidos aosubir na embarcação. Confesso que esse detalhe me deixou pensativo.

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Nascido no estado do Rio de Janeiro, pisciano nato, hoje aos 34 anos de idade, atuocomo Cirurgião Buco-Maxilo-Facial e Implantodontista. O prazer em ver a vidasubaquática através de minhas lentes, se torna cada vez mais fundamental em minhavida.

Morador de cidade serrana, sou louco pela cidade de Arraial do Cabo, no litoralFluminense, onde comecei meus mergulhos no mágico ano de 2000, e depois depassar pelas magníficas máquinas analógicas, hoje me rendi à tecnologia digital.

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Um apaixonado pelo que faço, quando não estou no trabalho, estou dando trabalho asminhas lentes. De forma bem pessoal, me centralizo muito nas imagens em close. De umjeito fácil e espontâneo, "clicko" usando meus sentimentos.

Gilson de Lima e Silva Junior

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No voo de volta, cruzando a África sobre a Argélia, percebo que existem alguns sentimentos diferentes em umamesma região. A África que se mostrou perfeita em água e terra, abrigando o exótico Egito, neste momento ficapara trás no GPS de nosso avião. Uma África longa e sem interesse para quem tem ansiedade de chegar em casa.No voo direto para São Paulo, o Atlântico se mostrou ser pequeno quando a aeronave iniciou a descida para o finaldeste trabalho. As luzes da grande capital Paulista iluminam uma cidade que espera o amanhecer sob um céuescuro, carregado de nuvens cinzentas. O avião toca ao solo, sob os aplausos dos passageiros, em função do ótimovoo que tivemos. O que era sonho, hoje é felicidade de estar novamente no Brasil. Este é o ponto de partida.

Parti, deixando para trás uma expectativa de meses. Aeroporto do Galeão, destino Cairo. Quarenta minutos devoo, aeroporto internacional de Guarulhos, conexão para o voo com destinoa Roma. Depois de treze horas literalmente mal acomodado, coloquei meuspés pela primeira vez em terras européias, mas apenas por alguns instantes,horas depois já estaria embarcando para o próximo destino. Antes de entrarno avião para a Itália me informaram o seguinte: pegue uma poltrona docorredor, é melhor do que ir na janela. Que nada, vou na janela pelo menospoderei ir paquerando o Atlântico. Bem, para resumir a história, fui ao ladode uma coluna, que me impossibilitava ver qualquer coisa, e vou deixar bemclaro aqui, a minha indignação com os dois passageiros que foram ao meu lado,treze horas sentados, imóveis, quietos e como as cadeiras eram muito apertadas,tive que aturar o mau humor deles, todas às vezes que queria ir ao banheiro.Chegada a Roma no dia seguinte às oito horas da manhã,

No azul imenso, de um mar de vermelho intenso.

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louco para ir a um banheiro de verdade, e tomar um legítimo café italiano. Aeroporto de Roma completamentesem água. Mais quatro horas de espera para a próxima conexão, destino agora a cidade do Cairo. Quatro horasde voo, começamos a sobrevoar o Egito, deserto, deserto e mais deserto, e pelas intermediações do aeroporto doCairo, havia inúmeros aviões destruídos, queimados, com aparência que sofreram alguma espécie de explosão.Pouso tranquilo, hora do desembarque, segurança total,soldados armados em todos os cantos.Mulheres de Burca, beleza femininacoberta pela tradição, despertando nohomem a curiosidade que uma culturanão consegue desfazer. É estranho veristo de perto.Fomos direto para um belíssimo hotelna capital, banho tomado, estômagoforrado, pegamos um táxi para a feira popular no centroda cidade. Um verdadeiro paraíso para quem quer comprar bugigangas,lembrancinhas, papiros, condimentos e quase tudo que se possa imaginar. Normalmente o preço real dasmercadorias era dez vezes menos do valor que era pedido no início. As vinte e três horas o mercado fechou,pegamos um táxi, depois de meia hora de briga entre dois taxistas, porque um cobrou 100 libras, e o outro disseque faria por 40 libras, até chegar a um consenso, e fomos por 70 libras com o primeiro taxista. O que na verdadesaiu extremamente caro, não pelo valor, mas sim porque o motorista foi durante os cinquenta minutos da corridaouvindo uma espécie de ladainha árabe, que parecia mais um gemido de dor ou sei lá o que, talvez uma leitura doalcorão em árabe. Trânsito louco, praticamente não tem engarrafamento, uma confusão,

