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Ultrassom da almaRoteiro para a renovação

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Ultrassom da almaRoteiro para a renovação

1ª ediçãoMatão, SP

2018

José Luiz Condotta

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ULTRASSOM DA ALMA: ROTEIRO PARA A RENOVAÇÃO

Capa e projeto gráfico: Equipe O ClarimRevisão: Lúcia Helena Lahoz Morelli

Todos os direitos reservados© Casa Editora O Clarim (Propriedade do Centro Espírita O Clarim)Rua Rui Barbosa, 1070 — Centro — Caixa Postal 09CEP 15.990-903 — Matão-SP, BrasilFone: (16) 3382-1066CNPJ: 52.313.780/0001-23Inscrição Estadual: 441.002.767.116www.oclarim.com.br | [email protected]/casaeditoraoclarim

FICHA CATALOGRÁFICA

José Luiz CondottaUltrassom da alma: roteiro para a renovação1ª edição: março/2018, 10.000 exemplaresMatão/SP: Casa Editora O Clarim208 páginas – 14 x 21 cm

ISBN – 978-85-7357-168-4 CDD – 133.9

Índice para catálogo sistemático:

133.9 Espiritismo133.901 Filosofia e Teoria133.91 Mediunidade133.92 Fenômenos Físicos133.93 Fenômenos Psíquicos

Impresso no BrasilPresita en Brazilo

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Agradecimentos

Agradeço a acolhida carinhosa da Casa Editora O

Clarim aos meus artigos para a Revista Internacional de Espi-

ritismo e aos meus livros editados.

Nesta oportunidade, o especial agradecimento é para

a minha querida esposa Ana Virginia, devotada companheira

de todas as horas de dor e alegria. É o anjo bom que me acom-

panha nesta caminhada terrestre, oferecendo-me o melhor de

si e com muito amor. Por isso, ajoelho-me diante do Pai agra-

decendo essa dádiva e peço-Lhe a possibilidade de continuar-

mos com as nossas almas unidas por toda a eternidade.

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Prefácio

Com muita alegria, recebi do caro amigo-irmão a

grata incumbência de prefaciar o seu terceiro livro.

Imensa responsabilidade me move nesta augusta

oportunidade!

Este terceiro livro liga-se pelo fio do entendimento aos

seus dois primeiros trabalhos (Homem e Deus: construindo a

felicidade e Ansiedade, pânico e depressão), não só pelo con-

teúdo espírita-filosófico, mas por trazer conceitos clínicos,

frutos de uma vivência de 45 anos na atividade médica do

caro amigo autor.

Condotta, em momento algum, mesmo discursando

sobre temas eminentemente de natureza médica – portanto,

no âmbito da medicina oficial –, deixa de fazer sua profissão

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de fé à Doutrina Espírita, de cujo bojo constrói seus coeren-

tes argumentos.

Não há dúvidas que ele consegue fazer um “ultras-

som” da alma, conduzindo-nos à compreensão dos intrica-

dos meandros do psiquismo humano. Além disso, revela as

consequências e os efeitos que essas reações possam causar

ao vaso físico.

Com muita criatividade o autor nos envolve, prepa-

rando-nos para o autoquestionamento, como se estivésse-

mos diante de um profissional produzindo a nossa anamnese.

Como bem esclarece, diante deste questionário a pessoa po-

derá fazer o autoexame, valendo-se dos esclarecimentos con-

tidos nesta preciosa obra.

Sem embargo, um “roteiro para a renovação”! Roteiro

seguro, alicerçado na experiência médico-profissional, soma-

da à visão clara, segura e espiritual dos conceitos da Doutri-

na Espírita.

Os sentimentos e as emoções elencados no corpo da

obra falam daquilo que o espírito humano se acha repleto,

evidenciando o nosso atual nível evolutivo, que deve ser cui-

dado para o correto alinhamento com as Leis Divinas.

Eis porque a obra em questão avulta o seu valor!