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um cruza para um lado, e para outro lado, pára na frente sem dar o mínimo sinal, outro ultrapassa pela direita,uma verdadeira loucura, o som das buzinas é intermitente, trânsito tão confuso quanto o nosso, mas de formadiferente. Mas retornamos ao hotel perfeitamente. Noite bem dormida, apesar de ter dividido uma cama de casalcom o colega, porque a recepção do hotel, disse que era apenas uma noite e que não iria trocar a gente de quarto, poiso hotel estava cheio.Pela manhã fomos para o aeroporto do Cairo com destino a cidade de Hurghada, duas horas e meia de voochegamos por volta do meio dia, uma temperatura de aproximadamente uns 50 graus na sombra, imediatamentepegamos o ônibus que já estava nos esperando, mais seis horas em uma estrada que cortava o deserto de forma suave,passando por pequenas cidades do interior do Egito, cidades estas que hora margeava o mar, e desde já iaaumentando a expectativa pela beleza. Tudo maravilhoso quando de repente o nosso ônibus quebrou, por sorteestávamos perto de uma cidade que tinha umagaragem da empresa do ônibus. Nesta cidade deShafaga, esperamos meia hora, trocamos por umônibus novo e seguimos nosso caminho. Paraquem estava desfrutando de toda aquela mordomia,imaginei que chegaríamos a uma cidade grande,um cais bem estruturado, quando às onze horasda noite, o motorista encosta o ônibus, em umcanto de terra batida, que ao fundo, no meio doimplacável deserto, as luzes mostravam aexistência da pequenina cidade Marsa Alam.Perfeito.

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Cidade que estaria em minha mente desde nossa partida. Uma margem de barranco com aquele mar escuroiluminado por algumas embarcações ancoradas, surge um bote inflável, que depois descobri que lá era chamadode panga, e quem pilota a panga, é o pangueiro, nosso transfer até o Live Abord. Inúmeras bolsas, grandes epequenas, frágeis e, para completar treze passageiros, cair n'agua não era o meu problema, mas, estavapreocupado em molhar a minha máquina e ficar sem as minhas fotos.Fomos recebidos pela tripulação, o guia local nos deu as boas vindas,jantamos e eu já louco para ouvir e ver o grande Live Abord Aldebarancomeçar a navegar, que nada, tínhamos de dormir, e aguardar a liberaçãoda marinha local, no próximo dia. Éramos treze brasileiros e sete italianos,além dos funcionários do barco. Um imponente iate de quatro andares, commuito conforto e infraestrutura para que pudéssemos passar os próximossete dias de forma bem agradável. O dia amanhece, ainda no suposto cais,aos poucos os demais barcos a nossa volta vão partindo, até que a fiscalizaçãoconfere toda nossa documentação e nos dá o ok. Parece que ainda estououvindo o roncar dos motores, ansiedade em alta, expectativa aumentando,partimos. Navegação suave, firme, coração acelerado e aquele balançarque é fascínio para uns e terror para outros, começamos explorar a regiãoconhecida como Saint John Reef (Recife de São João), uma das muitasrotas de mergulho do Red Sea. Bem ao sul do Egito, nossa navegação manteve o território egípcio a boreste, emuita mais distante o território Árabe a bombordo. O limite foi quando começamos a nos aproximarmos dasfronteiras marítimas do Sudão. Começamos então, nossa viagem de retorno. Check dive, primeiro mergulho, oque eu veria da superfície para baixo, algo que as próximas páginas mostrarão.

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Deslumbrado com o primeiro mergulho, não imaginava que era apenas uma pequena amostra de seismaravilhosos dias que estavam a cada segundo mais real. De retorno a embarcação, fomos recebidos pelogarçom com suco e frutas. A gentileza dos funcionários era uma característica marcante. O brilho no olharsempre mascarado pela empolgação da experiência vivida. Tempo para o banho, jantar a mesa,e uma das melhores noites. Embarcado, muito cansado, sem a angústia do fim, navegamos a noitetoda e uma boa parte da manhã seguinte, com minha cabine próxima ao nível do mar, ouvia aleveza da água sendo cortada incansavelmente. A semana passou como um piscar de olhos,lindos olhos verdes, como se piscasse em um flerte para todos nós mergulhadores. Um grupoespetacular, uma nova amizade gostosa. A imagem sobre a superfície sempre a mesma, água,mar, água do mar vermelho, e no céu um azul tão intenso quanto o azul profundo que estavaabaixo de nossos pés. Já com a máscara em nossos olhos, e olhos tão abertos quanto nossacuriosidade, só víamos uma coisa, perfeição, uma perfeição da natureza, se criava a cada metroabaixo, a frente, ao lado e até mesmo por onde já havíamos passado. Ora, o mergulho aconteciaem fundos, tomado por corais, peixes, invertebrados, moluscos, harmonia em tudo que se via,anêmonas protegendo os belíssimos peixes palhaço. Ora, o mergulho era feito em paredões quedesciam até aos quarenta metros, limite de nosso organismo e à frente o abismo se estendia de formamisteriosa, parecendo não ter fim. Paredão lado direito, vida ornamental. Imensidão azul ladoesquerdo, cercado por peixes imponentes, grandiosos e majestosos, como se fossem verdadeirosguardiões daquele paraíso. Eufórico com nossos sentimentos, o computador de mergulhoem nossos pulsos era o responsável pelo nosso bem estar submerso, fazendo valer as leispara quem se aventura respirar como se estivéssemos novamente no ventre de nossas mães.

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Antes de cada mergulho recebíamos as orientações do guia local, onde ele desenhava em um quadro, asformações que iríamos encontrar, tais como: profundidade, direção da correnteza, possíveis peixes, e o quemais queríamos ouvir, tubarões sempre no infinito azul. Um mergulho pela manhã, um antes do almoço, umà tarde e às vezes um à noite. O dia passava, no deck superior para pegar um pouco de sol, um almoço nemsempre saboroso, uma merecida soneca, um bate papo noturno, e uma ansiedade para o próximo dia demergulho.Cada mergulho em um ponto diferente, uns perto do anterior, outros mais distantes, e meus sentidos dedireção já haviam se perdidos há tempos, navegava em mar aberto, como em um passe de mágica, surgia maisum ponto. Formação de recifes quase nasuperfície, e completamente visível pela transparência constante das águas.De nome exótico o Sha'ab Aidfoi o que mais me impressionou pelassuas formações rochosas, comtorres estreitas, formando umverdadeiro labirinto em volta deuma plataforma um pouco maior,completamente cercado de vida,e da admiração de quem teve oprazer de se perder em seu interior,Sha'ab Aid um nome difícilde falar e extremamente fácil de seapaixonar.

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Já no penúltimo dia, passamos à esquerda de uma ilha no meio do nada, completamente desértica e com umsolitário e importante farol que se erguia sobre uma areia escaldante, que talvez, só recebesse os carinhos dosventos vindo do mar, servia de olhos para desavisados capitães, além de ser também ponto de apoio para avesmarinhas. Quando olho para trás para me despedir daquela imagem desértica, vejo um pequeno pássaro de penasbrancas e colarinho preto, como se usasse um cordão de ouro negro, ficar durante algum tempo em seu voo rápido,plainando como se estivesse flutuando sobre o ar quente e úmido, conseguindo acompanhar o navegar de nossaembarcação, até se perder em uma descida certeira na captura de seu alimento oferecida pelas águas salgadas.Último mergulho, uma correria para arrumar as bagagens, o equipamento ainda molhado, desembarcamosnovamente pela panga, ao meio dia. Pegamos o ônibus com destino à cidade de Luxor, para que pudéssemosvisitar o Templo dos Reis, as Pirâmides, fazer um simples passeio de balão depois de atravessarmos o majestosorio Nilo, e então pegar o voo novamente para a cidade do Cairo, agora com duas camas de solteiro, pudemosdormir um pouco melhor, e o colega que dividiu uma cama de casal comigo, hoje é um grande amigo dividindo asaudade do mar.