Despertar aqueles que ainda dormem sob o véu do

esquecimento, acordando-os para a descoberta do ser imor-

tal que somos, fazendo-nos refletir que somos “seres espiri-

tuais vivendo experiências humanas” a caminho de nossa

integral purificação.

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Melhorando-nos, poderemos ser agentes de coopera-

ção para a melhoria de outros, instalando finalmente em nós

o amor ao próximo para a construção de um mundo melhor.

Aos leitores, desejo a todos “aquele abraço” (parte XII)!

Obrigado caro amigo, pela honrosa oportunidade.

Aristeu de Oliveira Lima

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Sumário

Introdução .......................................................................................................................17

PARTE I – Considerações sobre a medicina atual e a do futuro ..........25

PARTE II – Pesquisas sobre a relação religião-religiosidade/saúde .....33

PARTE III – Ultrassom ..................................................................................................41

1 – Ultrassom – Exame de imagem da medicina .................................43

2 – “Ultrassom da alma” ....................................................................................44

PARTE IV – O paciente ..............................................................................................49

1 – História do paciente ....................................................................................51

2 – Exame do psiquismo do paciente ........................................................52

3 – Visão do paciente como espírito .........................................................54

PARTE V – “Ultrassom da alma” – Exame psíquico do paciente-espírito ..........................................................................................................57

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PARTE VI – Roteiro para a renovação – Questões .......................................63

1 – Você associa os sintomas com algum acontecimento ou trauma ocorridos recentemente ou em algum tempo da sua vida? .................66

2 – Você tem raiva? .............................................................................................66

3 – Tem ódio? .........................................................................................................66

4 – Tem mágoa? ....................................................................................................66

5 – Você tem culpa? ............................................................................................75

6 – Tem arrependimento?.................................................................................75

7 – Tem remorso? .................................................................................................76

8 – Você tem medo? ...........................................................................................78

9 – Você tem preconceito? ..............................................................................80

10 – Você recebe bem as críticas? ..............................................................82

11 – Você julga as pessoas? ...........................................................................84

12 – Você se acha perfeccionista? ..............................................................87

13 – É rígido(a) com você e com os outros? ..........................................89

14 – Você é orgulhoso? .....................................................................................91

15 – Você é egoísta? ..........................................................................................92

16 – Você é caridoso(a)? ...................................................................................95

17 – Você é gentil? ..............................................................................................96

18 – Você pensa muito no passado? ..........................................................97

19 – E no futuro?...................................................................................................97

20 – Pensa mais no passado ou no futuro? ............................................97

21 – Está vivendo bem o presente? ............................................................97

22 – Você é mais materialista ou mais espiritualista? ....................101

23 – Você é sincero(a)? ...................................................................................104

24 – Você tem esperança?............................................................................109

25 – Você tem alegria? ...................................................................................114

26 – Você ama? ..................................................................................................116

27 – Se sente amado(a)? ................................................................................116

28 – Você mais ama ou mais se sente amado(a)? ............................116

29 – Acha que deveria amar mais? ..........................................................116

30 – Acredita na felicidade? .........................................................................121

31 – Você é feliz? ..............................................................................................121

32 – O que lhe falta para ser feliz ou mais feliz?..............................121

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33 – Você gosta da vida? ..............................................................................125

34 – Você gosta da sua profissão? ...........................................................127

35 – Você gosta de comandar as situações? ......................................130

36 – Como você recebe ordens? ...............................................................131

37 – Você acha que está sempre certo? ...............................................132

38 – Você crê em Deus? ................................................................................132

39 – Você acredita que tem corpo e alma? .........................................136

40 – Acreditando que tem corpo e alma, responda se os seus sintomas têm origem no corpo ou na alma ........................................136

PARTE VII – Dinâmica da terapia renovadora ..............................................139

Casos clínicos ......................................................................................................142

Caso 1 ...............................................................................................................142