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Uma passada por uma Meca, para que pudéssemos sentir uma tradição que orienta milhões de mentes, pisardescalço em um solo santo, mulheres totalmente cobertas, justifica as manchas roxas que os seguidores doIslamismo têm na testa por demonstrarem a si o compromisso e a devoção, pela a maior religião do mundo. Nessemomento da viagem, meus pensamentos se confundiam com a saudade que sentia de minha filha Yasminn. Horade embarcar para Roma, conexão com voo direto a São Paulo, uma passada no Free Shopping. Última chamadapara o voo com destino Rio de Janeiro! E nessa voz, ouvi também a última senha que faltava para sentir o prazerde estar novamente em minha cidade. Atenção tripulação, preparar para o pouso, aeroporto do Galeão. Sentir obeijo carinhoso de minha filha me esperando de braços abertos. É o ponto final desta viagem, e o ponto de partidapara próxima. O ponto de onde parti.

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A L D E B A R A N

O Live Abord Aldebaran, é um iate de quatro andares, totalmente adequado para que todos os vinte passageiros, possam ter todas as estrurutas de hospedagem e apoio para à realização de mergulhos.

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Ponto "A", ponto de partidado Live Abord Aldebaran na

cidade de Marsa Alam

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Alguns dos inúmeros pontos de mergulho que conhecemos.

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Primeiro dia de mergulho, não havia possibilidades de tubarões.Lugar raso, com apenas 15 metros de profundidade. Simplesmentenão acreditava que estava em um lugar como aquele, já me sentiarealizado. A riqueza, a beleza e a vida que presenciei eramextremamente fantásticas, imagens falam por si mesmas.

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Infelizmente, o único tubarão que vimos, foi este Tubarão Martelo.Além de não se aproximar de nós, ele desapareceu na imensidão rapidamente.Foi a primeira vez que tive a oportunidade de ficar perto desteanimal fantástico. Como eu estava mais atrás do grupo,não consegui fotografá-lo de perto, porém essas trêsfotos foram feitas por um colega.Mas a sensaçãovivida foiintensa.

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Em quase todo mergulho em paredão, era comum encontrarum cardume de barracuda.

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Sob um calor de quase 50 graus, uma imagem muito comum neste lugar, um carroem condições precárias, com sete ocupantes, ultrapassou nosso ônibus e sumiu na

estrada do deserto.

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Algo na superfície chamouatenção deste mergulhador edos dois peixes. Belíssimomotivo para minha lente.

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Uma misturade cores, formas

e mistérios, que seinteragem com uma terra

sem cor e de formas estranhas.De forma perfeita, como se

fosse um mistério.

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Avenida dos Carneiros, por onde o reipassava para se apresentar ao públicodurante uma festa anual.

Uma misturade cores, formase mistérios, que seinteragem com uma terrasem cor e de formas estranhas.De forma perfeita, como sefosse um mistério.

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Explosão de cores

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EQUILÍBRIO

DA

VIDA

VIDA

EM

EQUILÍBRIO

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Detalhes

Momentos

Olhar

Perfeição

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Fotografar esse simpático peixe foi muito fácil, paradão e de boca aberta, se deliciando com a limpeza oferecidapelo peixinho, cheguei bem perto, quase encostei a câmera nele. Quando fui para o barco, encontrei no guia dospeixes do red sea, Tigger Fish. Este é o peixe mais perigoso desse mar, adora morder e arrancar dedos de quem seaproxima dele. Eu e minhas fotos, um dia ainda fico sem dedo.

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City TourAo som do trotar do cavalo que puxava a nossa charrete,fomos conhecendo a simplicidade da complicada cidade do

Cairo. Em um descontraido tour, passamos por umaperiferia, cujas ruas foram transformadas em feiras livre,

crianças brincando ao ar livre, lugares onde o passado aindaestá sendo descoberto. Fizemos uma parada para o narguilé,e esperamos o sol lentamente se despedir, para que pudesse

nascer a nossa última noite naquela cidade. Foi umverdadeiro encontro do dia-a-dia com a cultura local.

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Sha'ab Aid

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Sha'ab Aid

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Para não perder nenhum detalhe,eu sempre ia no banco da frente.Em uma estrada completamente

deserta, o motorista do ônibus,quando estava a uns 100 km por

hora, decidiu comer semente degirassol, o que é muito comum

por lá. A sacola com as sementesficava do lado esquerdo, e o sacode lixo estava do lado direito, oque obrigava o motorista a todoinstante, desviar sua atenção daestrada para pegar as sementes,

colocar na boca, e com a mãodireita pegar a casca e colocar no

lixo, novamente tirando suaatenção da estrada. Felizmente

não passamos nenhum susto,mas tive um certo medo,

principalmente por estar em umlugar no meio do nada.