Caso 2 ...............................................................................................................150

PARTE VIII – Objetivos da terapia renovadora ............................................157

PARTE IX – Por que estamos cheios de problemas? ...............................163

Opinião alheia .....................................................................................................169

Anomia e falta de objetivos .........................................................................169

Na onda da maioria ..........................................................................................170

Virtualidade ..........................................................................................................170

PARTE X – Quem escolhe as nossas doenças? ..........................................173

PARTE XI – Quem não gostaria de ser feliz? ..............................................181

PARTE XII – Aquele abraço! ..................................................................................187

Exemplo I ...............................................................................................................191

Exemplo II ..............................................................................................................192

Exemplo III .............................................................................................................194

Bibliografia ...................................................................................................................197

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Introdução

Há mais de 25 anos venho trabalhando com os meus

pacientes de uma forma diferente das convencionais que

aprendi na minha vida acadêmica, na minha formação como

especialista em psiquiatria e como psicoterapeuta, inclusive

na área da terapia da regressão.

Não posso deixar de mencionar que muito aprendi

com a Doutrina Espírita e, em particular, com o Espírito An-

dré Luiz, psicografado por Chico Xavier em suas obras, come-

çando por esta citação:

A caridade e o estudo nobre, a fé e o bom âni-

mo, o otimismo e o trabalho, a arte e a medita-

ção construtiva constituem temas renovadores,

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cujo mérito não será lícito esquecer, na reabili-

tação das nossas ideias1.

Entremeando os ensinamentos acadêmicos e os espíri-

tas (dimensões diferentes), considero ter conseguido renovar

parte das minhas ideias e das minhas crenças.

Desta forma, em momento algum olho e sinto os

meus pacientes como sendo somente um corpo em minha

presença. Procuro enxergá-los mais profundamente, como

querendo “ler” o que se passa em suas almas, porque acredi-

to que os sintomas que exteriorizam nada mais são do que os

reflexos delas. Lembro-me aqui de outra citação importante

de André Luiz:

(...) no futuro a medicina da alma absorverá

a medicina do corpo. Na atualidade da Terra

poderemos fornecer tratamento ao organismo

de carne. Semelhante tarefa dignifica a mis-

são do consolo, da instrução e do alívio. Mas,

no que concerne à cura real, somos forçados a

reconhecer que esta pertence exclusivamente

ao homem-espírito2.

Não quero, não posso e nem devo menosprezar ou ne-

gligenciar tudo o que aprendi sobre as diversas escolas psico-

lógicas, mesmo porque não tenho condições para isso. Todas

1. Chico Xavier/André Luiz. Ação e Reação, p. 312.2. Chico Xavier/André Luiz. Os mensageiros, p. 250.

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elas, com as suas características metodológicas, procuram dar

a seus pacientes condições de alívio ou cura para seus sin-

tomas. Os métodos são diferentes, mas os objetivos são os

mesmos; até o tratamento psicofarmacológico (químico-me-

dicamentoso) tem esse intuito.

Muitas vezes, aplicando a terapia em que acredito, sin-

to que estou utilizando técnicas das mais diversas escolas de

orientação psicológica e, obviamente, os conhecimentos da

psiquiatria e da psicologia.

A única diferença entre as psicoterapias mais conhe-

cidas e renomadas e esta, motivo deste nosso livro, é a con-

sideração que esta tem com a parte espiritual do indivíduo.

Tenho em mente que isso é uma questão de lógica, pois qua-

se sempre (95% das vezes) os clientes, quando indagados, me

respondem serem constituídos de corpo e alma e 90% acham

que seus sintomas são provenientes dela. Uma vez que o pa-

ciente se autodefine dessa forma, é preciso tratá-lo como um

todo. Isso está de acordo com a definição de saúde: propor-

cionar o bem-estar biopsicossocial, que nada mais é do que o

bem-estar espiritual.