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Um local comvários quenios etúneis submersos,fotografar usandorochas comomolduras, asuavidade do azulpara transmitir aprofundidade decampo, se tornafácil "clickar" fotosque se identifiquemaos padrões dequalidadefotográfica.

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Em uma parada no Recife dos Golfinhos, caímos na água apenas com o equipamento de fotografia,

máscara, nadadeiras e o snorkel. Na procura dos golfinhos,o bote

inflável de apoio nosmostrava a

direçãoque

eles tinham ido. Derepente

vejo o grupovindo ao meu

encontro. Rapidamente,fui para o fundoe me posicionei,

assim que o grupo seaproximou. Preparei a máquina e

consegui registrar esse momentoímpar. Foto elogiada por vários

profissionais da área.

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Detalhes

Perfeição

Olhar

Momentos

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Cultura

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Deserto

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Riqueza

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O Peixe Napoleão, era presença constante em nossos mergulhos.Curioso e muito passivo, esbanjava elegância em sua forma tranquilade pousar para a foto.

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رمحألا رحبلل قرزألا عاستا ىلع رقناو

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رمحألا رحبلل قرزألا عاستا ىلع رقناو

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Penúltimo mergulho, cilindro já no final da reserva, na superfície, sobre um arrecife a uns cinco metros deprofundidade, nadando contra uma correnteza e aguardando a chegada da panga de apoio. Quando olho parao fundo, vejo a rocha balançar no movimentar das águas. Estranho! Vou descer novamente para ver de perto.Era um Peixe Crocodilo, uma camuflagem quase perfeita. Se não fosse sua nadadeira dorsal, ele teria passadodespercebido aos meus olhos.

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Uma enorme moréia se rende aos cuidadosde um pequenino peixe limpador.

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A imensidão azul do mar vermelho.Este livro acabou se tornando o resultado da união de duas paixões,

o mar e a fotografia, e somando-se isso um lugar que se descreve por suaspróprias imagens. Eternizando momentos únicos, vividos há todos os instantes

em água, terra e ar.O simples fato de estar em um lugar que nos traz ao mesmo tempo admiração, curiosidade e a sensaçãode ser um privilegiado, a viagem ao Mar Vermelho me trouxe também a oportunidade de sentir bem de

perto uma harmonia e um conflito entre água e solo. Mistura de cores tão exuberantes como a explosãode vidas no mar. Rodeado de novos amigos, em especial, o Sávio, o Gabriel e o Alexandre, conheci de

perto a riqueza do mar, a pobreza do solo e as diferenças do ser humano.A euforia de presenciar tanta vida submersa, foi bem maior do que o tempo para registrar todos os

momentos vividos, deixando a sensação de não ter tido a oportunidade de trazer toda a experiência quepassei.

Um ditado popular, diz que uma imagem vale mais que mil palavras, o que é pura verdade, mas tenhode acrescentar também, que uma imagem não transmite nem a metade da sensação de quem esteve lá

para poder falar.Com isso quero que saibam que cada imagem que está aqui, tem nela impressa um prazer, uma

curiosidade, uma surpresa, que realmente não esperava que eu fosse sentir. O Mar Vermelho, nomeperfeito, já que vermelho é a cor da paixão, e mar é sinônimo de imensidão. E fotografar a grande

imensidão azul do mar vermelho, foi realmente uma grande paixão.

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Infelizmente ou felizmente, o tão sonhado Galha Branca Oceânico não apareceu, tivemosapenas o prazer de ver aquele curioso Tubarão Martelo. Ah, o dedo suturado não foi culpado Tigger Fish, foi um ouriço do mar em Arraial do Cabo mesmo.O nome Mar Vermelho, vem da coloração que é vista quando se está sobrevoando áreas dearrecifes, devido à enorme concentração de corais com essa coloração.Não há nenhum rio que desemboca no Mar Vermelho,dando uma visibilidade impressionante, condições perfeitasde água. A incerteza do que seria visto a cada instante nestaviagem inédita, não é tão forte quanto a certeza de ter ido aolugar dos sonhos em plena realidade. Viver ou sonhar, aosolhos ou na mente. Red Sea é o lugar certo dos sonhos.Gilson Jr.Fotografia de verdade.

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Maio de 2010