Não desconheço e acompanho de perto as recentes

descobertas da neurobiologia. Suas pesquisas e inovações são

extraordinárias, indicando a evolução das ciências médicas,

mas, para mim, param num ponto crucial, quando deixam de

responder a esta pergunta: quem comanda todo esse comple-

xo e enigmático órgão que é o cérebro? Em nada posso ser con-

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trário às suas hipóteses e afirmações, mas quero saber onde

entra a alma, ou espírito encarnado, em todo esse processo.

A psicologia atribui toda a vida mentopsíquica a par-

tir do nascimento, e uma formação da personalidade a partir

desse ponto. A psiquiatria acha que todas as manifestações

psíquicas devem ser tratadas com medicamentos químicos. A

ciência espírita afirma que temos uma herança espiritual tra-

zida das outras vidas, e esse é também o meu ponto de vista,

levando em conta que somos espíritos.

Desta forma, sem desprezar nenhuma hipótese, ne-

nhuma teoria psicológica, nenhuma afirmação da neurociên-

cia e da psiquiatria, pratico o que me é intuitivamente o mais

crível – uma abordagem do paciente como possuidor de uma

alma, individual e imortal.

Muitos leitores, com certeza, devem estar achando es-

tranho o título desta obra – “Ultrassom da alma”. Outros de-

vem estar curiosos para saber do que se trata. De imediato: é

um exame psíquico – procedimento feito durante a consulta

psiquiátrica quando o assistido manifesta as suas queixas e

exterioriza as suas emoções. A quase totalidade dos casos psi-

quiátricos é diagnosticada apenas com esse exame. Esse é o

conteúdo que pretendo desenvolver nesta obra, dando ênfase

ao exame psíquico com uma visão espiritualizada, o que cha-

mo de “ultrassom da alma” – uma analogia com o ultrassom

da medicina.

Quase todas as especialidades médicas requisitam exa-

mes que são específicos para cada área de atuação. O cardio-

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logista, por exemplo, tem a seu alcance uma gama imensa de

exames subsidiários para checar o sistema circulatório, dando

especial atenção ao coração. Além dos exames laboratoriais,

requisita os de imagem para analisar esse órgão na sua estru-

tura e funcionamento. Detecta, assim, os mais diversos tipos

de lesões cardíacas que estão interferindo no bem-estar (saú-

de) do paciente.

E o psiquiatra? O que pode requisitar? Poucos exames,

haja vista não existir nenhum específico para “dosar” o grau

de ansiedade, de depressão, de fobia, de pânico e todos os

demais transtornos mentais. Os utilizados são as dosagens

de certos princípios ativos existentes nos medicamentos, para

verificar se tal fármaco está dentro de uma faixa de ação te-

rapêutica ou em nível tóxico. Quando, por exemplo, o médico

se defronta com uma crise emocional dissociativa, que pode

ser confundida com uma crise convulsiva (epilepsia), requisita

exames para diferenciar o diagnóstico – no caso, um eletroen-

cefalograma ou um exame de imagem para checar a condição

cerebral e direcionar o tratamento específico. Contudo, não é

comum o psiquiatra requisitar exames.

Os sintomas emocionais não são detectados por ne-

nhum aparelho de alta tecnologia. Por quê? São afetos (emo-

ções e sentimentos) desalinhados elaborados pelo espírito.

Sendo do espírito, não se pode mensurar com aparelhos ter-

restres o que se passa com ele.

O corpo, sendo matéria densa – luz coagulada, como

nos ensina o mentor André Luiz –, pode ficar à disposição da

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ciência quando é submetido, alterado, manipulado e mensu-

rado; mas o espírito (luz não coagulada) não é matéria, não

tem peso, não tem cheiro, é invisível e inteligente. Desta for-

ma, o espírito, com vontade e inteligência próprias, não se

sujeita aos caprichos do cientista com seus métodos de pes-

quisa, sabidamente insuficientes para estudar e mensurar a

alma. Não podendo dominar o espírito, o meio mais fácil en-

contrado é refutá-lo, e, assim, a ciência materialista e mecani-

cista continua com o seu tom de onipotência.

As emoções são estudadas pela ciência como sendo se-

creções elaboradas pelo cérebro, bem como o pensamento e o

sentimento. Mas não explicam exatamente onde tudo isso se

inicia e se processa. Os estudos da neurociência são intensos

e profundos, procurando no cérebro as causas dos transtor-

nos emocionais. Na minha modesta opinião, não se encontra

algo no local onde ele não existe.

A ciência espírita, racional e lógica, refere o espírito

como o elaborador dos pensamentos e afetos. O homem glo-

bal (corpo e espírito) apresenta um complexo energético3 for-

mado por seus corpos. Um desses corpos é o corpo físico, que

nada mais é do que uma elaboração do espírito para poder

experienciar a vida na Terra. Como esse corpo é o visível e

mensurável – matéria densa própria deste mundo vibracional

–, a ciência o adotou para os seus estudos, deixando os outros

corpos sutis para quem quisesse estudá-los. Com isso, o para-

digma científico-materialista acabou por dividir o homem em

3. José Luiz Condotta. Ansiedade, pânico e depressão, p. 47.

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duas partes: uma visível (o corpo) e outra invisível (a alma ou

espírito encarnado).

Com essas explicações, já se deduz que todos os exa-

mes laboratoriais e de imagem que existem captam tudo da

matéria densa, da luz coagulada – o corpo físico. Mas o ho-

mem, sendo corpo e alma, como fica essa alma?

Sabemos, pelo estudo da Doutrina Espírita, que o

corpo é o reflexo da alma. Toda vibração da energia anímica

repercute no corpo físico. Portanto, os sintomas apresenta-

dos pelo corpo físico nada mais são que a desarmonia das

vibrações da alma. Explicando melhor: tal desarmonia (cau-

sa) modifica todo o quimismo e o fisiologismo do organismo

humano, desencadeando os sintomas (efeitos) exteriorizados

pelo corpo físico.

Todos os exames existentes para a detecção de uma

disfunção orgânica, bem como os fármacos (remédios) para

tratá-la, ficam restritos ao campo da matéria.

A ciência espírita respeita e aceita toda evolução da

ciência médica (e de todas as outras), dando-lhe o título de

ciência nobre. Sendo o homem corpo e alma, deve ele tratar o

seu corpo através da ciência médica terrena, com tudo o que

ela pode oferecer. Para a alma, fica a ajuda dos bons espíritos

(encarnados e desencarnados), a terapia espiritual e, princi-

palmente, a ação do próprio espírito.

Para a ciência médica, o psiquiatra é médico do corpo

ou da alma? A resposta é óbvia: é médico do corpo. Para a

ciência espírita, deve ser do corpo e da alma.

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E o que acham os psiquiatras? Os psiquiatras afinados

com o paradigma materialista e reducionista responderão se-

rem médicos do corpo. Os psiquiatras com um estudo profun-

do sobre a alma, espiritualizados, certos da transcendentali-

dade do homem, responderão, com certeza, que são médicos

do corpo, mas, principalmente, da alma. Com isso, não estou

querendo dizer que os médicos e os psiquiatras devam ser

espíritas, mas espiritualizados.

Não tendo meios para mensurar as emoções, os psi-

quiatras se utilizam das queixas e do exame psíquico para

diagnosticar. É preciso notar que tudo é subjetivo, tanto o re-

lato (queixas e sintomas) do assistido quanto o entendimento

do profissional em relação a tudo o que ouve.

O médico espiritualizado, olhando o paciente como es-

pírito e apurando o seu questionamento, pode fazer com que

o examinado exteriorize algumas de suas marcas escondidas

ou camufladas que estão lhe ocasionando os sintomas, bem

como muitas de suas virtudes que podem, por si mesmas, en-

frentar a situação aflitiva.